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Efeito do 2,4-D com Glyphosate em Plantas Daninhas

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Revista Brasileira de Herbicidas, v.12, n.1, p.1-13, jan./abr.

2013 (ISSN 2236-1065)


DOI: http://dx.doi.org/10.7824/rbh.v12i1.207 www.rbherbicidas.com.br

Efeito da adição do 2,4-D ao glyphosate para o controle de espécies de plantas


daninhas de difícil controle1

Effect of 2.4-D addition to glyphosate for difficult control weeds species

Hudson Kagueyama Takano2; Rubem Silvério de Oliveira Jr.3; Jamil Constantin3; Denis
Fernando Biffe3 ; Luiz Henrique Morais Franchini4; Guilherme Braga Pereira Braz4; Fabiano
Aparecido Rios4; Eliezer Antonio Gheno4; Alexandre Gemelli4

Resumo - O 2,4-D tem sido um dos herbicidas mais utilizados em associação com o
glyphosate, principalmente nas aplicações de dessecação em pré-plantio. O objetivo deste
trabalho foi avaliar o efeito da adição do 2,4-D ao glyphosate visando o controle de espécies de
plantas daninhas consideradas de difícil controle (Commelina benghalensis, Richardia
brasiliensis, Euphorbia heterophylla, Spermacoce latifolia, Ipomoea grandifolia e Conyza spp.).
O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, e os tratamentos foram arranjados
em esquema fatorial 3 x 4, com quatro repetições. O primeiro fator foi constituído por estádios de
desenvolvimento das plantas daninhas (2-4, 4-6 e >10 folhas) e o segundo fator por tratamentos
com glyphosate (720 g i.a. ha-1), 2,4-D (670 g i.a. ha-1) glyphosate+2,4-D (720+670 g i.a. ha-1) e
um tratamento sem herbicida (testemunha). Para a buva em casa-de-vegetação, foram realizados
mais três tratamentos herbicidas adicionais variando as doses de glyphosate e 2,4-D. A adição de
2,4-D ao glyphosate foi determinante para acelerar e melhorar o controle de plantas daninhas de
difícil controle estudadas.
Palavras-chaves: sinergismo, velocidade de controle, mistura em tanque

Abstract - The 2,4-D has been one of the most widely used herbicide in combination with
glyphosate, especially in applications desiccation pre-planting. The objective of this study was to
evaluate the effect of adding 2,4-D to glyphosate for the control of weed species considered
difficult to control (Commelina benghalensis, Richardia brasiliensis, Euphorbia heterophylla,
Spermacoce latifolia, Ipomoea grandifolia e Conyza spp.). The experimental design was
completely randomized, and treatments were arranged in a 3 x 4 factorial design with four
replications. The first factor was composed of stages of development of weeds (2-4, 4-6 e >10
leaves) and the second factor by treatment with glyphosate (720 g i.a. ha-1), 2,4-D (670 g i.a. ha-1)
glyphosate+2,4-D (720+670 g i.a. ha-1) and a treatment without herbicide (control). For Conyza
spp. in green house, were performed three additional herbicide treatments varying doses of
glyphosate and 2,4-D. The addition of 2,4-D to glyphosate is crucial to accelerate and improve
weed control considered unwieldy as those studied in this work.
Keywords: synergism, speed control, tank mixtures

1
Recebido para publicação em 09/02/2013 e aceito em 10/04/2013.
2
Acadêmico do curso de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá (UEM/NAPD), Av. Colombo 5790,
87020-900, Maringá, PR. Email: <[email protected]>. (Autor para correspondência).
3
Professores do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá (UEM/NAPD).
4
Doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Agronomia da Universidade Estadual de Maringá (UEM/NAPD).
Takano et al. 2

