0% acharam este documento útil (0 voto)
36 visualizações68 páginas

MIQ Parte2

Enviado por

André Luiz
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
36 visualizações68 páginas

MIQ Parte2

Enviado por

André Luiz
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 68

Materiais para a Indústria Química

LOM3022

Prof. Carlos A.R.P. Baptista


2. Aços e Ferros Fundidos
Definição e Importância
Ligas ferrosas compõem cerca
de 90% da produção mundial de
ligas metálicas.

Definições

Aço: liga ferro-carbono com teor


de C entre 0,03 e 2,06%.

Ferro fundido: liga ferrosa com


teor de C superior a 2,06% até
6,67% (limite usual 4,5%). Liga
ternária com 1 a 3% Si.

O teor de carbono da cementita


(Fe3C) é 6,67%. Ligas com teor
de C acima desse valor não têm
interesse comercial.

Diagrama Fe-Fe3C
Definição e Importância
Definição e Importância
Por que o aço é tão importante?
Combina minério abundante,
baixo preço, facilidade de
produção, resistência mecânica,
tenacidade e ductilidade.
Adição de outros elementos de
liga e controle da microestrutura
por tratamentos térmicos
aumenta a versatilidade dos aços
Definição e Importância
Histórico
Surgimento do aço:
Hititas (sul da Turquia),
aprox. 1.400 a.C. –
Processo para
produção de espadas
por meio de redução
direta do ferro.
(Note que um dos maiores
avanços tecnológicos da
humanidade foi obtido visando
produzir artefatos que tinham a
função de matar outros seres
humanos).
Definição e Importância
Histórico
Definição e Importância
Histórico

Na idade média surgiram


lendas de espadas
mágicas e indestrutíveis.
Processos Siderúrgicos
Siderurgia: é o conjunto de
processos metalúrgicos
usados na cadeia de
produção de aços e ferros
fundidos.

Origem do termo:
Latim “sidereus” (relativo
aos astros) – os primeiros
contatos da humanidade
com o ferro foram através
dos meteoritos. Artefatos
de ferro mais antigos já
encontrados (Egito, aprox.
3000 a.C.) foram forjados a
partir de rocha extraterres-
tre contendo Ni (siderito).
Processos Siderúrgicos

Minério de ferro Mineração a céu aberto

Hematita
Processos Siderúrgicos

Reservas mundiais de minério de ferro (2015)

Brasil – Reservas de minério de ferro = 23 bilhões de toneladas (2013)


Processos Siderúrgicos

Produção de minério de ferro – Players mundiais (2015)

Brasil – 428 milhões de toneladas (2015) – Terceiro maior produtor mundial


Processos Siderúrgicos

Beneficiamento de minério a seco em


Carajás (PA) – processo mais caro.
Processos Siderúrgicos
Fluxograma de produção do aço com as várias alternativas do processo

O ferro gusa responde por cerca de


73% da produção mundial de aço.
Processos Siderúrgicos
Sinterização: blocos feitos usando partículas de minério, carvão moído,
calcário e água. A mistura é colocada em uma grelha com temperatura acima
de 1000oC. O bloco formado é quebrado em pedaços menores, chamados sínter.
Processos Siderúrgicos
Pelotização: processo surgido em meados do século XX na Suécia e Alemanha.
Aproveita frações ultrafinas de minério, que antes eram desprezadas. A técnica
de processamento térmico usa o minério bem fino, umedecido para formar um
aglomerado que é colocado em um tambor de mistura onde os aglomerados são
unidos na forma de pelotas que depois são submetidas à secagem e queima.
Usina de Pelotização da Vale em Tubarão (ES).
Processos Siderúrgicos
Processos de aglomeração: Pelotização e Sinterização
(melhora a permeabilidade da carga do alto forno)

Pelotas, sínter e minério granulado são inseridos no alto-forno


Processos Siderúrgicos
Coqueria
Coqueria é a unidade industrial que transforma
a mistura de carvões minerais em coque.
O coque metalúrgico é empregado nos altos
fornos como combustível, redutor, fornecedor
de carbono ao gusa e permeabilizador da carga.
O processo de coqueificação (destilação do
carvão mineral) foi descoberto na Inglaterra no
século XVIII.
Curiosidade: A CSN (em Volta Redonda),
criada em 1941, foi a primeira siderúrgica
brasileira a usar coque no alto-forno.
Processos Siderúrgicos
Alto-Forno: equipamento mais importante

