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Metodologia II 2024.1 - Aula 1 e 2 Apostila 1 - 2024

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METODOLOGIA ...

II –
AULA 1 – APOSTILA 1
Prof. Dr. Paulo Roberto Konzen
[email protected]
BARBOSA, Evandro; COSTA, Thaís C. Alves.
Metodologia e Prática de Pesquisa em Filosofia [recurso eletrônico].
Pelotas: NEPFIL online, 2015.
Disponível em:
http://nepfil.ufpel.edu.br/publicacoes/3-
metodologia-e-pratica-de-pesquisa-em-
filosofia.pdf

2
INTRODUÇÃO [p. 13]
O texto aqui desenvolvido tem uma marca característica:
ser um trabalho que permita aos
alunos de Filosofia
compreender o modo mais adequado de
preparar seus trabalhos acadêmicos
e, quando possível,
demonstrar a importância dos diferentes tipos de
pesquisa que podemos desenvolver nesta área.
No primeiro capítulo, Filosofia: questões recorrentes, a
preocupação foi retomar alguns elementos que
consideramos importantes que o estudante tenha em
mente antes de começar a desenvolver seus textos de
filosofia. A questão que se levanta exige esclarecer o espaço
de manobra da filosofia no campo do conhecimento, na
medida em que ela se constitui como um tipo de saber que
3
requer reflexão, ou seja, não pode ser dado de modo
leviano e sem os devidos questionamentos. {...}
{1. FILOSOFIA: QUESTÕES RECORRENTES
1.1. Situando a Questão Filosófica [p. 15]
O propósito deste texto é permitir ao estudante de
filosofia adentrar no universo filosófico e oferecer algumas
orientações sobre a melhor maneira de explorá-lo.
Nesse sentido, esta introdução à filosofia não pretende
exaurir todo o conhecimento acerca do filosofar, mas
oferecer uma base, derivada do pensamento de diferentes
autores que lidam diretamente com o modo e a metodologia
mais adequada para estudar filosofia, em que o aluno se
sinta seguro para desenvolver suas habilidades filosóficas.
Para isso, o texto oferece orientações esclarecedoras sobre o
adquirir conhecimento filosófico, a partir de uma linguagem
de fácil entendimento, constituindo-se como “ferramenta
metodológica útil” para o estudante interessado no filosofar.
O primeiro esclarecimento é dizer
4
o que podemos compreender como filosofia,
ou seja, qual o seu significado. {...}
Se filosofia é amor ao saber, isso não significa que possamos
reduzir a tarefa do filósofo a um saber sui generis,
reservado a uns poucos interessados por um tipo de saber
complicado e inacessível a todo homem. Pelo contrário, como a
alegoria da caverna de Platão já nos indicou, sair da caverna é
tarefa de qualquer ser humano, e a filosofia é este vislumbrar
um horizonte de conhecimento que almejamos, porém sem
jamais tocá-lo por inteiro. Não nos interessa tomar o saber
preexistente como dado, mas perscrutar caminhos não
percorridos, através de uma atividade filosófica crítica que
busque a justificação do conhecimento de uma forma mais
profunda que a simples aceitabilidade do senso comum sobre
suas definições.
É importante observar como a filosofia se constitui enquanto
saber único, que diverge de outros saberes tais como a ciência
ou a matemática. “Ao contrário da ciência, ela não se apoia em
experimentos ou na observação, mas apenas na reflexão. 5
E, ao contrário da matemática, não dispõe de nenhum
método formal de verificação. [...]”(NAGEL, 2007, p. 2).
Para isso, é importante que compreendamos por que estudar
filosofia é algo tão importante, não como um conhecimento
instrumental de quem constrói uma casa ou uma mesa, mas
como uma reflexão sobre a própria possibilidade destes
conhecimentos se estabelecerem. Nesse sentido, o
pensamento filosófico transcende a mera percepção do
imediato, pois uma resposta satisfatória aos problemas que
ele levanta requer do estudante compreender o âmbito em
que sua pesquisa está inserida. Dessa forma, a investigação
filosófica precisa necessariamente seguir alguns passos para
a resolução das questões filosóficas de modo satisfatório.
O segundo capítulo, intitulado Filosofia: método e
investigação, intensifica o esforço para que o aluno esteja
munido conceitualmente dos elementos básicos necessários
para que sua investigação tenha êxito. Aqui, êxito
significará que a pesquisa teve os seus resultados
6
apresentados de modo claro e que os conceitos foram
suficientemente trabalhados. {...}
Se este caminho for perseguido de forma suficiente,
considerando seus pressupostos antropológicos e
epistemológicos, precisamos identificar o tipo de pesquisa e
qual o método que iremos [p. 14] utilizar para desenvolvê-
la. No caso da pesquisa, temos os seguintes tipos:
exploratórias, descritivas, explicativas, experimentais,
bibliográficas, etc. Somam-se a isso os diferentes tipos de
método que podemos utilizar para desenvolvê-las:
indutivo, dedutivo, hipotético-dedutivo,
materialista histórico-dialético e fenomenológico.
Diferentes métodos podem chegar a resultados
semelhantes, porém as veredas que percorrem podem
divergir de acordo com o olhar que se está lançando sobre o
objeto de estudo. Em suma, vários são os métodos, assim
como vários são os tipos de pesquisa que podemos
desenvolver no cenário filosófico, porém importa-nos o
7
modo como o pesquisador se valerá destas ferramentas
para intensificar seus estudos.
O terceiro capítulo, Elaboração de textos filosóficos,
oferece alguns esclarecimentos sobre como desenvolver
nossas habilidades de pesquisa em diferentes frentes. Como
elemento comum, temos a necessidade de que façamos uma
análise (textual e temática) do texto em questão e que,
posteriormente, estabeleçamos a problematização do
mesmo. Aqui, o estudante de filosofia poderá encontrar os
aportes necessários sobre como produzir um resumo
adequado ao texto que se está desenvolvendo, aprenderá a
perceber quais pontos uma resenha deve considerar, o modo
como o fichamento deve ser feito, como elaborar um pôster
para apresentação de seu trabalho, bem como o caminho
para preparar um artigo científico.
Por fim, o quarto capítulo, Projeto de monografia, explica
por que a pesquisa científica precisa respeitar certas
normas e procedimentos. Dentre eles, o principal é a
8
elaboração de um projeto antes de dar início, propriamente,
à pesquisa. {...}
O projeto deve conter em linhas gerais
o que pretende ser desenvolvido,
como e por quê.
Por isso, este capítulo trará de forma detalhada os passos
para a elaboração de uma monografia, considerando seus
principais elementos: assunto, delimitação do assunto,
justificativa, revisão de literatura, formulação do problema,
procedimento, análise de dados, discussão dos resultados e
cronograma. Esperamos que, ao longo dos capítulos, o aluno
consiga compreender a importância destes elementos
formais como facilitadores para que a leitura e o
desenvolvimento de sua pesquisa sigam um roteiro seguro
cujo resultado seja satisfatório. [...]
1. Filosofia: questões recorrentes .............................. 15
1.1. Situando a Questão Filosófica.............................. 15
1.2. Filosofia como Prática de Conhecimento ......... 20
9
1.3. Pensamento Crítico-filosófico ............................. 24
1.4. Pesquisa em Filosofia [p. 24]
[p. 24]
1.4. Pesquisa em Filosofia
Pelo que vimos, podemos afirmar, então, que a
investigação filosófica
é a busca pela resolução de problemas filosóficos
seguindo alguns passos básicos: [p. 25]

