0% acharam este documento útil (0 voto)
70 visualizações24 páginas

Costa Talita TCC

Este estudo analisou a anatomia e classificação das fraturas Le Fort através de uma revisão da literatura. As fraturas Le Fort I, II e III seguem padrões anatômicos específicos de acordo com a localização e força aplicada. O estudo também abordou a influência da morfologia óssea nos tratamentos disponíveis.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
70 visualizações24 páginas

Costa Talita TCC

Este estudo analisou a anatomia e classificação das fraturas Le Fort através de uma revisão da literatura. As fraturas Le Fort I, II e III seguem padrões anatômicos específicos de acordo com a localização e força aplicada. O estudo também abordou a influência da morfologia óssea nos tratamentos disponíveis.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 24

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA

TALITA COSTA

ESTUDO ANATÔMICO DAS FRATURAS LE FORT:

REVISÃO DA LITERATURA

Piracicaba
2017
TALITA COSTA

ESTUDO ANATÔMICO DAS FRATURAS LE FORT:

REVISÃO DA LITERATURA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Faculdade de Odontologia
de Piracicaba da Universidade Estadual de
Campinas como parte dos requisitos
exigidos para obtenção do título de
Cirurgião Dentista..

Orientador: Profa. Dra. Ana Cláudia Rossi

ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À


VERSÃO FINAL DO TRABALHO DE
CONCLUSÃO DE CURSO APRESENTADO
PELA ALUNA TALITA COSTA E ORIENTADA
PELA PROFA. DRA. ANA CLÁUDIA ROSSI.

PIRACICABA
2017
DEDICATÓRIA

À Deus e a Nossa Senhora, nosso pai e nossa mãe.


Obrigada aos meus pais, Marco Tulio e Gertrudes, pelo exemplo de vida e
educação dada a mim.

Ao meu noivo Gustavo Bonfá.


Aos meus irmãos e amigos.
AGRADECIMENTOS

À Deus, nosso pai por nos dar a capacidade de raciocínio e pela força dada
nos momentos difíceis.

À minha professora e orientadora, Dra. Ana Cláudia Rossi, pelo carinho e


apoio dado antes mesmo da realização deste trabalho.

Aos meus pais, Marco Tulio e Gertrudes, pelo amor, dedicação e educação
dada à mim e aos meus irmãos.

Ao meu noivo, Gustavo Bonfá, pela paciência e companheirismo.

Aos meus amigos, Aline, Bruna, Camila, Ederaldo, Karen, Guilherme,


Johny e Sabrina pelas boas risadas e convivência diária. Formamos uma família, serei
eternamente grata.

Aos meus irmãos Fabio, Lucilene e Ana, pelo incentivo.


RESUMO
Segundo a Organização Mundial da Saúde o trauma ainda é considerado
como uma das principais causas de morte no mundo, “afetando anualmente cerca de
5,8 milhões de pessoas, 32% a mais que a soma das mortes por malária, AIDS e
tuberculose” (OMS 2010). A face por ser uma região menos protegida frequentemente
é atingida durante um trauma. Este estudo tem como objetivo de identificar gênero,
idade, e causas das fraturas Le Fort, através de uma análise literária.

Palavras chaves: Maxila. Maxilares - Fraturas. Ferimentos e Lesões.


ABSTRACT

According to World Health Organization (WHO) trauma is still considered


as one of the primarily causes of death in the world, "that affect over 5.8 millions of
people annually, 32% more than the number of fatalities that result from malaria, AIDS
and tuberculosis." (WHO 2010). Face is a less protected region, and frequently is
struck during a trauma. This study aim to identify gender, age, and causes of Le Fort
fractures, as a result of a literature analysis.

