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Coreme2018 Grupoa

Prova residência UFF 2018
Direitos autorais
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CONCURSO 2018 PARA RESIDÊNCIA MÉDICA

UFF – UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE


HUAP – HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO PEDRO
COREME – COMISSÃO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

1 a ETAPA – PROVA A
Prova a ser realizada pelos candidatos aos seguintes Programas de Residência Médica:

- Anestesiologia - Obstetrícia e Ginecologia


- Cirurgia Geral - Oftalmologia
- Clínica Médica - Ortopedia e Traumatologia
- Dermatologia - Otorrinolaringologia
- Infectologia - Patologia
- Medicina de Família e Comunidade - Patologia Clínica/Medicina Laboratorial
- Medicina Nuclear - Pediatria
- Medicina Preventiva e Social - Psiquiatria
- Neurocirurgia - Radiologia e Diagnóstico por Imagem
- Neurologia

INSTRUÇÕES AO CANDIDATO

 Além deste caderno, você deverá ter recebido o cartão destinado às respostas das questões formu-
ladas na prova; caso não tenha recebido o cartão, peça-o ao fiscal. Em seguida, verifique se este
caderno contém enunciadas oitenta questões.
 Verifique se o número do seu documento de identificação e seu nome conferem com os que apare-
cem no CARTÃO DE RESPOSTAS; em caso afirmativo, assine-o e leia atentamente as instruções
para seu preenchimento; caso contrário, notifique imediatamente ao fiscal.
 Cada questão proposta apresenta cinco opções de resposta, sendo apenas uma delas a correta.
No cartão de respostas, atribuir-se-á pontuação zero a toda questão com mais de uma opção assi-
nalada, ainda que dentre elas se encontre a correta.
 Não é permitido portar ou fazer uso de aparelhos de recebimento central de mensagens (pagers),
aparelho de telefonia celular, qualquer tipo de aparelho que permita intercomunicação, nem material
que sirva para consulta.
 Não é permitido copiar as opções assinaladas no cartão de respostas.
 O tempo disponível para esta prova, incluindo o preenchimento do cartão de respostas, é de
quatro horas.
 Reserve os quinze minutos finais para preencher o cartão de respostas usando, exclusivamente,
caneta esferográfica de corpo transparente e de ponta média com tinta azul ou preta (preferencial-
mente, com tinta azul).
 Certifique-se de ter assinado a lista de presença.
 Quando terminar, entregue ao fiscal o CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO DE RESPOSTAS,
que poderá ser invalidado se você não o assinar.

APÓS O AVISO PARA INÍCIO DA PROVA, VOCÊ DEVERÁ PER-


MANECER NO LOCAL DE REALIZAÇÃO DA MESMA POR, NO
MÍNIMO, NOVENTA MINUTOS.

2
2
CLÍNICA MÉDICA 04 Mulher, 80 anos, sem comorbidades conhe-
cidas, é trazida ao pronto-socorro com lipotimia e
Leia o caso clínico a seguir e responda às questões cansaço. No exame físico, a extremidade é fria, o
01, 02 e 03. pulso é fino, PA = 80 x 40 mmHg e FC = 35 bpm. É
registrado o traçado abaixo no monitor.
Homem, 50 anos, está internado para endarterec-
tomia carotídea eletiva. É hipertenso, diabético e
tabagista. Há dez meses, realizou coronariografia
devido à angina estável, que demonstrou lesão
única de 90% no ramo descendente anterior. Foi
realizada angioplastia com colocação de stent con-
vencional com sucesso. Desde então, está assin-
tomático. O exame físico é normal, a pressão arteri- O médico administra 0,5 mg de atropina em seis do-
al é de 128 x 82 mmHg e a frequência cardíaca de ses sequenciais, sem resposta. Com base nas reco-
65 bpm. Ele está em uso de AAS 100 mg/dia, met- mendações de 2015 do ACLS (Advanced Cardiac Life
formina 1000 mg/dia, sinvastatina 20 mg/dia, ate- Support), a conduta imediata a ser tomada é:
nolol 50 mg/dia e enalapril 40 mg/dia. O eletrocardi-
ograma em repouso é normal. (A) marcapasso transvenoso.
(B) marcapasso transcutâneo.
01 Sobre a estratificação do risco cardiovascular (C) adrenalina 1 mg venosa.
para a cirurgia proposta, a conduta adequada é: (D) infusão contínua de noradrenalina.
(E) infusão contínua dobutamina.
(A) solicitar ecocardiograma transtorácico.
(B) liberar cirurgia, não havendo necessidade de 05 Em paciente com sepse grave e necessidade
estratificação adicional. de ventilação mecânica, a medida que pode ser
(C) realizar teste funcional com cintilografia ou dispensada, na abordagem inicial (primeiras 3 a 6
ecocardiograma de estresse. horas), é:
(D) repetir a coronariografia, devido ao alto risco
de reestenose do stent. (A) manter hematócrito > 30%.
(E) indicar avaliação anatômica, o que pode ser (B) iniciar antibiótico em até 1 hora.
feito por angioTC ou coronariografia. (C) considerar corticoide para casos de hipoten-
são refratária à aminas e volume.
02 O lipidograma de admissão mostra colesterol (D) iniciar ataque com cristaloide 20 a 30 ml/kg.
total 200 mg/dl, HDL 30 mg/dl e triglicerídeos 150 (E) indicar ventilação protetora com 4-6 ml/kg de
mg/dl. A conduta mais apropriada para tratamento volume corrente.
da dislipidemia e aterosclerose é:

