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RISCOS NA Restauracao

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Restauração

Informação relacionada com o sector da Restauração (caracterização do sector / riscos e


medidas de prevenção)
Caracterização do Sector
Caracterização do Sector

Esboço Histórico
Abordagem histórica da alimentação humana e origem e evolução dos
restaurantes

Abordagem histórica da alimentação humana e origem e evolução dos restaurantes


 A Alimentação do Homem
 A Origem dos Restaurantes

A Alimentação do Homem
Desde a pré-história que a alimentação humana tem sofrido alterações, sendo
inicialmente baseada em alimentos crus (carnes, frutas, etc.).

Após a descoberta do fogo, o Homem começou a cozinhar os alimentos, o que


possibilitou o seu desenvolvimento orgânico (diminui o tamanho dos seus maxilares,
aumentando gradualmente a capacidade craniana).

Inicialmente a caça de animais isolados e de grande porte era a fonte de carne para a
alimentação humana. No final do paleolítico médio o sistema de caça altera-se. Grupos
de homens passaram a caçar manadas inteiras, e só mais tarde, com o aquecimento do
clima é que começam a ser caçados animais de pequeno porte.

Com o sedentarismo e o desenvolvimento da agricultura e da pecuária os alimentos


consumidos começaram a ser mais diversificados e de melhor qualidade. Os cereais
começam a ser cultivados (principalmente trigo e centeio) e inicia-se a criação de
animais (carneiros, cabras, porcos).

As bases da alimentação dos povos que habitavam a Europa eram os cereais, a carne de
animais domésticos e alguns alimentos silvestres.

O desenvolvimento da cerâmica trouxe um contributo importante na alimentação pois


possibilitou a cozedura dos alimentos em água. A partir deste momento também se
começaram a desenvolver os utensílios culinários, que até então se reduziam à
utilização das mãos, de pedras lascadas e ossos (para cortar os alimentos,
principalmente a carne) e também de paus (para mexer no fogo e assar a carne).
Começaram a ser feitos utensílios como panelas de cerâmica e recipientes para a água.
Com o aparecimento e desenvolvimento da metalurgia desenvolveram-se e
aperfeiçoaram-se outros tantos utensílios, nomeadamente as facas.

A diversidade de alimentos cozinhados e consumidos esteve desde sempre dependente


dos recursos naturais e do clima de cada região, assim como da cultura e dos costumes
de cada povo. A título de exemplo refira-se que a carne consumida divergia entre os
vários povos: os hebraicos não consumiam carne de porco baseando a sua alimentação
na carne de cordeiro; esta aversão é transmitida aos Fenícios e Cartaginenses que por
sua vez eram apreciadores de carne de cão; já os Gregos e os Romanos partilhavam de
opinião contrária, consumindo a carne de suíno mas protegendo o gado bovino (pois
auxiliava no trabalho) e o ovino (apreciado pela sua lã).

Um alimento que também tem a sua origem na pré-história é o pão (há vestígios do seu
fabrico na suíça há 10 000 atrás). Inicialmente cozido sobre uma pedra sob a acção do
sol e preparado com farinha não peneirada, apresentava um aspecto escuro. Em 2000
AC o pão já era confeccionado em fornos, com farinha peneirada à qual eram
acrescentadas ervas aromáticas e azeite. O pão foi, na Idade Média, um dos alimentos
mais consumidos. O que o arroz representava e representa para os asiáticos assim o pão
tinha a mesma importância para os ocidentais. Nesta altura a sopa era o complemento
mais importante do pão, sendo consumida de manhã até à noite.

O peixe começou a ser consumido assim que o Homem reuniu as condições mínimas
para capturar do mar, lagos, rios, etc., as espécies que aí existiam.

Para os Fenícios e Cartaginenses, o peixe constituía a base da sua alimentação. Da mesa


dos Gregos e dos Romanos também faziam parte uma grande variedade de mariscos,
moluscos e variedades de peixes. No entanto o seu consumo estava limitado, pois é um
alimento que se deteriora com alguma rapidez, e também porque era considerado um
alimento inferior quando comparado com a carne (sempre presente nas classes mais
abastadas). O seu consumo aumentou, no decorrer do Renascimento, devido aos
períodos de celebrações religiosas, nomeadamente a Quaresma e as vigílias, onde o
consumo da carne era proibido.

A partir do séc. XVI os hábitos alimentares alteram-se, observando-se um aumento do


consumo de pratos à base de legumes e vegetais, um aumento da relevância da carne de
boi, dos diferentes tipos de peças de carne e a sua confecção particular, a melhor
utilização dos frutos e molhos, estando a França no impulsionar destas preferências.

Aquando da revolução industrial observou-se o desenvolvimento das cozinhas


industriais e das indústrias alimentares. Os equipamentos e utensílios utilizados na
cozinha diversificaram-se de forma a ajudar as mulheres (que passaram a trabalhar fora
de casa) na manutenção da casa e na confecção de alimentos.

Já no séc. XX a alimentação humana foi fortemente influência pelos modelos de vida


americanos, nomeadamente pelos alimentos e produtos "prontos-a-servir" e,
principalmente, pela fast-food, marcados pela comodidade que representavam no dia-a-
dia.

A Origem dos Restaurantes


Ao contrário da ideia que a maioria das pessoas tem, os restaurantes não têm a sua
origem sedeada nas estalagens da antiguidade nem nas tabernas da Idade Média.

A própria palavra nada tem a ver com um local mas sim com uma comida, mais
propriamente num caldo restaurador (“bouillon restaurant”).

Os viajantes que se hospedavam em estalagens comiam o que o anfitrião tinha para


refeição, e nas tabernas bebia-se e comia-se o prato que houvesse, em mesas comunais e
horários definidos. Já nos cafés, serviam-se apenas alguns petiscos.

O caldo restaurador era vendido num contexto diferente. Servia pessoas fracas ou
debilitadas e tinha como objectivo restaurara as forças. Era vendido em pequenos
estabelecimentos apelidados de “casas de saúde”, frequentados por pessoas de posse,
supostamente sensíveis e que requeriam algum cuidado, atenção e conforto (inexistente
nas tabernas ou estalagens). Nestes locais era possível tomar uma refeição numa mesa,
sozinho, ou então em salas privativas. A comida servida era composta unicamente por
caldos ou pratos leves (ao contrário das comidas que se serviam nos outros locais). É em
1765 que, em Paris, aparece o primeiro restaurateur. Como pioneiro dos caldos
restauradores são apontadas várias personagens: Boulanger, Champ d´Oiseaux ou ainda
Roze de Chantoiseau. No entanto, estes estabelecimentos pouco têm em comum com os
actuais restaurantes, embora uma das inovações que este local trouxe foi o facto de as
pessoas que aí se deslocavam para comer terem acesso a uma relação de pratos que lhes
era apresentada num “menu”.

O dono do primeiro restaurateur foi processado por membros das guildas (associação
de auxílio mútuo constituída na Idade Média, que definia e regulamentava, entre outros,
o comércio dos alimentos) de “traiteurs” (só eles podiam preparar e servir refeições
inteiras no local), que afirmavam que este tinha servido uma refeição que só os
“traiteurs” tinham o direito de servir. As guildas perderam a causa e o restaurateur
começou a diversificar a sua oferta de refeições.

A partir deste acontecimento, estas casas começaram a multiplicar-se e assemelharem-


se mais aos actuais restaurantes. Em 1782 abre o primeiro restaurante de luxo em Paris:
“La Grande Taverne de Londres”, cujo proprietário, Antoine Beauvilliers, uma
autoridade gastrónomica da época, escreveu mais tarde o que foi uma obra de referência
da cozinha francesa: “L´Art du Cuisinier” (1814).

Por volta do ano de 1804 já existiam, em Paris, mais de 500 restaurantes. Esta
multiplicação de restaurantes deve-se não só ao sucesso que o estabelecimento de
Beauvilliers teve mas também ao facto de muitos chefes de cozinha dos aristocratas
(então perseguidos pelo novo regime político) terem ficado desempregados e serem
obrigados a estabelecer-se por conta própria para garantirem a sua sobrevivência.

Os restaurantes, mesmo após os meados do séc. XIX, permaneciam um fenómeno


exclusivamente parisiense. Turistas ingleses e americanos deleitavam-se com os
restaurantes, sendo estes das atracções mais peculiares e notáveis da cidade de Paris.

No entanto, no final do séc. XIX começaram a abrir restaurantes em diversas cidades de


outros países. Também foi nesta altura que surgiu uma nova revolução na arte dos
restaurantes e dos hábitos de comer fora de casa, muito devido ao desenvolvimento dos
transportes rápidos, do turismo de luxo e da abertura de grandes hotéis de luxo.

O conceito de restaurante foi alargado e surgiram, ao longo do tempo, outras casas


especializadas em servir comida, como é o caso dos snack-bars, pizzarias, fast-food,
etc., que reflectem as influências do modo de vida e da culinária dos diversos países.

Em Portugal contamos com casas especializadas num determinado tipo de comida,


como é o caso das churrasqueiras e das marisqueiras, ou ambiente, como por exemplo
as casas de fado.

Relevância
Relevância do sector a nível nacional
Relevância do sector a nível nacional

Para fins estatísticos o INE engloba a indústria da restauração na secção H: Alojamento


e Restauração (Restaurantes e Similares).

Fazem parte desta secção os seguintes estabelecimentos: estabelecimentos


hoteleiros, parques de campismo e outros locais de alojamento de curta
duração, restaurantes, estabelecimentos de bebidas e as cantinas e
fornecimento de refeições ao domicílio (catering).

Descrição

Descrição do sector e das principais tarefas desempenhadas nos diversos espaços


existentes

Descrição do sector e das principais tarefas desempenhadas nos diversos


espaços existentes
Classificação dos Estabelecimentos

Estabelecimentos de Restauração

De acordo com a classificação das actividades económicas, os estabelecimentos de


restauração são classificados da seguinte forma:

Sub-
Classe Designação
Classe

5530 55301 Restaurantes do tipo tradicional

Restaurantes com lugares ao balcão


55302
(snack-bares)

Restaurantes sem serviço de mesa


55303
(self-service)

55304 Restaurantes típicos

55305 Restaurantes com local para dança

55306 Restaurantes, n.e.

Estabelecimentos de Bebidas

De acordo com a classificação das actividades económicas, os estabelecimentos de


bebidas são classificados da seguinte forma:

Descrição do Sector
Um estabelecimento de restauração ou de bebidas presta, basicamente, serviços de
fornecimento de refeições e/ou bebidas mediante o pagamento das mesmas.

A indústria da restauração e bebidas tem vindo a dinamizar, ao longo do


tempo, os seus serviços, existindo hoje em dia uma grande diversidade de
estabelecimentos.

No sector da restauração existem restaurantes, estabelecimentos de fast-


food, estabelecimentos de take-away, entre outros, que podem possuir
atendimento a clientes ao balcão, em sala ou só preparar refeições para o
cliente levar, e que adquirem diversas denominações: marisqueiras, snack-
bar, tabernas, pizzaria, etc.

Os estabelecimentos de bebidas para além de sumos, cervejas, bebidas


licorosas, café, água, chá, entre outras, também servem alimentos,
nomeadamente pregos no pão, cachorros, sanduíches, salgados, pastelaria,
etc., e têm vindo a diversificar a sua oferta. Podem adoptar diversas
denominações, nomeadamente taberna, pub, cafetaria, etc.

Já as cantinas não são consideradas estabelecimentos de restauração,


apesar de servirem refeições e bebidas mediante o pagamento das
mesmas. No entanto, também estão englobadas no estudo que foi
realizado pois são em tudo semelhantes aos estabelecimentos
anteriormente referidos (sob o ponto de vista da segurança, higiene e
saúde no trabalho).

Apesar desta diversidade de oferta, todos estes estabelecimentos têm


espaços e tarefas em comum, partilhando os mesmos riscos.

Espaços

Os diversos espaços que um estabelecimento de restauração deve possuir


são: a cozinha, o armazém e o local destinado aos resíduos. Para além
destes espaços podem ser criados outros em função das necessidades,
características e opções adoptadas pelos responsáveis do estabelecimento.

Cozinha

A cozinha deve estar dividida em duas zonas: a zona de preparação e


confecção e a zona de lavagem de utensílios e materiais.

Imagem: Zona de confecção dos alimentos

A zona de preparação e confecção, também designada de copa limpa, deve


incluir uma cuba de lavagem de alimentos. Nesta zona deve existir, pelo
menos, uma banca exclusiva de empratamento e um armário apropriado
para guardar e proteger as loiças, talheres e outros utensílios ou materiais
que sejam necessários.

O pessoal que trabalha nesta zona deve ter disponível um lavatório fixo
provido de torneira misturadora de água quente e fria e que seja accionada
por um comando não manual, um dispositivo de distribuição de sabão
líquido e toalhetes individuais descartáveis.

Esta é uma zona onde pode existir um grande número de máquinas e


equipamentos destinados à preparação e confecção de alimentos,
maioritariamente a funcionar a electricidade ou a gás.
A zona de lavagem de utensílios, também designada por copa suja, deve
estar equipada com uma cuba para lavagem de utensílios, separada
fisicamente das restantes zonas. Nesta zona deve também existir uma
máquina de lavar a louça com capacidade adequada ao movimento
comercial do estabelecimento.

