SANEBRAZ
A SANEBRAZ – Saneamento Engenharia e Meio Ambiente LTDA busca o
desenvolvimento sustentável, através de consultorias, projetos e serviços de excelência,
a fim de contribuir com a qualidade de vida da sociedade.
Missão: contribuir na melhoria da qualidade de vida, saúde e meio ambiente através de
serviços de excelência.
Visão: ser a empresa com maior nível de excelência do estado de Goiás na prestação de
serviços de saneamento básico, através de projetos relacionados à infraestrutura urbana
e consultorias.
Valores: ética, respeito, compromisso, qualidade, educação, valorização e honestidade.
Este laudo de vistoria cautelar tem como objetivo documentar os ambientes
confrontantes com a obra de forma a produzir informações que podem eventualmente
resguardar os patrimônios existentes de eventuais avarias.
Dessa forma, este documento foi elaborado de maneira a ser de fácil compreensão e
esclarecedor a ambas as partes. Outrossim, o profissional apresenta imparcialidade de
modo a não beneficiar os interesses de quaisquer partes envolvidas.
IDENTIFICAÇÃO DO IMÓVEL VISTORIADO
1. Proprietário: Loide de Lima e Lima, pessoa física inscrito no CPF:
307.951.921-34.
2. Tipo de Ocupação: Imóvel residencial de multipavimentos – Cobertura.
3. Número de pavimentos: Dez.
4. Endereço: R. Tiradentes, 1614 - Vila Fátima, Jataí - GO, 75803-065
5. Via de acesso: Entrada e saída pela rua Tiradentes – Vila Fátima.
6. Solicitante: Loide de Lima e Lima, proprietária há vinte cinco anos.
7. Objeto: Imóvel residencial de multipavimentos, de número 1001 – cobertura.
8. Data da vistoria: 13 de maio de 2024.
9. Nome do responsável técnico pela vistoria e demais acompanhantes:
Giovanna Barcelos Ribeiro, auxiliar de engenharia e Matheus Gomes Franco,
engenheiro civil.
10. Condições e limitações: A edificação apresenta diversas fissuras e trincas já
existentes e identificadas a seguir, além de uma extensa proliferação de musgos
e fungos com o muro de divisa.
11. Identificação do morador: Loide de Lima e Lima – Proprietária.
12. Contato do morador: (61) 99217-7373.
Figura 1 – Localização do imóvel.
Fonte: Google Earth (2024)
METODOLOGIA
O laudo cautelar será baseado na ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas),
IBAPE (Instituto Brasileiro de Avaliação e Pericias de Engenharia), bibliografia e boas
práticas de vistoria cautelar de vizinhança, através de metodologias e atender pré-
requisitos mínimos estabelecidos do imóvel
Figura 2 – Fluxograma da metodologia aplicada.
Visita in loco
Vistoria Estabelecimento
Revisão
de critérios de
bibliográfica
analise
Fonte: A autora (2024)
Discriminação das normas base:
1. ABNT NBR 12722/1992 — Discriminação de serviços para a construção de
edifícios.
2. ABNT NBR 3752/1996 — Perícias de engenharia na construção civil.
3. IBAPE/SP — Norma para avaliação de imóveis urbanos.
4. IBAPE/SP — Norma de vistoria de vizinhança — Procedimentos básicos
executivos.
5. IBAPE/SP — Segurança do profissional durante as vistorias técnicas.
6. IBAPE/SP — Normas básicas para perícias de engenharia.
7. IBAPE/SP — Norma para avaliação de imóveis urbanos
8. IBAPE/MG — Norma de vistoria cautelar.
9. IBAPE/NACIONAL — Norma de inspeção predial nacional.
Discriminação de critério para análise:
Tabela 1 – Tamanho de aberturas.
Anomalias Aberturas (mm)
Fissura Até 0,5
Trinca De 0,5 a 1,5
Rachadura De 1,5 a 5,0
Fenda De 5,0 a 10,0
Brecha Acima de 10,0
Fonte: Silva (2016)
PRINCÍPIOS E RESSALVAS
1. O laudo foi elaborado com estrita observância dos postulados constantes dos
Códigos de Ética Profissional do CONFEA, Conselho Federal de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia, e do Instituto de Engenharia Legal.
2. O avaliador assume a responsabilidade sobre a matéria de Engenharia
estabelecida em Leis, Códigos ou regulamentos próprios.