Introdução herbicidas mais utilizados em associação com


o glyphosate, principalmente nas aplicações de
Com o advento das culturas dessecação pré-plantio. Apesar disso, não há
geneticamente modificadas para a tolerância a resultados expressos de forma clara sobre os
herbicidas, o glyphosate ganhou amplo espaço efeitos da adição do 2,4-D ao glyphosate no
no manejo de plantas daninhas dentro do ciclo controle de plantas daninhas consideradas de
das culturas. Porém, espécies de difícil controle difícil controle.
como erva-quente (Spermacoce latifolia), Dentro deste contexto, o objetivo do
trapoeraba (Commelina benghalensis), poaia trabalho foi avaliar o efeito da adição do 2,4-D
(Richardia brasiliensis), leiteiro (Euphorbia ao glyphosate no controle de espécies de
heterophylla), corda-de-viola (Ipomea plantas daninhas consideradas de difícil
grandifolia) e buva (Conyza spp.) vêm sendo controle.
selecionadas devido a aplicações sucessivas de
glyphosate em áreas agrícolas.
Correia et al. (2008) verificaram que Material e Métodos
mesmo utilizando doses elevadas de glyphosate Foram realizados experimentos em casa
(1200 g e.a. ha-1) o controle exercido por este de vegetação no Centro de Treinamento em
herbicida em plantas de Commelina Irrigação (CTI/UEM) localizado no município
benghalensis (4 a 6 folhas) foi baixo (42,5%). de Maringá-PR, e a campo no Sítio São Pedro,
Carvalho et al. (2002) também relataram que a em Pulinópolis, distrito de Mandaguaçu-PR a
aplicação de glyphosate a 760 e a 940 g e.a. ha- 23°14'31.81" de latitude Sul e 52°00'33.05” de
1
proporcionou controle insatisfatório de longitude Oeste, à 462 metros de altitude. O
Euphorbia heterophylla com 8 a 10 folhas aos período de condução dos ensaios foi de
30 DAA, não ultrapassando 72,5 e 77,0% de 16/08/2012 a 08/12/2012.
controle, respectivamente. Segundo Ramires et Em casa de vegetação foram realizados
al. (2010), a aplicação de glyphosate isolado seis experimentos, sendo cada experimento
(960 g e.a. ha-1) não exerceu controle constituído por uma espécie de planta daninha,
satisfatório de plantas de Ipomoea grandifolia cujas as unidades experimentais foram
com 4-6 folhas, sendo que aos 28 DAA a compostas por vasos com capacidade para 3
porcentagem de controle foi de 76,2%. dm3, os quais foram preenchidos com solo com
Em relação à Spermacoce latifolia, as seguintes características: pH em água de
alguns autores têm relatado evidencias da 5,90; 3,68 cmolc de H+ + Al+3 dm-3 de solo;
tolerância dessa espécie ao glyphosate mesmo 3,17 cmolc dm-3 de Ca+2; 0,67 cmolc dm-3 de
em estádios de desenvolvimento mais precoces Mg+2; 0,61 cmolc dm-3 de K+; 47,60 mg dm-3 de
(Ramires et al. 2011; Monquero et al. 2005). P; 11,89 g dm-3 de C; 640 g kg-1 de areia
Com relação à buva (Conyza spp.) grossa; 50 g kg-1 de areia fina; 20 g kg -1 de
observa-se que o controle não é satisfatório silte e 290 g kg-1 de argila.
(54,8%) mesmo em aplicações sequenciais de As espécies avaliadas foram trapoeraba
glyphosate à 720 g e.a. ha-1 (Yamauti et al., (Commelina benghalensis), poaia (Richardia
2010). Além disso, autores como Vargas et al brasiliensis), leiteiro (Euphorbia heterophylla),
(2007) e Santos et al. (2012) comprovaram a erva-quente (Spermacoce latifolia), corda-de-
resistência desta planta daninha ao glyphosate. viola (Ipomoea grandifolia) e buva (Conyza
As falhas no controle de determinadas spp.). O delineamento experimental foi o
espécies de plantas daninhas pelo uso do inteiramente casualizado. Os tratamentos foram
glyphosate têm levado agricultores a utilizar arranjados em esquema fatorial 3 x 4, com
outros herbicidas mesmo em lavouras com a quatro repetições, onde o primeiro fator
tecnologia RR. O 2,4-D tem sido um dos representou três estádios de desenvolvimento

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Takano et al. 3

das espécies de plantas daninhas (Tabela 1) e o D (720+1005), glyphosate+2,4-D (900+670) e


segundo fator por quatro tratamentos glyphosate+2,4-D (900+1005). Vale ressaltar
herbicidas (Tabela 2). Para a buva em casa-de- que em casa-de-vegetação foi utilizado um
vegetação, foram realizados mais três biótipo de buva proveniente de uma população
tratamentos herbicidas adicionais: suscetível ao glyphosate, ao passo no campo o
glyphosate+2,4-D (720+670), glyphosate+2,4- biótipo era considerado resistente.

Tabela 1. Estádios de desenvolvimento das plantas daninhas nos quais foram realizadas as
aplicações de herbicidas. Maringá-PR/2012.
Estádios de desenvolvimento
Espécie
E1 E2 E3
Trapoeraba 2-4 folhas 4-6 folhas >10 folhas
Poaia 2-4 folhas 4-6 folhas >10 folhas
Erva-quente 2-4 folhas 4-6 folhas >10 folhas
Corda de viola 2-4 folhas 4-6 folhas >10 folhas
Leiteiro 2-4 folhas 4-6 folhas >10 folhas
Buva < 6 cm 6-15 cm >15 cm

Tabela 2. Tratamentos herbicidas utilizados nos seis experimentos. Maringá-PR/2012.


