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Resumo - Prova II - Psicopato II

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RESUMO PROVA II - PSICOPATOLOGIA II

A neurofarmacologia da psicose e da mania está profundamente relacionada à


compreensão dos sistemas neurotransmissores no cérebro e aos efeitos dos medicamentos
psicotrópicos que visam modular esses sistemas. Tanto a psicose quanto a mania são
condições psiquiátricas complexas, muitas vezes associadas a alterações nos
neurotransmissores, que são substâncias químicas responsáveis ​pela comunicação entre os
neurônios.

Os Transtornos Depressivos

Os transtornos depressivos são condições de saúde mental que afetam o humor, o


pensamento e o comportamento de uma pessoa. Existem diferentes tipos de transtornos
depressivos, sendo a depressão maior e o transtorno depressivo persistente (distimia) alguns
dos mais comuns.

Sintomas Comuns dos Transtornos Depressivos:


​ Humor deprimido:
● Sentimento persistente de tristeza, vazio ou desesperança.
​ Perda de interesse ou prazer:
● Diminuição do interesse em atividades apreciadas anteriormente.
​ Alterações no sono:
● Insônia (dificuldade para dormir) ou hipersonia (excesso de sono).
​ Alterações no apetite:
● Perda de apetite ou aumento significativo no consumo de alimentos.
​ Fadiga ou falta de energia:
● Sensação constante de cansaço e falta de energia.
​ Sentimentos de desvalorização ou culpa:
● Baixa autoestima, sentimentos de culpa injustificáveis.
​ Dificuldades cognitivas:
● Dificuldade de concentração, indecisão, pensamentos lentos.
​ Agitação ou retardo psicomotor:
● Agitação física ou movimentos lentos e falta de fatos.
​ Pensamentos de morte ou suicídio:
● Ideias recorrentes sobre morte ou pensamentos suicidas.

Questões Relacionadas aos Transtornos Depressivos:


​ Causas:
● Os transtornos depressivos podem ser causados ​por uma combinação de
fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos.
​ Diagnóstico:
● O diagnóstico é geralmente baseado na avaliação clínica de um profissional de
saúde mental, que considera a duração e a gravidade dos sintomas.
​ Tratamento:
● O tratamento pode incluir psicoterapia, medicamentos antidepressivos ou uma
combinação de ambos. A abordagem varia de acordo com a gravidade do
transtorno e as necessidades individuais.
​ Prevenção:
● Adotar um estilo de vida saudável, gerenciar o estresse, buscar apoio social e,
em alguns casos, participar de terapias preventivas podem ajudar a reduzir o
risco de desenvolver transtornos depressivos.
​ Estigma:
● O estigma em torno da saúde mental muitas vezes impede as pessoas de
procurarem ajuda. A conscientização e a educação são importantes para
combater o estigma e promover a compreensão dos transtornos depressivos.
É crucial lembrar que a depressão é uma condição médica tratável.

Sintomas de Transtornos Depressivos:


Humor deprimido: Sentimento persistente de tristeza, vazio ou desesperança.
Perda de interesse ou prazer: Diminuição do interesse ou prazer em quase todas as atividades.
Mudanças no peso ou no apetite: Ganho ou perda significativa de peso sem estar na dieta, ou
aumento ou diminuição no apetite.
Distúrbios do sono: Insônia ou hipersonia (dormir demais).
Agitação ou retardo psicomotor: Inquietação ou movimentos lentos e falta de reações.
Fadiga ou perda de energia: Sensação constante de cansaço e falta de energia.
Sentimentos de culpa ou inutilidade: Sentimentos excessivos de culpa ou uma sensação
diminuída de autoestima.
Dificuldade de concentração: Dificuldade em se concentrar, tomar decisões ou lembrar
coisas.
Pensamentos de morte ou suicídio: Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida ou
tentativa de suicídio.
Tratamento:
Psicoterapia: Terapia cognitivo-comportamental (TCC), terapia interpessoal e terapia de
grupo são comumente usadas.
Medicação: Antidepressivos podem ser prescritos para ajudar a regular os neurotransmissores
no cérebro.
Estilo de vida saudável: Exercícios regulares, boa nutrição e sono adequado podem ajudar no
tratamento.
Suporte social: Ter uma rede de apoio é crucial. Amigos, familiares e grupos de apoio podem
desempenhar um papel fundamental.
Autoajuda: Desenvolver habilidades de enfrentamento, práticas de relaxamento e autocuidado
são importantes.

Transtornos Depressivos: Sintomas e Questões


Sintomas de Depressão:
● Os transtornos depressivos se manifestam por meio de sintomas multifacetados,
incluindo alterações no humor, cognição, motricidade e aspectos somáticos.
Sintomas de Humor:
● São caracterizados por sentimentos persistentes de tristeza, desesperança e perda de
interesse em atividades anteriormente prazerosas.
Sintomas Cognitivos:
● Englobam dificuldades de concentração, pensamentos negativos recorrentes,
sentimentos de inutilidade e dificuldades na tomada de decisões.
Sintomas Motores:
● Compreendem alterações no comportamento físico, como aprimorado ou retardo
psicomotor, afetando a energia e a atividade diária.
Sintomas Somáticos:
● Manifestações físicas, como dores inexplicáveis, distúrbios do sono e problemas
gastrointestinais, são frequentemente associados a transtornos depressivos.
Questões Associadas à Depressão:
Depressão Normal versus Anormal:
● Distinguir entre tristeza comum e presença de sintomas depressivos
clinicamente significativos é crucial para um diagnóstico preciso.
Prevalência da Depressão:
● A depressão é uma condição amplamente disseminada, afetando pessoas de
diferentes idades, culturas e contextos socioeconômicos.
Fatores Demográficos:
● Determinados grupos, como mulheres e indivíduos com baixo status
socioeconômico, podem apresentar maior vulnerabilidade à depressão.
Depressão Exógena Versus Endógena:
● A origem da depressão pode estar associada a fatores externos (exógenos) ou
ser de natureza biológica (endógena), influenciando abordagens terapêuticas.
Depressão Primária Versus Secundária:
● A distinção entre depressão autônoma (primária) é aquela resultante de
condições médicas subjacentes (secundária) é vital para o planejamento do
tratamento.
Tipos de Depressão:
● Diversos subtipos, como depressão maior, distimia e transtorno afetivo
sazonal, exigem abordagens específicas para compreensão e tratamento
adequado.
Personalidade Depressiva Versus Distimia:
● Uma análise das diferenças entre traços de personalidade associados à
depressão e à distimia, uma forma crônica e leve, contribuição para a
identificação precisa.

OUTRO RESUMO - COLEGA DA SALA / HOLMES CAP. 8


Os transtornos de humor abrangem uma ampla gama de condições, desde a depressão
profunda até a mania descontrolada. Eles são importantes de estudar devido à gravidade dos
sintomas e à sua prevalência na população, estimada em cerca de 8%. A depressão é o
transtorno mais comum, muitas vezes referido como o "resfriado dos transtornos
psicológicos", e sua incidência está aumentando rapidamente, possivelmente indicando uma
mudança da "era da ansiedade" para a "década da depressão".
Esses transtornos se dividem em grupos principais: os depressivos, onde a depressão
é o sintoma central, e os bipolares, caracterizados por mudanças entre depressão e mania.
Existe também um segundo nível de transtornos menos graves, como o distímico e o
ciclotímico, que possuem sintomas semelhantes aos transtornos depressivos e bipolares, mas
menos intensos e com duração de pelo menos dois anos.
Embora haja alguma sobreposição de sintomas entre os transtornos depressivos e
bipolares, evidências emergentes sugerem que são conjuntos distintos de transtornos. Por
isso, são considerados separadamente, com uma análise detalhada dos transtornos depressivos
em um capítulo e dos transtornos bipolares em outro.
SINTOMAS DA DEPRESSÃO
Texto Reestruturado e Resumido: Na experiência da depressão, há dois padrões de
sintomas distintos: a depressão com retardo e a depressão agitada. A depressão com retardo é
mais comum e se manifesta com um aumento no nível de energia, tornando até mesmo as
tarefas mais simples difíceis de serem realizadas. Pessoas nesse estado apresentam
movimentos corporais lentos, fala arrastada e monótona.
Por outro lado, a depressão agitada é caracterizada pela incapacidade de ficar parado.
Aqueles que a vivenciam tendem a caminhar inquietamente, torcer as mãos e mexer no
cabelo ou na pele. Uma mulher com depressão agitada passava a maior parte do tempo
caminhando em círculos no quarto, torcendo as mãos e chorando, até durante a noite.
À primeira vista, a depressão agitada compartilha muitos sintomas com a ansiedade, o
que por vezes torna difícil distingui-las. Além disso, pode ser confundida com a mania devido
ao alto nível de atividade. No entanto, a diferença crucial é o estado emocional: o indivíduo
com depressão agitada está triste, enquanto o manicômio geralmente parece feliz.
Embora a depressão com retardo seja mais prevalente, compreender ambas é
essencial. Neste contexto, daremos maior ênfase à depressão com retardo, dada sua
frequência e impacto generalizado.
SINTOMAS DE HUMOR
Texto Reestruturado e Resumido: Os sintomas primários do transtorno depressivo maior se
concentram nas variações do humor. O indivíduo se sente deprimido, triste, sem esperança e
frequentemente isolado, desamparado ou rejeitado. Em certos momentos, descrevem-se como
presos em um abismo escuro e inacessível.
A depressão pode ser inicialmente acompanhada por ansiedade, especialmente quando
os sintomas estão se formando. Durante essa fase, o indivíduo pode sentir que tudo está indo
mal, experimentar irritação, ansiedade e preocupação excessiva. Identificar se é o início da
depressão ou um estado ansioso pode ser desafiador nesse estágio.
À medida que o tempo avança, o indivíduo desiste da luta para superar o estado
deprimido e, consequentemente, a ansiedade diminui enquanto a depressão se intensifica. A
aceitação desse estado depressivo e o desvanecimento da ansiedade marcam a evolução do
transtorno.
SINTOMAS COGNITIVOS
Resumo: Na depressão, seis sintomas cognitivos desempenham papéis-chave.
Primeiramente, a autoestima reduzida é comum, com indivíduos deprimidos se percebendo
como inadequados e sem valor, frequentemente carregando culpa por seus fracassos.
O pessimismo é outro sintoma vital. Os deprimidos acreditam na impossibilidade de
resolver problemas, esperando o pior cenário. Pesquisas mostram que enquanto ambos,
deprimidos e não deprimidos, estabelecem padrões similares de desempenho, os deprimidos
são mais pessimistas sobre atingi-los.
A falta de motivação é evidente, pois os deprimidos, desacreditando na resolução de
seus problemas, desistem de tentar. Isso pode agravar a situação, alimentando a depressão.
Os deprimidos tendem a generalizar atitudes negativas, acreditando que falhas em
uma área se estendem a outras, aprofundando a depressão. Mulheres geralmente super
generalizam mais, o que pode contribuir para a maior prevalência da depressão entre elas.
O exagero na seriedade dos problemas é outro sintoma, podendo levar a delírios,
apesar de evidências contrárias. O indivíduo pode desenvolver crenças absurdas e incorretas.
Além disso, os processos de pensamento mais lentos são comuns na depressão,
afetando a resolução de problemas e o funcionamento intelectual. Indivíduos deprimidos têm
desempenho pobre em tarefas que demandam velocidade de processamento.
Surpreendentemente, em algumas situações, os deprimidos são mais precisos em suas
percepções do que os não deprimidos, mostrando menos distorções em suas avaliações
pessoais.
Esses sintomas cognitivos influenciam significativamente o estado de ânimo e o
funcionamento mental, desempenhando um papel essencial na depressão.
SINTOMAS MOTORES l
Resumo: Na depressão, os sintomas motores variam entre dois extremos notáveis: retardo
psicomotor e agitação psicomotora. O retardo psicomotor é o sintoma mais proeminente,
marcado pela redução ou lentidão do comportamento motor. Pessoas deprimidas podem
adotar posturas encurvadas, olhares vazios e imobilidade. Muitas vezes, optam por se enrolar
na cama ou tentar dormir, movendo-se com extrema lentidão, como se carregasse um peso
considerável.
Esses indivíduos também apresentam alterações nos padrões de fala, sendo muito
parcimoniosos nas palavras e com um tom baixo. Frequentemente, interrompem as frases por
falta de energia ou interesse em continuar.
Por outro lado, alguns deprimidos exibem agitação psicomotora, sendo incapazes de
ficar parados. Eles estão constantemente inquietos, caminhando de um lado para outro sem
um propósito específico. É importante ressaltar que suas ações são aleatórias e não
produtivas.
A agitação psicomotora, entretanto, é menos comum do que o retardo psicomotor,
resultando na diferenciação entre os diagnósticos de depressão com retardo e depressão
agitada. Essa variação na atividade motora destaca a diversidade de manifestações da
depressão, permitindo uma compreensão mais ampla dos sintomas motores associados à
condição.
SINTOMAS SOMÁTICOS
Resumo: Indivíduos deprimidos frequentemente experimentam uma variedade de sintomas
somáticos, com os padrões de sono sendo notavelmente afetados. Alguns enfrentam
dificuldades para dormir, acordando muito cedo e sendo incapazes de voltar a dormir,
enquanto outros podem experimentar hipersonia, dormindo mais do que o habitual.
Além disso, perturbações nos padrões alimentares são comuns, variando de uma perda
de interesse na comida a um desejo intenso de comer como única fonte de prazer na vida.
Uma diminuição no interesse ou desejo sexual também é frequente, conhecida como perda de
libido.
Esses sintomas somáticos podem ser resultado do estresse psicológico, alterações
bioquímicas no cérebro afetando o hipotálamo ou até mesmo efeitos secundários devido à
falta de sono, alimentação inadequada e falta de exercício.
Além disso, os deprimidos podem ser mais suscetíveis a várias doenças devido à
redução do funcionamento do sistema imunológico. Em alguns casos, os sintomas físicos
mascaram os sintomas psicológicos, resultando em um diagnóstico incorreto.
É essencial compreender que os sintomas somáticos da depressão podem ser tanto
causas quanto consequências da própria depressão, perpetuando um ciclo vicioso de
agravamento do quadro depressivo. Além disso, há casos em que os indivíduos não são
formalmente diagnosticados, mas sofrem por um período prolongado sem reconhecimento ou
tratamento adequado.
QUESTÕES ASSOCIADAS À DEPRESSÃO
Depressão Normal Versus A normal
Resumo: A tristeza, decepção e a depressão são experiências humanas comuns, mas
identificar os limites entre a depressão normal e a anormal pode ser desafiador. Dois fatores
cruciais para distinguir entre elas são a profundidade e a duração dos sintomas. É normal
sentir-se um pouco para baixo ocasionalmente, porém, quando a profundidade da tristeza
afeta a capacidade funcional, é um sinal de alerta. Além disso, mesmo após eventos
desencadeadores, se a depressão persiste além do razoável para a causa original, é vital
considerar a possibilidade de uma depressão anormal.
Conceitos: Profundidade emocional: A intensidade dos sentimentos de tristeza ou depressão.
Duração dos sintomas: O período prolongado em que os sintomas depressivos persistem após
um evento desencadeador. Funcionalidade afetada: A incapacidade de manter as atividades
diárias devido à intensidade da depressão.

