Aula 02
2024 Prof.: Angelo
MONARQUIA ROMANA
A fundação da civilização romana esteve envolta em mitos,
narrados por poetas como Tito Lívio e Virgílio. A lenda remonta
aos jovens Rômulo e Remo, filhos do príncipe troiano Eneias, que
após serem abandonados e amamentados por uma loba, foram
encontrados por camponeses e voltaram adultos à Alba Longa
para fundar Roma, em 753 a.C. Rômulo matou o irmão e se
transformou no primeiro rei de Roma.
A documentação sobre o período monárquico é escassa. Os
poderes eram concentrados nas mãos do rei e limitados apenas
pelo Senado ou Conselho dos Anciãos. A sociedade era dividida A expansão territorial romana foi notável durante a
em quatro classes: patrícios, cidadãos possuidores de terra e República. Ela respondia a um duplo propósito: obtenção de cada
gado, membros da aristocracia; plebeus, homens livres sem vez mais propriedades rurais e escravização dos povos vencidos.
direitos políticos ou possibilidade de formar família; clientes, Como os escravos passaram a ser a mão de obra predominante
subordinados política e socialmente aos patrícios, e que viviam na região, é possível afirmar que a expansão das conquistas era
sob a proteção destes; e os escravos, em geral derrotados de fundamental para a continuidade do crescimento de Roma sob o
guerra, sem qualquer direito político. signo da permanência da estrutura social. Dito de outra forma:
para que os grupos livres da sociedade romana pudessem
continuar a usufruir de um bom padrão de vida, era necessário
que houvesse uma contínua expansão do escravismo, o que
garantiria a existência de mão de obra suficiente para sustentar
tal padrão. A partir desta intensa expansão territorial, surge um
novo conjunto social ligado ao enriquecimento, que adquire
também influência política: os cavaleiros ou classe equestre. As
conquistas romanas se estenderam por quase toda a Europa
ocidental, bem como o norte da África e o atual Oriente Médio,
sempre agregando novos escravos à República. Durante toda a
história romana houve revoltas escravas, sendo a mais conhecida
a liderada por Spartacus, entre 73 e 71 a.C.
No fim do período republicano, o Senado elegeu três fortes
líderes políticos e militares como cônsules: Pompeu, Crasso e
César. Tal grupo ficou conhecido como o Primeiro Triunvirato, e
REPÚBLICA ROMANA dividiu a administração dos domínios romanos. Após a morte de
Em 509 a.C., o rei Tarquínio foi derrubado por uma conspiração Crasso e a vitória em conflito contra Pompeu, César foi
do Senado. Este se transformou no maior poder político e proclamado ditador vitalício, gerando insatisfação no Senado.
administrativo da recém-fundada República, acessível apenas Uma conspiração assassinou César em 44 a.C. Marco Antônio, um
aos patrícios. O poder Executivo ficava sob controle das dos generais de César, formou com Otávio e Lépido o Segundo
Assembleias Centuriais e dos Cônsules, eleitos por aquelas. Tais Triunvirato. Dentre os triúnviros, emergiu a figura de Otávio, que
órgãos eram controlados também pelos patrícios, o que acirrou recebeu do Senado os títulos de princeps (primeiro cidadão),
a luta de classes em Roma. Após uma série de movimentos imperator (supremo) e, posteriormente, augustus (divino).
contestatórios conhecido como Revoltas Plebeias (494 a.C – 287
a.C), esta massa camponesa conseguiu ampliar sua
representação. Foi criado o cargo de Tribuno da Plebe (471 a.C),
que os representava no Senado. Os tribunos poderiam, inclusive,
vetar as decisões de senadores e magistrados. No campo jurídico,
institui-se a Lei das Doze Tábuas (450 a.C), uma das bases do
Direito Romano, possibilitando através do conhecimento deste
código, maior clareza às normas, a Lei Canuleia (445 a.C), que
autorizava o casamento entre patrícios e plebeus, a Lei Licínia
(367 a.C), permitindo aos plebeus partilhar as terras obtidas nas
conquistas, além do fim da escravidão por dívidas
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EXERCÍCIOS A referida lei foi um marco na luta por direitos na Roma Antiga,
pois possibilitou que os plebeus:
01. (ENEM) a) Modificassem a estrutura agrária assentada no latifúndio.