Armazenamento

No local de armazenamento existem estantes, armários ou outro mobiliário


destinado à arrumação dos diversos produtos alimentares de uma forma
organizada. Também fazem parte do espaço de armazenamento as câmaras
frigoríficas e os congeladores ou equipamentos semelhantes, que se
destinam a conservar os produtos alimentares facilmente perecíveis.

Imagem: Armazém de congelados: câmaras de congelação

Os produtos de limpeza e desinfecção também se encontram guardados,


mas em espaços diferenciados (local individualizado ou armário próprio)
enquanto que o vasilhame pode ficar num espaço próprio fora do
estabelecimento.

Resíduos

Sempre que não haja a possibilidade de existir um espaço destinado à recepção de


resíduos devem ser instalados um ou vários contentores herméticos que possuam
capacidade suficiente para receber todos os resíduos produzidos.

É também desejável que existam locais e contentores próprios para uma adequada
gestão da separação dos resíduos produzidos (ex.: óleos usados, embalagens, vidros e
vazilhame, etc.)
Imagem: Zona de separação de resíduos - contentores para óleos usados

Tarefas
Em todos os estabelecimentos que confeccionam alimentos existem tarefas
comuns, que se repetem frequentemente ou diariamente e que ilustram
este ramo de actividade.

Recepção e Armazenagem de Mercadoria

A recepção consiste na pesagem, contagem, verificação do estado de


conservação e transporte da mercadoria para o interior das instalações,
nomeadamente para os armazéns e câmaras / arcas frigoríficas.
Imagem: Balança para pesagem de mercadoria

A armazenagem compreende o acondicionamento, colocação e organização


da mercadoria, no local que lhe está designado, de acordo com as suas
características.

Assim, os produtos alimentares podem ser armazenados nos seguintes


ambientes:

1. Temperatura ambiente: os alimentos são armazenados em locais cuja temperatura se


encontra entre os 10ºC e os 21ºC; estes locais são vulgarmente designados de
despensas
2. Baixas Temperaturas: os alimentos são colocados em câmaras frigoríficas ou de
congelação com o objectivo de serem conservados através da refrigeração ou
congelação; a refrigeração é feita em câmaras que se encontram entre os 1ºC e os 4ºC;
a congelação é feita em arcas ou câmaras que se encontram no máximo a -18ºC

Preparação dos Alimentos

A preparação compreende todas as operações que os alimentos sofrem


antes de serem cozinhados (cortar, ralar, eviscerar, picar, lavar, etc.). Nesta
tarefa utilizam-se diversos utensílios, máquinas e louça.

Antes da preparação, os alimentos são transportados do local de


armazenamento para a cozinha, sendo muitos deles pesados antes de se
proceder à sua preparação.
Imagem: Balança de pesagem de alimentos

Também faz parte da preparação dos alimentos a descongelação dos


mesmos.

Confecção dos Alimentos

Na confecção, os alimentos são cozinhados ou trabalhados para serem


servidos ao cliente.

A confecção pode ser a frio (comidas frias: saladas, sobremesas, etc.) ou a


quente (comidas quentes: fritos, assados, cozidos, etc.).

Após a confecção, os alimentos são empratados ou embalados,


dependendo do seu destino final.

Atendimento dos Clientes

O atendimento dos clientes é feito ao balcão ou em sala.

Os funcionários de atendimento em sala têm como função receber os


clientes (encaminhá-los para uma determinada mesa e receber o pedido),
servir a refeição e recolher a mesa (retirar a louça e a tolha usadas e colocar
outras limpas).

Os funcionários de balcão recebem os pedidos e servem atrás do balcão.

Lavagem e Limpeza

A limpeza é um processo que tem por objectivo separar todo o tipo de


sujidade que esteja agarrada às superfícies de trabalho, paredes,
pavimentos, utensílios ou objectos, utilizando processos húmidos,
molhados ou secos, com a subsequente eliminação dos produtos finais
(soluções detergentes, resíduos secos, etc.).

Os produtos de limpeza utilizados diferem consoante o tipo de sujidade e a


superfície a limpar. Basicamente, são utilizados 3 processo de limpeza:
limpeza neutra (limpezas genéricas, onde são utilizados detergentes
neutros), limpeza ácida (utilizada para remover matéria inorgânica, onde
são utilizados detergentes ácidos, com características desincrustantes ou
desoxidantes) e a limpeza alcalina (utilizada para remover resíduos de
origem orgânica, nomeadamente as gorduras, onde são utilizados
detergentes clorados devido à sua natureza desengordurante).

A limpeza das instalações engloba todos os locais do restaurante e inclui a


desinfecção de alguns deles, nomeadamente das instalações sanitárias, da
copa, da cozinha e dos locais de armazenagem.

Uma tarefa importante e que comporta alguns riscos é a lavagem da louça e


dos utensílios de cozinha, que normalmente é efectuada em máquinas
próprias mas que também é feita manualmente, principalmente dos
utensílios utilizados na confecção dos alimentos.

Muitos restaurantes (ou estabelecimentos similares) optam por contratar serviços


externos para procederem à lavagem e engomagem da roupa. No entanto existem alguns
que possuem estes serviços internamente.

Riscos e Medidas de Prevenção


Principais riscos e respectivas medidas de prevenção associados às tarefas da indústria
da restauração
Recepção e Armazenagem de Mercadoria
Vários riscos associados a esta tarefa, situações perigosas e respectivas medidas
de prevenção

ários riscos associados a esta tarefa, situações perigosas e respectivas


medidas de prevenção
Recepção de Mercadoria
 Riscos Ergonómicos
 Risco de Queda de Objectos
 Risco de Quedas ao Mesmo Nível
 Risco de Corte
 Risco Térmico

Colocação em Armazém
 Riscos Ergonómicos
 Risco de Queda de Objectos
 Risco de Quedas ao Mesmo Nível
 Risco de Contacto com Substâncias Perigosas
 Risco de Quedas em Altura
 Risco de Incêndio

Colocação em Câmaras / Arcas Frigoríficas


 Riscos Ergonómicos
 Risco de Queda de Objectos
 Risco de Quedas ao Mesmo Nível
 Risco Térmico

Recepção de Mercadoria

Riscos Ergonómicos

As principais situações que comportam este risco são:

 Movimentação manual de cargas


 Posturas incorrectas

Medidas de Prevenção
 Utilizar carros de transporte manual para movimentar a mercadoria (porta – paletas,
carros elevatórios, etc.)
 Lubrificar adequadamente as rodas dos carros de transporte manual e mantê-las em
bom estado de conservação e sem sujidades
 Adquirir mercadoria, sempre que possível, em embalagens pequenas
 Quando é necessário transportar uma quantidade elevada de mercadoria deve-se
fazê-lo por etapas, diminuindo o peso transportado e aumentando o número de
viagens
 Sempre que seja necessário movimentar cargas com peso ou volume muito elevados
devem ser duas ou mais pessoas a fazê-lo e nunca um trabalhador sozinho
 Promover a rotatividade dos trabalhadores que estejam constantemente a
desempenhar esta tarefa
 Respeitar as cargas máximas a transportar manualmente (um máximo de 20 kg em
operações frequentes e um máximo de 30 kg em operações ocasionais)
 Respeitar as regras e princípios ergonómicos estabelecidos para a movimentação
manual de cargas e evitar adoptar posturas incorrectas
 Devem ser evitadas as posturas incorrectas, tais como utilizar a coluna vertebral como
alavanca, a torção do tronco, etc.

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Risco de Queda de Objectos

A queda de objectos pode dever-se a situações em que a mercadoria a recepcionar se


encontra mal acondicionada, instável ou danificada.

Medidas de Prevenção
 Não transportar ou receber cargas que se encontrem instáveis
 Manter as zonas de circulação em bom estado de conservação (sem desníveis,
buracos, etc.)
 Rejeitar embalagens que se encontrem danificadas ou fazer o transvaze dos produtos
para embalagens em bom estado
 Não empilhar a mercadoria de forma instável ou que dificulte a visibilidade
 Prover as superfícies dos equipamentos de transporte (onde é colocada a mercadoria)
com materiais aderentes (evita que a mercadoria a transportar se movimente
livremente)

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Risco de Quedas ao Mesmo Nível

As situações que podem gerar este risco são:

 Tropeçar: objectos colocados no chão


 Escorregar: piso sujo (com água, óleo, etc.)
 Calçado desadequado
 Iluminação deficiente

Medidas de Prevenção
 Nas entradas e saídas devem existir tapetes antiderrapantes
 Não empilhar material a uma altura tal que impeça uma boa visibilidade
 Colocar corrimões nas escadas
 Não correr ou andar muito depressa
 Sinalizar obstáculos que não possam ser eliminados
 Manter as vias de acesso e circulação com níveis de iluminação adequados e
devidamente sinalizadas
 Limpar de imediato substâncias derramadas com produtos adequados
 Não obstruir as zonas de passagem
 Utilizar calçado confortável e com sola antiderrapante

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Risco de Corte

Na recepção de mercadoria o risco de corte pode surgir quando se entra em contacto


com:

 Arestas vivas: embalagens metálicas com rebordos cortantes ou em mau estado


 Recipientes de vidro: recipientes partidos ou danificados
 Instrumentos de corte (x-acto, tesouras, etc.): abrir, cortar ou selar embalagens

Medidas de Prevenção
 Rejeitar embalagens que se encontrem danificadas
 Recolher os recipientes de vidro partidos com utensílios de limpeza adequados:
vassoura e pá; os recipientes partidos devem ser eliminados envolvidos em papel ou
material similar de forma a evitar o contacto com as mãos
 Cortar sempre na direcção oposta ao corpo e manter os dedos afastados da lâmina
 Utilizar instrumentos de corte com as lâminas afiadas e em bom estado
 Substituir instrumentos de corte que se encontrem danificados ou que não
apresentem bom estado de conservação
 Manter todos os instrumentos de corte em local próprio e utilizá-los unicamente para
os fins a que se destinam
 Utilizar luvas adequadas ao manusear a mercadoria

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Risco Térmico

O risco térmico deriva, essencialmente, das seguintes situações:

 Permanência em veículos com câmaras frigoríficas: retirar os alimentos


 Manuseamento de produtos congelados
 Condições atmosféricas adversas (calor, frio, chuva, etc.)

Medidas de Prevenção
 Permanecer apenas o tempo indispensável no interior de câmaras frigoríficas
 Nos equipamentos de frio onde possam permanecer trabalhadores devem-se orientar
os difusores de modo a que o ar não incida directamente nas pessoas
 Promover a rotatividade dos trabalhadores que estejam sujeitos longos períodos de
trabalho sob condições climatéricas adversas
 Estabelecer pausas periódicas em local mais quente quando existem longos períodos
de trabalho no interior de câmaras frigoríficas
 Providenciar que os trabalhadores ingiram líquidos quentes (caso se encontrem em
ambientes frios) ou bebam muita água (caso se encontrem em ambientes quentes)
(evitar o consumo de café em qualquer das situações)
 Controlar o ritmo de trabalho, de forma a que os trabalhadores não façam esforços
que provoquem sudação (o humedecimento da roupa e a consequente permanência
em locais frios agrava os seus efeitos)
 Utilizar luvas adequadas ao manusear produtos congelados (luvas térmicas)
 Utilizar vestuário de trabalho adequado:

o casacos isolantes e corta-vento para o frio
o casacos impermeáveis com capuz e calçado impermeável (caso chova)
o roupa de algodão (para o calor)

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Colocação em Armazém

Riscos Ergonómicos

As principais situações que comportam este risco são:

 Movimentação manual de cargas


 Posturas incorrectas

Medidas de Prevenção
 Armazenar os alimentos / mercadoria a uma altura correcta:

o os mais pesados colocam-se nas prateleiras inferiores
o os de uso comum em prateleiras intermédias
o os mais leves e de utilização esporádica em prateleiras superiores

Imagem: Estante para armazenagem de mercadoria / alimentos

 Utilizar meios adequados para alcançar objectos colocados em armários / prateleiras


mais elevadas, ou seja, acima do nível dos ombros (escadas, fixas ou móveis, ou
escadotes, que posteriormente devem ser guardados em local adequado e mantidos
em bom estado de conservação)
Imagem: Utilização de um escadadote fixo para armazenar/alcançar mercadoria num
local elevado

 Utilizar carros de transporte manual elevatórios para a deslocação e colocação das


cargas mais pesadas
 Respeitar os princípios estabelecidos para o transporte manual de cargas e corrigir
posturas de trabalho incorrectas

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Risco de Queda de Objectos

As principais situações que podem conduzir à ocorrência deste risco são:

 Colocação de mercadoria em prateleiras elevadas


 Armazenamento mal acondicionado
 Peso excessivo
 Mercadoria instável: empilhamento ou forma da embalagem
 Embalagens danificadas: cedência das embalagens com o subsequente vazamento dos
produtos
 Mau estado de conservação dos locais de armazenamento: prateleiras soltas,
corroídas (metálicas) ou empenadas (madeira), estruturas de suporte instáveis e
pouco resistentes