(A) aumentar dose sinvastatina para 40 mg/dia. Leia o caso clínico a seguir e responda às questões
(B) associar ezetimibe 10 mg/dia. 06 e 07.
(C) trocar o tipo de estatina para atorvastatina 80
mg/dia.
(D) associar inibidor da PCSK9 (evolocumabe) Homem, 75 anos, com demência avançada e
140 mg 15/15 dias. DPOC, é trazido à emergência hospitalar por estar
(E) manter o tratamento atual. sonolento e com tosse produtiva. Acompanhantes
não observaram febre, mas disseram que a urina
03 Em condições ambulatoriais, a glicemia de está fétida e concentrada. Há 45 dias, realizou tra-
jejum do paciente, em uso de metformina, era de tamento de infecção respiratória com levofloxacino.
190 mg/dl e a hemoglobina glicada era de 8,9%. Ao exame físico, o paciente está torporoso, o
Sobre o tratamento do diabetes melito, a conduta enchimento capilar é de 5 segundos,
apropriada é: PA = 90 x 60 mmHg, FC = 110 bpm e FR = 28 irpm,
e oximetria de 78%.
(A) aumentar a dose de metformina.
(B) associar glimepirida.
(C) manter a mesma medicação, pois a glicemia 06 Dentre as opções abaixo, o esquema antimi-
está dentro do alvo terapêutico para um paci- crobiano mais apropriado para o quadro é:
ente com inúmeras complicações e comorbi-
dades. (A) meropenem.
(D) associar liraglutida, devido a seu efeito redu- (B) amoxacilina/clavulanato com claritromicina.
tor de eventos cardiovasculares. (C) doxiciclina com amoxacilina.
(E) iniciar dapaglifozina, devido a seu efeito redu- (D) piperacilina/tazobactam com azitromicina.
tor de peso e controle da pressão arterial. (E) vancomicina com ceftarolina.

3
07 É iniciado suporte ventilatório com oxigênio colelitíase; ausência de espessamento da parede
por máscara de Venturi, mas a oximetria não me- da vesícula biliar e de líquido livre; colédoco extra-
lhora. A próxima medida a ser tomada é: pancreático de 8mm de diâmetro. O próximo passo
na investigação é solicitar:
(A) intubação orotraqueal e ventilação mecânica.
(B) nebulização com beta-agonista. (A) tomografia computadorizada de abdômen e
(C) ventilação não-invasiva (CPAP ou BiPAP). pelve.
(D) troca da máscara por dispositivo com bolsa (B) ecoendoscopia.
reservatório. (C) endoscopia digestiva alta.
(E) associação de cateter nasal de oxigênio. (D) colangioressonância magnética.
(E) sorologia para hepatites virais.

11 Mulher, 30 anos, é diagnosticada com trom-


Leia o caso clínico a seguir e responda às questões bose venosa profunda proximal bilateral após via-
08 e 09. gem prolongada de avião. Não há histórico de co-
morbidades nem uso de medicações regulares. Não
Mulher, 70 anos está no terceiro dia de pós- há casos similares na família. No exame físico,
operatório de fratura de fêmur e pela manhã iniciou apresenta IMC = 31 kg/m², PA = 144 x 82 mmHg,
quadro de dor precordial, em pontada, acompanha- FC = 64 bpm, oximetria = 98%, ausculta cardíaca e
da de dispneia e tosse. No exame físico, pulmonar normais. Em relação a esse cenário clíni-
PA = 110 x 70 mmHg, FC = 110 bpm, FR = 34 irpm, co, indique a alternativa correta.
oximetria = 85%; hipocorada = 2+/4+, murmúrio
vesicular abolido base hemitórax esquerdo, com (A) A varfarina é a droga de escolha, sendo o
percussão maciça e presença de egofonia. Ausculta INR alvo de 2,5 a 3,5.
cardíaca normal e ferida operatória com formação (B) Há indicação de pesquisa de trombofilia.
de hematoma moderado, sendo optado por manter (C) É obrigatória uma duração de tratamento
drenagem subcutânea. Inicia-se suporte de oxigênio mínima de 6 meses.
e hidratação. (D) A angioTC de artérias pulmonares é manda-
tória para avaliar presença concomitante de
TEP.
08 Dentre as alternativas apresentadas a seguir, (E) Está descartada a indicação de trombólise in
a propedêutica complementar que está indicada situ na prevenção de complicações da TVP.
para o caso é:
12 Paciente jovem, usuário de drogas endove-
(A) D-dímero, ECG e BNP. nosas, é internado com febre de 38ºC, dispneia e
(B) ECG e troponina. tosse. No exame físico, há estertores finos em
(C) TC tórax com angioTC artéria pulmonar. bases pulmonares, PA = 110 x 70 mmHg,
(D) cintilografia pulmonar de ventilação e perfu- FC = 100 bpm, FR = 25 irpm e oximetria = 84%
são. (confirmada na gasometria); presença de monilíase
(E) radiografia de tórax, PCRt e hemograma. oral, emagrecimento importante e dermatite sebor-
reica acentuada. São realizados exames comple-
mentares que mostram hemoglobina = 8,0 g/dl,
09 Dentre as opções apresentadas a seguir, a leucometria = 3000 cél/mm³ (5% bastões, 85%
conduta mais apropriada, ainda para o mesmo ca- segmentados, 5% linfócitos e 5% monócitos), pla-
so, é iniciar: quetas = 200 mil/mm³ e PCRt = 10 mg/dl. A radio-
grafia de tórax apresenta discreto infiltrado intersti-
(A) heparina de baixo peso molecular. cial bilateral em terço médio; ausência de adenopa-
(B) heparina não fracionada endovenosa. tia ou derrame pleural. Além de suporte ventilatório,
(C) ventilação não invasiva, fisioterapia respirató- a medida terapêutica mais importante é iniciar:
ria e furosemida.
(D) AAS e estatina. (A) pentamidina.
(E) piperacilina/tazobactam. (B) sulfadiazina com pirimetamina.
(C) rifampcina, isoniazida, pirazinamida e etam-
butol.
10 Mulher, 45 anos, apresenta há três dias qua- (D) cefuroxime e azitromicina.
dro de dor abdominal em hipocôndrio direito, em (E) sulfametoxazol-trimetoprima e prednisona.
cólica, sem irradiação, intensidade moderada, que
alivia com antiespasmódico e era acompanhada de
náuseas e vômitos alimentares. No exame físico,
observa-se paciente obesa, ictérica 2+/4+, corada,
com dor à palpação do hipocôndrio direito, mas sem
descompressão dolorosa. Os sinais vitais estão
normais. É realizada ultrassonografia que mostra

4
Leia o caso clínico a seguir e responda às questões 16 A manifestação cardíaca clássica da doença
13 e 14 de Lyme é:

Paciente com insuficiência cardíaca e fração de eje- (A) miocardite.