TEXTO I b) Exercessem a prática da escravidão sobre seus devedores.
Sólon é o primeiro nome grego que nos vem à mente quando c) Conquistassem a possibilidade de casamento com os patrícios.
terra e dívida são mencionadas juntas. Logo depois de 600 a.C., d) Ampliassem a participação política nos cargos políticos
ele foi designado “legislador” em Atenas, com poderes sem públicos.
precedentes, porque a exigência de redistribuição de terras e o e) Reivindicassem as mudanças sociais com base no
cancelamento das dívidas não podiam continuar bloqueados pela conhecimento das leis.
oligarquia dos proprietários de terra por meio da força ou de 04. (FUVEST) A escravidão na Roma antiga
pequenas concessões. a) Permaneceu praticamente inalterada ao longo dos séculos,
FINLEY, M. Economia e sociedade na Grécia antiga. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2013 mas foi abolida com a introdução do cristianismo.
(adaptado).
b) Previa a possibilidade de alforria do escravo apenas no caso da
TEXTO II
morte de seu proprietário.
A “Lei das Doze Tábuas” se tornou um dos textos fundamentais
c) Era restrita ao meio rural e associada ao trabalho braçal, não
do direito romano, uma das principais heranças romanas que
ocorrendo em áreas urbanas, nem atingindo funções intelectuais
chegaram até nós. A publicação dessas leis, por volta de 450 a.C.,
ou administrativas.
foi importante, pois o conhecimento das “regras do jogo” da vida
d) Pressupunha que os escravos eram humanos e, por isso, era
em sociedade é um instrumento favorável ao homem comum e
proibida toda forma de castigo físico.
potencialmente limitador da hegemonia e arbítrio dos
e) Variou ao longo do tempo, mas era determinada por três
poderosos.
FUNARI, P P Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2011 (adaptado). critérios: nascimento, guerra e direito civil.
05. (FUVEST) César não saíra de sua província para fazer mal
O ponto de convergência entre as realidades sociopolíticas algum, mas para se defender dos agravos dos inimigos, para
indicadas nos textos consiste na ideia de que a: restabelecer em seus poderes os tribunos da plebe que tinham
a) discussão de preceitos formais estabeleceu a democracia. sido, naquela ocasião, expulsos da Cidade, para devolver a
b) invenção de códigos jurídicos desarticulou as aristocracias. liberdade a si e ao povo romano oprimido pela facção
c) formulação de regulamentos oficiais instituiu as sociedades. minoritária.
d) definição de princípios morais encerrou os conflitos de Caio Júlio César. A Guerra Civil. São Paulo: Estação Liberdade, 1999, p. 67.
interesses.
e) criação de normas coletivas diminuiu as desigualdades de O texto, do século I a.C., retrata o cenário romano de:
tratamento. a) Implantação da Monarquia, quando a aristocracia perseguia
02. (ENEM) Durante a realeza, e nos primeiros anos seus opositores e os forçava ao ostracismo, para sufocar revoltas
republicanos, as leis eram transmitidas oralmente de uma oligárquicas e populares.
b) Transição da República ao Império, período de reformulações
geração para outra. A ausência de uma legislação escrita
provocadas pela expansão mediterrânica e pelo aumento da
permitia aos patrícios manipular a justiça conforme seus
insatisfação da plebe.
interesses. Em 451 a.C., porém, os plebeus conseguiram c) Consolidação da República, marcado pela participação política
eleger uma comissão de dez pessoas — os decênviros — de pequenos proprietários rurais e pela implementação de amplo
para escrever as leis. Dois deles viajaram a Atenas, na programa de reforma agrária.
Grécia, para estudar a legislação de Sólon. d) Passagem da Monarquia à República, período de consolidação
COULANGES, F. A cidade antiga. São Paulo: Martins Fontes, 2000. oligárquica, que provocou a ampliação do poder e da influência
política dos militares.