Medidas de Prevenção
 Não sobrelotar as prateleiras onde são armazenados os produtos alimentares (com o
tempo acabam por ficar danificadas, cedendo facilmente)
 Rejeitar embalagens que estejam danificadas (não as armazenar, colocando, se
possível, o seu conteúdo em embalagens adequadas)
 Acondicionar a mercadoria de forma segura (deve encontrar-se estável e dentro dos
limites das prateleiras)
 Utilizar meios adequados para colocar as embalagens em armários / prateleiras mais
elevadas (escadas, fixas ou móveis, ou escadotes que posteriormente devem ser
guardados em local adequado e mantidos em bom estado de conservação)

 Manter os locais de armazenamento em bom estado de conservação (estantes,


armários, prateleiras, etc.) (fazer uma inspecção periódica ao estado de conservação
das estruturas de arrumação)

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Risco de Quedas ao Mesmo Nível

As quedas ao mesmo nível podem dever-se a:

 Tropeçar: objectos colocados no chão


 Escorregar: pavimento sujo (com água, gordura, etc.)
 Calçado desadequado
 Iluminação deficiente

Medidas de Prevenção
 Os locais de armazenagem devem possuir iluminação adequada
 Nas entradas e saídas devem existir tapetes antiderrapantes
 Reparar as zonas do pavimento que se encontrem danificadas
 Sinalizar os obstáculos que não possam ser eliminados
 Dotar as portas que abrem nos dois sentidos (do tipo vai-e-vem) com uma abertura em
material transparente, por exemplo, em vidro (esta abertura deve possibilitar a
visualização das pessoas que a transpõem)
 Manter as zonas junto às estantes ou armários de armazenamento livres de objectos
 Limpar derrames de óleos e gorduras com detergentes desengordurantes
imediatamente após a sua ocorrência
 Não utilizar roupas demasiado largas ou compridas (calças, saias, aventais, etc.);
utilizar roupa de trabalho adequada
 Utilizar calçado adequado (confortável, com sola antiderrapante, saltos baixos e que
não saiam facilmente dos pés)

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Risco de Contacto com Substâncias Perigosas

O contacto com substâncias perigosas pode ocorrer nas seguintes situações:

 Manuseamento de produtos perigosos: produtos de limpeza e desinfecção


 Derrames ou outros incidentes com produtos perigosos

Medidas de Prevenção
 Armazenar os produtos líquidos em prateleiras baixas e sobre tinas de retenção
 Armazenar os produtos longe dos alimentos (de preferência em compartimentos
diferentes)

Imagem: Local específico e independente para armazenagem de produtos e utensílios


de limpeza

 Adquirir sempre os produtos menos perigosos e que garantam o mesmo efeito


 Guardar os produtos devidamente etiquetados
 Disponibilizar nos locais de armazenagem as fichas de segurança dos produtos
 Estabelecer procedimentos para situações de emergência, nomeadamente derrames
 Manter os recipientes fechados e sempre nas suas embalagens originais
 Rejeitar todas as embalagens que não ofereçam condições de segurança (devem
apresentar bom estado geral, rótulos intactos, tampas adequadas, ausência de fissuras
ou zonas deformadas, etc.)
 Utilizar roupa de trabalho, óculos de protecção e luvas ao manusear produtos
químicos (mesmo que seja para os armazenar)

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Risco de Queda em Altura

O acesso a zonas elevadas (armários, prateleiras, etc.), sem as medidas de segurança


necessárias, é a principal causa das quedas em altura.

Medidas de Prevenção
 Manter as escadas limpas de sujidades e gorduras e secas
 Iluminar adequadamente as zonas de armazenagem
 Facilitar o acesso a zonas de armazenamento elevadas colocando escadas fixas ou
móveis perfeitamente seguras, plataformas de trabalho ou elevadores
 Não utilizar escadas que se encontrem danificadas ou que não ofereçam condições de
segurança
 Não transportar alimentos ou caixas nas mãos enquanto se sobe uma escada; utilizar
plataformas elevatórias para posicionar a mercadoria à altura desejada e só então
colocar nas prateleiras
 Nunca utilizar caixotes, barris, etc., em substituição das escadas ou escadotes
 Respeitar as regras de segurança para uma correcta utilização de escadas
 Utilizar calçado de trabalho adequado (com solas antiderrapantes e fechados)

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Risco de Incêndio

Os incêndios podem ter diversas origens. Num armazém as principais causas de um


incêndio são:

 Presença de produtos inflamáveis


 Curto – circuitos

Medidas de Prevenção
 Os locais de armazenamento devem ser distintos e independentes dos locais de
trabalho
 Realizar inspecções (e fazer uma manutenção periódica) às instalações eléctricas
 Os locais de armazenamento devem estar devidamente sinalizados e arejados
 Os produtos inflamáveis devem estar contidos em recipientes próprios
 Dotar estes locais de meios de detecção e extinção adequados e em número suficiente
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Colocação em Câmaras / Arcas


Frigoríficas

Riscos Ergonómicos

As principais situações que originam o desrespeito pelos princípios ergonómicos são:

 Movimentação manual de cargas


 Posturas incorrectas

Medidas de Prevenção
 Utilizar carros com rodados para o transporte da mercadoria
 Adquirir preferencialmente arcas de congelação verticais
 Nas câmaras de congelação utilizar escadotes fixos para aceder às zonas de
armazenamento mais elevadas

Imagem: Câmara de congelação com estante de arrumação

 Armazenar as embalagens mais pesadas nas prateleiras inferiores


 Não transportar manualmente cargas demasiado pesadas (um máximo de 20 kg em
operações frequentes e um máximo de 30 kg em operações ocasionais)
 Respeitar os princípios estabelecidos para o transporte manual de cargas e corrigir
posturas de trabalho incorrectas (ex.: debruçar-se constantemente sobre as arcas de
congelação horizontais para acondicionar os alimentos)

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Risco de Queda de Objectos

A queda de objectos pode ser originada por:

 Acondicionamento deficiente da mercadoria


 Empilhamento instável

Medidas de Prevenção
 Manter a superfície das prateleiras sem gelo
 Acondicionar adequadamente todos os alimentos e dentro dos limites das prateleiras
 Colocar os alimentos mais pesados nas prateleiras inferiores
 Manter o local de armazenamento em bom estado de conservação (fazer uma
inspecção periódica ao estado de conservação das estruturas de arrumação)
 Rejeitar embalagens que não ofereçam condições de segurança e resistência
 Não empilhar os alimentos de forma instável nem em locais elevados

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Risco de Quedas ao Mesmo Nível

As principais situações que podem levar à ocorrência deste risco são:

 Piso escorregadio: presença de humidade / gelo no pavimento


 Tropeçar: objectos colocados no chão
 Calçado inadequado
 Iluminação deficiente
Medidas de Prevenção
 As câmaras de congelação devem possuir iluminação adequada
 Nas entradas e saídas das câmaras frigoríficas devem existir tapetes antiderrapantes
 No interior das câmaras deve ser colocado um piso antiderrapante
 O pavimento das câmaras frigoríficas deve-se manter sem gelo; para tal é necessário
manter a porta fechada para evitar a formação de gelo e limpar o gelo sempre que
este se formar no pavimento
 Limpar de imediato derrames de produtos líquidos
 Manter as zonas em redor dos armários de arrumação livres de obstáculos
 Utilizar calçado adequado (com solas antiderrapantes)
 Utilizar vestuário justo ao corpo (evitar saias e calças demasiado compridas)

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Risco Térmico

Os trabalhadores estão expostos a temperaturas baixas quando colocam os alimentos em


arcas/câmaras frigoríficas ou de congelação, ou quando manuseiam produtos
congelados.

Medidas de Prevenção
 Orientar os difusores das câmaras frigoríficas de forma a que o ar não incida
directamente nos trabalhadores
 Quando houver a necessidade de permanecer no interior de câmaras frigoríficas
durante longos períodos de tempo, estabelecer pausas para recuperar, em locais mais
quentes, e ingerir periodicamente líquidos quentes (evitar ingerir café)
 Diminuir o tempo de permanência em ambientes frios, por exemplo, através da
rotatividade dos trabalhadores
 Controlar o ritmo de trabalho, de forma a que os trabalhadores não façam esforços
que provoquem sudação (o humedecimento da roupa e a consequente permanência
em locais frios agrava os seus efeitos)
 As instalações frigoríficas devem obedecer aos seguintes requisitos:

 Ser convenientemente iluminadas


 As portas devem possuir fechos que permitam a sua abertura do interior; caso não
possuam este sistema devem existir dispositivos de alarme accionáveis do interior das
câmaras que comuniquem directamente com um responsável do estabelecimento de
restauração

 Utilizar vestuário de protecção adequado (casacos térmicos corta-vento, isolantes para


o frio)
 Utilizar luvas de protecção adequadas (luvas térmicas) e calçado adequado (com
isolamento térmico)

Preparação dos Alimentos


Vários riscos associados a esta tarefa, situações perigosas e respectivas medidas
de prevenção

Vários riscos associados a esta tarefa, situações perigosas e respectivas


medidas de prevenção

Cortar, Descascar, Ralar, Picar e Moer Alimentos


 Risco de Corte
 Risco de Enrolamento
 Risco de Exposição ao Ruído

 Riscos Eléctricos

 Riscos Ergonómicos

 Riscos Biológicos
 Risco de Contacto com Substâncias a Temperaturas Extremas

Transporte de Alimentos do Armazém para a Cozinha


 Risco de Queda ao Mesmo Nível
 Risco de Queda de Objectos
 Riscos Ergonómicos

 Risco de Contacto com Substâncias a Temperaturas Extremas

 Risco Térmico
Cortar, Descascar, Ralar, Picar e Moer
Alimentos

Risco de Corte

As principais situações que expõem os trabalhadores a este risco são:

 Manuseio de utensílios de corte


 Utilização de máquinas com lâminas
 Manuseio de recipientes partidos

Medidas de Prevenção
 Utilizar máquinas e equipamentos que possuam a zona de corte protegida por
resguardos móveis (picadoras, batedeiras, máquinas de corte, etc.); as protecções
devem, sempre que necessário, ter associados dispositivos de encravamento
 Utilizar as máquinas de acordo com as instruções do fabricante e unicamente para as
funções para as quais foram projectadas (mesmo que estas se possam adequar a
outras tarefas)
 Formar os trabalhadores na correcta e segura utilização das máquinas perigosas
existentes (serra de fita, máquinas de fatiar, etc.)
 Definir um operador para as máquinas perigosas e proibir a utilização das mesmas por
qualquer outro trabalhador
 Manusear facas e utensílios cortantes com suma precaução
 Utilizar utensílios de corte com o cabo anti-deslizante
 Guardar as facas e os utensílios de corte em suportes específicos (suportes onde a
lâmina fique protegida e fora do alcance) (ex.: porta – facas)
Imagens: Suporte com sistema de íman para utensílios cortantes (quando
fechado também pode desinfectar os utensílios por radiação UV)
 As lâminas dos utensílios de corte devem estar devidamente afiadas
 Nunca tentar apanhar uma faca em queda livre
 Nunca usar facas para outras finalidades (ex.: como abre – latas) e utilizar sempre a
faca adequada à tarefa a realizar
 Ao passar facas (ou utensílios de corte) a colegas de trabalho, utilizar uma superfície
plana para pousar a faca e permitir que a outra pessoa pegue nela (nunca se deve
passar manualmente)
 Cortar sempre na direcção oposta ao corpo e manter os dedos afastados da lâmina
 Cortar em cima de superfície destinadas para este efeito (tábuas e mesas de corte)
 Não introduzir alimentos nas máquinas com as mãos (utilizar um empurrador ou outro
acessório adequado)
 Recolher pedaços de louça ou vidro partidos com os utensílios de limpeza adequados:
vassoura e pá. Os objectos partidos devem ser eliminados envolvidos em papel ou
material similar que evite o contacto com as mãos
 Formação dos trabalhadores no manuseio e limpeza das diversas máquinas e utensílios
de corte
 Usar luvas de malha de aço quando se estão a cortar alimentos
 Utilizar aventais de malha de alumínio para desossar carne e peixe
 Sempre que se revele necessário, utilizar óculos de protecção (ex.: ao desossar,
escamar, etc.)

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Risco de Enrolamento

A principal situação que expõem os trabalhadores a este risco é a utilização de máquinas


com elementos em movimento rotativo (batedeiras, etc.)

Medidas de Prevenção
 Adquirir sempre máquinas com marcação CE

 Adquirir máquinas com protecções incorporadas (ou adaptá-las a máquinas já


existentes) e sempre que se justifique, associar a essas protecções dispositivos de
encravamento

Imagem: Batedeira com protecção mecânica


 Nunca retirar as protecções das máquinas quando estas se encontram em
funcionamento nem inutilizar os dispositivos de segurança
 Não usar adornos (pulseiras, brincos, etc.)
 Não usar o cabelo comprido solto (deve estar preso com uma rede, touca ou
equivalente)
 Formar o pessoal para a correcta e segura utilização das diversas máquinas
 Realizar uma manutenção adequada do equipamento

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Risco de Exposição ao Ruído

A exposição ao ruído é provocada por:

 Equipamentos e máquinas de trabalho: batedeiras, picadores de gelo, etc.


