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TCC - Estudos Do Comportamento Humano Dentro Da Psicologia

O documento analisa a percepção de instrutores e aprendizes sobre a formação de condutores na cidade de Poços de Caldas, Minas Gerais. Um estudo sobre comportamento no trânsito foi desenvolvido junto com uma pesquisa com aprendizes para relacionar a influência do meio ambiente no aprendizado e melhorar o trânsito na cidade.

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TCC - Estudos Do Comportamento Humano Dentro Da Psicologia

O documento analisa a percepção de instrutores e aprendizes sobre a formação de condutores na cidade de Poços de Caldas, Minas Gerais. Um estudo sobre comportamento no trânsito foi desenvolvido junto com uma pesquisa com aprendizes para relacionar a influência do meio ambiente no aprendizado e melhorar o trânsito na cidade.

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ESTUDOS DO COMPORTAMENTO HUMANO DENTRO DA PSICOLOGIA

NO TRÂNSITO: CAMINHOSPARA UMA MELHOR FORMAÇÃO DE NOVOS


CONDUTORES

Filipe Neves Castro Vergueiro

Resumo: O presente estudo visa analisar a percepção dos agentes na relação de


formação para o trânsito, de instrutores e aprendizes, acerca da reflexão da prática do
trânsito a partir do processo formativo de condutores, a fim de avaliar elementos que
estimulem, permitam a melhor convivência no trânsito da cidade de Poços de Caldas,
Minas Gerais/MG. Sendo assim, um estudo sobre o comportamento no trânsito foi
desenvolvido além de uma pesquisa levantada, com os condutores aprendizes,para que
se relacione a influência do meio com o aprendizado, possibilitando o levantamento de
algumas conclusões e pontuações na melhoria para o trânsito na cidade de Poços de
Caldas, Minas Gerais/MG.

Palavras chave: Trânsito.Aprendizado. Psicologia. Comportamento.

Abstract: The present study aims to analyze the perception of the main agents of the
traffic, drivers and learning drivers concerning to the traffic and its learning process
which goal is to evaluate elements that can allow a better behavior in the traffic in Poços
de Caldas - MG. A study about behavior in traffic was developed besides a survey with
learning drivers to relate the environmental and its influence in the learning process,
providing some points and conclusions to improve the traffic in Poços de Caldas.

Key words: traffic, learning process, influence, behavior.


1 INTRODUÇÃO

A educação para o trânsito é um tema que está previsto na Lei nº 9.503, de


1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e segundo o artigo 76, a
educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus,
por meio de planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema
Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, nas respectivas áreas de atuação. (BRASIL, 1997). Isso demonstra uma
preocupação dos órgãos competentes em instruir as pessoas com relação à legislação e
boas condutas do trânsito.
Entretanto, organizar uma sociedade para que ela receba a formação
necessária em educação no trânsito, seja através de projetos ou campanhas, ainda não
garante uma demanda de condutores conscientes capazes de contribuir com a boa
conduta e funcionalidade do trânsito, pois a formação dos futuros condutores esbarra em
alguns entraves que foram explorados por essa pesquisa e que podem ser elementos que
ajudam no distanciamento da construção de um trânsito seguro e mais organizado, por
exemplo, o processo da aquisição da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), cujo o
trâmite é burocrático e que talvez esteja deixando a desejar na formação do processo
educativo, como verificar-se-á nas conclusões deste estudo.
O objetivo desse artigo foi o de verificar, através de análises de resultados
de pesquisas de abordagem quantitativa e qualitativa, e de análise de relatório, dados
quanto à percepção dos principais agentes no trânsito, da cidade de Poços de
Caldas/MG. Quanto à pesquisa, foram respondidos questionários que traçaram um
perfil do curso de formação teórica e prática, oferecidos, nos dias atuais, na cidade,
campo da pesquisa. Além do perfil da formação teórico e prática, a pesquisa aplicada
possibilitou traçar a percepção dos agentes quanto a sua relação com o meio,
principalmente no que diz respeito ao comportamento de terceiros no trânsito, para que
fosse possível relacionar os resultados das pesquisas e do relatório com os estudos sobre
comportamento humano dentro dos estudos da psicologia no trânsito, abordados nesse
artigo.
Essa pesquisa se desenvolve com o primeiro capítulo abordando a
introdução. O segundo tratará das definições e denominações do CTB quanto à
formação para educação no trânsito. Já, o terceiro, apresentará a fundamentação teórica
sobre cultura e comportamento. Finalizando com a apresentação dos resultados da
pesquisa e conclusão.

