ATIVIDADE 3
1. A escola está incorreta, pois em consonância com a perspectiva inclusiva, a
Constituição Federal, em seu artigo 205, afirma que “A educação, direito de todos
e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração
da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Ademais, a Resolução CNE/CEB nº 2, 2001, em seu artigo 17, corrobora
afirmando que “Em consonância com os princípios da educação inclusiva, as
escolas das redes regulares de educação profissional, públicas e privadas, devem
atender alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, mediante a
promoção das condições de acessibilidade, a capacitação de recursos humanos, a
flexibilização e adaptação do currículo e o encaminhamento para o trabalho,
contando, para tal, com a colaboração do setor responsável pela educação especial
do respectivo sistema de ensino”.
2. A atitude da escola está correta, pois o professor, em posse do laudo do educando,
deve focar em avaliá-lo por meio de atividades qualitativas. A lei nº 9.394, de 20
de dezembro de 1996, em seu inciso II do artigo 59, estabelece que “Os sistemas
de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação: [...] terminalidade
específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão
do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir
em menor tempo o programa escolar para os superdotados”.
A Resolução CNE/CEB nº 2, 2001, em seu artigo 16, como complemento, afirma
que “É facultado às instituições de ensino, esgotadas as possibilidades pontuadas
nos Artigos 24 e 26 da LDBEN, viabilizar ao aluno com grave deficiência mental
ou múltipla, que não apresentar resultados de escolarização previstos no Inciso I
do Artigo 32 da mesma Lei, terminalidade específica do ensino fundamental, por
meio da certificação de conclusão de escolaridade, com histórico escolar que
apresente, de forma descritiva, as competências desenvolvidas pelo educando,
bem como o encaminhamento devido para a educação de jovens e adultos e para
a educação profissional”.
3. O documento que a professora do AEE deve elaborar quando o aluno é
encaminhado para a Sala de Recursos Multifuncional é o PDI (Plano de
Desenvolvimento Individual), composto por um roteiro de avaliação e por um
roteiro para o Plano Pedagógico Especializado, que deve focar em ações para
atender as necessidades educacionais especiais do estudante no âmbito escolar e
familiar, além de construir o atendimento pedagógico do aluno considerando seu
potencial de aprendizagem. O profissional que participa deste processo é o
professor do AEE, conjuntamente a toda rede escolar.
A Resolução CNE/CEB nº 2, 2001, em seu artigo 6º, deixa claro que “Para a
identificação das necessidades educacionais especiais dos alunos e a tomada de
decisões quanto ao atendimento necessário, a escola deve realizar, com
assessoramento técnico, avaliação do aluno no processo de ensino e
aprendizagem, contando, para tal, com: I - a experiência de seu corpo docente,
seus diretores, coordenadores, orientadores e supervisores educacionais; II - o
setor responsável pela educação especial do respectivo sistema; III – a
colaboração da família e a cooperação dos serviços de Saúde, Assistência Social,
Trabalho, Justiça e Esporte, bem como do Ministério Público, quando necessário”.
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