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A Trindade1

O documento discute a evolução da doutrina da Trindade na Igreja Adventista do Sétimo Dia, desde os pioneiros anti-trinitários até os pioneiros trinitários e citações de Ellen G. White apoiando a doutrina. Começa com uma breve história da palavra Trindade e sua origem não no Papa ou Europa, mas na África no século II. Detalha as posições de vários pioneiros em ambos os lados da questão e o desenvolvimento gradual da compreensão trinitária.

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O documento discute a evolução da doutrina da Trindade na Igreja Adventista do Sétimo Dia, desde os pioneiros anti-trinitários até os pioneiros trinitários e citações de Ellen G. White apoiando a doutrina. Começa com uma breve história da palavra Trindade e sua origem não no Papa ou Europa, mas na África no século II. Detalha as posições de vários pioneiros em ambos os lados da questão e o desenvolvimento gradual da compreensão trinitária.

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DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA - DEDUC

RECONHECIMENTO MEC DOC. 356 DE 31/01/2006 PUBLICADO EM 01/02/2006 NO DESPACHO 196/2006 SESU

DEMÓSTENES NEVES DA SILVA

A TRINDADE I:
ARTIGO

Cachoeira
2006
DEMÓSTENES NEVES DA SILVA

A TRINDADE I:
ARTIGO

Trabalho Revisado, editorado e formatado por Adolfino


R. Aquino e Joás Paulo de Souza e coordenado pelo Pr.
Leonardo Godinho Nunes, no segundo semestre letivo
de 2006.

Cachoeira
2006
SUMÁRIO

1 HISTÓRIA .................................................................................................3
2 A TRINDADE NA IASD.............................................................................4
2.1 Evolução de Várias Doutrinas ................................................................4
2.2 Pioneiros Anti-Trinitarianos ...................................................................4
2.3 Pioneiros Trinitarianos ...........................................................................6
2.4 Citações de Ellen G. White .....................................................................8
3 CONCLUSÃO .........................................................................................11
REFERÊNCIAS.........................................................................................................12
3

1 HISTÓRIA

A palavra Trindade não é uma invenção do Papa;

A palavra não foi criada para sustentar a doutrina, pois os cristãos e

os pais apostólicos (70-150 DC) criam em um só Deus: Pai, Filho e Espírito Santo

Creeds and Confessions of Faith in Christian Tradition, vol. 1, Yale

University Press, 2003, pp. 38-91.

Não surgiu no 4º século mas no 2o. século;

Não surgiu em Roma ou na Europa, mas na África no século II

(Tertuliano) para se referir ao ser humano;

Henry Bettenson, Documentos da Igreja Cristã, ASTE, s/d, pp. 31,

63, 64, 100, 101.


4

2 A TRINDADE NA IASD

2.1 EVOLUÇÃO DE VÁRIAS DOUTRINAS

Declaração de Uriah Smith em 1872 não era oficial e não continha

várias doutrinas bíblicas como:

Modéstia Cristã – 1889; Conduta Cristã – 1889; Dízimos e Mordomia

– 1889;

Temperança – após 1863 (Ellen White) e U. Smith (ainda em 1883

negava a validade de Lev. 11. Manuscript Release, 852. In: Spirit of Prophecy

Library, vol. Vi, Peace Press, Loma Linda, EUAM S/D, p. 1915.)

A própria Justificação pela Fé passou a ser mais discutida a partir

de 1888.

2.2 PIONEIROS ANTI-TRINITARIANOS

Joseph Bates – (1871) Seu argumento era, no mínimo, ingênuo.

Argumentava com seu pai (igr. Congregacional) que cria na Trindade: “Se você

puder me convencer de que nós somos um nesse sentido: que você é meu pai e eu

sou seu filho e também que eu sou seu pai e você é meu filho, então eu poderei crer

na Trindade.” (Autobiografia de J. Bates, 204, 205) assim, ele hierarquizava Pai e

Filho na Divindade.

Uriah Smith – usava somente textos não trinitarianos.

Mudou sua posição gradualmente, mas não se conhece uma

declaração formal aceitando o conceito pleno da Trindade.

Porém, em 1896 não era contra louvar o Espírito Santo, pois, dizia,
5

estava equiparado ao Pai e ao Filho em Mt. 28:19.

(In the question chair, Adventist Review and Sabbath Herald,

doravante Review, 27/10/1896)

Em 1898, ele declara que o Espírito Santo era como a luz do sol.

Em 1903 reconheceu três seres e três agentes para a nossa

salvação. “The Spirit of Prophecy”, Gen. Conference bulletin, 14/3/1891).

Josué V. Himes – O Espírito Santo era “poder e energia”.