Doses
Tratamentos Produto comercial
(g e.a. ha-1) (L p.c. ha-1)
1. Testemunha - - -
2. Glyphosate Roundup Original 720 2,0
3. 2,4-D DMA 806 BR 670 1,0
4. Glyphosate + 2,4-D Roundup Original + DMA 806 BR 720+670 2,0 + 1,0

Para cada espécie foram distribuídas (E1, E2 e E3) e Commelina benghalensis (E3),
aproximadamente 30 sementes por vaso, a uma em densidades de 48 e de 3 plantas m-²,
profundidade de 1 a 3 cm em relação ao nível respectivamente.
do solo. Após a emergência das plantas Para as aplicações dos tratamentos em
daninhas, efetuou-se o desbaste nas unidades ambos os locais foi utilizado um pulverizador
experimentais deixando de duas a quatro costal de pressão constante à base de CO2,
plantas por vaso. Até a avaliação final de equipado com barra munida de três pontas tipo
controle, as unidades experimentais foram jato leque XR-110.02, espaçadas a 50 cm entre
submetidas a irrigação diária, sendo mantidas si, sob pressão de 2 kgf cm-2. Estas condições
próximos à capacidade de campo. de aplicação proporcionaram o equivalente a
No experimento a campo, as unidades 200 L ha-1 de calda. No momento da aplicação,
experimentais foram compostas por parcelas de as condições climáticas foram constituídas por:
4 x 4 m (16 m²), nas quais o solo apresentou Temperatura de 27,0°C e 28,5°C; umidade
valores de pH em água de 6,10; 3,56cmolc de relativa 65 e 60% e velocidade dos ventos de
H+ + Al+3 dm-3 de solo; 4,02 cmolc dm-3 de 2,0 e 1,1 km h-1 na casa-de-vegetação e no
Ca+2; 0,71 cmolc dm-3 de Mg+2; 0,63 cmolc dm-3 campo, respectivamente.
de K+; 43,80 mg dm-3 de P; 13,99 g dm-3 de C; Foram realizadas avaliações de controle
140 g kg-1 de areia grossa; 280 g kg -1 de areia aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação (DAA),
fina; 20 g kg-1 de silte e 540 g kg -1 de argila. O usando escala em que 0% representa ausência
delineamento experimental utilizado foi o de de efeito do herbicida sobre as plantas, e 100%
blocos casualizados com quatro repetições, e as representa morte das plantas. Em casa-de-
espécies presentes na área foram Conyza spp. vegetação as plantas daninhas trapoeraba, poaia

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Takano et al. 4

e buva no estádio E3 foram avaliadas até 56, superior ao 2,4-D isolado, que por sua vez
42 e 42 DAA, respectivamente. No campo, as exerceu controle melhor que o glyphosate
avaliações foram realizadas até 42 DAA. também aplicado de forma isolada. Nestas
Os dados da última avaliação de avaliações, somente a associação entre os
controle de cada espécie foram submetidos à herbicidas foi capaz de proporcionar controle
análise de variância pelo teste F. Efeitos aceitável de trapoeraba, evidenciando a eficácia
significativos foram submetidos à comparação desta mistura em espécies que o glyphosate
das médias pelo teste Tukey a 5% de tem dificuldade em controlar quando aplicado
probabilidade, utilizando-se o programa isoladamente. Estes resultados estão de acordo
estatístico SISVAR. Os dados de controle ao com Ramos & Durigan (1996), os quais
longo das avaliações foram representados por relatam que a mistura de glyphosate + 2,4-D
meio de figuras, visando avaliar apresentou controle superior da trapoeraba
comparativamente a velocidade de controle dos (Commelina virginica L.), em relação aos
tratamentos. produtos aplicados isoladamente. Os resultados
Os dados de controle foram submetidos de campo e de casa-de-vegetação foram
ainda à análise pelo modelo proposto por semelhantes, mas o controle final atingido em
Colby (1967), utilizando a equação descrita por plantas bem desenvolvidas foi maior em casa-
Monquero et al. (2001), para a avaliação dos de-vegetação, provavelmente em função do
efeitos sinergísticos e antagonísticos entre as menor nível de estresse fisiológico que as
associações herbicidas testadas. plantas sofreram em relação as desenvolvidas
em condição de campo.
Resultados e Discussão Tomando como base o controle da
espécie proporcionado por cada herbicida
Na última avaliação realizada em casa- aplicado isoladamente, o método de Colby
de-vegetação (28 DAA), observou-se que para estima um valor de controle teórico que deveria
C. benghalensis, quanto maior o estádio de ser alcançado pela mistura entre dois
desenvolvimento, mais difícil é o seu controle herbicidas. Na Tabela 3 observa-se que o
(Tabela 3). Aplicações realizadas no estádio E1 controle estimado da mistura glyphosate+2,4-D
não apresentaram diferenças significativas para as plantas do estádio E1 seria de 99,8%, e
entre os tratamentos com herbicidas, sendo como o controle obtido foi maior (100,0%),
todos eles eficazes no controle da trapoeraba. conclui-se que a mistura apresentou efeito
Já nos estádios E2 e E3, a associação entre o sinergístico. Analisando as interações para a
glyphosate e 2,4-D exerceu controle final mistura de glyphosate com o 2,4-D pelo
superior aos herbicidas aplicados de forma modelo de Colby (1967) nas Tabelas 3 e 4,
isolada. Observa-se que para plantas com mais observaram-se efeitos sinergísticos
de 10 folhas, nem mesmo a associação entre os proporcionados por esta mistura nas avaliações
dois herbicidas foi capaz de apresentar níveis realizadas em campo e casa-de-vegetação (28,
de controle satisfatórios aos 28 DAA, sendo 42 e 56 DAA).
necessário maior período para se visualizar os Com relação à velocidade de controle
resultados finais (Tabela 4). No entanto, (Figura 1), observou-se que para todos os
mesmo neste caso a associação entre os dois estádios de desenvolvimento (E1, E2 e E3) o
herbicidas apresentou controle final superior tratamento com a associação de glyphosate e
aos herbicidas aplicados isoladamente. 2,4-D proporcionou controle mais rápido
O controle final de C. benghalensis foi quando comparado a aplicação dos herbicidas
semelhante nas avaliações de campo (Tabela 4) de forma isolada. Quando os tratamentos foram
e casa-de-vegetação. Constatou-se que a aplicados em estádio precoces (E1), a diferença
associação entre o glyphosate e o 2,4-D foi