Keywords: Maxilla. Jaw – Fractures. Wounds and injuries


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 9

2 REVISÃO DA LITERATURA 11

2.1 Anatomia das fraturas Le Fort 11

2.2 Influência da morfologia óssea no tratamento das fraturas le fort 13

2.3 Etiologia e incidência das fraturas le Fort 18

3 DISCUSSÃO 21

4 CONCLUSÃO 22
9

1 INTRODUÇÃO
Para Ajike, et al. (2005) o esqueleto maxilofacial é vulnerável a lesões
devido à sua exposição, desta forma o trauma para esta região continua a despertar
atenção de cirurgiões buco-maxilo-faciais. Com os avanços científicos relacionados
ao tratamento de lesões faciais após mudanças no padrão de população por causa
da crescente industrialização e urbanização o trauma maxilofacial está se tornando
um problema médico principal em salas de emergência no mundo todo.
A mortalidade no trauma maxilo facial é frequente, devido à proximidade do
encéfalo e o trato respiratório. Fatores como localização geográfica, cultura e estado
sócio econômico influencia as causas e a incidência de fraturas maxilofaciais (Ajike et
al. 2005)
Segundo Hupp, et al. (2015) as principais causas de fraturas faciais são os
acidentes automobilísticos, agressões físicas, quedas, acidentes esportivos,
acidentes de trabalho e agressões com armas.
As fraturas maxilofaciais, segundo Hupp, et al. (2015) podem envolver os
três terços da face (inferior, médio e superior). As fraturas que ocorrem no terço inferior
da face envolvem a mandíbula. As que envolvem o terço médio compreende as
maxilas, os ossos zigomáticos, ossos que compõem a órbita, osso nasal e etmoide.
Já as do terço superior compreende em maior parte do osso frontal e a margem
superior da órbita.
Em 1901, o médico francês, Rene Le Fort, realizou um dos trabalhos mais
importantes conhecidos pela cirurgia maxilo facial, que é utilizada até hoje. Neste
estudo, ele sugeriu que o padrão das fraturas maxilares dependiam do ponto da
aplicação e direção de uma força , posição da cabeça durante o trauma, velocidade,
duração e a massa do agente agressor (Gartshore 2009). Ele então concluiu que, as
fraturas faciais seguem leis e compartilham características comuns e que podem ser
classificadas da seguinte forma:

Le Fort I: São aquelas que começam a partir da abertura piriforme


estendendo se para as laterais da maxila, podendo envolver os processos
pterigoides.
Le Fort II: São aquelas que envolvem os ossos lacrimais, borda inferior e
assoalho da órbita, envolvendo ou não a sutura zigomática-maxilar.
10

Le Fort III: acontece devido fragmentação crânio facial que envolve as


suturas frontozigomatica, frontomaxilar, fronto nasal.

O estudo epidemiológico sobre a incidência e etiologia dos traumas faciais


são importantes uma vez que através deles são gerados programas de prevenção e
atenção. Conhecer a anatomia das fraturas maxilofaciais, são importantes para propor
e planejar tratamentos. Assim, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão de
literatura sobre a anatomia das fraturas Le Fort, abordando a influência da morfologia
nos tratamentos disponíveis atualmente.
Este estudo tem como objetivo de identificar gênero, idade, e causas das
fraturas Le Fort, através de uma análise literária.
11

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Anatomia das fraturas Le Fort

O crânio é formado por 22 ossos e pode ser dividido em viscerocrânio e


neurocrânio. Drake et al. (2014) descrevem que o viscerocrânio equivale à face e nele
estão localizados os órgãos dos sentidos e o ínicio dos sistemas digestórios e
respiratórios. É estruturado por 14 ossos irregulares unidos entre si por articulações
fibrosas (suturas), salvo a mandíbula que é móvel e se une ao crânio por meio de uma
articulação sinovial. Os ossos que compõe o viscerocrânio são: uma mandíbula, duas
maxilas, dois zigomáticos, dois palatinos, dois nasais, duas conchas nasais inferiores,
dois lacrimais e um vômer.

Já o neurocrânio é constituído por oito ossos: dois temporais, dois parietais,


um frontal, um occipital, um esfenoide e um etmoide.