J. B. Friesbie – Trindade era pagã.

J. H. Waggonner – “A Bíblia faz silêncio sobre a Trindade”. (The

Atonement, 173)

Mas, em 1883 Waggonner reconhece que o Espírito Santo partilha

os atributos do Pai e do Filho.

J.N. Loughborough – 3 objeções sobre a Trindade em seu artigo:

É contra o senso comum (não considerou outras doutrinas também

contra o “senso comum”);

É contrária às Escrituras (não considerou os textos trinitários);

É de origem pagã (cometeu erro conceitual igualando tríade com

Trindade).

(J. N. Loughborough. Question Answerd, Review 5/11/1861).

D.M. Canright – O mais enfático opositor da doutrina da Trindade e

da personalidade do Espírito Santo. Sustentava praticamente a mesma posição de

Loughborough.

A. J. Dennis – “Deus não nos pede para crer em impossibilidades”.

(?) (Signs of the Times, 22/5/1879)


6

Milton C. Wilcox - embora antitrinitariano declarou que:

“Nós podemos saber isso - que há uma grande manifestação tríplice

da Deidade.” (Republicado em Questions Answered, Pacific Press Publishing

Association, 1938, p. 33)

Declarou ainda que o Espírito Santo não é anjo (s) – Signs of the

Times.04/11/1889.

2.3 PIONEIROS TRINITARIANOS

S. Spears em artigo de 1889 transformado em panfleto em 1892

defende “A doutrina bíblica da Trindade”.

N. Downer em artigo na Review, 6 de abril, 1876 declara que as

três pessoas da Trindade tiveram parte na ressurreição de Cristo.

Lee S. Wheeler, observa, citando Efésios 4:4-5: “É digno de nota

que nesta como em muitas outras partes da Escritura, o Espírito como sendo um, é

mencionado como distinto do Pai e do Filho.” Lee S. Wheeler, The Communion of

the Holy Spirit, Review, 21/4/1891, p. 244.

D. Hildereth – “Tire o Espírito Santo da Bíblia e ‘nada’ que reste é

digno de ser falado”. RH 01/04/1862.

R. F. Cotrell – “Onde houver adoração verdadeira aí o Espírito

Santo está”. (1873).

Joseph Clark – Defendeu o Espírito Santo como uma realidade em

si mesmo e um agente de Deus. Review, 10/03/1874.

P. Bollman – Em 04/11/1889 na Signs of the Times escreve: “O

Espírito Santo é divino e Criador de todas as coisas”.

A.J. Morton – Em 26/10/1891 na Signs of the Times declara: “A


7

divindade do Espírito Santo e Cristo e a do Pai e Cristo não pode ser separada”.

Alonzo T. Jones – Editor da Review and Herald por muitos anos.

Em sermão na Sessão da Conferência Geral de 27 de fevereiro

de1895 defendeu que “o Espírito Santo é um representante pessoal de Deus”.

Também, que há uma unidade do Espírito Santo com o Pai e o Filho.

General Conference Bulletin, 27/2/1895

Stephen N. Haskell no artigo “O Espírito Santo” declara que a

relação entre o Pai, Filho e Espírito Santo é um mistério. Review, 28 de novembro de

1899

G. C. Tenny que em 1883 usara “it” para o Espírito Santo declarou

em 1896 que o Espírito Santo era inteligente, tinha existência independente e

passou a usar o pronome pessoal “he”. Review and Herald, 9 de junho de 1896.

S. M. I. Henry – escritor denominacional declarou em 1898 que:

“Os pronomes usados em conexão com o Espírito devem levar-

nos a concluir que ele é uma pessoa – uma personalidade...”

“The Abindig Spirit”, 271

R. A Underwood – que havia sido anti-trinitariano a princípio, expõe,

segundo ele mesmo declara, a sua mudança de compreensão, a partir do estudo da

Bíblia.

Na Review de 3 de maio de 1898 ele diz que o Espírito é uma

pessoa e que não deveríamos permitir que Satanás destruísse nossa fé “ na

personalidade dessa pessoa da Divindade – o Espírito Santo.”

Em relação à sua opinião anterior Underwood declarou:

“Mas nós queremos a verdade porque ela é a verdade, e nós

rejeitamos o erro porque é o erro, apesar de qualquer ponto de vista que nós
8

possamos anteriormente ter sustentado ou qualquer dificuldade que nós possamos

ter tido ou possamos ter agora quando nós vemos o Espírito Santo como uma

pessoa.” Review, 3 de maio de 1898.

2.4 CITAÇÕES DE ELLEN G. WHITE

Divulgadas, na maioria, na mídia adventista da época.

Manifestação pública do que ela cria e do que a denominação

predominantemente professava:

“Ao pecado só se poderia resistir e vencer por meio da poderosa

operação da terceira pessoa da Trindade [Godhead], a qual viria, não com energia

modificada, mas na plenitude do divino poder.” DTN, 1898.

