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História dos Raios Catódicos

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Raios Catódicos

Raios Catódicos
Os raios catódicos são gerados em ampolas de vácuo (ou quase) e consistem num feixe de eletrões, muito
fino, que vão de um cátodo negativo para um ânodo dotado de uma tensão positiva relativamente ao
cátodo.

História dos Raios Catódicos

As primeiras experiências de descargas elétricas feitas no vácuo (ou quase) foram feitas pelo alemão
Heinrich Geissler (1814-1879), especialista em vácuo e vidro.

Em 1838, estas experiências chamaram a atenção de Michael


Faraday (1791-1867) que para as desenvolver criou o dispositivo
designado por Faraday Electric Egg, uma ampola de vidro em forma
de ovo dotada de dois elétrodos. Faraday procurava estudar a
relação entre a condução num gaz e a pressão a que este se
encontrava dentro da ampola. Faraday obtinha uma pequena luz
proveniente da descarga elétrica no gaz e verificou a existência de
uma secção escura no tubo, hoje chamada de Faraday “Dark Space”.

A dependência do espetro emitido nesta ampola com o tipo de


elétrodos e o gaz, viria a ser muito importante na espetrometria que
permite caracterizar materiais a partir da luz emitida. Em 1991, o
Ovo de Faraday viria a ser o motivo de um selo de correio da Gã
Bretanha para comemorar os 200 anos do nascimento de Faraday.

Em 1857, o físico alemão Heinrich Geissler (1814-1879), construiu tubos com gaz residual no seu interior
dotados de elétrodos de fio de platina (ânodo e cátodo) que quando era aplicada uma tensão positiva entre
ânodo e cátodo (cátodo frio) geravam luz a partir do gaz ionizado. As tensões elevadas foram geradas a
partir das Bobinas de Ruhmkorff (1803-1877), uma invenção recente (1850).

Com campos elétricos baixos, a luminosidade obtida pelo gaz


ionizado, designado por plasma, ocorre em diferentes regiões do
tubo, segmentando-se em espaços brilhantes e escuros. Com
campos elétricos mais elevados todo o interior do tubo fica
ionizado, mas não há grande movimento de cargas elétricas devido
à colisão destas com os átomos /moléculas do gaz. Esta situação
ocorre em muitas das lâmpadas de ionização usadas
correntemente em reclamos luminosos (néon e outros).
Basicamente, nesta situação, não há raios catódicos.

Com tensões muito elevadas e com cátodos frios o gaz ioniza mas
é possível verificar que existe um feixe de partículas a mover-se
em linha reta, como provaram Julius Plucker (1801-1868), em
1858, que trabalhava com Geissler, e Jonatham Hittorf (1924-
1914). Plucker, em 1858, mostrou como um campo magnético O selo de 1991 (UK).

interage com um plasma, provocando o seu deslocamento.

Museu Faraday, Moisés Piedade, janeiro de 2023 1


Raios Catódicos

A experiência mais ilustrativa consiste na colocação de objetos metálicos dentro do tubo e verificar que
estes produzem uma sombra atrás de si, como acontece nos tubos clássicos que incluem uma cruz maltesa
no seu interior.

Em 1876, Eugen Goldstein (1850-1930) batiza os


estranhos raios por Raios Catódicos. Goldstein identifica
que os raios eram emitidos perpendicularmente a uma
superfície metálica e que transportavam energia.

Em 1886, Goldstein construiu cátodos com orifícios e


verificou que os raios que caminhavam para o ânodo
criavam outro raio que caminhava na direção oposta
através dos orifícios, a que chamou raio canal. Mais
tarde verificou-se que eram iões positivos, hoje
chamados protões mas viria a ser Wilhelm Wien (1864-
1928) que mediu a relação carga/massa destas
partículas.

Em 1888, Phiip Lenard (1862-1947), assistente de Hertz,


desenvolveu tubos especiais dotados de uma janela
metálica muito fina que permitia que os raios catódicos
a atravessassem e fossem incidir num alvo fluorescente
fora da ampola que os tinha criado, originando os Raios
Lenard. A interação com estes raios pode agora se feita Zonas de sombras em tubos de descarga suave
fora do tubo que os criou, embora a pequenas distâncias
da sua parede.

Em 1890, Arthur Schuster (1851-1934) mostrou que os raios


catódicos podiam ser desviados por um campo elétrico e William
Crooks (1832-1919) mostrou que os raios podiam ser desviados por
um campo magnético.

Em 1891, George Stoney (1826-1911) acha que há subpartículas


mais pequenas que o átomo e apelida-as de eletrões.

Em 1897 J. J. Thomson (1856-1940) descobre que os raios


catódicos eram partículas e desenvolve uma experiência que
permitiu determinar a relação entre a carga e a massa dessas
partículas chamadas de eletrões.

Em 1897, Ferdinand Braun inventa o verdadeiro tubo de raios Desvio dos raios com íman.
catódicos, ainda com cátodo frio, mais parecido com os atuais,
baseando-se num tubo de Crooks dotado de um alvo fluorescente no interior do tubo onde os raios
catódicos poderiam impactar e libertar luz.

Em 1904, Arthur Wehnelt (1871-1944) constrói tubos de cátodo quente com dispositivos de focagem
eletrostática e determina experimentalmente a relação carga/massa aproximada à que Thomson tinha
determinado.

Museu Faraday, Moisés Piedade, janeiro de 2023 2


Raios Catódicos

Em 1908, Campbel- Swinton (1863-1930) propôs o uso do tubo de Braun como dispositivo para captar e
reproduzir imagens.

Em 1922, surge o primeiro tubo de raios catódicos comercial, que viria a ser usado em osciloscópios e
televisores comerciais.

Tubos Comerciais de Raios Catódicos

CRT a cores CRT plano (Sony)

Museu Faraday, Moisés Piedade, janeiro de 2023 3

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