A superação da tradição jurídica oral no mundo antigo, e) Decadência do Império, então sujeito a invasões estrangeiras
descrita no texto, esteve relacionada à: e à fragmentação política gerada pelas rebeliões populares e pela
a) adoção do sufrágio universal masculino. ação dos bárbaros.
b) extensão da cidadania aos homens livres. 06. (FUVEST) Cesarismo/cesarista são termos utilizados para
c) afirmação de instituições democráticas. caracterizar governantes atuais que, à maneira de Júlio César (de
d) implantação de direitos sociais. onde o nome), na antiga Roma, exercem um poder:
a) teocrático
e) tripartição dos poderes políticos.
b) democrático
03. (ENEM) "A Lei das Doze Tábuas, de meados do século V a.C., c) aristocrático
fixou por escrito um velho direito costumeiro. No relativo às d) burocrático
dívidas não pagas, o código permitia, em última análise, matar o e) autocrático
devedor; ou vendê-lo como escravo ’do outro lado do Tibre’ - isto
é, fora do território de Roma."
CARDOSO, C. F. S. O trabalho compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 1984.
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ANTIGUIDADE TARDIA: A QUEDA DE ROMA E A nas cidades, o cenário era enfrentar a crescente inflação e a crise
FORMAÇÃO DO MUNDO MEDIEVAL de abastecimento.
No final do século IV, a outrora grandiosa economia romana
caminhava para a subsistência, com indivíduos cada vez mais
A CRISE ROMANA
dependentes da proteção dos grandes senhores de terra, e de
A dimensão do Império era tamanha que o Imperador
faceta predominantemente agrícola. As invasões bárbaras
Constantino (306-337 d.C.) criou uma capital oriental, a cidade de
vieram dar um fim ao já decadente Império. Com as cidades
Constantinopla. Posteriormente, Teodósio (378- 395) dividiu o
esvaziadas, foi relativamente fácil para os hercúleos dominarem
Império em dois, no último ano de seu governo: um com capital
e destruírem a cidade de Roma, em 476 d.C., pondo fim ao
em Roma e outro em Constantinopla.
Império. Chegava ao fim também, embora simbolicamente, a
Um dos elementos que gerou maior instabilidade no interior
Antiguidade, iniciando a Idade Média (V-XV). Este período é
do Império Romano foi a difusão do cristianismo, a partir do
divido em Alta Idade Média (V-X) e Baixa Idade Média (XI – XV)
século I d.C. Os imperadores adotaram uma postura de
perseguição aos cristãos, gerando verdadeiros espetáculos de
crueldade no Coliseu, símbolo do entretenimento oferecido pelo
Estado à população. No entanto, a postura foi mudando
gradativamente. Constantino promoveu o livre culto dos cristãos
com o Édito de Milão (313). Posteriormente, Teodósio tornou o
culto ao cristianismo a religião oficial de Roma com o Édito de
Tessalônica (391). Historiadores analisam a decisão como um
mecanismo do Estado para gerar uma homogeneidade cultural
no Império, no momento já habitado por diversos povos que não
eram de origem romana, conhecidos como bárbaros. Além disso,
o cristianismo era extremamente popular entre os mais humildes
do Império. No entanto, a nova religião contestava duas bases do
O MUNDO PÓS-ROMANO
Império: por ser monoteísta, via no culto ao Imperador uma
Com a queda do último imperador de Roma, e o consequente fim
afronta contra seus preceitos religiosos; e ao pregar a igualdade
do Império Romano do Ocidente, é desencadeada uma forte
dos homens diante de Deus, contestava a desigualdade inerente
fragmentação territorial e de poder, onde a única instância
à sociedade romana.
centralizadora era o cristianismo com a força exercida pela Igreja,
Eventualmente, a dimensão e o gigantismo do Império
principalmente, com a conversão dos germânicos ao
acabaram levando-o a sua falência. O aparelho militar e
cristianismo. O fim do Império Romano foi fruto de uma série de
burocrático atingira patamares tão grandes que acabaram
eventos que produziram a queda do maior Império da
gerando um cenário de ingovernabilidade e instabilidade política.
Antiguidade. Os eventos foram a Pax Romana (que trouxe a paz
Entre os civis da burocracia, as lutas pelo poder se generalizaram.
ao Império, mas culminou em uma crise de abastecimento de
Entre os militares, o cenário caminhou para a anarquia do século
escravos), a crise econômica (originária na dificuldade de
III d.C. Militares destituíam lideranças políticas ou mesmo
arrecadação do Estado para suprir a forte estrutura Imperial),
imperadores, e em determinadas províncias não mais
instabilidade política (fruto das disputas internas), o cristianismo
respondiam às ordens vindas de Roma.
