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HISTÓRIA E LEGISLAÇÃO 1

1. MEDICINA PRÉ-HISTÓRICA

Medicina é uma palavra derivada de mederi (do latim), que significa curar,
cuidar, medicar. Desde o início da formação de espécies humanas, há cerca
de um milhão de anos, o homem se preocupa com a cura de seus males. A
doença é mais antiga que o homem, provavelmente, existe desde que surgiu
a vida no planeta. As bactérias, que habitam a terra há 3,8 bilhões de anos,
estão entre os principais agentes etiológicos das doenças. Nosso mais antigo
ancestral com evidências de doença óssea era um Homo erectus, de 800.000
anos atrás.

A medicina existe desde os primórdios da humanidade e vem evoluindo


desde sua criação. Muitos conhecimentos foram adquiridos ao longo dos
séculos, servindo de base para a medicina que nos é apresentada atualmente.
No entanto, esse campo continua em evolução, progredindo cada vez mais.
Isso nos leva a crer que, futuramente, a medicina será muito mais inovadora
do que nos dias atuais. Diversas doenças consideradas sem cura, podem
acabar se tornando facilmente curáveis, além de atendimentos melhores e
mais sofisticados.

Acredita-se que a medicina tenha começado a surgir já na pré-história. Há


aproximadamente 10.000 a. C., existiam curandeiros que diagnosticavam os
pacientes através de análises arqueológicas e paleopatológicas. O que levou
as pessoas a se especializarem nessa área foi a possibilidade de ocorrerem
mortes devido às doenças. A data da primeira prática de cura conhecida data-
se de 25.000, quando um neandertal teve seu braço amputado,

No entanto, a medicina só se tornou verdadeiramente uma ciência na Grécia,


a partir dos estudos de Hipócrates (460 a 377 A.C.), considerado o pai da
medicina. Foram os gregos que iniciaram o estudo dos sintomas das doenças,
acreditando que elas provinham de um desequilíbrio nos líquidos do corpo.

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Mais tarde, com o crescimento de Roma, muitos gregos se mudaram para lá.
Entre eles, estava o estudioso Galeno, que realizou diversos conhecimentos
sobre a anatomia humana, através da dissecação de animais.

O estudo da medicina pré-histórica baseia-se fortemente em artefatos e


restos humanos, e na antropologia. Povos anteriormente isolados e alguns
povos indígenas que vivem de maneira tradicional têm sido objeto de estudos
antropológicos para obter informações sobre práticas contemporâneas e
antigas.

Medicina pré-histórica é qualquer uso da medicina antes da invenção da


escrita e da história documentada da medicina. Devido ao momento da
invenção da escrita por cultura e região, o termo "medicina pré-histórica"
abrange uma ampla gama de períodos e datas.

2. MEDICINA NA ANTIGUIDADE

O surgimento da Medicina remonta há milênios, desde a época dos povos


antigos, que buscavam compreender e tratar as doenças e ferimentos. No
Egito Antigo, por exemplo, havia médicos especializados em diferentes
áreas, como oftalmologia e odontologia,

A história da medicina atual ou cosmopolita é a história das grandes


contribuições de todos os povos a esta arte e prática universal que constitui
a medicina. Confunde-se portanto com a história da civilização ocidental.

A medicina era fundamentalmente de ordem prática, eram experimentados


remédios e as recomendações médicas aconselhadas na maioria das vezes
não levavam à cura mas sim, à morte do paciente, sendo atualmente
consideradas absurdas.

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3. MEDICINA SOCRÁTICA, MEDICINA MEDIEVAL.


MEDICINA NO ILUMINISMO, ROMANTISMO.

3.1 Medicina pré-socrática e a Tekhne

No século 4 a.C., na Grécia, a Medicina se apresentava na estrutura dos


saberes que procuravam compreender a natureza visível e a invisível. A
profissão estava sedimentada em sistemas de aprendizado e reprodução que
influenciaram, profundamente, nos vinte séculos seguintes, os caminhos das
práticas médicas no Ocidente.

É possível ter sido depois das guerras médicas (490-479) que a Medicina
grega tenha atravessado esse notável desenvolvimento estrutural. A partir
dessa época, o médico aparece como intermediário na formação social e na
edificação do pensamento coletivo, iniciando a processo de ruptura entre a
forte influência dos imemoriais laços mágicos das ideias e crenças religiosas.