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Takano et al. 5

de velocidade de controle foi pequena. Porém, a mistura, a diferença entre a velocidade de


em aplicações mais tardias (E2 e E3), além do controle da mistura em relação aos produtos
controle inicial ser evidentemente superior com isolados tende a ser mais evidente.

Tabela 3. Controle de Commelina benghalensis proporcionado pelos tratamentos herbicidas aos


28 DAA (experimento em casa-de-vegetação). Maringá (PR), 2012.
Estádio da planta daninha no momento das aplicações*
Herbicidas e doses (g e.a. ha-1)
2-4 folhas (E1) 4-6 folhas (E2) >10 folhas (E3)
1. Testemunha sem herbicida 0,00 bA 0,00 cA 0,00 cA
2. Glyphosate (720) 98,70 aA 82,00 bB 6,20 cC
3. 2,4-D (670) 97,50 aA 74,20 bB 27,50 bC
4. Glyphosate+2,4-D (720+670) 100,00 aA 100,00 aA 62,50 aB
Estimativa de Colby 99,87 95,34 32,12
DMS linha = 10,07
DMS coluna = 9,41
CV% = 11,03
*Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%.

Tabela 4. Comparativo dos níveis de eficácia de controle de Commelina benghalensis (apenas


para plantas que receberam aplicação no estádio E3) proporcionados pelos tratamentos herbicidas
aplicados a campo e em casa-de-vegetação. Maringá (PR), 2012.
% Controle
Herbicidas e doses (g e.a. ha-1)
42 DAA (campo) 56 DAA (casa-de-vegetação)
1. Testemunha sem herbicida 0,0 d 0,00 D
2. Glyphosate (720) 37,50 c 46,20 C
3. 2,4-D (670) 50,00 b 57,50 B
4. Glyphosate+2,4-D (720+670) 85,00 a 98,20 A
Estimativa de Colby 68,75 77,06
CV% 6,77 5,20
DMS 7,48 6,92
*Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%.

Figura 1. Controle de Commelina benghalensis após a aplicação de tratamentos herbicidas em


três estádios de desenvolvimento ao longo do período de avaliação (Ensaio em casa-de-
vegetação). Maringá (PR), 2012.

Poaia (Richardia brasiliensis) (Tabela 5) foi semelhante nos menores estádios


O controle exercido pelos herbicidas de desenvolvimento (E1 e E2). Já no estádio
sobre a espécie R. brasiliensis aos 28 DAA E3 observou-se que houve diferença entre a

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Takano et al. 6

eficácia dos tratamentos testados, obedecendo a glyphosate+2,4-D. Foram observados efeitos


seguinte ordem crescente: 2,4-D, glyphosate, sinergísticos entre a mistura de glyphosate e
glyphosate+2,4-D. A aplicação de 2,4-D 2,4-D, uma vez que o controle exercido foi
isolado em plantas de R. brasiliensis com mais superior ao valor estimado pelo modelo de
de 10 folhas não proporcionou controle Colby (Tabela 5).
satisfatório aos 28 DAA. Nesta avaliação Com relação ao controle de Richardia
também foi constatado que quando os produtos brasiliensis (Tabela 6) em estádios de
foram aplicados isoladamente, houve maior desenvolvimento avançados (E3) a aplicação
dificuldade de controle à medida que se de glyphosate e 2,4-D de forma isolada não
aumentou o estádio de desenvolvimento da proporcionou resultados satisfatórios (>80%).
planta daninha. Por outro lado, o controle No entanto, a sua mistura provocou a morte
proporcionado pelo glyphosate+2,4-D não total desta espécie aos 42 DAA. Comparando a
diferiu entre os estádios de desenvolvimento de porcentagem de controle proporcionada pela
R. brasiliensis. Esses dados estão de acordo mistura em tanque de glyphosate+2,4-D e o
com Sharma & Singh (2001), os quais valor estimado pelo modelo de Colby, observa-
obtiveram 100% de controle dessa espécie com se que a mistura foi sinergística.
10 a 15 cm, por meio da aplicação de

