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Exame Hidrologia

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA

Análise hidrológica do comportamento das bacias hidrológicas em


Moçambique.

Resélia Chavane Chibaela

Maxixe, 08 de Maio de 2020


1

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA

Análise hidrológica do comportamento das bacias hidrológicas em


Moçambique

Segunda Parte do Exame Normal a ser apresentado no Centro de Recurso de Maxixe/


Departamento de Ciências Sociais e Humanas, para efeitos de avaliação.

Resélia Chavane Chibaela

Maxixe, 08 de Maio de 2020


2

Índice

Conteúdo Página
1.0.Introdução ............................................................................................................... 3

1.1.Objectivos ............................................................................................................... 3

1.2.Metodologia ............................................................................................................ 3

2.0.Comportamento das bacias hidrográficas de Moçambique ....................................... 4

3.0.Considerações finais ................................................................................................ 6

4.0.Referências bibliográficas ....................................................................................... 7


3

1.0.Introdução
Uma bacia hidrográfica de um curso de água é uma área de captação natural da água da
precipitação que faz convergir os escoamentos para um único ponto de saída, seu exutório. É
composta basicamente de um conjunto de superfícies vertentes de uma rede de drenagem
formada por cursos de água que confluem até resultar um leito único no exutório.

Os principais rios de Moçambique têm suas nascentes nos países vizinhos, excepto no norte do
país onde a maioria das nascentes tem a sua bacia hidrográfica totalmente em Moçambique.
Os rios de Moçambique têm um regime periódico, como o das chuvas que os alimentam. A
maior parte destes rios não é navegável, porque são facilmente assoreáveis devido à extensão da
planície litoral.
Nesta óptica é foco do presente ensaio debruçar acerca da análise hidrológica do comportamento
das bacias hidrológicas em Moçambique.
O ensaio encontra-se estruturado da seguinte forma: introdução, objectivos, metodologia,
desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.

1.1.Objectivos
Geral
 Compreender comportamento das bacias hidrológicas em Moçambique.

Específicos
 Identificar as principais bacias hidrológicas em Moçambique.
 Descrever o comportamento das bacias hidrológicas em Moçambique.

1.2.Metodologia
O ensaio foi produzido tomando como base as informações consultadas em obras disponíveis
físicas e virtuais, análise de informações e produção final do trabalho.
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2.0.Comportamento das bacias hidrográficas de Moçambique


De norte para sul, as principais bacias hidrográficas que drenam o país são: Rovuma, Messalo,
Montepuez, Lúrio, Monapo, Ligonha, Licungo, Zambeze, Púnguè, Búzi, Save, Govuro,
Inharrime, Limpopo, Incomáti, Umbeluzi, Tembe e Maputo”. Os grandes cursos de água
moçambicanos são de abastecimento predominantemente pluvial, de regime periódico, apesar de
a maioria dos seus afluentes serem de regime ocasional, A maior parte dos rios de Moçambique
corre de oeste para leste devido à configuração do relevo, atravessando sucessivamente
montanhas, planaltos e planícies e desaguando no Oceano Índico.

Os principais rios de Moçambique têm suas nascentes nos países vizinhos, excepto no norte do
país onde a maioria das nascentes tem a sua bacia hidrográfica totalmente em Moçambique,
Muchangos (1999).

As oscilações do caudal dos rios ao longo do ano são condicionadas, segundo Muchangos
(1999), por factores climáticos, registando os caudais máximos na época das chuvas e os
mínimos na estação seca. Nas terras altas os rios possuem grande capacidade erosiva e
constituem cascatas, limitando dessa forma a navegabilidade. Nas planícies se formam os
meandros, lagoas e pântanos e são depositadas as aluviões.

Muchangos (1999) observa também que, além do relevo, a natureza dos solos também influencia
o caudal, a estrutura e o padrão da rede hidrográfica. Quanto às bacias hidrográficas, dado que as
condições orográficas, atmosféricas, climáticas e pedológicas exercem grande influência sobre o
regime caudal, o autor distingue três regiões no que diz respeito ao comportamento dos rios:
Norte, Centro e Sul.