(afetou a autoridade do Imperador), a ruralização da economia
Nesse cenário, a ampliação territorial não era mais possível.
(êxodo urbano provocado pela crise econômica e pelas invasões),
A partir do século I, as conquistas minguaram e se iniciou um
a divisão do Império Romano (Teodósio dividiu o Império em
período de pax romana, com a diminuição dos conflitos para fins
duas partes em 395: Ocidente e Oriente) e as invasões
de conquista, além da tentativa de consolidar as fronteiras.
germânicas (que saquearam e acabaram com o Império). Porém,
Assim, a obtenção de escravos mediante guerra ficou
é importante ressaltar que o Império Romano do Oriente não
impossibilitada. Na ausência de novos escravos, os grandes
acabou e começou a ser conhecido como Império Bizantino.
proprietários rurais, dentre os quais muitos líderes militares
A partir do século IV, as invasões se intensificaram em três
(romanos ou não), arrendaram suas terras para camponeses,
fases: Germânicos (até o século VI), mouros (século VIII) e vikings
cobrando tributos ou trabalho diretamente. Gradativamente, o
e magiares (século IX e X). Entre estes povos, aquelas que mais se
mundo do trabalho em Roma passava por transformações, com
notabilizaram com o transcorrer da história europeia foi a dos
a diminuição do peso da escravidão. O cenário econômico, no
mouros (árabes) e a dos francos (germânicos).
entanto, não melhorou. A produção era cada vez menor,
Os francos tiveram duas grandes dinastias: merovíngia e
havendo poucos incentivos diretos para o aumento da mesma
carolíngia. A merovíngia foi iniciada por Clóvis, que,
por parte dos trabalhadores rurais. Com isso, as cidades
posteriormente, ficou marcada pela gestão de major domus
começaram a sofrer com desabastecimentos, levando muitos
(mordomo do palácio), pois este obteve poderes administrativos
homens a migrarem para o campo e oferecerem seu trabalho em
reforçados no final do período merovíngio pela existência de reis
troca de possibilidade de produção. A economia romana, pouco
indolentes. Estes enfraqueceram a autoridade central, fato que
a pouco, rumava para a subsistência. Para os que continuavam
possibilitou Pepino de Heristal concentrar o poder do Major
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Domus nas mãos do seu filho Carlos Martel Martel (impedindo o portadores da mesma loucura, pus no rol dos que devem ser
avanço árabe na Batalha de Poiters em 732). Posteriormente, enviados a Roma.
Pepino, o Breve, derrubou o Rei Childerico III, em 751 e fundou a Correspondência de Plínio, governador de Bitínia, província romana situada na Ásia Menor,
ao imperador Trajano. Cerca do ano 111 d.C. Disponível em: www.veritatis.com. br. Acesso
Dinastia Carolíngia. Esta última dinastia se iniciou pela formação em: 17 jun. 2015 (adaptado).
dos Estados Pontifícios e da forte aliança com a Igreja. Em 800, o TEXTO II
Papa Leão III coroou Carlos Magno (que venceu seu irmão, É nossa vontade que todos os povos regidos pela nossa
Carlomano, após a morte de Pepino, seu pai). Com isso, as administração pratiquem a religião que o apóstolo Pedro
relações de suserania e vassalagem foram aplicadas, transmitiu aos romanos. Ordenamos que todas aquelas pessoas
principalmente, pela divisão do Império Franco em condados e que seguem esta norma tomem o nome de cristãos católicos.
marcas. Posteriormente, com o crescimento do Império e com a Porém, o resto, os quais consideramos dementes e insensatos,
subjugação dos derrotados, houve a conversão destes ao assumirão a infâmia da heresia, os lugares de suas reuniões não
cristianismo. Em 814, Carlos Magno morreu e seu filho, Luís, o receberão o nome de igrejas e serão castigados em primeiro
piedoso, assumiu o poder, que ficou marcado pela sua fraqueza lugar pela divina vingança e, depois, também pela nossa própria
perante a Igreja Católica, até a sua morte em 840. Em 843, o iniciativa.