3. Não foram efetuadas investigações específicas no que concede a defeito dos
títulos, invasões, hipotecas, superposições de divisas e outros, por não
integrarem ao objetivo desta avaliação.
4. No laudo de Avaliação apresentado presume-se que as dimensões constantes das
documentações oferecidas estão corretas e que o título de propriedade é bom: -
subentende-se que as informações fornecidas por terceiros são confiáveis.
5. Os honorários profissionais do avaliador, não estão de forma alguma
relacionados a conclusão deste laudo.
6. Todas as opiniões, análises e conclusões emitidas neste laudo, foram baseadas
nas informações colhidas através de pesquisas e levantamentos efetuados,
admitindo-se como verdadeiras as informações prestadas por terceiros.
7. Partimos do princípio de que toda documentação apresentada se encontra com
informação corretas.
8. Consideramos, para fins de avaliação, que o imóvel encontra se livre e
desimpedido de quaisquer ônus ou dívidas ou impedimentos judiciais ou
extrajudiciais que possam influenciar, de algum modo, na posse e usufruto
imediato do mesmo.
CARACTERÍSTICAS DA EDIFICAÇÃO
O imóvel possui padrão construtivo alto, de acordo com a ABRAINC – Associação
Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, devido a metragem da área construída,
localização, revestimentos e andar cujo está locado.
Figura 3 – Levantamento apartamento tipo Edifício Parque das Emas.
Fonte: Google Earth (2024)
A edificação de tipologia residencial de multipavimentos, cobertura 1001 de 263 metros
quadrados, possui via pavimentada com asfalto; rede de água domiciliar; rede de
esgotos sanitários; rede de telefonia; rede de coleta de lixo domiciliar. Não possui
transporte coletivo e não se enquadra em área de risco. A seguir, relatório fotográfico
das patologias e comorbidades observadas in loco.
RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
Figura 4: Manchas no piso proveniente Figura 5: Manchas e amarelamento de
de deposição de águas em luminárias. peças de porcelanato devido a
alagamento.
Figura 6: Mancha roxa em peça de Figura 7: Fissura em direção inclinada
porcelanato devido a alagamento do piso. em laje após alagamento. Luminária cujo
água foi depositada por falha de
impermeabilização da laje.
Figura 8: Manchas amareladas no piso, Figura 9: Manchas e amarelamento do
sinais de elevação de peças de piso, além de perceptível elevação.
porcelanato.
Figura 10: Estofamento da madeira do Figura 11: Amarelamento do piso
devido alagamento.
armário planejado devido alagamento.
Figura 12: Desplacamento de peças Figura 13: Amarelamento do piso
cerâmicas devido a movimentação da devido alagamento.
estrutura.
Figura 14: Fissura inclinada na parede
externa do quarto do serviço.
Figura 15: Amarelamento do piso
devido alagamento, além de elevação
aparente.
Figura 17: Infiltração em parede.
Figura 16: Infiltração em parede.
Figura 18: Manchas e amarelamento do Figura 19: Infiltração através de trinca
piso, além de perceptível elevação. estrutural.
Figura 20: Manchas de fluxo de água
devido à falta de peitoril.
Figura 21: Manchas de fluxo de água
devido à falta de peitoril.
Figura 22: Piso oco, amarelamento, Figura 23: Piso oco, amarelamento,
elevação aparente e início de processo de elevação aparente e desplacamento.
desplacamento.
Figura 24: Piso oco, elevação aparente e Figura 25: Piso oco, amarelamento,
desplacamento. elevação aparente e desplacamento.
Figura 26: Trinca em revestimento.
Figura 27: Trinca em revestimento.
Figura 28: Trinca em revestimento. Figura 29: Manchas, amarelamento do
piso.
Figura 30: Manchas amarelamento do
piso.
CONCLUSÕES
O imóvel apresentava problemas estruturais em relação a laje superior da cobertura dos
apartamentos 1001 e 1002, apresentando fendas em sua extensão (Tabela 1). Em vista
disso, sua função estrutural foi prejudicada de forma causal a maiores movimentações e
em consequência aumento de fissuras e trincas para qual propagou a propriedade de
infiltração no material. Dessa forma, o objeto em questão não foi capaz de segurar
extensas lâminas de água que percorreu até o apartamento alvo.