Considera-se que o alto-forno surgiu na fase mais tardia


da idade média, na forma dos Stückofen alemães

Alto-forno é um reator vertical no qual a


redução do minério se dá de forma contínua.
É alimentado na parte superior com carga
sólida (minério e carvão ou coque) e na Modelo de Stückofen (Technisches Museum Wien)
inferior com ar pré-aquecido.
No alto forno é produzido o ferro gusa, que é
vazado no estado líquido para outros fornos.
Processos Siderúrgicos

Zonas de um alto-forno

Curiosidade: O alto-forno 1
Vista do alto-forno 3 da CSN, destacando o contorno do reator (Medeiros, 2006) da CSN operou de forma
ininterrupta entre 9/1/1946
e 20/1/1992.
Um alto-forno típico tem 30 m de altura e 7 m de diâmetro.
É vazado de 8 a 14 vezes por dia (duração do vazamento é
de 1,5 a 3 horas). Produção diária aproximada = 8.000 ton.
Processos Siderúrgicos
Regiões do alto-forno
Processos Siderúrgicos

Produção do gás redutor: Redução pelo coque:


C (coque) + O2 (ar) → CO2 Fe2O3 + 3C → 2Fe + 3CO2 
CO2 + C → 2CO
Processos Siderúrgicos

Redução Direta: O
ferro esponja é
produzido
diretamente no
estado sólido pela
passagem de gases
redutores em alta
temperatura por
entre as partículas
de minério.
Processos Siderúrgicos
Fabricação do aço: conversão do gusa

Descarregamento do gusa
para o conversor
Processos Siderúrgicos
Fabricação do aço: conversor e fornos elétricos

Forno a arco

Conversor LD
Processos Siderúrgicos

Fabricação do aço (vídeo)

(Link para o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=CrqfRuACeqE)


Processos de Fabricação

Processos de conformação mais comuns:


- Laminação
- Trefilação
- Forjamento
- Extrusão
- Estampagem
Processos de Fabricação

Laminação
Processos de Fabricação

Trefilação
Processos Siderúrgicos e de Fabricação
Processos Siderúrgicos e de Fabricação

Processo completo (vídeo)


Classificação das Ligas Ferrosas
Constituintes dos aços
• Ferrita (δ): Solução sólida de C em Fe CCC – 1.394ºC a 1.538ºC.
Solubilidade máxima de 0,09% de C em 1.495ºC (a=2,91Å)

• Austenita (γ): Solução sólida de C no Fe CFC- 727ºC a 1.495ºC.


Solubilidade máxima de C-2,11 % a 2,14%, em 1148º;

• Ferrita (α): Solução sólida de C no Fe CCC – até 912º. Solubilidade máxima


0,020% de C em 723ºC a 727ºC (a=2,88Å);

• Cementita (Fe3C): ortorrômbico, alta dureza;


• Perlita: microconstituinte formado por α e Fe3C.
Impurezas nos aços
Mn, Si, P, S, Al
Essas impurezas fazem parte das matérias primas usadas na fabricação do aço
e muitas vezes podem ser prejudiciais.
Mn = Adicionado para ajudar na desoxidação e para neutralizar o efeito nocido
do S (forma MnS). Em quantidades acima de 1,65% pode se combinar também
com o C (formando Mn3C), o que reduz a ductilidade.
Al = usado para acalmar o aço. Pode formar inclusões de Al2O3.
P = fragiliza o aço e também é prejudicial na deformação à quente, pois forma
composto que se funde a 1000°C, causando ruptura durante a conformação.
S = Pode se combinar com o ferro (FeS), que causa ruptura durante a
laminação; o máximo teor permitido é 0,05%. É controlado pela adição de Mn,
pois o MnS se solidifica em temperatura semelhante ao aço e não é tão nocivo.
Si = Proveniente do gusa, também é adicionado para ajudar na desoxidação.
Não tem grande influência nas propriedades dos aços carbono.

MINÉRIO/SUCATA/COQUE/ TRATAMENTOS PARA


REFRATÁRIO (S, P, Si) CONVERSORES (O2) ACALMAR (Ca, Al, Mn, Mg)

INCLUSÕES NÃO METÁLICAS


Classificação dos Aços
Aço-carbono: é o principal material estrutural.
Quanto ao teor de carbono, é classificado em:
Baixo – até 0,25% C
Médio – de 0,25% até 0,6% C
Alto – acima de 0,6% até 2,0% C
Classificação dos Aços quanto à Composição
Elementos de liga mais comuns
Efeito de alguns elementos sobre as propriedades
Propriedades e aplicações de alguns aços
Propriedades e aplicações de alguns aços
Propriedades e aplicações de alguns aços
Aços Inoxidáveis

ÁÇOS INOXIDÁVEIS: ALTO Cr>12% CARBONO ABAIXO DE 0,10%.

