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Descomplicando - 2024.1 - Aula 02 - Questões Do Exame XXXIX

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DESCOMPLICANDO – edição 2024/1

Exame XXXIX

Administrativos – 4 questões da aula 01

01. Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2023 - OAB - Exame da
Ordem Unificado XXXIX - Primeira Fase
A Secretaria de Fazenda do Estado Alfa acabou de adquirir novos computadores, que
substituíram os antigos equipamentos que serviam aos agentes públicos lotados no
órgão. Sendo assim, os antigos equipamentos, que ainda funcionam, estão sem qualquer
utilidade na pasta, razão pela qual o Secretário de Fazenda instaurou processo
administrativo, visando à sua alienação.
No bojo do citado processo, ficou consignada a existência de interesse público
devidamente justificado para a alienação dos equipamentos, assim como já foi realizada
sua avaliação. A sociedade empresária Sigma possui interesse em adquirir os
computadores e, em consulta a seu advogado, foi informada de que, consoante dispõe a
Lei nº 14.133/21, a alienação desses bens da Secretaria de Fazenda do Estado Alfa, em
regra,
(A) dependerá de licitação na modalidade leilão.
(B) exigirá autorização legislativa e dependerá de licitação na modalidade
concorrência.
(C) será promovida mediante inexigibilidade de licitação, observados o interesse social
e os critérios de oportunidade e conveniência.
(D) deverá ocorrer mediante prévia licitação, em modalidade compatível com o valor da
avaliação dos equipamentos.

Gab: Letra A.

Art. 6º da Lei n. 14.133/2021. Para os fins desta Lei, consideram-se:


XL - leilão: modalidade de licitação para alienação de bens imóveis ou de bens móveis
inservíveis ou legalmente apreendidos a quem oferecer o maior lance;

Art. 28. São modalidades de licitação:


I - pregão;
II - concorrência;
III - concurso;
IV - leilão;
V - diálogo competitivo.

02. Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2023 - OAB - Exame da
Ordem Unificado XXXIX - Primeira Fase
O Município Ômega pretende alugar o imóvel de propriedade de João, pois suas
características de instalações e de localização tornam necessária sua escolha, uma vez
que se trata de um prédio de três andares situado ao lado do principal hospital
municipal, que, após as necessárias adaptações e investimentos, poderá sediar a
Secretaria Municipal de Saúde, cuja sede atual não mais comporta todos seus setores.
Desta forma, o Município Ômega instaurou processo administrativo, no bojo do qual já
houve a certificação da inexistência de imóveis públicos vagos e disponíveis que
atendam ao objeto pretendido, bem como foram juntadas informações com as
justificativas que demonstram a singularidade do imóvel a ser locado pela
Administração e que evidenciam vantagem para ela.
João, que tem interesse em alugar seu imóvel, foi procurado por agentes públicos da
Secretaria Municipal de Saúde para assinar o contrato administrativo, que será firmado
expressamente sob o regime jurídico da nova Lei de Licitações, mediante dispensa de
licitação e com valor compatível com o preço de mercado.
Na qualidade de advogado(a) contratado por João, você lhe informou que, de acordo
com a Lei nº 14.133/21, o contrato administrativo de locação
(A) pode ser assinado com fundamento na dispensa de licitação, desde que haja prévias
avaliação do bem e autorização do Prefeito Municipal.
(B) deve ser assinado com fundamento na inexigibilidade de licitação, desde que haja
prévias avaliação do bem e autorização legal da Câmara Municipal.
(C) pode ser assinado com fundamento na dispensa de licitação, com avaliação prévia
do bem, do seu estado de conservação e estimativa dos custos de adaptações para
atender às necessidades de utilização da Secretaria Municipal de Saúde.
(D) deve ser assinado com fundamento na inexigibilidade de licitação, com avaliação
prévia do bem, do seu estado de conservação, dos custos de adaptações, quando
imprescindíveis às necessidades de utilização, e do prazo de amortização dos
investimentos.

Gab: Letra D.

“Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a competição, em especial nos casos
de:

V – aquisição ou locação de imóvel cujas características de instalações e de


localização tornem necessária sua escolha.