PREVALÊNCIA DA DEPRESSÃO
Título: Prevalência Crescente da Depressão
Resumo: A depressão é um transtorno psicológico com alta prevalência na população,
afetando mais de 5% das pessoas com depressão maior e aproximadamente 3% com sintomas
de distimia. Estudos indicam que essa condição tem crescido ao longo do século XX,
especialmente em níveis de depressão moderada e leve, um fenômeno mais perceptível entre
as mulheres. No entanto, há debates se esse aumento reflete uma mudança real na incidência
ou se está relacionado a uma maior aceitação e diagnóstico da depressão. Além disso, a
depressão tende a ser recorrente, com altas taxas de episódios subsequentes, especialmente
em indivíduos que experimentaram depressão mais grave inicialmente.
Conceitos: Incidência da depressão: Taxa de novos casos de depressão em uma população
em determinado período. Aceitação e estigma: Mudanças sociais na percepção e aceitação da
depressão como condição de saúde mental.
Recorrência da depressão: Tendência da depressão em reaparecer em indivíduos
previamente afetados, especialmente em casos mais graves.
FATORES DEMOGRÁFICOS
Resumo: A depressão é diagnosticada com mais frequência em mulheres do que em homens.
Essa diferença persiste em diversos países ao longo de décadas. Várias razões foram
apontadas, como papéis sociais, exposição a situações estressantes e diferenças hormonais.
No entanto, estudos indicam que as diferenças persistem mesmo quando controladas
variáveis como níveis de estresse, fatores psicológicos e ambientais, sugerindo que as
mulheres podem responder ao estresse de maneira diferente ou ter uma predisposição maior à
depressão.
Conceitos Destacados: Prevalência por Gênero: A depressão é mais diagnosticada em
mulheres do que em homens, sugerindo uma influência de fatores sociais, hormonais e de
resposta ao estresse. Incidência ao Longo da Vida: A depressão não é restrita a uma faixa
etária específica, mas há picos de incidência em diferentes idades, especialmente entre
mulheres. Casamento e Depressão: O casamento pode afetar a incidência da depressão,
aumentando-a entre mulheres jovens e, em alguns casos, reduzindo-a entre homens jovens.
Fatores Socioeconômicos: Baixa renda, menor educação e desemprego estão
associados a taxas mais altas de depressão, embora a relação causal não seja direta e clara.
Importância do Contexto Demográfico: É fundamental considerar variáveis socioeconômicas
ao examinar as explicações para a depressão, uma vez que esses fatores podem influenciar
tanto a ocorrência quanto a manifestação da condição.
Depressões Exógenas (externos) Versus Endógenas (internos)
Resumo: A depressão pode ser causada por fatores externos (exógenos) ou internos
(endógenos), onde os primeiros resultam de problemas ambientais e os últimos são ligados a
questões fisiológicas. Essa distinção é crucial para o tratamento, mas identificá-la é
complexo, já que a depressão pode ser uma combinação de ambos os fatores. Tentativas de
diferenciação baseadas em padrões de sintomas ou em testes fisiológicos como o Teste de
Supressão de Dexametasona (DST) mostraram limitações na precisão. A interação entre esses
tipos de depressão também é desafiadora, pois um pode levar ao outro.
Depressão Exógena vs. Endógena: A distinção entre depressões relacionadas a fatores
externos e internos é crucial para o tratamento, embora seja difícil identificar com precisão
qual tipo um indivíduo está sofrendo. Desafios na Identificação: As tentativas de diferenciar
essas depressões por padrões de sintomas ou testes fisiológicos, como o DST, não são
completamente confiáveis, tornando a distinção desafiadora. Interação Complexa: A
depressão exógena pode levar a mudanças fisiológicas que resultam em depressão endógena,
e vice-versa. O comportamento influenciado pela depressão endógena pode criar problemas
que contribuem para a depressão exógena.
Complexidade na Identificação: A dificuldade em distinguir entre as duas formas de
depressão é um desafio significativo para pesquisadores e profissionais de saúde mental,
limitando a capacidade de tratamento. Essa organização enfatiza os desafios na identificação
desses tipos de depressão, apontando para a necessidade de abordagens mais abrangentes e
compreensivas no tratamento e na pesquisa
Depressão Primária VerSus Secundária
Resumo: Enquanto a depressão é um sintoma primário em alguns casos, em outros, ela é
secundária a transtornos preexistentes como ansiedade, alcoolismo, esquizofrenia ou
problemas físicos. Por exemplo, na esquizofrenia, a depressão pode surgir como um sintoma
secundário de um delírio de morte. A distinção entre depressão primária e secundária é
crucial, pois as causas são diferentes, exigindo abordagens de tratamento distintas.
Causas Diversas: As causas da depressão primária e secundária são distintas, exigindo
abordagens de tratamento específicas para cada tipo.
Importância da Distinção: Identificar se a depressão é primária ou secundária é crucial para
o diagnóstico correto e para direcionar o tratamento mais adequado.
Destaque na Distinção
Necessidade de Diagnóstico Preciso: A diferenciação entre depressão primária e secundária
é fundamental, pois as causas são diversas, o que implica em tratamentos distintos.
Variedade de Causas: A depressão secundária pode ser resultado de transtornos
mentais ou físicos preexistentes, indicando a importância de uma abordagem específica para
cada condição.
Essa abordagem enfatiza a relevância da distinção entre depressão primária e
secundária para garantir o tratamento adequado e direcionado às causas subjacentes,
destacando a necessidade de uma avaliação precisa para determinar a abordagem terapêutica
mais eficaz.
TIPOS DE DEPRESSÃO
Depressão Involutiva: Associada ao envelhecimento, tem uma incidência significativa após
os 65 anos. O aumento da depressão nessa faixa etária está ligado a perdas sociais,
financeiras e familiares. Fatores psicológicos e culturais também desempenham um papel
nesse tipo de depressão.
Depressão com Início Pós-Parto: Uma depressão relativamente grave que surge após o
parto, durando entre seis meses e um ano. A frequência desse transtorno é variada, mas
algumas mulheres podem escondê-lo por causa das expectativas sociais sobre a maternidade.
Depressão do Climatério: Anteriormente pensada como uma depressão relacionada à
menopausa, pesquisas recentes não apoiam a existência de um quadro singular de depressão
durante essa fase.
Depressão com Padrão Sazonal: Algumas pessoas experimentam flutuações de humor,
principalmente de depressão no inverno e hipomania na primavera. Isso pode estar ligado às
mudanças na intensidade da luz durante diferentes estações do ano.
Transtorno Disfórico Pré-Menstrual: Há controvérsias em torno desse diagnóstico, já que
algumas mulheres experimentam sintomas emocionais extremos antes da menstruação.
Alguns argumentam que isso pode ser uma normalidade hormonal, enquanto outros veem
esse transtorno como um problema legítimo.

Personalidade Depressiva Versus Distimia


A personalidade depressiva pode representar um extremo em um contínuo de
severidade, que vai desde traços de personalidade depressivos passando pela distimia até o
transtorno depressivo maior. Este continuum pode refletir estágios no desenvolvimento da
depressão, sugerindo que a distimia frequentemente precede um quadro de depressão mais
grave. Assim, a fronteira entre a personalidade depressiva, a distimia e o transtorno
depressivo é difusa, possivelmente indicando uma interconexão entre esses estados
depressivos. Evidências sugerem que a distimia pode representar um estágio anterior ao
desenvolvimento de uma depressão maior.
Essa complexidade na relação entre esses estados depressivos têm implicações
importantes na compreensão da depressão como um continuum de gravidade e no diagnóstico
e tratamento eficazes. Essa interligação entre os diferentes estágios da depressão indica a
necessidade de explorar mais a fundo as causas e as nuances desses estados depressivos em
etapas posteriores.
RESUMO: O principal sintoma do transtorno depressivo maior é a depressão, às
vezes acompanhada de ansiedade. Os indivíduos deprimidos também experimentam sintomas
cognitivos que incluem baixa auto-estima, pessimismo em relação ao futuro, níveis reduzidos
de motivação, exagero da seriedade dos seus problemas cotidianos e processos de
pensamento mais lentos. A depressão com retardo é mais comum e envolve comportamento
motor reduzido, enquanto a depressão agitada envolve um alto nível de atividade motora sem
sentido como andar de um lado para o outro e inquietação. Os sintomas somáticos mais
frequentemente associados à depressão são problemas de sono, de apetite e de funcionamento
sexual.
A distinção entre depressão normal e anormal gira em torno da profundidade e
duração da depressão. A prevalência da depressão esteve aumentando ao longo do último
século, especialmente entre as mulheres. A prevalência da depressão entre mulheres é pelo
menos duas vezes tão alta quanto entre os homens, e as mulheres tendem mais a sofrer
episódios repetidos. As taxas de depressão também tendem a ser superiores entre indivíduos
com renda mais baixa, menos educados e que estão passando por estresse como desemprego
e divórcio.
As depressões podem em geral ser divididas em dois tipos principais: o tipo endógeno
- originário de fatores fisiológicos internos - e o tipo exógeno - oriundo de fatores
psicossociais externos. Embora a distinção endógeno/exógeno seja importante para entender
e tratar os indivíduos deprimidos, é muito difícil determinar se um indivíduo está sofrendo de
uma depressão endógena ou exógena. Isto ocorre porque os dois tipos apresentam padrões de
sintomas semelhantes, exceto pelo fato de que os indivíduos com depressões endógenas
(INTERNO) tendem mais a ter uma história familiar do transtorno. Os indivíduos
endogenamente deprimidos, com frequência atribuem erroneamente seus problemas a causas
psicossociais. A situação é complicada pelo fato de que o estresse prolongado associado a
algumas depressões exógenas pode também conduzir a mudanças fisiológicas e, assim, a
depressões endógenas. Ademais, a ruptura pessoal associada às depressões endógenas poderia
resultar em depressões exógenas.
Uma outra importante distinção é entre a depressão primária, na qual o transtorno de
humor é o problema principal, e a depressão secundária, na qual o transtorno de humor
decorre de algum outro problema físico ou psicológico.
No passado, tentativas foram feitas para distinguir entre depressões que ocorreram em
diferentes pontos no ciclo da vida ou ao longo do tempo. Mais digno de nota em relação a
isto são a depressão involutiva, a depressão pós-parto e a depressão climatérica. No entanto,
agora concorda-se amplamente que embora as depressões possam tender mais a ocorrer em
alguns pontos no tempo ou após alguns eventos, os processos que conduzem a elas são os
mesmos que os que conduzem à depressão em geral. Relacionado ao timing da depressão está
o transtorno afetivo sazonal (TAS), que envolve depressão durante momentos de luz diurna
reduzida (inverno) e às vezes hipomania durante a primavera.
O conceito de uma personalidade depressiva é ainda amplamente usado, mas foi
substituído pela distimia. No máximo, a personalidade depressiva parece refletir um nível
muito baixo de depressão o qual, com o tempo, poderia conduzir à distimia e possivelmente à
depressão maior.

O transtorno bipolar
O transtorno bipolar, também conhecido como transtorno afetivo bipolar, é uma
condição de saúde mental caracterizada por mudanças extremas de humor, que incluem
episódios de mania, hipomania e depressão. Essas variações intensas de emoções podem
afetar a capacidade de funcionamento diário, relacionamentos e qualidade de vida de uma
pessoa. Existem diferentes tipos de transtorno bipolar, mas todos acompanhados pela
presença de episódios maníacos ou hipomaníacos e episódios depressivos.
Principais características:
Episódios de Mania (Maníacos): Durante os episódios de mania, uma pessoa experimenta
uma mudança marcante no humor, caracterizada por aumento da energia, euforia,
pensamento acelerado, comportamento impulsivo e, por vezes, uma sensação de
grandiosidade.
Episódios de Hipomania (Hipomaníacos): A hipomania é semelhante à mania, mas menos
intensa. Pode incluir aumento de energia, criatividade e produtividade, mas é menos
provável que cause impacto significativo na vida cotidiana.
Episódios Depressivos: Nos episódios depressivos, os sintomas são semelhantes a outros
transtornos depressivos e podem incluir sentimentos de tristeza profunda, falta de interesse ou
prazer nas atividades, alterações no sono e apetite, fadiga e pensamentos suicidas.
Ciclos Alternados: O transtorno bipolar é caracterizado por ciclos alternados de
episódios maníacos ou hipomaníacos e episódios depressivos. Algumas pessoas também
podem experimentar episódios mistos, onde coexistem características de mania e depressão.

Tipos de Transtorno Bipolar:
Transtorno Bipolar I: Envolve episódios maníacos completos que podem ser seguidos por
episódios depressivos. Os episódios maníacos requerem hospitalização em casos mais
graves.
Transtorno Bipolar II: Caracteriza-se por episódios depressivos e hipomaníacos, mas não
envolve episódios maníacos completos.
Ciclotimia: Uma forma mais leve do transtorno bipolar, que envolve períodos de sintomas
hipomaníacos e leves depressivos.

Causas e Fatores de Risco:


Genética: Existe uma predisposição genética para o transtorno bipolar. Ter parentesco com a
condição pode aumentar o risco.
Neuroquímica: Desequilíbrios em neurotransmissores, como serotonina, dopamina e
norepinefrina, podem melhorar um papel no desenvolvimento do transtorno bipolar.
Eventos de Vida: Estresses significativos ou traumas podem desencadear episódios,
especialmente em pessoas geneticamente suscetíveis.
Tratamento:
Medicamentos Estabilizadores de Humor: Estes são frequentemente prescritos para ajudar a
controlar os episódios maníacos e depressivos.
Psicoterapia: Terapias como cognitivo-comportamentais podem ser úteis para ajudar as
pessoas a gerenciar seus sintomas e entender melhor sua condição.
Apoio Social: O apoio de amigos, familiares e grupos de apoio é fundamental para o manejo
eficaz do transtorno bipolar.
O tratamento do transtorno bipolar é muitas vezes uma abordagem personalizada e
pode envolver uma combinação de medicamentos e terapias.
Sintomas do Transtorno Bipolar:
● O transtorno bipolar, caracterizado por flutuações extremas de humor, apresenta uma
gama de sintomas abrangendo áreas como humor, cognição, motricidade e aspectos
somáticos.
Sintomas de Humor: Episódios maníacos, marcados por euforia, hiperatividade e
impulsividade, alternando-se com episódios depressivos, caracterizados por tristeza profunda,
desesperança e falta de interesse.
Sintomas Cognitivos: Variações nos padrões de pensamento, como grandiosidade durante a
mania e pensamentos negativos persistentes na depressão, são comuns no transtorno bipolar.
Sintomas motores: Durante episódios maníacos, há aumento da atividade motora, enquanto
episódios depressivos podem estar associados à lentidão e fadiga.
Sintomas Somáticos: Alterações no sono, apetite e energia são frequentes, impactando o
bem-estar físico durante os diferentes estados do transtorno bipolar.