AUSTENÍTICOS: SÉRIE 300 – Cr (16- 30%) E Ni (8-35%) EX: 316, 304.

MARTENSÍTICOS: SÉRIE 400- Cr(11-18%) EX: 410, 420.

DUPLEX: Cr(18-27%), Ni(4-7%) E Mo(1-4%). EX: 2205.


Aços Inoxidáveis
Aços Inoxidáveis
Propriedades de fadiga do aço inoxidável 304 com diferentes teores de cálcio.

Curvas S/N

Microestrutura
Ferros Fundidos

Dependendo da
quantidade dos
elementos de liga e
do modo como o
material é resfriado
ou tratado térmica-
mente, o ferro fundido
é classificado como
cinzento, branco,
maleável ou nodular.
A diferença entre
cinzento e branco é
dada pela aparência
da fratura, que
depende da forma
como o carbono se
apresenta no material
solidificado.
Ferros Fundidos
FoFo CINZENTO:

• GRAFITA EM VEIOS;
• FRÁGIL SOB TENSÃO TRATIVA;
• RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO;
• RESISTÊNCIA AO DESGASTE;
• EXCELENTE ABSORÇÃO DE VIBRAÇÕES.
Ferros Fundidos

FoFo BRANCO:

• DURO E FRÁGIL;
• EXCELENTE RESISTÊNCIA AO DESGASTE;
• <1,0%Si.
Ferros Fundidos

FoFo MALEÁVEL:

• MODIFICAÇÃO DO FoFo BRANCO POR


MEIO DE TRATAMENTO TÉRMICO;
• MAIOR DUTILIDADE QUE O BRANCO;
• GRAFITA EM NÓDULOS DIFUSOS.
Ferros Fundidos

FoFo DÚCTIL OU NODULAR:

•ADIÇÃO DE Mg OU Ce NO FoFo CINZENTO;


•GRAFITA EM NÓDULOS;
•TRATAMENTOS TÉRMICOS → DUCTILIDADE.
Ferros Fundidos - Aplicações
Melhoria das Propriedades Mecânicas dos Aços

Basicamente três possibilidades:

• Processos de fabricação por conformação mecânica


• Adição de elementos de liga
• Tratamentos térmicos e termoquímicos

Banho de sal para tratamento térmico

Forjamento rotativo a frio


Características gerais de curvas TTT

• Cada curva T.T.T. é específica para


determinado aço de composição conhecida.
• O eixo das ordenadas refere-se às
temperaturas de aquecimento. As
temperaturas máximas de interesse vão até
a região da austenita (Fe-γ, com estrutura
CFC) que em geral é a estrutura de partida
dos tratamentos térmicos.
• As abscissas correspondem aos tempos
decorridos para a transformação da
austenita em outras estruturas, em escala
logaritmica.
• A curva TTT discrimina as estruturas
formadas no aço em questão, dependendo
da velocidade de resfriamento (considera o
efeito cinético) .
• As estruturas formadas convergem para as
estruturas indicadas no diagrama de
equilíbrio sempre que as taxas de
resfriamento forem lentas.
Resfriamento isotérmico de um aço eutetóide

Micrografia: perlita grosseira

Micrografia: bainita
Têmpera: transformação martensítica

• Martensita: é uma estrutura


monofásica que ocorre por uma
transformação sem difusão e não se
encontra em equilíbrio (metaestável).
• Ocorre uma transformação polimórfica
da austenita (CFC) para a martensita
(TCC); um grande número de átomos
experimentam um movimento
cooperativo; há apenas um pequeno Micrografia: martensita em aço temperado
deslocamento entre átomos vizinhos.
• A transformação ocorre a partir da
austenita e independe do fator tempo,
no entanto, o resfriamento deve ser
rápido o bastante de tal forma que a
austenita não se transforme antes em
outra estrutura.
• É uma solução super saturada de
carbono no ferro α de aspecto acicular
e de reticulado tetragonal.
Curvas de resfriamento e estruturas formadas em aço eutetóide
Resfriamento lento de um aço hipoeutetóide (%C < 0,77)

• Ao resfriar lentamente uma estrutura


austenítica na faixa de composição
mostrada, esta entrará inicialmente na
região α +γ, onde ocorrerá a formação da
fase ferrita.
• Abaixo de 723ºC a porção restante da
austenita se transformará em perlita.

Microestrutura : ferrita + perlita.