Quando a região maxilofacial é afetada por um trauma, a mandíbula é mais


vulnerável que o complexo zigomático-maxilar, provavelmente porque a mandíbula é
móvel e tem menos osso suporte do que a maxila (Subhashraj et al., 2007).
O cirurgião francês René Le Fort, descreveu a anatomia das fraturas do
terço médio da face, verificando as regiões ósseas de maior fragilidade e as classificou
da seguinte forma:

A fratura Le Fort I (figura 1), ou também chamada como horizontal, é


resultante de uma força de lesão direcionada horizontalmente à maxila, separando-a
através da abertura piriforme em direção a sutura pterigomaxilar , podendo envolver
o processo pterigoide. (Noffze, et al., 2011)
12

Figura 1- Esquema representativo da fratura Le Fort 1.


Fonte: https://www2.aofoundation.org

A fratura Le Fort II acontece devido às forças aplicadas em direção mais


superior em relação à maxila, gerando fraturas no complexo nasal, ossos lacrimais,
assoalho e margem inferior da órbita. Essa fratura separa a maxila e o complexo
nasal da base do crânio. (Noffze, et al., 2011)

Figura 2 - Esquema representativo da fratura Le Fort II.


Fonte: https://www2.aofoundation.org
13

A fratura Le Fort III, ou seja, a disjunção crânio facial ocorre devido a


aplicação de um força bastante alta para afetar o complexo naso-órbito-etmoidal
(NOE), envolvendo então as suturas frontozigomático, frontomaxilar e frontonasal.
(Noffze, et al., 2011)

Figura 3 -Esquema representativo da fratura Le Fort III.


Fonte: https://www2.aofoundation.org

2.2 Influência da morfologia óssea no tratamento das fraturas Le fort

O tecido ósseo é organizado com objetivo de ter maior resistência com


menor quantidade de material, essa organização permite que o crânio absorva e
direcione as forças que o atingem (Prado et al., 2016).

As forças que incidem não são capazes de determinar a forma do osso em


sua forma geral, mas influenciam em seu arranjo estrutural. Como exemplo disso,
podemos citar o processo coronóide da mandíbula, que pode ser reabsorvido caso o
músculo temporal seja removido.

Além das forças musculares, pode-se segundo Drake et al. (2014), incidir
forças da coluna vertebral ao osso occipital e também as que são geradas nos
14

alvéolos dentais durante a mastigação. O crânio possui esteios de reforço ou


sustentação, essas áreas de reforço são geradas como forma de adaptação do
organismo às forças que incidem sobre ele.

As áreas de reforços ósseo na maxila são chamadas de pilares, eles são


chamados de pilar canino, zigomático e pterigoideo. O pilar canino inicia-se no
processo alveolar do canino contorna a abertura piriforme e ascende em direção à
glabela; o pilar zigomático tem origem na região de primeiro molar superior
ascendendo e dividindo-se em duas trajetórias, uma em direção ao processo
zigomático do frontal e outra em direção ao arco zigomático; e o pilar pterigoideo tem
início na região dos últimos molares em direção ao processo pterigoideo (Prado et al.,
2013; Freire et al., 2014).

Segundo Pappachan e Mohan (2012), as forças que incidem no crânio


podem ser aplicadas a partir das posições anteroposterior, superior, inferior e direções
laterais. O nível, localização e ponto em que são aplicadas determinará o padrão de
lesão. As fraturas do crânio raramente se estendem para a região facial, por outro lado
as fraturas originárias do esqueleto facial podem se estender para o crânio. Os ossos
nasais foram os mais frágeis dos ossos faciais, com tolerância para fratura mínima no
intervalo de 25-75 libras e a maxila no intervalo 140-445 libras (figura 4).
15

Figura 4 Classificação dos ossos faciais de acordo com o grau de resistência ao impacto.
Fonte: Pappachan e Mohan (2012)

Para Cornelius e Gellrich et al. (2009) o método de escolha para as fraturas


Le Fort I com fragmentação bilateral é geralmente a fixação interna de redução aberta.
A Localização da fixação acompanha uma parte do pilar canino e zigomático (Figura
5).
16

Figura 5- Imagem ilustrativa de tratamento para fraturas Le Fort 1.


