Legislação de Trânsito - Resumo
Prof.ª Morgana Diefenthaeler
Matéria: LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
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Professor: MORGANA DIEFENTHAELER
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RESUMO
Legislação de Trânsito - Resumo
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Motorista Profissional, Escolares, Motofrete e Mototáxi
– Código de Trânsito Brasileiro
Sumário
1- Condução de Veículos por Motoristas Profissionais ..................... 3
1.1.1 Prorrogação do tempo de direção ............................................... 3
1.1.2 Tempo de descanso dentro da jornada ....................................... 4
1.1.3 Tempo de descanso fora da jornada – a cada 24hs ..................... 5
1.1.4 Locais de Gozo dos Períodos de Descanso .................................. 5
1.2 Fiscalização do Tempo de Direção.................................................. 5
1.2.1 Meios de Fiscalização do Tempo de Direção ................................ 6
1.2.2 Constatação de Infração ............................................................. 6
2- Condução de Escolares ................................................................ 8
2.1 Dos veículos de transporte de escolares ........................................ 8
2.2 Dos condutores de veículos escolares .......................................... 11
2.3 Infrações relativas ao Transporte de Escolares ........................... 12
3- Condução de Moto-Frete e Moto-Táxi ........................................ 12
3.1 Dos veículos destinados ao moto-frete e moto-táxi ..................... 13
3.1.1 Documentos de Porte Obrigatório ............................................. 14
3.1.2 Transporte de carga especial .................................................... 14
3.3 Infrações relacionadas a motofrete e mototáxi ........................... 14
4- Referências Bibliográficas ......................................................... 16
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1- Condução de Veículos por Motoristas
Profissionais
A Lei nº 12.619/2012 incluiu ao CTB o CAPÍTULO III-A - DA CONDUÇÃO
DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS PROFISSIONAIS, visando regular esta
atividade e estipular os direitos e os deveres dos motoristas, inserindo
disposições importantes acerca do tempo de direção e jornada de trabalho.
Posteriormente, através da Lei nº 13.103/2015, o capítulo sofreu diversas
alterações.
De acordo com a Lei nº 13.103/2015, a qual dispôs sobre o exercício da
profissão de motorista e alterou o caput do art. 67-A do CTB, o disposto no CTB
aplica-se aos seguintes motoristas profissionais:
Motorista de transporte
Motorista de transporte
rodoviário coletivo de rodoviário de cargas
passageiros
1.1 Tempo de direção dos motoristas profissionais
É vedado ao motorista profissional dirigir por mais de 5 (cinco) horas e
meia ininterruptas veículos de transporte rodoviário coletivo de passageiros
ou de transporte rodoviário de cargas.
Como tempo de direção ou de condução entende-se apenas o período em que
o condutor estiver efetivamente ao volante, em curso entre a origem e o
destino.
1.1.1 Prorrogação do tempo de direção
Em situações excepcionais de inobservância justificada do tempo de direção,
devidamente registradas, o tempo de direção poderá ser elevado pelo
período necessário para que o condutor, o veículo e a carga cheguem a
um lugar que ofereça a segurança e o atendimento demandados, desde que
não haja comprometimento da segurança rodoviária.
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A O tempo de
permanência direção Somente é possível
na direção A
somente a permanência na
somente inobservância
será elevado direção desde que
ocorrerá em do tempo de
pelo não haja
caso direção deve
período comprometimento
excepcional ser
necessário da segurança
justificada
devidamente até chegar a viária
registrado local seguro
Em resumo:
5h30m
cinco horas e meia
Tempo máximo de Independente se rodoviário de
direção contínua carga ou passageiro
Pode ser prorrogado pelo tempo
necessário a chegar em local
seguro
1.1.2 Tempo de descanso dentro da jornada
➢ Minutos de descanso para condutor de veículo de transporte
de CARGA
Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso dentro de cada 6
(seis) horas na condução de veículo de transporte de carga, sendo
facultado o seu fracionamento e o do tempo de direção desde que
não sejam ultrapassadas 5 (cinco) horas e meia contínuas no exercício
da condução.
Resumindo, para você não esquecer:
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DENTRO de cada
Rodoviário de CARGA
6hs
Rodoviário de
A CADA 4hs
PASSAGEIROS
1.1.3 Tempo de descanso fora da jornada – a cada 24hs
O condutor é obrigado, dentro do período de 24 (vinte e quatro) horas, a
observar o mínimo de 11 (onze) horas de descanso, que podem ser
fracionadas, usufruídas no veículo e coincidir com os intervalos de
descanso de dentro da jornada, observadas no primeiro período 8 (oito)
horas ininterruptas de descanso.
observadas no
primeiro
RODOVIÁRIO 11h NO
podendo ser período 8
DE CARGA E a cada 24h MÍNIMO DE
fracionadas horas
PASSAGEIRO DESCANSO
ininterruptas
de descanso.