Concomitante, ocorreu maior aderência às propostas pré-socráticas,


especificamente, a dos filósofos jônicos, para a interpretação da natureza por
meio da Tekhne. O médico iniciou outra atuação: atuou na observação dos
sinais da natureza visível.

A Medicina se tornou essencialmente etiológica e aderiu ao pensamento de


Leucipo de Mileto: "Nenhuma coisa se engendra ao acaso, mas todas (a
partir) da razão e por necessidade". Este avanço de dimensões gigantescas
possibilitou estabelecer a ponte que ligaria, definitivamente, o diagnóstico
ao prognóstico.

Os elementos da natureza tornaram-se a medida de todas as coisas!

Os conceitos normativos alcançaram os significantes da doença como desvio


do natural, do funcional e, em maior amplitude, mudança na physis do
homem em torno de cinco categorias:

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– Universalidade-individualidade: todas as coisas têm a sua physis própria,


inclusive o homem com as suas partes, as doenças etc. O novo conceito
também está claro no livro "Sobre os Lugares e o Homem": "A physis do
corpo é o princípio da razão da Medicina".

– Harmonia: na aparência e na dinâmica a physis é harmoniosa.

– Racionalidade: a natureza é racional em si mesma, o logos no qual o


homem se harmoniza está atado ao logos da natureza;

– Divindade: a physis é em si mesma divina.

A influência jônica foi tão grande que toda a literatura médica dessa época
que chegou até nós foi registrada em prosa jônica, apesar de ter sido escrita
em Cós, ilha de população e língua dóricas. Este fato só pode ser explicado
pela aceitação entre os letrados do avanço da cultura e da ciência jônicas.

A preocupação em estabelecer um elo duradouro entre o binômio saúde-


doença com a natureza circundante está presente na introdução do livro Dos
Ventos, Águas e Regiões, escrito no século 4 a.C.: "Quem quiser aprender
bem a arte de médico deve proceder assim: em primeiro lugar deve ter
presentes as estações do ano e os seus efeitos, pois nem todas são iguais mas
diferem radicalmente quanto a sua essência especificada e quanto as suas
mudanças".

Sob esses argumentos, é possível entender que a Medicina tenha iniciado o


afastamento das crenças e ideias religiosas na Grécia do século 4 a.C.

3.2 Medicina Medieval

A medicina medieval na Europa Ocidental era uma mistura de ideias


existentes desde a antiguidade, influências espirituais e aquilo que Claude
Lévi-Strauss identificou como "complexo xamanístico" e "consenso social."

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Naquela época, não havia a tradição da medicina científica e as observações


andavam lado a lado.

A medicina medieval na Europa Ocidental era uma mistura de ideias


existentes desde a antiguidade, influências espirituais e aquilo que Claude
Lévi-Strauss identificou como "complexo xamanístico e "consenso
social. Naquela época, não havia a tradição da medicina científica e as
observações andavam lado a lado com influências espirituais.

No começo da Idade Média, após a queda do Império Romano, o


conhecimento médico padrão era baseado principalmente em textos antigos
da Grécia e de Roma, preservados em mosteiros e em outros locais. Os
conceitos sobre a origem e a cura das doenças não estavam separadas do
espiritualismo. Estavam, sim, baseadas numa visão de mundo na qual fatores
como destino, pecado e astrologia atuavam em grande parte como qualquer
causa física. Ao invés da evidência empírica, as crenças do paciente e do
médico estavam tão atrelados à eficácia da cura que frequentemente o
rémédio físico ficava subordinado à intervenção espiritual.

No início do período, não havia uma orientação médica única e organizada.


Se uma pessoa adoecesse devido a um trauma ou doença poderia buscar
tratamento no curandeirismo, num benzedor, na astrologia, através
de encantamentos e misticismo ou finalmente procurar
um médico consagrado, se houvesse um disponível. Além disso, as
fronteiras que separavam essas ocupações eram tênues e móveis. Textos
médicos clássicos, tais como aqueles de Galeno eram amplamente usados
(mais com base em sua autoridade e tradição do que baseados em
confirmação experimental).

Após o declínio do Império Romano, no período que ficou conhecido como


era medieval, houve um avanço no processo de consolidação da fé cristã na
Europa. Os mais diversos setores da vida social foram afetados pelo domínio

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cristão, entre eles, a prática da medicina. Naquele momento, os limites


culturais entre fé e ciência eram inconcebíveis, de modo que as concepções
sobre a origem e a cura das doenças não se separavam da dimensão espiritual.
Portanto, era comum que uma mesma pessoa atuasse como filósofo natural,
astrólogo, teólogo e físico.