ção reduzida é submetido à hemicolectomia esquerda (B) insuficiência aórtica
devido a um adenocarcinoma. No segundo dia de (C) bloqueio atrioventricular.
pós-operatório, apresenta vômitos alimentares e dis- (D) estenose mitral.
tensão abdominal. O exame físico mostra paciente (E) atrito pericárdico.
hipocorado 1+/4+, mucosas hidratadas, crepitações
em bases pulmonares, edema periférico 2+/4+ e dis-
tensão abdominal moderada, com fezes em ampola GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
retal e ausência de descompressão dolorosa.
PA = 90 x 60 mmHg, FC = 90 bpm e FR 20 = irpm. 17 O exame físico pode fornecer uma forma de
Houve diurese de 1200 ml nas últimas 24h. Exames avaliar a idade gestacional, quando a data da última
laboratoriais mostram hemoglobina = 8,5 g/dl, leuco- menstruação é desconhecida. Sabe-se, por exem-
metria = 12000 cél/mm3 (5% bastões e 70% neutrófi- plo, que o útero é palpável na altura da cicatriz um-
los), plaquetas = 500 mil/mm³, ureia = 190 mg/dl, bilical quando a gestação está em torno de:
creatinina = 4,8 mg/dl, sódio = 128 mEq/L e potás-
sio = 6,5 mEq/L. (A) 12 semanas.
(B) 16 semanas.
(C) 20 semanas.
13 Das opções abaixo, a conduta inicial mais (D) 28 semanas.
apropriada é: (E) 32 semanas.

(A) indicar hemotransfusão com alvo de hemo- 18 Com relação aos exames complementares
globina em 10 g/dl. realizados durante o acompanhamento pré-natal, é
(B) administrar piperacilina/tazobactam. correto afirmar que:
(C) realizar tomografia computadorizada de tórax,
abdômen e pelve. (A) a coleta colpocitológica deve ser somente
(D) iniciar inotrópico. ectocervical.
(E) aumentar hidratação. (B) a leucocitose e a redução discreta de plaque-
tas são comuns na segunda metade da ges-
14 Em relação aos distúrbios hidroeletrolíticos, tação.
assinale a afirmativa correta. (C) a glicemia de jejum < 126 mg/dL deve ser
considerada normal no primeiro trimestre.
(A) Deve-se realizar reposição de sódio com (D) todas as parasitoses intestinais devem ser
solução salina hipertônica a 3%, a fim de evi- tratadas durante a gestação, mesmo sem
tar congestão sistêmica. causar sintomas.
(B) Há indicação de hemodiálise imediata. (E) o Ministério da Saúde recomenda a realiza-
(C) Iniciar o bicarbonato de sódio, pois é uma ção do rastreamento universal para citomega-
opção melhor que a glicoinsulinoterapia. lovírus e rubéola, mesmo sem a possibilidade
(D) Administrar furosemida em dose alta, que de tratamento.
corrige tanto o distúrbio do sódio como do po-
tássio. 19 A vacina recomendada pelo Ministério da
(E) Deve ser iniciado gluconato de cálcio e gli- Saúde para o período gestacional é:
coinsulinoterapia.
(A) DTPa (difteria, tétano e coqueluche).
15 Mulher, 43 anos, em acompanhamento por (B) HPV (papilomavírus).
hepatopatia secundária ao vírus da hepatite C, de- (C) Sabin (poliomielite).
senvolve quadro de púrpura palpável, artralgia e (D) BCG (tuberculose).
neuropatia periférica. O exame laboratorial mais útil (E) Rubéola (somente para as gestantes suscep-
para auxiliar o diagnóstico desse quadro é: tíveis).

(A) pesquisa do anca. 20 Pacientes com gestação tubária íntegra po-


(B) pesquisa de fator reumatoide. dem ser candidatas ao tratamento medicamentoso
(C) pesquisa de anticorpo antimembrana basal. com “metotrexato”. Mas esse tratamento estará
(D) dosagem do fator antinuclear. contraindicado nos casos de:
(E) dosagem de crioglobulinas.
(A) paciente hemodinamicamente estável.
(B) paciente portadora de insuficiência renal.
(C) dosagem de β-hCG ≤ 5.000 mU/ml.
(D) ausência de atividade cardíaca fetal.
(E) presença de massa anexial menor que 4 cm.