1.1.4 Locais de Gozo dos Períodos de Descanso
Usualmente, os períodos de descanso devem ser usufruídos em locais
apropriados para tanto, como hotéis, postos de gasolina, ou seja, em
alojamentos externos.
1.2 Fiscalização do Tempo de Direção
O CTB estipula que o motorista profissional é responsável por controlar e
registrar o tempo de condução estipulado no art. 67-C, com vistas à sua estrita
observância, sendo que a não observância dos períodos de descanso sujeitará
o motorista profissional às penalidades daí decorrentes, previstas no
CTB.
Ou seja, se o veículo for abordado em uma rodovia federal, esta fiscalização
será exercida pela Polícia Rodoviária Federal!
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1.2.1 Meios de Fiscalização do Tempo de Direção
O CTB estipula que o tempo de direção será controlado mediante registrador
instantâneo inalterável de velocidade e tempo [tacógrafo], ou por meio
de anotação em diário de bordo, ou papeleta ou ficha de trabalho
externo, ou por meios eletrônicos instalados no veículo, conforme norma do
Contran.
O CONTRAN expediu, assim, a Resolução nº 525/2015, que regulamenta a
fiscalização do tempo de direção do motorista profissional.
O art. 2º da resolução apenas repetiu o que já havia sido estipulado pelo CTB,
dispondo que a fiscalização do tempo de direção e do intervalo de descanso do
motorista profissional dar-se-á pelos seguintes meios:
I - Análise do disco ou fita diagrama do
TACÓGRAFO ou
diário de bordo
de outros meios eletrônicos idôneos instalados
no veículo, na forma regulamentada pelo
Fiscalização CONTRAN; ou
do tempo de
direção
II - Verificação do papeleta ou
III – Verificação da ficha de trabalho do
ficha de
autônomo
trabalho
externo,
fornecida pelo
empregador;
1.2.2 Constatação de Infração
O descumprimento dos tempos de direção e descanso previstos, ou a falta de
apresentação de qualquer um dos meios de fiscalização previstos,
sujeitará o infrator à aplicação das penalidades e medidas administrativas
previstas no inciso XXIII art. 230 do CTB:
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Art. 230. Conduzir o veículo:
XXIII - em desacordo com as Infração média
condições estabelecidas no art.
67-C, relativamente ao tempo de
permanência do condutor ao
volante e aos intervalos para
descanso, quando se tratar de
veículo de transporte de carga ou Penalidade multa;
coletivo de passageiros:
OU
retenção do
deixar de apresentar ao agente veículo para
Medida
de trânsito qualquer um dos cumprimento do
administrativa
meios de fiscalização previstos tempo de descanso
aplicável.
➢ Medida Administrativa
Você reparou que a medida administrativa aplicável à infração é a de retenção
do veículo, para cumprimento do período de descanso aplicável.
Isso significa que o veículo ficará retido pela autoridade de trânsito pelo
tempo necessário para que o período de descanso se complete, ou seja,
por 30 minutos (caso se trate do intervalo dentro da jornada) ou por 11
horas (caso se trate do intervalo fora da jornada).
Caso o veículo tenha que ficar retido pelas 11 horas, a retenção poderá ser
realizada em depósito do órgão ou entidade de trânsito responsável pela
fiscalização, com fundamento no § 4º do art. 270 do CTB, caso não se apresente
condutor habilitado ao término do período.
A critério do agente, no caso em que o período de retenção seja de 30 minutos,
não se dará a retenção imediata de veículos de transporte coletivo de
passageiros, carga perecível e produtos perigosos:
A critério do agente
NÃO se dará
a retenção Caso o tempo de retenção coletivo de
imediata do seja de 30 minutos passageiros
veículo
Tratando-se de veículo de
de carga perecível
transporte
de produtos
perigosos
Caso se apresente outro condutor habilitado que tenha
observado o tempo de direção e descanso para dar
continuidade à viagem, não será necessária a retenção
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do veículo, mas ainda assim será lavrado o AIT e aplicada a penalidade
de multa ao infrator, devido à infração já constatada.
