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Guia de Anamnese Médica para Estudantes

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Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.

1 1

Ham 3
Aula 1 – Anamnese tradicional, método SOAP e método clínico ............................................................................ 2-14
Aula 2- Sistema cardiovascular .............................................................................................................................. 15-16
Aula 3- Insuficiência cardíaca, soprologia .............................................................................................................. 17-18
Aula 4- cardiopatias congênitas/valvopatias do adulto ......................................................................................... 19-21
Aula 5- Trombose .................................................................................................................................................... 22-23
Aula 6- Pressão arterial ................................................................................................................................................ 24
Aula 7- Comunicação de más notícias ........................................................................................................................ 25
Aula 8- Sistema respiratório ................................................................................................................................... 26-28
Aula 9- Doenças pleurais ....................................................................................................................................... 29-32
Aula 10- Pneumonia comunitária ........................................................................................................................... 33-34
Aula 11- Sistema hemolinfopoietico ..................................................................................................................... 35-38
Aula 12- Semiologia dermatológica ....................................................................................................................... 39- 47
Aula 13- Ética médica ................................................................................................................................................... 47

REFERÊNCIA ................................................................................................................................................................. 48
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Anamnese (aná= trazer de novo e mnesis= memória), significa trazer de volta à mente todos
os fatos relacionados com a doença e a pessoa doente; É a parte mais importante da medicina,
pois:
1) É o núcleo no qual se desenvolve a relação médico- Paciente (pilar da medicina)
2) È o local onde princípios éticos passam de conceito abstrato para o mundo real através
de ações e atitudes.
3) É necessária para preservar o atendimento humanizado.

Ela se inicia com perguntas do tipo: “o que o senhor está sentindo?? Qual o seu problema?” e
para conseguir tal resposta o médico pode utilizar diferentes técnicas, como: Silêncio,
facilitação, esclarecimento, confronto, apoio, reafirmação e compreensão.

Focaremos em 3 modelos clássicos utilizados nos dias de hoje para realizar a anamnese, são
eles: Anamnese tradicional, método SOAP e método clínico centrado na pessoa.

Anamnese tradicional
o Dividida em partes
o Busca esmiuçar o sintoma guia e enquadrá-lo dentro de uma síndrome clínica que leve
a um diagnóstico final.

Interrogatório sintomatológico
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Sistematização do interrogatório sintomatológico


1) Sintomas gerais
2) Pele e fâneros
3) Cabeça e pescoço
4) Tórax
5) Abdome
6) Sistema geniturinário
7) Sistema hemolinfopoiético
8) Sistema endócrino
9) Coluna vertebral, ossos, articulação e extremidades
10) Músculos
11) Artérias, veias, linfáticos e microcirculação
12) Sistema nervoso
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▶Sintomas gerais • Alterações da pele: Cor, textura, umidade,


• Febre: Sensação de aumento da temperatura temperatura, sensibilidade, prurido, lesões.
corporal acompanhada ou não de outros • Alterações dos fâneros. Queda de cabelos,
sintomas quando então caracteriza-se a pelos faciais em mulheres, alterações nas
síndrome febril (cefaleia, calafrios, sede etc.). unhas.
• Astenia: Sensação de fraqueza.
▶ Cabeça e pescoço
• Alterações do peso: Especificar perda ou
ganho de peso, quantos quilos, intervalo de CRÂNIO, FACE E PESCOÇO
tempo e motivo (dieta, estresse, outros fatores). • Dor: Localizar o mais corretamente possível a
• Sudorese: Eliminação abundante de suor. sensação dolorosa. A partir daí, indaga-se sobre
Generalizada ou predominante nas mãos e pés. as outras características semiológicas da dor.
• Calafrios: Sensação momentânea de frio com • Alterações do pescoço: Dor, tumorações,
ereção de pelos e arrepiamento da pele. Relação alterações dos movimentos, pulsações
com febre. anormais.
• Cãibras: Contrações involuntárias de um OLHOS
músculo ou grupo muscular.
• Diminuição ou perda da visão: Uni ou
▶ Pele e fâneros bilateral, súbita ou gradual, relação com a
intensidade da iluminação, visão noturna,
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correção (parcial ou total) com óculos ou lentes • Vertigem e tontura: Sensação de estar girando
de contato. em torno dos objetos (vertigem subjetiva) ou os
• Dor ocular e cefaleia: Bem localizada pelo objetos girando em torno de si (vertigem
paciente ou de localização imprecisa no globo objetiva).
ocular.
NARIZ E CAVIDADES PARANASAIS
• Sensação de corpo estranho: Sensação
• Prurido: Pode resultar de doença local ou
desagradável quase sempre acompanhada de
sistêmica.
dor.
• Dor: Localizada no nariz ou na face. Verificar
• Prurido: Sensação de coceira.
todas as características semiológicas da dor.
• Queimação ou ardência: Acompanhando ou
• Espirros: Isolados ou em crises. Indagar em
não a sensação dolorosa.
que condições ocorrem, procurando detectar
• Lacrimejamento: Eliminação de lágrimas,
locais ou substâncias relacionados com os
independentemente do choro.
espirros.
• Sensação de olho seco: Sensação de secura,
• Obstrução nasal: Rinorreia; aspecto do
como se o olho não tivesse lágrimas.
corrimento (aquoso, purulento, sanguinolento);
• Xantopsia, iantopsia e cloropsia. Visão
cheiro.
amarelada, violeta e verde, respectivamente.
• Corrimento nasal: Aspecto do corrimento
• Diplopia: Visão dupla, constante ou
(aquoso, purulento, sanguinolento).
intermitente.
• Epistaxe: Hemorragia nasal
• Fotofobia: Hipersensibilidade à luz.
• Dispneia: Falta de ar.
• Nistagmo: Movimentos repetitivos rítmicos
• Diminuição do olfato: Diminuição (hiposmia)
dos olhos, tipo de nistagmo.
ou abolição (anosmia).
• Escotomas: Manchas ou pontos escuros no
• Aumento do olfato: Transitório ou
campo visual, descritos como manchas, moscas
permanente.
que voam diante dos olhos ou pontos
• Alterações do olfato: Percepção anormal de
luminosos.
cheiros.
• Secreção: Líquido purulento que recobre as
• Cacosmia: Consiste em sentir mau cheiro, sem
estruturas externas do olho.
razão para tal.
• Vermelhidão: Presença de congestão de vasos
• Parosmia: Perversão do olfato.
na esclerótica.
• Alterações da fonação: Voz anasalada
• Alucinações visuais: Sensação de luz, cores ou
(rinolalia).
reproduções de objetos.
CAVIDADE BUCAL E ANEXOS
OUVIDOS
• Alterações do apetite: Polifagia ou
• Dor: Localizada ou irradiada de outra região.
hiperorexia; inapetência ou anorexia; perversão
• Otorreia: Saída de líquido pelo ouvido.
do apetite (geofagia ou outros tipos).
• Otorragia: Perda de sangue pelo canal
• Sialose: Excessiva produção de secreção
auditivo, relação com traumatismo.
salivar.
• Distúrbios da acuidade auditiva: Perda
• Halitose: hálito.
parcial ou total da audição, uni ou bilateral;
• Dor: Dor de dente, nas glândulas salivares, na
início súbito ou progressivo.
língua (glossalgia), na articulação
• Zumbidos: Sensação subjetiva de diferentes
temporomandibular. Trismo.
tipos de ruídos (campainha, grilos, apito,
• Ulcerações/Sangramento: Causa local ou
chiado, cachoeira, jato de vapor, zunido).
doença do sistema hemopoiético.
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FARINGE MAMAS
• Dispneia: Dificuldade para respirar • Dor: Relação com a menstruação e outras
relacionada com a faringe características semiológicas.
• Dor de garganta: Espontânea ou provocada • Nódulos: Localização e evolução;
pela deglutição. Verificar todas as modificações durante o ciclo menstrual.
características semiológicas da dor. • Secreção mamilar: Uni ou bilateral,
• Disfagia: Dificuldade de deglutir localizada na espontânea ou provocada; aspecto da secreção.
bucofaringe (disfagia alta).
✓ Promoção da saúde. Autoexame mamário;
• Tosse: Seca ou produtiva.
última mamografia/USG (mulheres ≥ 40 anos).
• Halitose: Mau hálito.
• Pigarro: Ato de raspar muco da garganta. TRAQUEIA, BRÔNQUIOS, PULMÕES E
• Ronco: Pode estar associado à apneia do sono. PLEURAS
• Dor: Localização e outras características
LARINGE
semiológicas.
• Dor: Espontânea ou à deglutição. Verificar as
• Tosse. Seca ou com expectoração:
outras características semiológicas da dor.
Frequência, intensidade, tonalidade, relação
• Dispneia: Dificuldade para respirar.
com o decúbito, período em que predomina.
• Alterações da voz: Disfonia; afonia; voz lenta • Expectoração: Volume, cor, odor, aspecto e
e monótona; voz fanhosa ou anasalada. consistência. Tipos de expectoração: mucoide,
• Tosse: Seca ou produtiva; tosse rouca; tosse serosa, purulenta, mucopurulenta, hemoptoica.
bitonal. • Hemoptise: Eliminação de sangue pela boca,
• Disfagia: Disfagia alta. através da glote, proveniente dos brônquios ou
• Pigarro: Ato de raspar a garganta. pulmões. Obter os dados para diferenciar a
TIREOIDE E PARATIREOIDES hemoptise da epistaxe e da hematêmese.
• Dor: Espontânea ou à deglutição. Verificar as • Vômica: Eliminação súbita, através da glote,
outras características semiológicas. de quantidade abundante de pus ou líquido de
• Outras alterações: Nódulo, bócio, rouquidão, aspecto mucoide ou seroso.
dispneia, disfagia. • Dispneia: Relação com esforço ou decúbito;
instalação súbita ou gradativa; relação com
VASOS E LINFONODOS
tosse ou chieira; tipo de dispneia.
• Dor: Localização e outras características
• Chieira: Ruído sibilante percebido pelo
semiológicas.
paciente durante a respiração; relação com
• Adenomegalias: Localização e outras tosse e dispneia; uni ou bilateral; horário em
características semiológicas. que predomina.
• Pulsações e turgência jugular. • Cornagem: Ruído grave provocado pela
▶ Tórax passagem do ar pelas vias respiratórias altas
PAREDE TORÁCICA reduzidas de calibre.
• Dor: Localização e demais características • Estridor: Respiração ruidosa, algo parecido
semiológicas, em particular a relação da dor com cornagem.
com os movimentos do tórax. • Tiragem: Aumento da retração dos espaços
• Alterações da forma do tórax: Alterações intercostais.
localizadas na caixa torácica como um todo. DIAFRAGMA E MEDIASTINO
• Dispneia: Relacionada com dor ou alterações • Dor: Localização e demais características
da configuração do tórax. semiológicas.
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• Soluço: Contrações espasmódicas do • Posição de cócoras: O paciente fica agachado,