5
21 Paciente com 31 semanas de gestação che- (E) a presença isolada de células escamosas no
ga à emergência com queixa de perda de líquido via esfregaço cervicovaginal é considerada como
vaginal e febre. Ao exame especular, evidencia-se indicadora de boa qualidade da amostra.
saída de líquido amniótico, com odor, colo uterino
com 80% de apagamento, com dilatação de 2cm e 25 Em relação ao diagnóstico das vulvovagini-
apresentação cefálica. Batimentos cardíacos fetais tes, é correto afirmar que:
estão em 172 bpm e a pressão arterial é de 110x70
mmHg. Hemograma, realizado em caráter de ur- (A) o exame a fresco da secreção vaginal com
gência, mostra leucocitose com desvio à esquerda. hidróxido de potássio a 10% promove uma li-
A melhor conduta para esse caso é: se celular, facilitando a identificação de hifas
e micélios
(A) internação para tocólise e corticoterapia. (B) a identificação da cândida através de cultura,
(B) interrupção imediata através de cesariana. na ausência de sinais e sintomas, é indicativa
(C) aplicação de antibiótico de largo espectro e para tratamento.
indução do parto. (C) a sensibilidade do exame a fresco em amos-
(D) administração de antibiótico e corticoterapia tras vaginais para diagnóstico da tricomonía-
por 48 horas para posterior indução. se é alta.
(E) realização de ultrassonografia para confirmar (D) a utilização de cultura de secreção vaginal
a rotura das membranas. em meio específico de Diamond está indica-
da nas pacientes com clínica sugestiva de
22 Dentre as opções a seguir, aquela que con- candidíase e com exame a fresco negativo.
tém alteração fisiológica da gravidez é a (E) a vaginose bacteriana é mais frequente em
pH vaginal abaixo de 4,5.
(A) resistência vascular periférica elevada.
(B) diminuição do ritmo de filtração glomerular. 26 Adolescente, 17 anos, solicita método contra-
(C) hipovolemia. ceptivo durante consulta ginecológica. Informa ser
(D) redução do tônus do esfíncter esofágico infe- Gesta III Para III, sendo o último parto há seis me-
rior. ses. Em sua história ginecológica, refere quadro de
(E) elevação da motilidade intestinal. pré-eclampsia na última gestação, permanecendo
com níveis tensionais elevados no pós-parto, fa-
23 Oligodramnia é a redução do volume do líquido zendo uso de anti-hipertensivo de forma regular. Ao
amniótico, sendo sua principal causa aguda a: exame físico, apresenta IMC = 30 Kg/m² e PA =
120/90 mmHg, e o exame ginecológico não eviden-
(A) rotura prematura de membranas ovulares. cia alterações. Baseado nos critérios de eligibilidade
(B) insuficiência placentária. da OMS, os métodos contraceptivos considerados
(C) malformação de vias urinárias do feto. apropriados nessa situação são:
(D) desidratação materna.
(E) atresia de esôfago fetal. (A) diu TCu, adesivo transdérmico, implante.
(B) contraceptivo oral combinado, anel vaginal,
24 De acordo com as Diretrizes Brasileiras para injetável trimestral.
o Rastreamento do Câncer do Colo Uterino (INCA), (C) dispositivo intrauterino de levonorgestrel,
é correto afirmar que: implante, adesivo transdérmico.
(D) contraceptivo oral de progesterona, diu TCu,
(A) a coleta do exame colpocitológico está con- contraceptivo oral combinado.
traindicada durante a gestação pelo risco de (E) diu TCu, dispositivo intrauterino de levonor-
causar abortamento ou trabalho de parto gestrel, implante.
prematuro.
(B) mulheres, com história prévia de histerecto- 27 Paciente, 20 anos, procura atendimento mé-
mia total por doença benigna e exames col- dico com queixa de infertilidade. Relata telarca aos
pocitológicos anteriores normais, devem se- 12 anos e pubarca aos 13 anos. Nega menarca e
guir as mesmas orientações da população refere início da vida sexual aos 18 anos. O exame
em geral. físico mostra telarca e pubarca Tanner IV; vulva
(C) a coleta do exame citopatológico deve se eutrófica, vagina em fundo cego com, aproximada-
iniciar aos 25 anos naquelas mulheres com mente, cinco centímetros de comprimento. Durante
vida sexual ativa e se encerrar aos 64 anos, a investigação diagnóstica, realiza cariótipo que
quando não houver história prévia de doença revela 46,XX. A hipótese diagnóstica para esse
neoplásica pré-invasiva e os dois últimos caso é:
exames realizados nos últimos cinco anos fo-
rem normais. (A) insensibilidade androgênica.
(D) a atrofia genital secundária ao hipoestroge- (B) anovulação crônica.
nismo, encontrada na pós-menopausa, não é (C) síndrome de Asherman.
capaz de produzir alterações no resultado (D) amenorreia hipotalâmica.
colpocitológico. (E) agenesia dos ductos de Müller.

6
28 Paciente, 47 anos, apresenta queixa de san- 32 A característica da mola hidatiforme completa é:
gramento vaginal após dois anos de amenorreia
acompanhada, no ínicio, de sintomas vasomotores (A) cariótipo diploide.
e que, no momento, tornaram-se bastante fugazes. (B) presença fetal.
Refere história prévia de miomatose uterina. Gesta (C) membrana amniótica estar frequentemente
V, Para V (cinco partos normais), com laqueadura presente.
tubária. Ultrassonografia demonstra útero com 10,0 (D) cromossoma ser todo de origem materna.
X 7,0 X 5,0cm, com textura miometrial heterogênea (E) triploidia na maioria dos casos.
à custa de vários nódulos hipoecoicos, sendo o
maior com 3,0 X 2,8cm, localizado em parede uteri-
na anterior, abaulando o endométrio. Endométrio
com 7,0mm, heterogêneo. Ovários não visualizados MEDICINA PREVENTIVA E SOCIAL
devido a interposição gasosa. A conduta a ser ado-
tada nesse caso é:

(A) início de terapia hormonal combinada. 33 De acordo com a Portaria do Ministério da


(B) vídeo-histeroscopia diagnóstica. Saúde nº. 1.886, de 18 de Dezembro de 1997, no
(C) histerectomia total abdominal. âmbito do Programa de Agentes Comunitários de
(D) miomectomia. Saúde – PACS, cabe ao Ministério da Saúde:
(E) uso de análogo de GnRH.
(A) contribuir para a reorientação do modelo
29 Em relação ao câncer de mama, todos os assistencial, através do estímulo à adoção da
fatores prognósticos a seguir são considerados de estratégia de agentes comunitários de saúde
maior risco de recorrência da doença, EXCETO: pelos serviços municipais de saúde.
(B) disponibilizar instrumentos técnicos e peda-
(A) tumor de alto grau histológico. gógicos facilitadores ao processo de capaci-
(B) presença de invasão vascular. tação e educação permanente dos ACS e
(C) mutação em BRCA1 e BRCA2. dos enfermeiros instrutores supervisores.
(D) HER-2/neu com superexpressão. (C) pactuar com o Conselho Estadual de Saúde e
(E) EGF em altos níveis. com a Comissão Intergestores Bipartite os
requisitos específicos para a implantação do
30 Paciente, 45 anos, refere descarga papilar programa.
sanguinolenta, espontânea, pela mama direita. Ao (D) capacitar e garantir processo de educação
exame, não apresenta linfonodomegalias ou nódu- permanente aos enfermeiros instrutores-
los mamários. Sinal do ponto de gatilho positivo, supervisores dos ACS
com saída de secreção serossanguinolenta uniduc- (E) definir Unidade Básica de Saúde para refe-
tal na mama esquerda. Nesse caso, a melhor con- rência e cadastramento dos Agentes Comuni-
duta para esclarecimento diagnóstico é: tários de Saúde no SIA/SUS.

(A) citologia da descarga papilar.