➢ Local Apropriado para Descanso / Ponto de Parada e Descanso
Caso haja local apropriado para descanso nas proximidades, o agente de
trânsito poderá liberar o veículo para cumprimento do intervalo de descanso
nesse local, mediante recolhimento do CRLV (CLA), o qual será devolvido
somente depois de decorrido o respectivo período de descanso.
Mas o que é esse “local apropriado para descanso”?
É um local, previsto pela Lei 13.103/2015, reconhecido pelo órgão competente
com jurisdição sobre a via, como ponto de parada e descanso para os motoristas
profissionais.
Os estabelecimentos assim reconhecidos devem contar com sinalização
de indicação de serviços auxiliares, conforme modelos apresentados no
Anexo II da res. 525/15 do CONTRAN, por exemplo:
2- Condução de Escolares
O CTB dedica um capítulo especial para tratar da condução de escolares,
disciplinando os requisitos que devem ser atendidos pelos veículos e pelos
condutores.
2.1 Dos veículos de transporte de escolares
Os veículos especialmente destinados à condução coletiva de escolares
somente poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão ou
entidade executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal
(DETRAN), exigindo-se, para tanto, o atendimento a mais 7 requisitos:
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I - registro como veículo de passageiros;
II - inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de
segurança;
III - pintura de faixa horizontal na cor , com quarenta centímetros
de largura, à meia altura, em toda a extensão das partes laterais e traseira da
carroçaria, com o dístico ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo de
carroçaria pintada na cor amarela, as cores aqui indicadas devem ser invertidas;
IV - equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo;
V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas nas extremidades
da parte superior dianteira e lanternas de luz vermelha dispostas na
extremidade superior da parte traseira;
VI - cintos de segurança em número igual à lotação;
VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios estabelecidos pelo CONTRAN.
Veja de uma forma ilustrada alguns dos requisitos:
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Luz branca, fosca ou amarela
Luz vermelha na extremidade na extremidade superior
superior traseira dianteira
Pintura – AMARELA
40 cm de largura
Escrita – ESCOLAR; cor -
PRETA
A pintura da faixa não é exclusivamente amarela! Caso
o veículo já seja pintado na cor amarela, a faixa pode ser
pintada na cor preta, e as letras em amarelo, de forma que as cores fiquem
invertidas:
Para circular nas vias públicas, os
veículos escolares deverão estar
previamente autorizados pelo órgão
executivo Estadual de trânsito
(DETRAN), bem como devem portar
esta autorização!
Ou seja, além dos documentos normais
de porte obrigatório (CRLV e documento
de habilitação), devem portar, também,
a autorização específica emitida pelo DETRAN!
A autorização deve ser afixada na parte interna do veículo, em local visível,
com inscrição da lotação permitida, sendo vedada a condução de escolares em
número superior à capacidade estabelecida pelo fabricante.
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Mesmo que a autorização para circular seja dada pelo DETRAN de cada estado,
isso não exclui competência municipal para estipular e exigir requisitos
previstos em seus próprios regulamentos para o trânsito de escolares.
➢ A resolução nº 541/2015 havia incluído o §4º ao art. 1º da res. 277/08,
para exigir que todo veículo utilizado no transporte escolar, independentemente
de sua classificação, categoria e do peso bruto total - PBT do veículo, utilize o
dispositivo de retenção adequado para o transporte de crianças com até sete
anos e meio de idade.
Essa previsão, entretanto, foi SUSPENSA Res. 639/2016:
Art. 1º Suspender a exigência prevista no § 4º do art. 1º da Resolução CONTRAN nº
277, de 28 de maio de 2008, com redação dada pela Resolução CONTRAN nº 541, de
15 de julho de 2015, de utilização de dispositivo de retenção para o transporte de
crianças com até sete anos e meio de idade em veículos utilizados no transporte escolar,
até que os referidos veículos sejam fabricados com cintos de três pontos e sistemas de
ancoragem do tipo isofix.
➢ A resolução nº 504/2014 do CONTRAN dispôs sobre a utilização
obrigatória de espelhos retrovisores, equipamento do tipo câmera-monitor ou
outro dispositivo equivalente, a ser instalado nos veículos destinados no
transporte coletivo de escolares.