a. Encontrar o problema. Compreendido o contexto em


que estamos nos movimentando, precisamos identificar o
problema que pretendemos resolver, pois ele irá indicar o
caminho que nossa argumentação filosófica irá assumir.
Nesse sentido, encontrar o problema é identificar a
interrogação que irá nos levar a desenvolver o raciocínio
filosófico, ou seja, nos permitirá oferecer uma resposta seja
a qualquer questão levantada (não há resposta se não
houver pergunta); 10
b. Observação. Para identificar o problema, é importante
que observemos o contexto em que este se desenvolve para
darmo-nos conta dos elementos e das relações que estão em
jogo na análise a ser feita. Por exemplo, uma pergunta
epistemológica indica que a resposta passa por resolver
alguma questão relacionada à possibilidade do
conhecimento, assim como uma questão prática exigirá uma
discussão no âmbito das ações humanas;
c. Formulação de hipóteses. Supondo-se que seguimos os
passos a e b, até este ponto, temos o contexto da
argumentação e o problema colocado. Cabe agora começar a
formular algumas hipóteses que expliquem o problema e
ofereçam uma resposta em um nível minimamente
satisfatório. Se desenvolvermos nossas habilidades de
argumentação de modo satisfatório, então seremos capazes
de pensar respostas ou soluções que tenham alguma
11
mínima chance de responder ao(s) problema(s) posto(s).
d. Nível de justificação e revisão. Nem sempre o
problema vem acompanhado de uma única questão, por isso
sua resolução pode exigir equacionar problemas correlatos
que orbitam a questão central. Nesse caso, a resolução da
questão central (e suas questões secundárias) passa
diretamente pelo nível justificação que oferecemos em
nossas respostas, tendo em vista que essa busca ad eterno
pelo conhecimento não repousa em uma resposta absoluta.
Com isso, somos convidados a revisar nossas crenças a todo
o momento, na medida em que nossas respostas repousam
sobre argumentos passíveis de revisão e crítica. De certa
forma, este trabalho filosófico de refinar nossas respostas e
[p. 26] soluções é o que permite aprimorar e aumentar o
nível de justificação da argumentação filosófica.
[...]
12
3. ELABORAÇÃO DE TEXTOS FILOSÓFICOS
[p. 47]