diafragma, concomitantes com o fechamento apoiando as nádegas nos calcanhares.
da glote, acompanhadas de um ruído rouco.
ESÔFAGO
Isolados ou em crises.
• Disfagia: Dificuldade à deglutição; disfagia
• Dispneia: Dificuldade respiratória.
alta (bucofaríngea); disfagia baixa (esofágica).
• Sintomas de compressão: Relacionados com
• Odinofagia. Dor retroesternal durante a
o comprometimento do simpático, do nervo
deglutição.
recorrente, do frênico, das veias cavas, das vias
• Dor: Independente da deglutição.
respiratórias e do esôfago.
• Pirose: Sensação de queimação retroesternal;
CORAÇÃO E GRANDES VASOS relação com a ingestão de alimentos ou
• Dor: Localização e outras características medicamentos; horário em que aparece.
semiológicas; dor isquêmica (angina do peito e • Regurgitação: Volta à cavidade bucal de
infarto do miocárdio); dor da pericardite; dor de alimento ou de secreções contidas no esôfago
origem aórtica; dor de origem psicogênica. ou no estômago.
• Palpitações: Percepção incômoda dos • Eructação: Relação com a ingestão de
batimentos cardíacos; tipo de sensação, horário alimentos ou com alterações emocionais.
de aparecimento, modo de instalação e • Soluço: Horário em que aparece; isolado ou em
desaparecimento; relação com esforço ou crise; duração.
outros fatores desencadeantes. • Hematêmese: Vômito de sangue;
• Dispneia: Relação com esforço e decúbito; características do sangue eliminado; diferenciar
dispneia paroxística noturna; dispneia de epistaxe e de hemoptise.
periódica ou de Cheyne-Stokes. • Sialose: (sialorreia ou ptialismo). Produção
• Intolerância aos esforços: Sensação excessiva de secreção salivar.
desagradável ao fazer esforço físico.
▶ Abdome
• Tosse e expectoração: Tosse seca ou
produtiva; relação com esforço e decúbito; tipo • O interrogatório sobre os sintomas das doenças
de expectoração (serosa, serossanguinolenta). abdominais inclui vários sistemas, mas, por
• Chieira: Relação com dispneia e tosse: horário comodidade, é melhor nos restringirmos aos
em que predomina. órgãos do sistema digestivo. Os outros órgãos
localizados no abdome devem ser analisados
• Hemoptise: Quantidade e características do
separadamente, reunindo-se o sistema urinário
sangue eliminado. Obter dados para diferenciar
da epistaxe e da hematêmese. com os órgãos genitais, o sistema endócrino e o
hemolinfopoiético.
• Desmaio e síncope: Perda súbita e transitória,
parcial ou total, da consciência; situação em PAREDE ABDOMINAL
que ocorreu; duração; manifestações que • Dor: Localização e outras características
antecederam o desmaio e que vieram depois. semiológicas.
• Alterações do sono: Insônia; sono inquieto. • Alterações da forma e do volume:
• Cianose: Coloração azulada da pele; época do Crescimento do abdome; hérnias; tumorações.
aparecimento (desde o nascimento ou surgiu
ESTÔMAGO
tempos depois); intensidade; relação com choro
• Dor: Localização na região epigástrica; outras
e esforço.
características semiológicas.
• Edema: Época em que apareceu; como
evoluiu, região em que predomina.
• Astenia: Sensação de fraqueza.
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• Náuseas e vômitos: Horário em que aparecem; • Icterícia: Intensidade; duração e evolução; cor
relação com a ingestão de alimentos; aspecto da urina e das fezes; prurido.
dos vômitos. • Diarreia e esteatorreia: Características das
• Dispepsia: Conjunto de sintomas constituído fezes.
de desconforto epigástrico, empanzinamento, • Náuseas e vômitos: Tipo de vômito.
sensação de distensão por gases, náuseas,
▶ Sistema geniturinário
intolerância a determinados alimentos.
RINS E VIAS URINÁRIAS
• Pirose: Sensação de queimação retroesternal.
• Dor: Localização e demais características
INTESTINO DELGADO semiológicas.
• Diarreia: Duração; volume; consistência, • Alterações miccionais: Incontinência;
aspecto e cheiro das fezes. hesitação; modificações do jato urinário;
• Esteatorreia: Aumento da quantidade de retenção urinária.
gorduras excretadas nas fezes. • Alterações do volume e do ritmo urinário:
• Dor: Localização, contínua ou em cólicas. Oligúria; anúria; poliúria; disúria; noctúria;
• Distensão abdominal: flatulência e dispepsia. urgência; polaciúria.
Relação com ingestão de alimentos. • Alterações da cor da urina: Urina turva;
• Hemorragia digestiva: Aspecto “em borra de hematúria; hemoglobinúria; mioglobinúria;
café” (melena) ou sangue vivo (enterorragia). porfirinúria.
CÓLON, RETO E ÂNUS • Alterações do cheiro da urina: Mau cheiro.
• Dor: Localização abdominal ou perianal; • Dor: Dor lombar e no flanco e demais
outras características semiológicas; tenesmo. características semiológicas; dor vesical;
estrangúria; dor perineal.
• Diarreia: Diarreia baixa; aguda ou crônica;
disenteria. • Edema: Localização; intensidade; duração.
• Obstipação intestinal: Duração; aspecto das • Febre: Calafrios associados.
fezes. ÓRGÃOS GENITAIS MASCULINOS
• Sangramento anal: Relação com a defecação. • Lesões penianas: Úlceras, vesículas (herpes,
• Prurido: Intensidade; horário em que sífilis, cancro mole).
predomina. • Nódulos nos testículos: Tumor, varicocele.
• Distensão abdominal: Sensação de gases no • Distúrbios miccionais: Ver Rins e vias
abdome. urinárias.
• Náuseas e vômitos: Aspecto do vômito; • Dor: Testicular; perineal; lombossacra;
vômitos fecaloides. características semiológicas.
FÍGADO E VIAS BILIARES • Priapismo: Ereção persistente, dolorosa, sem
• Dor. Dor contínua ou em cólica; localização no desejo sexual.
hipocôndrio direito; outras características • Hemospermia: Presença de sangue no
semiológicas. esperma.
• Icterícia. Intensidade; duração e evolução; cor • Corrimento uretral: Aspecto da secreção.
da urina e das fezes; prurido. • Disfunções sexuais: Disfunção erétil;
ejaculação precoce; ausência de ejaculação,
PÂNCREAS anorgasmia, diminuição da libido, síndromes
• Dor: Localização (epigástrica) e demais por deficiência de hormônios testiculares
características semiológicas. (síndrome de Klinefelter, puberdade atrasada).
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ÓRGÃOS GENITAIS FEMININOS ▶ Sistema endócrino