Questões Associadas ao Transtorno Bipolar:


Prevalência e Idade de Início: O transtorno bipolar afeta uma parcela significativa da
população, com início geralmente na adolescência ou início da vida adulta.
Fatores Demográficos: Indivíduos com histórico familiar da doença podem apresentar maior
predisposição, destacando a influência de fatores genéticos.
Ritmo do Ciclo: Ciclos rápidos, ultradianos ou mais longos (tipo I e II) são observados,
influenciando a frequência e a intensidade dos episódios.
Transtorno Bipolar e Unipolar como Transtornos Diferentes: A distinção entre transtorno
bipolar e unipolar é crucial para direcionar a abordagem terapêutica e compreender o
prognóstico do paciente.
Mania como um Sintoma Secundário: A mania pode ocorrer como resultado do uso de
matéria, sendo essencial para diferenciar os episódios maníacos do transtorno bipolar.
Explicações Psicodinâmicas, da Aprendizagem e Cognitiva: Abordagens psicodinâmicas
exploram a influência de processos inconscientes, enquanto explicam a aprendizagem e
cognitivas destacam padrões comportamentais e distorções cognitivas.

Explicações Fisiológicas
Desequilíbrios Fisiológicos: Desregulações neuroquímicas, como alterações nos níveis de
neurotransmissores, estão associadas ao transtorno bipolar.
Metabolismo da Glicose Cerebral: Distúrbios no metabolismo da glicose cerebral podem
impactar a função cerebral, influenciando os sintomas do transtorno bipolar.
Fatores Genéticos: Estudos indicam uma base genética substancial, com a hereditariedade
desempenhando um papel crucial na predisposição ao transtorno bipolar.
Compreender a interação complexa entre os sintomas e as diversas abordagens
explicativas é fundamental para um diagnóstico abrangente e estratégias terapêuticas no
tratamento do transtorno bipolar.
Suicídio

Definição: O suicídio é o ato intencional de tirar a própria vida. É um complexo que pode ser
influenciado por uma variedade de fatores, incluindo condições de saúde mental,
experiências traumáticas, questões sociais e culturais.

Fatores de Risco:
Saúde Mental: Distúrbios mentais, como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, entre
outros, podem aumentar o risco de suicídio.
Histórico de Suicídio na Família: Ter familiares que tenham sofrido suicídio pode aumentar a
vulnerabilidade.
Abuso de Substâncias: O uso de álcool e drogas pode aumentar os riscos de comportamento
suicida.
Eventos Traumáticos: Experiências traumáticas, como abuso, perda significativa ou eventos
estressantes, podem contribuir para o risco.
Problemas de Saúde Física: Algumas condições médicas crônicas podem estar associadas a
um maior risco de suicídio.

Sinais de Alerta:
Expressão de Ideias Suicidas: Comentários diretos ou indiretos sobre desejar estar morto ou
não querer mais viver.
Isolamento Social: Retirada repentinamente de amigos, familiares e atividades sociais.
Mudanças no Comportamento: Alterações no sono, apetite, desempenho acadêmico ou no
trabalho.
Desesperança: Sentimentos persistentes de desesperança sobre o futuro.
Preparação para a Morte: Fazer preparativos inesperados, como dar conselhos pessoais ou
fazer testamentos.

Prevenção:
Conscientização: Aumentar a conscientização sobre saúde mental e reduzir o estigma em
torno de transtornos mentais.
Intervenção Precoce: identificar e tratar precocemente distúrbios mentais e oferecer apoio
adequado.
Acesso a Ajuda Profissional: Tornar os serviços de saúde mental acessíveis e disponíveis.
Apoio Social: Fomentar um ambiente de apoio social e cultivar a comunicação aberta sobre
sentimentos.
Educação: Educar a comunidade sobre os sinais de alerta, como responder a alguém em crise
e onde buscar ajuda.

O suicídio é um comportamento complexo com múltiplos fatores contribuintes,


incluindo aspectos psicopatológicos. A relação entre psicopatologia (distúrbios mentais) e
suicídio é uma área de pesquisa e prática clínica que busca entender como certas condições
mentais podem aumentar o risco de alguém se envolver em comportamentos suicidas.
Distúrbios Mentais Associados ao Risco de Suicídio:

Depressão: A depressão é um dos fatores mais associados ao risco de suicídio. Pessoas


com depressão grave, especialmente aquelas com ideação suicida, têm um risco aumentado.

Transtorno Bipolar: Episódios depressivos no transtorno bipolar podem contribuir para


o risco de suicídio, especialmente durante os períodos de depressão grave.

Transformadores de Personalidade: Certos transtornos de personalidade, como o


transtorno de personalidade borderline, estão associados a uma maior vulnerabilidade
para comportamentos suicidas.

Esquizofrenia e Outros Transtornos Psicóticos: Indivíduos com esquizofrenia ou outros


transtornos psicóticos podem apresentar risco de suicídio, especialmente em fases agudas
da doença.

Transtornos de Ansiedade: Algumas formas graves de transtornos de ansiedade, quando


associadas a sintomas depressivos, podem aumentar o risco.

Fatores de Risco Psicopatológico:


Ideação Suicida: Pensamentos recorrentes sobre a morte, desejo de morrer ou de não existir
são fatores significativos.
Impulsividade: Certos distúrbios, como transtorno de personalidade borderline, estão
associados a comportamentos impulsivos, que podem aumentar o risco.
Dor Psíquica: Sentimentos intensos de desesperança, desamparo e desespero estão
frequentemente presentes em pessoas com risco de suicídio.

Avaliação de Risco e Intervenção:


Avaliação Psicológica: Profissionais de saúde mental realizam estudos planejados para
identificar sintomas psicopatológicos e avaliar o risco de suicídio.
Tratamento Adequado: Intervenções terapêuticas, como terapia cognitivo-comportamental,
terapia comportamental dialética (TCD) e tratamento farmacológico, podem ser utilizadas
para tratar distúrbios mentais e reduzir o risco.
Apoio Social: O envolvimento de uma rede de apoio, incluindo amigos, familiares e grupos
de apoio, é fundamental no manejo e prevenção.
Plano de Segurança: Desenvolver planos de segurança que incluam estratégias para enfrentar
crises iminentes é uma abordagem essencial.
A prevenção do suicídio requer uma abordagem multidisciplinar, incluindo a
colaboração de profissionais de saúde mental, familiares e comunidade. A intervenção
precoce, o tratamento adequado dos distúrbios mentais e o suporte contínuo são cruciais para
reduzir o risco de suicídio em indivíduos com psicopatologia.

Suicídio: Explorando Causas e Questões Associadas


O suicídio, um fenômeno complexo e multifacetado, envolve fatores biológicos,
psicológicos e sociais. Entender suas diversas dimensões é essencial para prevenção e apoio
eficaz.
Questões Associadas ao Suicídio:
Diferença de Gênero e Idade: Variações na prevalência do suicídio entre gêneros e faixas
etárias destacam a importância de abordagens personalizadas na prevenção.

Problemas para Avaliar Mudanças em Taxas de Suicídio: Desafios na mensuração confiável


das taxas de suicídio enfatizam a necessidade de aprimoramento de métodos de coleta e
análise de dados.
Estações e Dia da Semana: Associações entre estações e dias específicos com taxas de
suicídio destacam padrões sazonais e variações temporais.
Mitos sobre o Suicídio: Desconstruir mitos comuns sobre o suicídio é vital para promover
uma compreensão mais precisa e reduzir o estigma associado.

Explicações Psicodinâmicas:
A Visão de Freud do Suicídio: A perspectiva psicodinâmica de Freud explora impulsos
inconscientes e conflitos internos como contribuintes para comportamentos suicidas.
Conflitos, Estresse e Suicídio: Conflitos psicológicos não resolvidos e estresse podem exercer
um papel significativo no desencadeamento do comportamento suicida.
Depressão e Suicídio, Fantasias e Suicídio: A relação entre depressão, fantasias suicidas e
comportamento suicida é comprovada à luz das dinâmicas psicodinâmicas.

Explicações da Aprendizagem:
Imitação: Modelagem de comportamentos suicidas por observação direta ou indireta pode
contribuir para a propagação do suicídio.
Contágio Comportamental: O conceito de contágio comportamental destacado como a
exposição a casos de suicídio pode influenciar comportamentos semelhantes.
Gratificação: A busca de gratificação imediata ou fuga de dor emocional pode motivar a
tentativa de suicídio como um meio percebido de rompimento.

Explicações cognitivas:
Fraca Resolução de Problemas: Dificuldades na resolução de problemas podem levar a uma
visão estreita das alternativas, aumentando o risco de comportamento suicida.
Desesperança: A desesperança, caracterizada pela falta de perspectiva de melhora, está
associada a um maior risco de suicídio.
Delírios e Alucinações: Distúrbios psicóticos podem contribuir para pensamentos suicidas,
especialmente quando acompanhados de delírios ou alucinações.
Razões Cognitivas para Não Cometer Suicídio: Explorar as razões cognitivas que impedem o
ato suicida é crucial para desenvolver estratégias de prevenção.

Explicações Fisiológicas:
Níveis de serotonina: Baixos níveis de serotonina estão associados a distúrbios de humor,
incluindo a depressão, e podem desempenhar um papel no comportamento suicida.
Fatores Genéticos: A predisposição genética pode contribuir para a vulnerabilidade ao
suicídio, embora seja influenciada por fatores ambientais.
O Suicídio como Ato Racional Positivo: Algumas teorias apresentam o suicídio como uma
escolha racional diante de situações consideradas insuportáveis, enfatizando a importância de
compreender a perspectiva do indivíduo.

Transtorno esquizofrênico: sintomas e questões


A esquizofrenia é um transtorno mental grave que afeta a forma como uma pessoa
pensa, sente e se comporta. Ela é caracterizada por uma desorganização profunda do
pensamento, percepções distorcidas da realidade e uma perda geral de contato com a
realidade. É importante notar que a esquizofrenia não implica uma “personalidade dividida”,
pois o termo pode sugerir erroneamente; ao contrário, refere-se a uma ruptura com a
realidade é um desafio significativo para o funcionamento diário.
Sintomas Comuns da Esquizofrenia:
Delírios: Crenças falsas e fixas que não são influenciadas por evidências ou argumentos
lógicos. Os delírios podem incluir paranóia, grandiosidade ou pensamentos de controle
externo.
Alucinações: Percepções sensoriais que ocorrem sem um estímulo real. As alucinações
auditivas (ouvir vozes) são comuns na esquizofrenia.
Pensamento Desorganizado: Dificuldade em organizar pensamentos, o que pode levar a fala
incoerente e comportamento desorganizado.
Comportamento Catatônico: Alterações no movimento, que podem incluir imobilidade
completa (catatonia) ou sobrecarga excessiva sem um propósito aparente.
Sintomas negativos: Redução ou ausência de funções normais, como emoções planas, falta de
motivação e incapacidade de experimentar prazer.
Prejuízo na Função Social e Ocupacional: Dificuldade em manter relacionamentos
interpessoais e desafios importantes no desempenho ocupacional.
Questões Relacionadas à Esquizofrenia:
Causas: A esquizofrenia é multifatorial, com contribuições genéticas, neuroquímicas,
ambientais e sociais. Não há uma única causa conhecida.
Diagnóstico: O diagnóstico é baseado em critérios específicos do Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). É realizado por profissionais de saúde mental
após uma avaliação clínica abrangente.
Tratamento: O tratamento geralmente envolve uma combinação de medicamentos
antipsicóticos, terapia psicológica e suporte social. O tratamento é personalizado para atender
necessidades individuais.
Estigma: A esquizofrenia é frequentemente estigmatizada, o que pode dificultar o acesso
ao tratamento e o apoio social para as pessoas que vivem com essa condição.
Prognóstico: O prognóstico da esquizofrenia varia significativamente. Com tratamento
adequado e apoio contínuo, muitas pessoas levam vidas produtivas.
Prevenção: A prevenção da esquizofrenia é desafiadora devido à natureza complexa do
transtorno. A detecção precoce e a intervenção podem, no entanto, melhorar os resultados.
É crucial abordar a esquizofrenia com empatia e compreensão. O apoio contínuo à
comunidade, familiares e profissionais de saúde mental é essencial para melhorar a qualidade
de vida das pessoas afetadas por esse transtorno.
A esquizofrenia afeta a forma como uma pessoa pensa, sente, percebe e se
comporta. Essa condição pode ter um impacto significativo no funcionamento diário e nas
relações interpessoais. A esquizofrenia não implica uma "personalidade dividida", como
algumas pessoas acreditam erroneamente, mas é caracterizada por uma desorganização
profunda do pensamento, alterações na percepção da realidade e dificuldade em manter
uma conexão com o mundo ao seu redor.
Características Principais da Esquizofrenia:
Delírios: Crenças falsas e persistentes que não são baseadas na realidade. Os delírios
podem incluir paranóia (sensação de que estão sendo perseguidos), grandiosidade (crença
em habilidades ou importância exageradas) ou delírios de controle (crença de que seus
pensamentos ou ações são controlados por forças externas).
Alucinações: Percepções sensoriais que não têm uma base real. As alucinações auditivas
(ouvir vozes) são comuns, mas as alucinações visuais, táteis ou olfativas também podem
ocorrer.
Pensamento Desorganizado: Dificuldade em organizar pensamentos e expressá-los de
maneira clara. Isso pode se manifestar em fala incoerente e desorganizada.
Comportamento Catatônico: Alterações no movimento, que podem incluir imobilidade
completa (catatonia) ou sobrecarga excessiva sem um propósito aparente.
Sintomas negativos: Redução ou ausência de funções normais, como emoções planas, falta
de motivação e incapacidade de experimentar prazer.
Prejuízo na Função Social e Ocupacional: Dificuldade em manter relacionamentos
interpessoais, desafios no desempenho ocupacional e isolamento social.
Causas e Fatores de Risco:
Genética: Existe uma predisposição genética para a esquizofrenia, com um risco aumentado
se há casos na família.
Fatores Ambientais: A exposição a eventos estressantes, complicações no parto, traumas ou
uso de substâncias durante o desenvolvimento fetal podem aumentar o risco.
Desequilíbrios Neuroquímicos: Alterações nos neurotransmissores, como dopamina e
glutamato, podem desempenhar um papel na esquizofrenia.