Tabela 5. Controle de Richardia brasiliensis proporcionado pelos tratamentos herbicidas aos 28


DAA (experimento em casa-de-vegetação). Maringá (PR), 2012.
Estádio*
Herbicidas e doses (g e.a. ha-1)
2-4 folhas (E1) 4-6 folhas (E2) >10 folhas (E3)
1. Testemunha sem herbicida 0,00 bA 0,00 bA 0,00 dA
2. Glyphosate (720) 100,00 aA 97,50 aA 82,50 bB
3. 2,4-D (670) 100,00 aA 89,00 aB 53,70 cC
4. Glyphosate+2,4-D (720+670) 100,00 aA 99,70 aA 100,00 aA
Estimativa de Colby 100,00 99,57 99,90
DMS linha = 9,41
DMS coluna =10,37
CV% = 8,02
*Médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha e minúscula na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%.

Tabela 6. Controle final (42 DAA) de Richardia brasiliensis (E3) proporcionado pelos
tratamentos herbicidas (experimento em casa-de-vegetação). Maringá (PR), 2012.
Herbicidas e doses (g e.a. ha-1) % Controle
1. Testemunha sem herbicida 0,00 C
2. Glyphosate (720) 75,00 B
3. 2,4-D (670) 68,70 B
4. Glyphosate+2,4-D (720+670) 100,00 A
Estimativa de Colby 93,80
DMS = 9,37
CV% = 10,07
*Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%.

O tratamento com glyphosate isolado suscetibilidade desta espécie, quando o


proporcionou o controle de R. brasiliensis glyphosate é aplicado em condições de pós-
mais rápido que a mistura em tanque de emergência inicial da planta daninha. Por
glyphosate+2,4-D e 2,4-D isolado em outro lado, em estádios mais tardios a mistura
estádios menores (Figura 2). Segundo em tanque de glyphosate+2,4-D proporcionou
Monquero et al. (2001), existe uma

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Takano et al. 7

controle muito mais rápido que os produtos aplicados de forma isolada.

Figura 2. Controle de Richardia brasiliensis após a aplicação de tratamentos herbicidas em três


estádios de desenvolvimento ao longo do período de avaliação (Ensaio em casa-de-vegetação).
Maringá (PR), 2012.

Leiteiro (Euphorbia heterophylla) que se assemelha ao observado no presente


Aos 28 DAA (Tabela 7) foi observado trabalho.
que para E1 e E2 não houve diferença no De acordo com o modelo proposto por
controle do leiteiro entre os tratamentos Colby (1967), a associação entre o glyphosate
herbicidas. Porém, em E3 a aplicação de 2,4-D e o 2,4-D foi aditiva para os estádios E1 e E2,
isolado proporcionou controle inferior, não enquanto que no estádio E3 a mistura foi
sendo considerado como satisfatório. Além sinergística (Tabela 7).
disso, o controle exercido por todos os Nos estádios de desenvolvimento mais
herbicidas avaliados foi inferior quando precoces (E1 e E2), a associação de
aplicado em plantas de estádio mais avançado glyphosate+2,4-D proporcionou maior
(E3). Carvalho et al. (2002) relataram que a velocidade inicial de controle em relação a
aplicação de glyphosate+2,4-D (960+868) aplicação dos produtos isolados (Figura 3). Já
proporcionou controle semelhante à aplicação no estádio E3 a velocidade de controle foi
de glyphosate isolado (960), sendo as notas de semelhante com a aplicação de glyphosate
eficiência foram 91,3 e 90% respectivamente, o isolado ou em associação com o 2,4-D.

Tabela 7. Controle de Euphorbia heterophylla proporcionado pelos tratamentos herbicidas aos


28 DAA (experimento em casa-de-vegetação). Maringá (PR), 2012.
Estádio*
Herbicidas e doses (g e.a. ha-1)
2-4 folhas (E1) 4-6 folhas (E2) >10 folhas (E3)
1. Testemunha sem herbicida 0,00 bA 0,00 bA 0,00 cA
2. Glyphosate (720) 100,00 aA 99,50 aA 87,50 aB
3. 2,4-D (670) 100,00 aA 99,20 aA 47,00 bB
4. Glyphosate+2,4-D (720+670) 100,00 aA 100,00 aA 90,00 aB
Estimativa de Colby 100,00 100,00 87,43
DMS linha = 4,44
DMS coluna = 4,89
CV% = 3,81
*Médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha e minúscula na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%.

Rev. Bras. Herb., v.12, n.1, p.1-13, jan./abr. 2013


Takano et al. 8

Figura 3. Controle de Euphorbia heterophylla após a aplicação de tratamentos herbicidas em três


estádios de desenvolvimento ao longo do período de avaliação (Ensaio em casa-de-vegetação).
Maringá (PR), 2012.