3.1. Leitura de Textos Filosóficos


No universo da filosofia, em todo momento somos
desafiados a interpretar e dar sentido/significado a um
conjunto de acontecimentos envolvendo nosso cotidiano.
Nesse sentido, a leitura assume esse caráter de atribuição
de significado ao que nos rodeia, sendo a leitura
compreendida em um amplo espectro de atividades que
realizamos, tais como quando lemos determinada atitude,
acontecimento, comportamento ou, obviamente, algo
escrito. O que efetuamos é uma leitura do mundo que nos
cerca, o que exige de nós a capacidade de observação para
capturar as informações desencontradas e mais variadas
que nos cercam. Por isso, se quisermos fazer a leitura
correta (pressupondo que esta exista, obviamente)
precisamos estar atentos a tudo que acontece à nossa volta,
13
para não perdermos nos detalhes informações preciosas
para nossa interpretação do mundo.
Além disso, a leitura nos permite compreender o
significado articulado, por meio de determinada linguagem,
do “[...] conjunto de signos linguísticos que codificam uma
mensagem” (SEVERINO, 2008, p. 9). Não podemos nos
esquecer, entretanto, que a leitura permite uma atribuição
de significado derivada da ‘bagagem cultural’ que o leitor
possui como suporte para realizar o entrelaçamento das
palavras e a consequente compreensão do universo da
leitura. O resultado é que diferentes indivíduos oferecem
diferentes respostas para suas observações sobre o mundo,
já que fazer a sua leitura depende da base sobre a qual se
assenta a construção do significado. Esta base deriva do
contexto ao qual o indivíduo está inserido; por isso idade,
sexo, país, entre outros elementos, permitem ao leitor
decodificar a mensagem. Nesse caso: ler é “[...] encontrar-se
com a palavra e reconhecer debaixo de sua mortalha o
14
sopro, o ritmo, o vigor do humano dimensionado e vivido
pelo autor” (BUZZI, 2000, p. 134). {...}
Textos que utilizam a linguagem simbólica (livros,
revistas, artigos de revistas, jornais, etc.) exigem
diferentes formas de leitura, cada qual atendendo ao seu
objetivo.
Uma leitura analítica, cujo processo de decodificação
do texto escrito exige qualidades refinadas, enseja uma
abordagem ampla do texto para que o leitor desenvolva
uma visão integral da proposta do autor, guiando-o
através dessa proposta. Textos filosóficos são exigentes
tanto no propósito com que são escritos, quanto na
interpretação do leitor, o que requer determinadas
técnicas de leitura que diferem da simples leitura de
textos coloquiais, literários ou mesmo jornalísticos.

15
Seja por meio de textos filosóficos ou literários, a leitura
deve ser prazerosa e empolgante. Uma leitura encarada
como tarefa árdua torna a pesquisa cansativa e difícil de
desenvolver. Nesse sentido, é muito importante a escolha
adequada de um tema. Imagine, por exemplo, estudar
durante quatro anos de sua vida uma temática não
motivadora, isso tornará os seus estudos um fardo. Por isso,
escolha bem o assunto tendo em vista que ele precisa
causar curiosidade e interesse.
3.2. Leitura Crítica
Quando iniciamos os estudos filosóficos, a primeira
mudança de atitude que devemos ter é em relação à
maneira com que encaramos a leitura. A leitura, que
anteriormente foi livre e sem grandes exigências, agora
precisa ser crítica. Essa nova forma de leitura requer uma
compreensão mais abrangente do texto e mobiliza as
16
capacidades cognitivas do leitor, como as de sintetizar
ideias, abstrair conceitos, relacionar teorias, entre outras. {...}
Para que seja estabelecido um diálogo coerente com o texto,
podemos fazer perguntas que nos levem a compreender a
complexidade do problema em questão.
Para uma leitura crítica, devemos ler o texto no mínimo
quatro vezes. Na primeira leitura, você irá apenas
ambientar-se com o texto, ou seja, conhecê-lo[,] saber do
que se trata, mas sem escrever nada ou tentar apreender
algum conceito. A segunda leitura será para conhecer o
tema do texto. Nesse momento, você deverá sublinhar todos
os pontos importantes e, somente na terceira leitura você
deverá escrever ao lado do texto as partes que considera de
maior destaque. E, por fim, na última leitura será o
momento de você fazer o fichamento de todo o texto II.
Apenas respeitando esses quatro pontos básicos de leitura,
o leitor conseguirá compreender adequadamente o assunto
e a problemática em questão. Após esses passos, você terá17
condições de escrever mais sobre o assunto.
II
Os 4 passos da leitura de um texto.
1. Ler ele livremente;
2. Ler o texto grifando os pontos principais;
3. Ler o texto fazendo comentários;
4. Escrever anotações [críticas] do texto.
Para a realização do fichamento é necessário, antes de
tudo, a leitura atenta do texto original. Após a leitura é
necessário analisar o texto e separá-lo em partes. A
separação em partes permitirá compreender cada elemento
do texto. As etapas de análise são quatro, a saber:
1) Leitura simples do texto;
2) Leitura complexa do texto, tentando apreender todos
os seus significados, e separando o texto em partes, o que
permitirá compreender toda sua complexidade;
3) Leitura provocativa, ou seja, leitura atenta com crítica;
4) Problematização do que foi lido através do 18
levantamento de questões e possíveis delimitações do texto
original.
A leitura crítica comporta uma série de etapas para a
sua interpretação. São elas: i. a análise textual (que ocorre
na primeira leitura), ii. a análise temática (que ocorre na
segunda e terceira leitura) e, por fim, iii. a
problematização (que é feita na quarta leitura). Veremos
essas etapas mais detidamente logo abaixo:
i. Análise textual: é o primeiro contato do leitor com o
texto. Consiste numa leitura rápida na qual o leitor se
familiarizará com o assunto, a estrutura do texto e o autor.
Por isso, você deve investigar o contexto histórico no qual o
texto foi escrito, bem como, a qual corrente filosófica ele
pertence. Na etapa de análise textual há sempre o
levantamento de dúvidas de vocabulário, de tal forma que
nessa etapa é necessário ter sempre o dicionário por perto.
O objetivo da análise é a identificação de características
que auxiliem na compreensão do texto. Por ser um nível
19
inicial de leitura, ela é mais direta e literal, podendo ter as
seguintes partes:
1) Delimitação da leitura: será lido todo o texto ou
somente uma parte;
2) Levantamento de vocabulário: identificação de
palavras e conceitos desconhecidos; [p. 50]
3) Informações adicionais sobre os conceitos: em caso de
dúvidas, recorrer às fontes especializadas;
4) Busca de informações sobre o autor: contextualização
histórica e filosófica;
5) Primeira leitura panorâmica: prévia identificação de
pontos relevantes;
6) Encontro mental da ideia principal do texto;
7) Compreensão do raciocínio do autor: perceber o que o
autor tentou demonstrar em seu texto, sua estrutura
lógica e argumentativa.

