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Física: Manual Do Professor

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2

FÍSICA
HINO NACIONAL

ENSINO
Letra: Joaquim Osório Duque Estrada MÉDIO
Música: Francisco Manuel da Silva

FÍSICA
TERMOLOGIA • ÓP TICA • ONDUL ATÓRIA

2
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas Deitado eternamente em berço esplêndido,
De um povo heroico o brado retumbante, Ao som do mar e à luz do céu profundo,

componente
curricular:
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos, Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante. Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Se o penhor dessa igualdade Do que a terra mais garrida


Conseguimos conquistar com braço forte, Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;

TERMOLOGIA • ÓPTICA • ONDULATÓRIA


Em teu seio, ó Liberdade, “Nossos bosques têm mais vida”,
Desafia o nosso peito a própria morte! “Nossa vida” no teu seio “mais amores”.
ENSINO MÉDIO
Ó Pátria amada, Ó Pátria amada,
Idolatrada, Idolatrada,
Salve! Salve! Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido Brasil, de amor eterno seja símbolo
De amor e de esperança à terra desce, O lábaro que ostentas estrelado,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, E diga o verde-louro desta flâmula
A imagem do Cruzeiro resplandece. - Paz no futuro e glória no passado.

Gigante pela própria natureza, Mas, se ergues da justiça a clava forte,


És belo, és forte, impávido colosso, Verás que um filho teu não foge à luta,
E o teu futuro espelha essa grandeza. Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Manual do
FÍSICA
Terra adorada, Terra adorada,
Entre outras mil, Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
professor E M IRO
A S
D O PR A DO • C
N•E D UA R
Dos filhos deste solo és mãe gentil, Dos filhos deste solo és mãe gentil,
O • C L I N TO
Pátria amada,
Brasil!
Pátria amada,
Brasil!
BONJORN
ISBN 978-85-322-8516-4

9 788532 285164
componente
curricular: FÍSICA
FÍSICA
TERMOLOGIA • ÓPTICA • ONDULATÓRIA

2
JOSÉ ROBERTO BONJORNO
Bacharel e licenciado em Física pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Professor de Matemática e Física.

REGINA DE FÁTIMA SOUZA AZENHA BONJORNO


Bacharel e licenciada em Física pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Professora de Matemática e Física. ENSINO MÉDIO
VALTER BONJORNO
Engenheiro naval pela Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo (USP).
Professor de Matemática e Física.

CLINTON MARCICO RAMOS


Bacharel e licenciado em Física pela Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de Mogi das Cruzes (UMC-SP).
Professor de Física.

EDUARDO DE PINHO PRADO


Licenciado em Matemática pelo Centro Universitário Nove de Julho (Uninove-SP).
Professor de Física e Matemática atuando há 25 anos
no Ensino Médio e em cursos pré-vestibulares.

RENATO CASEMIRO
Mestre em História da Ciência pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Bacharel e licenciado em Física pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Professor de Física em colégios particulares de São Paulo.

F ESS OR
DO P R O
M A N U A L

2a edição - São Paulo, 2013


componente
curricular: FÍSICA
Física – Termologia, Óptica, Ondulatória
Copyright © José Roberto Bonjorno, Regina de Fátima Souza Azenha Bonjorno, Valter Bonjorno,
Clinton Marcico Ramos, Eduardo de Pinho Prado, Renato Casemiro, 2013
Todos os direitos reservados à
EDITORA FTD S.A.
Matriz: Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP
CEP 01326-010 – Tel.: (0xx11) 3598-6000
Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970
Internet: www.ftd.com.br
E-mail: [email protected]
Diretora editorial
Silmara Sapiense Vespasiano
Editora
Juliane Matsubara Barroso
Editora adjunta
Flávia Renata P. Almeida Fugita
Editoras assistentes
Alice Kobayashi
Valéria Rosa Martins
Yara Valeri Navas
Assessoria Técnica Pedagógica
Ivan Moneda Alberto
Patrícia Takahashi Lopes
Assistentes de produção
Ana Paula Iazzetto
Lilia Pires
Assistente editorial
Gislene Aparecida Benedito
Supervisora de preparação e revisão
Sandra Lia Farah
Preparador de texto
Pedro Augusto Baraldi
Revisores
Carina de Luca
Daniella Haidar Pacifico
Desirée Araújo S. Aguiar
Francisca M. Lourenço
Giseli Aparecida Gobbo
Júlia Siqueira e Mello
Juliana Cristine Folli Simões
Juliana Rochetto Costa
Lilian Vismari Carvalho
Maiara Andréa Alves
Pedro Henrique Fandi
Coordenador de produção editorial
Caio Leandro Rios
Editor de arte Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Fabiano dos Santos Mariano (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Projeto gráfico e capa
Fabiano dos Santos Mariano Física : termologia, óptica, ondulatória, 2o ano. -- 2. ed. --
Fotos da capa: Pkruger/Shutterstock/Glow Images e
nex999/Shutterstock/Glow Images São Paulo : FTD, 2013.
Iconografia
Supervisora Vários autores.
Célia Rosa
Pesquisadores “Componente curricular: Física”
Carlos Luvizari ISBN 978-85-322-8515-7 (aluno)
Graciela Naliati
Editoração eletrônica ISBN 978-85-322-8516-4 (professor)
Diagramação
Setup Bureau Editoração Eletrônica 1. Física (Ensino médio) I. Título.
Tratamento de imagens
Ana Isabela Pithan Maraschin
Eziquiel Racheti 13-04354 CDD-530.07
Oseias Dias Sanches
Vânia Aparecida Maia de Oliveira Índices para catálogo sistemático:
Gerente executivo do parque gráfico 1. Física : Ensino médio 530.07
Reginaldo Soares Damasceno
Apresentação
A Física é a área da Ciência que investiga o Universo. Os
cientistas, em conjunto, buscam compreendê-lo e, para isso,
utilizam formulação de hipóteses e atividades experimentais. A
Física, associada a outras áreas e disciplinas, tem uma importân-
cia fundamental no desenvolvimento tecnológico, que proporcio-
na, principalmente a nós, seres humanos, conforto, praticidade e
qualidade de vida.
O estudo da Física se faz presente na última etapa do ensino
básico, o Ensino Médio, que prioriza a formação ética e o desen-
volvimento da autonomia intelectual. Por esse motivo, a Física
não deve apresentar-se de forma descontextualizada do mundo,
fornecendo somente ideias irrevogáveis, como produtos acaba-
dos. Hoje, o grande desafio é que a atividade científica seja vista
como essencialmente humana, com seus erros e acertos, defeitos
e virtudes.
Para que essa nova concepção do ensino de Física seja pos-
sível, apresentamos os conceitos físicos na sua linguagem pró-
pria, que dialoga com a Matemática, mas também de forma in-
dissociada da História, da Química, da Biologia e aproximada do
cotidiano. Esperamos, portanto, que esta coleção seja mais um
instrumento de apoio e incentivo para o difícil e instigante desafio
de compreender a natureza.
Os Autores
Estrutura da obra
E
AD
D
UNIDADE
I Termologia
I
UN

Na imagem vemos a Cratera de Barringer • Capítulo 1 - Termometria


ou Cratera do Meteoro, localizada numa

Bloco temático que agrupa ca-


região próxima da cidade de Winslow,
• Capítulo 2 - Calorimetria
EUA. O impacto causado pela queda de um • Capítulo 3 - Mudanças
meteorito nesse local provocou elevado de fase
aquecimento e fundiu as rochas no solo,
levando à formação dessa grande cratera. • Capítulo 4 - Transmissão
pítulos que tratam do mesmo
AP/Glow Images

Estima-se que ela tenha sido formada há de calor


mais de 50 mil anos.
• Capítulo 5 - Dilatação
térmica
assunto.
As aberturas das unidades cha-
mam a atenção para os fenôme-
nos naturais e para as tecnologias
A FÍSICA AO NOSSO REDOR
desenvolvidas que estão relacio-
Nesta unidade apresentaremos
os conceitos relativos à
nadas aos conteúdos que serão
Termologia, como temperatura,
estudados em cada unidade. Para
Yuri Arcurs/Shutterstock/Glow Images

Johannes Eisele/AFP/Getty Images


calor e sua transmissão, além
das mudanças de estado da

tanto, são usados textos, imagens


matéria. São temas presentes
no nosso cotidiano, como
quando observamos o gelo
derreter, a água ferver ou
também quando, por hábito, e exercícios com informações re-
dizemos “que calor” ou “está
frio hoje”.
• Relacionamos a ideia de
levantes.
calor à de temperatura, mas
sabe qual é a diferença entre
Um ourives precisa fundir o ouro com A geada pode causar a destruição da
esses conceitos? outros metais, como prata e cobre, para vegetação ou de parte dela.