2 O CURSO PARA A FORMAÇÃO DOS NOVOS CONDUTORES E


EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO.

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), artigo 1º, parágrafo


1º, considera-se “trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados
ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e
operação de carga ou descarga.” (BRASIL, 1997). Ou seja, fazem parte do trânsito, os
condutores de veículos, pedestres, e outros que se locomovem pelas vias e que acabam
por formar uma circulação que, ao menos prevista pelo CTB, deveria ser organizada e
funcional. Porém, há alguns fatores que contribuem para que tal circulação seja cada dia
mais caótica e limitada. Um dos fatores se deve à condições externas causadas por
algumas circunstâncias, como exemplo, períodos de chuva, obras, etc. Outro fator, está
relacionado ao aumento do número de veículos. Poços de Caldas/MG, cidade em que
foi desenvolvida a pesquisa, objeto do estudo, possui, de acordo com relatório
estatístico de novembro de 2017 do Denatran, 105.797 (cento e cinco mil setecentos e
noventa e sete) veículos, como consta no endereço eletrônico do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). (IBGE, 2017). Sua população estimada pelo mesmo
órgão, para o mesmo ano é de 166. 085 (cento e sessenta e seis mil e oitenta e cinco)
pessoas, ou seja, um carro para cada duas pessoas, aproximadamente. E ainda, um outro
fator, e mais explorado nesse estudo, tem relação com o comportamento humano. O
quadro que se observa é que são inúmeros condutores que desrespeitam e infringem leis
a todo momento, como por exemplo, estacionar em fila dupla, entre outros.
O curso de formação teórica para futuros condutores aplicado em Minas
Gerais, de acordo com o DETRAN/MG, 2017, possui uma carga horária de 45
horas/aulas, das quais estão divididas em: legislação, infrações, sinalização, direção
defensiva, primeiros socorros, cidadania, meio ambiente e mecânica básica.
(DETRAN/MG, 2017). No caso da cidade de Poços de Caldas, local escolhido para ser
o cenário da presente pesquisa, todas as aulas teóricas são ministradas em um só lugar
em comum a todos os centros de formação de condutores, o Centro de Aprendizagem e
Tecnologia do Trânsito (CATT). As aulas teóricas são iniciadas após a primeira etapa
que é a do exame psicológico, se aprovados, os futuros condutores aprendizes são
encaminhados para receberem as instruções teóricas, ou seja, suas primeiras lições sobre
o sistema de trânsito, com ênfase especial no seu regimento. Após o curso teórico se
aprovado em exame teórico, a pessoa estará licenciada a ser um condutor aprendiz.
(DETRAN/MG, 2017). É nessa fase que ela estabelece também a imersão no trânsito e
será instruída por um instrutor capacitado. É nesta etapa que o condutor aprendiz está
mais exposto a meio e às influências que podem interferir no seu aprendizado.

