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R 117 Sifilis Secundaria - Relato de Caso

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SÍFILIS SECUNDÁRIA – RELATO DE CASO

Jackson Florindo Sales1


Beatriz Rezende Santos1
Ricardo Alexandre Gandra2
Walter Barros Leonel2
[email protected]

ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências da Saúde

PALAVRAS - CHAVE: Sífilis; Patógeno; Lesão Oral


INTRODUÇÃO
A sífilis é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum, exclusiva do ser
humano sendo transmitida pelo contato sexual e por transmissão vertical, em raros
casos pode ocorrer por transfusão de sangue ou acidente ocupacional. A evolução da
doença ocorre através de manifestações clínicas, imunológicas e histopatológicas,
seguido por períodos de latência, quando a doença se torna assintomática, por isso, faz-
se necessário a constante testagem para o diagnóstico precoce da sífilis evitando que
outros indivíduos sejam contaminados pela bactéria (FREITAS, S. L. F. et al). O
diagnóstico pode ser realizado por testes de detecção direta e testes imunológicos;
durante a sífilis congênita e primária, a detecção direta pode ser útil, uma vez que
nesses estágios é fácil encontrar o patógeno na lesão e diagnosticá-lo; já na sífilis
secundária e terciária os testes imunológicos são úteis devido ao acometimento
sistêmico. Assim sendo, o objetivo do presente trabalho é relatar um caso ocorrido
durante um atendimento realizado na cidade de Lajinha-ES.

RELATO DE CASO
Paciente do sexo masculino, G.A.S, 23 anos de idade compareceu ao pronto
atendimento na cidade de Lajinha, queixando-se de sensação de queimação e leve
incômodo. O médico prescreveu os medicamentos cefalexina e nistatina, contudo o
paciente não obteve melhoras. O mesmo apresentava condiloma lata em língua e placas
mucosas brancas em lábio inferior e mucosa oral bem característico de sífilis secundária,
logo foi solicitado testes não treponêmicos e treponêmicos, os quais apresentaram
resultado reagente. Portanto, o diagnóstico do paciente foi sífilis em fase secundária. O
paciente foi encaminhado para unidade de tratamento,onde houve a ´prescrição de
penicilina G Benzatina 4.800.00 em duas doses de 2.400.000 semanal, e fez-se
necessário a notificação compulsória do caso do paciente, considerando que a sífilis é a
doença que ocupa a quadragésima primeira (41°) colocação na lista nacional de
notificação compulsória.

RESULTADOS E CONCLUSÃO
A espiroqueta da sífilis mostrou-se sensível a penicilina que vem sendo tratada desde a
década de 1930, entretanto ainda representa um problema de saúde mundial devido a

1
Acadêmico (a) do curso de Odontologia da Faculdade Vértice - UNIVÉRTIX - Matipó.
² Cirurgiões-Dentistas – Professores da Faculdade Vértice - UNIVÉRTIX - Matipó.
XIV FAVE, Matipó, MG, 21 a 24 de setembro de 2021.
sua tendência epidêmica em que os indivíduos contaminados não criam resistência a
bactéria, fazendo que possam ser contaminados quantas vezes entrarem em contato
com o patógeno. Devido a sua condição histórica e o recente aumento dos casos, o
diagnóstico precoce faz-se necessário considerando que há um impacto direto sobre a
mortalidade infantil e materna (GASPAR, C. P. et al). A sífilis pode ser dividida em três
grupos, sendo eles: primária, que se dá em média 3 semanas após a exposição a
bactéria, secundária, após 9 semanas da exposição e onde tem início o acometimento
sistêmico, e terciária, sendo dividida em neurosífilis e cardiovascular de acordo com a
evolução da doença (MATIAS, P. D. M. et al). A sífilis na fase primária e secundária
podem apresentar lesões orais e o cirurgião- dentista bem instruído pode realizar o
diagnóstico de forma precoce, diminuindo os danos a saúde do paciente e reduzindo a
disseminação de novos casos que possam aparecer proveniente do paciente estar
contaminado pela bactéria. Os testes imunológicos são divididos em dois grupos, os não
treponêmicos (VDRL) que detectam os anticorpos anticardiliapínicos, porém existe a
possibilidade deste teste dar falso reagente, por isso qualquer valor que existir deve ser
investigado; e, há também, os testes treponêmicos que baseiam-se na detecção de
anticorpos para o T. Pallidum (FTA-Abs), Os testes de diagnóstico são utilizados para
rastrear pessoas assintomáticas e sintomáticas para obter o tratamento precoce
diminuindo o risco de contaminar mais pessoas. A infecção não tratada entra em fase de
latência quando os indivíduos tornam-se assintomático e a sorologia por testes não
treponêmicos apresenta uma queda nos valores, enquanto os testes treponêmicos
continuam sendo reagentes, logo é imprescindível testar os indivíduos assintomáticos de
forma preventiva para que sejam tratados, diminuindo assim o risco de propagar a
doença (FREITAS, S. L. F. et al - MIRANDA, R. F. M. et al). É possível concluir por meio
da literatura, que o diagnóstico precoce é de suma importância e o cirurgião-dentista
pode e deve investigar, diagnosticar e encaminhar, quando necessáriio, o paciente para
que possa ser realizado o tratamento. (REINEHR, H. P. C. Et al. - OLIVEIRA, L. V. E. et
al).

REFERÊNCIAS
FREITAS, S. L. F. et al. Protocolo Brasileiro para infecções sexualmente transmissíveis
2020: sífilis adquirida. Epidemiol. Serv. saúde. (Esp.1) e2020630, 2021.

GASPAR, C. P. et al. Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis


2020: testes diagnósticos para sífilis. Epidemiol. Serv. Saúde. (Esp.1) e2020630, 2021.

MATIAS, P. D. M. et al. Diagnosing acquired syphilis through oral lesions: the 12 year
experience of an oral medicine center. Brazilian journal of otorhinolaryngology., v.86,
n. 3, p. 358-363, 2020.

MIRANDA, R. F. M. et al. Leucodermia sifilítica: expressão rara do secundariam


diagnosticada por exame histopatológico. An boas dermatol., v. 85, n. 4, p. 512-5,
2010.

OLIVEIRA, L. V. E. et al. Secondary syphilis with pulmonary involvement. An Bras


XIV FAVE, Matipó, MG, 21 a 24 de setembro de 2021.
Dermatol., v. 82, n. 2, p. 163-167, 2007.

REINEHR, H. P. C. Et al. Secondary syphilis: the great imitator can’t be forgotten. Rev
Assoc Med Bras., v. 63, n. 6, p. 481-483, 2017.

XIV FAVE, Matipó, MG, 21 a 24 de setembro de 2021.

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