§ 5º Nas contratações com fundamento no inciso V do caput deste artigo, devem ser
observados os seguintes requisitos:

I – avaliação prévia do bem, do seu estado de conservação, dos custos de adaptações,


quando imprescindíveis às necessidades de utilização, e do prazo de amortização dos
investimentos;

II - certificação da inexistência de imóveis públicos vagos e disponíveis que atendam


ao objeto;

III - justificativas que demonstrem a singularidade do imóvel a ser comprado ou locado


pela Administração e que evidenciem vantagem para ela”.
03. Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2023 - OAB - Exame da
Ordem Unificado XXXIX - Primeira Fase
Diante da necessidade de vultosos investimentos em infraestrutura e para atrair a
iniciativa privada, a União divulgou, pelos meios de comunicação, que pretende realizar
uma parceria público-privada, na modalidade concessão patrocinada, salientando que já
ficou caracterizado que cerca de 75% (setenta e cinco por cento) da remuneração do
parceiro privado deverá ser paga pela Administração.
Tal notícia despertou o interesse da sociedade Considera, que procurou a sua assessoria
jurídica acerca da contratação pretendida.
Diante dessa situação hipotética, assinale a alternativa correta, à luz da Lei nº
11.079/2004.
(A) A concessão patrocinada pretendida depende de autorização legislativa específica.
(B) Acaso vença a licitação, a própria sociedade Considera poderá formalizar o
respectivo contrato administrativo para implantar e gerir o objeto da parceria.
(C) A contraprestação da União no contrato em questão deverá ser realizada
exclusivamente por ordem bancária.
(D) Não é possível que a União preste garantia das obrigações pecuniárias contraídas
pela Administração Pública.

Gab: Letra A.

Art. 2º da Lei n. 11.079/2004. Parceria público-privada é o contrato administrativo de


concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.

§ 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de


que trata a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente
à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao
parceiro privado.

§ 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a


Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução
de obra ou fornecimento e instalação de bens.

§ 3º Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a


concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei nº 8.987, de 13
de fevereiro de 1995, quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro
público ao parceiro privado.

Art. 10, § 3º As concessões patrocinadas em que mais de 70% (setenta por cento) da
remuneração do parceiro privado for paga pela Administração Pública dependerão de
autorização legislativa específica.

04. Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2023 - OAB - Exame da
Ordem Unificado XXXIX - Primeira Fase
A sociedade empresária Alfa praticou ato lesivo à administração pública do Estado
Beta, pois, em matéria de licitações e contratos, obteve vantagem indevida, de modo
fraudulento, em sucessivas prorrogações de contrato administrativo, sem autorização
legal, no ato convocatório da licitação pública ou no respectivo instrumento contratual.
Com a devida orientação de seu advogado, visando obter isenção de sanções que
provavelmente lhe seriam aplicadas, a sociedade empresária firmou com o
Estado Beta acordo de leniência.
No caso em tela, nos termos da chamada Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/13), a
celebração do citado acordo isentará a sociedade empresária Alfa da proibição de
receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos na forma prevista na
lei, bem como da sanção de
(A) multa civil, e reduzirá à metade a obrigação de ressarcimento dos danos ao erário.
(B) obrigação de ressarcimento ao erário e da medida de suspensão ou interdição parcial
de suas atividades.
(C) publicação extraordinária da decisão condenatória e reduzirá, em até 2/3 (dois
terços), o valor da multa aplicável.
(D) multa administrativa, e condicionará a manutenção das atividades da pessoa jurídica
à adoção de programa de integridade, no prazo de 90 (noventa) dias da assinatura do
acordo.

Gab: Letra C.

"Art. 16 da Lei n. 12.846/2013. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade


pública poderá celebrar acordo de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis
pela prática dos atos previstos nesta Lei que colaborem efetivamente com as
investigações e o processo administrativo, sendo que dessa colaboração resulte:

§2º A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa jurídica das sanções


previstas no inciso II do art. 6º e no inciso IV do art. 19 e reduzirá em até 2/3 (dois
terços) o valor da multa aplicável."

Por sua vez, assim estabelecem os arts. 6º, II, e 19, IV:

"Art. 6º Na esfera administrativa, serão aplicadas às pessoas jurídicas consideradas


responsáveis pelos atos lesivos previstos nesta Lei as seguintes sanções:

II - publicação extraordinária da decisão condenatória."

(...)

Art. 19. Em razão da prática de atos previstos no art. 5º desta Lei, a União, os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios, por meio das respectivas Advocacias Públicas ou
órgãos de representação judicial, ou equivalentes, e o Ministério Público, poderão
ajuizar ação com vistas à aplicação das seguintes sanções às pessoas jurídicas
infratoras:
IV - proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de
órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo
poder público, pelo prazo mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos."