3 ESTUDOS SOBRE COMPORTAMENTO

De acordo com Moreira (2013), um comportamento ocorre ou deixa de


ocorrer em função de algum outro evento, na sua interação com o ambiente, ou seja,
uma formação não relevante dos futuros condutores dá espaço ao que será reforçado
pelo outro, se motoristas da cidade de Poços de Caldas não respeitam as leis de trânsito,
esse comportamento só reproduzirá, haverá cada vez mais motoristas que não respeitam
as leis. Se um motorista se comporta como se somente ele importasse, porque outros
motoristas se comportariam diferente? Ainda para o mesmo doutrinador:

Muitas vezes, comportar-se como o outro se comporta, como no caso


da imitação, tem grande possibilidade de ser reforçador. A
aprendizagem por observação é baseada na observação do
comportamento de um outro organismo.(MOREIRA, 2013, p. 98)

No caso do trânsito, as pessoas podem aprender e consolidar


comportamentos ao observar os outros motoristas. O comportamento, de acordo com
Sidman apud Moreira (2013), são ações como, andar, correr entre outras, nesse caso da
presente pesquisa a ação é dirigir, o comportamento é a maneira como dirigir. Para
Todorov (1989) apud Moreira (2013), o comportamento não pode ser definido sem
relação com o ambiente, e este, por sua vez, não pode ser definido sem relação com o
comportamento. Por isso pode-se dizer que o comportamento dos motoristas da cidade
de Poços de Caldas é influenciado pelo seu ambiente, sendo este, mais decisivo do que a
própria formação:

Comportamento semelhante pode ser reproduzido pelas contingências


de reforço. Quando uma pessoa se comporta de maneira a imitar outra
em uma mesma situação, seu comportamento tem maior probabilidade
de produzir as mesmas consequências produzidas pelo comportamento
da pessoa imitada, com isso o imitador pode aumentar suas fontes de
reforçadores. Isso ocorre provavelmente por uma suscetibilidade
herdada em se comportar como os outro se comportam.
(MOREIRA,2013, p. 99)

Se tem um quadro onde o ambiente reforça o comportamento pode se dizer


que se tem uma prática cultural, no caso negativa, mas uma prática que vem sido
copiada e tem dificultado a sua melhoria. Se motoristas vão agir de acordo com os
outros e seu ambiente, juntos formam uma prática social que fica como uma espécie de
marca. Em Poços de Caldas os motoristas desrespeitam muito as leis, praticam muitas
transgressões. Isso acaba se tornando um fato. Glen (2004) apud Moreira (2013)
estabelece o conceito de prática cultural como sendo padrões similares de conteúdo
comportamental, usualmente resultados de similaridades nos ambientes.
O comportamento de uma sociedade está intimamente ligado à sua cultura.
Primeiramente é preciso destacar que o termo cultura possui vários conceitos que
perpassam por diversas áreas. A definição de Ferreira (1986)apud Moreira 2013, é de
cultura como o complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e
de outros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de
uma sociedade ou civilização. No dicionário Aurélio 2008 encontra-se a seguinte
definição, “o conjunto de características humanas que não são inatas, e que se criam e se
preservam ou aprimoram através da comunicação e cooperação entre indivíduos em
sociedade.”
Para Moreira, o termo cultura tem a seguinte definição:

O termo cultura tem sido amplamente explorado por várias áreas do


conhecimento, como a sociologia, a antropologia e a psicologia.
Porém, em nenhuma dessas áreas há uma definição consensual do que
seja cultura, o que demonstra a complexidade e riqueza da aplicação
do termo. (MOREIRA, 2013, p. 14).