2.2 Dos condutores de veículos escolares
O CTB traz alguns requisitos que devem ser observados pela pessoa que
pretenda ser condutora de veículos escolares:
Idade Maior de 21 anos
Habilitação "D"
Impedimentos
de infrações nos O condutor não pode ter cometido mais de uma infração
últimos 12 gravíssima (conforme L14071)
meses
Ser aprovado em curso especializado, nos termos da
Curso
regulamentação do CONTRAN.
certidão negativa do registro de distribuição criminal
Apresentar,
relativamente aos crimes de homicídio, roubo, estupro e
previamente
corrupção de menores, renovável a cada cinco anos
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2.3 Infrações relativas ao Transporte de Escolares
Veja algumas infrações relacionadas ao transporte de escolares, previstas no
CTB:
Art. 230. Conduzir o veículo:
XX - sem portar a autorização para condução de escolares, na forma estabelecida no
art. 136:
Infração – gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.855, de 2019)
Penalidade – multa (cinco vezes); (Redação dada pela Lei nº 13.855, de 2019)
Medida administrativa – remoção do veículo; (Incluído pela Lei nº 13.855, de
2019)
Art. 231. Transitar com o veículo:
VII - com lotação excedente;
Infração – gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.855, de 2019)
Penalidade – multa; (Redação dada pela Lei nº 13.855, de 2019)
Medida administrativa – remoção do veículo; (Redação dada pela Lei nº 13.855,
de 2019)
Art. 231. Transitar com o veículo:
VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens, quando não for
licenciado para esse fim, salvo casos de força maior ou com permissão da autoridade
competente:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo;
3- Condução de Moto-Frete e Moto-Táxi
A lei 12.009/2009 regulamentou o exercício das atividades dos profissionais em
transporte de passageiros, “mototaxista”, em entrega de mercadorias e em
serviço comunitário de rua, e “motoboy”, com o uso de motocicleta.
Esta lei incluiu o CAPÍTULO XIII-A - DA CONDUÇÃO DE MOTO-FRETE ao CTB,
deixando de incluir, no CTB, as disposições acerca do Moto-Táxi.
Porém, o CONTRAN, através da Resolução 356/2010, estabeleceu requisitos
mínimos de segurança para o transporte remunerado de passageiros (mototáxi)
e de cargas (motofrete) em motocicleta e motoneta. Já a Resolução 410/2012
regulamentou os cursos especializados obrigatórios destinados a profissionais
em transporte de passageiros (mototaxista) e em entrega de mercadorias
(motofretista) que exerçam atividades remuneradas na condução de
motocicletas e motonetas.
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O art. 107 do CTB dispõe que os veículos de aluguel, destinados ao transporte
individual ou coletivo de passageiros, deverão satisfazer, além das exigências
previstas neste Código, às condições técnicas e aos requisitos de segurança,
higiene e conforto estabelecidos pelo poder competente para autorizar, permitir
ou conceder a exploração dessa atividade:
Veículos de aluguel devem
exigências previstas no CTB e
pelo CONTRAN
observar
exigências estabelecidos pelo condições
segurança
poder competente para técnicas
autorizar, permitir ou conceder
a exploração dessa atividade,
relativas a requisitos de higiene
conforto
3.1 Dos veículos destinados ao moto-frete e moto-táxi
As motocicletas e motonetas destinadas ao transporte remunerado de
mercadorias ou carga (motofrete/ “motoboy”) e de passageiros (mototáxi),
somente poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão ou
entidade executiva de trânsito dos Estados e do Distrito Federal,
exigindo-se o cumprimento dos seguintes requisitos:
I – registro como veículo da categoria de aluguel;
II – instalação de protetor de motor mata-cachorro, fixado no chassi do veículo,
destinado a proteger o motor e a perna do condutor em caso de tombamento,
conforme Anexo IV da res. 356/10 do CONTRAN, obedecidas as especificações do
fabricante do veículo no tocante à instalação;
III – instalação de aparador de linha antena corta-pipas, fixado no guidon do
veículo, conforme Anexo IV da res. 356/10 do CONTRAN;
IV – inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de
segurança.
Os veículos de aluguel, destinados ao transporte individual ou coletivo de
passageiros de linhas regulares ou empregados em qualquer serviço
remunerado, para registro, licenciamento e respectivo emplacamento de
característica comercial, deverão estar devidamente autorizados pelo
poder público concedente (art. 135 do CTB).
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3.1.1 Documentos de Porte Obrigatório
As motocicletas e motonetas destinadas ao transporte remunerado de
mercadorias - motofrete - somente poderão circular nas vias portando a
autorização emitida pelo órgão executivo de trânsito do Estado e do Distrito
Federal.
Ou seja, além dos documentos normais de porte obrigatório (CRLV e documento
de habilitação), devem portar, também, a autorização específica emitida pelo
DETRAN!