Império Franco (após uma guerra entre os filhos de Luís, o Édito de Tessalônica, ano 380 d.C. In: PEDRERO SÁNCHEZ, M. G. História da
piedoso) foi dividido através do Tratado de Verdun em três Idade Média: textos e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000.
partes: Frância Ocidental, Lotaríngia e Frância Oriental. Nos textos, a postura do Império Romano diante do cristianismo
A civilização árabe, antes da ascensão de Maomé, era é retratada em dois momentos distintos. Em que pesem as
repartida em tribos, vivia em constantes guerras, era politeísta e, diferentes épocas, é destacada a permanência da seguinte
em comum, tinha o templo da Caaba (templo de culto aos prática:
deuses) que se localizava na região de Meca (um importante a) Ausência de liberdade religiosa.
centro comercial) e era controlada pelos Coraixitas. A partir de b) Sacralização dos locais de culto.
613, Maomé começou a pregar o monoteísmo através da defesa c) Reconhecimento do direito divino.
do culto a Alá. Com isso, os coraixitas entraram em conflito com d) Formação de tribunais eclesiásticos.
Maomé, que fugiu para Yatreb em 622. Este episódio, conhecido e) Subordinação do poder governamental.
como Hégira, marca o início do calendário muçulmano. 02. (ENEM) “Pois quem seria tão inútil ou indolente a ponto de
Posteriormente, Yatreb passou a ser conhecida como Medina não desejar saber como e sob que espécie de constituição os
(cidade do profeta). Sendo assim, estabelecido, Maomé liderou a romanos conseguiram em menos de cinquenta e três anos
Jihad (guerra santa), que possibilitou a conquista de Meca em submeter quase todo o mundo habitado ao seu governo
630, a imposição do islamismo e o Estado teocrático. Em 632, a exclusivo – fato nunca antes ocorrido? Ou, em outras palavras,
morte de Maomé trouxe o início das tensões entre sunitas e xiitas quem seria tão apaixonadamente devotado a outros espetáculos
pelo poder, mas, também, o surgimento dos califados. Por fim, ou estudos a ponto de considerar qualquer outro objetivo mais
muçulmanos expandiram-se para regiões além da Península importante que a aquisição desse conhecimento?”
POLÍBIO. História. Brasília: Edilora UnB, 1985.
Arábica, chegando à parte da Europa e norte da África.
A experiência a que se refere o historiador Políbio, nesse texto
escrito no século II a.C., é a:
a) Ampliação do contingente de camponeses livres.
b) Consolidação do poder das falanges hóplitas.
c) Concretização do desígnio imperialista.
d) Adoção do monoteísmo cristão.
e) Libertação do domínio etrusco.
03. (ENEM)
EXERCÍCIOS
TEXTO I
Esta foi a regra que eu segui diante dos que me foram
denunciados como cristãos: perguntei a eles mesmos se eram
cristãos; aos que respondiam afirmativamente, repeti uma
segunda e uma terceira vez a pergunta, ameaçando-os com o
suplício. Os que persistiram, mandei executá-los, pois eu não
duvidava que, seja qual for a culpa, a teimosia e a obstinação A figura apresentada é de um mosaico, produzido por volta do
inflexível deveriam ser punidas. Outros, cidadãos romanos ano 300 d.C., encontrado na cidade de Lod, atual Estado de Israel.
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Nela, encontram-se elementos que representam uma Na região das formações sociais gregas,
característica política dos romanos no período, indicada em: a) a autonomia das cidades-estado manteve-se intocável, apesar
a) Cruzadismo – conquista da terra santa. da centralização política implementada pelos imperadores
b) Patriotismo – exaltação da cultura local. helenísticos.
c) Helenismo – apropriação da estética grega. b) essas formações e os impérios helenísticos constituíram se
d) Imperialismo – selvageria dos povos dominados. com o avanço das conquistas espartanas no período posterior às
e) Expansionismo – diversidade dos territórios conquistados. guerras no Peloponeso, ao final do século V a.C.