Transtornos Esquizofrênicos: Sintomas, Tipos e Questões Associadas


Sintomas da Esquizofrenia: Os transtornos esquizofrênicos são caracterizados por uma
variedade de sintomas que abrangem diferentes domínios, incluindo cognitivo, emocional,
motor e somático.
Sintomas Cognitivos: Dificuldades de atenção, concentração e processamento de
informações, bem como distorções na interpretação da realidade.
Sintomas de Humor: Oscilações emocionais, variando de achatamento afetivo a estados de
intensa emoção.
Sintomas motores: alterações no comportamento motor, podendo incluir alterações, catatonia
ou movimentos repetitivos.
Sintomas Somáticos: Manifestações físicas associadas, como alterações no sono e no apetite,
sem base médica aparente.
Fases da Esquizofrenia: A esquizofrenia pode ser dividida em fases, incluindo fase
prodrômica, fase ativa (caracterizada por sintomas pronunciados) e fase residual.
Tipos de Esquizofrenia: Diversos subtipos, como desorganizado, catatônico, paranóide, não
diferenciado e residual, apresentam características distintas.
Tipos de Desorganizado: Caracterizado por comportamento desorganizado e dificuldade de
expressar emoções comprometedoras.
Tipo Catatônico: Envolvendo alterações motoras extremas, como imobilidade ou atualização
excessiva.
Tipo Paranóide: Marcado por delírios e alucinações, frequentemente relacionado à
desconfiança.
Tipo Não Diferenciado: Apresenta sintomas que não se enquadram claramente em nenhum
subtipo específico.
Tipo Residual: Refere-se a casos em que os sintomas diminuem após um episódio agudo, mas
alguns sintomas residuais persistem.
Transtornos Relacionados à Esquizofrenia: Inclui trastorno psicótico breve, transtorno
esquizofreniforme, transtorno esquizoafetivo, transtorno delirante (paranóide) e transtorno
psicótico induzido.
Sintomas Positivos Versus Sintomas Negativos da Esquizofrenia:
● Os sintomas positivos incluem adições à experiência normal, como alucinações e
delírios, enquanto os sintomas negativos envolvem déficits, como achatamento
afetivo e falta de motivação.
A Natureza dos Sintomas Positivos e Negativos: Os sintomas positivos refletem um excesso
de atividade psíquica, enquanto os negativos indicam uma diminuição ou perda de funções
psíquicas normais.
Características Associadas aos Sintomas Positivos e Negativos: Os sintomas positivos estão
frequentemente associados à fase aguda da esquizofrenia, enquanto os sintomas negativos
podem persistir nas fases crônicas.

Questões Associadas com Esquizofrenia


Formulações Iniciais: Compreender os primeiros sinais da esquizofrenia é crucial para uma
intervenção precoce e manejo eficaz.
Distribuições de Prevalência, Idade e Gênero: A esquizofrenia pode afetar qualquer pessoa,
mas as distribuições variam em termos de prevalência, idade de início e diferenças de gênero.
Esquizofrenia e Classe Social: Existe uma associação complexa entre a esquizofrenia e a
classe social, sendo influenciada por vários fatores.
Importância das Distinções entre Tipos de Esquizofrenia e Entre Transtornos Psicóticos
Relacionados: A precisão no diagnóstico é vital, pois diferentes subtipos e transtornos
relacionados bloqueiam abordagens terapêuticas específicas.

Transtornos de personalidade
Os transtornos de personalidade são condições mentais que afetam a maneira
como as pessoas pensam, percebem, sentem e se relacionam com os outros. Esses
transtornos envolvem padrões persistentes e inflexíveis de comportamento, pensamento e
interação que se desviam significativamente das expectativas da cultura da pessoa. Esses
padrões podem causar sofrimento ao indivíduo ou dificultar o funcionamento social e
ocupacional. Existem vários tipos de transtornos de personalidade, cada um com
características específicas.
1. Transtorno de Personalidade Paranóide:
Principais características:
● Desconfiança persistente e generalizada em relação aos interesses dos outros.
● Dificuldade em confiar nos outros.
● Tendência a interpretar comportamentos neutros como ameaçadores.
2. Transtorno de Personalidade Esquizóide:
Principais características:
● Distanciamento social e falta de interesse em relacionamentos íntimos.
● Preferência por atividades solitárias.
● Emocionalmente frio e indiferente.
3. Transtorno de Personalidade Esquizotípica:
Principais características:
● Padrões de pensamento e comunicação peculiares.
● Crenças excêntricas ou pensamento mágico.
● Comportamento social e interpessoal estranho.
4. Transtorno de Personalidade Antissocial:
Principais características:
● Desrespeito pelos direitos dos outros.
● Incapacidade de conformidade com normas sociais.
● Tendência a comportamentos impulsivos e irresponsáveis.
5. Transtorno de Personalidade Borderline:
Principais características:
● Instabilidade nas relações interpessoais.
● Padrões intensos de impulsividade, humor e autoimagem.
● Medo intenso de abandono e esforço desesperado para evitar a solidão.
6. Transtorno de Personalidade Histriônica:
Principais características:
● Necessidade excessiva de ser o centro das atenções.
● Comportamento teatral e emocionalmente superficial.
● Facilmente influenciado por outras pessoas.
7. Transtorno de Personalidade Narcisista:
Principais características:
● Fantasias de sucesso ilimitado, poder, beleza ou amor ideal.
● Exagero de suas próprias realizações e talentos.
● Falta de empatia e exploração dos outros para atingir os seus próprios
objetivos.
8. Transtorno de Personalidade Evitativa:
Principais características:
● Inibição de extremos sociais, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade
à avaliação negativa.
● Evitação de atividades sociais ou ocupacionais por medo do ridículo.
9. Transtorno de Personalidade Dependente:
Principais características:
● Necessidade excessiva de ser cuidadoso e tomar decisões por outros.
● Medo de ser abandonado e submissão excessiva em relacionamentos.
10. Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsiva:
Principais características:
● Perfeccionismo e preocupação com detalhes.
● Rigidez e inflexibilidade em relação a questões morais e éticas.
● Relutância em delegar tarefas aos outros.
É importante notar que as pessoas podem ter traços de personalidade de diferentes
transtornos sem preencher todos os critérios para um diagnóstico completo. O diagnóstico e
tratamento de transtornos de personalidade geralmente envolve uma abordagem
multidisciplinar, incluindo psicoterapia, medicamentos e suporte social.
OUTRO RESUMO
Os transtornos de personalidade são condições de saúde mental que afetam a maneira
como as pessoas pensam, percebem, se relacionam e lidam com as situações. Eles se
manifestaram como padrões duradouros e inflexíveis de pensamentos, emoções e
comportamentos que divergem significativamente das expectativas culturais e interferem no
funcionamento diário. Existem vários tipos de transtornos de personalidade, cada um com
características específicas.
Transtorno de Personalidade Antissocial (TPA):
Características: Desprezo pelas normas sociais, impulsividade, agressão, falta de remorso ou
empatia, manipulação.
Impacto: Dificuldade em manter relacionamentos, envolvimento em comportamentos ilegais,
propensão a enganar os outros.
Transtorno de Personalidade Borderline (TPB):
Características: Instabilidade emocional, relacionamentos intensos e instáveis, impulsividade,
autoimagem instável, medo de abandono.
Impacto: Comportamentos autodestrutivos, episódios de raiva intensa, dificuldade em
manter relacionamentos positivos.
Transtorno de Personalidade Narcisista (TPN):
Características: Necessidade excessiva de admiração, falta de empatia, grandiosidade, opinião
na própria importância.
Impacto: Relacionamentos interpessoais prejudicados, exploração de outros para alcançar
objetivos pessoais, sensação de superioridade.

Transtorno de Personalidade Esquizóide (TPE):


Características: Dificuldade em estabelecer e manter relacionamentos, falta de interesse em
atividades sociais, emoções restritas.
Impacto: Isolamento social, expressão em emoções, preferência por atividades solitárias.

Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsivo (TPOC):


Características: Perfeccionismo, preocupação com ordem e controle, inflexibilidade,
dedicação excessiva ao trabalho.
Impacto: Dificuldade em delegar tarefas, estresse mental, relações interpessoais prejudicadas
devido a expectativas elevadas.

Diagnóstico e Tratamento:
Diagnóstico: O diagnóstico de transtornos de personalidade é baseado em critérios
específicos do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) após
avaliação clínica detalhada.
Tratamento: A terapia psicológica é frequentemente utilizada. O tratamento pode incluir uma
abordagem de questões específicas relacionadas ao transtorno de personalidade.
Medicação: Em alguns casos, os medicamentos podem ser prescritos para tratar sintomas
específicos, como depressão, ansiedade ou impulsividade.
Apoio Social: O envolvimento de amigos e familiares pode ser fundamental para o apoio
contínuo e o manejo dos desafios associados ao transtorno de personalidade.

Outros Transtornos de Personalidade e Transtornos Marginais


​ Transtorno de Caráter:
Sintomas: Padrões inflexíveis e mal adaptativos de comportamento, gerando conflitos
interpessoais.
Abordagem Terapêutica: Terapia cognitivo-comportamental pode ser eficaz na modificação
de comportamentos disfuncionais.
​ Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsivo (TPOC):
Sintomas: Perfeccionismo, estresse mental e preocupação excessiva com organização e
detalhes.
Tratamento: Terapia cognitivo-comportamental, especialmente terapia de exposição e
prevenção de resposta, é comumente empregada.

​ Transtorno de Personalidade Esquiva "Evitativo":


Sintomas: Inibição social, hipersensibilidade à avaliação negativa e evitação de atividades
sociais.
Abordagem Terapêutica: Terapia de grupo e técnicas de exposição social podem ser
benéficas.

​ Transtorno de Personalidade Dependente:


Sintomas: Necessidade excessiva de ser cuidado, submissão e dificuldade em tomar decisões.
Tratamento: Terapia cognitivo-comportamental focada em aumentar a autonomia e a
autoconfiança.

​ Transtorno de Personalidade Histriônica:


Sintomas: Busca por atenção, emocionalidade excessiva e comportamentos dramáticos.
Intervenção: Terapia psicodinâmica para explorar relações interpessoais e promover insight.

​ Transtorno de Personalidade Narcisista:


Sintomas: Grandiosidade, falta de empatia e busca constante por admiração.
Abordagem Terapêutica: Terapia focada no desenvolvimento de empatia e reconhecimento
das necessidades dos outros.

Transtornos Marginais:
​ Transtorno de Personalidade Paranóide:
Sintomas: Desconfiança excessiva, hipervigilância e interpretação distorcida de interesses
alheios.
Intervenção: Terapia cognitivo-comportamental para restrição de pensamentos distorcidos.

​ Transtorno de Personalidade Esquizóide:


Sintomas: Distanciamento social, afetividade reduzida e preferência por atividades solitárias.
Abordagem Terapêutica: Terapia psicodinâmica focada na exploração de emoções e
relacionamentos.

​ Transtorno de Personalidade Esquizotípica:


Sintomas: Padrões de pensamento e aparência excêntrica, com desconforto em
relacionamentos interpessoais.
Tratamento: Terapia cognitivo-comportamental para abordar distorções e melhorar
habilidades sociais.
​ Transtorno de Personalidade Borderline:
Sintomas: Instabilidade emocional, impulsividade e dificuldade em manter relacionamentos
benéficos.
Abordagem Terapêutica: Terapia dialética comportamental é uma abordagem comum para
desenvolver habilidades de regulaçã o emocional.

​ Transtorno de Controle de Impulsos:


Sintomas: Incapacidade de resistir a impulsos, resultando em comportamentos relacionados.
Intervenção: Terapia cognitivo-comportamental para identificar gatilhos e desenvolver
estratégias de controle.

Os transtornos de personalidade, variados em sua manifestação clínica, abrangem um


espectro amplo de características e comportamentos desafiadores. Este ensaio examinará
minuciosamente alguns desses transtornos de personalidade, incluindo Transtorno de Caráter,
Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsivo (TPOC), Transtorno de Personalidade
Esquiva "Evitativa", Transtorno de Personalidade Dependente, Transtorno de Personalidade
Histriônica e Transtorno de Personalidade Narcisista. Além disso, serão discutidos
transtornos marginais, como Paranóide, Esquizóide, Esquizotípico, Borderline e Transtorno
de Controle de Impulsos.

Transtorno de Caráter: O Transtorno de Caráter é marcado por padrões inflexíveis e mal


adaptativos de comportamento. Os sintomas motores podem incluir impulsividade, enquanto
os sintomas cognitivos podem envolver racionalizações constantes. O diagnóstico exige uma
avaliação cuidadosa desses comportamentos persistentes.

Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsivo (TPOC): O TPOC é caracterizado


por perfeccionismo extremo e controle. Os sintomas de humor podem variar de ansiedade a
irritabilidade. A necessidade de ordem e simetria pode se manifestar como sintomas motores,
como rituais repetitivos. O diagnóstico é confirmado por critérios específicos.

Transtorno de Personalidade Esquiva "Evitativa": Indivíduos com Transtorno de


Personalidade Esquiva têm um medo paralisante de coleta. Os sintomas motores podem
incluir evitar atividades sociais, enquanto os sintomas cognitivos envolvem um profundo
sentimento de inadequação. O diagnóstico leva em consideração o impacto significativo nas
relações interpessoais.

Transtorno de Personalidade Dependente: A dependência excessiva dos outros é central


no Transtorno de Personalidade Dependente. Os sintomas cognitivos incluem uma
necessidade constante de orientação, enquanto os sintomas motores podem envolver a
submissão. O diagnóstico requer uma avaliação da autonomia comprometida.

Transtorno de Personalidade Histriônica: O Transtorno de Personalidade Histriônica é


caracterizado pela busca constante de atenção. Os sintomas de humor podem incluir
emotividade excessiva, enquanto os sintomas motores envolvem comportamentos
provocativos. O diagnóstico é baseado em padrões persistentes e mal adaptativos.

Transtorno de Personalidade Narcisista: O Transtorno de Personalidade Narcisista


apresenta um padrão de grandiosidade e falta de empatia. Os sintomas cognitivos incluem
uma fantasia de sucesso ilimitado, enquanto os sintomas motores podem envolver a
exploração de outros para atingir objetivos pessoais. O diagnóstico leva em consideração a
manifestação consistente desses comportamentos.

Transtornos Marginais: Transtornos marginais, como Paranóide, Esquizóide, Esquizotípico,


Borderline e Transtorno de Controle de Impulsos, adicionam complexidade ao cenário dos
transtornos de personalidade.