 Sistemas de exaustão

Medidas de Prevenção
 Instalar, se possível, equipamentos com níveis de ruído baixos (de baixa potência
sonora)
 Fazer uma manutenção periódica dos equipamentos
 Colocar os equipamentos mais ruidosos em locais afastados das zonas de trabalho ou
enclausurá-los (evitar colocá-los encostados a paredes ou nos cantos, uma vez que
estas localizações aumentam o ruído ambiente)
 Insonorizar a condutas de exaustão
 Utilizar ligações isolantes entre as várias condutas
 Utilizar elementos antivibráteis para evitar a transmissão de vibrações à estrutura do
sistema de exaustão
 Utilizar protectores auriculares devidamente dimensionados (esta medida deve ser
sempre de carácter provisório, até que outras medidas correctivas sejam tomadas)

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Riscos Eléctricos

Os riscos eléctricos advêm, principalmente, de defeitos no isolamento dos equipamentos


eléctricos, de um incorrecto manuseio de máquinas, fios condutores, etc. (equipamentos
eléctricos), de uma deficiente ligação dos equipamentos de trabalho à terra e da
ausência de procedimentos de trabalho seguros.

Medidas de Prevenção
 Adquirir máquinas com marcação CE
 Ligar todas as máquinas e equipamentos eléctricos à terra

 Fazer uma inspecção visual às instalações eléctricas antes de iniciar os trabalhos


 Manter cabos, tomadas e equipamentos eléctricos em bom estado de conservação e
afastados de pontos de água e fontes de calor
 Evitar a acumulação de várias ligações na mesma tomada
 Trocar de imediato fios condutores, tomadas ou fichas que se encontrem danificadas
ou que não ofereçam condições de segurança
 Retirar de uso equipamentos eléctricos e máquinas que se encontrem danificadas, em
mau estado de conservação ou que não ofereçam condições de segurança (adoptar o
sistema lock out – tag out)
 Não manusear equipamentos eléctricos com as mãos (ou qualquer outra parte do
corpo) húmidas ou molhadas
 Equipar as instalações com tomadas estanques que possuam tampa (principalmente as
que se encontram nos ambientes mais húmidos)
Imagem: Máquina equipada com ficha estanque, que liga a uma tomada estanque com
tampa

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Riscos Ergonómicos

As principais situações que expõem os trabalhadores a estes riscos são:

 Movimentos repetitivos
 Esforços excessivos
 Posturas incorrectas e rígidas
 Movimentação manual de cargas (alimentos, utensílios de cozinha, etc.)
Medidas de Prevenção
 Adaptar, dentro do possível, os postos de trabalho aos funcionários:

 A altura das superfícies de trabalho devem situar-se entre os 87cm e os 97 cm


 Para as tarefas que requeiram manipular cargas pesadas a altura do posto de trabalho
deverá situar-se entre os 70cm e os 90 cm
 A altura das mesas de trinchar deve situar-se entre os 75cm e os 100cm, com uma
inclinação regulável de 10º

 Utilizar máquinas que realizem automaticamente determinados trabalhos (ex..


máquinas de ralar, cortar, descascar, etc.)

Imagem: Máquina utilizada para descascar e cortar batatas

 Utilizar máquinas ou utensílios próprios para cortar alimentos congelados, ossos, etc.,
de forma a evitar esforços excessivos

Imagem: Serra de fita destinada ao corte de alimentos

 Evitar permanecer muito tempo em pé, alternando as posturas de pé e sentado


 Colocar nos postos de trabalho, onde exista uma permanência durante longos
períodos de tempo em pé, tapetes anti – fadiga
 Utilizar calçado confortável, de preferência com palmilhas anti – fadiga
 Respeitar as regras e princípios ergonómicos estabelecidos para a movimentação
manual de cargas e evitar adoptar posturas incorrectas
 Estabelecer a rotatividade dos postos de trabalho para diminuir a permanência em
tarefas que exijam a utilização de movimentos repetitivos (ex.: descascar, desossar,
etc.)

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Riscos Biológicos

As situações que podem colocar os trabalhadores em contacto com organismos


patogénicos são:

 Manipulação de alimentos crus ou contaminados


 Utilização de farinhas ou outros produtos em pó

Medidas de Prevenção
 Reduzir a produção de poeiras em suspensão (não deitar ao alto produtos de grão
muito fino, como é o caso das farinhas; verte-los cuidadosamente sobre as superfícies
onde vão ser utilizados de forma a evitar a formação de partículas em suspensão)

 Evitar peneirar farináceos (adquirir produtos refinados)


 Substituir, caso seja possível, produtos em pó por produtos granulados
 Manter o local de trabalho bem ventilado e limpo (evitar a acumulação de poeiras)

 Manusear os alimentos com luvas


 Disponibilizar baldes do lixo accionáveis por pedal, de forma a evitar o contacto com
os mesmos ao eliminar os desperdícios
Imagem: Balde do lixo accionável por pedal

 Se se revelar necessário, utilizar protecção respiratória

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Risco de Contacto com Substâncias a Temperaturas Extremas

O manuseio de alimentos congelados é a principal situação perigosa que expõe os


trabalhadores a este risco.

Medidas de Prevenção
 Nunca pegar em alimentos ou produtos congeladas directamente com as mãos; utilizar
luvas de protecção adequadas
 Para transportar os alimentos congelados colocá-los em recipientes, por exemplo, de
plástico
 Deixar descongelar os alimentos que se encontram congelados antes de os cortar ou
preparar

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Transporte de Alimentos dos Locais de
Armazenamento para a Cozinha

Risco de Queda ao Mesmo Nível

As principais situações que podem provocar este risco são:

 Tropeçar em objectos colocados no chão


 Escorregar devido ao pavimento se encontrar sujo (com água, gordura, etc.)
 Utilizar calçado desadequado
 Existência de locais com iluminação deficiente

Medidas de Prevenção
 Os locais de passagem e de armazenagem devem possuir iluminação adequada
 Nas entradas e saídas devem existir tapetes antiderrapantes
 Ao transportar os alimentos, não os empilhar a uma altura tal que impeça uma boa
visibilidade
 Colocar corrimões nas escadas
 Não correr ou andar muito depressa
 Sinalizar os obstáculos que não possam ser eliminados
 Dotar as portas que abrem nos dois sentidos (do tipo vai-e-vem) com uma abertura em
material transparente, por exemplo, em vidro (esta abertura deve possibilitar a
visualização das pessoas que a transpõem)
 Reparar as zonas do pavimento danificadas
 Eliminar sujidades e retirar das zonas de passagem desperdícios e obstáculos (caixas,
baldes do lixo, etc.)
 Instalar pavimentos que sejam antiderrapantes nas zonas de circulação e de trabalho e
limpá-los periodicamente
 Não devem existir cabos soltos no chão (caso haja essa necessidade, estes devem estar
colocados sob calhas pintadas / sinalizadas com cores de segurança)
 Limpar derrames de óleos e gorduras com detergentes desengordurantes
imediatamente após a sua ocorrência
 Em pavimentos recém lavados ou que se encontrem húmidos deve existir um sinal de
aviso com a indicação de “Pavimento molhado – Risco de Queda”
 Não utilizar roupas demasiado largas ou compridas (calças, saias, aventais, etc.);
utilizar roupa de trabalho adequada
 Utilizar calçado adequado (confortável, com sola antiderrapante, saltos baixos e que
não saiam facilmente dos pés)
Risco de Queda de Objectos

As situações mais comuns que provocam a queda acidental e perigosa de


objectos são:
 Retirar utensílios de prateleiras ou zonas elevadas
 Empilhamento instável das mercadorias a transportar

Medidas de Prevenção
 Utilizar meios adequados para alcançar objectos colocados em armários / prateleiras
mais elevadas (escadas ou escadotes, que posteriormente devem ser guardados em
local adequado e mantidos em bom estado de conservação)

 Não transportar cargas que se encontrem instáveis


 Manter as zonas de circulação em bom estado de conservação (sem desníveis,
buracos, etc.)
 Não empilhar demasiada mercadoria
 Acondicionar correctamente toda a mercadoria a transportar de forma segura (deve
encontrar-se estável, dentro dos limites do meio que a transporta e, se necessário,
devidamente presa)

Riscos Ergonómicos

Os principais riscos ergonómicos que se observam nesta tarefa decorrem das seguintes
situações:

 Movimentação manual de cargas


 Posturas incorrectas

Medidas de Prevenção
 Utilizar meios de transporte mecânicos para movimentar as cargas mais pesadas (se
necessário, adquirir carros com sistema elevatório, para evitar levantar cargas muito
pesadas)
Imagem: Carro utilizado no transporte de mercadorias

 Manter todo o sistema dos rodados em bom estado de conservação (oleado e sem
sujidades)
 Sempre que seja necessário movimentar cargas com peso ou volume muito elevados
devem ser duas ou mais pessoas a fazê-lo e nunca um trabalhador sozinho
 Respeitar as cargas máximas a transportar manualmente (um máximo de 20 kg em
operações frequentes e um máximo de 30 kg em operações ocasionais)
 Quando é necessário transportar uma quantidade elevada de mercadoria, deve-se
fazê-lo por etapas, diminuindo o peso transportado e aumentando o número de
viagens
 Respeitar os princípios estabelecidos para o transporte manual de cargas e corrigir
posturas de trabalho incorrectas

Risco de Contacto com Substâncias a Temperaturas Extremas

Os trabalhadores podem entrar em contacto com substâncias e temperaturas muito


baixas quando manuseiam alimentos congelados.

Medidas de Prevenção
 Nunca pegar em alimentos ou produtos congeladas directamente com as mãos; utilizar
luvas de protecção adequadas
 Para transportar os alimentos congelados colocá-los em recipientes, por exemplo, de
plástico
Risco Térmico

A situação que expõe os trabalhadores a este risco é a permanência nas câmaras de


congelação, quando seleccionam ou procuram os alimentos que necessitam.

Medidas de Prevenção
 Orientar os difusores das câmaras frigoríficas de forma a que o ar não incida
directamente nos trabalhadores
 As instalações frigoríficas devem obedecer aos seguintes requisitos:

 Ser convenientemente iluminadas


 As portas devem possuir fechos que permitam a sua abertura do interior; caso não
possuam este sistema devem existir dispositivos de alarme accionáveis do interior das
câmaras que comuniquem directamente com um responsável do estabelecimento de
restauração

 Utilizar vestuário de protecção adequado (casacos térmicos corta-vento, isolantes para


o frio)
 Utilizar luvas de protecção adequadas (luvas térmicas) e calçado adequado (com
isolamento térmico)

Confecção de Alimentos
Vários riscos associados a esta tarefa, situações de perigo e respectivas medidas
de prevenção

ários riscos associados a esta tarefa, situações de perigo e respectivas


medidas de prevenção
 Risco de Contacto com Superfícies / Substâncias a Temperaturas Extremas
 Risco de Stress Térmico
 Risco de Incêndio
 Riscos Ergonómicos
 Riscos Químicos
 Risco de Explosão
 Risco de Queda de Objectos
 Riscos Biológicos
 Risco de Quedas ao Mesmo Nível
 Risco Associado a Factores Psicossociais
 Risco de Exposição a Radiações
 Riscos Eléctricos

Risco de Contacto com Superfícies /


Substâncias a Temperaturas Extremas
As principais situações que colocam os trabalhadores em risco são:

 Contacto com superfícies frias: gelo ou alimentos congelados


 Contacto com superfícies quentes: fritadeiras, grelhas, panelas, etc.
 Salpicos ou derrames de substâncias a temperaturas elevadas: óleos, alimentos
cozinhados, molhos, vapores (provenientes, por exemplo, de panelas de pressão)

Medidas de Prevenção
 Evitar debruçar-se ou tentar alcançar objectos colocados sobre superfícies ou
equipamentos que estejam a temperaturas elevadas (ex.: fritadeiras, fogão, fornos,
etc.)
 Nunca encher totalmente os recipientes com líquidos que vão ser aquecidos (água,
caldos, etc.).
 Introduzir os alimentos em líquidos quentes em pequenas quantidades, verificando o
nível do líquido de forma a evitar derrames
 Nunca pegar em alimentos ou substâncias congeladas directamente com as mãos;
utilizar utensílios próprios ou luvas de protecção adequadas
 Colocar anteparos de protecção contra salpicos em redor de fritadeiras e frigideiras

Imagem: Situação perigosa - fritadeiras industriais sem os anteparos de protecção


contra salpicos

 Comprovar a temperatura do termóstato das fritadeiras antes de introduzir os


alimentos
 Antes de fritar alimentos comprovar que se encontram sem gelo ou húmidos
 Na confecção de alimentos utilizar utensílios com dimensões adequadas: não devem
ser demasiado pequenos uma vez que propiciam a aproximação das mãos aos
recipientes onde se encontram os alimentos
 Utilizar recipientes, para confecção de alimentos, que possuam pegas que não
aqueçam
 Ao transportar recipientes quentes avisar as pessoas à medida que se desloca
 Não aquecer no forno ou microondas recipientes que não sejam indicados para tal
 Adquirir, preferencialmente, equipamentos com isolamento térmico (ex.: portas de
fornos com baixa condutividade térmica)
 Nunca partir do princípio que um elemento se encontra frio (ex.: uma grelha, pegas
das panelas, etc.); tomar sempre as devidas precauções antes de o manusear,
verificando se os elementos em questão já arrefeceram
 Usar roupas de trabalho com mangas compridas ou manguitos quando se trabalha
com fritadeiras, frigideiras, grelhadores, etc. (equipamentos que produzam calor)
 Utilizar luvas de protecção contra o calor (com isolamento térmico) para pegar em
recipientes quentes

Risco de Stress Térmico


O stress térmico é provocado pelo aquecimento excessivo da temperatura ambiente
quando são utilizados equipamentos produtores de calor: fogão, forno, grelhadores, etc.

