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Psicologia Edc
Q1. A teoria de Piaget revolucionou, e de muitas maneiras ainda domina, o estudo do
desenvolvimento humano. No entanto, alguns de seus princípios centrais foram
questionados em pesquisas mais recentes, e as descrições modernas de desenvolvimento
revisaram muitas de suas visões (FELDMAN, 2015; SCHUNK, 2016). As teorias
neopiagetianas são modificações da teoria de Piaget que tentam superar suas limitações
e resolver os problemas que os críticos identificaram. Disserte sobre as modificações
evidenciadas nas teorias neopiagetianas.
Fonte: FELDMAN, R. S. Introdução à psicologia. Tradução de Daniel Bueno, Sandra
Maria Mallmann da Rosa. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2015.
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A ciência é um processo dinâmico e em constante evolução, que se adapta e se
transforma continuamente com novas descobertas, metodologias e tecnologias. Cada
avanço abre novas perspectivas, desafia conceitos estabelecidos e promove uma
reavaliação do conhecimento vigente. Essas mudanças não ocorrem em um vácuo, mas
estão intrinsecamente ligadas às transformações socioculturais e político-econômicas de
cada época, influenciando tanto a prática científica quanto a nossa compreensão do
mundo ao nosso redor. Um exemplo claro dessas mudanças pode ser observado no
campo da psicologia ao longo do século XX. Inicialmente, o behaviorismo dominava,
enfatizando o estudo do comportamento observável. No entanto, a revolução cognitiva
que se seguiu destacou a importância dos processos mentais internos na compreensão do
comportamento humano, campo no qual se insere Piaget. Mais recentemente, vemos
uma integração crescente de abordagens biológicas, cognitivas e sociais na
compreensão dos fenômenos psicológicos, resultando em uma visão mais holística e
multidimensional da psicologia. As teorias neopiagetianas representam um exemplo
dessa evolução no campo da psicologia, expandindo e refinando as ideias de Jean Piaget
sobre o desenvolvimento cognitivo. Ao adaptar suas teorias para abranger uma
variedade de idades e processos cognitivos, propõem uma estrutura mais flexível e
abrangente para compreender o desenvolvimento humano.
A ciência não é estática. O artesanato científico está em constante transformação, dado
que a cada nova descoberta e com o desenvolvimento de novas metodologias,
tecnologias e epistemes outras questões surgem, novas fronteiras são cruzadas e o
conhecimento vigente é reavaliado. Essas mudanças, caracterizadas por se estabelecer
numa relação retributiva com as mudanças socioculturais e político-econômicas de
determinada época, não apenas transformam a maneira como fazemos ciência, mas
também como observamos o mundo a nossa volta. O campo da psicologia, por exemplo
passou por mudanças teóricas e metodológicas substanciais ao longo do tempo
refletindo que o campo é influenciado por uma variedade de fatores, como avanços
tecnológicos, descobertas científicas e mudanças culturais. No século XX, a psicologia
passou por diversas mudanças significativas, incluindo a ascensão do behaviorismo, que
enfatizava o estudo do comportamento observável, e a posterior revolução cognitiva,
que destacava a importância dos processos mentais internos na compreensão do
comportamento humano. Mais recentemente, temos visto um aumento na integração de
abordagens biológicas, cognitivas e sociais na compreensão dos fenômenos
psicológicos, resultando em uma perspectiva mais holística e multidimensional da
psicologia. Além disso, a psicologia tem se expandido para novas áreas de pesquisa,
como psicologia positiva, neurociência cognitiva e psicologia ambiental, refletindo uma
crescente diversidade de interesses e perspectivas na disciplina. Em meio a essas
mudanças, desafios como a replicabilidade de estudos, a diversidade cultural e a
integração de avanços tecnológicos continuam a moldar o campo da psicologia,
promovendo um diálogo dinâmico e uma busca contínua pelo entendimento mais
profundo da mente humana. As teorias neopiagetianas representam uma expansão e
refinamento das ideias do psicólogo suíço Jean Piaget sobre o desenvolvimento
cognitivo. Enquanto Piaget se concentrou principalmente no desenvolvimento infantil,
os teóricos neopiagetianos ampliaram suas teorias para abranger uma gama mais ampla
de idades e processos cognitivos. Eles propuseram uma visão mais flexível do
desenvolvimento cognitivo, organizando as operações mentais em uma hierarquia de
complexidade crescente, e integraram ideias da psicologia do processamento de
informações. Reconhecendo a variabilidade individual, enfatizaram a importância de
levar em conta as diferenças individuais na interpretação das teorias de Piaget. As
teorias neopiagetianas foram integradas com outras abordagens psicológicas e têm sido
aplicadas na educação para adaptar o ensino às necessidades individuais dos alunos. Em
suma, representam uma evolução das ideias de Piaget, oferecendo uma estrutura mais
abrangente e flexível para entender o desenvolvimento cognitivo humano.