EM SÍNTESE:
Acordo de leniência consequências:
1) Isentará a pessoa jurídica da pena administrativa de publicação extraordinária da
decisão condenatória.
2) Reduzirá em até 2/3 o valor da multa aplicável (pena administrativa)
3) Isentará (processo judicial de responsabilização) proibição de receber incentivos,
subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de
instituições financeiras públicas ou controladas pelo poder público, pelo prazo mínimo
de 1 e máximo de 5 anos.

Processo Civil

5. Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2023 - OAB - Exame da
Ordem Unificado XXXIX - Primeira Fase
Em determinada demanda judicial cível é proferida sentença de procedência do pedido
autoral, com a condenação da sociedade empresária ré ao pagamento de determinado
valor a título de reparação por dano material.
Com o trânsito em julgado, o autor inicia a fase de cumprimento de sentença e, após
alguns meses e diversas tentativas, sem sucesso, de penhora de bens do réu, apresenta
requerimento de instauração do incidente de desconsideração da personalidade jurídica.
Você, na condição de advogado(a), é procurado(a) pelo réu, buscando saber sobre o
incidente em questão.
Assinale a opção que apresenta, corretamente, sua orientação.
(A) O referido incidente não é cabível no procedimento comum, sendo restrito ao
âmbito da execução fiscal de débitos tributários.
(B) A instauração do mencionado incidente suspende o processo e sua resolução se dá
por decisão interlocutória.
(C) O incidente apontado não é cabível na fase de cumprimento de sentença, por não
haver título judicial formado em relação aos sócios cujo patrimônio se busca atingir.
(D) Instaurado o incidente no caso concreto, os sócios da sociedade ré devem ser
intimados para exercício de seu direito de defesa

Gab: Letra B

Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de


conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo
extrajudicial.
§ 1º A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as
anotações devidas.
§ 2º Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade
jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa
jurídica.
§ 3º A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2º.
§ 4ºO requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais
específicos para desconsideração da personalidade jurídica.
Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para
manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.

06. Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2023 - OAB - Exame da
Ordem Unificado XXXIX - Primeira Fase
Ademir Leone, servidor público aposentado, atualmente obtém sua maior fonte de renda
por meio da compra e venda de ações na bolsa de valores brasileira, tendo em vista a
perda do poder econômico de sua aposentadoria.
Certo dia, ao tentar comprar ações na bolsa de valores, recebe a notificação de que seu
nome havia sido inscrito nos órgãos de proteção ao crédito em razão do inadimplemento
das parcelas de um empréstimo firmado com o Banco Prata, e por isso a transação não
poderia ser completada, bem como soube que suas ações foram bloqueadas.
Incrédulo com tal situação, pois nunca contratou com tal banco, além de temer pelo
sustento de sua família, Ademir procurou você, como advogado(a), para saber da
possibilidade de limpar seu nome o quanto antes, ajuizando ação judicial, mas sem
precisar esperar o fim do processo.
Assinale a afirmativa que apresenta, corretamente, a orientação que atende à pretensão
do seu cliente,
(A) Não existe essa possibilidade no direito brasileiro, o qual pauta-se no contraditório e
na ampla defesa, respeitando o devido processo legal, seguindo todas as fases
processuais, para que, somente ao final, seja dada uma decisão justa e equânime.
(B) É possível que seja concedida a tutela de urgência, sendo desnecessário a
demonstração de elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de
dano ou o risco ao resultado útil do processo.
(C) Existe a possibilidade de que seja concedida a tutela de evidência, desde que
demonstrado o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
(D) Há a possibilidade de que seja concedida a tutela de urgência, pois existem
elementos que evidenciam a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.

Gab: Letra D

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem
a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Art. 311 do CPC. A tutela da evidência será concedida, independentemente da


demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório
da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver
tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto
custodiado, sob cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos
constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida
razoável.

07. Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2023 - OAB - Exame da
Ordem Unificado XXXIX - Primeira Fase
Martina ajuizou ação pelo procedimento comum contra Marcela visando à indenização
milionária, oportunidade na qual informou na petição inicial que não tinha interesse na
audiência de conciliação.
Após analisar a petição inicial, o MM. Juízo da 100ª Vara Cível da Comarca de
Florianópolis/SC determinou a citação de Marcela para comparecer em audiência de
conciliação, na forma do Art. 334 do Código de Processo Civil e, eventualmente,
apresentar contestação na forma do Art. 335 do mesmo diploma legislativo.
Após tomar conhecimento da ação indenizatória de Martina, Marcela apresentou petição
concordando com o pedido de cancelamento da audiência de conciliação e se
reservando o direito de apresentar contestação no prazo legal.
Considerando que foram prestadas todas as informações e apresentados todos os
documentos necessários para a elaboração da contestação, a ser apresentada no prazo de
15 dias, assinale a opção que indica o momento em que se inicia a contagem desse
prazo.
(A) Da juntada nos autos do aviso de recebimento positivo do seu mandado de citação
por correios.
(B) Da publicação da decisão do MM. Juízo da 100ª Vara Cível da Comarca de
Florianópolis/SC que cancelar a audiência de conciliação agendada no despacho
citatório.
(C) Do ato de protocolar o pedido de cancelamento da audiência de conciliação
formulado por Marcela
(D) Da audiência de conciliação, uma vez que o Código de Processo Civil obriga a
realização desse ato processual, o qual não poderá ser cancelado por despacho do MM.
Juízo da 100ª Vara Cível da Comarca de Florianópolis/SC.

Gab: Letra C.

Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de
improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de
mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com
pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
§ 4º A audiência não será realizada:
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição
consensual;
II - quando não se admitir a autocomposição.

Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias,
cujo termo inicial será a data:
I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação,
quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;
II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de
mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso I ;
III - prevista no art. 231 , de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais
casos.

08. Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2023 - OAB - Exame da
Ordem Unificado XXXIX - Primeira Fase
Samuel ajuizou ação de exigir contas contra Maria, requerendo sua citação para que as
preste ou ofereça contestação, no prazo de 15 (quinze) dias úteis. Em sua petição inicial,
Samuel alegou que, por força de contrato de mandato, teria confiado a administração de
recursos próprios a Maria, que, no entanto, não prestou regularmente contas de forma
extrajudicial, conforme entre si acordado. Em que pese Maria tenha oferecido
contestação à ação, o juiz julgou procedente o pedido, condenando Maria a prestar as
contas, no prazo de 15 (quinze) dias úteis.
Sobre a situação hipotética descrita, assinale a afirmativa correta
(A) Caso Maria deixe de prestar as contas no prazo assinalado de 15 (quinze) dias úteis,
Samuel será intimado a apresentá-las, não podendo o juiz determinar a realização de
perícia para sua certificação.
(B) Ainda que Maria deixe de prestar as contas no prazo assinalado de 15 (quinze) dias
úteis, lhe será lícito impugnar as contas que venham a ser apresentadas por Samuel.
(C) Maria poderá interpor recurso de apelação contra a sentença, ao fundamento de que
o prazo previsto em lei para a prestação de contas é de 30 (trinta), e não 15 (quinze) dias
úteis, como assinalado pelo juiz.
(D) Caso Maria venha a prestar as contas, deverá fazê-lo no prazo de 15 (quinze) dias
úteis assinalado pelo juiz e de forma adequada, especificando-se as receitas, a aplicação
das despesas e os investimentos, se houver.

Gab: Letra D.

Art. 550. Aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas requererá a citação do
réu para que as preste ou ofereça contestação no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 1º Na petição inicial, o autor especificará, detalhadamente, as razões pelas quais exige
as contas, instruindo-a com documentos comprobatórios dessa necessidade, se
existirem.
§ 2º Prestadas as contas, o autor terá 15 (quinze) dias para se manifestar, prosseguindo-
se o processo na forma do Capítulo X do Título I deste Livro.
§ 3º A impugnação das contas apresentadas pelo réu deverá ser fundamentada e
específica, com referência expressa ao lançamento questionado.
§ 4º Se o réu não contestar o pedido, observar-se-á o disposto no art. 355 .
§ 5º A decisão que julgar procedente o pedido condenará o réu a prestar as contas no
prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de não lhe ser lícito impugnar as que o autor
apresentar.
§ 6º Se o réu apresentar as contas no prazo previsto no § 5º, seguir-se-á o procedimento
do § 2º, caso contrário, o autor apresentá-las-á no prazo de 15 (quinze) dias, podendo o
juiz determinar a realização de exame pericial, se necessário.

09. Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2023 - OAB - Exame da
Ordem Unificado XXXIX - Primeira Fase
A General Food é uma reconhecida sociedade empresária britânica do ramo de
alimentos presidida, desde 2018, pelo brasileiro Rodrigo Bottas.
Em 2021, o jornal “Folha de Londres” publicou uma série de reportagens apontando
irregularidades na gestão de Rodrigo Bottas, que foi imediatamente afastado da
sociedade empresária. Ato contínuo, a General Food investigou as irregularidades
suscitadas pelo jornal e, após confirmá-las, instaurou arbitragem na Inglaterra para obter
indenização pelos prejuízos causados por seu antigo executivo.
Após regular participação de Rodrigo Bottas no referido procedimento, o Tribunal
Arbitral proferiu sentença julgando procedente o pedido indenizatório da General Food.
Como Rodrigo Bottas não tinha bens na Inglaterra, a General Food procurou um(a)
advogado(a) para buscar informações sobre a possibilidade de executar a sentença
arbitral estrangeira no Brasil.
Na qualidade de advogado(a) da General Food, assinale a afirmativa correta.
(A) A General Food deverá ajuizar ação de execução contra Rodrigo Bottas, uma vez
que a sentença arbitral estrangeira é título executivo judicial.
(B) A General Food deverá instaurar arbitragem contra Rodrigo Bottas, uma vez que
não são admissíveis a homologação e a execução de sentença arbitral estrangeira no
Brasil.
(C) A General Food deverá ajuizar ação indenizatória contra Rodrigo Bottas, uma vez
que não são possíveis a homologação e a execução de sentença arbitral estrangeira no
Brasil.
(D) A General Food deverá apresentar pedido de homologação da sentença arbitral
estrangeira contra Rodrigo Bottas antes de executar a referida decisão no Brasil.

Gab: Letra D.

Lei de arbitragem (9.307/96):

Art. 35. Para ser reconhecida ou executada no Brasil, a sentença arbitral estrangeira está
sujeita, unicamente, à homologação do Superior Tribunal de Justiça.

CPC:

Art. 960. A homologação de decisão estrangeira será requerida por ação de


homologação de decisão estrangeira, salvo disposição especial em sentido contrário
prevista em tratado. § 3º A homologação de decisão arbitral estrangeira obedecerá ao
disposto em tratado e em lei, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições deste
Capítulo.

10. Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2023 - OAB - Exame da
Ordem Unificado XXXIX - Primeira Fase
Stefano Carneiro, após ganhar indenização de R$ 60.000,00 em processo judicial
movido em face de Estevão Braga, inicia o cumprimento definitivo de sentença
requerendo ao juízo competente que intime o devedor para o pagamento da condenação.
No prazo para pagar, Estevão Braga reconhece o débito e solicita ao seu advogado que
realize o depósito de trinta por cento do valor da execução, acrescido de custas e de
honorários do advogado, e que o restante seja parcelado em seis parcelas mensais,
acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao mês, pois soube que o
Código de Processo Civil permite ao devedor o parcelamento nessas condições.
Na condição de advogado(a) de Estevão Braga, assinale a afirmativa correta.
(A) O parcelamento pretendido por Estevão é possível, independentemente da aceitação
do exequente, pois é um direito do executado.
(B) O parcelamento pretendido por Estevão é possível, pois o reconhecimento do débito
ocorreu dentro no prazo para pagar.
(C) O parcelamento pretendido por Estevão só é possível antes do início do
cumprimento de sentença.
(D) O parcelamento pretendido por Estevão não se aplica ao cumprimento de sentença.

Gab: Letra D

Art. 916. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e


comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e
de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o
restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de
um por cento ao mês.
§ 1º O exequente será intimado para manifestar-se sobre o preenchimento dos
pressupostos do caput, e o juiz decidirá o requerimento em 5 (cinco) dias.
§ 2º Enquanto não apreciado o requerimento, o executado terá de depositar as parcelas
vincendas, facultado ao exequente seu levantamento.
§ 3º Deferida a proposta, o exequente levantará a quantia depositada, e serão suspensos
os atos executivos.
§ 4º Indeferida a proposta, seguir-se-ão os atos executivos, mantido o depósito, que será
convertido em penhora.
§ 5º O não pagamento de qualquer das prestações acarretará cumulativamente:
I - o vencimento das prestações subsequentes e o prosseguimento do processo, com o
imediato reinício dos atos executivos;
II - a imposição ao executado de multa de dez por cento sobre o valor das prestações
não pagas.
§ 6º A opção pelo parcelamento de que trata este artigo importa renúncia ao direito de
opor embargos
§ 7º O disposto neste artigo não se aplica ao cumprimento da sentença.