• Ciclo menstrual: Data da primeira • O interrogatório dos sintomas relacionados
menstruação; duração dos ciclos subsequentes. com as glândulas endócrinas abrange o
• Distúrbios menstruais: Polimenorreia; organismo como um todo, desde os sintomas
oligomenorreia; amenorreia; hipermenorreia; gerais até o psíquico, mas há interesse em
hipomenorreia; menorragia; dismenorreia. caracterizar um grupo de manifestações
• Tensão pré-menstrual: Cólicas; outros clínicas diretamente relacionadas com cada
sintomas. glândula para desenvolver a capacidade de
• Hemorragias: Relação com o ciclo menstrual. reconhecimento, pelo clínico geral, dessas
• Corrimento: Quantidade; aspecto; relação enfermidades.
com as diferentes fases do ciclo menstrual.
HIPOTÁLAMO E HIPÓFISE
• Prurido: Localizado na vulva.
• Alterações do desenvolvimento físico:
• Disfunções sexuais: Dispareunia; frigidez; Nanismo, gigantismo, acromegalia.
diminuição da libido; anorgasmia.
• Alterações do desenvolvimento sexual:
• Menopausa e climatério: Idade em que Puberdade precoce; puberdade atrasada.
ocorreu a menopausa; fogachos ou ondas de
• Outras alterações: Galactorreia; síndromes
calor; insônia.
poliúricas; alterações visuais.
• Alterações endócrinas: Amenorreia;
síndrome de Turner. TIREOIDE
• Alterações locais: Dor; nódulo; bócio;
▶ Sistema hemolinfopoético rouquidão; dispneia; disfagia.
• Astenia: Instalação lenta ou progressiva. • Manifestações de hiperfunção:
• Hemorragias: hematomas; gengivorragia; Hipersensibilidade ao calor, aumento da
hematúria; hemorragia digestiva – sudorese; perda de peso; taquicardia; tremor;
hematêmese; hemorragia de intestino alto – irritabilidade; insônia; astenia; diarreia;
melena; hemorragia de intestino baixo – exoftalmia.
enterorragia; aumento do fluxo menstrual – • Manifestações de hipofunção:
menorragia e metrorragia. (por conta da falha Hipersensibilidade ao frio; diminuição da
de plaquetas e fatores de coagulação) sudorese; aumento do peso; obstipação
• Adenomegalias: Localizadas ou intestinal; cansaço facial; apatia; sonolência;
generalizadas; sinais flogísticos; fistulização. alterações menstruais; ginecomastia; unhas
• Febre: Tipo da curva térmica. quebradiças; pele seca; rouquidão;
• Esplenomegalia e hepatomegalia: Época do macroglossia; bradicardia.
aparecimento; evolução.
PARATIREOIDES
• Dor. Bucofaringe: tórax; abdome;
• Manifestações de hiperfunção:
articulações; ossos.
Emagrecimento; astenia; parestesias; cãibras;
• Icterícia: Cor das fezes e da urina.
dor nos ossos e nas articulações; arritmias
• Manifestações cutâneas: Petéquias;
cardíacas; alterações ósseas; raquitismo;
equimoses; palidez; prurido; eritemas; pápulas;
osteomalacia; tetania.
herpes.
• Manifestações de hipofunção: Tetania;
• Sintomas osteoarticulares,
convulsões; queda de cabelos; unhas frágeis e
cardiorrespiratórios (palpitações/ dispneia),
quebradiças; dentes hipoplásicos; catarata.
gastrintestinais, geniturinários,
neurológicos.
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SUPRARRENAIS ARTICULAÇÕES
• Manifestações por hiperprodução de • Dor: Localização e demais características
glicocorticoides: Aumento de peso; fácies “de semiológicas.
lua cheia”; acúmulo de gordura na face, região • Rigidez pós-repouso: Pela manhã.
cervical e dorso; fraqueza muscular; poliúria; • Sinais inflamatórios: Edema, calor, rubor e
polidipsia; irregularidade menstrual; dor.
infertilidade; hipertensão arterial. • Crepitação articular: Localização.
• Manifestações por diminuição de • Manifestações sistêmicas: Febre; astenia;
glicocorticoides: Anorexia; náuseas e anorexia; perda de peso.
vômitos; astenia; hipotensão arterial;
BURSAS E TENDÕES
hiperpigmentação da pele e das mucosas.
• Dor: Localização e demais características
• Aumento de produção de
semiológicas.
mineralocorticoides: Hipertensão arterial;
• Limitação de movimento: Localização; grau
astenia; cãibras; parestesias.
de limitação.
• Aumento da produção de esteroides sexuais:
Pseudopuberdade precoce; hirsutismo; MÚSCULOS
virilismo. • Fraqueza muscular: Segmentar;
• Aumento de produção de catecolaminas: generalizada; evolução no decorrer do dia.
Crises de hipertensão arterial, cefaleia, • Dificuldade para andar ou para subir
palpitações, sudorese. escadas.
GÔNADAS • Atrofia muscular: Localização.
• Alterações locais e em outras regiões corporais • Dor: Localização e demais características
indicativas de anormalidades da função semiológicas; cãibras.
endócrina. • Cãibras: Dor acompanhada de contração
muscular.
▶ Coluna vertebral, ossos, articulações e • Espasmos musculares: Miotonia; tétano.
extremidades
▶ Artérias, veias, linfáticos e
• Neste item, além do sistema locomotor, serão
analisados órgãos pertencentes a outros microcirculação
sistemas pela sua localização nas extremidades. ARTÉRIAS
• Dor: Claudicação intermitente; dor de repouso.
COLUNA VERTEBRAL
• Alterações da cor da pele: Palidez, cianose,
• Dor: Localização cervical, dorsal, rubor, fenômeno de Raynaud.
lombossacra; relação com os movimentos;
• Alterações da temperatura da pele: Frialdade
demais características semiológicas.
localizada.
• Rigidez pós-repouso: Tempo de duração após
• Alterações tróficas: Atrofia da pele,
iniciar as atividades.
diminuição do tecido subcutâneo, queda de
OSSOS pelos, alterações ungueais, calosidades,
• Dor: Localização e demais características ulcerações, edema, sufusões hemorrágicas,
semiológicas. bolhas e gangrena.
• Deformidades ósseas: Caroços; arqueamento • Edema: Localização; duração e evolução.
do osso; rosário raquítico. VEIAS
• Dor: Tipo de dor; fatores que a agravam ou
aliviam.
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• Edema: Localização. Duração e evolução. • Distúrbios da motricidade voluntária e da


• Alterações tróficas: Hiperpigmentação, sensibilidade: Paresias, paralisias, parestesias,
celulite, eczema, úlceras, dermatofibrose. anestesias.
• Distúrbios esfincterianos: Bexiga
LINFÁTICOS
neurogênica; incontinência fecal.
• Dor: Localização no trajeto do coletor linfático
• Distúrbios do sono: Insônia; sonolência;
e/ou na área do linfonodo correspondente.
sonilóquio; pesadelos; terror noturno;
• Edema: Instalação insidiosa. Lesões
sonambulismo; briquismo; movimentos
secundárias ao edema de longa duração
rítmicos da cabeça; enurese noturna.
(hiperqueratose, lesões verrucosas,
• Distúrbios das funções cerebrais superiores:
elefantíase).
Disfonia; disartria; dislalia; disritmolalia;
MICROCIRCULAÇÃO dislexia; disgrafia; afasia; distúrbios das
• Alterações da coloração e da temperatura da gnosias; distúrbios das praxias (ver também
pele: Acrocianose; livedo reticular; fenômeno Capítulo 7, Exame Psíquico e Avaliação das
de Raynaud; eritromegalia; palidez. Condições Emocionais)
• Alterações da sensibilidade: Sensação de
dedo morto, hiperestesia, dormências e
formigamentos.

▶ Sistema nervoso
• Distúrbios da consciência: Obnubilação;
estado de coma.
• Dor de cabeça e na face: Localização e outras
características semiológicas.
• Tontura e vertigem: Sensação de rotação
(vertigem); sensação de iminente desmaio;
sensação de desequilíbrio; sensação
desagradável na cabeça.
• Convulsões: Localizadas ou generalizadas,
tônicas ou clônicas; manifestações ocorridas
antes (pródromos) e depois das convulsões.
• Ausências: Breves períodos de perda da
consciência.
• Automatismos: Tipos.
• Amnésia: Perda da memória, transitória ou
permanente; relação com traumatismo craniano
e com ingestão de bebidas alcoólicas.
• Distúrbios visuais: Ambliopia; amaurose;
hemianopsia; diplopia.
• Distúrbios auditivos: Hipocusia; acusia;
zumbidos.
• Distúrbios da marcha: Disbasia.
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Método clínico centrado na pessoa


o Busca a necessidade do paciente, preocupações e vivencias relacionadas a saúde ou as
doenças, observando o ambiente em que a pessoa está inserida.
o Apresenta resultados mais positivos que o modelo tradicional, pois: melhora a aderência
o a tratamentos, reduz a ansiedade e preocupações, diminui a utilização dos serviços de
saúde ou queixas por má-prática, melhora a saúde mental, melhora situações fisiológicas
e problemas recorrentes.
o O método está estruturado em 6 componentes estruturados entre si, são eles:

1) Explorar a doença e a experiencia da • Estabelecer objetivos do tratamento e


pessoa com a doença manejo.
• Avalia a história, exame físico e exames • Avaliar e estabelecer os papeis da pessoa e
complementares. do profissional de saúde.
• Avalia a dimensão da doença através do
SIFE: Para finalizar a construção de uma proposta, é
necessário que se negocie de forma clara quais
S Sentimentos relacionados ao problema atual papeis e tarefas deverão ser realizadas pelo
profissional e paciente/cuidador.
I Ideias da pessoa sobre o que pode dar errado

F Função da sua rotina que pode ser afetada por


causa do que está passando.
4) Incorporar a prevenção e promoção a
Expectativa do que pode ser feito pelo saúde
E profissional para ajudá-lo a melhorar.
• Melhorias de saúde
• Evitando ou reduzindo riscos
Conceito doença X Adoecimento • Identificando precocemente os riscos ou
doenças
• Reduzindo complicações

5) Fortalecer a relação médico-pessoa


• Exercendo a:
A) Compaixão;
2) Entender a pessoa como um todo: B) Relação de poder;
• A pessoa: Historia de vida, aspectos C) Cura (efeito terapêutico da relação);
pessoais e de desenvolvimento. D) O autoconhecimento;
• Contexto próximo: Família, comunidade, E) A transferência e contra-transferência.
emprego e suporte social.
• Contexto distante: sua comunidade, cultura 6) Sendo realista
e ecossistema. • Tempo e timing
• Construindo e trabalhando em equipe
3) Elaborar um projeto comum de manejo • Usando adequadamente os recursos
• Avaliar problemas e prioridades. disponíveis.
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 14

Método SOAP

o É um acrônimo utilizado em um prontuário orientado por problemas e evidências para


registro de evolução dos problemas das pessoas atendidas na prática médica;
o SOAP significa: Subjetivo, objetivo, avaliação e plano.

Subjetivo
Registra todas as informações baseadas na experiencia do atendido; também utiliza a o SIFE.

S Sentimentos relacionados ao problema atual

I Ideias da pessoa sobre o que pode dar errado

F Função da sua rotina que pode ser afetada por


causa do que está passando.

Expectativa do que pode ser feito pelo


E profissional para ajudá-lo a melhorar.

Objetivo
Informação do ponto de vista médico; dados do exame físico/exames complementares.
• Impressão sobre o estado geral
• Exame físico
• Exame complementar
• Procedimentos anteriores

Avaliação
Hipótese diagnóstica do caso
• Problemas evidenciados na consulta.
• Reprodução de sinais e sintomas
• Elemento para diagnóstico mais preciso

Plano
Proposta terapêutica elaborada pelo médico
• Medicação prescrita
• Solicitação de exames
• Orientações
• Encaminhamento e pendências para o próximo atendimento.
• Plano de ação para o paciente.
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 15

Alguns sinais clínicos sugerem que essa dor


Os sintomas mais típicos do sistema
possa ser de origem cardíaca, decorrente de
cardiovascular, são: Dor torácica,
uma síndrome coronariana aguda (SCA). Os
Dispneia, palpitação e sinais de baixo
sinais são:
débito. • Sinal de Levine
• Sinal de Frank
Principais sinais e sintomas • Classificação da dor ABCD
• Dor torácica;
Sinal de Levine
• Dispneia.
• Ortopneia/dispneia paroxística noturna;
• Palpitação;
• Síncope;
• Edema;
• Sinais de IRPA;
• Turgência jugular;
• Reflexo hepatojugular (distensão das veias
jugulares quando há uma compressão no Caracterizado pelo punho fechado localizado
abdome); em cima do local da dor, realizando
• Sopro de B3 e B4; movimentos circulares.
• Ruídos adventícios e ausculta pulmonar;
Sinal de Frank
• Tempo de enchimento capilar lentificado;
• Cianose.