ATIVIDADES RESOLVIDAS
confeccionar joias.

Exemplos de exercícios resolvi-


dos em que se podem elucidar os
ÍT
U LO
detalhes da explicação teórica.
P

5
CA

Dilatação térmica
CAPÍTULO Até aqui vimo
s que ao forne
Agora veremos cer calor a um

Unidade temática que trata dos


que o fornecimen determinado corpo
dilatação térmi to de calor tamb ele tem sua temp
ca. ém provoca variaç eratura aumentada
ão nas dimensões .
desse corpo –
éa
1 . Dilatação dos
assuntos a serem desenvolvi- Você já reparou
vão, a junta de
que nas const
sólidos
ruções de edifíc
dilatação, preen ios, ou mesmo

dos. Os capítulos agrupam os


trilhos de trens chido ou não nas calçadas,
ou percebeu que por algum mater há sempre um
ial diferente? pequeno
uma certa folga, os fios de eletri Já reparou nas OLV IDA S
ATIV IDA DES RES
ou seja, nunc cidade nos poste juntas dos
a totalmente estica s das ruas semp
A variação de dos? re são instalados
temperatura é com
a responsável ão é de 3 600 rpm.

temas correlatos que são pon-


Com exceção pela alteração frequência de vibraç

Ilustrações: Editoriap
do comportam

de Arte/Setu
nio, já discutido ento anômalo das dimensões dos um motor cuja
da água entre 0 corpos. gerada por
no capítulo 3,
de modo geral °C e 4 °C e do bismu representa a onda y (mm)
de suas moléc
ulas, o que faz a elevação da to, do ferro e do 1 A figura ao lado
aumentar a distân temperatura de antimô-
Nas estruturas cia média entre um corpo provo Determine: 4 x (cm)

tuados de forma sequencial e


5
de concreto são elas, causando ca maior agitaç to de onda (); 3 4
concreto se expan projetadas e const aumento no volum ão a) o comprimen 4
0 1 2
da e se contraia ruídas as junta e do corpo. b) a amplitude
(A);
assim, a possi mais livremente s de dilatação. da onda (v).
bilidade de forma em razão das Isso permite que de propagação
ção de rachaduras variações de temp o c) a velocidade
. eratura, reduz to,   2 cm.

progressiva. Teoria e atividades


indo,
Resolução: a cada 2 cm. Portan é A  4 mm.
Júnior/Folhapress

a repetição se inicia to, a amplitude


observa-se que de y é 4 mm. Portan
a) Do gráfico, o máximo valor
observa-se que
b) Do gráfico, rpm.
éf  3 600
c) A frequência

diversificadas compõem as se-


Images
Moacyr Lopes

3600 f  60 Hz ⇒
f  60 ⇒
otolibrary/Getty

cm/s de 88 a
 60 Æ v  120 kHz e, em FM,
Æ v  f  2 alo de 550 a 1550

guintes seções:
menor e o
AM, cobre o8 interv imadamente, o
modalidades: em Quais são, aprox
Spencer Grant/Ph

or opera em duas é de 3  10 m/s.


2 Um rádio recept eletromagnéticas por esse rádio?
dade das ondas os
108 MHz. A veloci de onda que podem ser captad
tos
maior comprimen comprimento de
onda
frequência e o maior
A estrutura desse Resolução: ponde à maior
viaduto está compro to de onda corres
metida. menor comprimen
Como v  f, o
Observe as junções menor frequência.
Os cabos de é chamado junta
das partes de um
viaduto. O espaço corresponde à onda (f  108
 106 Hz)
uma rede de dilatação. entre elas rimen to de
elétrica aérea • menor comp 8 6 Æ   2,8 m
apresentam fol-    108  10
v  f Æ 3  10
3 Hz)
gas entre os (f  550  10
postes ou torres rimento de onda 3
• maior comp 8 Æ   545 m
Images

para evitar uma    550  10


tração exces- v  f Æ 3  10
siva ao se contr C A D ER
Photodisc/Getty

aírem quando

FA Ç N O

NO
a temperatura
cai, podendo

A
causar ruptura
POSTAS
ATIV IDA DES PRO
dos fios e in-
terrupção no
fornecimento i-
energia. Obse de de mesmo compr
rve, na figura de um violão são pos-
“barriga” forma , a 3 As seis cordas a tração, mas
da pelos cabo ente ao longo de
uma madamente mesm gam
s se deslocar livrem mento e aproxi ondas se propa
entre uma torre
1 Uma boia pode Na figura, a cur- diferentes. As s?
e outra. no fundo do mar. suem espessuras ou nas mais grossa
haste vertical fixada te t  0 s, e a cordas mais finas
Cabos elétricos uma onda no instan mais rápido nas y, em fun-
suspensos com va cheia representa 0,2 s. vertical
folga. no instante t  enta a coordenada l-
62 curva tracejada,
a mesm a onda, 4 O gráfico repres que se move vertica
UNIDADE I oscila. t, de uma boia
– TERMO LOGIA
dessa onda, a boia ção do tempo zidas ondas em
Com a passagem a onde são produ
mente numa piscin de 1,2 m.
a uma distância
vales sucessivos
Ilustrações: Editoriap
de Arte/Setu

y (cm)
4
Boia Haste 0,6 m

2 t (s)
0 1
ão determine:
Para essa situaç dade da onda;
possível da veloci
a) o menor valor 4
oscilação da boia.
b) o período de gação das ondas
?
de uma onda dade de propa
o comp rimento de onda a) Qual a veloci da boia é nula?
2 Se dobra rmos
que acontece com
a te(s) a velocidade
inada corda, o b) Em que instan
em uma determ onda?
a frequência f da 223
velocidade v e CAPÍTULO 14
– ONDAS

Influência da pres
são na fusão-solidifi
Pelo que vimo
s até o momento
cação
a fusão de qualq durante A N O CA
uer substância
PENSE E RESPONDA
DE

, com o calor
FAÇ

absorvido as
partículas aume
RNO

gia cinética, ntam a ener-


ocupando um
estado líquid espaço maior
o do que no no
seja, aumenta estado sólido, • Quando se
o seu volum ou
No entanto, e e se expande. põe uma
tra

algumas subst
Eduardo Santalies

portam de mane âncias se com- garrafa PET


ira exatament totalmente
caso da água e oposta. É o
, do bismuto,
timônio. O comp do ferro e do
an-
cheia de
ortamento difere água em um
substâncias revel nte dessas
a algo sobre a congelador,
espacial de suas configuração
moléculas. No após algumas

ATIVIDADES PROPOSTAS
lido suas partíc estado só-
ulas se organ
que o retículo izam de modo horas ela

PENSE E RESPONDA
cristalino ocup
do que duran a mais espaç
o ficará
te a fusão. Dess
quanto ocorr a forma, en- estufada
e a fusão, suas
mais próximas moléculas ficam ou poderá
umas das outra

Trata-se de um conjunto de exercí-


um espaço meno s, ocupando até mesmo
r, resultando
final menor do num volume romper.

Chama a atenção para questões


que quando
tado sólido. estavam no es- Explique por
quê.
As substância
aumento de press
s que aumentam
de volume duran cios propostos para que seja testado
sobre os temas tratados, explo- durante a fusão
ão, fundem e
-solidificação,
solidificam a
como o gelo,
te o processo
temperaturas
de fusão-solid
mais altas. Já ificação, ao sofrer
em

o conhecimento dos temas estuda-


dificação dimin sob pressões as que dimin
uídos. mais elevadas, uem de volum
Os gráficos a têm seus ponto e

rando aspectos conceituais ou


seguir mostram s de fusão-soli-
cação em cada como ocorre
tipo de substância a influência da
. pressão sobre
o ponto de fusão
-solidifi-
dos em cada seção de forma gra-
Pressão (p)
solidificação

quantitativos.
Pressão (p)
p2 solidificação
de Arte/Setup

fusão

dual, com o objetivo de fazer cone-


p1
p1
p2 fusão
Gráficos: Editoria

xões e articular temas já trabalhados


0
1  Temperatura
Substâncias que 2 ()
aumentam de volume 0
processo de fusão. ao passar pelo 1 
2 Temperatura
Substâncias que ()
diminuem de volume
processo de fusão. ao passar pelo

em outros capítulos.
Corel Stock Photo

O patinador na pista
de gelo,
ao deslizar, faz o
gelo derreter
pela forte pressão
das lâminas,
deixando sulcos
na pista, que
logo desaparecem
em
consequente solidific função da
ação (regelo).