A Região Norte localiza-se entre as bacias dos rios Zambeze e Save e situada na parte sul do rio
Save ao Maputo. Nessa região, as bacias hidrográficas apresentam predominantemente um
padrão dendríto devido à sua melhor distribuição, frequência das chuvas e à maior dispersão de
rochas magmáticas e metamórficas. Destaca-se aí o rio Lúrio, que nasce no monte Malema a
mais de 1.000 m de altitude e tem cerca de 1.000 km de comprimento, e possui uma bacia
hidrográfica de 60.800 km2, sendo considerada a maior bacia totalmente inserida em território
moçambicano. Devido à sua extensão, o rio Lúrio representa, junto com os seus numerosos
afluentes, a linha mestra da subdivisão do Planalto Moçambicano (Muchangos, 1999).
5

Também localizado na região norte, o rio Rovuma faz fronteira com a Tanzânia em quase todo o
seu percurso. Tem suas nascentes localizadas no planalto do Ungone, na Tanzânia,e atinge
Moçambique na sua confluência com o rio Messinge. A partir daí, toma a direção oeste-leste
numa extensão de mais de 600 km2 até a sua foz no Oceano Índico onde desagua em forma de
estuário (Muchangos, 1999).

Em território moçambicano, a bacia do rio Rovuma é de 101.160 km2, sendo ele um rio estreito
na maior parte do seu percurso, alargando-se somente ao atingir a planície litorânea. Os seus
principais afluentes da margem moçambicana são: Messinge, Lucheringo e Lugenda. Os mesmos
têm origem nas terras altas do Niassa e possuem elevado potencial hidroeléctrico (Muchangos,
1999).

Na Região Centro destaca-se o rio Zambeze, o maior e mais importante rio que atravessa o
território moçambicano. Com cerca de 2.600 km de comprimento, é o 26º rio mais comprido do
mundo, o 4º rio mais extenso da África, tendo sua nascente na Zâmbia a cerca de 1.700 m de
altitude. A barragem de Cabora Bassa, que é a maior do país, resulta do represamento das águas
do rio Zambeze em Songo, na província de Tete.

O rio Zambeze desagua num amplo delta de cerca de 7.000 km2 de superfície. O caudal médio
do rio é estimado em cerca de 16.000 m3 /s, transportando e depositando anualmente um volume
de aluviões de mais de 500.000.000 de toneladas. O principal braço do delta do Zambeze é o rio
Cuama que é retilíneo e é aproveitado para navegação fluvial (Muchangos, 1999).

Finalmente, na Região Sul, os principais cursos de água são: Govuro, Inhanombe, Limpopo,
Incomáti, Umbeluzi, Tembe e Maputo. Os rios Limpopo, Incomáti, Umbeluzi, Tembe e Maputo
têm como caracterísitica comum nascerem em países vizinhos e atravessarem os montes
Libombos, que é uma grande cordilheira, e, ao atingirem a planície perdem a sua capacidade
erosiva e formam nas suas margens extensas planícies aluviais, propícias à agricultura.

Na planície, o seu caudal é condicionado pela influência combinada das condições climáticas
gerais, do fraco declive e da elevada permeabilidade das rochas sedimentares Nas secções
inferiores desses rios, formam-se frequentemente pântanos, a navegabilidade dos rios nesta
região é limitada devido ao regime sazonal do caudal e à sua elevada capacidade de
assoreamento (Muchangos, 1999).
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3.0.Considerações finais
O conceito de bacia hidrográfica cada vez mais vem sendo utilizado, como uma unidade
ecossistema, na área da planificação ambiental. Dentro desta abordagem, as características físicas
de uma bacia.

Constituem elementos de grande importância para avaliação de seu comportamento hidrológico,


pois, ao estabelecerem-se relações e comparações entre eles e dados hidrológicos conhecidos,
pode-se determinar indirectamente os valores hidrológicos em locais nos quais faltem dados.
7

4.0.Referências bibliográficas
Albino, Rodolfo, José (2012). Bases Geoambientais para a Gestão da Bacia Hidrográfica do
rio Umbeluzi-Moçambique. Maputo.
Conselho de Ministros (2007). Estratégias Nacional de Gestão de Recursos Hídricos. Maputo.
Dos Muchangos, Anicento (1999). Moçambique Paisagens e Regiões Naturais. Maputo

Yassuda, E. R. (2010). Gestão de recursos hídricos: fundamentos e aspectos institucionais.

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