*Nem sempre os sinais estarão presentes*

Dor torácica Traço diagonal no lóbulo da orelha em 45º até


É caracterizada por uma sensação de dor ou a borda posterior da aurícula. É um preditor de
desconforto, localizada na região anterior do doença arteriais coronárias.
tórax. Quando de origem cardíaca, pode ser Classificação anginosa
consequência da síndrome coronariana aguda
(SCA), está possui 3 causas:

• Angina instável (AI)


• Infarto agudo do miocárdio (IAM) sem
supradenivelamento de ST. A – Definitivamente anginosa (3 pontos)
• Infarto agudo do miocárdio (IAM) com B – Provavelmente anginosa (2 pontos)
supradenivelamento de ST. C – Provavelmente não anginoso (1 ponto)
D – Definitivamente não anginoso (0 pontos)
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 16

Definimos a pontuação por 3 tópicos, são eles: Principal causa de dispneia? IC


Tipo de dor, fatores de melhora/piora e ▪ pode vir acompanhada de ortopneia e
irradiação e sintomas associados. Cada tópico dispneia paroxística noturna
vale 1 ponto. ▪ ventrículo esquerdo é o que mais fica
doente
Tipos de dor
Palpitação
• Aperto
Batimento cardíaco com percepção por ser
• Opressiva
muito forte ou mais rápido que o habitual
• Queimação
• Agonia Como contar a frequência cardíaca?
Através as ausculta.
• Mal-estar
FC é ≠ F. de pulso
Fatores de melhora/piora O que é B3 e B3?
• Piora ao esforço/ melhora em repouso. São bulhas cardíacas, isto é, sons gerados pelo
• Melhora com nitrato em baixo da língua. impacto do sangue em diversas estruturas
(isordil = Vasodilatador) cardíacas.
• B1 – Sangue indo para o ventrículo e valva
Irradiação e sintomas associados fechando.
• Da ponta do nariz ao epigástrico. • B2 – Sangue indo para aorta e valva
• Sintomas: Náuseas, vômito, dispneia e fechando.
sudorese. • B3 – Depois da B2, marca o começo da
sístole.
Tipo A e B = atenção urgente (sala vermelha) • B4 – aparece no final da diástole, grudada
Tipo C= Fica em observação, não pode ir na B1, ocorre quando há um acumulo de
para casa (Idosos, mulheres, diabéticos, sangue no ventrículo e não cabe mais para
cardiopatias e doenças arteriais crônicas) deposito (turbilhonamento)
• Nesses casos pede-se eletro.
B3: Tum ta tu
B4: Tu tum ta
Maior causa de infarto em jovens = Cocaína.
B3 e B4 tem relação com o encontro de sangue
por excesso de volume.
Dispneia
É caracterizada pela falta de ar ou dificuldade
Sinais de baixo débito
ao respirar, pode ser classificada em graus.
Cianose, a pele sempre irá evidenciar pois
Grau 1 Ausência de sintomas durante
recebe-se menos sangue nas periferias.
atividades cotidianas
Grau 2 Sintomas leves durante atividades
cotidianas
Grau 3 Sintomas desencadeados por
atividades menos intensas que as
cotidianas ou aos pequenos esforços • Síncope: Não chega sangue no cérebro
Grau 4 Sintomas aos mínimos esforços ou • Poliúria: Não chega sangue nos rins
em repouso
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 17

Ciclo cardíaco Pré- Grau de tensão do músculo quando


carga ele começa a contrair; volume
diastólico final.
Pós- Dificuldade imposta ao
carga esvaziamento ventricular, refere-se
a pressão nas artérias aorta e
pulmonar que impede a saída só
sangue dos ventrículos para estes
vasos

SNA
A regulação do bombeamento cardíaco se dá
▪ Estimulação simpática: aumenta a FC e a
por dois mecanismos:
força de contração, a qual em consequência
1. Mecanismo de Franklin Starling
aumenta o volume de sangue bombeando
2. SNA
(débito cardíaco)
▪ Inibição simpática: Diminui
Mecanismo de Franklin Starling
moderadamente o bombeamento cardíaco,
em decorrência da diminuição da FC e da
força de bombeamento.
▪ Estimulação parassimpática (vagal): atua
reduzindo a FC, visto que as fibras vagais
estão dispersas, em grande parte, pelos
Relacionada à capacidade intrínseca do coração átrios e muito pouco pelos ventrículos, onde
se adaptar a volumes crescentes de afluxo realmente ocorre a geração da força de
sanguíneo, respeitando seu limite fisiológico. contração, o que impede grandes alterações
na intensidade das contrações.
Para o coração funcionar bem, precisa-se
Ocorre nos seguintes passos:
de:
1. Quantidade adicional de sangue chega aos
▪ Suprimento sanguíneo miocárdico
ventrículos
adequado
2. Há distensão do músculo cardíaco
▪ Pleno funcionamento do sistema de
3. Aumenta a força de contração do músculo,
condução (excitatório)
pois o filamento de miosina e actina ficam
▪ Sistema valvar integro
dispostos em ponto mais próximo do grau
▪ Boa contratilidade miocárdica
ideal de superposição para a geração de
▪ FC dentro da normalidade
força
▪ Adequada pré e pós carga
4. Ventrículo automaticamente bombeia mais
sangue para as artérias
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 18

Insuficiência cardíaca ▪ EX: hipertrofia do ventrículo esquerdo, fibrose


Síndrome clínica no qual o coração é incapaz miocárdica, pericardite constritiva ou
de bombear sangue de forma a atender as deposição de amiloide.
necessidades metabólicas tissulares, ou pode
fazê-lo somente com elevadas pressões de Manifestações clínicas da IC
enchimento. Caracteriza-se por sinais e (sintomas congestivos e de baixo débito)
sintomas típicos que resultam da redução no
débito cardíaco e/ou das elevadas pressões de
enchimento no repouso ou no esforço.
Causas? Alterações funcionais e funcionais
cardíacas.
Fatores de risco? Obesidade, hipertensão,
diabetes, dentre outros.

Fisiopatologia

• IC esquerda= dispneia, ortopneia, dispneia


paroxística noturna, tosse, estertores, etc.
• IC direita= turgência jugular,
hepatoesplenomegalia, edema de MMII,
ascite, dor abdominal, etc.

Insuficiência cardíaca congestiva: Ocorre


quando o coração não consegue enviar para o
organismo oxigênio necessário para o
funcionamento de todos os tecidos e órgãos.
Insuficiência cardíaca de baixo débito:
Ocorre quando o débito cardíaco está normal
ou reduzido e não atende a demanda tecidual.

Existem dois tipos de IC, são elas: Critérios de Framingham para IC


Disfunção sistólica (direita): Deterioração
progressiva da função contrátil do miocárdio,
diminuição na fração de ejeção.
▪ EX: Lesão isquêmica, adaptação inadequada à
sobrecarga de pressão ou volume devido à
hipertensão ou doença valvar.
Usado para avaliar o risco de doença
Disfunção diastólica (esquerda): cardiovascular, de acordo com certos fatores de
Incapacidade de a câmara cardíaca expandir-se risco, são eles: 2 critérios maiores ou 1
e ser preenchida de modo suficiente durante a critério maior e 2 menores.
diástole.
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 19

Termo utilizado para descrever anormalidades


do coração ou dos grandes vasos presentes
desde o nascimento, o defeito da embriogênese
vai da 3ª a 8ª semana de gestação.

Frequência das malformações cardíacas


congênitas
Nascidos
Malformação vivos por %
milhões
Defeito do septo 4.482 42%
ventricular
Consequências?
Defeito do septo atrial 1.043 10%
▪ Sobrecarga do VD (insuficiência)
Estenose pulmonar 836 8%
▪ Aumento do fluxo sanguíneo pulmonar e da
Persistência do canal 781 7%
resistência vascular pulmonar
arterial
▪ Reversão do fluxo de sangue
Tetralogia de Fallot 577 5%
Coartação da aorta 492 5% ▪ Síndrome de Eisenmenger (elevação da PA
Defeito do septo 396 4% pulmonar e níveis sistêmicos
atrioventricular ▪ Não apresenta cianose
Estenose aórtica 388 4%
Transposição das 388 4% Shunt direita - esquerda
grandes artérias ▪ Tetralogia de Fallot, transposição de
Tronco arterial 136 1% grandes artérias, persistência do tronco
Drenagem venosa 120 1% arterial, atresia tricúspide e drenagem
pulmonar anômala total venosa pulmonar anômala total
Atresia da tricúspide 118 1%
Total 9.757

Shunt = tipo de deposito de líquido para uma


estrutura; Defeito de persistência do canal
arterial

Shunt esquerda - direita


A- defeito no septo atrial
B- defeito no septo ventricular
C- ducto arterial patente
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 20

Consequências? Valvas cardíacas


▪ Êmbolos sépticos (múltiplos abcessos na
periferia do parênquima pulmonar em adição
ao isolamento de bactérias no sangue ou em
locais de infecção)
▪ Embolia paradoxal (quando o embolo passa
da circulação arterial para venosa)
▪ Infartos e abscessos cerebrais
▪ Baqueteamento de extremidades e
Policitemia (aumento de hemácias)
▪ Cianose
Doenças valvares
Tetralogia de fallot = Shunt da direita para Estenose Insuficiência
esquerda, diminuição do fluxo sanguíneo Dificuldade de Dificuldade de
pulmonar e aumento do volume aórtico. abertura fechamento
Restrição ao fluxo Restrição ao fluxo
Malformações associadas a doenças
Sobrecarga de Sobrecarga de
obstrutivas pressão volume
Estreitamento anormal das câmaras, valvas ou Fluxo turbilhonado Fluxo turbilhonado
vasos sanguíneos
Como avaliar um sopro?
▪ Situação no ciclo cardíaco: sistólico,
sistólico, sistodiastólico.
▪ Localização
▪ Irradiação
▪ Intensidade +/+++
▪ Tonalidade
▪ Modificação com respiração e exercício
▪ Coartação da aorta: estreitamento ou
constrição da aorta pode ocorrer, com ou
sem ducto arterioso patente.
- Com DAP: Cianose na metade inferior do
corpo, sem adaptação não sobrevive.
- Sem DAP: hipertensão nas extremidades
superiores e hipotensão nos membros
inferiores.