Também em seus estudos, Moreira (2013) descreve alguns enfoques que


são perfeitamente relacionados aos estudos de comportamento no trânsito, em especial
no campo da antropologia onde destaca-se o histórico, que fala em herança social,
valores que passam de geração para geração, o aspecto comportamental em que
comportamentos formam um estilo de vida e o aspecto funcional relacionado à maneira
de como o homem resolve seus problemas de adaptação ao ambiente para viverem.
Laraia(2013) apud Moreira (2006, p. 48-49) transcreve outros conceitos importantes
sobre cultura, que são apoio para a análise dos resultados no que diz respeito ao
comportamento dos motoristas e sua influência na formação de novos condutores,
dentre esses conceitos estão os de que a cultura determina o comportamento do homem
e justifica suas realizações e de que o homem age de acordo com seus padrões culturais.
Pode-se se exemplificar a relação da cultura com o comportamento quando sabemos que
parar em filha dupla é uma contravenção, porém em horários de entrada e saída das
escolas é muito comum isso acontecer, chegando a ser aceitável pelo grupo social, uma
vez que se identifica que não há outra solução, então algo paliativo vai se fortalecendo e
todos repetem o mesmo comportamento. Muitas vezes permitir que o outro faça uma
pequena transgressão da lei, permite ao sujeito também transgredi-la.
Ileana Kitty P. Gruler (2011) destaca alguns aspectos dentro dos estudos da
psicologia no trânsito que auxiliam na compreensão deste estudo. Para a doutrinadora,
as comunidades humanas, sociedade e pessoa formam uma unidade e que a sociedade
muda a pessoa, assim como a pessoa muda a sociedade. É necessário observar o quanto
a influência do meio e do comportamento de outros motoristas, é algo cultural e de
difícil acesso em termos de mudanças. Uma pergunta que foi lançada diante das
observações realizadas durante as aulas práticas, é a de como, ou o que fazer para que
isso se modifique, seria um trabalho interno ou externo? Ou ambos? O que é o trânsito
senão pessoas e suas particularidades que tomam decisões o tempo todo, decisões
relacionadas aos fatores externos e aos pessoais. Por isso conceber uma definição e uma
solução para um trânsito melhor envolve estudos do comportamento dentro da
psicologia.
Francês Gilles Lipovetsky apud Ileana (2016) entende que a sociedade atual
vai em direção à um grande egoísmo, uma perda de consciência histórica, o que ilustra
perfeitamente o que vemos hoje em dia no que diz respeito ao trânsito, as pessoas
parecem cada vez mais pensarem apenas em si mesmas. “A sociedade exige que
tenhamos êxito e o êxito exige eficiência e rapidez.” (ILEANA, 2016, p. 38). A
eficiência e rapidez parecem se confundir com o egoísmo. Muito do comportamento
agressivo que vivenciamos hoje ao dirigir, uma parte está sendo estimulada pelo
ambiente, mas é inegável que ela reside em nós, por isso reagimos como reagimos.

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS


Do total de 10 questionários aplicados aos alunos do Centro de Formação de
Condutores autoescola Treinar, obteve-se os resultados a seguir expostos.

QUESTÃO 1
Em relação ao número de pessoas que haviam dado entrada no processo de
aquisição de Carteira Nacional de Trânsito (CNH) pela primeira vez: 5 pessoas.
Número de pessoas que já haviam dado entrada no processo de aquisição de
Carteira Nacional de Trânsito (CNH): 5 pessoas.

Número de pessoas que deram inicio pela


primeira vez ao processo de habilitação

sim não

QUESTÃO 2
Sobre o número de pessoas que já haviam dirigido: 6 pessoas.
Número de pessoas que não haviam dirigido: 4 pessoas.

Número de pessoas que já dirigiram antes

sim não

QUESTÃO 3
Com relação ao local escolhido para o processo de habilitação - Centro de
Formação de Condutores (CFCs).
Número de pessoas satisfeitas: 5.
Número de pessoas muito satisfeitas: 2.
Número de pessoas pouco satisfeitas: 2.
Número de pessoas insatisfeitas: 1.

Grau de satisfação com a escolha do


centro de formação de condutores

satisfeito muito satisfeito pouco satisfeito insatisfeito

O resultado em questão demonstra neutralidade quando se pensa em


elemento dificultador no processo de aprendizagem, não sendo ele agente responsável
pela formação deturpada que se observa na prática.