A unificação de teorias médicas começou a se desenvolver logo após a queda


do Império Romano, baseada grandemente nos tratados dos médicos gregos
sobre Higiene, Patologia, Fisiologia e Farmacologia. Por meio da prática de
dissecações, os médicos medievais puderam ter avanços em seus estudos
sobre anatomia humana. Nesse sentido, realizaram descobertas sobre a
função da bexiga, dos rins, das válvulas do coração e da maneira como
a coluna vertebral controlava os músculos.

No contexto da Alta Idade Média, por volta do século VII, Isidoro de Sevilha
escreveu uma obra de grande impacto em sua época, valorizando a medicina
como segunda filosofia; denominada Etimologias (século VII), propunha a
restauração da energia vital, considerada o legítimo gente de cura e
manutenção da saúde.

Apartir do século XI, a medicina ocidental passou a ser considerada o


mesmo que physica, ou seja, estudo natural. Este período foi marcado pela
expansão do Império Árabe pela Europa, o que proporcionou que alguns
tratados médicos e filosóficos dos gregos e bizantinos fossem levados ao
continente europeu, influenciando suas práticas médicas.

Portanto, foi crucial para o trabalho investigativo dos universitários de


medicina na Europa a divulgação e tradução de uma coletânea de textos
médicos gregos e árabes para o latim, no século XII, sobretudo na cidade de
Toledo. O acesso a estes trabalhos trouxe o acréscimo dos regimes de saúde
da medicina árabe, que influenciaram a produção de variações nos formatos
e conteúdos dos tratados científicos da época.

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Segundo a historiadora Dulce Amarante dos Santos, foi entre os séculos XI


e XIII, que houve na Europa a “difusão e a institucionalização de uma
medicina fundamentada em um saber teórico e submetida a um controle dos
seus práticos.” (SANTOS. p. 124. 2013).

3.3 MEDICINA NO ILUMINISMO, ROMANTISMO.

3.3.1 Medicina Moderna

O iluminismo, foi uma filosofia que dominou a Europa durante o período.


Ele pregava o estudo e o conhecimento científico, auxiliando a Medicina a
se libertar do pensamento religioso que foi grande influência nas épocas
anteriores.

O iluminismo contribuiu, também, para a evolução da medicina ao criticar o


método até então utilizado, em favor da observação direta dos pacientes ou
na ênfase do exame clínico, na criação de hospitais e no exame necrológico.
Alguns dos avanços foram no diagnóstico.

A história da medicina teve início há milhares de anos, com origem em


rituais e magias que tinham como objetivo afastar as doenças. A arte de curar
(significado da palavra medicina, derivada do latim) é, portanto, uma prática
antiga, mas que está em constante evolução.

Movimentou que caracterizou o pensamento europeu do século XVII,


baseado na crença do poder da razão e do progresso, da liberdade de
pensamento e na emancipação política. Muitos filósofos do iluminismo
francês tinham visitado a Inglaterra, que em certo sentido era mais liberal do
que a França. A ciência natural inglesa encantou esses filósofos franceses.

De volta a sua pátria, a França, eles começaram pouco a pouco a se rebelar


contra o autoritarismo vigente e não tardou muito a se voltarem também
contra o poder da igreja, do rei e da aristocracia.

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Eles começaram a reimplantar o racionalismo em sua revolução. A maioria


dos filósofos do iluminismo tinham uma crença inabalável na razão humana.

A nova ciência natural deixava claro que tudo na natureza era racional. De
certa forma, os filósofos iluministas consideravam sua tarefa criar um
alicerce para a moral, a ética e a religião que estivesse em sintonia com razão
imutável do homem. Os filósofos desta época diziam que só quando a razão
e o conhecimento se difundissem era que a humanidade faria grandes
progressos. A natureza para eles era quase a mesma coisa que a razão e por
isso enfativazam um retorno de homem a ela. Falavam também que a religião
deveria estar em consonância com a razão natural do homem.O iluminismo
foi o alicerce para a Revolução Francesa de 1789.

O iluminismo foi um movimento global, ou seja filosófico, político, social,


económico e cultural, que defendia o uso da razão como o melhor caminho
para se alcançar a liberdade, a autonomia e a emancipação. O centro das
ideias e pensadores iluministas foi a cidade de Paris.

3.3.2 Contexto histórico do romantismo

O romantismo é um estilo de época marcado pelo sentimentalismo e pela


idealização amorosa. O fato histórico associado ao seu surgimento é a
Revolução Francesa.