Q2. Um dos artigos mais influentes já publicados no campo da psicologia educacional
foi um artigo de John Carroll intitulado “Um Modelo de Aprendizagem Escolar” (1963).
Nele, ele descreve o ensino em termos de gerenciamento de tempo, recursos e
atividades para garantir a aprendizagem do aluno. Neste contexto, Carroll propõe que a
aprendizagem é uma função de:
(1) tempo realmente gasto na aprendizagem e
(2) tempo necessário para aprender.
Frente a estas funções, Slavin (1995) descreveu um modelo com foco nos elementos
alteráveis do modelo de Carroll, aqueles que o professor ou a escola podem alterar
diretamente, sendo chamado de modelo QAIT, o qual envolve qualidade, adequação,
incentivo e tempo. Explique os quatro elementos do modelo (QAIT): Qualidade de
ensino; Níveis adequados de ensino; Incentivo e Tempo.
Fonte: SLAVIN, R. E. Cooperative learning and intergroup relations. In: BANKS, J.
(Ed.). Handbook of research on multicultural education. New York: Macmillan, 1995.
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O Modelo de Instrução Eficaz concentra a análise e melhoria da interação em sala de
aula através de quatro componentes (Qualidade, Adequação, Incentivo, Tempo). Em
linhas gerais, foi projetado para auxiliar as formas e possibilidades viáveis de
organização da aula tendo como norte variáveis que podem ser modificadas e
melhoradas pelo professor para alcançar a aprendizagem dos alunos. Os quatro
elementos deste modelo têm uma característica importante: todos devem ser adequados
para que a instrução seja eficaz. Essa abordagem indica que a instrução eficaz não é
apenas uma boa forma de ensinar (replicar um determinado conhecimento/conteúdo, ou
seja a “qualidade de/do ensino”), mas está ligada a outros fatores inerentes ao ambiente
e ao próprio público de alunos. Desta maneira, os alunos não aprenderão uma lição ou
conteúdo se: (1) não tiverem as competências e informações básicas necessárias para
assimilação; (2) se não estiverem motivados ou (3) se não tiverem tempo suficiente para
aprender a lição, mesmo que a qualidade do ensino seja elevada. Por outro lado, se a
qualidade do ensino for baixa, o quanto os alunos sabem, o quão motivados estão ou
quanto tempo dispõem não possui relevância. Cada elemento do modelo QAIT é como
um elo no qual seus quatro elementos estão relacionados, impulsionado uns aos outros
ao progresso e a produção de ganhos de aprendizagem.
El Modelo de Instrucción Efectiva centra el análisis y mejoramiento de la interacción de sala de
clase en 4 componentes: Calidad de la instrucción, Adecuación de la instrucción, Incentivo y
Tiempo para que los estudiantes puedan aprender el material enseñado (CAIT). El modelo CAIT
está concebido para asistir a todas las formas potenciales de organización de la sala de clase
(Slavin, 1996), y refiere a las variables de sala de clase que pueden ser modificadas y mejoradas
por el profesor para el logro de aprendizajes de los alumnos.
Los cuatro elementos de este modelo CAIT (Calidad, Adecuación, Incentivo, Tiempo), tienen
una característica importante: todos ellos deben ser adecuados para que la instrucción sea
efectiva. Reiteramos, instrucción efectiva no es sólo buena enseñanza. Los estudiantes no
aprenderán una lección si no cuentan con las destrezas e información previas necesarias, si no
están motivados, o si no cuentan con el tiempo suficiente para aprender la lección aunque la
calidad de la instrucción sea elevada. Por otra parte, si la calidad de la instrucción es baja,
cuánto sepan los estudiantes, cuán motivados estén, o con cuánto tiempo cuenten deja de
tener importancia. Cada uno de los elementos del modelo CAIT es como un eslabón en una
cadena y está sólo es tan fuerte como su eslabón más débil. De hecho, podría formularse la
hipótesis de que los cuatro elementos están relacionados "en forma multiplicadora", en el
sentido de que los progresos en los múltiples elementos pueden producir mayores logros en el
aprendizaje que el mejoramiento en sólo uno de ellos.