Obstrução completa = Atresia


Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 21

Estenose aórtica Insuficiência mitral

▪ Hipertrofia ventricular esquerda – ▪ Sobrecarga de volume do átrio esquerdo


disfunção sistólica - IC. ▪ Agudo: CONGESTÃO PULMONAR,
▪ Hipoxemia da musculatura ventricular – DISPNEIA/ EAP.
ANGINA. ▪ Sopro holosistólico de regurgitação, foco
▪ Queda do DC – SINCOPE. mitral/irradia para a axila esquerda.
▪ Ictus cordis intenso e deslocado. ▪ B4 (contração vigorosa do AE)
▪ Pulso radial de pequena amplitude. ▪ Causas: Prolapso da valva mitral, rotura da
▪ Sopro sistólico de ejeção crescendo- cordoalha/endocardite, sequela de febre
decrescendo: foco aórtico/irradia para o reumática e IAM.
pescoço.
▪ Causas: Calcificação do idoso, valva aórtica Insuficiência aórtica
bicúspide, sequela de febre reumática.

Estenose Mitral

▪ Insuficiência Ventricular esquerda-


sobrecarga de volume.
▪ Congestão pulmonar (edema intersticial, ▪ Roubo de fluxo coronário na diástole-
hipertensão Pulmonar) – DISPNEIA. ANGINA.
▪ Dilatação do AD: fibrilação atrial – trombos ▪ Queda da PAD.
– êmbolos. ▪ Ictus deslocado e propulsivo
▪ HP – Hipertrofia do VD, IC. ▪ Sopro diastólico aspirativo em decréscimo
▪ B1 hiperfonética foco mitral. foco aórtico e aórtico acessório irradia para
▪ Estalido de abertura mitral. ponta.
▪ Sopro diastólico (ruflar) baixa frequência. ▪ Causas: Endocardite infecciosa, lues,
▪ Cianose, pulsação epigástrica. aterosclerose e febre reumática.
▪ Causas: sequela de FR, artrite reumatoide e
LES.
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 22

Tromboembolismo pulmonar (TEP) refere-se ▪ A embolia pulmonar aguda é a oclusão


ao coágulo sanguíneos (trombo) desenvolvido brusca, total ou parcial da artéria pulmonar
em um local de circulação venosa sistêmica, e/ou de seus ramos, por um coágulo
que se desloca em forma de embolo em direção sanguíneo.
aos pulmões. ▪ A embolia se origina da trombose venosa
profunda e é a forma mais comum da
Mais de 90% de todas as repercussões clínicas doença tromboembólica.
de TEP originam-se nas veias profundas dos ▪ Êmbolos fatais correspondem a 2% das
membros inferiores (V. Poplítea ou v. causas de TEP.
Profundas proximais). Veias superficiais,
Dados da TEP
prostáticas, uterinas, renais ou até mesmo
▪ 10% dos acometidos têm morte súbita.
camadas das câmaras cardíacas direitas podem
▪ 95% dos casos originam-se de TVP acima do
também ser fontes de embolo.
joelho.
▪ 60-80% são silenciosos, pois são pequenos.
A gênese da trombose venosa, isto é, os fatores ▪ Quando 60% ou mais da circulação pulmonar é
genéticos e ambientais que a causam pode ser obstruída, há morte subida, insuficiência cardíaca
explicada pela Tríade de Virchow descrita direita ou colapso cardiovascular.
▪ Podem levar a IC e hipertensão pulmonar.
abaixo.
▪ Embolia paradoxal (quando o embolo passa da
circulação paradoxal para venosa, por intermédio da
comunicação interventricular ou interatrial ou por
fístulas arterio-venosas

Fatores de risco
▪ Distúrbios subjacentes: IC, neoplasias,
Pneumonia, Sepse, Doença inflamatória
intestinal, Lúpus.
▪ Imobilizações: fraturas, pós-operatório,
viagens aéreas.
▪ Hipercoabilidade
- Primária: Síndrome anti-fosfolipidio, defeitos em
Embolia fatores de coagulação.
O êmbolo é uma massa intravascular solta, - Secundária: Obesidade, PO, uso de
sólida, líquida ou gasosa que é carregada pelo contraceptivos, gestação.
sangue a um local distante do seu ponto de
origem. Manifestações clínicas
▪ Comprometimento respiratório:
seguimento não perfundido.
▪ Comprometimento hemodinâmico:
aumento da resistência ao fluxo sanguíneo
pulmonar.
▪ Dependem:
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 23

- Extensão da obstrução 3) TEP de baixo risco


- Tamanho do vaso ocluído ▪ Níveis normais de biomarcadores
- Número de êmbolos cardíacos.

- Estado geral do sistema cardiovascular Diagnóstico Clínico


Escore de Wells
Incidência de sinais e sintomas no TEP
Critérios Pontuação
(%) Tep (%)Tep
Manifestações Sinais objetivos de TVP (edema, dor a
maciço submaciço 3
palpação)
Dispneia 85 82 Diagnóstico alternativo menos
Dor torácica 3
provavel que TEP
pleurítica 64 85 FC> 100 bpm 1,5
Tosse 53 52 Imobilização≥ 3 dias consecutivos ou
Hemoptise 23 40 1,5
cirurgia nas ultimas 4 semanas
Taquipneia 95 87 TVP ou TEP prévias 1,5
Taquicardia 48 38 Hemoptise 1
B2 hiperfonética 58 45 Neoplasia maligna (ativa ou término
Roncos 1
do tratamento <6 meses)
pulmonres 57 60
Sinais clínicos de Probabilidade
TVP 36 26 ▪ Baixa: < 2 pontos
▪ Intermediaria: 2-6 pontos
Achados no exame físico ▪ Alta: > 6 pontos
▪ Improvável: ≤ 4 pontos
▪ Sinal de homens: dor na panturrilha á
▪ Provável: > 4 pontos
dorsiflexão do pé.
▪ Sinal de bandeira: Menor mobilidade à
Suspeita clínica de tromboembolia pulmonar
palpação da panturrilha acometida
(TEP) em pacientes hemodinamicamente
(“Empastamento”)
estável.
▪ Sinal de Bancroft: Dor à palpação da
musculatura da panturrilha contra a
estrutura óssea.
Categorização do TEP
1) TEP Maciço (instabilidade
hemodinâmica)
Suspeita de Tromboembolia pulmonar (TEP)
▪ Hipotensão sustentada (sistólica <90
mmHG ou queda de pelo menos 40mmHg
em pacientes com hipotensão ou choque.
em relação à pressão artérial sistólica
basal por pelo menos 15 minutos)
▪ Necessidade de inotrópicos em virtude do
TEP (NÃO por outras causas) e-ou
Bradicardia persistente (com ou sem
pulso) com FC <40bpm associada com
choque.
2) TEP Submaciço
▪ Necrose miocárdica ou disfunção do
ventrículo direito (VD), mas sem
hipotensão sistêmica.
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 24

Pressão arterial é o resultado do débito cardíaco Hipertensão arterial sistêmica


X a resistência vascular periférica, cada parte É uma doença crônica não transmissível
dessa possui diversos fatores de influência. São definida por níveis pressóricos, em que os
eles: benefícios do tratamento (não medicamentosos
Débito cardíaco e/ou medicamentosos) superam os riscos.
▪ Volume sanguíneo Trata-se de uma condição multifatorial, que
- Sódio depende de fatores genéticos, epigenéticos,
- Mineralocorticoides ambientais e sociais, caracterizados pela
- Peptídeo natriurético atrial
elevação persistente da PA sistólica maior ou
▪ Fatores cardíacos
igual a 140mmHg e/ou PA diastólica maior ou
- Frequência cardíaca
-Contratilidade igual a 90mmHg, medida com a técnica correta,
em pelo menos duas ocasiões diferentes, na
Resistência vascular periférica ausência de medicação anti-hipertensiva.
▪ Fatores Humorais ▪ Hipertensão MATA mais por lesão em
a) Constritores órgão-alvo
- Angiotensina II
- Catecolaminas
- Tromboxano
- Leucotrienos
- Endotelina
b) Dilatadores
- Prostaglandinas
- Cininas
- Oxido nítrico (NO)
HAS
▪ Fatores Neurais
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
a) Constritores: α-adrenérgicos
b) Dilatadores: β- adrenérgicos INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

▪ Fatores locais INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

- Autorregulação
- PH
Avaliação inicial
- Hipóxia
▪ Confirmação do diagnóstico
Homeostase da pressão arterial ▪ Suspeita e identificação da causa
secundária
▪ Avaliação do risco cardiovascular
▪ Pesquisa por lesões de órgão-alvo (LOA) e
as doenças associadas.

Fontes: diretrizes de hipertensão arterial sistêmica 2020.


Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 25

Hoje utiliza-se um mnemônico de 6 palavras Etapa 4 (k) – Dando conhecimento e


para comunicação de más notícias, cujo informação ao paciente
objetivos principais são: ▪ Entre no nível de compreensão e vocabulário
▪ Conhecer o que o paciente e familiares do paciente, tente não usar termos técnicos.
entendem sobre a situação. ▪ Evite dureza excessiva.
▪ Fornecer as informações de acordo com que o ▪ Dê a informação por partes e confira
paciente e familiares suportem ouvir. periodicamente se está sendo compreendido.
▪ Acolher as reações que podem acontecer ▪ Diga: “infelizmente tenho más notícias para
▪ Ter um plano traçado. lhe dar” ou “sinto ter que lhe dizer que...”

Protocolo Etapa 5 (E) – Abordando as emoções dos


S – Setting up -Preparando para o encontro pacientes com respostas afetivas
P – Perception - Percebendo o paciente ▪ Observe qualquer emoção do paciente,
I -invitation- Convidando para o diálogo nomeando-a para si mesma.
K – Knowledge- Transmitindo as informações ▪ Identifique a razão dessa emoção.
E – Emotions -Expressando as emoções ▪ Depois de ter dado ao paciente um breve
S –Strategy and summary- Resumindo o Diálogo período para expressar seus sentimentos, faça-
o saber que você ligou a emoção com o
Etapa 1 (S) – preparando para a entrevista
motivo da afirmação, fazendo uma afirmativa
▪ Busque fazer um ensaio mental;
a respeito, ex:
▪ Busque privacidade;
- Médico: sinto dizer que a radiografia mostra que a
▪ Sente-se, conecte-se com o paciente; quimioterapia não está fazendo efeito. (pausa)
▪ Lide com as restrições de tempo e infelizmente, o tumor cresceu um pouco.
interrupções. - Paciente: Era o que eu temia (choro).
- Médico: (chega mais perto da cadeira, oferece um
Etapa 2 (P) – avaliando a percepção do lenço ao paciente e pausa) Eu sei que não era isso que
paciente você queria de ouvir. Eu gostaria que as notícias fossem
melhores.
▪ Antes de perguntar, pergunte o que o paciente
já sabe sobre seu quadro clínico, ou o que já
foi dito até agora.
▪ Tente entender se ele compreende as escolhas
dos exames e do tratamento ate o momento.