Erva-quente (Spermacoce latifolia) momento da aplicação, menor foi o controle


Aos 28 DAA, os tratamentos herbicidas exercido pelo 2,4-D.
não diferiram entre si quando aplicados nos A mistura em tanque de
estádios E1 e E2, sendo que todos provocaram glyphosate+2,4-D proporcionou um controle
a morte das plantas (Tabela 8). Já no estádio inicial melhor do que os produtos aplicados
E3, a aplicação de 2,4-D isolado proporcionou isoladamente no estádio E1 (Figura 6). Por
controle inferior ao glyphosate isolado e a outro lado, apesar do controle aos 28 DAA ter
mistura glyphosate+2,4-D, não sendo sido semelhante para E2 e E3, a aplicação de
considerado como satisfatório. glyphosate isolado controlou as plantas de S.
Foram observados efeitos aditivos entre latifolia mais rapidamente do que a associação
a associação de glyphosate e 2,4-D em plantas de glyphosate+2,4-D. Ramires et al. (2011)
com até 4-6 folhas (Tabela 8). Para o estádio também constataram excelentes níveis de
E3 foi observado efeito sinergístico, pois o controle exercidos pela aplicação de 960 g e.a
controle proporcionado pela mistura foi ha-1 de glyphosate logo aos 7 DAA, em plantas
superior ao valor determinado pelo modelo de de erva-quente constiuídas 4 a 6 folhas.
Colby (1967). Quanto maior o estádio no

Tabela 8. Controle de Spermacoce latifolia proporcionado pelos tratamentos herbicidas aos 28


DAA (experimento em casa-de-vegetação) Maringá (PR), 2012.
Estádio*
Herbicidas e doses (g e.a. ha-1)
2-4 folhas (E1) 4-6 folhas (E2) >10 folhas (E3)
1. Testemunha sem herbicida 0,00 bA 0,00 bA 0,00 cA
2. Glyphosate (720) 100,00 aA 100,00 aA 99,50 aA
3. 2,4-D (670) 100,00 aA 100,00 aA 79,00 bB
4. Glyphosate+2,4-D (720+670) 100,00 aA 100,00 aA 100,00 aA
Estimativa de Colby 100,00 100,00 99,90
DMS linha = 8,99
DMS coluna = 9,91
CV% = 7,11
*Médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha e minúscula na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%.

Rev. Bras. Herb., v.12, n.1, p.1-13, jan./abr. 2013


Takano et al. 9

Figura 4. Controle de Spermacoce latifolia após a aplicação de tratamentos herbicidas em três


estádios de desenvolvimento ao longo do período de avaliação (Ensaio em casa-de-vegetação).
Maringá (PR), 2012.

Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia) visto que o controle foi igual aos valores
Observou-se aos 28 DAA que somente estimados pelo modelo proposto por Colby
no estádio E2 a associação entre o glyphosate e (1967). No entanto, para E2 a mistura entre os
o 2,4-D foi superior a aplicação dos herbicidas herbicidas caracterizou-se como sinergística.
isoladamente (Tabela 9). Nos demais estádios No estádio E1, o controle inicial com
não houve diferença significativa entre os glyphosate e glyphosate+2,4-D foi semelhante,
tratamentos herbicidas. As aplicações isoladas sendo mais rápido do que o tratamento apenas
de glyphosate e 2,4-D realizadas quando as com 2,4-D. Já no estádio E2 e E3, a velocidade
plantas encontravam-se no estádio E2 de controle da mistura glyphosate+2,4-D foi
proporcionaram menor controle quando superior aos produtos isolados, evidenciando
aplicados em estádio E1 e E3. assim o benefício da aplicação dos mesmos em
Nos estádios E1 e E3, a mistura mistura.
glyphosate+2,4-D apresentou efeio aditivo,

Tabela 9. Controle de Ipomoea grandifolia proporcionado pelos tratamentos herbicidas aos 28


DAA (experimento em casa-de-vegetação). Maringá (PR), 2012.
Estádio*
Herbicidas e doses (g e.a. ha-1)
2-4 folhas (E1) 4-6 folhas (E2) >10 folhas (E3)
1. Testemunha sem herbicida 0,00 bA 0,00 cA 0,00 bA
2. Glyphosate (720) 100,00 aA 92,20 bB 96,20 aAB
3. 2,4-D (670) 100,00 aA 91,70 bB 100,00 aA
4. Glyphosate+2,4-D (720+670) 100,00 aA 100,00 aA 100,00 aA
Estimativa de Colby 100,00 99,34 100,00
DMS linha = 4,66
DMS coluna = 5,14
CV% = 3,68
*Médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha e minúscula na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%.

Rev. Bras. Herb., v.12, n.1, p.1-13, jan./abr. 2013


Takano et al. 10

Figura 5. Controle de Ipomoea grandifolia após a aplicação de tratamentos herbicidas em três


estádios de desenvolvimento ao longo do período de avaliação (Ensaio em casa-de-vegetação).
Maringá (PR), 2012.