Os trabalhadores expostos são os que se encontram perto destes equipamentos ou em


compartimentos onde estes se encontrem.

Medidas de Prevenção
 Instalar sistemas de exaustão por cima de locais onde haja uma elevada produção de
calor (fogões, fritadeiras, grelhadores, etc.)
Imagens: Sistema de exaustão instalado sobre os equipamentos de confecção a quente
(fogão, grelhadores, fornos, etc.)

 Instalar sistemas de ventilação / climatização nos locais propensos a atingirem


temperaturas elevadas; estes sistemas podem ser instalados de forma a fazerem uma
adequada renovação do ar ambiente
 Beber água regulamente ao longo da jornada de trabalho; não ingerir álcool ou cafeína
 Organizar os períodos de trabalho / descanso; sempre que possível, devem ser feitas
pausas em locais mais frescos e arejados
 Informar todo o pessoal de cozinha acerca dos sintomas provocados pelo calor
 Utilizar roupa de trabalho de algodão
Risco de Incêndio
Os incêndios podem ter diversas origens e ocorrer nos vários equipamentos que são
utilizados aquando da confecção dos alimentos. As situações mais comuns de incêndio
são:

 Nos equipamentos com chamas: fogão, grelhadores a carvão, etc.


 Nos equipamentos e condutas de exaustão: acumulação e depósito de gorduras
 Em equipamentos de aquecimento e confecção de alimentos: torradeiras, microondas,
fritadeiras, etc.
 Em substâncias inflamáveis: óleos e outras gorduras quando atingem temperaturas
elevadas
 Provocados por fugas de gás

Medidas de Prevenção
 Não aquecer óleos ou gorduras em demasia (podem auto inflamar-se)

 Extinguir incêndios de óleos ou gorduras colocando uma manta ignífuga ou uma tampa
metálica por cima do recipiente em chamas
 Fazer uma manutenção e limpeza adequadas das condutas, filtros e equipamentos de
exaustão
 A quantidade de materiais inflamáveis presentes no local de trabalho deve ser a
estritamente necessária às tarefas diárias; o restante deve estar armazenado em local
próprio
 Proibir fumar
 Instalar um sistema de detecção de fugas de gás com um dispositivo de corte
automático do gás
 Comprovar a estanquidade dos condutores e tubagens de gás e estabelecer inspecções
periódicas ao seu estado de conservação
 Utilizar preferencialmente gás natural (por ser mais leve que o ar a sua dissipação está
facilitada)
 Fazer uma manutenção periódica às instalações eléctricas.
 Manter as instalações eléctricas isoladas e protegidas do calor e da humidade
 Utilizar materiais resistentes ao fogo na construção, decoração e equipamentos da
cozinha
 Disponibilizar extintores em número suficiente e adequados à classe de fogo
 Disponibilizar mantas ignífugas em número suficiente
 Instalar sistemas de detecção e alarme de incêndio. Estes devem ser acompanhados
com sistemas de extinção automática, principalmente sobre equipamentos que
atinjam temperaturas elevadas (fritadeiras fogões, grelhadores, etc.)
Imagem: Dispositivo de emergência manual (activa o sistema de extinção)

 Efectuar a manutenção periódica dos sistemas de detecção, extinção e alarme


 Sinalizar correctamente as saídas de emergência e a localização dos meios de
intervenção
 Não obstruir as saídas de emergência
 Realizar periodicamente acções de formação para uma correcta e eficaz utilização dos
extintores e mantas ignífugas

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Riscos Ergonómicos
As principais situações que podem comportar estes riscos são:

 Posturas de trabalho incorrectas


 Movimentação manual de cargas

Medidas de Prevenção
 Colocar os fornos, aquecedor de pratos, microondas, etc., a uma altura entre os 87 e
os 97 cm em relação ao solo (evita dobrar as costas por ter de se baixar)
 Dispor de carrinhos de transporte altos que permitam transportar bandejas e outros
utensílios até aos vários equipamentos de confecção (fornos, grelhadores, fogão, etc.)
Imagem: Carros utilizados para transportar utensílios de cozinha

 Não transportar manualmente panelas de grande dimensão (ou outros equipamentos


semelhantes), que se encontrem cheias, sozinho(a); procurar a ajuda de mais uma
pessoa
 Dispor os armários de arrumação de loiça, panelas, etc., perto dos locais de confecção
 Colocar a loiça pesada (panelas, frigideiras, etc.) nos armários a uma altura adequada
(evitar colocar em prateleiras altas)

Imagem: Armário para arrumação de loiça pesada

 Nos locais onde os trabalhadores permaneçam durante longos períodos em pé,


colocar tapetes anti-fadiga
 Evitar posturas rígidas ao efectuar as tarefas, seguindo as recomendações
ergonómicas estabelecidas
 Respeitar as normas de manipulação manual de cargas
 Utilizar calçado confortável, de preferência com palmilhas ergonómicas (anti-fadiga)

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Riscos Químicos
A utilização e determinados equipamentos para confeccionar os alimentos (fogões a gás,
grelhadores a carvão, etc.) produzem gases nocivos (CO e CO2) que podem atingir
concentrações perigosas.

Uma situação que também comporta risco são as fugas de gás (a inalação do gás pode
levar à morte por asfixia).

Medidas de Prevenção
 Adquirir equipamentos de queima de gás que possuam certificado CE

 Estabelecer uma manutenção periódica adequada a todos os equipamentos de


funcionamento a gás por técnicos especializados e devidamente credenciados
(verificar o correcto funcionamento dos sistemas de segurança, a emissão de gases
nocivos, etc.)
 Prover um sistema de renovação de ar adequado à dimensão das instalações e ao
número de pessoas que aí permanecem
 Prover um sistema de extracção localizado com um caudal adequado
 Sempre que possível, assegurar a ventilação natural através da abertura de janelas
 Implementar sistemas de detecção de fugas de gás com dispositivo de corte
automático integrado

Risco de Explosão
Uma explosão pode ocorrer nas seguintes situações:

 Aumento contínuo da pressão no interior de recipientes fechados: panelas de pressão,


confecção no microondas, etc.
 Garrafas de gás: queda das garrafas, fugas de gás

Medidas de Prevenção
 O fornecimento de gás deve ser, sempre que possível, canalizado
 Caso seja utilizado gás em garrafas, estas devem estar situadas, se possível, fora das
instalações; caso não seja possível, no interior das instalações deve permanecer um
número mínimo de garrafas, devidamente seguras (por exemplo, presas à parede com
correntes)
 Na instalação de gás deve ser instalado um dispositivo de detecção de fugas com um
sistema de corte automático associado
 No microondas só devem ser colocados recipientes próprios e os alimentos devem ser
cozinhados ou aquecidos sem tampas que provoquem a estanquidade do recipiente
(devem ser usadas tampas com aberturas ou respiros)

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Risco de Queda de Objectos


O manuseio de utensílios utilizados na confecção dos alimentos (frigideiras, panelas
com pegas compridas, facas, etc.) é a principal situação que comporta este risco.

Medidas de Prevenção
 Orientar os cabos das frigideiras, panelas, etc., para o interior do fogão ou do
equipamento em que estão a ser utilizadas

 Não transportar cargas demasiado pesadas sem ajuda (ex.: panelas de grande
dimensão, grande quantidade de pratos, etc.)
 Não colocar nas bermas das mesas e balcões utensílios cortantes e de confecção
 Não transportar loiça ou outros utensílios em equilíbrio instável

Riscos Biológicos
A exposição dos trabalhadores ocorre quando estes manipulam alimentos crus ou
contaminados com microrganismos patogénicos.
Medidas de Prevenção

 Os manipuladores de alimentos devem utilizar luvas, não comer, beber ou fumar


enquanto estão a desempenhar as suas tarefas
 Sempre que haja contacto directo com os alimentos devem lavar de seguida as mãos
 Os pontos para lavar e desinfectar as mãos devem ser accionados, preferencialmente,
com o pé, possuir sabão desinfectante não irritante para a pele e um dispositivo de
secagem das mãos automático ou toalhas de papel individuais

Imagem: Ponto para lavagem das mãos accionado com o pé

Risco de Quedas ao Mesmo Nível


As principais situações que podem levar à ocorrência de quedas são:

 Tropeçar: objectos colocados no chão


 Escorregar: pavimento sujo (com água, gordura, etc.)
 Calçado desadequado

Medidas de Prevenção
 Proteger todos os cabos soltos através da colocação de calhas
 Desobstruir as zonas de circulação e manter os locais de trabalho livres de obstáculos
 Sinalizar todos os obstáculos que não possam ser eliminados e manter níveis de
iluminação adequados
 Sempre que ocorra um derrame ou o piso esteja molhado, limpar de imediato
 Limpar derrames de óleos e gorduras com detergentes desengordurantes
 Desobstruir as zonas de circulação e manter os locais de trabalho livres de obstáculos
 Reparar as zonas do pavimento que se encontrem danificadas
 Equipar a cozinha com pavimentos antiderrapantes
 Utilizar calçado adequado (com piso antiderrapante, confortável, com saltos baixos e
que não saiam facilmente dos pés)

Risco Associado a Factores Psicossociais


O stresse é o principal factor que pode conduzir a situações de risco e que os
profissionais da restauração experimentam quase diariamente.

Medidas de Prevenção

 Distribuir tarefas e competências de forma clara e inequívoca


 Planear antecipadamente os trabalhos da jornada entrando em consideração com
eventuais imprevistos
 Respeitar os turnos de trabalho e estabelecer pausas e descansos
 Reforçar os turnos onde haja uma maior afluência de clientes
 Dispor de meios e equipamentos de trabalho adequados
 Prever e planear o trabalho extra
 Distribuir adequadamente as férias
 Recompensar o trabalho quando é bem realizado
 Harmonizar e delegar inequivocamente as responsabilidades e a autoridade
 Não prolongar em excesso a jornada de trabalho habitual, compensando o tempo
extra de trabalho com descanso adicional
 Considerar todas as queixas e reclamações provenientes dos trabalhadores
 Seleccionar trabalhadores com habilitações adequadas e colocá-los em tarefas
condizentes com as suas aptidões profissionais
 Promover um ambiente seguro, onde predomine um sentimento de tolerância e
justiça
Risco de Exposição a Radiações
As radiações a que os trabalhadores podem estar expostos são:

 Infravermelha: equipamentos de aquecimento


 Microondas

Medidas de Prevenção
 Devem ser observadas as seguintes recomendações na utilização de fornos
microondas

o As portas e as juntas dos fornos devem ser conservadas limpas de resíduos de
gorduras e restos de comida
o A grelha metálica que se encontra na porta dos fornos não deve ser danificada
o Colocar junto aos fornos instruções de segurança acerca da sua utilização e
funcionamento
o Todos os fornos devem ser alvos de manutenção periódica para detectar
eventuais fugas de radiação e manter o seu bom estado de funcionamento e
conservação
o Todas as intervenções devem ser feitas por técnicos especializados

 Adquirir equipamentos (ex.: fornos) que possuam materiais com elevado isolamento
ao calor radiante
 Sinalizar todos os equipamentos que emitam radiação infravermelha e estabelecer
procedimentos de segurança
 Utilizar luvas adequadas (ex.: com revestimento em alumínio) ao intervir nestes
equipamentos

Riscos Eléctricos
Os riscos eléctricos podem ocorrer através do contacto directo ou indirecto com partes
activas de equipamentos eléctricos devido ao mau estado de conservação de fios,
tomadas, revestimento dos equipamentos, etc.