20
ii. Análise temática: compreender a segunda e a terceira
leitura. É o momento em que o leitor consegue
compreender o raciocínio do autor, identificando com
clareza o problema em questão, a defesa, as ideias centrais
e secundárias. Somente nessa etapa o texto conseguirá
fazer-se entender com profundidade. É o momento da
abstração e da percepção dos elementos que se relacionam
e influenciam um ao outro, pois, dessa forma, fazemos
analogias e confrontamos ideias. É preciso ter em mente
que na segunda leitura você irá apenas grifar os pontos
importantes e que, somente na terceira leitura você irá
escrever no próprio texto os pontos relevantes. Para
auxiliar na análise temática, podemos fazer perguntas
norteadoras, tais como:

21
1) Do que se trata o texto?
2) Qual é o tema?
3) Quais são os problemas?
4) Como o autor argumenta?
5) Qual é a tese defendida pelo autor? [p. 51]
6) Como o autor explica a sua posição?
7) O autor comprova a sua hipótese?
8) Há ideias secundárias?
Fazendo essas perguntas, ficará mais fácil a
compreensão do problema estudado no texto. É nessa
etapa que o texto será compreendido e não interpretado.
Todas essas atividades nos conduzem à compreensão,
explicação e não à interpretação. Esta virá apenas na
última fase.

22
iii. Problematização: na última leitura, haverá a
interpretação do texto, ou seja, a análise crítica
propriamente. É a fase que auxiliará no processo crítico
entre o leitor e o conhecimento passado pelo autor. É o
momento do diálogo, uma vez que a partir das hipóteses
levantadas pelo autor o leitor poderá apresentar um
posicionamento próprio.
É preciso desenvolver então a crítica, examinando a
coerência do texto (se o autor não se contradiz), se
consegue solucionar o problema proposto, se avança na
discussão ou não tem originalidade, etc. Não uma crítica
gratuita, baseada no gosto e na opinião individual,
subjetiva, mas aquela que surge de nosso entendimento da
proposta do próprio texto. Trata-se da crítica objetiva, que
não depende do nosso gosto e que está fundamentada em
aspectos do próprio texto. Ao chegar a esse ponto da
23
leitura, teremos completado nossa análise. {...}
Saberemos dizer do que o autor trata, quais os itens por
ele enfocados, sob que ponto de vista o assunto foi
desenvolvido e qual sua contribuição à discussão daquele
assunto. Nessa fase, o leitor terá em mãos:
1) O conteúdo do texto; [p. 52]
2) As principais passagens do texto;
3) O conjunto do pensamento do autor;
4) A situação do autor dentro de sua corrente de
pensamento;
5) Demais pensadores que influenciaram o autor;
6) Os pressupostos implicados no texto;
7) A coerência do pensamento do autor;
8) Levantamento das principais ideias do texto como um
todo;
9) Formulações críticas do texto;
10) Críticas positivas e negativas.
24
Após termos essas respostas, podemos discutir em grupo
ou mesmo individualmente os principais problemas
surgidos a partir da leitura do texto. A leitura de outros
textos deverá seguir a mesma lógica e será de grande
importância para a compreensão do debate acerca da
problemática. Somente a partir da problematização do
texto lido é que poderemos ir além da leitura, rumo à
crítica. Essa é a importância de aprender a ler mais crítica
e profundamente.
[...]
Referências
SEVERINO, Antônio Joaquim. Como ler um texto de
filosofia. São Paulo: Paulus, 2008.
BUZZI, Arcângelo. Introdução ao pensar: o Ser, o
Conhecer, a Linguagem. Petrópolis/RJ: Vozes, 2000.
Ver Material BARBOSA, Evandro - 25

https://wp.ufpel.edu.br/ebarbosa/analise-e-redacao/
Trabalho Acadêmico
Reler, fichar
resumir e
entregar observações críticas
sobre o conteúdo da aula!
Responder as 17 questões da Apostila 1.