"O marco histórico do romantismo é a Revolução Francesa (1789-1799). A


partir dela, a burguesia passou a ter grande poder político e a aristocracia
entrou em decadência. Dessa forma, a estética romântica é também burguesa,
pois reflete os ideais e costumes dessa classe social.

O lema dessa revolução era “Liberdade, igualdade, fraternidade”. E inspirou


os artistas românticos, principalmente no que diz respeito à liberdade. Os
artistas passaram a enaltecer a liberdade de pensamento, de comportamento

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e, inclusive, a liberdade de amar. Isso, no entanto, ia de encontro ao


conservadorismo burguês.

Nos primeiros anos do século XIX, Napoleão Bonaparte (1769-1821)


empreendeu grande esforço para expandir o império francês. Em países
como a Alemanha, as invasões napoleônicas acabaram despertando o
sentimento de nacionalidade, uma das principais características do
romantismo em sua origem."

O marco inicial do romantismo, enquanto escola literária, se deu pela


publicação do romance “Os sofrimentos do jovem Werther”, de Goethe, no
ano de 1774, na Alemanha. Na Inglaterra, esse movimento literário teve
início nos primeiros anos do século XIX, com a poesia romântica de Lord
Byron e com o romance “Ivanhoé”, de Walter Scott.

Destacam-se, também, como obras românticas pioneiras na Europa livros


como “Manon Lescut”, do escritor árabe Prévost, de 1731, e a “História de
Tom Joses”, de Henry Fielding, de 1749. No Império Romano, o romance já
era usado, a palavra “romano” era utilizada para se referir às línguas
utilizadas por povos que estavam sob o domínio dele.

Eram chamados de romance composições de cunho popular ou folclórico


escritas em latim vulgar, histórias que relatavam aventuras e fantasias.
Contudo, foi somente no fim do século XVIII que adquiriu o sentido que tem
hoje. É possível classificar o romance como o sucessor da europeia.

3.3.2.1 Características do romantismo

É importante destacar que o romantismo se desenvolveu de formas distintas


em países diferentes, ganhando características únicas em cada um. Contudo,
há características em comum desse movimento em todos os locais do qual
fez parte:

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Egocentrismo- no romantismo o indivíduo é encarado como o centro do


mundo.

Sentimentalismo- como mencionamos acima, o romantismo se caracteriza


pelo egocentrismo e, também, pela exaltação dos sentimentos pessoais do
indivíduo. Os poetas se colocavam no centro das discussões, dando enfoque
para as suas emoções. O poeta sente-se derrotado por seu ego e, por vezes,
frustrado. O movimento romântico propõe fugas da realidade através do
abuso do álcool e do ópio.

Nacionalismo- os românticos exaltam o nacionalismo de forma exacerbada,


incentivando o amor pela própria pátria e a criação de um herói nacional.
Para os europeus, esses heróis são cavaleiros medievais e no Brasil são
índios valentes e civilizados. A natureza também é muito exaltada dentro do
nacionalismo do romantismo.

Idealização- o amor e a mulher amada são idealizados.

Tom depressivo- no trabalho de vários escritores românticos é possível


identificar o desejo de fugir da realidade, seja pelo sonho, pela arte ou pela
morte.

Oposição ao Clássico- inicialmente, todos os movimentos opostos ao


clássico eram considerados românticos. Modelos da Antiguidade Clássica
foram substituídos pelos da Idade Média com o nascimento da classe
burguesa. Antes, a arte era entendida como algo erudito e pertencente à
nobreza. Com o fortalecimento da burguesia, o conceito de arte extrapola as
regras impostas pela Corte.

A arte romântica ganha as ruas, algo impensado quando era financiada pela
Corte. Surge um público consumidor da arte, no Brasil podemos
exemplificar através do folhetim, que era um tipo de literatura mais

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acessível. Prosa e poesia deixam a formalidade do Clássico de lado. Na


poesia, a métrica e a rima são desconsideradas.

"O romantismo é um estilo de época marcado pela subjetividade. Assim, as


obras românticas apresentam fortes emoções e sentimentalismo exagerado.
Isso é feito por meio de adjetivação excessiva e uso intenso de exclamações.
Seus autores valorizam a liberdade e expressam sentimento nacionalista.

É recorrente na poesia e na prosa românticas a idealização da mulher e do


amor, além da expressão do sofrimento amoroso. Estão presentes também
elementos bucólicos e uma visão teocêntrica. Os valores burgueses como fé,
coragem e amor são enaltecidos. Não há realismo, pois a fuga da realidade é
uma forte característica romântica."