04. (ENEM) Os escravos tornam.se propriedade nossa seja em c) a conquista romana caracterizou-se por uma forte ofensiva
virtude da lei civil, seja da lei comum dos povos; em virtude da lei frente à cultura helenística, impondo a língua latina e cerceando
civil, se qualquer pessoa de mais de vinte anos permitir a venda as escolas filosóficas gregas.
de si própria com a finalidade de lucrar conservando uma parte d) o Oriente tornou-se área preponderante do Império Romano
do preço da compra; e em virtude da lei comum dos povos, são a partir do século III d.C., com a crise do escravismo, que afetou
nossos escravos aqueles que foram capturados na guerra e mais fortemente sua parte ocidental.
aqueles que são filhos de nossas escravas. e) os espaços foram conquistados pelas tropas romanas, na
CARDOSO, C. F. Trabalho compulsório na Antiguidade. São Paulo: Graal, 2003. Grécia e na Ásia Menor, em seu período de apogeu, devido às
lutas intestinas e às rivalidades entre cidades-estados.
A obra Institutas, do jurista Aelius Marcianus (século III d.C.),
07. (FUVEST) Os impérios do mundo antigo tinham ampla
instrui sobre a escravidão na Roma antiga. No direito e na
abrangência territorial e estruturas politicamente complexas, o
sociedade romana desse período, os escravos compunham uma
que implicava custos crescentes de administração. No caso do
a) mão de obra especializada protegida pela lei.
Império Romano da Antiguidade, são exemplos desses custos:
b) força de trabalho sem a presença de ex-cidadãos.
a) As expropriações de terras dos patrícios e a geração de
c) categoria de trabalhadores oriundos dos mesmos povos.
empregos para os plebeus.
d) condição legal independente da origem étnica do indivíduo.
b) Os investimentos na melhoria dos serviços de assistência e da
e) comunidade criada a partir do estabelecimento das leis
previdência social.
escritas.
c) As reduções de impostos, que tinham a finalidade de evitar
05. (FUVEST) (...) o "arco do triunfo" é um fragmento de muro
revoltas provinciais e rebeliões populares.
que, embora isolado da muralha, tem a forma de uma porta da
d) Os gastos cotidianos das famílias pobres com alimentação,
cidade. (...) Os primeiros exemplos documentados são estruturas
moradia, educação e saúde.
do século II a.C., mas os principais arcos de triunfo são os do
e) As despesas militares, a realização de obras públicas e a
Império, como os arcos de Tito, de Sétimo Severo ou de
manutenção de estradas.
Constantino, todos no foro romano, e todos de grande beleza
pela elegância de suas proporções. 08. (UNESP)
PEREIRA, J. R. A., Introdução à arquitetura. Das origens ao século XXI. Porto Alegre:
Salvaterra, 2010, p. 81.
Dentre os vários aspectos da arquitetura romana, destaca-se a
monumentalidade de suas construções. A relação entre o "arco
do triunfo" e a História de Roma está baseada:
a) no processo de formação da urbe romana e de edificação de
entradas defensivas contra invasões de povos considerados
bárbaros.
b) nas celebrações religiosas das divindades romanas vinculadas
aos ritos de fertilidade e aos seus ancestrais etruscos.
c) nas celebrações das vitórias militares romanas que permitiram
a expansão territorial, a consolidação territorial e o O mapa do Império Romano na época de Augusto (27 a.C. - 14
estabelecimento do sistema escravista. d.C.) demonstra:
d) na edificação de monumentos comemorativos em memória a) a dificuldade das tropas romanas de avançar sobre territórios
das lutas dos plebeus e do alargamento da cidadania romana. da África e a concentração dos domínios imperiais no continente
e) nos registros das perseguições ao cristianismo e da destruição europeu.
de suas edificações monásticas. b) a resistência do Egito e de Cartago, que conseguiram impedir
06. (FUVEST) Os Impérios helenísticos, amálgamas ecléticas de o avanço romano sobre seus territórios.
formas gregas e orientais, alargaram o espaço da civilização c) a conformação do maior império da Antiguidade e a imposição
urbana da Antiguidade clássica, diluindo-lhe a substância [...]. De do poder romano sobre os chineses e indianos.
200 a.C. em diante, o poder imperial romano avançou para leste d) a iminência de conflitos religiosos, resultantes da tensão
[...] e nos meados do século II as suas legiões haviam esmagado provocada pela conquista de Jerusalém pelos cristãos.
todas as barreiras sérias de resistência do Oriente. e) a importância do Mar Mediterrâneo para a expansão imperial
P. Anderson. Passagens da Antiguidade ao feudalismo. Porto: Afrontamento, 1982. e para a circulação entre as áreas de hegemonia romana.
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