Paranóide: Caracterizado por desconfiança persistente, sintomas motores podem incluir


hipervigilância, enquanto sintomas cognitivos envolvem suspeitas infundadas.

Esquizóide: A esquiva de interações sociais é central. Os sintomas de humor podem incluir


indiferença, e os sintomas cognitivos podem envolver uma preferência por atividades
solitárias.

Esquizotípico: Padrões excêntricos e pensamento mágico definem o Esquizotípico. Os


sintomas motores podem envolver comportamentos bizarros, enquanto os sintomas
cognitivos incluem apenas específicos.

Borderline: Instabilidade emocional e relacionamentos tumultuados são características. Os


sintomas de humor podem incluir impulsividade, enquanto os sintomas motores podem
envolver autolesão.

Transtorno de Controle de Impulsos: Dificuldade em resistir a impulsos, resultando em


comportamentos relacionados. Os sintomas motores podem envolver a agressividade,
enquanto os sintomas cognitivos incluem uma falta percebida de controle.

Transtornos sexuais
Os transtornos sexuais relacionais são condições que afetam a resposta sexual
normal de uma pessoa e podem causar angústia significativa. Esses transtornos podem
envolver dificuldades nas emoções, no orgasmo, na dor durante o sexo ou em outras
áreas relacionadas à sexualidade. É importante abordar essas questões com compreensão e
sensibilidade, pois podem ter impacto significativo na qualidade de vida e nos
relacionamentos.

Disfunção Erétil:
Sintomas: Dificuldade persistente em manter uma ereção suficiente para uma relação sexual
satisfatória.
Causas: Fatores físicos (como problemas circulatórios) ou psicológicos (como ansiedade).

Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo:


Sintomas: Ausência ou redução significativa do interesse sexual persistente, resultando em
desconforto pessoal.
Causas: Fatores psicológicos, hormonais, medicamentosos ou relacionados ao estilo de vida.

Ejaculação Precoce:
Sintomas: Ejaculação persistente antes do desejado durante uma atividade sexual.
Causas: Fatores psicológicos, experiências sexuais anteriores, ansiedade.

Transtorno do Orgasmo Feminino:


Sintomas: Dificuldade persistente ou ausência de orgasmo, mesmo com estimulação
adequada.
Causas: Fatores psicológicos, problemas de relacionamento, questões físicas.

Vaginismo:
Sintomas: Contrações involuntárias dos músculos vaginais, dificultando ou impossibilitando
a penetração.
Causas: Ansiedade, medo de dor, experiências sexuais anteriores traumáticas.

Transtorno da Dor Genital:


Sintomas: Dor persistente durante ou após atividade sexual.
Causas: Condições médicas, infecções, problemas psicológicos.

Parafilias:
Sintomas: Comportamentos sexuais atípicos ou fantasias que causam sofrimento a um
indivíduo ou a outras pessoas.
Exemplos: Fetichismo, exibicionismo, voyeurismo, pedofilia, zoofilia.
Causas: Fatores psicológicos, sociais ou biológicos.

Diagnóstico e Tratamento:
Avaliação: O diagnóstico é geralmente feito com base em critérios definidos e após uma
avaliação clínica específica, incluindo história médica, sexual e emocional.
Tratamento: O tratamento pode envolver terapia sexual, terapia cognitivo-comportamental,
aconselhamento e, em alguns casos, medicação.
Abordagem Multidisciplinar: Os transtornos sexuais muitas vezes exigem uma
abordagem multidisciplinar que envolve profissionais de saúde mental, médicos e
terapeutas sexuais.

OUTRO RESUMO
Os transtornos sexuais relacionais são condições de saúde mental que envolvem
dificuldades persistentes ou recorrentes relacionadas com resposta sexual,
comportamento sexual ou sofrimento associado a padrões sexuais atípicos. Esses
transtornos podem afetar a qualidade de vida e o bem-estar emocional e podem ter diversas
causas, incluindo fatores biológicos, psicológicos e sociais.

Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo (TDSH):


Características: Baixo interesse ou ausência de desejo sexual, com angústia significativa.
Impacto: Dificuldades nos relacionamentos, insatisfação pessoal, diminuição do prazer
sexual.

Transtorno da Excitação Sexual Feminina (TESF) e Masculina (TESM):


Características: Dificuldade em atingir ou manter a emoção sexual durante a atividade sexual.
Impacto:Dificuldade em alcançar o orgasmo, diminuição da satisfação sexual.

Transtorno Orgástico Feminino (TOF) e Masculino (TOM):


Características: Dificuldade persistente ou recorrente em atingir o orgasmo.
Impacto: Angústia relacionada à incapacidade de atingir o orgasmo.

Transtorno da Dor Sexual (TDS):


Características: Dor genital persistente associada ao contato sexual.
Impacto: Evitação de atividades sexuais, dificuldades nos relacionamentos.

Transformação da Aversão Sexual:


Características: Aversão intensa e persistente ao contato sexual, muitas vezes resultando em
evitação sexual.
Impacto: Dificuldades nos relacionamentos íntimos, ansiedade associada à atividade sexual.

Parafilias:
Características: Padrões sexuais atípicos ou focados em objetos, atividades ou situações que
causam angústia ou prejuízo a outras pessoas.
Exemplos: Pedofilia, exibicionismo, fetiche, voyeurismo.

Diagnóstico e Tratamento:
Avaliação Clínica: O diagnóstico de transtornos sexuais envolve uma avaliação clínica
completa, considerando fatores físicos, psicológicos e sociais.
Terapia Sexual: A terapia sexual, muitas vezes, desempenha um papel importante no
tratamento, oferecendo orientação e estratégias para abordar as dificuldades sexuais.
Abordagem Médica: Em alguns casos, os medicamentos podem ser prescritos para tratar
sintomas específicos, como disfunção erétil ou depressão associada a problemas sexuais.
Aconselhamento Psicológico: A terapia cognitivo-comportamental e outras abordagens
psicológicas podem ser úteis para explorar e modificar padrões de pensamento e
comportamento associados a transtornos sexuais.
Educação e Informação: A educação sobre saúde sexual e a promoção de uma comunicação
aberta nos relacionamentos podem ser aspectos importantes do tratamento.
Transtornos Sexuais: Uma Análise interessante em Psicopatologia
Os transtornos sexuais, inseridos no campo complexo da psicopatologia, abrangem
uma gama de disfunções, desafios de desejo, parafilias e questões identitárias de gênero. Este
ensaio explora com detalhes as considerações psicológicas e fisiológicas, procedimentos
diagnósticos, tratamentos e as implicações legais dessas condições multifacetadas.
Transtorno de Desejo Sexual: O transtorno de desejo sexual, marcado por uma
perda persistente do interesse, exige uma abordagem cuidadosa. Considerações psicológicas
incluem a terapia cognitivo-comportamental, focalizando a exploração de fatores emocionais
e relacionais. Tratamentos fisiológicos podem envolver intervenções hormonais para
restabelecer equilíbrios bioquímicos.
Transtornos da Aflição: Dificuldades na condução sexual geram aflição substancial.
Os procedimentos diagnósticos incluem avaliação clínica e exames para discernir causas
orgânicas. Intervenções psicológicas, como a terapia sexual, visam atenuar componentes
emocionais, especialmente a ansiedade associada.
Transtornos Orgásticos:
As complexidades dos transtornos orgásticos são distintas em homens e mulheres. Para
mulheres, explicações psicológicas exploram fatores emocionais, enquanto as disciplinas
podem incluir terapia sexual. Para homens, tratamentos fisiológicos, como terapia para
disfunção erétil, são comuns, enquanto considerações psicológicas envolvem questões de
desempenho.
Parafilias: As parafilias, expressões sexuais atípicas, variam desde exibição até
pedofilia. As explicações psicodinâmicas buscam raízes profundas em conflitos
inconscientes, enquanto as abordagens cognitivas visam modificar padrões disfuncionais.
Intervenções fisiológicas incluem terapias farmacológicas para controlar impulsos
indesejados.
Transtorno de Identidade de Gênero: Questões identitárias de gênero exigem uma
compreensão profunda. Padrões de comportamento na infância e desequilíbrios hormonais no
desenvolvimento fetal são examinados. A cirurgia de mudança de sexo, parte integrante de
um processo complexo, enfrenta discussão ética.
Psicoterapia e Novas Leis: A psicoterapia surge como uma ferramenta crucial para
explorar questões emocionais e comportamentais subjacentes a esses transtornos. Mudanças
nas leis refletem uma sociedade mais inclusiva, confirmando a necessidade de proteger os
direitos dos indivíduos com identidades sexuais diversas.

Dependência e o abuso de substâncias


A dependência e o abuso de substâncias são transtornos relacionados ao uso de
substâncias psicoativas, como álcool e drogas. Esses transtornos fazem parte da categoria de
transtornos por uso de substâncias no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais (DSM-5) e envolvimento de padrões problemáticos e questões de consumo de
substâncias que afetam significativamente a vida do indivíduo.
Dependência de Substâncias:
Características:
● Necessidade compulsiva de consumir uma substância específica.
● Desenvolvimento de tolerância, o que requer doses cada vez maiores para
atingir os mesmos efeitos.
● Sintomas de abstinência quando a substância não é consumida.
Impacto: Prejuízo significativo nas áreas sociais, ocupacionais e/ou pessoais devido ao
consumo da substância.

Abuso de Substâncias:
Características:
● Padrões de uso recorrentes resultam em falhas nas responsabilidades do
trabalho, escolar ou em casa.
● Uso continuado da substância apesar dos problemas sociais ou interpessoais
causados ​por ela.
Impacto: Consequências negativas no funcionamento diário, mas sem presença de
dependência física.

Questões Relacionadas:
Causas e Fatores de Risco: A dependência e o abuso de substâncias podem ser influenciados
por fatores genéticos, ambientais, psicológicos e sociais.
Comorbidades Psiquiátricas: Muitas vezes, transtornos de humor, ansiedade ou outros
transtornos psiquiátricos coexistem com a dependência de substância.
Efeitos no Cérebro: O uso prolongado de substância pode levar a alterações na estrutura e
função do cérebro, impactando a tomada de decisões, o controle de impulsos e a motivação.
Prevenção e Tratamento: A prevenção inclui a educação sobre os riscos associados ao uso de
substâncias. O tratamento muitas vezes envolve uma abordagem multidisciplinar, incluindo
terapia cognitivo-comportamental, terapia motivacional e, em alguns casos, medicamentos.
Estigma Social: O estigma em torno da dependência de substância pode ser um obstáculo
significativo ao tratamento. A compreensão e o suporte da comunidade são cruciais.
Modelos de Tratamento: Os modelos de tratamento podem incluir uma abordagem, terapia
individual e em grupo, reabilitação residencial e programas de manutenção com
medicamentos.
Recaída: A recuperação é uma parte comum do processo de recuperação, e a prevenção da
recuperação é uma parte importante do plano de tratamento.
A dependência e o abuso de substâncias são condições complexas que excluem uma
abordagem integrada para tratamento e suporte contínuo. O tratamento bem sucedido
geralmente envolve a colaboração entre o indivíduo afetado, profissionais de saúde mental,
familiares e a comunidade.
Questões Associadas à Dependência e ao Abuso de Substâncias:
A dependência e o abuso de substâncias são questões complexas, envolvendo fatores
biológicos, psicológicos, sociais e ambientais. Essas questões têm implicações significativas
na saúde mental e no bem-estar global.
Definição da Natureza das Drogas Psicoativas: Drogas psicoativas são apresentadas que
afetam o sistema nervoso central, alterando a percepção, o humor, a cognição e o
comportamento. A classificação inclui depressores, estimulantes e alucinógenos.
Fatores que influenciam efeitos de drogas: A resposta às drogas é influenciada por fatores
individuais, como genética, idade, saúde física e mental, expectativas e ambiente social.
Abstinência e Dependência: A abstinência refere-se aos sintomas físicos e psicológicos que
ocorrem quando uma substância é reduzida ou interrompida. A dependência envolve uma
compulsão para usar matéria, perda de controle e continuidade do uso apesar das
consequências adversárias.
Diagnóstico de Dependência e Abuso de Substância: O diagnóstico, em conformidade com o
DSM-5, inclui critérios específicos, como padrões de uso prejudicial, tolerância, abstinência,
perda de controle e impacto nas atividades diárias.
Tipos de Drogas
Depressores
Barbitúricos e Benzodiazepínicos: Causam sedação e relaxamento muscular.
Narcóticos: opio, Morfina e Codeína: Aliviam a dor, mas podem levar à dependência.
Heroína: Altamente viciante, com efeitos depressores.
Estimulantes:
Anfetaminas e Cocaína: Aumentam a energia e o alerta, mas têm alto potencial de abuso.
Cafeína e Nicotina: Estimulantes comuns, associados à dependência.
Alucinógenos
Cannabis, LSD, Psilocibina e Mescalina: Alteram a percepção sensorial e cognitiva.

Explicações para o Abuso e a Dependência de Substâncias


Exposição: O contato repetido com uma substância aumenta o risco de dependência.
Fatores Situacionais: Ambientes propícios ao uso exacerbam o risco.
Características Familiares: Histórico familiar de abuso de substâncias pode contribuir.
Personalidade: Traços impulsivos e baixa autoestima estão correlacionados.
Redução de Ansiedade: O uso pode ser uma forma de lidar com o estresse.
Expectativas: Crenças sobre os efeitos das drogas influenciando o comportamento.
Fatores Fisiológicos: Alterações no cérebro e sistemas de recompensa desempenham um
papel.
Abordagens de Tratamento:
Terapia Cognitivo-Comportamental: Identificação e modificação de padrões de pensamento e
comportamento.
Terapia de Substituição de Nicotina e Metadona: Redução gradual do uso de substância.
Aconselhamento Motivacional: Foco na motivação intrínseca para a mudança.
Reabilitação em Comunidade: Integração social e suporte durante o processo de recuperação.

