Segundo
Reinado
CONTEXTO
O Segundo Reinado compreende o período que vai de 1840 até a
proclamação de República, em 1889, no qual o Brasil foi governado pelo
Imperador Dom Pedro II.
POLÍTICA
Teve inicio em 1840, através do Golpe da Maioridade.
Parlamentarismo ás Avessas: Criação do cargo de presidente do
conselho de ministros e revezamento no poder pelo partido
liberal (progressista) e partido conservador (regressista).
"Não há nada mais conservador do que ter um liberal no poder."
Continuação do Poder Moderador.
No Parlamentarismo às Avessas, o Primeiro-Ministro era nomeado
pelo próprio imperador Dom Pedro II.
Período de maior estabilidade interna, com poucas revoltas se
comparado aos períodos anteriores.
REVOLUÇÃO PRAIERA (1848-1850)
Pernambuco.
Levante armado de caráter liberal e republicano.
Disputas políticas entre membros dos partidos Liberal e Conservador
pelo governo da província de Pernambuco.
O termo “praieira”, associado a revolta, remete à sede do “Diário
Novo”, jornal liberal localizado na Rua da Praia, em Recife.
Adesão popular.
A revolta começou quando os liberais se recusaram a entregar o
poder político da província nas mãos dos conservadores.
Publicaram, em 1849, o “Manifesto ao Mundo”:
1. Voto livre e universal.
2. Liberdade de imprensa.
3. Comércio só para brasileiros e expulsão dos portugueses.
4. Independência dos poderes políticos e fim do poder Moderador.
5. Organização federalista.
6. Direitos fundamentais do cidadão.
7. Extinção do recrutamento militar.
ECONOMIA
Tarifa Alves Branco: Produtos importados eram taxados com 60%
de impostos se o Brasil tivesse produção similar. Se o Brasil não
tivesse produção similar, os impostos de importados eram de 30%.
Café: O Brasil desponta como um grande produtor de café e passa a
importar mão de obra assalariada de imigrantes italianos e
alemães. (Italia e Alemanha passando por guerras internas).
Inicialmente era plantado por escravos de origem africana, mas o
café é uma cultura muito específica, mais difícil do que nos tempos
da cana de açúcar, precisando de uma especialização de mão de
obra, por isso, houve o desenvolvimento de duas regiões
brasileiras: Vale do Paraíba (regiões do RJ, SP) e o mais
importante, Oeste Paulista (foi descoberto uma terra, no interior do
brasil, muito fértil para plantar café).
Primeira lei de terras (1850): As terras devolutas só poderão ser
adquiridas através de compra, tentativa de deixar as terras nas
mãos da elite.
ECONOMIA
Era Mauá: Surto de industrialização no Brasil, inuciado por
Barão de Mauá, com apoio de banqueiros Ingleses.
Cria indústrias, indústrias de base, investe em ferrovias, cria
bancos, contra a escravidão.
Inicio do processo de urbanização do Brasil.
Surgimento das primeiras fábricas brasileiras.
Os portos de Santos e Rio de Janeiro prosperaram.
Elite agrária escravista: Não apoiava a industrialização do Brasil
e ameaça a tirar apoio de D. Pedro II se Mauá continuasse com seus
plano.
Barão de Mauá perde apoio com banqueiros ingleses, suas
indústrias se fecham.
GUERRA DO PARAGUAI (1865 - 1870)
O Paraguai possuía interesses de se industrializar, porém, não
tinha acesso ao oceano atlântico.
O combate ocorreu porque o Paraguai pretendia anexar territórios
do Brasil e da Argentina.
Igualmente, estava em jogo o controle pela Bacia do Prata.
Desejo do ditador Solano López criar o "Grande Paraguai"
Brasil e Argentina apoiavam os colorados no Uruguai, enquanto
Solano López, era partidário dos seus adversários, os blancos.
Tríplice Aliança: Brasil, Argentina e Uruguai.
Formação do Exército Brasileiro.
Os escravos alistados para combater no Paraguai eram libertos.
Aumento do movimento abolicionista.
Completa destruição do Paraguai, com 80% da população morta.
Brasil interfere no Uruguai, ajudando a colocar os Colorados no
governo uruguaio, gerando descontentamento do Paraguai.
GUERRA DO PARAGUAI (1865 - 1870)
A Guerra teve início quando Solano Lopes ataca o Brasil, na cidade
de Dourados (MT).
Em novembro de 1864, Solano López mandou aprisionar o navio
brasileiro Marquês de Olinda, no rio Paraguai, que rumava em
direção a Cuiabá.
Afetou a economia brasileira, sendo necessário novos empréstimos
no exterior.
Brasil, vitórioso apósa guerra, conseguiu acesso à livre navegação
no Rio do Prata.
Fortalecimento do Exército Brasileiro.
Presença dos Voluntários da Pátria: aos homens livres eram
prometidos lotes de terra, dinheiro, pensão para as viúvas. Aos
escravos era oferecida a liberdade quando voltassem.