34 UNIDADE I
– TERMO LOGIA
ÍCONES DE MATERIAL DIGITAL COMPLEMENTAR
Os ícones abaixo indicam pontos onde você encon-
tra material complementar no livro digital. Clique
em cada um deles para ter acesso.

cheia
Vídeo/áudio Objetos educacionais
A representação
e Sol está fora de
ar que Terra, Lua proporção.
É importante destac que a Lua
o plano. A órbita
não estão no mesm linha dos nova
no
no mesmo
da Terra não está nodos
realiza ao redor a ao redor do
Texto Imagens enriquecidas
Sol n
nova
que a Terra realiz nova
plano da órbita nova
figura ao lado.
Sol. Observe a redor da
Lua descreve ao cheia
A órbita que a relação ao
ada em 5,2º em
Terra está inclin do Sol. cheia
descreve ao redor cheia
plano que a Terra quando Sol, Terra e
só ocorrerá ficam alinhados,
O eclipse solar s (observe Terra, Lua e Sol

Professor, a descrição mais detalhada de cada ícone encontra-se nas


só ocorre quando acima é a região
na linha dos nodo O eclipse solar (na representação
e Lua estiverem ecção dos desse modo estão
no mesmo plano
ao lado) que é uma inters dos nodos).
a figura da Terra e da nomeada por linha
da Lua ao redor um eclipse
Orientações do livro digital para o professor.
planos da órbita ocorrer
Só é possível
sombra da Terra.

PENSANDO CIÊNCIA
do Sol.
Terra ao redor a Lua entra na
ocorre quando

k Latinstoc
Já o eclipse lunar fase cheia ou
na fase nova.
a Lua estiver na
lunar quando

Weda/epa/Corbis/
de Arte/Setup

penumbra
A representação
está fora de
proporção.
Seção que aborda elementos
Ilustrações: Editoria

EXPERIMENT
O
Sol
Terra
do cotidiano em que a Física se Refração e diop
Você chega à plano tro
praia e corre
para entrar no

faz presente.
sombra dentro da água mar. Olhando
Lua parece que ela para a parte do
escurecida servar uma piscin está mais perto
a Lua parcialmente da superfície, seu corpo que
pela Terra e a Eclipse da Lua. Observe de sombra da Terra. a, ela sempre embora você está
são interceptados sa o cone rasa quanto parec parece mais rasa saiba que não.
os raios solares endo- enquanto atraves ia. Como você – basta entrar Ao ob-
No eclipse lunar, da sombra, escurec explica esses para constatar
permanece na região que acontece. fatos? Registre que ela não é
superfície lunar suas hipóteses tão
. sobre o que você
-se no céu noturno Um simples exper
acha
imento nos perm

PEN SANDO CIÊNCIA eclipse solar Material


ite compreend
er melhor esse
tema.
observar um
SPL/Getty Images

Os perigos de natureza e é muito comum


✓ 1 jarra com
água
da ✓ 1 xícara ou
belo fenômeno ocorrer com o
Sol caneca
O eclipse é um ência. Ele pode ✓ 2 moedas
varem sua ocorr
as pessoas obser
Babek Tafreshi/S

✓ 1 copo transp
a uma das com- arente de vidro
e com a Lua. e solar deve-se liso
ema em observar o eclips ão ultravioleta. Como du-
O probl – a radiaç do olho
eletromagnética visível, a pupila Procedimento
ponentes da onda exposto à luz ão
e solar você fica proteção, a radiaç 1.a parte
rante um eclips pode entrar. Sem à retina e podendo
isso mais luz
se dilata e com causando danos está sendo • Um dos integr
m entra no olho, Eclipse do Sol, que antes do grupo
ultravioleta també solar, como encoberto pela Lua. tes ficam ao redor deve pegar a moed
ira. eclips e a e colocá-la
ocasionar a cegue apenas a proje
ção de um por exem- berta pela borda
de modo que
vejam somente na xícara. Os
é obser var ou na água, ópios ou binó- da xícara. O integr um pedacinho demais integr
an-
O ideal em uma pared
e, s de lunetas, telesc e solar nunca na xícara, para ante que pôs da moeda, quase
m do Sol projetada óculo s escur os nem atravé isso, o eclips que a moeda a moeda deve toda enco-
a image e com . Por não se mova. despejar lentam
ve esse eclips proteger sua visão Enquanto isso, ente a água
plo. Nunca obser são capazes de . os demais obser
amentos não sem problemas vam.
culos. Esses equip a olho nu. ser observado
vado e, portanto, pode
deve ser obser riscos à saúde

Luvizari
não apresenta
Já o eclipse lunar
prote ger os olhos.

Fotos: Carlos
Não é neces sário

– ÓPTICA
134 UNIDADE III
2.a parte
• Um dos integr
antes põe a outra
copo e despe moeda dentro
ja água até o do
mente 2 dedo nível de aprox
s do fundo. Obse imada-
água vista pela rve a superfície
lateral do copo da
. O que vocês
veem?
A D ER
OC

FA Ç A N

NO
Agora responda
as mais

Paulo Cesar
inverso seriam Façam um relató
m no seu ciclo lógica, mas
rio em grupo que
operar també ção não é tecno apresente as quest
conseguissem de que a limita 1) Nas duas situaç ões a seguir com
térmicas que e está no fato el, as duas leis
da
As máquinas isso fosse possív
ões, o que foi suas respectivas
tância dessa anális gases. Para que
observado? respostas.
eficientes. A impor natureza dos
2) Como vocês

onta
explicam essas
uma restriç ão da própria ot morre u com observações?

A HistóriaC
é violadas. precoce deste
(Carn 3) Para os dois
deveriam ser após a morte (100%) seria casos, façam
Termodinâmica de Carno t
a fosse máxim o um desen
ou os trabalhos máquina térmic uto), fato que
olhos de quem
observa.
ho representa
ndo o caminho
Clausius retom ento de uma
. Para que o rendim kelvin (zero absol da luz entre a
apenas 36 anos) atingisse o zero a essa tempe- moeda e os
da fonte fria r um sistema
a temperatura ões para resfria permanece-
necessário que a de transformaç ia do sistema
quantidade infinit ideal” a entrop 2a. lei da 180
consumiria uma essa “máquina que violaria a UNIDADE III
disso, mostrou que para seja, não variaria, fato – ÓPTICA

ária ratura . Além processo, ou

A revolucion
ço e no fim do Industrial,
ria igual no come ra Revol ução
vivemos a tercei et. As mudanças
Termodinâmica. afirmam que
por isado res a intern

máquina a va
s pesqu como
Atualmente, muito ão e informação, ias negativas,
que
de comunicaç m há consequênc
novas tecnologias os, mas també
pautada pelas diversos avanç ções de trabal
ho.

É
proporcionam foram as condi
vapor, na sociedade ução Industrial
s máquinas a na segunda Revol
s em filmes antigo na primeira e
comum vermo trafegam
s que ainda hoje
plo, os trens antigo
como, por exem

EXPERIMENTO
/Corbis/Latinstock

es do Brasil.
deste capítulo,
Corel Stock Photo

em diversas cidad ber ao longo


perce
Como você pôde cotidiano –
ntes no nosso
vapor estão prese m em usinas
as máquinas a radores e també
Foto: Bettmann

carros, refrige ia elétrica.


em motores de geração de energ
e nucleares, na s por carvão
fo-
termelétricas
Calde iras e locom otivas alimentada
séculos XVIII
e
Seção de atividades experimen-
Coleção particular.

ao longo dos
grand es responsáveis, ção. As primei-
ram de produ
ormação no modo no século XVII,
SSPL/Getty Images

XIX, pela transf Inglat erra,

tais na qual você poderá com-


am na
a vapor surgir eria a primeira
Revolução
ras máquinas te ocorr Trator a vapor de
1895.
século, seguin
1866. Litografia.

local onde, no a inunda-


inas a vapor era
ento das máqu heiro mili-
Industrial. o desenvolvim -1715), engen
o que envolve as Savery (1650

provar, individualmente ou em
O problema prátic Em 1698, Thom isso, construiu
o na Inglaterra. er esse problema. Para lvimento e a
de carvã de resolv
das minas. possibilitam o desenvo imagens do
ção de minas a vapor capaz oados por Watt as
, inven tou uma máquina vapor para bombear a água y, mas Os estudos aperfeiç a vapor, como ilustram ), e do navio.
tar inglês a pressão de máquina de Saver escala dos motores anterior
to que utilizava aperfeiçoou a expansão em larga trator (na página C A D ER
um equipamen as Newcomen

grupo, conceitos trabalhados


FA Ç N O

NO

em 1705, Thom ustível.