Curva TTT de um aço hipoeutetóide
Aço de baixo carbono:
Tratamentos térmicos intercríticos para obtenção de aços bifásicos

- Resfriamento rápido a partir do campo  + 


- Diferentes rotas possíveis

Teor de C do aço Morfologia das fases


Rota de tratamento → Teor de Martensita
Patamar intercrítico Dureza da Martensita
- Exemplo: trabalho experimental

800

700

600

Stress (MPa)
500

400

300
Material Condition
AR
200 WQ950
WQ800
100

0
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40
Strain (mm/mm)

Material de partida. Após tratamento térmico intercrítico.


Aços Bifásicos: propriedades

- Elevada resistência à tração sem perda significativa da ductilidade.


- Ausência do patamar de escoamento e alta taxa inicial de encruamento.
- Formabilidade.
- Possibilidade de otimização de suas propriedades.
- Microestruturas bifásicas e propriedades mecânicas em aço de baixo carbono

Tratamentos térmicos
de têmpera intercrítica

MATERIAL:

AÇO SAE 1010

(251 MPa / 367 MPa)


NT750 NT800 NT850

Martensita Martensita e t RA
Material (% vol.) (HV) (MPa) (MPa) (%)
NT750 23 551 387 593 58
NT800 30 454 400 615 61
NT850 51 331 364 547 68
- Propagação da trinca por fadiga

Condição CR
Curvas da/dN versus K

1E-6
CR
WQ800
WQ950
WQ1200
da/dN (m/ciclo)

1E-7

1E-8
10
1/2
K (MPa m )

Condição WQ1200
- Tratamentos térmicos em aços ARBL para obtenção de estruturas multifásicas

Reagente:
Le Pêra
TRATAMENTOS TERMOQUÍMICOS
• São tratamentos que visam o endurecimento superficial pela modificação parcial da
sua composição química nas secções que se deseja endurecer
• A aplicação de calor em um meio apropriado pode levar a essa alteração da
composição química até uma determinada profundidade.
• Esta profundidade depende da temperatura de aquecimento e do tempo de
permanência nesta temperatura.
• O objetivo principal é obter na superfície maior dureza e resistência ao desgaste ao
mesmo tempo que se mantém um núcleo dúctil e tenaz.
• Em muitos casos é importante manter um núcleo tenaz, evitando fraturas frágeis
(alcançados por exemplo com aços com elementos de liga) e a mantendo camadas de
superfície duras com aumento na vida devido à resistência ao desgaste;

Processos mais ● Cementação (Carbonetação)


Utilizados na ● Nitretação
Prática ● Carbonitretação
Nitretação
• Consiste na introdução de nitrogênio na superfície do aço, pelo aquecimento
do mesmo a temperaturas da ordem de 500 a 570C, para formar uma camada
dura de nitretos. Por utilizar temperaturas menores que a cementação, a
nitretação produz menor distorção e tem menor tendência a causar trincas
no material. A nitretação melhora a resistência ao desgaste, à fadiga e à corrosão.

Superfície nitretada
Nitretação
• Todos os processos de nitretação possuem em comum a criação de nitrogênio
atômico necessário para a formação da camada nitretada, mudando apenas o meio
saturante.
• O processo de nitretação consiste de três etapas:
1 → A formação do nitrogênio atômico como resultado das diversas reações químicas;
2 → A adsorção dos átomos de nitrogênio na superfície da peça; e,
3 → A difusão dos átomos adsorvidos desde a superfície para o interior da peça.
Nitretação

• Nitretação a Plasma: realizado em níveis de vácuo que variam entre 100 Pa e 1.000 Pa.
O processo de nitretação inicia-se pela aplicação de uma diferença de potencial entre
dois eletrodos, na presença de uma mistura gasosa composta basicamente de N2 e H2
parcialmente ionizados. os íons carregados positivamente são acelerados para a
superfície do anodo (peça) e os elétrons são direcionados para o catodo (carcaça). Após
a implantação, estes íons neutralizam-se e penetram por difusão térmica no material.
Nitretação

• Comportamento em fadiga do aço SAE 4340:


1000
Tratamento Térmico

)
0,05
900
Temperado e Revenido

Microdureza Vickers (HV


800 Normalizado
Isotérmico
700

600

500

400
Dureza Vickers em função da distância à superfície nitretada
300

0 50 100 150 200 250 300 350


Distância da Superfície (m)
Curvas S/N (fadiga axial)
T & R + Plasma
Bainítico + Plasma
T&R 1000 Recozido + Plasma
950
Bainítico
Recozido 950
Tensão Máxima do Ciclo (MPa)
900
Tensão Máxima do Ciclo (MPa)

900
850
850
800
800

750
750

700 700

650 650

600 600

10000 100000 1000000


100000 1000000
Número de Ciclos até a Ruptura Númro de Ciclos até a ruptura

FIM do Capítulo 2

Você também pode gostar