4. O NASCIMENTO DOS HOSPITAIS E DAS FACULDADES DE


MEDICINA, O NASCIMENTO DA CLÍNICA
4.1 Nascimento dos Hospitais

A palavra hospital é de raiz latina (Hospitalis) e de origem relativamente


recente. Vem de hospes – hóspedes, porque antigamente nessas casas de
assistência eram recebidos peregrinos, pobres e enfermos.

A história do hospital teve início na antiguidade com hospitais na Grécia, no


Império Romano e também no subcontinente indiano, começando com
precursores nos templos de Asclépio na Grécia Antiga e depois
nos hospitais militares na Roma Antiga.

O nascimento do hospital resultou da necessidade de melhor cuidado de


indivíduos do exército e de outras instituições de defesa do Estado. A ideia
de hospital que temos nos dias de hoje é relativamente recente, datada do
século XVIII.

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Os primeiros “hospitais” que temos informação foram construídos em 431


a.C., no Ceilão (atual Sri Lanka), pelo rei Pandukabhaya que ordenou a
construção de casas “para internação”.

A história do hospital teve início na antiguidade com hospitais na Grécia, no


Império Romano e também no subcontinente indiano, começando com
precursores nos templos de Asclépio na Grécia Antiga e depois nos hospitais
militares na Roma Antiga. Os templos gregos eram dedicados aos doentes e
enfermos, mas não se pareciam em nada com os hospitais modernos. Os
romanos não tinham hospitais públicos e esse tipo de hospital não existiu até
o período cristão. No final do século IV, a "segunda revolução
médica ocorreu com a fundação do primeiro hospital cristão no Império
Bizantino oriental por Basílio de Cesareia e, em poucas décadas, esses
hospitais se tornaram onipresentes na sociedade bizantina.

O hospital passaria por desenvolvimento e progresso nas sociedades


bizantina, medieval europeia e islâmica do século V ao XV. A exploração
europeia levou hospitais para as colônias da América do Norte, África e Ásia.
O Hôtel-Dieu, fundado em 1443 por Nicolas Rolin e Guigone de Salins, é
considerado o hospital mais antigo em funcionamento atualmente.
Originalmente uma instituição de caridade para os pobres, ele agora é um
museu conhecido por sua arquitetura. Por outro lado, o Hospital Mihintale,
no Sri Lanka, fundado no século IV a.C., detém o título de hospital mais
antigo de todos, embora possa não estar em sua forma original. Servindo aos
monges e à comunidade local, ele representa os primeiros avanços nas
práticas de saúde.

Os primeiros hospitais chineses e japoneses foram estabelecidos por


missionários ocidentais no século XIX . No início da era moderna, o cuidado
e a cura se transformariam em um assunto secular no Ocidente para muitos
hospitais. Durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundiais, muitos

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hospitais militares e inovações hospitalares foram criados. Os hospitais


administrados por governos aumentaram na Coreia, no Japão, na China e no
Oriente Médio após esta última guerra. No final dos anos 1900 e no século
XXI, redes de hospitais e organizações governamentais de saúde foram
formadas para gerenciar grupos de hospitais a fim de controlar custos e
compartilhar recursos. Muitos hospitais menores e menos eficientes no
Ocidente foram fechados porque não podiam ser mantidos.

O têrmo hospital tem hoje a mesma acepção de nosocomium, de fonte grega,


cuja significação é – tratar os doentes – como nosodochium quer dizer –
receber os doentes. Outros vocábulos constituíram-se para corresponder aos
vários aspectos da obra de assistência: ptochodochium, ptochotrophium,
asilo para os pobres; poedotrophium, asilo para as crianças;
orphanotrophium, orfanato; gynetrophium, hospital para mulheres;
zenodochium, xenotrophium, refúgio para viajantes e estrangeiros;
gerontokomium, asilo para velhos; arginaria, para os incuráveis. Hospitium
era chamado o lugar em que se recebiam hóspedes. Dêste vocábulo derivou-
se o têrmo hospício. A palavra hospício foi consagrada especialmente para
indicar os estabelecimentos ocupados permanentemente por enfermos
pobres, incuráveis e insanos. Sob o nome de hospital ficaram designadas as
casas reservadas para tratamento temporário dos enfermos. Hotel é o têrmo
empregado com a acepção bem conhecida e universal. No concílio de
Orleans, ocorrido em 549, o Hôtel Dieu de Lyon, criado em 542, por
Childebert, foi designado sob o nome de xenodochium. Era destinado a
receber pobres, órfãos e peregrinos. Vários “hospitais” para escolares e
peregrinos foram criados em Paris – o hospital dos escolares de São Nicolau
do Louvre, em 1187; o hospital do Santo Sepulcro, em 1326, para receber
peregrinos de Jerusalém; o hospital de Santa Catarina, para abrigar apenas
por três dias os desocupados. O têrmo hospital era, pois, impreciso, nesta