Anos mais tarde, consumo de comb el o uso indus
trial
A

problema: o alto ) tornou possív


Watt (1736-1819 ND A
A GO RA RE SPO movidos a vapor. Faça uma lista comcidade
ainda havia um ês James perce beu que para tornar
depois o escoc de Newcomen
. Watt
o colocar pelo
Somente anos do a máquina ustível) era precis s
vapor, aperfeiçoan o gasto de comb

ao longo dos capítulos.


ina de Watt, m trens orte nas
da máquina a mais eficie nte (diminuindo zindo assim a máqu s brasileiras que
ainda hoje possue utilidades desse meio de transp
ais
a vapor , produ mica do país,
essa máquina a separado do
motor
o social e econô 1 Pesquise as cidade
delas. Discuta
com os colegas
as princip
r na parte extern ia configuraçã ções, como o menos três das máquinas
a
um condensado térmicas e a própr teve outras aplica o da utilização
u as máquinas dessas máquinas moi- citadas. m o maior prejuíz
que revoluciono funcionamento a eficiência de benefício e també
o princípio de , e aumentou qual foi o maior
uma vez que navio s e locomotivas 2 Em sua opinião,escala? utili-
ento de combustível é
ltura, no movim emer- vapor em larga vez que o seu os princi-
uso na agricu antil, a Inglaterra viu uma máqui na a vapor, uma isa em grupo sobre
nhos de trigo. a feudal-merc máquinas divers
as. funcionam como a. Faça uma pesqu s favoráveis e desfavorávei
s
mia agrári a e no sistem , utiliza ndo 3 Usinas termelétricas energia elétric s os ponto
Antes, com uma
econo em grande escala ção. as turbinas e gerar nte aos colega
com produção avanço da produ zado para mover usinas e aprese
mia industrial, mental para o ão clara pais combustíveis
usados nessas
gir uma econo de Watt foi funda uma compreens
com a máquina stas tivessem e tra- em cada caso.
A economia obtida sem que os cienti o entre calor
revolu ção toda aconteceu pela comp reensão da relaçã r sem perda s.
Essa responsáveis térmica opera 123
calor. Um dos uma máquina DINÂMI CA
da natureza do ser impossível CAPÍTULO 7
– LEIS DA TERMO
t, que demonstrou
balho foi Carno

CA
– TERMO DINÂMI
122 UNIDADE II

SAIBA MAIS SOB


RE
Res sonância mag
A Física tem nética
A HISTÓRIA CONTA
papel importante
científico-tecnol em várias áreas
ógicos, há na , e a Medicina
imagem, que Medicina uma é uma delas.
vão além das ampla gama Com os avanç
exemplo, têm imagens gerad de equipamen os
sua origem em as por raios X tos de diagnóstico
detec tores ou ultrassonog por
ca nuclear são de partículas, rafia. Os tomó
provenientes e os equipamen grafos, por
de pesquisa em tos de ressonânci

Texto no final de cada unida-


como as image Física atômica
ns são geradas, e da invenção a magnéti-
Vimos que a resson é preciso, prime do radar.
iramente, comp Para entender
ferência de energ ância é um proce reender o conce
ia entre uma fonte sso de trans- ito de ressonânci
a.
ceptor. Essa transf e um sistema

de que aborda um pouco da


erência de energ re-
PL/Latinstock

a fonte emite ondas ia é máxima quand


numa das frequê o
oscilação do recep ncias naturais
tor. Em outras de
de ressonância palavras, cham
esse estado espec amos
Ria Novosti/S

História da Ciência por meio


corpo que result ial de vibração
a em um aume de um
Como todos os nto de sua ampli
corpos macro tude.
por átomos micro scópicos são
scópicos, é possív formados
seus estados de el encontrarm

da história dos cientistas ou da cias de vibraç


bém pode ser
ressonância, ou
ão naturais. Essa
feita em outras
melhor, suas frequê
mesma aplica
áreas, como na
ção tam-
os
n-

das cordas de afinação


instrumentos music

evolução de conceitos da Física. Uma pessoa que


região de intens
magnético terres
passa por um
o campo magn
ais.
exame de resson
ético, que pode
ância magnética
Exame de ressonâ
nuclear vai ficar
ncia magnética.
tre varia entre variar de 0,2 a imersa em uma
3,0 T (tesla) –

SAIBA MAIS SOBRE


campo magnético 0,00003 e 0,000 a intensidade
produzido pelo 06 T. Esse camp do campo
consequentemen movimento de o vai interagir
te, vai fazer os cada átomo de diretamente com
externo. Dessa átomos vibrar hidrogênio do o
interação, os próto em em resson corpo do pacie
ns emitirão uma ância e na mesm nte e,
do aparelho e a frequência do
conjugada em radiação eletro campo
imagem obtid uma imagem magnética, capta
a e pode diagn por computador. O da pelos sensores

Textos que abordam assuntos


osticar com mais médico avalia
Agora responda eficiê ncia a saúde da , então , a qualid
pessoa. ade da
1 Identifique O R CADE
a fonte, o sistem
FA Ç A N

sobre aplicações tecnológicas,


NO

a receptor e a energi
2 Quantas vezes a em um exame
o limite superior de ressonância
supera o limite do campo magné magnética nuclea
superior do campo tico de um equipa r.
3 Tanto no proced magnético terrest mento de resson
re? ância magnética
imento de raio nuclear
rado o maior tempo X como no de resson

atualidades e curiosidades da possível. Por que ância


isso é importante? magnética nuclear pede-se ao
paciente ficar pa-

Física ou de outras áreas, em ATIV IDA DE RES


OLV IDA
Na figura, duas

contextos específicos.
fontes, F e F
detectados no ,
2 em concordânc
ponto P. 1 ia de fase emite P
p

m sinais que são


Editoria de Arte/Setu

Determine o maior
valor do comp
seja um ponto: rimento de onda
das fontes para
a) máximo de que o ponto P
interferência; 8m
b) mínimo de
interferência.
240 UNIDADE IV 6m
– ONDUL ATÓRIA F1
F2
Sumário
D
AD
E 4. Diagrama de fases ..............................39

I Pressão máxima de vapor ...................40


I

Termologia ..........................10
UN

Calor latente de vaporização


e de condensação ..............................40
Saiba Mais Sobre: Temperatura
•Capítulo 1: Termometria......................... 12 e alguns fenômenos atmosféricos .......41
1. Temperatura .......................................12 Gás e vapor ........................................42
As partículas de um corpo ..................12 Saiba Mais Sobre: O embaçamento de
Pensando Ciência: A ideia de átomo vidros e lentes ....................................44
evolui com o tempo ............................12 5. Curvas de aquecimento
2. Equilíbrio térmico................................13 e de resfriamento ................................45
3. Medida de temperatura .......................14 Saiba Mais Sobre: Liofilização –
4. Escalas termométricas .........................14 -desidratação dos alimentos ...............48
Saiba Mais Sobre: Nas palavras
de Fahrenheit ......................................15 •Capítulo 4: Transmissão de calor ......... 49
1. Tipos de transmissão de calor .............49
5. Escala Kelvin de temperatura ..............16
2. Transmissão por condução .................49
Zero absoluto ou zero kelvin ..............16
Fluxo de calor através de um corpo ....50
6. Relação entre as escalas .....................17 Pensando Ciência: Mergulho
na piscina no inverno ........................51
•Capítulo 2: Calorimetria ........................ 20 3. Transmissão por convecção ................53
1. Calor ..................................................20
Saiba Mais Sobre: A inversão térmica ....55
Pensando Ciência: Lavoisier ...............20
4. Transmissão por irradiação .................56
Pensando Ciência: As calorias
Experimento: Latas ao Sol ...................58
dos alimentos .....................................22
Saiba Mais Sobre: Antropologia,
Detalhes Sobre: O problema com
evolução e adaptação .........................60
o calor ................................................22
2. Calor sensível e calor latente ...............23 •Capítulo 5: Dilatação térmica ................ 62
3. Calor específico de uma substância ....24 1. Dilatação dos sólidos .........................62
Capacidade térmica de um corpo .......24 Dilatação linear ..................................63
Saiba Mais Sobre: Capacidade Pensando Ciência: Força pra quê? .......66
calorífica ............................................25 Dilatação superficial e volumétrica ....66
4. Equação fundamental Dilatação superficial ......................66
da calorimetria ...................................25 Dilatação volumétrica ....................66
Experimento: O mistério da praia .......27 2. Dilatação dos líquidos ........................68
5 Trocas de calor ...................................28 Dilatação da água ..............................69
Calorímetro ........................................28 A História Conta – O calor na Ciência .....72

