0% acharam este documento útil (0 voto)
20 visualizações4 páginas

Desafios da Inclusão Escolar no Brasil

Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
20 visualizações4 páginas

Desafios da Inclusão Escolar no Brasil

Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 4

Atividade 2 módulo II

Deralita Dias Guimarães Lima

3A – Professores e Redes de Apoio na Escola Inclusiva

ATIVIDADE 8

Percebe-se diariamente que alguns alunos estão integrados na escola, mas não
estão inclusos, como preconiza a Lei nº 9.394/1996 em seu artigo 583. Tal
percepção baseia-se no fato de que os alunos “incluídos” têm dificuldades em
realizar as atividades propostas e em estabelecer uma convivência
harmoniosa e produtiva com os colegas. Sabe-se que muitos desses alunos
permanecem excluídos dentro do sistema escolar, não obstante a sua presença
física nos espaços convencionais de estudo.

Diante desse cenário, responda às questões:

Que inclusão é essa que se está disseminando nas instituições escolares?

Desde 2001 as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica


já previam no seu artigo 8º que as escolas da rede regular de ensino deveriam prever
e prover na organização de suas classes comuns: professores das classes comuns
capacitados e professores da educação especial especializados para o atendimento
às necessidades educacionais dos alunos.
Contudo, as ementas dos cursos de formação dos profissionais acima citados
demonstram que o assunto estudado discute genericamente alguns conteúdos do
disposto em Lei (MICHELS, 2017). Ainda segundo a autora as disciplinas destes
cursos de formação não atendem às necessidades dos professores para atuar em
classe com os alunos público da Educação Especial, pois são muito restritas em
tempo e conteúdo. Assim presenciamos pelo Brasil afora o discurso da educação
inclusiva que na prática integra alunos com deficiências as classes comuns.
Outro ponto que evidencia o discurso da inclusão e a prática da integração é o fato de
no Plano Nacional de Educação - PNE - a meta 4, referente a educação inclusiva, ser
monitorada a partir de dois indicadores: o primeiro refere ao percentual de matrícula
e o segundo fica com o percentual de frequência. Ou seja, duas décadas depois de
instituídas as diretrizes para Educação Especial Inclusiva, sua qualidade ainda é
mensurada apenas pelos marcadores de acesso e permanência. Como então
assegurar a garantia de um sistema educacional inclusivo como estabelecido no
PNE?
Quais os principais obstáculos para a realização de práticas efetivamente
inclusivas?
Para a realização de práticas efetivamente inclusivas é preciso, em primeiro lugar, que
estas necessidades estejam devidamente identificadas. Como incluir um aluno com
dislexia, se o professor não sabe que este é disléxico? Se a necessidade não é
identificada não é possível agir estrategicamente para a inclusão. Por outro lado, não
basta identificar. Faz-se necessário conhecer a condição do aluno, suas
peculiaridades, bem como as ações metodológicas adequadas para o ensino
aprendizagem.

Para tanto a POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA


DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA (2008) institui o atendimento educacional especializado
que identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que
eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas
necessidades específicas. No entanto, como vimos acima, a formação destes
profissionais ainda não atende as necessidades de sua atuação. Considerando, então
que tanto o professor da turma regular, quanto o Professor de Atendimento
Educacional Especializado carecem de formação eficiente e eficaz, retornamos ao
ponto de professores.

No Brasil, a formação de professores e demais agentes


educacionais ligados à educação segue ainda um modelo
tradicional, inadequado para suprir as reivindicações em favor
da educação inclusiva. Vale destacar que, dentre os cursos de
Pedagogia e de Pedagogia com habilitação em Educação
Especial, poucos são aqueles que oferecem disciplinas ou
conteúdos voltados para a educação de pessoas com
necessidades especiais.( Pletsch, 2009).

Assim, temos como um dos obstáculos a práticas inclusivas a falta de identificação

do estudante com deficiência, pois esta está a cargo de profissionais cuja


formação não o capacita para tal. Segundo Michells (2017), os cursos de formação
de tais profissionais em sua grande maioria abordam a História da Educação
Especial e como esta se apresenta nas Políticas Públicas e não lidam, por
exemplo, com as estratégias de ensino, metodologias, recursos, adaptação de
materiais, organização do espaço físico, adaptação curricular, identificação das
necessidades específica e conhecimento dos aspectos pedagógicos.

Considerando, este curso “ O ensino de alunos deficientes na educação inclusiva”


são apresentados aos cursistas estratégias de ensino, metodologias, recursos,
adaptação de materiais, organização do espaço físico, adaptação curricular. No
entanto, o tempo é muito curto para que se possa aprofundar e apropriar destes
conhecimentos. Cabe então ao educador ao participar deste curso de formação
continuada fazer os devidos aprofundamentos para praticar a real inclusão ao
invés de propagar a integração.

Mediante quais condições humanas, pedagógicas e materiais se está


atuando, para dar conta dessas prerrogativas legais em relação à Educação
Inclusiva?

Partindo da resposta da questão anterior, a resposta a esta questão parte da


reflexão sobre qual o tempo destinado a formação continuada dentro dos planos
de carreira dos profissionais da educação. Hoje trabalho em um município que
prevê e garante um terço da carga horária para estudo e planejamento, mas ainda
há pouco atuava em um estado onde este direito não é garantido.

Sabemos também que as Salas de Recursos Multifuncionais -SRM- ainda não


estão implantadas em todas as escolas. Além disso, não basta ter SRM, é
fundamental a presença de profissionais de fato capacitados/especializados para
colocar em pratica a inclusão. E como vimos, falta formação adequada.

MICHELS, Maria Helena (Organizadora). A Formação de Professores de


Educação Especial no Brasil: propostas em questão (2017): - online. Disponível
em https://gepeto.ced.ufsc.br/files/2018/03/Livro-Maria-Helena_Formacao-
2017.pdf. Acessado em 18/01/2024.

PLETSCH, M. D. A formação de professores para a educação inclusiva: legislação,


diretrizes políticas e resultados de pesquisas. Online. Disponível em
https://www.scielo.br/j/er/a/VNnyNh5dLGQBRR76Hc9dHqQ/?lang=pt#. Acessado em
18/01/2024.

Você também pode gostar