Etapa 3 (I) – Obtendo convite do paciente


▪ Pergunte: “como você gostaria de ser
informado sobre os resultados dos exames? Etapa 6 (S) – Estratégia e Resumo
Você gostaria de ter todas as informações ou ▪ Pergunte se o paciente está pronto para a
apenas um esboço dos resultados e passar discussão e se aquele é o momento.
mais tempo discutindo o tratamento?” ▪ Apresente as opções de tratamento.
▪ Se o paciente não quer saber detalhes, se ▪ Compartilhe as responsabilidades na
ofereça para responder qualquer pergunta no tomada de decisões.
futuro, ou para falar com um parente ou
amigo.
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 26

Qual a importância da anamnese na pulmonares tem maiores propensões de germes


investigação do trato respiratório? multirresistentes.
▪ Drogas ilícitas: por exemplo, o Craque gera
80% das vezes uma anamnese no exame físico fibrose pulmonar maciça;
nos ajuda no diagnóstico de pacientes.
Sinais e sintomas respiratórios
1º Passo: Identificação do paciente
▪ Obstrução nasal;
▪ Idade (jovens x idosos) ▪ Coriza ou rinorreia;
▪ Sexo (Mulher x homens) ▪ Epistaxe (sangramento pelo nariz, as vezes
▪ Procedência, profissão e ocupação. escorre pela boca);
▪ Espirro;
2º passo: Antecedentes pessoais e familiares
▪ “Osmias” (distúrbios do olfato – anosmia;
▪ Infecções na infância parosmia; cacosmia);
▪ Trauma ▪ Ronco;
▪ Passado alérgico ▪ Odinofagia (deglutição com dor);
▪ Doenças autoimunes ▪ Disfagia;
▪ Diabetes (estado pro-inflamatório e ▪ Platipneia (falta de ar ao ficar em pé)
imunossupressor) ▪ Halitose;
▪ Alergia ou asma ▪ Tosse;
▪ Imunossupressão ▪ Pigarro (irritação na garganta).
▪ Uso de “bombinha” ▪ Dor torácica (pleurítica- ventilatória
▪ Medicações que levam a doença (anti- independente)
inflamatório pode desenvolver crises de ▪ Expectoração (observar coloração, volume)
broncoespasmo; Acetil salicílico pode (horário de expectoração)
desencadear asma) ▪ Hemoptise (tosse com sangue)
▪ História familiar (Observar sintomas ▪ Vômica (expulsão por meio da tosse ou
relacionados a qualquer doença respiratória pelas vias aéreas de um conteúdo
na família – irmãos, pais) purulento);
▪ Sibilância (chiado ao respirar);
▪ Cianose (pele com coloração azulada)
Hábitos de vida ▪ Dispneia;
▪ Tabagismo: Nicotina, é capaz de atrair
neutrófilos no pulmão, produzindo proteases e
elastase pelos macrófagos, o que lesiona o
tecido pulmonar.
Protease: enzimas que catalisam a hidrólise (quebra
de ligação covalente com participação de uma
molécula de água) das ligações peptídicas de outras
proteínas, clivando-as em fragmentos de
aminoácidos menores. Decompõem proteínas da
carne, nozes, queijos.. quando em excesso no
organismo começa atacar os tecidos.
▪ Etilismo: indivíduos que bebem são mais
propensos a infecções pulmonares por bactérias
gram-negativa (pseudomonas), em infecções
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 27

Como o paciente com problema respiratório irá


se apresentar no consultório??
Com agitação, confusão mental, uso da musculatura
acessória ao respirar...

Achados no exame físico


▪ Características evidentes

▪ Utilização dos músculos acessórios: tiragem


supraclaviculares ou retração de fúrcula ou
intercostal)

Direita: Soprador rosa (magrinho, com respiração


superficial, respirando pela boca, tórax com pouca
expansão; não ouve nada na ausculta; principal
queixa: dispneia; geralmente paciente que teve
enfisema pulmonar; não costuma ter cianose
significativa) ▪ Batimento de asa do nariz
Esquerda: Brônquitico, inchados azuis (Nicotina ▪ Cianose (sinal avançado)
estimula grande produção de muco nas vias aéreas ▪ Diminuição de fala
bronquicas, aumentando células caliciformes, ▪ Alterações do nível de consciência: aumentam
grande produção de tosse) ainda mais na fadiga, geralmente vai deixando
o paciente sonolento)
Apesar da diferenciação antiga, hoje em dia é raro
vê-los isolados, geralmente encontramos os
sintomas misturados no exame físico, tanto do Realidade brasileira: Pacientes só procuram o
soprador rosa, quanto do bronquitico. médico quando não conseguem mais respirar
▪ Alterações na ausculta pulmonar sozinha, geralmente em quadro de insuficiência
▪ Baqueteamento digital pulmonar aguda.
Passos a serem observados no exame físico
1) Inspeção
▪ Forma do tórax

O Baqueteamento digital de mais de 190º graus ou


sinal de shamroth: coloca os dedos juntos e busca
encontrar um losango na junção deles (patologia:
devido à falta de oxigênio nas periferias, ocorre a
deposição de tecido fibroso nas unhas.)
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 28

▪ Som: Claropulmonar (normal), ou


timpânico e maciço.

▪ Anomalia congênita
▪ Movimentos respiratórios

2) Palpação
▪ Expansibilidade pulmonar

4) Ausculta

▪ Frêmito Toracovocal (posicionamento ▪ Murmúrio vesicular (presente, ausente,


da região hipotênar nas mãos pedindo normal ou diminuído)
para eles falarem “33” toda vez que ▪ Ruídos adventícios (sibilos, roncos,
movimentar a mão. creptos e atrito pleural)

3) Percussão
▪ Percussão entre os espaços intercostais
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 29

Anatomia da pleura Quadro clínico


Sintomas de forma súbita: dispneia (depende
do tamanho do penumotórax, velocidade do
acumulo de ar, grau de colapso pulmonar e
reseva cardiopulmonar do paciente ou dor
torácica pleurítica)

Exame físico:
• Sintoma de pneumopatia crônica
• Alterações na palpação
Pneumotórax • Enfisema subcutâneo (sensação de
apertar plastico bolha no lado
acometido)
• Percussão e auscuta

Pneumotórax adquirido
• História de trauma
• achados no exame físico.

Pneumotórax aberto
• Trauma com orifício maior que o
Acumulo de ar no espaço pleural, pode ser de diametro da traqueia; ferida que
causa: Espontâneo (primário e secundário) x comunica o espaço pleural com o
adquirido. externo.
- Problema disso: se você não respira
Espontâneo pela traqueia, não consegue colocar ar
1) Primário: Rutura de bolhas subpleurais no pulmão contralateral.
(blebs)
2) Secundário: Doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC), fibrose Alternativa imediata: Curativo de 3 pontas (1
cística, neoplasia, infecções, pedaço de pano e chiclete) – salvar a vida do
catamenial. paciente com penumotorax aberto em local
Adquirido longe do hospital
1) Traumático: Trauma fechado (pancada
no torax), Trauma penetrante,
toracocentese.
2) Iatrogênico: Tentativa de punção de
veias centrais
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 30

Pneumotorax hipertensivo

Radiografia: lado esquerdo com ramos


vasculares mais distantes da lateral.
Compressão exarcebada para o lado sádio, por
Mede em cima, pois é o primeiro lugar de
conta do grande acumulo de ar no pulmão
acúmulo de ar.
danificado; desvia as estruturas mediastinais.
• >3 cm é pneumotorax grande
Pq acontece? • <3 cm penurmotórax é pequeno
• Mecanismo valvular
• Colapso pulmonar Tratamento
• Desvio de traqueia
Segundo o concenso brasileiro de doenças
• Compressão de estruturas torácicas
pleurais: distância entre o apice do pulmão e o
• Turgência jugular apice do estreito superior da cavidade pleural,
• Choque circulatório >3 cm é pneumotorax grande.
Ao apresentar esses sintomas, precisa agir
rapido, pois está tendo aperto no coração, ele Quando o paciente encontra-se estável com
não consegue enviar sangue para frente (para as pneumotorax de pequeno volume, <3 cm
próprias coronarias) penurmotórax é pequeno, fora da ventilação
mecânica, o tratamento é indicado e
conservador com prescrição de analgésico e
repouso.

Após 3 horas, realização de novos exames e se


não houver progressão, paciente precisa ser
acompanhado por 24 horas.
• Pneumotorax >3cm, conduta: Drenagem
Torácica;
• Pneumorórax hipertensivo:
Toracocentese seguida de drenagem.

Radiografia: Traquei desviada para o lado


contralateral, coração expremido, lado direito
com expansibilidade diminuido.
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 31

Derrame pleural

Orificio pequeno entre as 2 costelas, o Acumulo de liquido no espaço pleural.


suficiente para colocar o dedo.
• Causas: (PAC, IC, TB e neoplasias)
- Aumento da pressão hidrostática
Quais os passos ??
- Diminuição da pressão oncótica
- Punção de alivio (para evitar uma parada)
- Diminuição da pressão no espaço
pleural
- Aumento da permeabilidade na
microcirculação
- Bloqueio da drenagem linfática
- Passagem do liquido atraves do
- 2° espaço intercostal na linha hemiclavicular peritônio.
do lado acometido de penumotorax
• história clinica depende da causa;
- Agulha pequena (20x12)
- Induz lidocaina 2% (anestesia), faz assepsia • Exame Físico
na região. Liquido acumulado no espaço pleural:
- induz uma agulha na margem inferior da inflamátorio, exudativo ou sangue (trauma/
escápula, ao nivel 8º-9º AIC ipsilateral. chamado de hemotorax)

- Ao localizar a cavidade pleural, induz-se


lentamente um catéter (14 ou16), sentindo uma
resistencia dos tecidos inicialmente e
diminuição dessa sensação quando alcançar o
espaço pleural
- Punciona-se o liquido para dentro de um
recipiente que sera analisado porteriormente.

Seta vermelha na linha de damazo, apontando


a presença de liquido; seta amarela apontando
o seio costofrênico cheio de liquido (1° lugar
que acumula)
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 32

Incidência de laurell: mostra o liquido


escorrido para lateral ao deitar.