3.1.2 Transporte de carga especial
PERMITIDO apenas botijões de gás
com auxílio de
Sidecar galões de água mineral
combustíveis
VEDADO o transporte,
mesmo no sidecar, dos produtos inflamáveis ou tóxicos e
demais
galões
3.3 Infrações relacionadas a motofrete e mototáxi
Veja algumas infrações previstas no CTB aplicáveis à atividade de motofrete e
mototáxi:
Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:
IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias em desacordo com o
previsto no art. 139-A desta Lei ou com as normas que regem a atividade
profissional dos mototaxistas:
Infração – grave;
Penalidade – multa;
Medida administrativa – apreensão do veículo para regularização
Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:
VIII – transportando carga incompatível com suas especificações ou em
desacordo com o previsto no § 2o do art. 139-A desta Lei;
Infração – grave;
Penalidade – multa;
Medida administrativa – apreensão do veículo para regularização
Art. 230. Conduzir o veículo:
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V - que não esteja registrado e devidamente licenciado;
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa;
Medida administrativa – remoção do veículo
Art. 230. Conduzir o veículo:
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente ou inoperante;
X - com equipamento obrigatório em desacordo com o estabelecido pelo CONTRAN;
Infração – grave;
Penalidade – multa;
Medida administrativa – retenção do veículo para regularização;
Art. 231. Transitar com o veículo:
IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores aos limites estabelecidos
legalmente ou pela sinalização, sem autorização:
Infração – grave;
Penalidade – multa;
Medida administrativa – retenção do veículo para regularização;
Art. 231. Transitar com o veículo:
V - com excesso de peso, admitido percentual de tolerância quando aferido por
equipamento, na forma a ser estabelecida pelo CONTRAN:
Infração – média;
Penalidade – multa acrescida a cada duzentos quilogramas ou fração de excesso de
peso apurado; (...)
Art. 231. Transitar com o veículo:
VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens, quando não for
licenciado para esse fim, salvo casos de força maior ou com permissão da autoridade
competente:
Infração – média;
Medida Administrativa – retenção do veículo
Art. 231. Transitar com o veículo:
X - excedendo a capacidade máxima de tração:
Infração - de média a gravíssima, a depender da relação entre o excesso de peso
apurado e a capacidade máxima de tração, a ser regulamentada pelo CONTRAN;
Penalidade - multa;
Medida Administrativa - retenção do veículo e transbordo de carga excedente.
Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório referidos neste
Código:
Infração - leve;
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Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresentação do documento.
Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:
I - sem usar capacete de segurança ou vestuário de acordo com as normas e as
especificações aprovadas pelo Contran;
II - transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma
estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento suplementar colocado atrás do
condutor ou em carro lateral;
Infração- gravíssima
Penalidade- Multa e suspensão do direito de dirigir
Medida Administrativa- retenção do veículo até regularização e recolhimento do
documento de habilitação
Art 244. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:
VIII – transportando carga incompatível com suas especificações ou em
desacordo com o previsto no § 2o do art. 139-A desta Lei;
IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias em desacordo com o
previsto no art. 139-A desta Lei ou com as normas que regem a atividade
profissional dos mototaxistas:
Infração – grave;
Penalidade – multa;
Medida administrativa – apreensão do veículo para regularização.
A apreensão nunca foi medida administrativa, mas sim,
era um tipo de penalidade, que foi extinta pela Lei nº
13.281/2018.
Portanto, quando o CTB trouxer a apreensão como medida administrativa,
leia-se retenção do veículo.
4- Referências Bibliográficas
CIRINO, Paulo André da Silva. Legislação de Trânsito. Coleção Sinopses para
Concursos. V. 48. Coord. Leonardo Garcia. Salvador: Editora JusPodivm, 2018.
GOMES, Ordeli Savedra. Código de Trânsito Brasileiro Comentado e legislação
complementar. 14. Ed. Curitiba: Juruá, 2019.
LUZ, Valdemar P. da. Trânsito e veículos: responsabilidade civil e criminal. 7.
Ed. Leme (SP): JH Mizuno, 2018.
MACEDO, Leandro; MENDES, Gleydson. Curso de Legislação de Trânsito. 7. Ed.
rev. Atual. e ampl. Salvador: Editora JusPodivm, 2020.
PAULUS, Adilson Antonio; WALTER, Edison Luis. Manual de Legislação de
Trânsito. 10. ed. rev. atual. ampl. Santo Ângelo (RS): Nova Geração do Trânsito,
2016.
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