Tarefa 1 e Tarefa 2 – o prazo será


prorrogado, pela última vez, até dia 19.05.
26
METODOLOGIA ... II –
AULA 2 – APOSTILA 1
Prof. Dr. Paulo Roberto Konzen
[email protected]
BARBOSA, Evandro; COSTA, Thaís C. Alves.
Metodologia e Prática de Pesquisa em Filosofia [recurso eletrônico].
Pelotas: NEPFIL online, 2015.
Disponível em:
http://nepfil.ufpel.edu.br/publicacoes/3-
metodologia-e-pratica-de-pesquisa-em-
filosofia.pdf

28
[...] O terceiro capítulo, Elaboração de textos filosóficos,
oferece alguns esclarecimentos sobre como desenvolver
nossas habilidades de pesquisa em diferentes frentes. Como
elemento comum, temos a necessidade de que façamos uma
análise (textual e temática) do texto em questão e que,
posteriormente, estabeleçamos a problematização do
mesmo. Aqui, o estudante de filosofia poderá encontrar os
aportes necessários sobre como produzir um resumo
adequado ao texto que se está desenvolvendo, aprenderá a
perceber quais pontos uma resenha deve considerar, o modo
como o fichamento deve ser feito, como elaborar um pôster
para apresentação de seu trabalho, bem como o caminho
para preparar um artigo científico.
Por fim, o quarto capítulo, Projeto de monografia, explica
por que a pesquisa científica precisa respeitar certas
normas e procedimentos. Dentre eles, o principal é a
29
elaboração de um projeto antes de dar início, propriamente,
à pesquisa. {...}
O projeto deve conter em linhas gerais
o que pretende ser desenvolvido,
como e
por quê.
Por isso, este capítulo trará de forma detalhada os passos
para a elaboração de uma monografia, considerando seus
principais elementos: assunto, delimitação do assunto,
justificativa, revisão de literatura, formulação do problema,
procedimento, análise de dados, discussão dos resultados e
cronograma. Esperamos que, ao longo dos capítulos, o aluno
consiga compreender a importância destes elementos
formais como facilitadores para que a leitura e o
desenvolvimento de sua pesquisa sigam um roteiro seguro
cujo resultado seja satisfatório. [...]

30
INTRODUÇÃO [p. 13-15]
1. Filosofia: questões recorrentes
1.1. Situando a Questão Filosófica [p. 15]
1.4. Pesquisa em Filosofia [p. 24]
[...] investigação filosófica é a busca pela resolução de
problemas filosóficos seguindo alguns passos básicos:
a. Encontrar o problema.
b. Observação.
c. Formulação de hipóteses.
d. Nível de justificação e revisão. [...] [p. 47]
3. ELABORAÇÃO DE TEXTOS FILOSÓFICOS
3.1. Leitura de Textos Filosóficos
3.2. Leitura Crítica
- Os 4 passos da leitura de um texto [filosófico]
i. a análise textual (que ocorre na primeira leitura),
ii. a análise temática (que ocorre na segunda e terceira
31
leitura) e, por fim,
iii. a problematização (que é feita na quarta leitura).
[...] Para uma leitura crítica, devemos ler o texto no mínimo
quatro vezes. Na primeira leitura, você irá apenas
ambientar-se com o texto, ou seja, conhecê-lo[,] saber do
que se trata, mas sem escrever nada ou tentar apreender
algum conceito. A segunda leitura será para conhecer o
tema do texto. Nesse momento, você deverá sublinhar todos
os pontos importantes e, somente na terceira leitura você
deverá escrever ao lado do texto as partes que considera de
maior destaque. E, por fim, na última leitura será o
momento de você fazer o fichamento de todo o texto iii.
iii
Os 4 passos da leitura de um texto.
1. Ler ele livremente; 2. Ler o texto grifando os pontos
principais; 3. Ler o texto fazendo comentários; 4. Escrever
anotações [críticas] do texto.
1) Leitura simples [...]; 2) Leitura complexa [...];
3) Leitura provocativa, ou seja, leitura atenta com crítica;
32
4) Problematização do que foi lido através do levantamento
de questões e possíveis delimitações do texto original.
Problematização [...] questões [...]

O quê? Por quê? Para quê? Como?