•Capítulo 3: Mudanças de fase .............. 31 D


AD
E

II
1. Fases da matéria .................................31
I
UN

2. Fusão e solidificação ...........................33 Termodinâmica ..................74


Influência da pressão na
fusão-solidificação .............................34
3. Vaporização .......................................36 •Capítulo 6: Estudos dos gases ............. 76
Evaporação .........................................36 1. Variáveis de estado .............................76
Pensando Ciência: Evaporação ...........37 2. Modelo atômico-molecular ................76
Ebulição .............................................37 Modelo de um gás ..............................76
Saiba Mais Sobre: Tampe a panela ......38 Gás ideal ou gás perfeito ....................77
Pensando Ciência: Necessidade de
um gás ideal .......................................77 Eficiência de um refrigerador ............111
3. Transformação isotérmica ...................77 Saiba Mais Sobre: Ar-condicionado
4. Transformação isobárica .....................80 do automóvel ...................................114
5. Transformação isovolumétrica ............81 7. Ciclo de Carnot ................................116
6. Equação geral do gás ideal .................84 8. Irreversibilidade – degradação
7. Transformação adiabática ...................85 de energia – entropia ....................... 118
Saiba Mais Sobre: Da estratosfera A História Conta – A revolucionária
ao solo em 16 minutos! ......................85 máquina a vapor.....................................122
8. A constante de Avogadro ....................88 AD
E
D

III
9. Equação de Clapeyron .......................89
Óptica .................................124

I
UN
10. Teoria cinética dos gases ....................91
Interpretação molecular da pressão ....92
Interpretação da temperatura do gás ...93
Energia interna ...................................93 •Capítulo 8: Conceitos fundamentais
Velocidade média das moléculas de Óptica.......................... 126
de um gás ...........................................93 1. Afinal, o que é luz? ..........................126
Pensando Ciência: Aerossol ................94 Pensando Ciência: Visão e cegueira ...127

•Capítulo 7: Leis da Termodinâmica .....96 2. Fontes de luz ....................................127


Raio de luz .......................................130
1. Transformações reversíveis
Meios de propagação da luz ............131
e irreversíveis .................................... 96
Saiba Mais Sobre:
2. Trabalho realizado numa Intensidade de iluminação ...............131
transformação isobárica .................... 96
3. Princípios da Óptica geométrica ......132
Trabalho calculado por área ...............97
Princípio da propagação
3. Trabalho nas transformações retilínea da luz .............................132
cíclicas ............................................ 100 Princípio da independência
4. Primeira lei da Termodinâmica .........102 dos raios de luz ............................132
Aplicação da primeira lei da Princípio da reversibilidade
Termodinâmica às tranformações dos raios de luz ............................132
gasosas .............................................103 Consequências dos princípios
Calor específico molar de uma gás ...104 da Óptica geométrica .......................132
Experimento: O balão de festa Sombra e penumbra .....................132
que infla sozinho ..............................104 Eclipses do Sol e da Lua ...............133
Saiba Mais Sobre: Pensando Ciência: Os perigos
Planeta sustentável ...........................107 de observar um eclipse solar ............134
5. Segunda lei da Termodinâmica .........108 Saiba Mais Sobre: Sombras do tempo ..135
Primeiro enunciado da Câmara escura de orifício ............137
segunda lei da Termodinâmica .........109 Experimento: Faça sua câmara
Segundo enunciado da segunda escura de orifício ..............................138
lei da Termodinâmica ou 4. Fenômenos da Óptica geométrica ....140
enunciado equivalente .....................109 5. A cor dos corpos ..............................141
6. Ciclos ...............................................110 Saiba Mais Sobre: Ilhas de calor .......142
Ciclo Otto ou ciclo de quatro tempos ..110 Misturando luzes coloridas ...............143
Ciclo Diesel .....................................110 A cor do céu ....................................143
Rendimento de uma máquina térmica .. 110 Pensando Ciência:
Refrigerador .....................................111 O perigo das neblinas ......................144
•Capítulo 9: Reflexão da luz ................. 146 Saiba Mais Sobre: O funcionamento
da fibra óptica ...................................177
1. Leis da reflexão .................................147
3. Fenômenos da refração .....................179
2. 
Formação de imagens nos
espelhos planos ................................ 147 Dioptro plano ....................................179
Pensando Ciência: Experimento: Refração
Reconhecendo a imagem ..................149 e dioptro plano ..................................180
Pensando Ciência: A reflexão Prismas ..............................................182
da luz e os filmes de terror ................151 Dispersão da luz ...............................182
Campo visual de um espelho plano .....151 Pensando Ciência: A cor das nuvens ....184
Translação de um espelho plano .......153 Saiba Mais Sobre: O brilho
Saiba Mais Sobre: do diamante ......................................184
O fantasma de Pepper .......................155 Refração da luz na atmosfera .............185
Pensando Ciência: Pensando Ciência: Miragem ..............185
Ilusão de óptica na arte .....................156
Associação de espelhos planos ..........157 •Capítulo 12: Lentes esféricas..................187
Experimento: A simetria 1. Elementos geométricos ......................188
dos espelhos planos ..........................158 2. Classificação das lentes .....................188
Pensando Ciência:
•Capítulo 10: Espelhos esféricos ......... 160
Fabricando lentes ..............................189
Pensando Ciência: A óptica
Focos principais de uma
na obra de M. C. Escher ....................161
lente esférica .....................................189
1. 
Elementos geométricos dos espelhos Raios luminosos particulares .............190
esféricos ........................................... 161
3. 
Construção geométrica de imagens .... 191
Condições de nitidez de Gauss .........161
Pensando Ciência: A câmara escura
Foco principal de um
de Vermeer ........................................194
espelho esférico ................................. 162
Raios luminosos particulares .............162 4. 
Estudo analítico
Pensando Ciência: Construindo um forno das lentes esféricas ........................... 194
solar com espelhos ............................163 Convenção de sinais .........................194
Construção geométrica das imagens ....163
2.  Equações ...........................................195
Formação da imagem no espelho Pensando Ciência: Aberrações
côncavo ............................................163 das lentes ..........................................195
Formação da imagem no espelho Vergência das lentes esféricas ............197
convexo ............................................164 Saiba Mais Sobre: Lentes de contato ....199
Saiba Mais Sobre: Os espelhos
de Arquimedes ..................................166 •Capítulo 13: Instrumentos ópticos........ 200
Pensando Ciência: Holofote ..............167 1. Instrumentos de projeção...................200
3. 
Estudo analítico dos Máquina fotográfica ..........................200
espelhos esféricos ............................. 167 Projetores de filmes e de slides ..........201
Equação de Gauss ou dos pontos Pensando Ciência:
conjugados ........................................167 Projetando imagens ...........................203
Aumento linear transversal (A) ...........168 2. Instrumentos de observação...............203
Lupa ou lente de aumento .................203
•Capítulo 11: Refração da luz ................171 Microscópio composto ......................204
1. 
O estudo da refração..........................171 Luneta astronômica ...........................204
Índice de refração absoluto................172 Luneta de Galileu .........................205
2. Leis da refração .................................173 Telescópio refletor .............................205
Pensando Ciência: A lei da refração ....174 Pensando Ciência: O cuidado
Ângulo limite – reflexão total ............176 com a tradução .................................205
3. O olho humano ................................207
Pensando Ciência: Ponto cego ..........208 3. Refração de ondas .............................232
Saiba Mais Sobre: A visão das cores ....208 Pensando Ciência: Ondas marítimas ....233
Acomodação e adaptação visual ......209 4. Difração ...........................................235
Saiba Mais Sobre: Identificação 5. Polarização .......................................237
pela íris ............................................210 6. Interferência de ondas bidimensionais ..238
4. Defeitos da visão ...............................211 7. Ressonância ......................................239
Miopia ..............................................211 Pensando Ciência: As ondas
Hipermetropia ..................................211 das rádios ..........................................239
Presbiopia ou vista cansada ..............211 Saiba Mais Sobre: Ressonância
Astigmatismo ....................................211 magnética .........................................240
Estrabismo ........................................211
Pensando Ciência: Outros defeitos •Capítulo 16: Acústica ............................ 243
da visão ............................................212 1. Produção do som ..............................244
A História Conta – Os fundamentos da Propagação do som ...........................244
óptica geométrica de Johannes Kepler ....214 2. Qualidades do som ...........................244
Altura ou tom ....................................245
D
AD
E Intensidade .......................................245