TEXTO 7: Resumo sobre Luto e Melancolia de Sigmund Freud


O ensaio "Luto e Melancolia", escrito por Sigmund Freud em 1915, explora as
complexidades psicológicas associadas à perda e ao sofrimento.
Comparação entre Luto e Melancolia: Freud compara o processo de luto (luto normal após a
perda de algo ou alguém) com a melancolia (forma patológica do luto).
Diferenças Estruturais: No entanto, a dor está ligada à perda real de um objeto amado. Na
melancolia, uma pessoa experimenta uma dor semelhante, mas não consegue identificar a
perda específica.
Identificação e Introjeção: No entanto, uma pessoa se distancia gradualmente do objeto
perdido. Na melancolia, ocorre uma identificação patológica, com o ego introjetando o objeto
perdido como se fosse parte do eu.
Culpa e Autocrítica: Freud destaca a presença de autocrítica intensa na melancolia, onde o
indivíduo se culpa pela perda do objeto, mesmo que essa perda não seja clara.
Processo de Luto Normal: O luto saudável envolve uma adaptação gradual à perda,
permitindo a liberação emocional e eventual desinvestimento emocional no objeto perdido.
Papel do Superego: Freud enfatiza que a melancolia está associada a uma relação
disfuncional com o superego, que critica e culpa o ego de maneira excessiva.
Abordagem Terapêutica: Freud sugere que uma abordagem terapêutica para a melancolia
envolve trazer à consciência os conflitos inconscientes, facilitando a resolução e a
liberação do luto patológico.
Contribuições para a Psicanálise: O texto de Freud sobre luto e melancolia contribuiu
significativamente para a compreensão psicanalítica das dinâmicas emocionais associadas à
perda e à dor, influenciando a teoria psicanalítica contemporânea.
Em "Luto e Melancolia", Freud oferece uma perspectiva profunda sobre a natureza
complexa do processo de luto, destacando as diferenças entre o luto saudável e a melancolia
como uma forma patológica desse processo. Ele explora as dinâmicas psicológicas
subjacentes e sugere abordagens terapêuticas para lidar com a melancolia, contribuindo assim
para o desenvolvimento da teoria psicanalítica.
OUTRO RESUMO
A sociedade melancólica |
- Freud tenta distinguir a melancolia como patologia do luto.
- Melancolia como espécie de super sintoma (sintoma mãe).
- É aquele que está afetado por uma perda que não conhece os motivos ou as causas.
→ Melancolia vista como um estado de luto cristalizado e fixo.
→ 3 premissas da melancolia:
1. Perda do objeto
- Perda de um objeto que eu não sei o que perdi naquilo que eu perdi.
2. Ambivalência
- Alteração entre amor e ódio
- Crítica permanente sobre si
- Aquilo que foi perdido no objeto ao mesmo tempo me levou
3. Regressão da libído para o eu
- Libido se volta do objeto na qual ele estava colocado para o eu, mas em vez de ser fixada a
fantasia (de se fixar no eu), passa a escorrer pelo eu em uma espécie de hemorragia libidinal.
→ Nessas duas primeiras são encontradas recriminações obsessivas depois de casos de
morte. "Perdi aquela pessoa e começo a me recriminar sem fim o porquê da morte da pessoa
(como se eu fosse o culpado, sendo que não tenho culpa nenhuma)."
- Se culpa pela morte dela, ainda que não tenha feito nada para essa morte.
- O oposto da melancolia é a mania
- Melancólico fica preso em um conflito que não evolui, que não gera transformação.
- Acúmulo de investimento que se libera com o término do trabalho melancólico,
possibilitando a passagem para a mania.
- Melancólico possuído por um narcisismo patológico, acúmulo de libido no eu.
- Substituição do conflito real para um conflito imaginário.
- Inversão perpétua entre amor e ódio.
→ "A culpa é sua, só sua" - é isso que diz o melancólico.
Texto e aula:
Luto:
- É a reação a uma perda de uma pessoa querida ou de uma abstração que esteja no lugar dela,
como pátria, liberdade, ideal etc.
- Em muitas pessoas se observa em lugar do luto uma melancolia, o que nos leva a suspeitar
nelas uma disposição patológica.
- O luto não é considerado um estado patológico, embora ele acarrete graves desvios na vida
do indivíduo. Mas é confiado que ele, depois de um tempo, será superado.
- É prejudicial prejudicar o trabalho do luto, ou seja, a pessoa precisa passar por esse
processo.
- O espaço de autorização do luto está ficando cada vez menor. Ex: "me dá um remédio para
eu parar de sofrer por esse término".
Melancolia:
- A melancolia se caracteriza por um desânimo profundamente doloroso, desinteresse pelo
mundo externo, perda da capacidade de amar, inibição de toda atividade e um rebaixamento
do sentimento de autoestima que se expressa em autorrecriminações e auto insultos.
ex: "Deus vai me castigar, tomara que eu morra logo."
- O luto revela esses mesmos traços, exceto um: a perturbação do sentimento de autoestima
(que é mais presente na melancolia), mas no resto é a mesma coisa.
- Não é só a perda da vontade como no luto, mas junto com ela a discriminação.
ex: luto "não to com vontade de ir para academia"/melancolia "não vou para a academia
porque sou um merda, tomara que eu morra".
Trabalho realizado pelo luto:
- O objeto amado já não existe mais e agora exige que toda a libido seja retirada de suas
ligações com esse objeto.
- Porém, não é fácil desinvestir do objeto perdido e investir em outro novo.
- Isso pode causar uma alucinação de que o objeto não foi perdido. Ex: negar a morte, "não,
ele não morreu".
- Pode ser tão intenso, que ocorre um afastamento da realidade e uma adesão ao objeto por
meio de uma psicose alucinatória de desejo (grau máximo do luto).
- O normal é que vença o respeito à realidade.
- Mas esse trabalho de luto não é imediatamente atendido.
- Será cumprido pouco a pouco com grande dispêndio de tempo e de energia de investimento,
e enquanto isso a existência do objeto de investimento é psiquicamente prolongada.
- Uma a uma, as lembranças e expectativas pelas quais a libido se ligava ao objeto são
focalizadas e super investidas e nelas se realiza o desligamento da libido.
- Ou seja, com o tempo, o ego vai se tornando livre e desimpedido, chegando ao final do
trabalho de luto.
Trabalho realizado pela melancolia:
- Na melancolia, parece que isso não acontece, o ego não vai se tornando livre e desimpedido.
- Ela também pode ser reação à perda de um objeto amado; porém essa perda é de natureza
mais ideal.
- O objeto não é algo que realmente morreu, mas que se perdeu como objeto de amor (por
exemplo, o caso de uma noiva abandonada).
- Perda das inscrições simbólicas. ex: processo de confiança, de cometimento com esse
objeto, é perdido.
- O doente também não é capaz de compreender conscientemente o que ele perdeu.
- Ou, o doente pode saber o objeto que perdeu, mas não o que perdeu nele.
- Luto tem consciência daquilo que perdeu, melancolia não, é inconsciente.

Luto x melancolia:
- O melancólico nos mostra ainda algo que falta no luto: um rebaixamento extraordinário do
seu sentimento de autoestima, um enorme empobrecimento do ego.
- No luto é o mundo que se tornou pobre e vazio; na melancolia é o próprio ego. O doente
descreve o seu ego como indigno, incapaz e moralmente desprezível; ele se recrimina, se
insulta e espera ser rejeitado e castigado.
- Humilha-se perante os demais e tem pena dos seus por estarem eles ligados a uma pessoa
tão indigna.
- O melancólico não tem vergonha de falar sobre os insultos, porque esses não tem a ver
com eles, mas sim com o outro (o objeto perdido) → acontece a presença desse objeto
perdido nele mesmo.
- No fim não se deixará de ter a impressão de que as mais violentas dentre elas
frequentemente se adequam muito pouco à sua própria pessoa, mas que, com ligeiras
modificações, se adequam a uma outra pessoa, a quem o doente ama, amou ou deveria amar.
- Revolta em relação ao objeto, em vez de insultar o objeto perdido, passa a insultar ele
mesmo.
ex: A mulher que ruidosamente se apieda do marido por estar ele tão ligado a uma mulher tão
incapaz na verdade quer se queixar da incapacidade do marido, em qualquer sentido que esta
possa ser entendida.
Suicídio: grau máximo da melancolia
- O sujeito é capaz de se autolesar, na tentativa de se libertar daquele objeto que está nele.
Mania: tendência do melancólico a se tornar maníaco.
- O sujeito é tomado por uma energia que estava ali sendo utilizada para um processo
depressivo.
- Essa energia "guardada" parece se libertar de uma vez só.
- Como um faminto, o maníaco sai em busca de novos investimentos de objeto, ele nos
demonstra de um modo inequívoco sua libertação do objeto que o fez sofrer.
OUTRO RESUMO
- Luto é a reação à perda de uma pessoa amada ou de uma abstração que ocupa seu
lugar,como pátria, liberdade, um ideal etc.
- A melancolia se caracteriza, em termos psíquicos, por um abatimento* doloroso, uma
cessação do interesse pelo mundo exterior, perda da capacidade de amar, inibição de toda
atividade e diminuição da autoestima,** que se expressa em recriminações e ofensas à
própria pessoa e pode chegar a uma delirante expectativa de punição.
- A diferença entre ambos é que no luto a autoestima não é afetada.
- ser humano não gosta de abandonar uma posição libidinal, mesmo quando um substituto já
se anuncia.
- Na melancolia o objeto libidinal não foi realmente perdido. EX: NOIVA ABANDONADA
NO ALTAR.
- melancolia, de algum modo, a uma perda de objeto subtraída à consciência;diferentemente
do luto, em que nada é inconsciente na perda.
- No luto, é o mundo que se torna pobre e vazio; na melancolia, é o próprio Eu
- Faz uma conexão perante as concepções de gênero.
- Ponto sintomático: tudo de desabonador que falam de si mesmos se refere, no fundo, a outra
pessoa.
- resolve o enigma da inclinação ao suicídio, que torna a melancolia tão interessante — e tão
perigosa.
TEXTO 10:As aberrações sexuais. Em: Três Ensaios sobre a teoria da sexualidade.
O termo "aberrações sexuais" é uma expressão datada e, nos tempos atuais, preferimos
utilizar uma terminologia mais neutra de "parafilias" para descrever comportamentos sexuais
atípicos. Freud explorou a sexualidade humana em profundidade, incluindo questões
relacionadas às parafilias, em diversas de seus escritos. Um resumo dos principais pontos
abordados por Freud sobre esse tema pode ser delineado a partir de suas contribuições em
"Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade" e outros trabalhos:

Teoria do Desenvolvimento Psicossexual: Freud propôs uma teoria do desenvolvimento


psicossexual, que descreve a evolução da sexualidade humana desde a infância até a idade
adulta, passando por fases como oral, anal, fálica, latência e genital.

Parafilias como Variações Normais: Freud argumentou que as parafilias representam


variações normais da expressão sexual humana. Ele rejeitou a ideia de rotular
automaticamente esses comportamentos como patológicos, confirmando a diversidade da
sexualidade.

Complexo de Édipo e Fantasias Sexuais: Freud associou as parafilias ao Complexo de Édipo,


apontando que certos comportamentos sexuais atípicos poderiam ser interpretados como
expressões simbólicas de desejos ou conflitos reprimidos.

Papel do Inconsciente: As parafilias foram detalhadas por Freud como expressões de desejos
inconscientes e impulsos reprimidos. Ele explorou a ideia de que esses comportamentos
muitas vezes têm raízes profundas no psiquismo.

Análise Psicanalítica das Parafilias: Para Freud, a análise psicanalítica era uma ferramenta
útil para desvendar os significados subjacentes às parafilias. Ele via esses comportamentos
como sintomas de conflitos psíquicos que poderiam ser explorados e compreendidos por
meio da psicanálise.

​ Evolução da Compreensão da Sexualidade:


● Ao longo do tempo, houve uma evolução nas perspectivas em relação às
parafilias. A compreensão contemporânea destaca a importância de abordar
essas questões sem patologização excessiva, respeitando a diversidade sexual.
​ Contribuições e Limitações de Freud:
● As contribuições de Freud para a compreensão da sexualidade humana foram
inovadoras, mas algumas de suas concepções estão sujeitas às críticas. A
abordagem contemporânea busca uma compreensão mais inclusiva e
destituída de estigma em relação às parafilias.

Desenvolvimento Psicossexual:
■ Freud fundamenta sua compreensão das aberrações sexuais na teoria
do desenvolvimento psicossexual. Ele argumenta que a sexualidade é
uma força motriz crucial desde a infância até a vida adulta.
● Fases do Desenvolvimento:
■ Freud identifica fases do desenvolvimento psicossexual, como oral,
anal, fálica, latência e genital. A forma como um indivíduo lida com
conflitos e experiências em cada estágio influencia a expressão de sua
sexualidade.
● Papel da Fantasia e Imaginação:
■ Freud enfatiza a importância das fantasias e da imaginação na
expressão da sexualidade. Ele sugere que as aberrações sexuais podem
refletir desejos inconscientes e fantasias, muitas vezes enraizados na
infância.
● Complexo de Édipo:
■ O Complexo de Édipo é central para a compreensão das aberrações
sexuais em Freud. O argumento de que fantasias e desejos sexuais
podem estar relacionados a conflitos e dinâmicas familiares,
especialmente durante o estágio fálico de desenvolvimento.
● Caráter Normal das Aberrações:
■ Freud, de certa forma, normaliza as aberrações sexuais,
considerando-as como variações naturais e inatas da expressão sexual
humana. Ele destaca a diversidade e a complexidade da sexualidade.
● Mecanismos de Defesa e Repressão:
■ Freud explora como mecanismos de defesa, como a repressão, podem
moldar a expressão sexual. Ele argumenta que elementos reprimidos
podem emergir de maneiras atípicas.
● Contribuições para a Psicanálise:
■ Embora as teorias de Freud sobre as aberrações sexuais tenham sido
controversas e tenham evoluído ao longo do tempo, suas contribuições
para a compreensão da sexualidade humana abriram caminho para a
psicanálise e influenciaram a psicologia contemporânea.
Em resumo, Freud abordou as aberrações sexuais dentro do contexto de sua teoria geral da
sexualidade e do desenvolvimento psicossexual. Ele ofereceu uma perspectiva que buscava
compreender a diversidade e complexidade da expressão sexual humana, ancorada em
conceitos como o Complexo de Édipo e os mecanismos de defesa. No entanto, é crucial
abordar essas ideias com uma consideração crítica, acompanhando as mudanças nas
perspectivas contemporâneas sobre a sexualidade e evitando a patologização ocasional de
comportamentos não normativos.