(B) ductografia contrastada do ducto acometido. 34 Existem algumas distinções entre a vigilância
(C) punção aspirativa por agulha fina. da saúde e os modelos sanitarista e médico-
(D) core biopsy. assistencial privatista vigentes no que diz res-
(E) excisão cirúrgica do sistema ductal terminal. peito aos sujeitos, objetos, meios de trabalho e
formas de organização. Quanto às formas de orga-
nização, a vigilância da saúde adota:
31 Em relação aos teratomas ovarianos, pode-se
garantir que: (A) Rede de Serviços de Saúde e Hospital.
(B) Campanhas Sanitárias e Programas Especi-
(A) o teratoma maduro raramente sofre torção. ais.
(B) o tratamento de escolha é a ooforectomia (C) Sistemas de Vigilância Sanitária e Epidemio-
com biópsia rotineira do ovário contralateral. lógica.
(C) as pacientes com teratoma imaturo, tratadas (D) Tecnologia Médica e Tecnologia Sanitária.
cirurgicamente e que apresentam recidiva (E) Políticas Públicas Saudáveis e Ações Interse-
não respondem à quimioterapia. toriais.
(D) a rotura do teratoma maduro na cavidade
abdominal pode provocar uma peritonite quí-
mica causada pela disseminação do conteú-
do do tumor.
(E) o acompanhamento a longo prazo de pacien-
tes tratadas para o teratoma imaturo mostra
comprometimento do futuro reprodutor.

7
35 Em relação à ocorrência da febre tifoide no (D) de 2 anos, independentemente da prova tu-
Brasil, é correto afirmar que: berculínica.
(E) recém-nascida de mãe bacilífera.
(A) sua ocorrência está diretamente relacionada
às condições de saneamento existentes.
(B) apresenta sazonalidade, com predominância
de casos no inverno. 39 Todas as opções a seguir apresentam contra-
(C) apresenta alterações cíclicas que têm impor- indicação à vacinação, EXCETO:
tância prática para a prevenção.
(D) acomete com maior frequência individual os (A) imunodeficiência congênita ou adquirida.
menores de 15 anos de idade em áreas en- (B) tratamento com corticoides.
dêmicas. (C) tratamento com imunodepressores.
(E) sua taxa de ataque aumenta com a idade. (D) presença de neoplasia maligna.
(E) desnutrição.
36 A sífilis congênita no Brasil tem alcançado a
frequência de dois casos para cada mil nascimentos
e, para efeitos de vigilância epidemiológica, toda
mãe com VDRL positivo na gravidez e que não 40 Com relação à difteria, é correto afirmar que:
tenha recebido tratamento adequado, terá seu re-
cém-nascido considerado caso de sífilis congênita: (A) a doença confere imunidade permanente.
(B) a proteção conferida pelo Soro Antidiftérico
(A) se este apresentar VDRL com titulação maior (SAD) é temporária e de curta duração (em
que a do VDRL materno. média duas semanas).
(B) independentemente da condição clínica e do (C) o período de transmissibilidade termina com
VDRL do recém-nascido. o surgimento do horizonte clínico.
(C) se este apresentar VDRL positivo com qual- (D) o grupo etário que apresenta maior coeficien-
quer titulação. te de incidência é o dos idosos.
(D) se este apresentar VDRL positivo (qualquer (E) a via de administração preferencial para o
titulação), RX de ossos longos alterado e/ou Soro Antidiftérico (SAD) é a subcutânea.
alterações clínico-laboratoriais (anemia, he-
patoesplenomegalia, etc.).
(E) se este apresentar VDRL positivo > 1:4 e 41 Em relação à transmissibilidade da meningite
tiver alteração clínica ou laboratorial compatí- tuberculosa, é correto afirmar que:
vel com a doença.
(A) tem as mesmas caraterísticas de todas as
37 Trabalhador da construção civil é atendido no meningites bacterianas
serviço de saúde após ter sido picado por aranha. A (B) ocorrerá nas primeiras 72 horas, mesmo
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CI- quando associada à tuberculose pulmonar
PA) de sua empresa teria identificado os riscos do bacilífera.
processo de trabalho e elaborado o mapa destes, (C) mantém-se até 15 dias, após o término do
classificando a possibilidade da ocorrência desse tratamento
evento como um tipo de risco ocupacional: (D) permanece até seis dias, após o início do
tratamento
(A) biológico. (E) é inexistente.
(B) químico.
(C) de acidentes.
(D) ergonômico.
(E) toxicológico. 42 Quando se afirma que embora existam mais
aparelhos de TV (per capita) na população com
38 Uma das medidas atribuídas ao Programa de elevadas taxas de doenças cardiovasculares, essa
Controle da Tuberculose é aplicada aos indivíduos associação não é considerada causal. Tal afirma-
com infecção latente pelo agente da doença (ILTB). ção envolve o critério de:
Uma situação contemplada por essa medida é de
criança:
(A) especificidade.
(B) gradiente da exposição.
(A) de 4 anos, com prova tuberculínica > 10mm,
(C) analogia.
coabitante de paciente bacilífero.
(D) força de associação.
(B) de 2 anos, RX de tórax com adenomegalia
(E) plausibilidade biológica.
hilar, independentemente da prova tuberculí-
nica.
(C) de 4 anos, com prova tuberculínica > 10mm e
RX tórax com adenomegalia hilar.

8
43 A consistência de resultados quando a medi- 47 Dentre o conjunto de estratégias para compor
ção ou o exame se repete, por exemplo: dois radio- uma política de saúde do homem, a informação
logistas leem, independentemente um do outro, as AUSENTE no diagnóstico da saúde da população
mesmas radiografias e chegam ao mesmo diagnós- masculina é que:
tico (podendo ambos estar certos ou errados em
seus diagnósticos), diz-se que esses profissionais (A) o índice de fumantes é maior no sexo mascu-
atingiram o nível máximo de: lino.
(B) homens são 52,9% dos internados.
(A) acuidade. (C) homens vivem 7,6 anos menos que as mu-
(B) acurácia. lheres.
(C) reprodutibilidade ou confiabilidade ou precisão. (D) a cada cinco pessoas na faixa de 20 a 30
(D) validade. anos que morrem, quatro são homens.
(E) exatidão. (E) a obesidade é mais presente entre os ho-
mens.