IV Timbre ...............................................246
I
UN

Ondulatória.......................216 Escala musical ...................................247


Saiba Mais Sobre: A audição humana ...247
Pensando Ciência: Deficiência
•Capítulo 14: Ondas .............................. 218
Pensando Ciência: O trafego aéreo
auditiva no Brasil...............................249
3. Sons fundamentais em cordas ...........251
e a “rádio pirata” .............................218
Cordas vibrantes ................................252
1. Movimentos periódicos – período e Saiba Mais Sobre: Entendendo
frequência ........................................ 219 a física do violão ...............................254
2. Pulsos e ondas...................................220 4. Tubos sonoros ..................................255
3. Classissicação das ondas ...................220 Tubo aberto .......................................255
Quanto à natureza ............................220 Tubo fechado ....................................256
Quanto à direção de propagação ...... 221 5. Fenômenos sonoros ...........................258
Quanto à direção de vibração ........... 221 Ressonância ......................................260
Pensando Ciência: Afinando um
4. Velocidade de propagação instrumento musical ..........................260
de uma onda .....................................221
6. Efeito doppler ....................................262
5. Ondas periódicas ..............................222 Saiba Mais Sobre: Efeito doppler e
6. Ondas eletromagnéticas ....................222 o Universo em expansão ...................263
Saiba Mais Sobre: A radiação Experimento: Calculando a velocidade
ultravioleta ........................................224 do som no ar .....................................265
7. Reflexão de um pulso ........................225 A História Conta - As ondas através
da água ..................................................266
8. Refração de um pulso ........................225
9. Interferência de onda numa corda .....226
Referências ...................................................268
10. Onda estacionária .............................227
Respostas ......................................................269
Sugestões de leitura ....................................285
•Capítulo 15: Fenômenos ondulatórios.... 230
1. Frente de onda ..................................230
Sugestões de passeios .................................286
Princípio de Huygens ........................231 Sugestões de sites ........................................287
2. Reflexão de ondas .............................231 Siglas ............................................................. 288
E
AD
D

I Termologia
I
UN
AP/Glow Images

A FÍSICA AO NOSSO REDOR


Nesta unidade apresentaremos
os conceitos relativos à
Termologia, como temperatura,
calor e sua transmissão, além
das mudanças de estado da
matéria. São temas presentes
no nosso cotidiano, como
quando observamos o gelo
derreter, a água ferver ou
também quando, por hábito,
dizemos “que calor” ou “está
frio hoje”.
• Relacionamos a ideia de
calor à de temperatura, mas
sabe qual é a diferença entre
esses conceitos?
Na imagem vemos a Cratera de Barringer • Capítulo 1 - Termometria
ou Cratera do Meteoro, localizada numa • Capítulo 2 - Calorimetria
região próxima da cidade de Winslow,
EUA. O impacto causado pela queda de um • Capítulo 3 - Mudanças
meteorito nesse local provocou elevado de fase
aquecimento e fundiu as rochas no solo,
levando à formação dessa grande cratera. • Capítulo 4 - Transmissão
Estima-se que ela tenha sido formada há de calor
mais de 50 mil anos.
• Capítulo 5 - Dilatação
térmica

Johannes Eisele/AFP/Getty Images


Yuri Arcurs/Shutterstock/Glow Images

Um ourives precisa fundir o ouro com A geada pode causar a destruição da


outros metais, como prata e cobre, para vegetação ou de parte dela.
confeccionar joias.
U LO
ÍT

CAP
1 Termometria

1 . Temperatura
O quente, o frio, o morno e o gelado expressam sensações térmicas. Pelo tato, por exemplo, senso-
res térmicos de nossa pele são adequados apenas para perceber as variações térmicas. Quando um adul-
to encosta a mão no rosto de uma criança para saber se ela está com febre, apenas consegue perceber se
o corpo dela está ou não mais quente que o normal. Se estiver, não sabe avaliar quanto.
Para que fosse possível medir temperaturas, tornou-se necessário estabelecer uma grandeza que
informasse o estado térmico dos corpos.

As partículas de um corpo
O grego Demócrito, que viveu entre 460 a.C. e 370 a.C., foi o primeiro a expor a teoria de que
todos os corpos são formados por partículas, que ele chamou de átomos.
No entanto, somente com experimentos realizados por cientistas a partir do século XIX foi possível
constatar que os corpos são formados por partículas em constante agitação.

PENSANDO CIÊNCIA
A ideia de átomo evolui com o tempo
O átomo de Demócrito no século IV a.C.; o de Pierre Gassendi (1592-1655) e Robert Boyle
(1627-1691) no século XVII; o de John Dalton (1766-1844), Joseph-Louis Gay-Lussac (1778-1850) e
Amedeo Avogadro (1776-1856) no século XIX; e o de J. J. Thomson (1856-1940), Ernest Rutherford
(1871-1937) e Niels Bohr (1885-1962) no século XX são muito diferentes entre si, apesar de todos
esses pesquisadores terem defendido a ideia de que a matéria é constituída de pequenas partículas.
O termo átomo significa sem divisão. Para Demócrito, o átomo era o constituinte da matéria
e só poderia ser concebido pela razão. Para Gassendi e Boyle, o átomo ainda era indivisível, mas
se tratava de um componente real da matéria. Dalton, Gay-Lussac e Avogadro procuraram medir
sua massa e volume, inaugurando um atomismo científico. No século XIX, com os experimentos
de descargas elétricas em gases rarefeitos, o átomo deixou de ser indivisível e, no século seguinte,
havia pelo menos três modelos que estruturavam o átomo já com divisões.
Atualmente, o campo da Física que estuda as divisões atômicas e seus componentes é a
Física de partículas. O grande acelerador de partículas LHC (sigla em inglês para Grande Colisor
de Hadróns, que funciona num túnel subterrâneo na fronteira entre a França e a Suíça) é o maior
aliado dos cientistas na busca pelo detalhamento do átomo.

moléculas de água em grande agitação moléculas de água com pouca agitação

De modo geral, verificou-se


que quanto maior for o nível de
agitação (energia cinética) dessas
Ilustrações: Paulo Cesar

partículas num corpo, maior será a


quantidade de energia térmica rela-
cionada a ele. A essa propriedade
da matéria foi associada a grandeza
denominada temperatura.
Água fervendo na panela. Cubo de gelo derretendo sobre a pia.

12 UNIDADE I – TERMOLOGIA
Estabeleceu-se que o mais baixo estado térmico seria aquele em

Joe Robbins/Getty Images


que as partículas do corpo estivessem no seu menor estado de energia
cinética. A esse estado deu-se o nome de zero absoluto de temperatu-
ra. Com base nessa ideia, criou-se a escala numérica de temperaturas
absolutas para expressar os estados térmicos associados aos níveis de
agitação das partículas dos corpos. Antes dessa, as escalas tinham ou-
tros parâmetros, como o estado em que se encontra a água ao mudar
de estado físico.

Kladej/Shutterstock/Glow Images
Bill Hogan/Chicago Tribune/MCT/Getty Images

Existe mais de uma escala para medir temperatura de corpos.