Civil
11. Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2023 - OAB - Exame da
Ordem Unificado XXXIX - Primeira Fase
Júlio Cesar e Thayane foram casados por 8 anos e tiveram 2 filhos. Como a separação
foi amigável, o casal achou melhor não realizar qualquer medida judicial, acordando
verbalmente o valor da pensão alimentícia que seria paga em benefício dos menores,
bem como o esquema de convivência parental.
Entretanto, 3 anos após a separação, Thayane resolveu reajustar o valor da pensão
alimentícia. O que não foi aceito por Júlio Cesar. Como não conseguiram alcançar um
acordo, já que Júlio Cesar não pagou os valores solicitados, Thayane decidiu suspender
o contato do pai com os filhos.
Sem poder ter contato com os filhos, Júlio Cesar procura você, como advogado(a), a fim
de receber sua orientação.
Assinale a opção que indica, corretamente, sua orientação.
(A) A medida adotada por Thayane está correta, pois a mãe tem autonomia para
suspender o contato do pai que não cumpre com seus deveres de prestar alimentos,
resguardando, dessa forma, a proteção necessária ao desenvolvimento biopsíquico dos
menores.
(B) Thayane pode impedir o contato de Júlio Cesar com o filho, já que, após a
separação, o exercício da autoridade familiar é exclusivo da mãe, que tem o dever de
garantir os direitos das crianças e dos adolescentes.
(C) Thayane não pode impedir a convivência de Júlio Cesar com os filhos em razão do
não pagamento da pensão alimentícia nos valores que foram pleiteados, pois
independentemente das questões pendentes com relação aos alimentos, a convivência
dos filhos com os pais é um direito fundamental.
(D) Thayane não pode impedir o contato de Júlio Cesar com os filhos, já que, tanto os
alimentos, quando a guarda e convivência parental jamais foram regularizadas
judicialmente, limitando-se o casal a um acordo verbal.
Gab: Letra C.

12. Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2023 - OAB - Exame da
Ordem Unificado XXXIX - Primeira Fase
Marcelo alugou um cavalo do haras Galopante para, com ele, disputar uma corrida no
dia 15, comprometendo-se a devolvê-lo no dia seguinte à corrida (dia 16). Entretanto,
Marcelo se afeiçoou pelo animal e não o devolveu no prazo estipulado, usando-o para
passeios em sua fazenda.
O haras, com isso, deixou de alugar o animal para outro jóquei que pretendia correr com
ele no dia 18 e já o havia reservado. Para completar, no dia 20, em um dos passeios com
Marcelo, o cavalo se assustou com uma cobra e sofreu uma queda. No acidente, fraturou
a perna e teve que ser sacrificado.
Diante disso, assinale a opção que indica os prejuízos que o haras Galopante pode
exigir de Marcelo devido à falta do cavalo.
(A) Deve ser incluído o aluguel que deixou de receber do outro jóquei, mas não o
equivalente do animal, porque Marcelo ficou liberado da responsabilidade pela
impossibilidade da prestação a partir do dia 20, eis que decorrente de caso fortuito.
(B) Devem ser excluídos tanto o aluguel que receberia do outro jóquei, por se tratar de
dano hipotético, como o equivalente do animal, pois Marcelo ficou liberado da
responsabilidade pela impossibilidade da prestação a partir do dia 20, eis que decorrente
de caso fortuito.
(C) Deve ser incluído o equivalente pecuniário do cavalo, tendo em vista a
responsabilidade de Marcelo pela impossibilidade da prestação enquanto estava em
mora, mas excluído o aluguel que receberia do outro jóquei, por se tratar de dano
hipotético.
(D) Devem ser incluídos tanto o aluguel que deixou de receber do outro jóquei como o
equivalente pecuniário do cavalo, tendo em vista a responsabilidade de Marcelo pela
impossibilidade da prestação, enquanto estava em mora.

Gab: Letra D.

Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este


pelo equivalente, mais perdas e danos.

Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros,
atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos,
e honorários de advogado.

Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa
impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o
atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a
obrigação fosse oportunamente desempenhada.

13. Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2023 - OAB - Exame da
Ordem Unificado XXXIX - Primeira Fase
Luan, conduzindo seu automóvel em velocidade acima da permitida, colidiu
violentamente contra o veículo em que estavam Felipe, com 10 anos de idade, e seus
pais, Paulo, com 45 anos de idade, e Juliana, com 38 anos. Em razão do acidente, Felipe
sofreu ferimentos graves, só recebendo alta hospitalar após seis meses. Paulo e Juliana
faleceram no acidente. Pedro, tio de Felipe, foi nomeado seu tutor, função que exerceu
até a maioridade de Felipe.
Ao completar 18 anos de idade, Felipe ajuizou ação indenizatória em face de Luan,
buscando reparação pelos danos morais sofridos em razão do acidente, bem como o
ressarcimento de despesas médicas.
A respeito do caso acima narrado, assinale a afirmativa correta.
(A) A pretensão ressarcitória de Felipe não está prescrita, eis que exercida no prazo
quinquenal, cujo termo inicial é a data em que Felipe alcançou a maioridade civil.
(B) A pretensão de Felipe não está prescrita, pois o termo inicial do prazo trienal é a
data em que Felipe completou 16 anos.
(C) Luan e Felipe poderão convencionar que o prazo prescricional aplicável à pretensão
de Luan é de dez anos.
(D) É vedado a Luan renunciar à eventual prescrição que lhe beneficie.

Gab: Letra B.

Art. 198. Também não corre a prescrição:

I - contra os incapazes de que trata o art. 3º

Art. 3 o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os


menores de 16 (dezesseis) anos

Art. 206. Prescreve:


§ 3 o Em três anos
V - a pretensão de reparação civil.

14. Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2023 - OAB - Exame da
Ordem Unificado XXXIX - Primeira Fase
Ana comprou de Miguel um carro usado, por R$ 60.000,00, e combinou de fazer o
pagamento à vista, por PIX. Ocorre que, na hora de digitar a chave PIX de Miguel – seu
número de celular –, Ana errou um dígito, e acabou enviando o pagamento, por
coincidência, para uma pessoa chamada José Miguel.
Ao receber o comprovante, Miguel alertou a compradora para o equívoco. Ana, então,
entrou imediatamente em contato com José Miguel por telefone, pedindo a restituição
do valor transferido. Em seguida, encaminhou notificação extrajudicial, requerendo a
restituição do valor. José Miguel, todavia, esquivou-se de fazê-lo, o que levou Ana a
procurar você, como advogado, para orientá-la sobre o problema.
Sobre a orientação dada, assinale a afirmativa correta.
(A) O fato narrado configura doação de Ana a José Miguel, que ela somente poderia
discutir por meio de ação anulatória, provando algum dos defeitos dos negócios
jurídicos.
(B) Em eventual ação de Ana contra José Miguel, provando a autora o erro no
pagamento, deve o réu ser condenado a restituir à autora apenas a quantia nominal
indevidamente recebida.
(C) Em eventual ação de Ana contra José Miguel, provando a autora o erro no
pagamento, deve o réu ser condenado a restituir à autora a quantia indevidamente
recebida, com os acréscimos da mora, desde a data do fato, cabendo a ele, todavia,
eventuais rendimentos que tenha auferido por ter investido o montante.
(D) Em eventual ação de Ana contra José Miguel, provando a autora o erro no
pagamento, deve o réu ser condenado a restituir a quantia indevidamente recebida, com
os acréscimos da mora, desde a data do fato, bem como eventuais rendimentos que José
Miguel tenha auferido por ter investido o montante, vez que se considera possuidor de
má-fé.

Gab: Letra D

CAPÍTULO III
Do Pagamento Indevido

Art. 876. Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir;
obrigação que incumbe àquele que recebe dívida condicional antes de cumprida a
condição.

Art. 877. Àquele que voluntariamente pagou o indevido incumbe a prova de tê-lo feito
por erro.

Art. 878. Aos frutos, acessões, benfeitorias e deteriorações sobrevindas à coisa dada em
pagamento indevido, aplica-se o disposto neste Código sobre o possuidor de boa-fé ou
de má-fé, conforme o caso.

15. Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2023 - OAB - Exame da
Ordem Unificado XXXIX - Primeira Fase
Devido às consequências da pandemia, Gabriel Cervantes teve graves problemas
financeiros e profissionais, levando ao consumo de álcool de forma excessiva
diariamente, sendo considerado pelos médicos como ébrio habitual.
Rosa Torres, sua esposa, desesperada com a condição do marido e pela situação
financeira da família, procura você, como advogado(a), desejando saber a respeito da
possibilidade de curatela. Informa a esposa que o casal tem dois filhos absolutamente
incapazes e os pais do marido encontram-se vivos. Comunica ainda que o casal não se
encontra separado de fato.
Sobre a hipótese, segundo o sistema jurídico brasileiro, assinale a afirmativa correta.
(A) O alcoolismo por si só não conduz à curatela, devendo a esposa demonstrar a
prodigalidade do marido.
(B) Em eventual curatela, os pais terão prioridade no exercício em relação à esposa, que
só poderá ser designada curadora na desistência dos pais.
(C) A autoridade do curador estende-se à pessoa e aos bens dos filhos do curatelado,
enquanto não houver a maioridade ou a emancipação.
(D) A interdição do ébrio habitual só o privará de, sem curador, emprestar, transigir, dar
quitação, alienar ou hipotecar seu patrimônio, podendo praticar livremente os demais
atos da vida civil.

Gab: Letra C

Art. 4 São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:

I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;

III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua
vontade;

Art. 1.775. O cônjuge ou companheiro, não separado judicialmente ou de fato, é, de


direito, curador do outro, quando interdito.

§1 o Na falta do cônjuge ou companheiro, é curador legítimo o pai ou a mãe; na falta


destes, o descendente que se demonstrar mais apto.

§ 2 o Entre os descendentes, os mais próximos precedem aos mais remotos.

§ 3 o Na falta das pessoas mencionadas neste artigo, compete ao juiz a escolha do curado

Art. 1.778. A autoridade do curador estende-se à pessoa e aos bens dos filhos do
curatelado, observado o art.5º (que traz conceito de maioridade e emancipação).

16. Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2023 - OAB - Exame da
Ordem Unificado XXXIX - Primeira Fase
Vítor contraiu empréstimo perante uma instituição bancária e ofereceu, como garantia
da dívida, a hipoteca sobre um bem imóvel dele.
Considerando essa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
(A) Vítor poderá alienar o imóvel hipotecado, salvo se o contrato de empréstimo vedar a
alienação, cláusula que é considerada válida.
(B) Vítor poderá alienar o imóvel hipotecado, mas a alienação implicará o vencimento
automático do empréstimo, independentemente de previsão no contrato.
(C) Vítor não poderá alienar o imóvel hipotecado, porque isso resultaria em conduta
contrária à boa-fé objetiva.
(D) Caso Vítor realize melhoramentos no imóvel após a constituição da hipoteca, eles
integrarão a garantia real em prol da instituição bancária.

Gab: Letra D.
Art. 1.474. A hipoteca abrange todas as acessões, melhoramentos ou construções do
imóvel. Subsistem os ônus reais constituídos e registrados, anteriormente à hipoteca,
sobre o mesmo imóvel.
Art. 1.475. É nula a cláusula que proíbe ao proprietário alienar imóvel hipotecado.
Parágrafo único. Pode convencionar-se que vencerá o crédito hipotecário, se o imóvel
for alienado.
Art. 1.476. O dono do imóvel hipotecado pode constituir outra hipoteca sobre ele,
mediante novo título, em favor do mesmo ou de outro credor.
Art. 1.477. Salvo o caso de insolvência do devedor, o credor da segunda hipoteca,
embora vencida, não poderá executar o imóvel antes de vencida a primeira.
§ 1º Não se considera insolvente o devedor por faltar ao pagamento das obrigações
garantidas por hipotecas posteriores à primeira. (Incluído pela Lei nº 14.711, de 2023)
§ 2º O inadimplemento da obrigação garantida por hipoteca faculta ao credor declarar
vencidas as demais obrigações de que for titular garantidas pelo mesmo
imóvel. (Incluído pela Lei nº 14.711, de 2023)
Art. 1.478. O credor hipotecário que efetuar o pagamento, a qualquer tempo, das dívidas
garantidas pelas hipotecas anteriores sub-rogar-se-á nos seus direitos, sem prejuízo dos
que lhe competirem contra o devedor comum. (Redação dada pela Lei nº 14.711, de
2023)
Parágrafo único. Se o primeiro credor estiver promovendo a execução da hipoteca, o
credor da segunda depositará a importância do débito e as despesas judiciais.

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