Por quem? Quando? Onde? ... 33
Qual a atualidade?...
tragen = levar ou carregar X leiten = conduzir ou dirigir
Kant und seine kritische Philosophie stellt sich
vier zentrale Fragen:
Kant e sua Filosofia Crítica se coloca quatro
questões centrais:
- Was kann ich wissen? - O que eu posso saber?
- Was soll ich tun? - O que eu devo fazer?
- Was darf ich hoffen? - O que eu posso esperar?
… me é permitido esperar?
dürfen (poder = ter permissão, aval, licença) X
können (poder = ter possibilidade, capacidade)
“Du kannst, aber darfst nicht”, isto é, “Tu podes (como capacidade
ou possibilidade), mas não podes (como permissão, aval, licença)”.
34
- Was ist der Mensch? - O que é o ser humano?
[p. 52] 3.3. Como Fazer um Texto
Um texto deve, obrigatoriamente,
conter três partes, a saber:
introdução,
desenvolvimento e
conclusão.
Qualquer texto deve conter essas três partes, haja vista
que essa organização permitirá a clareza de ideias no
decorrer de todo texto. Por isso, ele deve conter todas as
[p. 53] ideias que serão apresentadas no decorrer do texto.
Escreva com calma, uma parte de cada vez.
O começo do texto é a introdução, na qual, deverão
constar questionamentos que serão respondidos no
desenvolvimento. Tente apresentar o tema de maneira
interessante. Após o término da introdução, leia-a como se
você fosse o leitor e tente identificar se possui sequência
35
lógica ou se há algum erro de concordância ou frases mal
construídas. {...}
Essa atividade de leitura por partes do seu próprio texto o
tornará mais claro. Somente coloque na introdução
assuntos com que você trabalhará ao longo do texto; por
isso, muito cuidado com a delimitação do assunto.
Será no desenvolvimento que os questionamentos
levantados na introdução serão respondidos. Reserve, no
mínimo, um parágrafo para cada problema a ser
desenvolvido. Não faça parágrafos nem muito longos e nem
muito curtos, tomando o cuidado para não abordar dois
problemas diferentes em apenas um parágrafo. Tente
responder aos questionamentos na mesma ordem em que
forem colocados. Assim como foi feito na introdução, ao
terminar o desenvolvimento e antes de chegar à conclusão,
leia novamente o desenvolvimento observando a qualidade
do seu texto.
36
O último momento do texto é a conclusão. Nessa parte
você deverá concluir o seu pensamento. Dessa forma, você
deverá retomar os pontos estudados no desenvolvimento e
apresentar uma conclusão para eles, como um parecer
final. A conclusão deve estar intimamente relacionada à
introdução. Assim, para que a conclusão siga uma
coerência, é altamente recomendável que você leia
novamente a introdução, com o intuito de garantir que a
conclusão esteja em conformidade com a parte inicial do
trabalho. Se for necessário, faça também um pequeno
resumo dos conceitos apreendidos no desenvolvimento.
[p. 54]

37
CASTRO, Mauro César de. Guia para elaboração de
trabalhos acadêmicos em Filosofia. 2ª ed. rev. ampl. Mariana:
Faculdade Dom Luciano Mendes, 2017.

07. Segundo o texto CASTRO, quais são os principais itens da


maioria dos trabalhos acadêmicos?
Título,
Resumo,
Introdução: Tema, Problematização/Questão [O quê?],
Justificativa [Por quê?], Objetivos [Para quê?],
Metodologia [Como?], [Cronograma = Quando?],
Desenvolvimento,
Conclusão [síntese (apresentação dos resultados) e
parecer pessoal = crítica (discussão dos resultados)]
e
Referências.
38
Os itens descritos [...] são os principais que compõem no
todo ou em parte a maioria dos tipos de trabalhos, [...]
Produção e Partes de um Texto Filosófico
Título
O quê? Para quê?
Por quê? Como?

Dados bibliográficos
(SOBRENOME, ano, página).
39

Referências [...]
Produção e Partes de um Texto Filosófico
Título: é obrigatório e deve refletir o assunto expresso no texto.
Introdução: Identificação de um dado assunto, com explicação.
Uma pergunta, dificuldade ou problema filosófico deve ser
referenciado desde o início do texto. É isso que o texto buscará
apresentar e que servirá de ponto de apoio à sua posição.
Informação. O autor apresenta as informações de que dispõe para
estudar e analisar esse assunto. Deve fazer referência às suas
leituras filosóficas ou aos seus conhecimentos.
Desenvolvimento: Tomada de posição: O autor de texto filosófico
deve afirmar claramente a sua posição. Tomar posição é não ser
neutro em face de uma realidade, não se contentando em apenas
descrevê-la, mas também estar a favor ou contra algo.
Argumentos: O autor elabora seu texto para demonstrar ao leitor
de que tem razões para tomar esta posição. Ele deve argumentar a
favor de sua posição/parecer, a fim de apresentar as justificativas
para apoiar a sua análise/interpretação sobre o assunto.
Conclusão: No fim, o autor busca resumir a sua argumentação40e
justificar a sua tomada de posição crítica.
Referências.
SILVA, Edna Lúcia da; MENEZES, Estera Muszkat.
Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 4. ed. rev.
atual. Florianópolis: UFSC, 2005. 138 p. [PPG em Engenharia de Produção da UFSC]
Atenção: itens grifados em amarelo não se enquadram propriamente ou são distintos em Filosofia.