Buva (Conyza spp.) 65%. Os tratamentos 4, 3 e 2 obedeceram uma


No experimento realizado em casa-de- ordem decrescente de eficiência, em que a
vegetação (Tabela 10), todos os tratamentos aplicação de glyphosate isolado novamente
controlaram de forma semelhante a buva com proporcionou um nível de controle muito baixo
menos de 6 cm, com eficiência próxima a (6,25%). De acordo com a equação proposta
100%. Nesta mesma avaliação, a aplicação de por Colby (1967), o valor estimado foi de 21,5,
2,4-D isolado em plantas de Conyza spp. com 6 sendo assim todos os tratamentos contendo a
a 15 cm proporcionou controle satisfatório mistura de glyphosate+2,4-D foram
(85%), porém inferior aos demais tratamentos consideradas como sinergísticas para a buva
com herbicidas, os quais provocaram a morte No ensaio a campo (Tabela 11), o
total das plantas. Para o estádio E3 (>15 cm), controle exercido pelos tratamentos com
nenhum tratamento controlou a buva de forma herbicidas não foi satisfatório para buva, sendo
satisfatória, demonstrando a alta tolerância que o melhor a maior eficiência obtida pela
desta aos herbicidas quando aplicados em associação de glyphosate+2,4-D (60%),
estádios mais avançados, mesmo em biótipos seguido de 2,4-D (16%) e glyphosate (6%).
considerados suscetíveis. Vale ressaltar que o controle exercido pelo
O elevado controle de buva nos estádios glyphosate foi muito baixo (10%),
E1 e E2 obtido em casa-de-vegetação, ocorreu evidenciando a resistência dessa planta daninha
possivelmente porque as plantas utilizadas ao mesmo. Tomando como base o modelo
neste experimento eram oriundas de uma proposto por Colby (1967), a associação de
população suscetível ao glyphosate. glyphosate+2,4-D foi sinergística para o
A associação do glyphosate e 2,4-D foi experimento realizado a campo.
sinergística para o estádio E3 da buva, Em todos os estádios de
enquanto que nos demais estádios (E1 e E2) a desenvolvimento testados no ensaio a campo, o
associação dos herbicidas apresentou efeito tratamento com glyphosate+2,4-D
aditivo de controle. proporcionou níveis de controle superiores os
O controle das plantas aos 56 DAA, no produtos aplicados isoladamente (Tabela 12). É
experimento conduzido em casa-de-vegetação, importante ressaltar que somente no estádio de
também não foi satisfatório em nenhum até 6 cm de altura a mistura glyphosate+2,4-D
tratamento testado (Tabela 11). As maiores foi eficaz no controle de Conyza spp. (85%).
notas de controle foram obtidas pelos Nos demais estádios nenhum tratamento obteve
tratamentos 5, 6 e 7, variando em torno de controle satisfatório da espécie. Estes

Rev. Bras. Herb., v.12, n.1, p.1-13, jan./abr. 2013


Takano et al. 11

resultados estão de acordo com Oliveira Neto No experimento a campo, para todos os
et al. (2010), os quais relataram excelentes estádios de desenvolvimento, a velocidade de
níveis de controle de C. bonariensis com controle obedeceu a seguinte ordem
glyphosate+2,4-D, realizando em plantas com decrescente: glyphosate+2,4-D, 2,4-D e
altura inferior a 6 cm, caracterizando ser o glyphosate. Considerando que no campo
estádio de menor suscetibilidade. predominava um biótipo resistente ao
Tomando como base o valor estimado glyphosate, nem mesmo plantas pequenas (< 6
de Colby (1967), a mistura em tanque contendo cm) foram eficientemente controladas pelo
glyphosate e 2,4-D apresentou efeito glyphosate aplicado isoladamente.
sinergístico no controle de buva em todos os Para a buva, o uso da mistura em tanque
estádios de desenvolvimento avaliados. de glyphosate+2,4-D proporciona um controle
Com relação à velocidade de controle mais rápido e mais eficiente em relação aos
no experimento em casa-de-vegetação (Figura herbicidas aplicados isoladamente em qualquer
6), a associação de glyphosate+2,4-D, estádio de desenvolvimento. Quanto maior o
independente da dose utilizada proporcionou estádio das plantas no momento da aplicação,
controle mais rápido em todos os estádios de menor é o controle exercido pelos herbicidas.
desenvolvimento avaliados. Vale destacar que À campo, para plantas resistentes ao
em aplicações precoces (estádios E1 e E2) essa glyphosate nem mesmo a mistura de
diferença na velocidade de controle é menor do glyphosate+2,4-D foi eficiente no controle de
que quando aplicados em estádios mais tardios plantas com mais de 4 folhas.
(E3).