44 Se a exposição a um fator de risco pode ser


isolada de outras exposições, sendo capaz de pro- 48 A cobertura às ações de planejamento famili-
duzir mudanças na incidência de uma doença, tem- ar nos planos de saúde tornou-se uma obrigação
se argumentos adicionais em favor de uma relação legal, normatizada pela Agência Nacional de Saúde
causal entre fator e doença. Tal conceito caracteriza (ANS). Essa cobertura contempla todos os itens a
uma: seguir, EXCETO:

(A) sequência cronológica. (A) implante de dispositivo intrauterino (DIU)


(B) consistência da associação. hormonal - incluindo o dispositivo.
(C) analogia com outras situações. (B) sulfato de deidroepiandrosterona (sdhea).
(D) plausibilidade da associação. (C) reversão da vasectomia.
(E) especifidade da associação. (D) atividade educacional para planejamento
familiar.
(E) consulta de aconselhamento para planeja-
45 As pesquisas envolvendo seres humanos mento familiar.
devem atender às exigências éticas e científicas
fundamentais que implicam:
CIRURGIA GERAL
(A) justiça e garantia de que danos previsíveis
serão evitados. 49 A síndrome do “coletor” pode ocorrer após a:
(B) beneficiência e relevância social da pesquisa
com vantagens para os sujeitos da pesquisa. (A) hepaticojejunostomia.
(C) não maleficiência e defesa das vulnerabilida- (B) esfincterotomia transduodenal.
des dos seres humanos. (C) pancreatojejunostomia.
(D) autonomia e minimização do ônus para os (D) coledocoduodenostomia.
sujeitos vulneráveis. (E) gastroenteroanastomose com y de roux.
(E) autonomia, consentimento livre e esclarecido
dos indivíduos-alvo e proteção a grupos 50 Todos os tipos de úlceras gástricas a seguir
vulneráveis e aos legalmente incapazes. estão associadas à produção ácida, EXCETO

(A) II e III.
(B) I e II.
46 A COFINS (Contribuição para Financiamento (C) III e IV.
da Seguridade Social), uma das principais fontes de (D) I e III.
recursos do Orçamento da União para a Saúde, tem (E) I e IV.
origem na:
51 A técnica de Witzel é utilizada comumente
(A) receita das pessoas jurídicas. para realização de:
(B) alíquota da renda declarada das pessoas
físicas. (A) jejunostomia.
(C) movimentação de valores de natureza finan- (B) esofagostomia.
ceira. (C) gastrostomia.
(D) transmissão de créditos de natureza financei- (D) colostomia direita.
ra. (E) colostomia esquerda.
(E) alíquota de lucros presumidos.

9
52 A fratura da porção proximal da ulna, associ- 58 A anemia megaloblástica pode surgir em
ada à luxação da porção proximal do rádio na arti- paciente submetidos a:
culação do cotovelo, é conhecida com fratura de:
(A) gastrectomia total.
(A) Colles. (B) hepatectomia esquerda.
(B) Monteggia. (C) pancreatoduodenectomia.
(C) Smith. (D) ressecção jejunal.
(D) Kienböer. (E) pancreatectomia distal.
(E) Galeazzi.

53 É correto afirmar que a técnica de Toupet 59 Com relação as doenças congênitas da árvo-
consiste: re biliar, é correto afirmar que:

(A) a doença de Caroli é a mais comum.


(A) na ressecção do esôfago distal em caso de
(B) o tratamento do cisto de colédoco tipo I con-
doença de Barrett.
siste em excisão primária e hepaticojenosto-
(B) no antirrefluxo, envolvendo posteriormente o
mia em Y de Roux.
esôfago em 270º.
(C) os cistos de colédoco não estão relacionados
(C) no procedimento mais utilizado para o trata-
ao desenvolvimento de malignidade.
mento da acalasia.
(D) a doença hepática cística é, entre as anoma-
(D) no antirrefluxo, envolvendo posteriormente o
lias biliares, uma das mais raras.
esôfago em 180º.
(E) os cistos de colédocos mais comuns são os
(E) no antirrefluxo, envolvendo anteriormente o
do tipo III e IV.
esôfago.

54 A trombose arterial aguda periférica acomete


60 Em paciente com trauma abdominal fechado,
mais comumente a artéria:
submetido à laparotomia exploradora e damage
control (DC), está correto afirmar que:
(A) femoral superficial.
(B) femoral profunda.
(A) uma vez utilizado o DC, obriga a uma reope-
(C) carótida comum.
ração nas próximas 12 horas.
(D) axilar.
(B) deve ser utilizado o DC nas lesões hepáticas
(E) poplítea.
grau Ia.
(C) a reoperação está afastada antes do quinto
55 A artéria gastroepiploica direita é ramo de um
dia após o procedimento.
dos vasos sanguíneos a seguir. Indique-o. (D) pode ser feito o DC em casos de lesões as-
sociadas graves em pacientes em choque hi-
(A) Tronco celíaco povolêmico.
(B) Tronco da artéria hepática (E) modernamente todo o trauma abdominal
(C) Artéria esplênica grave tem sido abordado através de DC.
(D) Artéria gastroduodenal
61 A cirurgia de Heller é indicada para o trata-
(E) Artéria hepática direita
mento de:
56 A aspiração de alimentos após anestesia (A) carcinoma do esôfago.
geral, quando o reflexo do vômito encontra-se de- (B) acalasia do esôfago.
primido, é conhecida como síndrome de: (C) espasmo difuso do esôfago.
(D) hérnia por deslizamento.
(A) Reinke. (E) divertículo epifrénico.
(B) Kartagener.
62 Paciente do sexo feminino, 67 anos, com
(C) Schmidt.
lesão ulcerada em parede lateral do canal anal, de
(D) Logan. bordos elevados, friável e irregular. Biópsia confir-
(E) Mendelson. ma tratar-se de lesão maligna, sugerindo que esse
tumor seja da linhagem histológica de:
57 A cintilografia com metaiodobenzilguanidina
pode ser útil na localização pré-operatória de: (A) adenocarcinoma.
(B) melanoma.
(A) insulinomas. (C) sarcoma.
(B) feocromocitomas. (D) teratoma maligno.
(C) carcinoma medular da tireoide. (E) carcinoma epidermoide.
(D) gastrinomas.
(E) glucagonomas.