Fonte: https://www2.aofoundation.org

É ideal que, qualquer fratura de Le Fort II seja tratada por fixação interna
de redução aberta. O número de abordagens depende da extensão, do grau de
fragmentação e estabilidade após a redução (Figura 6).
De modo geral, para fraturas de Le Fort III, a fixação da placa é aplicada às
fraturas no arco zigomático, nos processos fronto zigomática e fronto nasal (Figura 7).
17

Figura 6 Imagem ilustrativa de tratamento para a fratura Le Fort II.


Fonte https://www2.aofoundation.org

Figura 7 Imagem ilustrativa de tratamento para a fratura Le Fort III.


Fonte https://www2.aofoundation.org
18

2.3 Etiologia e incidência das fraturas le Fort

Os estudos de Subhashrajas et al. (2007) mostram que a incidência e as


causas das lesões faciais são influenciadas por fatores socioeconômicos, localização
geográfica e cultura.

Os estudos de Roccia et al. (1999), Kadkhodaie (2006), Lida et al. (2001),


Ajike et al. (2005), Subhashraj et al. (2007) Sawhney e Ahuja (1988), Haug et al.
(1994), relataram que as fraturas faciais são mais comumente causadas por acidentes
de trânsito, enquanto os de Olasoji et al. (2002) mostram que o assalto é a mais
frequente causa.
Alguns achados consistentes são a predominância de homens e pessoas
na idade de 20 a 37 anos grupo.

Lida et al. (2001) e Haug et al. (1994) relataram faixas etárias mais baixas,
onde 10 a 29 anos e de 16 a 30 anos (tabela 1).
19

Tabela 1- Etiologia, incidência nos sexos e idade dos traumas maxilo faciais nos
diferentes artigos.

Le Fort (I, II e
Etiologia das fraturas faciais Incidência III) Referência
Acidentes de trânsito 40,40%
Queda 27,10% Não cita Não cita Roccia et al. (1999)
Assalto 14,40%
Acidentes de trânsito 91% I: 37,5%
Queda 5,50% 10:01* II:44,3% Kadkhodaie (2005)
Assalto 2,90% III:18,2%
Golpes 48,40% 11,8:1* I:45,7%
Queda 27,90% 35 anos II:31,5% Schwabegger et al. (2002)
III:22,8%
Futebol 25% 7,2:1*
20-35
Rugby 15% anos Maladière et al. (2001)
Ciclismo 10%
Acidentes de trânsito 52% 2,8:1* I: 54,5%
10 a 29
Queda 16,60% anos II:42,5% Lida et al. (2001)
Assalto 15,50% III:3%
Acidentes de trânsito 50,80% I:26,3%
Queda 16,60% 3,7:1* II:64,2% Ajike et al.(2005)
Lutas 15,50% 39 anos III:9,5%
Acidentes de trânsito 85% I: 34,8%
Queda 7% 3,7:1 II:49,5% Subhashraj et al. (2007)
21 a 30
Assalto 3% anos III:15,7%
Acidentes de trânsito 50%
Sawhney et al. (1988)
Acidentes em casa 18,32% 04:01*
16 a 45
Lutas e assaltos 12,97 anos
Acidente de trânsito 76,92%
16 a 30
Assalto 15,38% anos Haug et al. (1994)
Esportes 5,12%
Acidente de trânsito 36% I:45,7%
Assalto 48% II:30,43 Olasoji et al. (2002)
Queda 9% III:23,9%
Acidente de trânsito 91% I:37,5%
Assalto 5,50% 12:01* II:44,2% Kadkhodaie (2006)
20 A 29
Queda 2,90% anos III:18,3%
*Incidência na proporção homens/ mulheres
20

Hächl e Tuli (2002), descreveram que as fraturas maxilo faciais


relacionadas com acidentes de trabalho, relacionam-se com o tipo de ocupação.
Profissões que requerem uso de equipamento como máquinas oferecem maior risco
de trauma.
21