Quando esta era exposta a chuvas o líquido percolava por eletrodutos e pontos
luminosos ocasionando manchas amareladas por gotejamento em lâmpadas (Figuras 4 e
7). Além disso a movimentação aparente na parte externa do edifício tornou as paredes
de vedação externas (Figuras 14, 19 e 21) e internas demonstradas em trincas inclinadas
em áreas estruturais como vergas e desplacamentos em revestimentos verticais (Figuras
12, 21, 26, 27 e 28) e infiltração aparente (Figuras 16, 17 e 19). Outrossim, a falta de
peitoris (Figura 20 e 21) apresentando escurecimento no caminho percorrido dos
efluentes das chuvas.
O imóvel ficou submerso por uma camada de água por um período de até 48 horas.
Através deste fato houve danos materiais em móveis planejados de madeira por
estufamento como na Figura 10. Os materiais de construção, quando submersos em
água de inundação, podem deteriorar-se, expandir ou empenar. A umidade favorece a
deterioração acelerada, o crescimento de mofo, mudança das cores dos mesmos, e causa
odores desagradáveis (PENNING-ROWSELL; CHATTERTON, 1977), demonstrado
nas Figuras 4, 5, 6, 8, 9,11,13,15,18, 22, 23, 24, 25, 29 e 30.
Em vista disso os pisos apresentam manchas arroxeadas de infiltração (Figuras 9, 8 e
29), pisos cavos em toda a extensão da sala (Figuras 23, 24 e 25), elevação de peças
cerâmicas (Figuras 9, 18, 22, 23, 24 e 25) e por fim o desplacamento (Figuras 23, 24 e
25).
Para sanar quaisquer problemáticas causadas pelo alagamento será necessário a revisão
das instalações elétricas, e tratar os locais como demonstrado no quadro de estudos de
revestimentos cerâmicos realizados na Universidade Federal do Rio de Janeiro, Tabela
2: Retirada dos pisos afetados, reaplicação de chapisco, emboço e assentamento de novo
revestimento cerâmico.
Tabela 2 – Tratamento de patologias em revestimentos cerâmicos.
Fonte: Trabalho de conclusão de curso - Estudo de patologias em edificações residenciais: causas e
consequências (2021).
Jataí, terça-feira, 28 de maio de 2024
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MATHEUS GOMES FRANCO - ENGENHEIRO CIVIL
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SANEBRAZ ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE LTDA
CNPJ: 33.328.484/0001-51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT NBR 12722/1992 - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR
12722:1992 - Discriminação de serviços para a construção de edifícios. Rio de
Janeiro: ABNT, 1992.
ABNT NBR 3752/1996 - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 3752:1996 -
Perícias de engenharia na construção civil. Rio de Janeiro: ABNT, 1996.
IBAPE/MG 003 - Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de Minas
Gerais. Norma de vistoria cautelar. Minas Gerais: IBAPE/MG, 2014.
IBAPE/NACIONAL - Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia -
Nacional. Norma de inspeção predial nacional. Assembleia Nacional:
IBAPE/NACIONAL, 2012.
IBAPE/SP - Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo.
Norma de vistoria de vizinhança - Procedimentos básicos executivos. São Paulo:
IBAPE/SP, 2013.
IBAPE/SP - Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo.
Norma para avaliação de imóveis urbanos. São Paulo: IBAPE/SP, 2011.
IBAPE/SP - Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo.
Normas básicas para perícias de engenharia. São Paulo: IBAPE/SP, 2015.
IBAPE/SP - Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo.
Segurança do profissional durante as vistorias técnicas. São Paulo: IBAPE/SP, 2017.
JONOV, Cristiane Machado Parisi, NASCIMENTO, Nilo de Oliveira, SILVA, Adriana
de Paula. Avaliação de danos às edificações causados por inundações e obtenção dos
custos de recuperação. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 13, n. 3, p. 75-94,
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https://www.scielo.br/j/ac/a/cH8zJVw4jMyrhVmGQ3BwTnS/?format=pdf&lang=pt>.
Acesso em 20 mai. 2024.
MELLO, Otávio Andrade e Estudo de patologias em edificações residenciais: causas
e consequências / MELLO, O. A. e – Rio de Janeiro: UFRJ/Escola Politécnica, 2021.
Disponível em <
http://www.repositorio.poli.ufrj.br/monografias/projpoli10034353.pdf>. Acesso em 20
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SILVA, A.; BRITO, J. de; GASPAR, P. L. Methodologies for service life prediction
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