10
63 Paciente, 43 anos, com história de diabetes discretamente doloroso a palpação profunda, peris-
melito, hiperlipidemia, abuso de álcool e doença talse aumentada. De acordo com esses dados clíni-
arterial coronariana é submetido à apendicectomia cos, pode-se afirmar que o paciente apresenta:
de emergência. Assinale as condições que predis-
põe esse paciente à lesão renal aguda pós- (A) diarreia invasiva, devendo ser bem hidratado,
operatória. dando-se início a antibioticoterapia.
(B) desidratação grave, devendo receber inicial-
(A) Procedimento abdominal, cirurgia de emer- mente etapa de expansão com soro fisiológi-
gência e hiperlipidemia. co e, após diurese, iniciando-se etapa de
(B) Idade acima de 40 anos, procedimento ab- manutenção e reposição.
dominal e cirurgia de emergência. (C) hidratação adequada, devendo ser conduzido
(C) Diabetes melito e procedimento de emergên- de acordo com o Plano B, recomendado pelo
cia. Ministério da Saúde.
(D) Doença arterial coronariana, abuso de tabaco (D) hidratação adequada, podendo ser liberado
e procedimento abdominal. ao domicílio, com orientação de manutenção
(E) Idade acima de 40 anos, cirurgia de emer- da alimentação habitual, aumento da ingesta
gência e diabetes melito. de líquidos e administração oral de zinco uma
vez ao dia, por 14 dias.
64 O local mais frequente de metástase mediada (E) desidratação, devendo receber soro de rei-
pelo sangue em cânceres colorretais primários é: dratação oral 50-100 ml/kg nas primeiras 4-6
horas na Unidade de Saúde.
(A) o fígado.
(B) o pulmão.
(C) o cérebro. 67 Escolar feminina, oito anos, apresenta quadro
(D) a coluna cervicotorácica. febre há cinco dias, associada a dificuldade de ca-
(E) a coluna lombossacra. minhar por dor em membros inferiores. O exame
físico mostra temperatura axilar de 37ºC, frequência
cardíaca de 132 bpm, frequência respiratória de 28
irpm e PA de 100/60mmHg. Presença de sinais de
PEDIATRIA artrite em joelho direito e tornozelo esquerdo, o
precórdio apresentava ictus propulsivo, ausculta
cardíaca com ritmo regular, bulhas normofonéticas
e sopro sistólico 2+/6 em foco mitral; ausculta respi-
65 A bronquiolite ainda é uma doença com ele- ratória e exame do abdome sem alterações. Radio-
vada morbidade, sendo o Vírus Sincicial Respirató- grafia de tórax revela área cardíaca normal e sem
rio (VSR) o agente etiológico envolvido na maioria alterações pulmonares, e ecocardiograma mostra
dos casos. Com relação a isso, é correto afirmar espessamento dos folhetos mitrais com regurgita-
que: ção mitral leve. A mãe refere que a criança é sau-
dável, exceto por ter “muita inflamação na gargan-
(A) a maior circulação do VSR ocorre nos meses ta”. Diante desse quadro clínico, a profilaxia secun-
de abril a agosto nas regiões norte e sul do dária que está indicada, após o tratamento inicial
Brasil. dessa patologia, é:
(B) a prematuridade é o principal fator de risco
para hospitalização pelo VSR. (A) penicilina G benzatina em dose única.
(C) ainda não existe uma profilaxia definida para (B) penicilina G benzatina de 21/21 dias até 25
a infecção pelo VSR. anos ou 10 anos após o último surto, valendo
(D) na infecção pelo VSR as crianças portadoras o que cobrir maior período.
de malformações cardíacas apresentam mai- (C) penicilina G benzatina de 21/21 dias até 21
or gravidade porém com menor taxa de hos- anos ou cinco anos após o último surto, va-
pitalização. lendo o que cobrir maior período.
(E) o risco de internação na infecção pelo VSR (D) penicilina G benzatina de 21/21 dias até os
independe da idade gestacional. 40 anos ou por toda a vida.
(E) desnecessária.

66 Lactente, 11 meses, é levado ao atendimento


médico. Mãe relata que o mesmo tem apresentado
febre, choro intenso e diarreia (sete episódios de
evacuações líquidas sem sangue ou muco) nas
últimas 12 horas. Ao exame, encontra-se alerta,
hipocorado 1+/4+, enchimento capilar 2 segundos,
pulsos periféricos preservados, sinal da prega de-
saparece rapidamente. Aparelho respiratório e car-
diovascular sem alterações. Abdome distendido,

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68 Paciente, sete anos, inicia febre, odinofagia e posto, assinale a conduta correta dentre as opções
tosse seca há nove dias . No terceiro dia de evolu- a seguir.
ção, é levado à assistência médica. Radiografia de
tórax evidencia infiltrado em 1/3 inferior de hemitó- (A) Devido à pouca idade da criança e à dificul-
rax direito, sendo prescrito amoxicilina via oral por dade de coleta de exames, não há necessi-
10 dias. Após 4 dias de uso regular dessa medica- dade de realizar coleta de urinocultura.
ção, a febre persiste e mãe leva criança para nova (B) Tendo em vista a gravidade do quadro clíni-
consulta. Ao exame, apresenta-se em bom estado co, solicitar com urgência a uretrocistográfica
geral, FR = 40 e Tax = 38.4. O exame do aparelho miccional para avaliar a presença de anoma-
respiratório evidencia murmúrio vesicular univer- lia anatômica.
salmente audível com estertores crepitantes em 1/2 (C) Com base na confirmação de ITU e a elimi-
inferior de hemitórax direito. À otoscopia, hiperemia nação renal das cefalosporinas, iniciar cefa-
de membranas timpânicas. O restante do exame lexina via oral à admissão da criança.
não apresenta alterações. Em a relação ao caso (D) Caso a infecção seja comprovada, coletar
descrito, assinale a opção correta. urinocultura, iniciar antibioticoterapia endove-
nosa imediatamente e programar exames de
(A) O provável agente etiológico é o Staphylo- imagem
coccus aureus . (E) Como a criança não apresenta sintomas
(B) A alteração radiológica nos casos de pneu- clássicos de ITU, liberar o paciente, orientan-
monia é capaz de definir o agente etiológico e do a mãe para manter observação ambulato-
orientar o tratamento . rial e retornar em caso de surgimento de sin-
(C) A pneumonia causada por germes atípicos tomas mais específicos de infecção do trato
tem sempre evolução benigna . urinário.
(D) A troca de antibiótico só deve ser realizada
após a obtenção dos resultados de radiogra-
fia de tórax, hemograma e hemocultura . 71 Na avaliação clínica de criança com desnutri-
(E) O Mycoplasma pneumoniae pode ser o agen- ção grave, aponte a alternativa correta.
te etiológico, devendo ser considerada a
prescrição de um macrolídeo . (A) É muito comum a ocorrência de infecção, que
frequentemente se manifesta com sinais clí-
69 No município de Niterói, mês de janeiro, você nicos evidentes, tais como crise convulsiva,
atende no ambulatório de puericultura lactente febre e insuficiência respiratória.
masculino, sete meses, com curva no gráfico de (B) Presume-se que todas as crianças com esse
peso para estatura mantida no escore Z = -1, sem quadro tenham infecção, devendo receber
alterações ao exame físico e com história patológica antibioticoterapia desde o início do tratamen-
pregressa apenas de infecção de vias aéreas supe- to.
riores. Na avaliação da caderneta da criança, as (C) Sinais de hipertensão intracraniana e irritação
vacinas (com os respectivos números de doses) meníngea são muito frequentes.
que ele deve ter recebido para ser considerado com (D) O esquema antimicrobiano preconizado à
a vacinação adequada, segundo o Calendário Naci- admissão nesse tipo de paciente se constitui
onal de Vacinação do Ministério da Saúde do Brasil, de vancomicina e cefepime.
além da BCG (1 dose), Pentavalene (3 doses), (E) O calendário de vacinas dessas crianças não
VIP/VOP (3 doses), Rotavirus (2 doses) e Meningo- deve ser atualizado durante a internação.
cócica conjugada (2 doses), são:

(A) Hepatite B (1 dose) e Pneumocócica conju-


gada 10-valente (2 doses). 72 No caso de recém-nascido, 14 dias de vida,
(B) Pneumocócica conjugada 10-valente (2 do- admitido na Emergência Pediátrica com quadro
ses) e Hepatite A (1 dose). clínico de perda progressiva de peso, desidratação
(C) Hepatite B (1 dose) e Pneumocócica conju- grave, vômitos e hipotensão, a principal hipótese
gada 10-valente (3 doses) diagnóstica é:
(D) Pentavalente (3 doses), Pneumocócica con-
jugada 10-valente (3 doses) e Influenza (2 (A) refluxo gastroesofágico.
doses) (B) hipertrofia de piloro.
(E) Pneumocócica conjugada 10-valente (2 do- (C) alergia alimentar.
ses) e Febre amarela (1 dose) (D) intolerância à lactose.
(E) hiperplasia congênita de suprarrenal.
70 A avaliação de recém-nascido a termo (39
semanas de idade gestacional), 12 dias de vida,
admitido no Setor de Emergência com quadro clíni-
co de gemência, hipoatividade, vômitos, febre (Tax
O
= 39,8 C) e perfusão capilar lentificada, levou à
suspeita de infecção do trato urinário (ITU). Isso

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73 Dentre as opções a seguir, referente ao caso 77 O recém-nascido a termo normalmente:
clínico da questão anterior, os achados laboratoriais
você espera para corroborar a sua hipótese diag- (A) é incapaz de sustentar bem o olhar de longe.
nóstica são: (B) perde capacidade do reflexo de Moro bilateral
nos primeiros dias de vida.
(A) hipoglicemia, hiponatremia e hipercalemia. (C) acompanha um objeto com o olhar, virando
(B) hiperglicemia, hipernatremia e hipocalemia. também a cabeça para o mesmo lado, quan-
(C) hiperglicemia, hiponatremia e hipercalemia. do estimulado de perto.
(D) hipoglicemia, hipernatremia e hipocalemia. (D) apresenta incapacidade de audição por ima-
(E) hipoglicemia, hiponatremia e hipocalemia. turidade coclear.
(E) demonstra preferência para observação de
74 Dentre as situações clínicas a seguir, a que cores suaves.
apresenta indicação formal para o recebimento de
imunoprofilaxia para o vírus sincicial respiratório é: 78 A definição de “quimioprofilaxia primária da
tuberculose” consiste em:
(A) lúpus eritematoso sistêmico.
(B) febre reumática. (A) administrar INH, rifampicina e pirazinamida
(C) broncodisplasia pulmonar. em indivíduo infectado por BK, com radiogra-
(D) cardiopatia congênita acianótica corrigida no fia de tórax normal.
período neonatal. (B) separar o doente tuberculoso com radiografia
(E) prematuro com 36 semanas de idade gesta- torácica normal do que não foi infectado pelo
cional. BK.
(C) administrar isoniazida (INH) em suscetível
não infectado pelo BK, visando seu não ado-
75 Na consulta de puericultura de um lactente de ecimento.
três meses, observa-se que a criança se mantém (D) administrar INH em criança infectada pelo
no percentil 5 de peso e p 50 de comprimento. A BK, visando o não adoecimento.
mãe lhe oferece o seio a cada duas horas, mas há (E) restringir o uso de antibióticos, instituindo
dificuldade de sucção. Ao exame físico, apresenta- tratamento por BCG.
se acianótico, pulsos palpáveis, desconforto respira-
tório leve e fígado palpável a 3 cm do RCD. A aus- 79 A conduta mais indicada para a mãe de re-
culta cardíaca constata sopro sistólico grau IV, me- cém-nascida que procura atendimento porque cri-
lhor audível em borda esternal esquerda baixa irra- ança apresenta, desde o nascimento, pequenos
diado para borda esternal direita e ponta. A hipóte- lábios proeminentes, saída de secreção esbranqui-
se diagnóstica mais provável é; çada pela vagina e aumento bilateral das mamas,
deve ser:
(A) TGVB (transposição de grandes vasos da
base). (A) solicitar pesquisa de 17-cetoesteroides.
(B) CIV (comunicação intraventricular). (B) prescrever creme vaginal com estrogênio.
(C) Fallot (tetralogia de Fallot). (C) solicitar cromatina sexual.
(D) CIA (comunicação intra-atrial). (D) investigar hiperplasia de suprarrenal.
(E) HPP RN (hipertensão pulmonar persistente (E) tranquilizar a mãe quanto à passagem normal
do recém-nascido. de hormônios para a RN, mantendo observa-
ção.
76 Quanto à diarreia em Pediatria, é correto
afirmar que: 80 Os tumores torácicos mais comuns na popu-
lação pediátrica são os:
(A) a intolerância à lactose produz diarreia secre-
tória. (A) teratomas.
(B) denomina-se ”persistente” se a duração for (B) linfomas de Hodgkin.
superior a 30 dias. (C) linfomas não-Hodgkin.
(C) as formas agudas têm duração de no máximo (D) tumores neurogênicos.
72 horas. (E) tumores de Askin.
(D) a forma disentérica contém muco e sangue.
(E) a desidratação da criança com diarreia é em
geral hiponatrêmica.

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