3 DISCUSSÃO

A etiologia das fraturas faciais é variada e varia de país para país e o


domínio de uma etiologia se relaciona com a população estudada. Mas, de modo
geral, as fraturas maxilo faciais atingem com predomínio do sexo masculino e tem
como fator etiológico predominante o acidente de trânsito. A provável explicação para
esse fenômeno é o maior número de condutores homens, além de terem um estilo de
vida agitado e resultando em maior ingestão de drogas e álcool. A faixa etária mais
atingida é de 20 a 37 anos de idade.

As fraturas do terço médio da face são classificadas em: fraturas de rebordo


alveolar, transversais baixas da maxila (Le Fort I), piramidais da maxila (Le Fort II),
disjunção craniofacial (Le Fort III) e fraturas complexas. Embora a classificação de Le
Fort tenha sido dada há mais de 100 anos, até à data, é considerado padrão na
classificação de fraturas do terço médio da face. Na verdade, a classificação de Rene
Le Fort é utilizada como simplificação didática, uma vez que as linhas clássicas de Le
Fort raramente são encontradas. A maioria das fraturas observadas hoje são
combinação de linhas de fratura com combinação de outros ossos do crânio.
Os estudos realizados por Maladiere et al.(2001), Kadkhodaie (2006), Ajike
et al. (2005) e Subhashraj et al. (2007) também concluíram que os homens são os
mais atingidos no trauma maxilo facial. O estudo feito por Olasoji et al. (2002) em uma
população selecionada do norte da Nigéria descobriram que a violência interpessoal
era o principal fator etiológico. Já Kadkhodaie (2006), concluiu que o Irã por ser um
país islâmico onde o álcool é proibido, há baixa incidência de lesões faciais causadas
por violência interpessoal.

Fabio et al. (1999) relataram que instalação de airbags nos veículos motor
reduziu a morbidade e a mortalidade nos acidentes de trânsito
As fraturas Le Fort I e II tiveram incidência igual ou próxima na maioria dos
artigos avaliados seguindo padrão relatados nos estudos de Rene Le Fort, estudos
estes que concluíram que a fratura ocorre no local de fragilidade. A fratura Le Fort III
teve menor índice, uma vez que a energia de impacto para essa fratura é maior do
que as outras (Tabela 1).
22

4 CONCLUSÃO

Podemos concluir que os homens são os mais afetados nos traumas


faciais, do que as mulheres. O fator etiológico principal são os acidentes de trânsito.

O fator etiológico varia de acordo com a cultura, fatores sócio econômicos,


e localização geográfica.

A faixa etária mais atingida é de 20 a 37 anos. Mas há estudos que mostram


faixas etárias mais baixas atingidas, 16 a 30 anos.

As fraturas Le Fort mais frequentes são a I e II, concordando com os


estudos realizados por Rene Le Fort.
23

REFERÊNCIAS

Ajike SO, Adebayo ET, Amanyiewe EU, Ononiwu CN. An epidemiologic survey
maxillofacial fractures and concomitante injuries in Kaduna. Niger J Surg Res.
2005;7(3/4):251-5.

AO Foundation Midface Executive. Ellis III E, Shimozato K, editors, Buchbinder D,


general editor. [Acesso em: 2017 Set 24].. Disponível em
https://www2.aofoundation.org/wps/portal/!ut/p/a1/04_Sj9CPykssy0xPLMnMz0vMAf
GjzOKN_A0M3D2DDbz9_UMMDRyDXQ3dw9wMDAwCTYEKIvEocDQnTr8BDuBoQ
Ei_l35Uek5-
EtCp4U76UcYeRWnl6SBDHfOSjC3S9aOKUtNSi1KL9DLyi0v0I8rLy_US89PyS_NSw
D7Uyy9K1y_IDY2o8ix2BAA5EQs5/dl5/d5/L2dJQSEvUUt3QS80SmlFL1o2XzJPMDB
HSVMwS09PVDEwQVNFMUdWRjAwMFE1/?bone=CMF&segment=Midface&showP
age=diagnosis

Prado FB, Noritomi PY, Freire AR, Rossi AC, Haiter-Neto F, Caria PHF. Stress
Distribution in Human Zygomatic Pillar Using Three-Dimensional Finite Element
Analysis. Int J Morphol. 2013;31(4):1386-92.