Se há uma Terceira Pessoa na Divindade (com a plenitude do poder

divino), certamente não é um sozinho e nem uma dupla e nem um quarteto.

Godhead, segundo vários dicionários, inclusive o Webster

Enciclopédico é sinônimo de God e Trinity.

Mas mesmo que não se usasse Trindade – o texto diz em límpido

português, que a Divindade tem uma terceira pessoa.

Mesmo que se substitua pessoa por personalidade dá no mesmo,

são palavras sinônimas e o texto seria lido: a terceira personalidade da Divindade

mostrando que há outras duas personalidades, igualando-as.

“Quando você se entregou a Cristo você fez uma promessa na

presença do Pai, do Filho e o Espírito Santo – os três grandes Dignitários pessoais

do céu. ‘Sê fiel’ a essa promessa”. [3]

Aqui NÃO HÁ ALTERNATIVA DE TRADUÇÃO. São TRÊS (THREE,

em inglês) os dignitários do Céu; Eles são pessoas; Eles são o Pai, o Filho e o
9

Espírito Santo. Somente uma conclusão óbvia: Deus é uma Trindade. [3] Manuscrito

92 de 1901, citado em Francis D. Nichol, ed., Seventh-Day Adventist Bible

Commentary (SDABC), (Washington: Review and Herald Publishing Association,

1957), 7:961. grifo nosso.

“No nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo o homem é

colocado em sua sepultura líquida, sepultado com Cristo no batismo, e ressuscitado

da água para viver a nova vida de lealdade a Deus. Os três grandes poderes no céu

são testemunhas; eles estão invisíveis, mas presentes”. [4] Manuscrito 57 de 1900.

Citado em SDABC, 6:1074. Grifo nosso

“A obra é posta diante de cada alma que reconheceu sua fé em

Jesus Cristo pelo batismo e se tornou um receptor da garantia que vem das três

pessoas – o Pai, o Filho, e o Espírito Santo”.

A promessa e garantia divinas originam-se em TRÊS PESSOAS. [5]

Ibid. Grifo nosso.

“Cristo tornou o batismo a entrada para Seu reino spiritual. Ele o

tornou uma positiva condição com a qual devem concordar todos os que desejam

ser reconhecidos como sob a autoridade do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Aqueles que recebem a ordenança do batismo fazem uma declaração pública de

que renunciaram ao mundo e se tornaram membros da família real, filhos do rei

celestial.” [6]

Há UM rei celestial que é apresentado como TRÊS pessoas que têm

AUTORIDADE.

[6] Manuscrito 27 de 1900. Citado em SDABC, 6:1075. Grifo nosso.

“Aqueles que são batizados no tríplice nome do Pai, do Filho e do

Espírito Santo, no momento de sua entrada na vida cristã declaram publicamete que
10

aceitaram o convite, ‘Saí do meio deles, separai-vos, diz o Senhor, e não toqueis

nada imundo; e Eu voz receberei, e serei um Pai para vós, e vós sereis meus filhos e

filhas, diz o Senhor Todo-poderoso”. (grifo nosso).

O Senhor Todo-poderoso (singular) é UM TRÍPLICE (plural) nome.

Ibid.

“O Pai, o Filho e o Espírito Santo, poderes infinitos e

oniscientes, recebem aqueles que verdadeiramente entram em relações de concerto

com Deus”. (grifo nosso).

Deus = Pai, Filho e Espírito Santo que são infinitos e oniscientes.

Citações em português com o mesmo ensino no livro Evangelismo

páginas 614-617. [8] Ibid. Também Review and Herald, 17 de maio de 1907. Grifo

nosso

Ellen White refere-se à Divindade (Godhead) em seus escritos

publicados para a irmandades em geral e a liderança da igreja como sendo, TRÊS,

TRIO, TRÍPLICE. Pessoas onipotentes e oniscientes e que chamamos de DEUS no

singular, embora sendo TRÊS PESSOAS.


11

3 CONCLUSÃO

Portanto, nem todos os pioneiros até 1900 eram contra a Trindade.

O anti-trinitarianismo nunca foi à posição oficial da igreja.

A pesquisa bíblica ao longo do tempo fez que a posição dos

pioneiros trinitarianos prevalecesse.

Ellen White, embora não usasse linguagem teológica, era

trinitariana.

Em 1900 muitos escritores adventistas sustentavam a personalidade

e divindade do Espírito Santo juntamente com o Pai e Filho.


12

REFERÊNCIAS

DEDUC
[email protected]

Pr. Leonardo Godinho Nunes


[email protected]

Joás Paulo de Souza Adolfino Ramos Aquino


[email protected] [email protected]

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