Tabela 10. Controle de Conyza spp. proporcionado pelos tratamentos herbicidas aos 28 DAA
(experimento em casa-de-vegetação). Maringá (PR), 2012.
Estádio*
Herbicidas e doses (g e.a. ha-1)
< 6 cm (E1) 6-15 cm (E2) >15 cm (E3)
1. Testemunha sem herbicida 0,00 bA 0,00 cA 0,00 cA
2. Glyphosate (720) 100,00 aA 100,00 aA 23,50 bB
3. 2,4-D (670) 99,00 aA 85,00 bB 30,00 bC
4. Glyphosate+2,4-D (720+670) 100,00 aA 100,00 aA 50,00 aB
Estimativa de Colby 100,00 100,00 45,00
DMS linha = 8,83
DMS coluna = 9,73
CV% = 8,93
*Médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha e minúscula na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%.

Tabela 11. Controle final (56 DAA) de Conyza spp. (E3) proporcionado pelos tratamentos
herbicidas em casa-de-vegetação. Maringá (PR), 2012.
Herbicidas e doses (g e.a. ha-1) % Controle aos 56 DAA
1. Testemunha sem herbicida 0,00 D
2. Glyphosate (720) 6,25 D
3. 2,4-D (670) 16,25 C
4. Glyphosate+2,4-D (720+670) 48,75 B
5. Glyphosate+2,4-D (720+1005) 64,25 A
6. Glyphosate+2,4-D (900+670) 65,00 A
7. Glyphosate+2,4-D (900+1005) 68,50 A
Estimativa de Colby 21,50
DMS 9,48
CV% 11,12
*Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%.

Rev. Bras. Herb., v.12, n.1, p.1-13, jan./abr. 2013


Takano et al. 12

Figura 6. Controle de Conyza spp. após a aplicação de tratamentos herbicidas em três estádios de
desenvolvimento ao longo do período de avaliação (Ensaio em casa-de-vegetação). Maringá
(PR), 2012.

Tabela 12. Controle de Conyza spp. proporcionado pelos tratamentos herbicidas aos 42 DAA
(Ensaio realizado a campo). Maringá (PR), 2012.
Estádio*
Herbicidas e doses (g e.a. ha-1)
< 6 cm (E1) 6-15 cm (E2) >15 cm (E3)
1. Testemunha sem herbicida 0,00 dA 0,00 dA 0,00 dA
2. Glyphosate (720) 40,00 cA 30,00 cB 10,00 cC
3. 2,4-D (670) 50,00 bA 40,00 bB 40,00 bB
4. Glyphosate+2,4-D (720+670) 85,00 aA 72,00 aB 60,00 aC
Estimativa de Colby 69,93 57,93 44,93
DMS linha = 7,07
DMS coluna = 6,41
CV% = 5,03
*Médias seguidas de mesma letra minúscula na linha e maiúscula na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%.

Figura 7. Controle de Conyza spp. após a aplicação de tratamentos herbicidas em três estádios de
desenvolvimento ao longo do período de avaliação (Ensaio em campo). Distrito de Pulinópolis,
Mandaguaçu (PR), 2012.

Conclusões controle de plantas daninhas consideradas de


difícil controle como as estudadas neste
A adição de 2,4-D ao glyphosate é trabalho.
determinante para acelerar e melhorar o

Rev. Bras. Herb., v.12, n.1, p.1-13, jan./abr. 2013


Takano et al. 13

Referências citros. Planta Daninha, v.14, n.1, p.33-41,


CARVALHO, F.T. et al. Manejo químico das 1996.
plantas daninhas Euphorbia heterophylla e SANTOS, et al. Buva com resistência múltipla
Bidens pilosa em sistema de plantio direto da a herbicidas é identificada como Conyza
cultura de soja. Planta Daninha, v.20, n.1, sumatrensis no Paraná. Informe Técnico
p.145-150, 2002. PGA-Universidade Estadual de Maringá.
COLBY, S.R. Calculating synergistic and Maringá, PR, v.1, p.1-3, 2012.
antagonistic responses of herbicides SHARMA, S.D.; SINGH, M. Surfactants
combinations. Weeds, v.15, n.1, p.20-22, 1967. increase toxicity of glyphosate and 2,4-D to
CORREIA, N.M. et al. Seletividade da soja Brazil pusley. Hortscience, v.36, n.4, p.726–
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plantas daninhas. Planta Daninha, v. 19, n.3, 2010.
p. 375-380, 2001.
MONQUERO, P.A.; CURY, J.C.;
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glyphosate e caracterização geral da superfície
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hederifolia, Richardia brasiliensis e Galinsoga
parviflora. Planta Daninha, v. 23, n.1, p. 123-
132, 2005.
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Conyza bonariensis com glyphosate + 2,4-D e
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Herbicidas, v.9, n.3, p.73-80, 2010.
RAMIRES A.C. et al. Glyphosate associado a
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benghalensis e Spermacoce latifólia. Semina:
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RAMOS, H.H.; DURIGAN, J.C. Avaliação da
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D no controle da Commelina virginica L. em

Rev. Bras. Herb., v.12, n.1, p.1-13, jan./abr. 2013

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