Drake R, Vogl AW, Mitchell AWM. Gray's Anatomy for Students: With Student. 3. ed.
Consult Online Access (Inglês). Churchill Livingstone; 2017.

Freire AR, Prado FB, Rossi AC, Noritomi PY, Haiter-Neto F, Caria PHF.
Biomechanics of the human canine pillar based on its geometry using finite element
analysis. Int J morphol. 2014;32(1):214-20.

Gartshore L. A brief account of the life of René Le Fort. Br J Oral MaxillofacSurg.


2010 Apr;48(3):173-5. doi: 10.1016/j.bjoms.2009.09.003.

Hächl O, Tuli T, Schwabegger A, Gassner R. Maxillofacial trauma due to work-


related accidents. Int J Oral Maxillofac Surg. 2002 Feb;31(1):90-3.

Haug RH, Adams JM, Conforti PJ, Likavec MJ. Cranial fractures associated with
facial fractures: a review of mechanism, type, and severity of injury. J Oral Maxillofac
Surg. 1994 Jul;52(7):729-33.

Hupp JR, Ellis III E, Myron R. Cirurgia oral e maxilo facial –Tucker. 6. ed.2015.
24

Kadkhodaie MH. Three-year review of facial fractures at a teaching hospital in


northern Iran. Br J Oral Maxillofac Surg. 2006 Jun;44(3):229-31.

Lida S, Kogo M, Sugiura T, Mima T, Matsuya T. Retrospective analysis of 1502


patients with facial fractures. Int J Oral Maxillofac Surg. 2001 Aug;30(4):286-90.

Maladière E, Bado F, Meningaud JP, Guilbert F, Bertrand JC. Aetiology and


incidence of facial fractures sustained during sports: a prospective study of 140
patients. Int J Oral Maxillofac Surg. 2001 Aug;30(4):291-5.

Noffze MJ, Tubbs RS. René Le Fort 1869-1951. Clin Anat. 2011 Apr;24(3):278-81.
doi: 10.1002/ca.21091.

Olasoji HO, Tahir A, Arotiba GT. Changing picture of facial fractures in northern
Nigeria. Br J Oral Maxillofac Surg. 2002 Apr;40(2):140-3.

Organização Mundial da Saúde. Organização Pan-Americana da Saúde. Traumas


matam mais que as três grandes endemias: malária, tuberculose e AIDS. [201?]
[Acesso em: 2017 Set 24]. Disponível em:
http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=2989:trau
mas-matam-mais-que-as-tres-grandes-endemias-malaria-tuberculose-e-
aids&Itemid=839

Prado FB, Freire AR, Cláudia Rossi A, Ledogar JA, Smith AL, Dechow PC, et al.
Review of In Vivo Bone Strain Studies and Finite ElementModels of the Zygomatic
Complex in Humans and Nonhuman Primates: Implications forClinical Research and
Practice. Anat Rec (Hoboken). 2016 Dec;299(12):1753-1778.doi: 10.1002/ar.23486.

Roccia F, Servadio F, Gerbino G. Maxillofacial fractures following airbag deployment.


J Craniomaxillofac Surg. 1999 Dec;27(6):335-8.

Sawhney CP, Ahuja RB. Faciomaxillary fractures in north India. A statistical analysis
and review of management. Br J Oral Maxillofac Surg. 1988 Oct;26(5):430-4.

Subhashraj K, Nandakumar N, Ravindran C. Review of maxillofacial injuries in


Chennai, India: a study of 2748 cases. Br J Oral Maxillofac Surg. 2007
Dec;45(8):637-9.

Você também pode gostar