2. Equilíbrio térmico
Vamos analisar a seguinte situação: o que acontece com a temperatura de uma garrafa com água
retirada da geladeira e deixada sobre a pia depois de algum tempo? Antes de responder, precisamos
compreender um fenômeno fundamental na Termologia: o equilíbrio térmico.
Vimos que a temperatura de um corpo é a medida do grau de agitação de suas partículas. Essa agi-
tação é influenciada por um tipo de energia (energia térmica) que pode ser transmitido entre os corpos
ou entre um corpo e o ambiente, afetando suas temperaturas. Como a energia não pode ser criada nem
destruída, ela será cedida por um corpo e absorvida pelo outro, alterando o grau de agitação das partícu-
las desses corpos ou de um corpo e do ambiente em que ele está. Por exemplo, se um corpo ceder certa
quantidade de energia térmica, sua temperatura cairá, indicando uma diminuição no grau de agitação
de suas partículas.
Quanto maior a diferença de temperatura entre dois A B A B
Editoria de Arte/Setup

energia
corpos ou entre um corpo e o ambiente, maior será o fluxo térmica
de energia térmica entre eles. Assim, em todo ambiente
sempre ocorrem trocas contínuas de energia térmica entre tA  tB t’A  t’B
corpos com diferentes temperaturas, de modo que os cor- equilíbrio térmico

pos com temperaturas maiores cedem energia térmica para Na representação, corpos a temperaturas iniciais
diferentes trocam energia térmica até alcançarem o
os de menor temperatura. As trocas de energia ocorrem até equilíbrio térmico.
que os corpos atinjam a temperatura de equilíbrio, ou seja,
o equilíbrio térmico.
Então, quanto a nosso exemplo da garrafa com água gelada sobre a pia, podemos afirmar que de-
pois de determinado tempo tanto a garrafa quanto os corpos e o ar da cozinha estarão à mesma tempe-
ratura, ou seja, atingirão o equilíbrio térmico.

CAPÍTULO 1 – TERMOMETRIA 13
3. Medida de temperatura

4Max/Shutterstock/Glow Images
Para medir o grau de agitação das partículas que constituem um corpo, são utili-
zados os termômetros, instrumentos cujo funcionamento é baseado na capacidade de
dilatação e contração térmicas de certas substâncias (substâncias termométricas) ao for-
necer-lhes ou deles retirar energia térmica.
Existem vários tipos de termômetro. O mais utilizado é composto de um recipiente
de vidro, que possui um bulbo e um tubo capilar. Nesse recipiente é colocado um líqui-
do, que pode ser mercúrio ou álcool colorido. Quando o bulbo é aquecido, o líquido se
dilata e a altura se modifica ao longo do tubo. Como a altura varia com a quantidade de
calor fornecida ou retirada do bulbo, associa-se essa variação à grandeza temperatura. A
leitura é feita quando há o equilíbrio térmico entre o líquido no bulbo e o corpo.
Há também outros tipos de termômetro que indicam a temperatura segundo a varia- Termômetro de
ção de grandezas físicas. mercúrio.
Temperatura do planeta Terra medida por termômetro de radiação
Claus Lunau/SPL/Latinstock

Termômetro de
radiação. Geralmente
usado em satélites
meteorológicos,
mede a temperatura
da atmosfera e da
superfície da Terra.
Paul Whitehill/SPL/Latinstock

Luiz Rocha/Shutterstock/Glow Images

PENSE E RESPONDA
A D ER
• Em que situações OC

NO
você acha necessário FA Ç A N
medir a temperatura?

Resposta pessoal. Quando há suspeita de febre, mede-se a


Termômetro de cristal líquido. Mais usado Termômetro de lâmina bimetálica. É utilizado temperatura corporal; quando se quer saber a respeito do cli-
em crianças; quando a fita é encostada no controle de temperatura de fornos, ferros ma, mede-se a temperatura do ambiente; quando alguém vai
no corpo, a substância que a compõe elétricos e saunas. Constitui-se de duas fazer uma receita culinária, em que o forno é utilizado numa
muda de cor. lâminas de metais diferentes soldadas que, temperatura determinada, pode-se fazer essa medição etc.
quando aquecidas, dilatam-se, formando
uma curva.

4. Escalas termométricas
Foram muitas as escalas termométricas propostas ao longo do desenvolvimento da Termometria, mas
atualmente somente três se destacam: a escala Celsius, proposta em 1742 pelo astrônomo sueco Anders
Celsius (1701-1744), a escala Fahrenheit, empregada principalmente nos países de língua anglo-saxônica,
proposta em 1727 pelo físico alemão-polonês Gabriel Daniel Fahrenheit (1686-1736), e a escala Kelvin
(proposta em 1848), elaborada pelo físico britânico William Thomson (1824-1907).
Celsius construiu seu termômetro adotando dois pontos fixos: o zero para o gelo fundente e o 100
para a água em ebulição, ambos à pressão normal de 1 atm.

14 UNIDADE I – TERMOLOGIA
Celsius Fahrenheit

100 ºC 212 ºF
Fahrenheit atribuiu o zero para uma mistura de gelo, sal marinho

Editoria de Arte/Setup
e água e escolheu como o segundo ponto fixo a temperatura do corpo
humano, ambos à pressão normal de 1 atm. Nessa escala, a tempera-
tura de ebulição da água é 212.
O intervalo entre os dois pontos fixos foi dividido em 100 par-
tes iguais na escala Celsius e 180 partes iguais (32 a 212) na escala 21,1 ºC 70 ºF

Fahrenheit. Na leitura das temperaturas expressas por essas escalas, 0 ºC 32 ºF


usa-se a palavra grau para o símbolo °. Por exemplo:
50 °C (lemos: cinquenta graus celsius);
122 °F (lemos: cento e vinte e dois graus fahrenheit). Termômetros graduados nas escalas
Celsius e Fahrenheit.

SAIBA MAIS SOBRE


Nas palavras de Fahrenheit
Eu construí dois tipos de termômetros: o primeiro preenchido com o espírito do vinho, o outro com
mercúrio. O comprimento deles varia de acordo com a sua finalidade. Mas todos têm em comum a
mesma quantidade de graus entre seus limites fixos. A escala dos termômetros serve meramente para
fins meteorológicos, iniciando em 0 e terminando em 96. Esta escala se baseia na determinação de
três pontos fixos, os quais são determinados da seguinte forma: o primeiro marca a parte mais baixa
ou o começo da escala, e é encontrado por meio da mistura de gelo, água e sal-amoníaco ou sal
marinho; se o termômetro é inserido nessa mistura, então o líquido desce até o ponto indicado por
0. Este procedimento é melhor realizado no inverno do que no verão. O segundo ponto é obtido
quando água e gelo são misturados sem os sais mencionados; quando o termômetro é colocado
nesta mistura, o líquido permanece no 32° grau, e este ponto eu chamo de ponto inicial de con-
gelamento, quando no inverno a água em repouso é coberta por uma camada de gelo, o líquido
termométrico atinge esse grau. O terceiro ponto encontra-se no 96° grau, e o espírito (do vinho)
expande para esta marcação, quando o termômetro é colocado na boca ou embaixo do braço de
uma pessoa saudável e é mantido ali tempo suficiente para alcançar completamente a temperatura
do corpo [...]. As escalas dos termômetros usadas na determinação dos pontos de fervura dos líqui-
dos também começam no 0 mas terminam nos 600 graus, pois esta é a temperatura que o mercúrio
[...] começa a ferver.
FARENHEIT, D. G. Experimenta circa gradum caloris liquorum nonnulorum ebullientium instituta.
Philosophical Transactions of the Royal Society, Londres, v. 33, 1 jan. 1724. Tradução dos autores.
Disponível em: <http://rstl.royalsocietypublishing.org/content/33/381-391/1.full.pdf+html?sid=b066d025-845d-45f0-9c94-
dcc99ddffc3f>. Acesso em: 4 abr. 2013.
Agora responda
1 Fahrenheit construiu quantos tipos de termômetro? Fahrenheit construiu dois tipos de termômetro.

2 De acordo com o texto, quais eram as substâncias que preenchiam os termômetros construídos por
Fahrenheit? Um era preenchido com o “espírito do vinho”, ou seja, álcool, e o outro continha mercúrio.
C A D ER O
NO
FA Ç A N

3 Por que a temperatura estabilizou no 32° quando o sal foi retirado da mistura gelo-água?
Porque esse é o ponto inicial de congelamento da água na escala Fahrenheit.
4 Por que a temperatura máxima medida pelo termômetro de Fahrenheit era 600 graus?
Porque nesse ponto o mercúrio que preenche o termômetro começa a ferver.
5 Fahrenheit diz que a escala dos termômetros serve meramente para fins meteorológicos, iniciando em 0 e
terminando em 96. Você concorda com ele? Se não, mencione outros usos para a escala dos termômetros.
Resposta pessoal. Sugestão: Serve também para medir temperatura do corpo humano, fornos industriaist etc.