Dependendo da caracteristica do liquido a


conduta é drenagem, as geralmente usa-se a
aspiração para observar
Critério de light
Criterio de classificação da causa especifica do
derrame pleural. Buscando identificar através
de critérios bioquimicos se o carater do liquido
puncionado é transudativo ou exudativo.

Cor do liquido normal: Amarela (xixi), liquido


claro faz critério de light.
▪ Liquido exsudato: grande quantidade de
celilas inflamatoria, não adianta só
antibiotico, precisa fazer drenagem;
▪ Transudato: liquido com agua e proteina
(IC)
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 33

Pneumonia comunitária • RN= 0-28 dias.


• Lactente= 29 dias-2 anos de idade.

Bronquiolite = acomete bronquíolo; bronquite


(é a mesma coisa que asma) = acomete
Brônquios, bronquíolos e alvéolos.

Sintomas em pacientes com PAC


Quadro clinico típico

• Febre
Pneumonia é um processo infeccioso que pode • Tosse produtiva
ser causado por fungos, vírus, parasita • Dispneia
• Dor toracica pleurítica (em casos de quem
Pneumonia comunitária? É aquela adquirida tem derrame pleural)
fora do ambiente hospitalar ou 48 horas após a • Mialgia, astenia, artralgia
internação. • Hiporexia (redução parcial do apetite)

Quadro clinico Atípica

• Febre branda
• Tosse seca
• Principal presença: Mialgia, astenia,
artralgia e Hiporexia (redução parcial do
apetite)

Exame clinico

Inspeção
• Frequência respiratória acelerada
• Uso de musculo acessório
• Batimento do nariz
• Cianose visível (acometimento grande)
Palpação
• Aumento do frêmito toracovocal
• Expansibilidade pulmonar reduzida
<3 dias – patógeno adquirido no canal vaginal
do parto, ou no parto Cesária caso a bolsa Percussão
rompa. • Macicez ou submacicez
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 34

Ausculta Caso clínico


• Estertores finos ou grossos Filha do paciente, juliana acompanhando o pai,
marcos monteiros de 78 anos. Natural de porto
Síndrome de consolidação pulmonar velho, casado, com 6 filhos, carpinteiro
aposentado e ativo, Hipertensão e diabetes, usa
captopril para hipertensão e metformina para
diabetes, relata a 3 dias sonolência, perda de
apetite e baixa ingestão de líquido, 1 dia sem
comer e beber nada, sem conversar, apresentou
tosse produtiva e coriza translúcida, semana
passada, com nariz escorrendo. Nunca teve
Pode acontecer em qualquer região do pulmão, alguma doença pulmonar, fumante de 1 maço
com preferência próximo as bases pulmonares por dia por 20 anos, parou a 10 anos. Relata que
• Expansibilidade o paciente se alimenta bem, inclusive tem uma
• Frêmito toracovocal aumentado horta em casa;
• Macicez ou submacicez
• Murmúrio vesicular diminuído Exame físico
• Estertores finos Temperatura: 35,5 º; FR: 32 Irpm (respiração
abdominal); FC:105; Ausculta pulmonar:
Murmúrio vesicular presentes, roncos difusos;
Transmissão dos sonos vocais
Expansividade pulmonar: Sem alteração; Frêmito
▪ O ‘I’ falado é auscultado como ‘E’ toracovocal: sem alteração; Percussão: normal,
som claro pulmonar; PA: 90x60; Saturação: 93%;
Quadro clínico em criança Enchimento capilar: 5 segundos; Inspeção: regular
estado geral e sonolento; Glasgow: 3 + 4 + 6 = 13
(trauma leve)

Diagnóstico: Pneumonia comunitária atípica


com indicação de internação para tratamento na
UTI devido CURB65> ou = a3. Conduta:
exames de imagem e cultura de catarro (viral ?)

Frequência respiratória normal na criança:


▪ até 2 meses: acima de 60
▪ de 2 a 1 ano: acima de 50
▪ acima de 1 ano a 4: acima de 40
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 35

Sistema hemolifopoietico
O sistema hemolinfopoietico é composto por
medula óssea, baço, linfonodos, timo. Na vida
fetal fígado e rins. Disfunções nesse sistema,
afetam diretamente os eritrócitos,
hemoglobina, plaquetas, leucócitos e órgãos
linfoides. Basicamente se dividirão em:
▪ síndromes anêmicas
Principais sinais e sintomas do sistema ▪ síndrome hemorrágica
hemolinfopoietico ▪ síndrome proliferativas.
Hemorragias
1. Petéquias: sangramento contidos em No exame físico. Avalia-se:
pontos 1) Pele e mucosa

2. Equimose: sangue sai dos vasos


sanguíneos para tecidos subcutâneos

2) Sistema locomotor
3) Sistema respiratório, cardiovascular,
neurológico e digestivo
4) Tegumento: pele e mucosa externa
3. Hematoma: invade tecidos vizinhos (mais
(conjuntiva, mucolabial, gengival e lingual)
profundo)
avalia: conjuntiva, mucolabial, gengival,
lingual, leito ungueal e palma da mão.

▪ Icterícia: coloração amarelada

4. Hemartrose: sangramento nas articulações


Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 36

▪ Alteração de unha = coiloníquia Noções básicas de hemograma

▪ Queilite angular

Hemácias são compostas de hemoglobinas.


▪ Homens – 5.200 hem/mm3
▪ Mulher- 4,700.000/mm3 c da perda na
menstruação, possuem menos)

5) Imunodepressão
Hb = Hemoglobina
▪ Herpes-zóster
Ht= hematócrito, quantidade de hemoglobina
em porcentagem
▪ Hb 14-15g/100ml
▪ Ht 40-25g

Policitemia = excesso de hemoglobina ou de


▪ Cândida (Bucal e vaginal) hematócrito

Gênese das células sanguíneas

▪ Glossite atrófica

Características fisiológicas dos linfonodos


Tamanho: menor que 1 cm de diâmetro
Consistência: fibroelastico
Sensibilidade: Indolor Toda vez que a quantidade de oxigênio abaixar,
começa a estimulação de eritropoetina e
hemácias
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 37

Estágios de diferenciação das hemácias

Hemograma

Moléculas importantes para maturação das


hemácias
▪ Vitamina B12
▪ Ácido fólico
▪ Anemia perniciosa
A falta dessas moléculas, provocam hemácias
O que importa é a hemoglobina e o
gigantes e imaturas, com citoesqueletos
hematócrito. (não precisa olhar os outros
incompetentes
dados, a não ser que haja alteração na
hemoglobina e hematócrito)
Ácido fólico: formador de Dna, importante
para formar a base nitrogenada, não permitindo
▪ Volume globular/corpuscular médio
a divisão celular inadequada
(VCM): mostra o tamanho médio das
*A deficiência de vitamina B12 e ácido fólico
hemácias.; acima do normal é macrocítica,
provoca a anemia megaloblástica, pro provoca
hemácias grandes. abaixo do normal é microcítica
▪ Hemoglobina globular/corpuscular médio
Anemia perniciosas: doença autoimune (HCM): quantidade de hemoglobina dentro
causada pela deficiência de vitamina B12, um das hemácias (concentração) - quantidade
subtipo de anemia megaloblástica. baixa de hemoglobina = hipocromia; alto
=hipercromia.
Vitamina B12, pode ser administrada de forma ▪ CHGM – concentração de hemoglobina
intravascular. globular/corpuscular médio: quantidade de
hemoglobina dentro das hemácias (peso)
Formação de hemoglobina ▪ RDW: grau de anisocitose = diferença do
tamanho das hemácias
Anemia ferropriva e megaloblástica são as
principais causas de anemia do mundo,
conseguem ser descritas no hemograma.
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 38

Anemia ferropriva: causas-verme que consome células jovens. Desvio a esquerda (surgimento
ferro, grande sangramento. de células jovens) – bastonetes e
metamielocitos
Leucócitos

Desvio a esquerda

A evolução certa é da direita para esquerda,


no desvio a esquerda é ao contrário.

Infecção viral: principal célula aumentada é


o linfócito (linfocitose), a maioria dos vírus
causam supressão da medula óssea
causando menos leucócitos que o normal
(leucopenia). Há também a baixa
Linfócitos 30% de todas as cel. Do corpo. quantidade de plaquetas (plaquetopenia)
Neutrófilos 62%
Eosinófilos 2,3%

Leucograma

Crianças e idosos, mesmo em infecções podem


ter hemograma normal.

Em infecções bacterianas é comum ver


leucocitose com neutrofilia e aumento de
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 39

A pele é o maior órgão do corpo humano, ▪ Icterícia fisiológica: representa


cerca de 16% do peso total, com um prematuridade, baixa oferta de leite
conjunto de tecidos envolvidos (epitelial, materno, pré-disposição genética, mãe
conjuntivo, nervoso, muscular e vascular. diabética, presença de traumas no
▪ Ela constitui o revestimento do parto, incompatibilidade ABO ou RH.
organismo e o protege contra agentes
nocivos físicos, químicos e biológicos.
▪ Ela é um órgão em perfeita sintonia
com todo o organismo e reflete o estado
de saúde do indivíduo. ▪ Acne neonatal: resultante de
hormônios maternos liberados durante
Recém-nascido a gestação e o parto.
O recém-nascido apresente mecanismos
inatos de origem imunológica para
proteção. Apresentando dermatoses
temporárias.
▪ Verniz caseoso: substância
esbranquiçada, de aspecto gordurosos.
▪ Descamação fisiológica: causada pela
Entra em ação por volta da 20ª semana
redução do vernix, que seria um
de gestação, quando passa a envolver
hidratante natural a pele.
completamento o bebê, formando uma
capa protetora contra microrganismo.

▪ Lanugo: pelos
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 40

Geriatria

▪ Miliária ou brotoeja: causada pela


obstrução dos ductos das glândulas
sudoríparas. O envelhecimento também vem com 80%
das queixas dermatológicas. Sendo um
processo multifatorial, que não pode ser
definido por um único mecanismo. Ele pode
ser dividido em:
▪ Hiperplasia sebácea: dilatação do
infundíbulo Folicular ➢ Intrínseco: por fatores genéticos,
hormonais e metabolismo.
➢ Extrínseco: fatores de radiação.
O idoso possui uma pele mais fina,
ressecada (xerose), sucetiva a câncer de
pele, com redução da espessura, possuindo
sinais clínicos característicos.
Gestantes
As alterações dermatológicas mais comuns
na gestação, são: estrias, eritema palmar,
Melasma gravídico, acrocórdon. Pode haver
também, prurido.