Etapas do planejamento e da execução de uma pesquisa:


1) escolha do tema; [O quê?]
2) revisão de literatura;
3) justificativa; [Por quê?]
4) formulação do problema;
5) determinação de objetivos; [Para quê?]
6) metodologia; [Como?]
7) coleta de dados;
8) tabulação de dados;
9) análise e discussão dos resultados;
10) conclusão da análise dos resultados;
11) redação e apresentação do trabalho científico 41
(dissertação ou tese).
O PROJETO DE PESQUISA [p. 92]
Um esquema clássico
de apresentação de projeto de pesquisa deverá conter:
1 TÍTULO DA PESQUISA
2 INTRODUÇÃO (O que se vai fazer? e “por quê”?)
Neste capítulo serão apresentados o tema de pesquisa, o
problema a ser pesquisado e a justificativa.
Permita que se tenha uma visualização situacional do
problema. Restrinja sua abordagem apresentando a(s)
questão(ões) que fizeram você propor esta pesquisa.
[...] Indique as hipóteses ou os pressupostos que estão
guiando a execução da pesquisa. Hipóteses ou pressupostos
são respostas provisórias para as questões colocadas acima.
Arrole os argumentos que indiquem que sua pesquisa é
significativa, importante e/ou relevante. [...]
3 OBJETIVOS (Para quê?)
42
3.1 OBJETIVO GERAL e 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
4 REVISÃO DE LITERATURA (O que já foi escrito?)
O quê?
Estado da arte
Pergunta(s)/
Hipótese(s)

Por quê?
Para quê? 43
FICHA DO PROJETO DE TEXTO
Texto filosófico sobre
“Como Fazer um Texto Filosófico?”
1 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
1.1 Título: Como Fazer um Texto Filosófico?
1.2 Autor(a):
2 INTRODUÇÃO
Fazer um Texto Filosófico requer ...
Diante disso, então: Como se faz ou se escreve um texto filosófico?
Quais são os “elementos básicos de um texto filosófico” e
qual é “a Estrutura de um Ensaio Filosófico”?
3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA DA PESQUISA e 4 JUSTIFICATIVA
Convém tentar responder a pergunta: “Como Fazer um Texto Filosófico?”,
sobretudo em função da importância e da atualidade da questão para um
estudante e/ou um profissional de Filosofia. É essencial saber tal resposta.
5 OBJETIVOS
5.1 Objetivo Geral: Ter resposta para “Como Fazer um Texto Filosófico?”
5.2 Objetivos Específicos:
5.2.1 Por que a escrita filosófica é diferente da escrita que geralmente é
44
solicitada em outros cursos?
5.2.2. Quais são os elementos básicos de um texto filosófico?
5.2.3. Qual é a Estrutura de um Ensaio Filosófico?
Atenção - Orientações DFil UNIR

1. Orientações para Elaboração do Projeto de TCC


2. Ficha Inicial do Projeto de TCC
3. Modelo de Projeto de TCC
4. Modelo de Ficha de Leitura
5. Orientações para Elaboração de TCC
6. Modelo de TCC
Termo Compromisso Discente
Termo Aceite Orientador
[Termo de Responsabilidade]
45
Orientações Metodológicas para Discentes
https://dfil.unir.br/pagina/exibir/3540
https://dfil.unir.br/pagina/exibir/3540