CAPÍTULO 1 – TERMOMETRIA 15
CADE Primeiro é necessário determinar os dois pontos fixos. Coloca-se o bulbo do termômetro em uma
NO vasilha com gelo derretendo, espera-se atingir o equilíbrio e marca-se o zero. Depois, coloca-se o

RN
PENSE E RESPONDA
bulbo próximo à água em ebulição, espera-se atingir o equilíbrio e marca-se o ponto 100. Divide-se

FA Ç A

O
em 100 partes iguais o espaço entre 0 e 100 e, assim, obtém-se um termômetro calibrado.

• Suponha que você esteja no litoral, precise medir a temperatura de uma pessoa que você suspeita estar
com febre e o termômetro disponível está com a numeração apagada e não permite a leitura. Na casa em
que você está tem fogão e geladeira com freezer. Qual será seu procedimento para graduar o termômetro,
de acordo com a escala Celsius?

5. Escala Kelvin de temperatura


A escala de temperatura Kelvin (K) é denominada escala absoluta. Essa escala foi obtida observan-
do-se o comportamento de um gás, quando a volume constante variaram a pressão e a temperatura.
A escala Kelvin tem a subdivisão de sua escala com o mesmo tamanho da escala Celsius. O pri-
meiro ponto fixo, isto é, o ponto de fusão do gelo, corresponde a aproximadamente 273 K, e o segundo
ponto fixo, ou seja, o ponto de ebulição da água, corresponde a 373 K.

Zero absoluto ou zero kelvin

Autor desconhecido. c.1910. Coleção Particular. Foto: Royal


Como a temperatura é uma medida do grau de agitação térmica da
estrutura atômica e molecular de uma substância, não existe, teoricamen-
te, um limite superior para o valor de temperatura que uma substância
pode alcançar. Entretanto, existe um limite inferior de temperatura.

Astronomical Society/SPL/Latinstock
Kelvin extrapolou matematicamente a resposta obtida dos estudos
do comportamento da pressão e da temperatura de um gás. Sabendo que
a pressão diminui com o decréscimo da temperatura, ele calculou qual
seria o valor de temperatura que resultaria em uma pressão nula, ou seja,
constatou que, com as moléculas inertes, o gás deixaria de exercer pres-
são sobre as paredes do recipiente.
Cientistas experimentais do século XIX descobriram que é impossível
reduzir a temperatura de uma substância a um valor igual ou inferior a William Thomson (1824-1907) foi
-273,15 °C. Esse limite inferior de temperatura é chamado de zero abso- um engenheiro e físico escocês
luto ou zero kelvin (0 K). Não se pronuncia a palavra grau com a tempe- conhecido como Lorde Kelvin,
ratura em kelvin (o termo kelvin é escrito por extenso, com letra inicial graças ao título de nobreza obtido
em 1848.
minúscula, ou abreviado por K em letra maiúscula).
A essa temperatura (0 K), as partícu-
las não teriam nenhuma energia cinética, Fahrenheit Celsius Kelvin
o que é bastante improvável depois que
ficou demonstrado, pela teoria quântica, 212 100 373
Editoria de Arte/Setup

que existe uma energia cinética mínima


que toda estrutura atômica deve ter.
A partir de 1954, a escala Kelvin foi
adotada como unidade oficial de tem-
peratura pelo Sistema Internacional de
Unidades (SI).

32 0 273

Correspondência entre 459,4 273 0


as escalas Fahrenheit,
Celsius e Kelvin.

16 UNIDADE I – TERMOLOGIA
6. Relação entre as escalas
Em um noticiário estadunidense de tevê a cabo, um jornalista disse que na cidade de Little Rock,
durante uma nevasca, a temperatura chegou a 23 graus. Um estudante brasileiro, ao ouvir isso e ver as
imagens de pessoas com blusas grossas, gorros e cachecóis, ficou confuso, uma vez que quando faz 23
graus aqui no Brasil a sensação térmica é bastante agradável. Que confusão ele fez?
Valores de temperaturas máxima e mínima medidas em Fahrenheit
Danny Johnston/AP/Glow Images

39 40

Editoria de Arte/Setup
22 16
Springfield Roanoke
39 41
47 12 10
31 47 Nashville Raleigh/Durrham
Oklahoma City 23 51
Little Rock 54 19
53 29 Columbia
53 59 Atlanta
35 31 59
28
Dallas/ Shreveport Jackson 29
Fort Worth Montgomery
22 65
57 54 18
36 40 37
New Orleans Tallahassee
Austin Houston
58 70
48 54
Orlando
Corpus
Christi 74
56
Miami

Nevasca na cidade de Little Rock, EUA. A medida da temperatura depende da escala utilizada. Na ilustração acima, as
temperaturas estão na escala Fahrenheit.

O estudante está confundindo escalas de medida de temperatura. No Brasil, a escala de temperatura


padrão é Celsius, diferentemente dos EUA, onde se usa a escala Fahrenheit.
Então, quantos graus Celsius correspondem a 23 graus Fahrenheit?
Essa situação nos leva a recorrer a uma regra de correspondência entre as escalas termométricas.
Consideremos, então, C, F e T as temperaturas de °C °F K
um corpo nas escalas Celsius, Fahrenheit e Kelvin, res- 100 212 373 ponto de ebulição

Editoria de Arte/Setup
pectivamente. Para obter as funções termométricas que da água

relacionam as três escalas, vamos considerar a corres-


C F T temperatura que
pondência entre os pontos fixos de fusão do gelo e ebu- se quer calcular
lição da água ao nível do mar. Colocando as três escalas
com essas temperaturas devidamente alinhadas, temos a 0 32 273 ponto de fusão
situação indicada ao lado. do gelo

Se soubermos o valor da temperatura do corpo em uma escala, poderemos obter o correspondente


valor em outra, estabelecendo a seguinte proporção:
θC  0 θF  32
  T  273
100  0 212  32 373  273

Simplificando, temos:
C   32
 F  T  273
5 9 5

Desse modo, podemos saber a quantos graus Celsius correspondem 23 °F usando a relação:
C   32
 F
5 9

capítulo 1 – Termometria 17
A D ER
OC

NO
FA Ç A N
Substituindo F por 23, obtemos:
C PENSE E RESPONDA
 23  32  9  1 C  (1)  5  5 °C
5 9 9 • O vácuo é concebido como ausência
De fato, estava frio em Little Rock! total de matéria. É possível medir a
Agora use a função termométrica correspondente temperatura do vácuo? Justifique.
e mostre que os 23 °F correspondem a 268 K.
Não, pois temperatura é a medida do grau de agitação das
partículas (átomos, moléculas).

ATIVIDADES RESOLVIDAS
1 Em uma sala de aula, certo dia, um termômetro registrou uma elevação de 5 °C no ambiente em um intervalo de
3 horas. Qual seria a elevação registrada se o termômetro fosse graduado na escala Fahrenheit?
Resolução:

100ºC 212ºF Relacionando as variações no interior da sala de aula, temos:


Gráficos e Ilustrações: Editoria

C F C F


100  180 → 5  9
100 180
C F
Para C  5 °C, obtemos:
de Arte/Setup

0ºC 32ºF 5  F →   9 °F


5 9 F

°F

2 No laboratório de Física de um colégio, um grupo de alunos, utilizando um ter- 212


mômetro graduado em Celsius e outro em Fahrenheit, mediu a temperatura de um
corpo em situações variadas. Com o resultado das medições, construíram o gráfico
ao lado. Utilizando os dados do gráfico, calcule o valor da temperatura do corpo, em
graus Celsius, correspondente ao ponto A.

Resolução:

°F
A temperatura do corpo em graus Celsius correspon-
dente ao ponto A é a abscissa x desse ponto. Logo, 32

212 R os triângulos retângulos PQA e RSA são semelhantes.


Então: A 0 100 °C

QA PQ 0x 32  0 x 32
SA  RS ⇒ 100  x  212  0 ⇒ 100  x  212 ⇒
⇒ 212x  3200  32x ⇒ 180x  3200 ⇒
⇒ x  17,8 °C

Portanto, a temperatura do corpo correspondente ao ponto A é de aproximada-


32 P mente –17,8 °C.
S
A 0Q 100 °C

3 Um termômetro de mercúrio é calibrado de modo que, na temperatura de 0 °C, a altura da coluna é de 4 cm, e,
na temperatura de 100 °C, a altura é de 8 cm. Determine:
a) a função termométrica que relaciona a temperatura (c) com a altura (h) da coluna de mercúrio;
b) a altura da coluna quando a temperatura é de 40 °C.

18 UNIDADE I – TERMOLOGIA

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