Aula + texto:
- Instinto sexual → pulsão sexual
- Nossa necessidade sexual e dos animais é expressa pelo instinto sexual.
- A fome aponta para uma necessidade interna que diante de certos estímulos externos e
internos me move em busca na satisfação desse instinto (saciar a fome).
- Essa fome se expressa pela líbido (tesão de satisfazer as pulsões sexuais).
→ "Trieb": termo para não se referir a instinto, mas na nossa tradução o tradutor utiliza essa
palavra. Impulso, movimento, ritmo, de algo que nos move mas não que seja na ordem de um
saber prévio.
- Instinto é um saber prévio que orienta os animais a satisfazerem e escolherem suas
necessidades sexuais.
- Ideia de pulsão vai além daquilo que se dá no instinto.
- Opinião popular de que a pulsão sexual só vem na adolescência, mas Freud acredita que
vem desde bebê.
- Freud parte do ponto de vista biologicista que aponta a parte instintual da sexualidade.
- Conexão entre nossas pulsões sexuais e os objetos aos quais ela se satisfaz, no homem seria
a mulher, na mulher seria o homem → reprodução (a norma seria o sexo está ligado a
reprodução, se não as espécies não sobreviveriam).
- Sexualidade como fim para reprodução (do ponto de vista da espécie).
- Dois conceitos importantes para o estudo da sexualidade humana:
1. Objeto sexual: A pessoa da qual vem a atração sexual.
- Existe algo nesse objeto que me atrai, vou até o objeto por causa de algo nele que me atrai
(de fora para dentro).
- Algo no objeto capaz de nos encantar, e diante disso nos movemos em direção a ele.
2. Meta sexual: A ação a qual o instinto impele.
- A ação para qual se esforça/impulsiona/movimenta a pulsão sexual.
- Cadela no cio, começa todo um jogo de movimento que aponta para a realização da ação, a
meta de cruzar para fins reprodutivos.
- A meta é o encontro dos genitais, o gozo.
- A partir desses dois conceitos chaves, Freud relata os "desvios" da sexualidade humana.
- Desvios de acordo com a norma da sexualidade na sociedade - de que o homem deve ficar
com a mulher e a união de ambos é de fins reprodutivos - objeto e meta determinadas,
qualquer coisa além disso é perversão/patologia. Mas Freud não vê dessa forma.
- Freud conclui que o campo da sexualidade humana é o campo do desvio, da subversão das
normas.
Desvios ao objeto sexual
- Homossexualidade: objeto sexual pode ser invertido, era uma patologia na época, mas
Freud não via como tal.
- Pedófilos: objeto não necessariamente uma pessoa adulta, pode ser uma criança.
- Zoofilia: objeto sexual pode ser um animal de uma outra espécie. -
Homossexualidade/inversão dividida em três tipos:
1. Absolutas:
- Sempre se relacionam com o objeto do mesmo sexo. Sexo oposto produz um tipo de nojo e
repugnância.
2. Anfígenas:
- Atração sexual pelos dois sexos (bissexual).
3. Ocasionais:
- São invertidos ocasionais, ou seja, em determinadas condições externas.
- Experiência independente de se a pessoa é hétero, homossexual ou não.
→ Nisso vemos como nosso objeto sexual pode ser amplo, não tem algo que determina.
Variedade de pulsões sexuais, não existe uma norma.
→ Aquela ideia de que o homem tem sua metade, que só existe um único objeto, isso é uma
fábula, na realidade não é bem assim.
→ Porque eram perversões? porque eram versões desviadas das normas supostas.
Desvios à meta sexual
- Freud tira a ideia de que perversão é um desvio. Se for assim, todos nós somos perversos.
- Perversão não pode ser vista como um desvio ao objeto/meta sexual.
- Todos nós desviamos da rota em algum momento.

AULA - Professor: 20/11/2023


- Desvio quanto ao objeto sexual
Pessoas investidas (homossexuais);
Pessoas imaturas (pedofilia);
zoofilia (animais)...
- Desvio relativo à meta sexual
Sexo oral;
Sexo anal;
Outros locais do corpo / Substitutos inapropriados;
Fetichismo;
Partes do corpo;
roupas íntimas;
Voyeurismo;
Sadismo - masoquismo.
OUTRO RESUMO
- a) Inversão: era a consideração patologizante destinada a condutas homossexuais.
Entretanto Freud discorre essa construção de que o sistema sexual seria
necessariamente ligado às organizações de gênero binárias e heteronormativas.
- Normalmente quando recalcado o objeto de desejo
- por dogmas sociais por exemplo- constitui um quadro clínico como uma obsessão
patológica.
- Não deve-se chamar de degeneração quando:

- Entende-se a inversão como um processo de hermafroditismo psíquico.


- Freud também critica as condições patologizantes perante os sujeitos transsexuais da
época, adotando o referencial de que “ não haveria como saber como é um cérebro
femino em um corpo masculino, por não organizarem estruturas diferentes na mesma
base. Adotando as concepções binárias de gênero condizentes às organizações
culturais.”
TEXTO 12:
O livro "A Paixão do Negativo: Lacan e a Dialética", escrito por Vladimir Safatle e
publicado em 2006, explora as contribuições do psicanalista Jacques Lacan para a teoria
psicanalítica, especialmente no que diz respeito à dialética e ao papel do negativo na psique
humana. O autor aborda conceitos fundamentais da obra de Lacan, proporcionando uma
análise crítica e aprofundada.

Principais Pontos do Texto:

Dialética Lacaniana: Safatle destaca a abordagem dialética de Lacan, que difere da tradição
hegeliana. Lacan propõe uma dialética específica baseada na linguagem, simbolização e
estruturação do sujeito no campo do Outro.

Negativo e Psique: O autor explora o papel central do negativo na teoria de Lacan,


examinando como as faltas, perdas e ausências são fundamentais para a constituição do
sujeito. Essa ênfase não negativa contrasta com abordagens mais afirmativas em outras
correntes psicanalíticas.

Função do Objeto a: Safatle discute a noção lacaniana do "objeto a", que representa o objeto
perdido primordial e que o sujeito busca incessantemente, muitas vezes de maneiras
sublimadas ou sintomáticas.

Alienação e Separatividade: A obra explora os conceitos de alienação e separatividade em


Lacan, destacando como o sujeito se relaciona com o desejo e com o Outro. A alienação é
vista como um processo crucial na formação do sujeito.

Crítica à Psicanálise Tradicional: O autor realiza uma crítica às abordagens mais


tradicionais da psicanálise, propondo uma leitura mais radical e estrutural da obra de Lacan,
que desafia interpretações simplificadas e dualistas.

Interseção com Outras Disciplinas: Safatle explora como os conceitos lacanianos têm
implicações para outras disciplinas, incluindo filosofia, linguística e teoria social. A
interseção entre psicanálise e outras áreas do conhecimento é discutida de maneira
aprofundada.
Contribuição para a Compreensão do Sujeito Moderno: O livro sugere que a dialética
lacaniana e a centralidade do negativo na psique humana oferecem insights importantes para
a compreensão do sujeito na modernidade, destacando as complexidades e contradições
inerentes à experiência humana.

Em resumo, "A Paixão do Negativo: Lacan e a Dialética" proporciona uma


exploração densa e crítica da obra de Lacan, oferecendo uma perspectiva inovadora sobre a
psicanálise e seu papel na compreensão da subjetividade humana. O autor destaca a
importância da dialética e do negativo como elementos-chave na teoria lacaniana,
enriquecendo a compreensão da psicanálise e suas implicações multidisciplinares.

PROVA:

1) Quais são as diferenças entre o estado de luto e a melancolia:


Freud destaca que, no estado de luto, a tristeza está relacionada à perda de um ente querido e
é uma ocorrência normal e adaptativa. Já na melancolia, o sofrimento é mais intenso e não
necessariamente vinculado a uma perda real. Na melancolia, há uma identificação do sujeito
com o objeto perdido, resultando em autorrecriminação e sentimentos de autoaversão.

2) Quais as origens, propostas pelo texto, do sentimento de rebaixamento da


autoestima e empobrecimento do Eu na Melancolia:
Freud sugere que na melancolia, o indivíduo internaliza o objeto perdido, levando a uma
identificação patológica. O sujeito dirige sua agressão para dentro, depreciando-se e
sentindo-se empobrecido. A perda do objeto é internalizada como uma perda do próprio Eu,
resultando em uma sensação de desvalorização.

3) O que leva o melancólico a insultar-se:


O melancólico insulta a si mesmo como uma expressão do processo de identificação
patológica. Ao internalizar o objeto perdido, o sujeito direciona a agressão para dentro,
resultando em um discurso depreciativo e insultante em relação ao próprio Eu.

4) O que significa a expressão: “queixar-se é dar queixa”:


A expressão "queixar-se é dar queixa" sugere que ao expressar queixas, o melancólico está,
de certa forma, acusando o objeto perdido. O ato de reclamar é uma forma de expressar o luto
e a raiva em relação à perda, mas também implica em uma espécie de acusação contra o
objeto internalizado.

5) Como você explica a tendência ao suicídio no melancólico:


A tendência ao suicídio na melancolia pode ser explicada pela intensidade da agressão
dirigida para dentro, resultando em um desejo de autodestruição. A identificação patológica e
o empobrecimento do Eu podem levar o melancólico a sentir que a única saída para o
sofrimento é a autodestruição.
6) Qual a explicação dinâmica dada por Freud para o estado maníaco presente na
psicose maníaco-depressiva:
Freud sugere que o estado maníaco na psicose maníaco-depressiva é uma ocorrência de dor
psíquica intensa associada à melancolia. O sujeito, incapaz de suportar a angústia
melancólica, busca ruptura na mania, onde a energia psíquica é deslocada para atividades
frenéticas e otimistas. Esse estado maníaco é uma tentativa de evitar o sofrimento associado à
melancolia, mas não resolver os conflitos subjacentes.

7) Qual a definição de objeto sexual:


O objeto sexual, de acordo com Freud, refere-se a pessoa ou parte do corpo que é fonte de
estímulo sexual e atração. Na teoria psicanalítica, o objeto sexual pode ser tanto uma pessoa
completa quanto partes isoladas do corpo, dependendo do desenvolvimento sexual individual.

8) Qual a definição de meta sexual:


A meta sexual representa o objetivo final ou o resultado desejado da atividade sexual. Freud
descreve as diferentes fases do desenvolvimento sexual, cada uma com suas próprias metas
sexuais. Por exemplo, a fase oral tem como meta a satisfação da boca, a fase anal envolve a
satisfação relacionada ao controle dos esfíncteres, e assim por diante.

9) Qual definição de “desvio” podemos compreender o texto de Freud:


Freud, o termo “desvio” refere-se a padrões sexuais que desviam das considerações
culturalmente aceitáveis. Ele explora várias formas de comportamento sexual que podem ser
consideradas atípicas ou fora do padrão socialmente estabelecido.

10) Cite três desvios em relação à meta sexual e comente as observações de Freud:
Alguns exemplos de desvios em relação à meta sexual incluem a fixação em melhorias
específicas do desenvolvimento sexual, como a fixação anal ou oral. Freud discute como
essas fixações podem influenciar os padrões sexuais adultos, levando a comportamentos que
divergem das metas sexuais consideradas normais.

11) O que significa dizer que o sádico é um masoquista ingênuo:


Essa afirmação sugere uma interconexão paradoxal entre os aspectos sádicos e masoquistas
na psicanálise. O sádico é descrito como um masoquista ingênuo porque, na prática de infligir
dor ou sofrimento ao outro, ele também busca sua própria satisfação erótica, que pode ter
raízes masoquistas. Em outras palavras, o prazer do sádico ao causar dor pode ser visto como
uma forma de autopunição ou autossatisfação masoquista.

12) Coloque (V) ou (F) justificando os itens FALSOS:


a) (F) Em relação ao Seminário sobre Pedofilia, o grupo apresentou que o pedófilo
corresponde ao abusador, pois além de não sentir culpa, ele usa o corpo da criança;
Justificativa: A afirmação está incompleta e pode ser ambígua. O pedófilo refere-se à
atração sexual por crianças, enquanto o abusador sexual de crianças é alguém que pratica atos
abusivos. Nem todo pedófilo é abuso, e nem todo abusador é necessariamente um pedófilo. A
ligação entre pedofilia e ausência de culpa pode não ser universalmente verdadeira, sendo
necessário considerar casos individuais.

b) (F) Em relação ao Seminário de Psicopatia, o grupo apresentou que a pessoa com este
diagnóstico apresenta uma infância normal e só na adolescência é que estes sintomas
começam a surgir, pois ocorreu uma falha na função paterna;

Justificativa: A afirmação parece incorreta. A psicopatia está frequentemente associada a


padrões de comportamento antissociais que podem se manifestar desde a infância, e não
exclusivamente na adolescência. Além disso, o desenvolvimento da psicopatia é multifatorial
e não pode ser atribuído unicamente a uma falha na função paterna. Há uma interação
complexa de fatores genéticos e ambientais envolvidos.

c. (V) Em relação ao Seminário de Toxicomania, foi apresentado que o sujeito se torna


escravo da droga, no sentido de que só atingirá a satisfação ao ingerí-la, pois apresenta uma
posição masoquista de existir, buscando gozar a qualquer preço;

d. (V) Em relação ao Seminário de Sadomasoquismo, o grupo apresentou que o sujeito


transita entre a dialética do desejo, buscando realizar a passagem entre ser e ter, onde o
sujeito transcende a barreira do prazer e da dor.