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época, em relação ao conceito atual. O hospital tem sua origem em época


muito anterior à era cristã, não obstante a opinião de autores que se têm
esforçado para demonstrar o contrário. Não há dúvida, porém, que o
cristianismo impulsionou e desvendou novos horizontes aos serviços de
assistência, sob as mais variadas formas. DIVISÃO DE ORGANIZAÇÃO
HOSPITALAR 8 ROUBAUD procurou estabelecer provas em favor da
origem cristã dos hospitais. O Larousse do Século XX, erradamente, assinala
o primeiro hospital como tendo sua origem no fim do século IV com o
hospital de São Basílio fundado em 368. Os templos de Saturno considerados
como primórdios da escola médica existiram muitos séculos antes de Cristo.
Segundo MAC EACHERN, tais templos caracterizaram os hospitais
egípcios. O Larousse do século XX cita e apresenta a estampa de um templo
de Saturno, situado no Forum romano. Sua origem dataria dos tempos de
Tullus Hostilius ou de Lucius Tarquinius. Tudo isso é muito confuso pois
Hostilius morreu no ano 630 A.C. e Tarquínio – o Soberbo – em 44 A.C. O
templo citado não teve, entretanto, finalidade hospitalar. NA BABILÔNIA,
a prática da medicina começou no mercado. Pode-se dizer que o mercado foi
o hospital daquela época. Segundo HERÓDOTO, o grande historiador de
Halicarnassus (Livro I-197): “Os doentes eram conduzidos ao mercado,
porque não existiam médicos. Os que passavam pelo doente interpelavam-
no com o intuito de verificar se êles próprios tinham sofrido o mesmo mal
ou sabiam de outros que tivessem tido. Podiam assim propor o tratamento
que lhes fôra eficaz ou eficaz na cura de pessoas de suas relações. E não era
permitido passar pelo doente em silêncio. Todos deviam indagar a causa da
sua moléstia.” Não é verídica a primeira asserção de HERÓDOTO negando
a existência de médicos naqueles tempos primitivos, nem é exata a afirmativa
que gozavam os sacerdotes das duas grandes ordens dos salmistas e mágicos
e dos profetas ou adivinhadores. Mas no último período da história assírio-
babilonesca começaram a tomar corpo os estudos médicos. Versaram

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principalmente sôbre preparados vegetais e minerais sôbre antídotos contra


venenos de serpente e escorpiões e sôbre tratamentos diversos em que o
“encantamento” era tido em grande conta. A profissão médica foi, destarte,
estabelecida naquela região do globo. Segundo GARRISSON (Código
Hammurabi – 2.250 A.C.), a remuneração dos médicos estaria mesmo
cuidadosamente regulamentada por lei, em certa época daquela civilização.
A abertura de um abcesso no ôlho com lanceta de bronze, por exemplo,
custava 10 “shekels” de prata para os ricos, 2 a 5 para os pobres. Se o
paciente falecia ou perdia o órgão visual era o operador severamente
castigado: tinha sua mão cortada, no caso do cliente rico e, no caso de um
escravo, era obrigado a dar-lhe substituto quando morria ou metade do valor
da operação, ocorrendo a inutilização do ôlho.

4.2 Nascimento da Faculdade de Medicina

Hipócrates, nascido na Grécia (460 a.C. - 370 a.C.) é considerado o pai da


Medicina por suas explicações míticas quanto aos problemas de saúde e de
como curar doenças. Sua preocupação estava centrada no organismo humano
e sua forma de funcionamento.

A primeira faculdade de Medicina, por exemplo, foi fundada no sul da Itália


ainda no séc. XI. No Brasil, as primeiras faculdades estão ligadas ao séc.
XIX.

A Faculdade de Medicina de Montpellier é a mais antiga em atividade do


mundo (a de Salerno deixou de existir em princípios do século XIX). O
ensino médico em Montpellier nasceu na prática, fora de todo marco
institucional, a princípios do século XII.

A Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto (FMUAN) teve


a sua origem remota em 1963, então com a designação de Curso Médico-
Cirúrgico dos Estudos Gerais Universitários de Angola, criados pela

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Administração Portuguesa pelo Decreto-Lei 44530, de 21 de Agosto de


1962, após a publicação, em 23 de Julho do mesmo ano, do Decreto-Lei
44472 que anulou o Diploma Legislativo nº 3235, de 21 de Abril de 1962 do
Governo Geral de Angola. A designação de Curso Médico-Cirúrgico
manteve-se mesmo depois de, em 1968, por força do Decreto-Lei 48790 de
23 de Dezembro, os Estudos Gerais Universitários de Angola passarem a
designar-se Universidade de Luanda. Somente depois, quase um ano passado
sobre a data da independência nacional e quando em 28 de Setembro de 1976
o então Ministro da Educação António Jacinto assina a Portaria 77-A/76 que
transforma a Universidade de Luanda em Universidade de Angola, se
extinguem nesta Universidade os Cursos, como o Curso Médico-Cirúrgico,
e passam a denominar-se Faculdades. Assim, surge pela primeira vez a
designação de Faculdade de Medicina, embora da Universidade de Angola.
A denominação actual de Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho
Neto decorreu da Resolução 1/85 do CDS, publicada em Diário da República
9 -1ª Série em 28 de Janeiro de 1985, na qual a Universidade de Angola
passou a chamar-se Universidade Agostinho Neto (UAN), em homenagem
ao Fundador da Nação e Primeiro Presidente da República, que foi o seu
primeiro Reitor.

4.3 O Nascimento da Clínica

Michel Foucault (Poitiers, 15 de outubro de 1926 – Paris, 25 de


junho de 1984) foi um filósofo, historiador das ideias, teórico
social, filólogo, crítico literário e professor da cátedra História dos Sistemas
do Pensamento, no célebre Collège de France, de 1970 até 1984 (ano da sua
morte). Suas teorias abordam a relação entre poder e conhecimento e como
eles são usados como uma forma de controle social por meio de instituições
sociais. Embora muitas vezes seja citado como um pós-estruturalista e pós-
modernista, Foucault acabou rejeitando esses rótulos, preferindo classificar

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seu pensamento como uma história crítica da modernidade. Seu pensamento


foi muito influente tanto para grupos acadêmicos, quanto para ativistas.

Segundo Foucault (1989), o nascimento do hospital médico foi possível pela


configuração de técnicas de poder disciplinar e técnicas médicas de
intervenção sobre o meio.

O início do século XIX assinala o momento em que a medicina, criticando


seu passado e para justificar sua originalidade, se apresenta como medicina
científica. Como caracterizar essa transformação fundamental na
organização do conhecimento médico e de sua prática Michel Foucault
procura responder a essa questão demonstrando que a ruptura que se
processou no saber médico não é devida basicamente a um refinamento
conceitual, nem à utilização de instrumentos técnicos mais potentes, mas a
uma mudança ao nível de seus objetos, conceitos e métodos. O novo tipo de
configuração que caracteriza a medicina moderna implica o surgimento de
novas formas de conhecimento e novas práticas institucionais. Esta obra,
parte de um projeto amplo e ambicioso de crítica histórico- filosófica às
estruturas políticas e epistemológicas que presidem à racionalidade do
mundo contemporâneo, descobre, assim, ao nível da medicina, uma trajetória
importantíssima para dar conta da constituição das ciências humanas e
sociais e da instauração do tipo de poder característico das sociedades
capitalistas.

O Nascimento da Clínica (Naissance de la clinique: une archéologie du


regard médical) é um livro do filósofo francês Michel Foucault e foi
originalmente publicado em 1963 e apresenta a emergência da clínica, do
hospital-escola enquanto uma instituição médica, identifica e descreve no
nível discursivo aquilo que o autor chama de percepção médica, além de
identificar a reorganização epistêmica nas pesquisas médicas e em sua
produção de conhecimento no fim do século XVIII.

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5. GRANDES DESCOBERTAS QUE CONTRIBUÍRAM PARA O


DESENVOLVIMENTO DA MEDICINA E MEDICINA NA ERA
MODERNA

5.1 Grandes Descobertas Que Contribuíram Para O


Desenvolvimento Da Medicina

- Anatomia Moderna
- Andreas Vesalius, 1543

Andreas Versalius foi um médico belga, considerado como o “pai da


anatomia moderna”.