QUESTÃO 4
Em relação ao conteúdo das aulas teóricas.
Número de pessoas satisfeitas: 3.
Número de pessoas muito satisfeitas: 2.
Número de pessoas pouco satisfeitas: 3.
Número de pessoas insatisfeitas: 2.
Grau de satisfação com o conteúdo
das aulas teóricas

satisfeito muito satisfeito pouco satisfeito insatisfeito

Metade das pessoas entrevistadas consideram o conteúdo do curso teórico


como bom, sendo que apenas duas responderam estar insatisfeitas, o que demonstra que
o conteúdo não é componente relevante do quadro que se observa de uma formação
falha.Porém,é preciso se preocupar mais com um curso prático e conciso, visando não
apenas o cumprimento de carga horária, mas se voltar mais para a formação íntegra,
mais humanizada, ou seja: o condutor aprendiz não está ali apenas para operar uma
máquina, mas para aprender a fazer parte de um sistema.Em relação às sugestões de
mudanças para o conteúdo das aulas teóricas, Todas as respostas citaram a necessidade
de mudanças para um conteúdo mais prático, dentre eles duas pessoas sugeriram
mudanças no conteúdo de mecânica, deveria ser voltada para o dia a dia e não decorar
nomes de peças. Todas não veem necessidade das aulas no simulador.

QUESTÃO 5
Em relação ao conteúdo ministrado pelos instrutores nas aulas práticas.
Número de pessoas satisfeitas: 4.
Número de pessoas muito satisfeitas: 2.
Número de pessoas pouco satisfeitas: 3.
Número de pessoas insatisfeitas: 1.
Grau de satisfação com o conteúdo das
aulas práticas

satisfeito muito satisfeito pouco satisfeito insatisfeito

O resultado da questão demonstra que as aulas ministradas pelos instrutores


de autoescola não podem ser consideradas fatores preponderantes que sugestionam má
formação, apesar de sugerir mudanças para o conteúdo das aulas práticas, todas
concordam que o tempo de duração das aulas não é suficiente devido ao enfrentamento
do tráfego para chegar ao local de treinamento e que o número de aulas exigidas não é
suficiente. Houve outras sugestões pessoais como por exemplo: aulas em rodovias.

QUESTÃO 6
Em relação ao instrutor.
Número de pessoas satisfeitas: 5.
Número de pessoas muito satisfeitas: 2.
Número de pessoas pouco satisfeitas: 2.
Número de pessoas insatisfeitas: 1.

Grau de satisfação com o instrutor

satisfeito muito satisfeito pouco satisfeito insatisfeito

O resultado em questão demonstra que o profissional também não pode ser


inserido como fator preponderante para a formação ineficaz. Não está aí nenhum tipo de
elemento entrave perceptível quanto à realidade de trânsito que se tem hoje na cidade de
Poços de Caldas.

QUESTÃO 7
Em relação ao ambiente das aulas práticas - Trânsito da cidade de Poços de
Caldas/MG).
Número de pessoas que consideram bom: 3.
Número de pessoas que consideram excelente: 1.
Número de pessoas que consideram ruim: 6.

Ambiente de aprendizado

Bom Excelente Ruim

Com este resultado é possível perceber um quadro negativo, podendo ser


apontado como elemento dificultador da aprendizagem, em que 60% (sessenta por
cento) dos entrevistados consideram o ambiente como ruim.

QUESTÃO 8
Em relação ao comportamento das pessoas no trânsito.
Número de pessoas que consideram bom: 5.
Número de pessoas que consideram excelente: 0.
Número de pessoas que consideram ruim: 5.
Comportamento das pessoas no trânsito

Bom Ruim

O resultado em questão pontua uma média considerável em relação ao


comportamento de terceiros como outro elemento dificultador da aprendizagem.

QUESTÃO 9
Se o comportamento das pessoas no trânsito influencia o seu.
Número de pessoas que responderam não: 1.
Número de pessoas que responderam sim: 9.