Medidas de Prevenção
 Antes de se iniciar o trabalho deve-se fazer uma inspecção visual às instalações e
equipamentos eléctricos
 Ligar todas as máquinas e equipamentos eléctricos à terra
 Não sobrecarregar as tomadas ou extensões eléctricas com muitas ligações em
simultâneo
 Substituir todas as tomadas e fios eléctricos danificados
 Afastar os equipamentos eléctricos de fontes de água, óleo e fontes de calor
 Proteger os fios eléctricos que possam estar sujeitos a solicitações mecânicas
 Implementar sistemas de lock-out / tag-out quando estes se encontram avariados
 Não mexer em equipamentos eléctricos com as mãos molhadas ou húmidas
 Dotar os quadros eléctricos de dispositivos de segurança adequados (disjuntores ou
fusíveis, correctamente dimensionados)
 Formar e informar todos os trabalhadores acerca das situações de perigo a que estão
expostos, alertando-os para as consequências de um acidente de origem eléctrica e a
forma de actuação para os evitar

Atendimento de Clientes
Vários riscos associados a esta tarefa, situações perigosas e respectivas medidas
de prevenção
Vários riscos associados a esta tarefa, situações perigosas e respectivas
medidas de prevenção
 Riscos Ergonómicos
 Risco de Queda em Altura
 Risco de Quedas ao Mesmo Nível

 Risco Associado a Factores Psicossociais


 Risco de Contacto com Superfícies a Temperaturas Extremas
 Risco de Corte
 Risco de Queda de Objectos
 Risco de Incêndio
 Risco de Exposição ao Ruído

Riscos Ergonómicos
As principais situações que colocam os trabalhadores expostos a este risco são:

 Posturas incorrectas
 Esforços estáticos
 Movimentação manual de cargas
Medidas de Prevenção
 Utilizar carros com rodas para transportar as refeições, louça e bebidas
 Utilizar bandejas para transportar pequenas quantidades de alimentos ou bebidas
 Ao transportar uma bandeja distribuir o peso uniformemente por toda ela e colocá-la
ao nível da cintura; uma das mãos deve segurar o centro da base da bandeja,
enquanto que a outra deve segurar a borda frontal da bandeja
 Não transportar cargas elevadas; em alternativa transportar pequenas quantidades e
aumentar o número de deslocações
 Disponibilizar tapetes anti-fadiga em locais onde os trabalhadores estejam
permanentemente em pé (ex.: atendimento ao balcão)
 Utilizar calçado adequado (confortável, com sola antiderrapante e fechado)
 Respeitar as medidas de prevenção estabelecidas para a movimentação manual de
cargas
 Evitar posições estáticas (ex.: alternar a posição de pé e sentado)
 Seguir as recomendações estabelecidas para evitar a adopção de posturas incorrectas

topo da página

Risco de Queda em Altura


Os trabalhadores estão expostos a este risco nas seguintes situações:

 Subir e descer escadas entre os diversos pisos do estabelecimento de restauração


 Utilizar equipamentos desadequados para alcançar prateleiras elevadas

Medidas de Prevenção
 Utilizar um elevador (monta – pratos) para transportar a comida entre os vários pisos
 Colocar pelo menos um corrimão nas escadarias
 Colocar piso anti – derrapante nos degraus das escadarias
 Construir escadarias com a inclinação correcta
 Manter as escadas em bom estado de conservação, secas e limpas, evitando colocar
acessórios decorativos que possam promover as quedas (passadeiras, tapetes, etc.)
 Proporcionar níveis de iluminação adequados
 Utilizar escadas ou escadotes com uma altura adequada aos níveis que necessitam de
ser alcançados
 Manter as escadas (fixas ou portáteis) e os escadotes em bom estado de conservação
e com os degraus limpos de gorduras e sujidades
Risco de Quedas ao Mesmo Nível
As principais situações que podem provocar a queda dos trabalhadores são:

 Tropeçar: cabos ou objectos colocados nas zonas de circulação


 Escorregar: pavimento sujo (com água, gordura, etc.)
 Utilização de calçado desadequado

Medidas de Prevenção
 Desimpedir as zonas de circulação e acondicionar os cabos eléctricos que se
encontrem soltos através da colocação de calhas
 Limpar de imediato todos os derrames com material apropriado (ter especial atenção
aos derrames de gorduras, utilizando detergentes apropriados para a sua limpeza)
 Sinalizar as zonas do pavimento que se encontrem húmidas com a informação de "Piso
húmido. Risco de queda"
 Sinalizar os pequenos desníveis que existam nas zonas de circulação
 Proporcionar níveis de iluminação adequados
 Não transportar bandejas demasiado preenchidas ou outros objectos que possam
diminuir a visibilidade
 Manter as zonas de circulação em bom estado de conservação; reparar todos os
defeitos do pavimento (elementos soltos, danificados ou irregulares) e, enquanto tal
não acontecer, sinalizá-los com sinais de perigo de queda
 Utilizar calçado adequado (fechado, confortável e com solas antiderrapantes)

Risco Associado a Factores Psicossociais


A indústria da restauração, pela inconstância da cadência de trabalho, expõe diariamente
os trabalhadores, nomeadamente os empregados de mesa e de balcão, a situações de
stresse.

Medidas de Prevenção
 Distribuir tarefas e competências de forma clara e inequívoca
 Planear antecipadamente os trabalhos da jornada entrando em consideração com
eventuais imprevistos
 Respeitar os turnos de trabalho e estabelecer pausas e descansos
 Reforçar os turnos onde haja uma maior afluência de clientes
 Dispor de meios e equipamentos de trabalho adequados
 Prever e planear o trabalho extra
 Recompensar o trabalho quando é bem realizado
 Harmonizar e delegar inequivocamente as responsabilidades e a autoridade
 Distribuir adequadamente as férias
 Não prolongar em excesso a jornada de trabalho habitual, compensando o tempo
extra de trabalho com descanso adicional
 Considerar todas as queixas e reclamações provenientes dos trabalhadores
 Seleccionar trabalhadores com habilitações adequadas e colocá-los em tarefas
condizentes com as suas aptidões profissionais
 Promover um ambiente seguro, onde predomine um sentimento de tolerância e
justiça

Risco de Contacto com Superfícies a


Temperaturas Extremas
Os trabalhadores estão expostos a este risco quando transportam ou estão em contacto
com alimentos cozinhados a quente (ex.: sopa), gelo ou líquidos quentes (ex.: chá)

Medidas de Prevenção
 Ter especial cuidado no transporte de alimentos ou recipientes quentes, optando
preferencialmente pelo transporte em carros ou tabuleiros
 Os empregados que servem os alimentos quentes não devem encher em excesso os
pratos e os copos
 Ao servir alimentos líquidos quentes (ex.: sopa) deve haver o cuidado de evitar salpicos
 Os empregados que transportam cafeteiras ou bules para as mesas devem proteger-se
com luvas ou com um guardanapo
 Não transportar alimentos gelados com as mãos; utilizar um prato ou recipiente
semelhante
 Não pegar em gelo com as mãos; utilizar um utensílio adequado (pinça para gelo)
Risco de Corte
As situações de perigo que podem originar a ocorrência de cortes nos trabalhadores são:

 Manuseio de utensílios cortantes ou pontiagudos: facas, garfos, etc.


 Manuseio de objectos de vidro danificados: partidos, lascados, etc.

Medidas de Prevenção
 Nunca tentar apanhar uma faca ou qualquer outro utensílio cortante em queda livre
 Nunca usar facas para outras finalidades (ex.: como abre – latas)

 Transportar os utensílios cortantes e pontiagudos, por exemplo, embrulhados num


guardanapo, evitando o contacto directo das mãos com os mesmos
 Rejeitar objectos de vidro em mau estado; se houver necessidade de eliminar vidros
partidos (ex.: aquando da ocorrência da quebra de um copo) não agarrar nos pedaços
de vidro directamente com as mãos; utilizar utensílios de recolha adequados (ex.:
vassoura e pá) ou apanhá-los com papel, um pano, etc.

Risco de Queda de Objectos


A queda de objectos pode ocorrer nas seguintes situações:

 Ao servir os clientes
 Ao transportar os pedidos dos clientes: comida e bebidas
 Ao transportar os diversos utensílios para montar a mesa

Medidas de Prevenção
 Utilizar um carrinho de transporte para deslocar os pedidos dos clientes da cozinha
para a mesa e para deslocar a louça e talheres (ao recolher a mesa e ao pôr a mesa)
 Colocar rodapés em escadas abertas lateralmente
 Não transportar bandejas demasiado pesadas ou em equilíbrio instável
 Utilizar preferencialmente bandejas com uma superfície lisa e aderente (no topo e na
base) (evita que escorregue das mãos e que os objectos nela colocados se desloquem
livremente)
 Não empilhar a loiça de forma instável nem em altura (por exemplo, os pratos e os
copos)
Risco de Incêndio
A ocorrência de incêndios nas salas de refeições está directamente ligada com a
existência de elementos decorativos com chama (ex.: velas) nas mesas ou mesmo no
ambiente comum e com a confecção de alimentos na mesa de refeição (ex.: flambés.
fondue, etc.)

Medidas de Prevenção
 Não colocar elementos decorativos que possuam chamas perto de materiais
facilmente inflamáveis (cortinas, flores secas, etc.)
 Colocar estes elementos no interior de objectos de vidro ou semelhante (de forma a
isolar a chama)
 Não colocar estes elementos em zonas de passagem ou em cima de suportes instáveis
 Quando os alimentos são cozinhados total ou parcialmente nas salas de refeição deve-
se:

o Evitar colocá-los perto de elementos facilmente inflamáveis
o Cozinhá-los sobre elementos incombustíveis ou dificilmente combustíveis (ex.:
lâmina de mármore, superfícies metálicas, etc.)
o Utilizar combustíveis sólidos (por exemplo, para aquecer o recipiente do
fondue)
o Isolar adequadamente a base dos recipientes que atinjam temperaturas
elevadas (não os colocar directamente sobre a toalha da mesa ou tampos de
madeira, plástico, etc.)
 Disponibilizar extintores em quantidade suficiente e adequados à classe de fogo
predominante do local
 Formar todos os empregados de mesa na utilização de um extintor
 Disponibilizar nas salas de refeição detectores de incêndio adequados às
características dos locais

Risco de Exposição ao Ruído


Os ambientes em que os empregados de mesas se encontram são, geralmente bastante
ruidosos. Este ruído deve-se, basicamente, a dois factores:
 Existência de máquinas ruidosas: moinho do café, picador de gelo, etc.
 Presença de muitas pessoas a falar ao mesmo tempo, música ambiente, actuação de
grupos musicais, etc.

Medidas de Prevenção
 Promover a rotatividade dos trabalhadores que se encontram em ambientes ruidosos
ou que trabalham constantemente com máquinas ruidosas
 Estabelecer pausas periódicas em locais mais silenciosos
 Colocar as máquinas mais ruidosas em locais isolados

Lavagem, Limpeza e Desinfecção


Vários riscos associados a estas tarefas, situações perigosas e respectivas
medidas de prevenção

Vários riscos associados a estas tarefas, situações perigosas e respectivas


medidas de prevenção

Limpeza e Desinfecção das Instalações e Equipamentos


 Risco de Quedas ao Mesmo Nível
 Risco de Contacto com Superfícies a Temperaturas Extremas
 Risco de Contacto com Substâncias Perigosas
 Riscos Ergonómicos
 Riscos Eléctricos
 Riscos Térmicos
 Risco de Corte
 Risco de Exposição ao Ruído
 Riscos Biológicos

Lavagem da Loiça e Utensílios de Cozinha


 Riscos Ergonómicos
 Risco de Corte
 Risco de Contacto com Substâncias Perigosas
 Risco de Quedas ao Mesmo Nível
 Riscos Biológicos

 Risco de Queda de Objectos


 Risco de Contacto com Superfícies ou Substâncias a Temperaturas Extremas

Lavagem de Roupa de Trabalho, Toalhas, Guardanapos, etc.


 Riscos Biológicos
 Riscos Ergonómicos
 Risco de Contacto com Substâncias Perigosas
 Risco de Quedas ao Mesmo Nível

Engomar Roupa
 Risco Térmico (Stress Térmico)
 Riscos Ergonómicos
 Risco de Queda ao Mesmo Nível
 Risco de Contacto com Superfícies a Temperaturas Extremas
 Riscos Eléctricos

Limpeza e Desinfecção das Instalações e


Equipamentos

Risco de Quedas ao Mesmo Nível

As principais situações que expõem os trabalhadores a este risco são:

 Tropeçar: cabos ou objectos colocados nas zonas de circulação


 Escorregar: pavimento sujo (com água, gordura, etc.)
 Calçado desadequado

Medidas de Prevenção
 Limpar derrames de óleos e gorduras com detergentes desengordurantes
 Sempre que ocorra um derrame ou o piso esteja molhado, limpar de imediato
 Em pavimentos recém lavados ou que se encontrem húmidos deve existir um sinal de
aviso com a indicação de “Pavimento molhado – Risco de Queda”
 Desobstruir as zonas de circulação e manter os locais de trabalho livres de obstáculos
 Proteger todos os cabos soltos através da colocação de calhas
 Sinalizar todos os obstáculos que não possam ser eliminados e manter níveis de
iluminação adequados
 Reparar as zonas do pavimento que se encontrem danificadas
 Não utilizar roupas demasiado largas ou compridas (calças, saias, aventais, etc.);
utilizar roupa de trabalho adequada
 Utilizar calçado adequado (confortável, com sola antiderrapante, saltos baixos e que
não saiam facilmente dos pés)
Risco de Contacto com Superfícies a Temperaturas Extremas

A principal situação que pode colocar os trabalhadores em risco é a limpeza de


equipamentos e máquinas a temperaturas elevadas.