Batalha do Riachuelo: batalha mais importante pra vitória
brasileira na guerra.
Forte liderança de Duque de Caxias.
ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO
Pressões advindas da Ingalterra.
Pressões advindas da sociedade civil e da Igreja Católica.
Dom Pedro II optou por abolir a escravidão gradualmente.
Na prática, a Lei Feijó não fora obedecida, e o tráfico negreiro foi
mantido no Brasil de maneira ilegal. (Tráfico Interno)
As elites temiam uma rebelição de escravos no estilo da Revolução
Haitiana.
Os senhores de escravos exigiam que, caso a escravidão acabasse,
eles deveriam ser indenizados.
A Lei Áurea não resolveu a questão da inclusão dos negros na
sociedade brasileira.
Substituição pela mão de obra europeia, devido ao forte preconceito
racial.
Principais abolicionistas: André Rebouças, Joaquim Nabuco, José
do Patrocínio, Castro Alves, José Bonifácio, o Moço, Eusébio de
Queirós, Luís Gama, Visconde de Rio Branco e Rui Barbosa.
ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO
Lei Feijó (1831): Declara livres todos os escravos vindos de fôra do
Imperio, e impõe penas aos importadores dos mesmos escravos.
Lei Eusébio de Queíros (1850): proíbição do comércio de escravos
na África. (Lei pra inglês ver)
Lei do Ventro Livre (1871): Filhos de escravos nascidos a partir de
1871, eram livres, porém ficavam até os oito anos na tutela de seus
senhores.
Lei do Sexagenários (1885): escravos que atingissem 60 anos,
compravam sua liberdade trabalhando por mais cinco anos, porém,
a maior parte dos escravos não chegaam a essa idade.
Lei Áurea (1888): aprovada pelo congresso e assinada pela
princesa Isabel a abolição da escravidão.
CRISE DO SEGUNDO REINADO
Questão Christie: impasse diplomático entre Brasil e Inglaterra.
Em 1861 o naufrágio de um navio inglês chamado Prince of
Walles na praia de Albardão no Rio Grande do Sul, que teve sua
carga saqueada e a tripulação não encontrada, foi um ponto inicial
do descontentamento inglês com o império brasileiro.
Em 1862 três marinheiros ingleses dirigiam-se à sua embarcação
na Tijuca, Rio de Janeiro, e passando por uma barreira policial não
atenderam ao chamado dos militares brasileiros, que solicitavam
sua identificação.
O fato levou brasileiros e ingleses à luta física, e acabou com a
prisão dos britânicos.
O diplomata William Christie culpou o Império brasileiro pelo
naufrágio e acusou-o de negligência.
O embaixador exigiu uma indenização pela carga perdida e punição
aos militares responsáveis pela prisão dos três ingleses.
CRISE DO SEGUNDO REINADO
Após ter as reparações negadas pelo Imperador, Christie deu sua
resposta confiscando cinco navios mercantes brasileiros.
D. Pedro II decide pagar a indenização, mesmo sob protestos
daqueles que defendiam a honra e a soberania nacional.
O imperador solicitou o fim das relações diplomáticas com a
Inglaterra, e para isso teve apoio da população.
O imperador solicitou, para resolução deste impasse, uma
mediação internacional.
Para esta mediação o Rei Leopoldo I da Bélgica foi escolhido como
juiz da questão.
Em 18 de junho de 1863 declarou o Brasil vencedor do impasse, o
que levou a um pedido de desculpas oficial, por parte da Rainha
Vitória em 1865.
PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
Questão Religiosa: a igreja católica proibiu a prática da maçonaria no
mundo e Dom Pedro II deveria julgar os maçons brasileiros, mas ele se
omitiu gerando rompimento do padroado.
Os religiosos também vão condenar a forte interferência de Dom Pedro II
na Igreja, na medida em que o mesmo nomeava até cargos religiosos.
Elite Agrária: Devido ao fim da escravidão e a elite agrária também retira
o apoio à monarquia brasileira.
Questão Militar: Através dois ideais positivistas de"ordem e progresso" o
exército sobre liderança do Marechal Deodoro da Fonseca reivindica o
poder e proclama a República no dia 15 de novembro de 1889. Os
militares reclamavam mais reconhecimento, aumento de salário e
promoções que não eram realizadas.
PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
Imprensa Liberal: o crescimento da imprensa liberal e o desejo de
mudanças mais profundas fizeram com que a oposição a monarquia
aumentasse.
Forte presença de Bejamin Constant, principal defensor da república
e defensor do positivismo no Brasil.
Os militares, fortalecidos pela Guerra do Paraguai, vão assumir o
controle do movimento.
Marechal Dedoro, por ter relações íntimas e admirar Dom Pedro II,
teve que ser convencido a liderar e assumir o movimento.
Último baile da Ilha Fiscal. Dom Pedro II e seus convidados
desfrutavam de uma luxuosa festa enquanto os republicanos
planejavam o golpe.