Influência do comportamento das


pessoas no processo de aprendizagem

sim não

Em relação a influência do comportamento dos outros no aprendizado, as


respostas podem ser consideradas como fator dificultador para a formação.8 (oito)
pessoas responderam que tendem a copiar os maus exemplos vividos no trânsito, além
de ficarem nervosos com o desrespeito, e 2 (duas) pessoas responderam que o
comportamento dos outros os deixavam nervosos para aprender.
Um outro questionário foi aplicado aos instrutores do mesmo centro de
formação de condutores, autoescola Treinar, e os resultados são os seguintes:
QUESTÃO 1
Em relação ao conteúdo ministrado nas aulas práticas.
Número de instrutores que responderam bom: 3.
Número de instrutores que responderam excelente: 1.
Número de instrutores que responderam ruim: 1.

Conteúdo ministrado nas aulas práticas

Bom Excelente Ruim

O resultado apontado pelos dados do questionário 2, respondido pelos


instrutores coincide com o resultado apontado pelos aprendizes, pode se afirmar que
esse não é elemento considerado dificultador da aprendizagem.

QUESTÃO 2
Com relação ao método das aulas práticas e sugestões de mudanças.
4 (quatro) instrutores consideram que não é muito prático, é algo voltado
mais para o exame, não concordam com a avaliação do Detran.
1(um) apenas considera que está satisfatória a metodologia e não sugere
mudança.

Método das aulas práticas

Não consideram o método de aprendizagem prático


consideram o método de aprendizagem prático
QUESTÃO 3
Em relação à influência do comportamento dos outros motoristas no
comportamento dos aprendizes.
5(cinco) consideram que os aprendizes ficam muito nervosos com o
ambiente e o desrespeito.

Influencia do ambiente no aprendizado

concordam que os alunos ficam nervosos com o ambiente

QUESTÃO 4
Em relação ao ambiente de aprendizagem.
4 (quatro) instrutores consideram ruim.
1 (um) considera um ambiente bom.

Ambiente de aprendizagem

bom ruim

QUESTÃO 5
Em relação ao comportamento das pessoas - outros motoristas- nas aulas
práticas.
5 (cinco) consideram ruim.
Comportamento inadequado nas aulas
práticas