23) Assuntos Gerais:


a) O diagnóstico borderline se justifica por não ser um quadro de depressão e também
por ser alguém muito desorganizado e com conduta antissocial. Você concorda com
essa afirmação? Elabore uma justificativa.
Não concordo totalmente com a afirmação. O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB)
é uma condição psiquiátrica categorizada no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais (DSM-5) como um transtorno de personalidade. Ele é caracterizado por padrões
persistentes de instabilidade nos relacionamentos interpessoais, na autoimagem e nos afetos,
além de uma impulsividade notável.
No entanto, classificar o TPB apenas como “não um quadro de depressão” e como
alguém “muito desorganizado e com conduta antissocial” é uma simplificação excessiva e
pode não capturar a complexidade do transtorno. Aqui estão algumas considerações
importantes:
Não é exclusivamente não depressivo: Embora seja verdade que o TPB não seja
exclusivamente um quadro de depressão, muitas pessoas com TPB também experimentam
episódios de depressão, ansiedade e outros sintomas afetivos.
Desorganização e impulsividade: A desorganização e a impulsividade são características do
TPB, mas nem todos os indivíduos com TPB apresentam condutas antissociais graves. O
TPB é mais associado à instabilidade emocional e relacional do que à conduta antissocial
propriamente dita.
Complexidade dos sintomas: O TPB é uma condição complexa que envolve uma gama de
sintomas, incluindo uma autoimagem instável, relações interpessoais intensas e instáveis,
medo do abandono, impulsividade, raiva intensa e alterações de humor significativas. Não
deve ser limitado a apenas desorganização e comportamento antissocial.
É crucial realizar um diagnóstico diferencial para distinguir o TPB de outros transtornos,
como transtorno bipolar, transtorno de personalidade antissocial e transtorno depressivo
maior. Cada transtorno tem características específicas que exigem avaliação cuidadosa.
O TPB é uma condição complexa que vai além de ser simplesmente “não
depressivo” e “com conduta antissocial”. A compreensão e a abordagem exigem uma
avaliação completa dos sintomas e uma atenção cuidadosa das características
específicas do transtorno. O tratamento geralmente envolve terapia, e pode incluir
intervenções farmacológicas para lidar com sintomas específicos, como impulsividade
ou depressão.

b) Na contemporaneidade, a influência da mídia sobre o consumo de álcool em


adolescentes e jovens adultos, mostra que estes geralmente entram neste quadro para
se sentir incluídos no seu grupo social. Na sua opinião, esta afirmação é correta?
Justifique sua resposta.
A influência da mídia sobre o consumo de álcool em adolescentes e jovens adultos é um tema
complexo e multifacetado. A afirmação de que esses indivíduos geralmente não têm consumo
de álcool para se sentirem incluídos no grupo social possui elementos de veracidade, mas é
importante considerar a diversidade de fatores que afetam esse comportamento.
Pressão social e busca por pertencimento: É extremamente reconhecido que adolescentes e
jovens adultos muitas vezes enfrentam pressões sociais para se conformarem aos padrões de
comportamento de seus grupos. A necessidade de pertencimento e facilidade pode levar
alguns indivíduos a adotar comportamentos, como o consumo de álcool, para se integrarem
melhor ao grupo.
Influência da mídia: A mídia desempenha um papel significativo na modelagem de
comportamentos e atitudes. Representações glamourizadas ou normalizadas do consumo de
álcool em filmes, programas de TV, música e mídias sociais podem influenciar a percepção
dos jovens sobre o álcool e contribuir para a facilidade social desse comportamento.
Fatores individuais: Além da influência social e midiática, fatores individuais, como
personalidade, autoestima, histórico familiar e traços genéticos, também desempenham um
papel importante no comportamento de consumo de álcool. Alguns jovens podem ser mais
suscetíveis à influência do grupo, enquanto outros podem resistir à pressão social.
Problemas subjacentes: Para alguns jovens, o consumo de álcool pode ser uma forma de
lidar com problemas emocionais, como ansiedade, depressão ou estresse. Nesses casos, o
álcool pode ser utilizado como um mecanismo de enfrentamento, independentemente da
influência social direta.
Educação e conscientização: Intervenções educacionais e programas de conscientização
podem desempenhar um papel crucial na prevenção do consumo excessivo de álcool. Ao
aumentar a conscientização sobre os riscos associados ao consumo de álcool e promover
alternativas saudáveis ​de socialização, é possível mitigar a pressão social e a influência da
mídia.
Concluindo, a afirmação de que o consumo de álcool em adolescentes e jovens
está frequentemente relacionado à busca pela inclusão social é geralmente precisa, mas
é fundamental considerar a complexidade das especificidades. As abordagens para a
prevenção devem considerar uma variedade de fatores, incluindo influências sociais,
individuais e a importância da educação e conscientização.

c) Em uma palestra foi apresentado um caso clínico, afirmando tratar-se de um caso de


perversão. Assinale os sintomas apresentados que você considera fazer parte desta
dinâmica do psiquismo, tentando fechar o diagnóstico.
a. ( ) desamparo, tédio, pensamentos repetitivos;
b. ( ) neologismo, narcisismo, alucinação verbal;
c. (X ) jogos psicológicos, manipulação, chantagem;
d. ( ) perfeccionismo, culpa, eixo no passado;
e. ( X ) agressividade, poder sobre o outro, dominação;
f. ( ) busca da satisfação, mentira, gozar a qualquer preço;
g. ( X ) submissão, posição passiva, humilhação.

DIAGNÓSTICO: SADOMASOQUISMO

e) Em relação a dinâmica do psiquismo, é correto afirmar:


a) Uma estrutura clínica reflete a forma do sujeito lidar com a realidade.
Correto: Na psicanálise, a estrutura clínica, que pode ser neurótica, psicótica ou perversa,
reflete a forma como o sujeito lida com a realidade, seus mecanismos de defesa e seus
padrões de funcionamento psíquico.
b) Os mecanismos psíquicos construídos pelo sujeito revelam a sua capacidade de lidar
com frustrações e decepções.
Correto: Os mecanismos psíquicos, como os mecanismos de defesa, são construções do
sujeito que revelam sua capacidade de lidar com frustrações e decepções.
c) O borderline só é diferente do neurótico no que tange ao tratamento.
Incorreto: O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é considerado uma condição
diferente da neurose. O TPB é caracterizado por instabilidade nas relações interpessoais,
autoimagem, afetos e impulsividade. As diferenças não se limitam apenas ao tratamento,
mas incluem padrões comportamentais e emocionais distintos.

d) O perverso é alguém que busca construir uma auto-estima elevada.


Incorreto: A busca por uma autoestima elevada não é uma característica central do perverso.
A perversão envolve padrões de comportamento e fantasias sexuais atípicas, muitas vezes
centradas na busca de satisfação sexual através de elementos não convencionais.

ESTUDO DE CASO
W. N. é um homem de 35 anos que vem para consulta com a queixa de dificuldade de
relacionamento em casa. Está em fase de separação, afirmando se sentir incompreendido
pela esposa e pelos filhos, “a minha palavra não é ouvida, ninguém se preocupa comigo.
Sinto-me desprezado e isto me faz ficar cada vez mais estranho”.
Ontem, em um momento de muita raiva e violência, para não agredi-los, rasgou o
seu documento de identidade, pois quer morrer, desaparecer do mapa. Ele costuma brincar
com a ideia de sua morte, pois já que não é querido, que falta pode fazer?
Seu corpo lhe desagrada imensamente, acha sua voz irritante e sempre é
ridicularizado pelos familiares. Além disso, coisas difíceis tem vivenciado atualmente, tais
como, quando surge uma possibilidade de promoção no trabalho, uma depressão acontece.
Quando lhe elogiam, ele não consegue acreditar, pois certamente é zombaria e humilhação
e certamente, estão armando algo contra ele. Quando alguém lhe demonstra algum tipo de
afeto, ele se furta através do isolamento ou agressão. Assim sendo, seu humor está
constantemente alterado.
Costumava buscar relacionamentos extraconjugais e sempre saía deprimido dos
mesmos, isto porque “as mulheres são falsas e sempre buscam destruir os homens. Elas
são invejosas e desequilibradas, oferecem seus corpos e seduzem, para depois abandonar e é
por isso que eu quero enga-las”.
Desde pequeno, o pai costumava dizer que já tinha um irmão idiota, sendo que seu
filho parecia ser o segundo idiota da familia. Assim foi crescendo e sentindo que seu lugar na
família era o de “ninguém, do fracassado”.
No trabalho, ao executar atividades, “vozes costumavam lhe dar ordens, sendo que
muitas vezes ele saía correndo da sala, no intuito de fugir delas. Acontece que o chefe e
os colegas não acreditavam na sua justificativa”. Mas veja só, tinha vezes que elas me
mandavam justamente atacar meu chefe, principalmente quando ele discordava das minhas
idéias.
Já sentiu vezes vontade de morrer, sendo que aos 15 anos, depois de uma briga com o
irmão, o atacou pelas costas e o deixou desacordado. Aos 28 anos, foi internado depois de
uma briga com o sogro, não sabe bem porquê. A partir daí, a vida vem cada vez mais
perdendo o sentido e atualmente, já não tem desejo sexual por nenhuma mulher. Na verdade,
se sente esquisito e impotente, no sexo e na vida em geral.
Tem constantes insônias, onde acha que é perseguido pela esposa, a qual vive
bisbilhotando a sua vida. Às vezes fala de um bordel onde consegue ter satisfação sexual, só
que teme que as prostitutas contem para a mulher tudo o que ele faz lá.
Acredita ser infeliz no casamento, o qual tem sido também um fracasso. Só casou
porque a namorada ficou grávida, embora ele não quisesse que esse monstrinho nascesse.
Minha família forçou a barra e eu acabei casando. Quando a criança nasceu eu pensei em
morrer, desaparecer, assim teria paz.
Às vezes sinto alegria e nesses raros momentos, acho que sou um bom pai, mas isso é
sempre tão rápido! Logo voltam as vozes que fazem de mim um robô e voltam sempre
com novas ordens.
Me sinto excluído da família, solitário, desamparado. Não quero brigar com
ninguém, mas me aborrecem e as brigas acontecem. Só quero que me deixem em paz!.
Ninguém entende as coisas estranhas que acontecem comigo e eu nunca sei o que fazer, eu
fico desnorteado e sem direção. Aí acabo por me irritar, acabo agredindo e tudo acaba mal!
Já me internaram uma vez e não vão fazer isso de novo. As pessoas dizem que sou
esquisito, violento e que tudo faço está errado. Como posso continuar a viver assim? Eu
nunca estou bem, a minha cabeça está sempre muito confusa, as pessoas não me tratam bem e
assim, a minha vida é um constante tormento!.
Questões:
1) Qual o diagnóstico? Justifique
O caso clínico apresenta características consistentes com um Transtorno de Personalidade
Borderline (TPB). O TPB é um transtorno de personalidade caracterizado por padrões
instáveis ​de relacionamento interpessoal, autoimagem, afetos e impulsividade.
Justificativa:
● Instabilidade nos relacionamentos: O paciente relata dificuldades de relacionamento
em casa, sentindo-se incompreendido pela esposa e pelos filhos, além de apresentar
comportamentos impulsivos, rasgar como seu documento de identidade em um
momento de raiva.
● Ideação suicida e automutilação: O paciente menciona brincar com a ideia de sua
própria morte, chegando a rasgar seu documento, diminuindo um comportamento de
automutilação. Também relata ter atacado seu irmão aos 15 anos e ter sido internado
aos 28 anos após uma briga com o sogro.
● Flutuações de humor e impulsividade sexual: O paciente relata flutuações de humor,
dificuldade em acreditar em elogios, busca de relacionamentos extraconjugais
seguidos por depressão, e opiniões distorcidas sobre as mulheres.
● Percepção alterada da realidade: O paciente vivencia insônias, acredita ser perseguido
pela esposa e teme que as prostitutas de um bordel contem à esposa sobre suas
atividades.
● Perturbações na identidade: O paciente expressa insatisfação com seu corpo,
sentimentos de desamparo, solidão e exclusão da família. Sua identidade parece ser
afetada por opiniões negativas sobre si mesmo, reforçadas por experiências familiares
e profissionais.

2) Ao ler os dados acima, quais os principais sintomas que caracterizam esse


diagnóstico?
Os principais sintomas que caracterizam o diagnóstico de Transtorno de Personalidade
Borderline (TPB) incluem:
● Instabilidade nos relacionamentos interpessoais: Dificuldades em casa, sentindo-se
incompreendido e buscando relacionamentos extraconjugais.
● Impulsividade e comportamentos autodestrutivos: Automutilação, ideação suicida,
ataques físicos no passado e comportamentos impulsivos, como rasgar seu documento
de identidade.
● Flutuações de humor: Mudanças rápidas do humor, de momentos de alegria a
sentimentos de exclusão e desamparo.
● Percepção alterada da realidade: Insônias, centradas em ser perseguido pela esposa e
receber de que atividades secretas sejam reveladas.
● Perturbações na identidade: Insatisfação com o corpo, sentimentos de exclusão e
inadequação, além de uma história de desvalorização desde a infância.

3) Se você fosse o terapeuta, como desenvolveria o manejo terapêutico junto a esse


paciente e quais os resultados esperados do processo clínico? Justifique.
O manejo terapêutico para WN, considerando a possibilidade de um Transtorno de
Personalidade Borderline (TPB) e sintomas psicóticos, deve ser abordado de maneira
integrativa, incorporando estratégias de diferentes abordagens terapêuticas.
Estabelecimento de Vínculo e Ambiente Terapêutico Seguro:
● Iniciar uma terapia focando na construção de um vínculo terapêutico sólido e
em proporcionar um ambiente seguro para WN expressar suas emoções
intensas e conflitos internos.
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC):
● Implementar técnicas da TCC para abordar distorções cognitivas, como a
crença de que os outros estão sempre armando algo contra ele. Trabalhar na
reestruturação cognitiva para promover pensamentos mais realistas e
positivos.
Terapia Dialética Comportamental (TDCB):
● Utilização de estratégias do TDCB para desenvolver habilidades de regulação
emocional, tolerância à frustração e gerenciamento de impulsividade. Isso
pode incluir mindfulness, limitações de emoções e estratégias específicas para
lidar com momentos de crise.
Psicoterapia Psicodinâmica:
● Explorar a história de vida de WN, especialmente as experiências familiares e
eventos traumáticos que podem ter contribuído para a formação de sua
identidade e padrões de relacionamento. Focar na compreensão das relações
interpessoais e na relação com as vozes mencionadas.
Avaliação Psiquiátrica e Medicação:
● Avaliar a necessidade de uma avaliação psiquiátrica para considerar a
possibilidade de medicamentos estabilizadores de humor ou antipsicóticos,
especialmente diante dos sintomas psicóticos recomendados, como vozes que
dão ordens.
Foco na Segurança e Prevenção de Crises:
● Desenvolver um plano de segurança para lidar com momentos de ideação
suicida e comportamentos impulsivos. Estabelecer estratégias de prevenção de
crises para serem inovadoras em momentos de intensidade emocional.
Envolvimento Familiar (Se Apropriado):
● Avaliar a possibilidade de envolver a família em sessões terapêuticas,
promovendo a compreensão dos desafios de WN e fornecendo suporte no
processo de mudança.
Resultados Esperados:
​ Estabilidade Emocional:
● Redução da instabilidade emocional, flutuações de humor e comportamentos
impulsivos.
​ Autoconhecimento e Identificação de Padrões:
● Desenvolvimento de maior autoconhecimento, compreensão de padrões
disfuncionais e identificação de alternativas mais saudáveis.
​ Habilidades de Enfrentamento:
● Aquisição e aplicação de habilidades de enfrentamento para lidar com
situações estressantes e frustrações.
​ Melhoria nas Relações Interpessoais:
● Melhoria na qualidade dos relacionamentos interpessoais, incluindo família e
colegas de trabalho.
​ Prevenção de Crises:
● Implementação bem-sucedida de estratégias preventivas para lidar com crises
e redução da frequência de comportamentos autodestrutivos.
​ Melhoria da Percepção de Si Mesmo:
● Promoção de uma percepção mais positiva de si mesmo, diminuindo a
autodepreciação e as opiniões negativas.
​ Adesão ao Tratamento:
● Fomentar a adesão ao tratamento terapêutico e, se indicado, à medicação
psiquiátrica.
A abordagem terapêutica deve ser adaptada às necessidades específicas de WN, considerando
sua complexidade clínica e os múltiplos desafios apresentados. O trabalho terapêutico visa
proporcionar ao WN ferramentas para enfrentar suas dificuldades, promover mudanças
significativas em seus padrões de pensamento e comportamento, e, consequentemente,
melhorar sua qualidade de vida.

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