Lesões elementares
São elementos morfológicos que permitem
caracterizar as doenças de pele, quando
devidamente associada a dados
complementares. Podem ser divididas em:
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 41

➢ Primárias: ▪ Mancha angiomatosa: cor vermelha


▪ Planas: Manchas ou máculas. permanente, por aumento de vasos na
derme.
▪ Sólidas: pápula, placa, urtica, nódulo,
goma e vegetação.
▪ de conteúdo líquido: vesícula, bolha,
pústula, abcesso, cisto e hematoma.
Lesões planas
▪ Lúpus eritematoso sistêmico agudo:
eritema demarcado em vermelho vivo,
com edema discreto de descamação em
padrão de asa de borboleta na face.

Alterações de cor de pele sem relevo ou


consistência. (Máculas ate 1 cm; Manchas>
1 cm) podem ser subdivididas em: ▪ Síndrome de Cushing: fácies pletóricas
1) Vásculo-sanguíneas em lua cheia, com eritema e
2) pigmentares telangiectasias nas regiões malares e na
fronte; a face e a região cervical
Manchas vasculho-sanguíneas apresentam disposição e gordura.
▪ Eritema: mancha com coloração rósea
ou avermelhada devido dilatação
vascular (sangue está dentro dos vasos)
- EX: queimadura
▪ Púrpura: mancha vermelho-violácea,
que não desaparece a dígito ou
vitropressão (formada por hemácias
extravasadas)
▪ Telangiectasias (spiders): dilatação
capilar (artéria ou veia de pequeno
calibre) permanece instalada na derme
superficial, pode assumir aspecto linear,
sinuoso, estelar ou puntiforme.
▪ Petéquias: Pontos purpúricos marrom-
arroxeadas, causadas por sangramento
sob a pele.
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 42

▪ Equimoses: >1 cm de diâmetro,


sangramentos onde ocorre a infiltração
nos tecidos do corpo como a pele,
resultando em manchas roxas.

Lesões Sólidas
1) Pápulas: lesões sólidas circunscritas,
menor que 0,5 ou 1 cm de diâmetro,
elevada em relação aos planos
Manchas Pigmentares circunjacentes. Pode ser epidérmica,
São alterações da melanina ou pigmentos dérmica ou mista.
externos.
a) Ausência = acromia
b) Diminuição = hipocromia
c) Aumento = hipercromia
Exemplo:
▪ Nevo
- Fitofotodermatose: queimadura por frutas
cítricas

▪ Acrocórdon
- Leucodermia solar: sardas brancas após
exposição solar, por conta de um dano
cumulativo causado pelos raios UV ao
longo da vida

▪ Xantelasma: pápulas dérmicas,


ligeiramente elevadas, de coloração
creme-alaranjadas, sobre a pálpebra de
indivíduos normolipêmico.

Manchas acrômicas
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 43

circuncidada por halo eritematoso ou


anêmico. (em geral acionada por um
fator alérgico)

2) Placa: lesão elevada, de tamanho maior


que 0,5 cm, frequentemente resultante
de uma confluência de pápulas. A ▪ Urticária: elevações planas, achatadas,
superfície pode ser lisa, irregular, de bordas irregulares, diversos formatos,
descamativa, erosiva ou macerada. coalescentes e pruriginosas.

▪ Urticária aguda e angioedema: após o


▪ Acantose nigricans: Placa paciente ingerir mariscos.
hiperpigmentada, superfície ceratósica
de aspecto aveludado, localizado na
região cervical. (diabetes)

4) Nódulo: infiltrado sólido circunscrito,


medindo 1,0 – 3,0 cm de diâmetro,
persistente, de localização dérmica ou
▪ Melanoma: tumor cutâneo a partir de hipodérmica, geralmente palpável e nem
melanócitos. sempre visível.

3) Úrtica: é a lesão pápula-edematosa típica *nódulo de maior diâmetro é comumente


das urticárias, resultante de edema na chamado tumor (ex: Carcinoma
derme. É circunscrita, efêmera, tem cor basovasocelular (CBC))
vermelho-róseo ou branco-porcelana e é
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 44

5) Vegetações: Caracterizada por pápula ou 2) Bolha: Elevação circunscrita maior que


placa de superfície irregular, pediculada 0,5 cm de diâmetro. Seu conteúdo é
ou séssil, de superfície queratóssica inicialmente seroso e claro, depois tende
inelástica e amarelada, recebendo as a tornar-se purulento ou hemorrágico.
denominações de verrucosidade, Bolhas maiores recebem a denominação
verruga, placa verrucosa ou vegetante. de flictena.

▪ Verruga Vulgar: aspecto em couve-flor.

3) Pústula: Cavidade circunscrita


superficial, com exsudato purulento, que
pode ser branco, amarelo-esverdeado ou
hemorrágica.

Lesões contendo líquido


1) Vesículas: uma pequena cavidade
intraepidérmica, elevada e circunscrita,
de conteúdo claro medindo até 0,5 cm de ▪ Hordéolo
diâmetro.

▪ Herpes vírus:
▪ Foliculite

▪ Herpes zoster – vírus varicela zoster

4) Abcesso: Coleção circunscrita e


profunda de conteúdo necrótico,
purulento, situada na derme ou no tecido
subcutâneo. É geralmente acompanhada
de sinais inflamatórios (edema, rubor,
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 45

calor e dor) e tem como origem uma


infecção, inflamação ou degeneração
tumoral.

- Liquenificação com presença de escamas


e escoriações decorrente de dermatite
atópica.

5) Hematoma: Coleção sanguínea


geralmente restrita e proeminente,
localizada na derme ou no tecido
subcutâneo.

▪ Edema: extravasamento de líquido na


derme ou hipoderme; poder ter aspecto
eritematoso ou assumir a cor da pele.

➢ Secundárias: decorrentes de alterações


de consistência e espessura ou
produzidas por perda de substância.

Alterações de consistência e espessura ▪ Esclerose: alteração da espessura e


consistência da pele que se torna rígida,
▪ Queratose: espessamento da camada
perde pregueamento natural e resiste a
córnea de consistência endurecida e
distensão ou ao pregueamento digital.
coloração esbranquiçada, amarelada ou
pardacenta.

▪ Liquenificação: espessamento da pele ▪ Atrofia (estria): adelgaçamento da pele


com acentuação dos sulcos cutâneos. decorrente de redução dos elementos
Assumindo aspecto quadriculado, constituintes dos tecidos normais.
decorrente do ato de coçar Observa-se pregueamento, elevação ou
persistentemente depressão em relação aos planos
circunjacentes.
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 46

▪ Crostas: Ressecamento de secreções


sobre uma lesão cutânea. Resultado do
ressecamento de serosidade, pus, ou
sangue em mistura com restos epiteliais.
(ex: Impetigo)
▪ Cicatriz: lesão brilhante, destituída dos
anexos cutâneos, decorrente da
reparação dos tecidos destruídos. Pode
ser plana, deprimida ou elevada.

▪ Escoriação: Perda da epiderme, linear,


por trauma ou coçadura.

▪ Queloide: Formação fibrosa rixa em


colágeno saliente, de consistência firme,
róseo-avermelhada, bordas nítidas.
Geralmente secundária a qualquer
▪ Erosão ou exulcerarão: perda parcial da
agressão à pele (intervenção cirúrgica,
epiderme, que se resolve sem deixar
queimadura e ferimentos)
cicatriz. Secundária a ruptura de bolha
intraepidérmica, cujo assoalho há
exsudato.

Perda de substância
▪ Escamas: Lâmina epidérmica seca que
se desprende da pele. Resultante do
acúmulo de queratinócitos por distúrbio
de queratinização da epiderme. (ex:
dermatite esfoliativa) ▪ Úlcera: è a perda circunscrita profunda,
que atinge a epiderme, derme e
eventualmente hipoderme e tecidos
adjacentes.
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 47

- Úlcera neuropática diabética plantar do pé.


Homem de 60 anos, com diabetes a 25 anos.

▪ Fístula: Pertuito da pele, que se


▪ Escara; área de necrose que quando apresenta geralmente com borda
eliminada, resulta em uma ulceração. fibrótica, por onde se dá drenagem de
material proveniente de foco supurativo
ou necrótico profundo.

▪ Fissura: fenda linear, estreita e profunda,


de paredes bem definidas. são mais
proeminentes em áreas distendidas por
movimentos como nos lábios, pregas,
nas mãos e pés.

▪ Explique os riscos sem expor sua


Princípios fundamentais
opinião pessoal
1) Autonomia
▪ Deve-se compartilhar e respeitar a
▪ O médico pode se recusar a atender,
escolha do paciente a respeito do
operar caso não acredite em tal
tratamento e decisões.
procedimento “opinado” pelo paciente,
▪ O paciente define quem deve saber de
ele é respaldado.
sua situação clínica
4) Justiça/ equidade
▪ Deve-se respeitar a autonomia
▪ Fazer o correto
enquanto aquilo não se torna um risco a
▪ Prestar merecimento ao que foi
vida do paciente.
excelente.
2) Beneficência
▪ Ser justo na forma de tratar paciente,
▪ Significa fazer o bem ao paciente.
equipe, respeitando a autonomia do
▪ Significa o melhor tratamento possível
paciente
ao paciente, incluindo seu
▪ Agir sempre da forma correta.
conhecimento (Ser um médico TOP)
3) Não-Maleficência “primum non nocere”
Prova: falar sobre pele (tamanho, cor,
▪ Significa não fazer o mal, incluindo não
característica de uma lesão, localização)
prolongar o sofrimento
Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1 48

Referências
1) Porto,Celmo C.Semiologia Médica, 83 edição. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo
GEN,2019
2) GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017
3) eto, Cyro, F. et al. Manual de dermatologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição).
Editora Manole,2019.
4) 5. Bickley, Lynn, S. e Peter G. Szilagyi. Bates -Propedêutica Médica, 122 edição. Disponível
em: Minha Biblioteca, Grupo GEN,2018.
5) 6. BELDA JUNIOR, W.;DI CHIACCHIO, N.;CRIADO,P. R. Tratado de dermatologia. São
Paulo:Atheneu,2010

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