Comportamento nas aulas práticas

5. CONCLUSÃO

Com o objetivo de se verificar a percepção dos agentes (instrutores e


condutores aprendizes) com relação a teoria, educação que é recebida no processo de
formação, e a prática, o comportamento dos motoristas, a fim de se relacionar ou não tal
comportamento com o mesmo processo e visando apontar possíveis melhorias para o
mesmo, foi de suma importância a aplicação dos questionários, que através do seu perfil
quantitativo e qualitativo apontou as primeiras percepções dos agentes no trânsito que,
correlacionadas aos estudos comportamentais dentro da psicologia do trânsito,
possibilitaram uma análise dos dados coletados a fim de que se discuta possibilidades e
caminhos para a melhoria no transito na cidade de Poços de Caldas.
A primeira observação que pode ser feita é que tanto os condutores
aprendizes entrevistados, quanto os instrutores entrevistados, demonstram em sua
maioria discordar do processo em si, mas preponderam que os centros de formação de
condutores cumprem o seu papel burocrático em conformidade com as leis regentes.
Como apontado nos dados da pesquisa que o grau de satisfação em relação a escolha
dos centros de formação de condutores, bem como, os instrutores possuem média maior
que 60%. Podemos analisar então que, tais centros e seus profissionais não podem ser
considerados como entraves que contribuem para uma má formação e nem serem
responsabilizados pelo comportamento das pessoas no trânsito.
Quando perguntados sobre conteúdo ministrado, tanto nas aulas práticas,
quanto nas aulas teóricas, não há divergência entre os instrutores e aprendizes, ambos
apontam uma necessidade de aulas mais práticas e contextualizadas e não apenas
revisão e decoreba de leis que serão usadas apenas para o exame, ou seja, não há uma
reflexão ou um aprendizado efetivo que será exposto posteriormente no dia a dia. A
análise desse resultado pode implicar que o processo de aquisição é apenas um percurso
para o documento e não para a real utilidade de se formar condutores conscientes. Em
ambos os resultados há a percepção de que o conteúdo é falho, o tempo de duração de
aulas é falho e que o único objetivo que se demonstra ter é o de adquirir a carteira, como
se houvesse após ela uma outra etapa de vivência e real aprendizado. O sujeito passa
pela formação, assim chamada, mas irá demonstrar outro comportamento.
A coleta de dados das pesquisas demonstra a necessidade de adequações e
melhorias nos cursos de formação para aquisição da Carteira Nacional de Habilitação
(CNH). O aspecto, talvez o mais relevante de todos, considerado um dos fatores que
implicam tal formação, é a influência do meio e o comportamento de terceiros. Foram
observados um total de 5 (cinco)aprendizes de diferente faixa etária, inseridos em
diferentes contextos, como o número de vezes que iniciava o processo de aquisição da
CNH, poder aquisitivo, entre outros. Indiferentemente do desempenho em todas as
observações, pode-se concluir que o meio e o comportamento dos outros motoristas são
os aspectos que mais influenciam no processo de aprendizagem. É muito comum, entre
os aprendizes, não querer serem vistos dirigindo por colegas e ou familiares. A tensão
que se propaga a partir de um erro comum também é observada. É completamente
compreensível para um condutor aprendiz deixar o motor do veículo ser interrompido,
porém isso se agrava com o ambiente, as pessoas a sua volta, quando o condutor pratica
algum erro e há pessoas observando ele se sente muito mais desconfortável.
A respeito dos resultados da pesquisa realizada com os condutores
aprendizes, em relação a formação teórica e prática que recebem na cidade de Poços de
Caldas/MG, é possível concluir que se trata de uma formação irrelevante quanto aos
aspectos educativos. Forma-se condutores de máquinas que dependem apenas dos
comandos automáticos bem feitos para se operar o veículo e assim fazer parte do
sistema de trânsito. Se esse mesmo processo formativo não preenche a lacuna
educacional, ou seja, a da relação do ser humano com o próprio sistema capaz de um
convívio mais dinâmico e organizado, resta buscá-la no próprio meio, em que seremos
reprodutores de uma cultura, no entanto essa cultura não é funcional e diante do que
temos em relação ao sistema de trânsito é necessário modificá-la.
Tanto os resultados dos questionários aplicados, quanto a análise dos
relatórios de observação, mostram que o comportamento dos condutores nas vias é o
que mais influencia no processo da formação durante as aulas práticas e parece ser esse
o mais assimilado, o processo simplificado e prático que não ampara o fator
educacional é sim um entrave, um aspecto dificultador para que se possa conquistar uma
melhoria no trânsito da cidade de Poços de Caldas, pois não basta apenas demonstrar
como se opera um veículo, mas conscientizar as pessoas que esse sistema de trânsito são
as próprias pessoas. Portanto modificá-lo a fim de se ganhar melhorias é modificar o
comportamento humano, para isso é preciso rever os modelos de formação existentes e
configurá-los para um novo e eficiente que contribua efetivamente para a sociedade.

REFERÊNCIAS

BIANCHI. A. S. A. Psicologia do Transito:o nascimento de uma ciência. Interação em


Psicologia: Paraná, 2011.

BRASIL. Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997.Institui o Código de Trânsito


Brasileiro. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L9503.htm>.
Acesso em: 26 abr. 2018.

CONSELHO Federal de Psicologia. Psicologia do trafego: características e desafios no


contexto do Mercosul. Brasília, 2016.

DEPARTAMENTO DE TRANSITO DE MINAS GERAIS. Como obter a primeira


habilitação. Dísponível em: <https://www.detran.mg.gov.br/habilitacao/1-habilitacao-
quero-ser-condutor/como-obter-a-primeira-habilitacao>. Acesso em: 15 set, 2017.

MOREIRA, M. B. Comportamento e práticas culturais: Brasília: Instituto Walden4,


2013.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Disponível em:


<https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/pocos-de-caldas/panorama>.Acesso em: 26 abr..
2018.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da Língua


Portuguesa. 4. ed., Curitiba, 2009.

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