Medidas de Prevenção
 Limpar equipamentos e utensílios somente quando estes estejam frios
 Antes de proceder à limpeza de equipamentos como grelhas, fornos, etc., certificar-se
que não se encontram quentes
 Manusear equipamentos que se encontrem quentes com luvas próprias (com
isolamento térmico)
 Utilizar vestuário de trabalho adequado (calças, camisolas em algodão com mangas
compridas ou manguitos)

Risco de Contacto com Substâncias Perigosas

As situações que expõem os trabalhadores a este risco surgem aquando do contacto


com:

 Produtos de limpeza
 Substâncias corrosivas e tóxicas (ex.: Amoníaco, soluções cloradas, substâncias
alcalinas, etc.)
 Fluidos de refrigeração (provenientes dos frigoríficos)

Medidas de Prevenção
 Utilizar sempre as substâncias e produtos químicos que sejam menos perigosos
(dentro dos que têm as mesmas propriedades)
 Respeitar as instruções de utilização dos produtos e seguir as medidas de segurança
constantes nas fichas de segurança dos mesmos (as fichas de segurança devem
sempre ser adquiridas juntamente com o produto)
 Preparar os produtos respeitando as doses recomendadas pelo fabricante
 Não misturar produtos diferentes ou incompatíveis mesmo que sejam para o mesmo
fim (excepto quando existam instruções do fabricante em contrário) (podem ser
libertados vapores nocivos)
 Ao fazer diluições com água, verter o produto sobre a água (principalmente ácidos e
bases) e nunca o inverso
 Manipular os produtos químicos em locais arejados (com ventilação natural ou
artificial)
 Não utilizar objectos cortantes ou pontiagudos na limpeza / descongelação de
equipamentos de congelação (podem danificar as tubagens que transportam o líquido
de refrigeração)
 Minimizar o contacto com produtos químicos através da instalação de distribuidores
automáticos de detergente
 Manter as embalagens dos produtos químicos em bom estado de conservação, com o
rótulo original e tapadas (não furar as tampas originais nem substitui-las)
 Rotular correctamente (de acordo com as informações constantes nas fichas de
segurança dos produtos) todos os recipientes utilizados para aplicar produtos de
limpeza
 Evitar o contacto das substâncias químicas com a pele através da utilização de luvas de
protecção e utensílios para mexer as preparações
 Após a remoção das luvas de protecção, lavar as mãos com sabão não irritante, passar
por água abundante e secar
 Formar e informar todos os trabalhadores acerca dos efeitos tóxicos dos produtos que
manuseiam e das medidas a seguir para evitar o contacto com os mesmos
 Utilizar os EPI´s adequados a cada produto (luvas de protecção, aventais, óculos de
protecção e/ou protecção respiratória sempre que seja necessário)

Riscos Ergonómicos

O desrespeito pelos princípios ergonómicos é originado, principalmente,


pela adopção de posturas incorrectas (decorrente dos métodos de
trabalho) e pelo transporte manual de cargas exigido pelas tarefas
desempenhadas.

Medidas de Prevenção
 Reduzir o esforço necessário durante o trabalho:

o Usar baldes do lixo com rodas e pega (facilita a movimentação e diminui o
esforço)


o Utilizar baldes ou recipientes com rodas em situações em que é necessário
transportá-los com líquidos de limpeza (ex.: ao limpar o pavimento)

Imagem: Balde dotado de rodas

 Utilizar utensílios de limpeza devidamente dimensionados (evitar esfregonas,


vassouras, etc., com cabos pequenos que obriguem a posturas curvas)
 Utilizar apanhadores dotados de cabo (evita posturas incorrectas e o baixar constante
para apanhar o lixo)
 Utilizar preferencialmente máquinas para remover resíduos, sujidade, encerar, etc.
(ex.: substituir a utilização da vassoura por aspiradores, utilizar máquinas para encerar
o pavimento, limpar com o auxílio de máquinas a vapor, etc.)
 Para alcançar locais altos utilizar escadas ou utensílios de limpeza com cabos
telescópicos
 Não transportar cargas muito elevadas de uma só vez; optar por fazer mais
deslocações e transportar pequenas quantidades de cada vez
 Adoptar posturas de trabalho correctas e seguir as regras de boas práticas para uma
correcta movimentação manual de cargas

Riscos Eléctricos

As situações perigosas surgem quando se limpam máquinas e equipamentos eléctricos


ou quando se utilizam equipamentos eléctricos no desempenho das tarefas. As
principais situações de perigo são:

 Equipamentos eléctricos com defeito


 Fios eléctricos, tomadas ou fichas em mau estado
 Processos de limpeza húmidos
 Práticas de trabalho inseguras
Medidas de Prevenção
 Antes de se proceder à limpeza ou manutenção de máquinas ou equipamentos
eléctricos assegurar-se que se encontram desligados da corrente eléctrica
 Manter todos os equipamentos, utilizados nas tarefas de limpeza, ligados à terra
 Não utilizar equipamentos eléctricos em locais onde exista muita humidade, em zonas
molhadas ou perto de pontos de água
 Nunca aspirar um pavimento molhado (excepto se o equipamento utilizado for
especialmente concebido para tal)
 Não manusear equipamentos eléctricos ligados à corrente (nem estabelecer ligações
eléctricas) com as mãos ou qualquer outra parte do corpo húmida ou molhada, ou
sobre piso húmido ou molhado
 Não sobrecarregar as tomadas ou extensões eléctricas com muitas ligações em
simultâneo
 Nunca utilizar fios, tomadas ou fichas eléctricas danificadas
 Nunca utilizar equipamentos eléctricos com defeito ou em mau estado de conservação
 Adquirir sempre equipamentos eléctricos que possuam marcação CE
 Nunca remover uma ficha da tomada em que se encontra ligada puxando pelo fio
eléctrico
 Sinalizar devidamente todos os quadros eléctricos (estes devem estar equipados com
dispositivos de corte automático devidamente dimensionados: disjuntores ou fusíveis)
 Formar e informar todos os trabalhadores acerca das situações de perigo a que estão
expostos, alertando-os para as consequências de um acidente de origem eléctrica e a
forma de actuação para os evitar

Riscos Térmicos

A exposição a temperaturas baixas ocorre aquando da limpeza das câmaras frigoríficas.

Medidas de Prevenção
 Nos equipamentos de frio onde possam permanecer trabalhadores devem-se orientar
os difusores de modo a que o ar não incida directamente nas pessoas
 Iniciar a limpeza das câmaras frigoríficas somente quando a temperatura estiver perto
da temperatura ambiente
 Não pegar e transportar gelo directamente com as mãos; utilizar utensílios para esse
efeito (ex.: pá e balde)
 Quando houver a necessidade de permanecer no interior de câmaras frigoríficas
durante longos períodos de tempo, estabelecer pausas para recuperar, em locais mais
quentes, e ingerir periodicamente líquidos quentes (evitar ingerir café)
 Sempre que necessário utilizar vestuário apropriado para o frio (casacos térmicos,
isolantes do frio e corta vento) (ex.: permanecer no interior de uma câmara frigorífica)
 Utilizar luvas adequadas (térmicas) quando se manuseiam produtos congelados ou
gelo

Risco de Corte

Os cortes podem ocorrer quando se elimina o lixo que se encontra nos recipientes, pois
podem existir objectos cortantes no seu interior (ex.: vidros partidos, tampas de latas,
etc.) ou quando se eliminam objectos partidos.

Medidas de Prevenção
 Não comprimir os sacos do lixo (podem conter objectos cortantes no seu interior)
 Para fazer o transvaze de lixo que se encontre em recipientes sem saco, não pegar no
lixo com as mãos (utilizar luvas e despejar directamente o recipiente do lixo para um
saco próprio)
 Eliminar vidros partidos com o auxílio de utensílios adequados (ex.: pá e vassoura) ou
pegar nos vidros com um papel (nunca directamente com as mãos)

Risco de Exposição ao Ruído

O ruído é provocado pelos equipamentos de limpeza, nomeadamente aspiradores,


máquinas de vapor, enceradoras, etc.

Medidas de Prevenção
 Ao adquirir equipamentos de limpeza, optar pelos que possuem uma menor potência
sonora
 Efectuar uma manutenção adequada dos equipamentos
 Intervalar os trabalhos ruidosos com outros mais silenciosos
 Estabelecer a rotatividade dos postos de trabalho
 Disponibilizar protectores auriculares devidamente dimensionados (esta medida deve
ser sempre encarada como sendo de carácter provisório, até que sejam
implementadas outras medidas de prevenção)
Riscos Biológicos

A exposição dos trabalhadores a microrganismos patogénicos pode ocorrer quando são


manuseados os recipientes do lixo e quando limpam ou higienizam as instalações
sanitárias.

Medidas de Prevenção
 Manusear com especial cuidado os recipientes do lixo
 Utilizar sempre luvas de protecção ao manusear os sacos que contenham lixo
 Desinfectar as mãos após o contacto com os recipientes do lixo ou após limpar ou
desinfectar instalações sanitárias
 Desinfectar os baldes do lixo periodicamente
 Não comer, beber ou fumar enquanto se desempenham estas tarefas e sem
desinfectar adequadamente as mãos
 Formar e informar todos os trabalhadores dos perigos a que estão expostos e das
medidas que devem adoptar para os evitar

Lavagem da Loiça e Utensílios de


Cozinha
Riscos Ergonómicos

O desrespeito pelos princípios ergonómicos está presente quando os trabalhadores estão


sujeitos às seguintes situações:

 Movimentação manual de cargas


 Posturas de trabalho incorrectas
 Esforços repetitivos

Medidas de Prevenção
 Reduzir o esforço no trabalho através da colocação de torneiras extensíveis no lava–
loiça

Imagem: Lava-loiça equipado com torneira extensível

 Nos lava-loiça que possuam pias muito fundas, deve-se colocar um recipiente que
eleve o fundo, de forma a evitar posturas incorrectas
Imagem: Lava-loiça com o fundo elevado

 Dotar os locais de trabalho onde seja necessário permanecer em pé durante longos


períodos de tempo com tapetes anti-fadiga
 Utilizar carros próprios para transportar a loiça (lavada e suja)
 Promover a rotatividade dos trabalhadores que desempenham tarefas muito estáticas
e repetitivas ou que movimentem constantemente cargas
 Utilizar calçado confortável, de preferência com palmilhas de descanso
 Respeitar as regras de boas práticas para um correcto manuseio de cargas, evitar a
adopção de posturas de trabalho incorrectas e reduzir os esforços repetitivos
Risco de Corte

As situações que podem originar este risco são:


 Manuseio de utensílios de cozinha (facas, lâminas de corte, etc.)
 Manuseio de recipientes partidos

Medidas de Prevenção
 Colocar as facas sujas num recipiente à parte e devidamente identificado (nunca
colocar junto de outros utensílios ou loiça sujos)
 Lavar separadamente todos os utensílios cortantes (de preferência na máquina de
lavar a loiça) (colocar as facas no cesto dos talheres com a lâmina voltada para baixo)
 Manusear com especial cuidado todos os utensílios cortantes, utilizando luvas
adequadas (sempre que se revele necessário)
 Colocar as facas lavadas em suportes próprios, evitando a sua permanência no
escorredor
 Recolher os recipientes de vidro partidos com utensílios de limpeza adequados:
vassoura e pá; os recipientes partidos devem ser eliminados envolvidos em papel ou
material similar de forma a evitar o contacto com as mãos

Risco de Contacto com Substâncias Perigosas

O manuseio de produtos de limpeza e detergentes é a principal situação que expõe os


trabalhadores a este risco.

Medidas de Prevenção
 Utilizar máquinas de lavar a loiça com dispensadores automáticos de detergente (evita
o constante manuseio destes produtos)
 Utilizar sempre as substâncias e produtos químicos que sejam menos perigosos
(dentro dos que têm as mesmas propriedades)
 Respeitar as instruções de utilização dos produtos e seguir as medidas de segurança
constantes nas fichas de segurança dos mesmos (as fichas de segurança devem
sempre ser adquiridas juntamente com o produto)
 Preparar os produtos respeitando as doses recomendadas pelo fabricante
 Manter as embalagens dos produtos químicos em bom estado de conservação, com o
rótulo original e tapadas (não furar as tampas originais nem substitui-las)
 Quando houver a necessidade de utilizar produtos que libertam vapores tóxicos, deve-
se fazê-lo num local arejado, respeitando as instruções do fabricante e utilizando
protecção respiratória (sempre que seja necessário)
 Evitar o contacto das substâncias químicas com a pele através da utilização de luvas de
protecção
 Após a remoção das luvas de protecção, lavar as mãos com sabão não irritante, passar
por água abundante e secar
 Formar e informar todos os trabalhadores acerca dos efeitos tóxicos dos produtos que
manuseiam e das medidas a seguir para evitar o contacto com os mesmos

Risco de Quedas ao Mesmo Nível

As principais situações que podem originar a queda de pessoa são:

 Escorregar: Pavimento molhado / húmido, com gordura

 Tropeçar: objectos colocados nas zonas de circulação / trabalho


 Calçado desadequado

Medidas de Prevenção
 Equipar a cozinha e a copa com pavimentos antiderrapantes e ralos para o
escoamento de águas residuais

Imagem: Pavimento com piso antiderrapante e ralos de escoamento

 Colocar tapetes antiderrapantes nas zonas de lavagem de loiça ou onde o pavimento


se encontre frequentemente húmido ou molhado e não seja antiderrapante
 Limpar derrames de óleos e gorduras com detergentes desengordurantes
 Sempre que ocorra um derrame ou o piso esteja molhado, limpar de imediato
 Em pavimentos recém lavados ou que se encontrem húmidos deve existir um sinal de
aviso com a indicação de “Pavimento molhado – Risco de Queda”
 Desobstruir as zonas de circulação e manter os locais de trabalho livres de obstáculos
 Sinalizar todos os obstáculos que não possam ser eliminados e manter níveis de
iluminação adequados
 Reparar as zonas do pavimento que se encontrem danificadas
 Não utilizar roupas demasiado largas ou compridas (calças, saias, aventais, etc.);
utilizar roupa de trabalho adequada
 Utilizar calçado adequado (confortável, com sola antiderrapante, saltos baixos e que
não saiam facilmente dos pés)

Riscos Biológicos

A manipulação de loiça suja é a principal situação que expõe os trabalhadores a este


risco, uma vez que a loiça pode estar contaminada com microrganismos patogénicos
provenientes das pessoas que a utilizaram.