46
Modelo de Ficha de Leitura
Dados bibliográficos dos livros, periódicos ou sites consultados,
com os elementos essenciais para a identificação da obra,
podendo apresentar elementos complementares. Por exemplo:
SOBRENOME, Nome. Título do livro. Edição. Cidade: Editora,
Ano. Nº de páginas.
Expor:
1. Resumo da obra:
2. Apreciação crítica da obra:
3. Transcrição de frases ou parágrafos literais da obra, especificando
a página (importante transcrever corretamente, sem alterações, pois
poderá ser usado na dissertação ou outros textos), podendo ter
observações ou anotações pessoais, mas devidamente destacadas
para não confundir com o texto da obra:
47
3.3. Como Fazer um Texto
No texto BARBOSA, E.; COSTA, T. C. A. Metodologia e
Prática de Pesquisa em Filosofia = Apostila 1,
no item 1.4. Pesquisa em Filosofia, declara-se:
Investigação filosófica é a busca pela resolução de problemas
filosóficos seguindo passos básicos, a saber:
a. Encontrar o problema; b. Observação; c. Formulação de
hipóteses e d. Nível de justificação e revisão.
Em 3.3. Como Fazer um Texto, afirma-se:
Um texto deve, obrigatoriamente, conter três partes, a saber:
introdução, desenvolvimento e conclusão. [...]
O começo do texto é a introdução, na qual, deverão constar
questionamentos [...] Será no desenvolvimento que os
questionamentos levantados na introdução serão respondidos.
[...] O último momento do texto é a conclusão. [...] retomar os
pontos estudados no desenvolvimento e apresentar uma
conclusão para eles, como um parecer final. 48
Tarefa: - Fazer um texto filosófico, de no mínimo 30 linhas,
sobre o tema: Como fazer um texto filosófico?
3.4. Etapas da Pesquisa Bibliográfica
Para a compreensão da pesquisa bibliográfica, é
necessário seguir uma série de procedimentos que
envolvem fazer resenha, fichamento entre outros. Veremos
as etapas da pesquisa logo a seguir.
3.4.1. Levantamento Bibliográfico
Ao realizar uma pesquisa bibliográfica, necessita-se,
inicialmente, da seleção de um acervo da bibliografia
pertinente. O primeiro levantamento pode conter artigos,
revistas, livros de comentadores, teses de doutorado,
dissertações de mestrado, jornais, vídeos, dicionários
especializados e enciclopédias. Entretanto, no processo de
leitura mais aprofundada, é de extrema importância a
utilização das próprias obras dos filósofos.
Todo material coletado deve ser fichado, ou seja, deve
ser catalogado em fichas, nas quais, constarão as
49
informações básicas do material, tais como: título, autor,
assunto abordado, entre outras informações. {...}
Após esse levantamento bibliográfico, você terá condições
de determinar quais textos terão relevância para a sua
pesquisa. [...]
3.4.2. Resumo ...................... .......... .............................. 54
3.4.3. Resenha ............................................................... 57
3.4.4. Fichamento ........................................................ 59
3.5. Artigo Científico .................................................. 69
3.6. Pôster ..................................................................... 70
4. Projeto de Monografia .......................................... 75
4.1. Passos de um Projeto de Monografia ............. 75
4.2. Citações .................................................................. 78
4.3. Monografia ............................................................ 82
4.3.1. Divisão da Monografia .................................... 83
4.3.2. Referências ....................................................... 84
4.3.3. Notas de Rodapé .............................................. 88
4.4. Elementos do Trabalho Monográfico............. 88
4.5. Formatação do Texto ........................................ 98
50
Conclusão ................................................................... 105
Referências ................................................................ 107
Continuação da Apostila 1 [p. 60]
Para a realização do fichamento, é necessária, antes de
tudo, a leitura atenta do texto original. Após a leitura, é
necessário analisar o texto e separá-lo em partes. A separação
em partes permitirá compreender cada elemento do texto.
As etapas de análise são quatro, a saber:
1) Leitura simples do texto;
2) Leitura complexa do texto, tentando apreender todos os
seus significados, e separando o texto em partes, o que
permitirá compreender toda sua complexidade;
3) Leitura provocativa, ou seja, leitura atenta com crítica;
4) Problematização do que foi lido através do levantamento
de questões e possíveis delimitações do texto original.
Dentre as formas de análise de texto apresentadas, a que
possui características mais acadêmicas é o fichamento,
haja vista que é possível realizar uma pesquisa sem o uso de
resumos ou resenhas, entretanto é impossível realizar a 51
pesquisa bibliográfica sem o uso adequado do instrumento do
fichamento. [...]
[ver ainda]

[p. 105] CONCLUSÃO


Esperamos que, ao longo deste texto de orientação de
pesquisa, o estudante de filosofia tenha compreendido a
importância dos elementos formais que cercam a pesquisa
filosófica, seja para facilitar o seu trabalho, seja para
torná-lo mais consistente. Em geral, o mundo acadêmico
possibilita uma gama infinita de busca pelo conhecimento e
premia aqueles que se aplicam com a excelência de sua
pesquisa.
Assim como em outras áreas, aqueles que estudam
filosofia devem ter a preocupação especial de desenvolver
textos de reconhecida qualidade. Para tanto, não devem
deixar de lado as ferramentas que possibilitam ganho
considerável de qualidade nos trabalhos que serão 52
desenvolvidos. {...}
Se a filosofia exige um trabalho de reflexão para a
resolução de seus problemas, nada melhor do que vir
acompanhada dos meios que permitam uma investigação
segura com o método adequado. O resultado será o
inevitável desenvolvimento dessas habilidades de forma
prática sobre diferentes formas (resumo, resenha,
monografia, artigo científico).
Assim como a filosofia é uma busca incessante pelo
conhecimento, o desenvolvimento das habilidades de
escrita e leitura (contempladas neste texto) deve
acompanhar o crescimento do estudante de filosofia. Nesse
sentido, a cada novo texto, novos elementos se somam à
bagagem cultural de quem o produz, fornecendo cada vez
mais os aportes necessários para que a construção do
conhecimento siga o caminho seguro da pesquisa filosófica.
53
[...]
Referências
SEVERINO, Antônio Joaquim. Como ler um texto de
filosofia. São Paulo: Paulus, 2008.
BUZZI, Arcângelo. Introdução ao pensar: o Ser, o
Conhecer, a Linguagem. Petrópolis/RJ: Vozes, 2000.
Ver Material BARBOSA, Evandro -
https://wp.ufpel.edu.br/ebarbosa/analise-e-redacao/

54
Trabalho Acadêmico
Tarefa 3:
- Fazer a apresentação discente.
Tarefa 4:
Fazer um texto filosófico,
de no mínimo 30 linhas, sobre o tema:
“Como fazer um texto filosófico?” com
observações críticas sobre o conteúdo.
Além disso, estudar as 17 questões.
Haverá revisão oral e escrita
na próxima aula, dia 20.05, 55

com a prova 1 no dia 27.05.

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