Medidas de Prevenção
 Manusear com especial cuidado toda a loiça (evitar o contacto através da utilização de
luvas)
 Desinfectar periodicamente as mãos (para tal devem existir pontos de lavagem das
mãos em locais convenientes)
 Em locais onde haja uma elevada probabilidade de existirem pessoas contaminadas
(ex.: em cantinas de hospitais) deve-se utilizar loiça e talheres descartáveis
 Formar e informar todos os trabalhadores dos perigos a que estão expostos e das
medidas que devem adoptar para os evitar

Risco de Queda de Objectos

O empilhamento instável é a principal situação perigosa quando se está a


proceder à lavagem da loiça.

Medidas de Prevenção
 Não empilhar loiça e utensílios de cozinha no escorredor e colocá-los de forma estável
Imagem: Empilhamento de loiça no escorredor

 Colocar a loiça nos armários à medida que vai sendo lavada


 Não transportar muitos objectos em simultâneo e em equilíbrio instável

Risco de Contacto com Superfícies ou Substâncias a Temperaturas


Extremas
As situações que expõem os trabalhadores a este risco são:

 Presença de vapor proveniente de máquinas de lavar a loiça


 Manuseio de loiça / utensílios quentes
 Água demasiado quente: lavagem manual
 Alimentação manual de máquinas de lavar a loiça contínuas
 Manuseio de líquidos quentes: óleos, água, etc.

Medidas de Prevenção
 Não abrir as máquinas de lavar a loiça assim que termina o programa de lavagem
(evita a exposição ao vapor que se encontra no seu interior)
 Esperar que a loiça e os utensílios arrefeçam antes de se manusearem; na necessidade
de os retirar de imediato da máquina, utilizar luvas de protecção
 Utilizar luvas apropriadas para lavar a loiça manualmente (luvas que proporcionem
algum isolamento térmico)
 Para regular a temperatura da água quente abrir primeiro a torneira da água fria e só
depois a da água quente; temperar a água fechando a torneira da água fria até atingir
a temperatura desejada
 Proteger a entrada e saída das máquinas de lavar a loiça de alimentação contínua, de
forma a evitar o contacto com a água a temperaturas elevadas e também a saída do
vapor

Imagem: Máquina de lavar a loiça de alimentação contínua com fitas de protecção (são
colocadas na entrada e saída da máquina)

 Eliminar óleos, líquidos ou outros produtos somente quando estes se encontrem frios,
e só depois proceder à lavagem dos seus recipientes
Lavagem de Roupa de Trabalho,
Toalhas, Guardanapos, etc.

Riscos Biológicos

O contacto com microrganismos patogénicos pode ocorrer quando são manuseadas


peças de roupa contaminadas provenientes, por exemplo, da utilização por parte de uma
pessoa doente. Os microrganismos patogénicos também se podem desenvolver na roupa
após algum alimento ter estado em contacto com a mesma.

Medidas de Prevenção
 Manusear com especial cuidado toda a roupa (tratar todas as peças como se
estivessem contaminadas)
 Utilizar sempre luvas de protecção ao manusear a roupa suja
 A roupa que apresente fluidos corporais (ex.: sangue) deve ser separada da restante e
ser lavada à parte)
 Formar e informar todos os trabalhadores dos perigos a que estão expostos e das
medidas que devem adoptar para os evitar

Riscos Ergonómicos

As principais situações que desrespeitam os princípios ergonómicos são:

 Transporte manual de cargas


 Adopção de posturas incorrectas

Medidas de Prevenção
 Utilizar carros com rodas para transportar a roupa (manter as rodas em bom estado de
conservação e lubrificadas)

o os carros devem possuir uma cesto que se encontre ao nível da cintura (os
carros normalmente utilizados no transporte de roupa apresentam riscos
ergonómicos adicionais, como se pode observar na figura que se segue)

Imagem: Carro comummente utilizado para transportar roupa suja (para retirar a
roupa do carro há um esforço ao nível da coluna)

 Não colocar a roupa no chão se for apenas temporariamente; colocá-la directamente


num carro de transporte adequado

Imagem: Ao colocar-se temporariamente a roupa no chão acrescem-se os esforços repetitivos e


muitas vezes são adoptadas posturas incorrectas
 Não transportar carga em demasia; transportar pequenas quantidades de roupa
(aumentar o número de viagens em alternativa a uma carga excessiva)
 Colocar o tambor da máquina de lavar a roupa a uma altura tal que permita a sua
utilização numa posição adequada

Imagem: Máquina de lavar a roupa com o tambor a uma altura adequada (utilização
de um cesto adequado ao transporte da roupa)

 Respeitar as regras para a movimentação manual de cargas e adoptar posturas de


trabalho correctas

Risco de Contacto com Substâncias Perigosas

O contacto com substâncias perigosas por vezes ocorre quando são manuseados
determinados produtos químicos (ex.: lixívias).

Medidas de Prevenção
 Utilizar sempre as substâncias e produtos químicos que sejam menos perigosos
(dentro dos que têm as mesmas propriedades)
 Respeitar as instruções de utilização dos produtos e seguir as medidas de segurança
constantes nas fichas de segurança dos mesmos (as fichas de segurança devem
sempre ser adquiridas juntamente com o produto)
 Preparar os produtos respeitando as doses recomendadas pelo fabricante
 Não misturar produtos diferentes ou incompatíveis mesmo que sejam para o mesmo
fim (excepto quando existam instruções do fabricante em contrário) (podem ser
libertados vapores nocivos)
 Ao fazer diluições com água, verter o produto sobre a água e nunca o inverso
 Manipular os produtos químicos em locais arejados (com ventilação natural ou
artificial)

 Manter as embalagens dos produtos químicos em bom estado de conservação, com o


rótulo original e tapadas (não furar as tampas originais nem substitui-las)
 Evitar o contacto das substâncias químicas com a pele através da utilização de luvas de
protecção e utensílios para mexer as preparações
 Após a remoção das luvas de protecção, lavar as mãos com sabão não irritante, passar
por água abundante e secar
 Formar e informar todos os trabalhadores acerca dos efeitos tóxicos dos produtos que
manuseiam e das medidas a seguir para evitar o contacto com os mesmos
 Utilizar os EPI´s adequados a cada produto (luvas de protecção, aventais, óculos de
protecção e/ou protecção respiratória sempre que seja necessário)

Risco de Quedas ao Mesmo Nível

As principais situações que podem originar quedas são:


 Escorregar: pavimento molhado, derrames de detergentes
 Calçado desadequado
 Tropeçar: objectos, roupa

Medidas de Prevenção
 Dotar os locais onde é efectuada a lavagem da roupa com um piso antiderrapante
 Limpar todos os derrames imediatamente após a sua ocorrência
 Nas zonas húmidas ou que se encontrem frequentemente molhadas devem ser
colocados tapetes antiderrapantes
 O local de trabalho deve ser mantido organizado e livre de objectos nas zonas de
circulação
 Colocar a roupa suja em locais próprios, nunca permitindo que se encontre espalhada
pelo chão
 Reparar as zonas do pavimento que se encontrem danificadas
 Sinalizar todos os obstáculos e desníveis que o pavimento apresente e que não possam
ser eliminados
 Utilizar calçado adequado (de preferência fechado, de forma a evitar que saia do pé)

Engomar Roupa
Risco Térmico (Stress Térmico)

O aquecimento do ambiente de trabalho é originado pelas seguintes situações:

 Vapor de água libertado durante o trabalho


 Utilização de equipamentos que provocam o aquecimento ambiente

Medidas de Prevenção
 Instalar sistemas de climatização ambiente (nomeadamente, ventilação localizada nos
locais onde existe maior produção de calor)
 Disponibilizar aos trabalhadores água potável em quantidade suficiente
 Sempre que possível fazer pausas regularmente em locais frescos
 Promover a rotatividade dos trabalhadores, colocando-os a desempenhar tarefas em
locais mais frescos
 Utilizar vestuário de trabalho adequado (em fibra de algodão)

Riscos Ergonómicos

As principais situações que provocam o desrespeito pelos princípios


ergonómicos são:
 Posturas estáticas: elevado tempo de permanência em pé e parado(a)
 Movimentos repetitivos
 Posturas incorrectas

Medidas de Prevenção
 Sempre que possível, efectuar algumas tarefas sentado (podem ser utilizados bancos
altos que permitam alterar a posição de pé e sentado)
 Promover a rotatividade dos trabalhadores que realizem tarefas monótonas ou
repetitivas

 Colocar tapetes anti-fadiga nos locais onde os trabalhadores permaneçam longos


períodos de tempo em pé
 Utilizar calçado confortável de preferência com palmilhas de descanso
 Seguir as regras de boas práticas ergonómicas no sentido de se adoptarem posturas de
trabalho correctas e minimizar os esforços repetitivos
Risco de Queda ao Mesmo Nível

As quedas podem ser originadas pelas seguintes situações:


 Tropeçar: cabos eléctricos ou outros objectos que se encontrem na zona de trabalho
 Calçado desadequado
 Pavimento húmido, devido ao vapor libertado

Medidas de Prevenção
 Proteger e prender todos os fios eléctricos, por exemplo, através da colocação de
calhas ou utilizando suportes altos que possuam as tomadas (os fios eléctricos ficam
ligados numa zona elevada)
 Colocar tapetes antiderrapantes em pavimentos que tenham tendência a ficar
húmidos
 Limpar de imediato todos os derrames
 Reparar as zonas do pavimento que se encontrem danificadas
 Sinalizar todos os obstáculos e desníveis que o pavimento apresente e que não possam
ser eliminados
 Utilizar calçado de trabalho com sola antiderrapante

Risco de Contacto com Superfícies/Substâncias a Temperaturas


Extremas

O manuseio de ferros de engomar é a principal situação de perigo, uma vez que estes
equipamentos atingem temperaturas bastante elevadas.
Medidas de Prevenção
 Adquirir equipamentos com dispositivos de segurança integrados (por exemplo,
sensores que desliguem o equipamento passado algum tempo de não utilização do
mesmo)
 Estabelecer procedimentos de trabalho seguros:

 Ao manusear o ferro de engomar, nunca o pousar em cima da tábua, mas sim no


suporte que lhe está destinado
 Desligar o ferro de engomar assim que se termine a tarefa

 Guardar o ferro de engomar num local seguro, de forma a evitar o contacto acidental
enquanto se encontrar quente
 Não retirar a água do ferro de engomar accionando o botão de saída de vapor
 Ter especial atenção com a libertação do vapor, principalmente se se encontrarem
pessoas por perto

Riscos Eléctricos

Os acidentes de origem eléctrica podem ser ocasionados por diversas


situações, nomeadamente:
 Defeitos ou avarias em equipamentos eléctricos (tomadas, fios, etc.)
 Sobrecargas e curto-circuitos
 Contacto com partes activas

Medidas de Prevenção
 Adquirir sempre equipamentos eléctricos com marcação CE
 Antes de se iniciar o trabalho deve-se fazer uma inspecção visual às instalações e
equipamentos eléctricos
 Não devem ser utilizados cabos, fichas ou tomadas em mau estado de conservação
 Não devem ser feitas múltiplas ligações numa única tomada
 Todas as tomadas devem ser estanques e possuir tampa (principalmente as que se
encontram nos ambientes mais húmidos)
Imagem: Tomada estanque dotada de tampa

 Os equipamentos que não se encontrem em boas condições de funcionamento ou


avariados devem ser sinalizados e retirados de funcionamento
 Não manusear elementos eléctricos ligados à corrente com as mãos húmidas ou
molhadas
 Aquando da avaria de equipamentos eléctricos, desligá-los da corrente e retirá-los de
uso para reparação por técnicos especializados (nunca tentar reparar os equipamentos
por iniciativa própria)
 Manter sempre todos os equipamentos eléctricos ligados à terra
 Dotar os quadros eléctricos de dispositivos de segurança adequados (disjuntores ou
fusíveis, correctamente dimensionados)
 Sinalizar todos os quadros eléctricos

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