No século XVI, o estudo da anatomia era precário, não sistemático. As


descobertas eram, muitas vezes, baseadas na dissecação de animais. Assim,
o médico, para entender mais sobre anatomia, abria cadáveres de indigentes
e as vezes violava covas em cemitérios.

O resultado do seu trabalho aventuras foi consolidado na obra De Humani


Corporis Fabrica, um atlas de anatomia considerado uma das obras-primas
da medicina.

Então, Vasalius refutou diversas teorias pré-existentes. Uma delas, por


exemplo, era a de que homens tinham costelas a menos do que mulheres –
dada a história bíblica. Além disso, ele foi o responsável por retratar e estudar
os movimentos de cada músculo individualmente.

- Bactérias

Antony van Leeuwenhoek, 1675

O holandês Leeuwenhoek era um comerciante, afastado da área médica, mas


que tinha uma paixão pela fabricação. Assim, ele começou a desenvolver e
utilizar microscópios.

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Leeuwenhoek saiu do anonimato viu criaturas minúsculas agitando-se em


uma pequena amostra da água de chuva que havia se acumulado em uma
tina, usando lentes que ele mesmo fabricara. Passou então a examinar ao
microscópio tudo o que via, de fezes de animais ao próprio esperma.

O comerciante foi o primeiro a observar e descrever bactérias, protozoários,


capilares sanguíneos e fibras musculares.

- Circulação do Sangue
- William Harvey, 1628

O médico e professor britânico Harvey dedicou a vida a estudar o


funcionamento e a anatomia do coração, veias e artérias.

Harvey ficou conhecido por ser o primeiro médico a descrever corretamente


os detalhes do sistema circulatório e o bombeamento do sangue pelo corpo.
Para isso, o professor realizava estudos com animais vivos, os dissecando
para observar a cavidade torácica. Assim, constatou que o músculo do
coração enrijece e se contraí.

O resultado do seu trabalho está em Exercitatio Anatomica de Motu Cordis


et Sanguinis in Animalibus, obra fundamental sobre a circulação sanguínea,
que pôs por terra conceitos errados que sobreviviam havia 14 séculos.

Além disso, ele determinou as diferenças entre a circulação arterial e venosa


e colocou como órgão principal da circulação.

Se interessa por hemogramas? Então da uma olhada no nosso Combo do


Hemograma!

- Vacina
- Edward Jenner, 1796

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HISTÓRIA E LEGISLAÇÃO 20

A varíola foi uma doença devastadora para época e matava até 40% dos
doentes e, entre aqueles que sobreviviam, muitos ficavam cegos e
multilados. O mal também atacava o gado, cavalos e porcos.

Inclusive, o termo vacina vem do latim vaccinae, vacca. Significa “da vaca”
ou “relativo à vaca”. Este termo estava presente na expressão latina variolae
vaccinae, para descrever a doença conhecida como a “varíola das vacas”.

O médico e naturalista britânico Jenner observou que os animais tinham uma


versão mais “branda” da varíola. Então, decidiu traçar um experimento.
Jenner inoculou uma criança, James Phipps, usando pus de um indivíduo
infectado. Apesar de ter febre e algumas lesões, a criança não desenvolveu a
infecção completa.

Assim, ele descobriu que, se uma pessoa fosse contaminada pela ferida da
varíola bovina, uma forma muito mais branda da doença, ficaria livre de
pegar a varíola humana. Estava descoberto o princípio básico da vacina.

Jenner foi ridicularizado e teve que comprovar sua teoria realizando diversos
outros testes, inclusive no seu filho. Porém, com o passar dos anos, as
vantagens da vacinação foram aceitas pela comunidade médica.

- Anestesia
- Crawford Long, 1842

Até o século 19, os pacientes costumavam desmaiar de dor e desespero


durante as operações. Enquanto isso, o éter era usados em festas e
comemorações. Mesmo com alguns dos usuários caindo e tomando tombos
durante os festejos, não sentiam dores e alguns até mesmo não se lembravam
do episódio.

O primeiro a testar a teoria na mesa de cirurgia foi o americano Long. O


médico percebeu essa possibilidade ao frequentar essas “festas do éter”, e

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convenceu um paciente a cheirar uma toalha embebida em éter até ficar


inconsciente. Então, se descobriu o poder anestésico do éter.

Quando acordou, o sujeito estava sem um cisto no pescoço, sem memória


das últimas horas e, melhor, não precisou sentir as dores atrozes da cirurgia.

- Raios X
- Wilhelm Röntgen, 1895

O alemão Röntgen foi um físico e engenheiro – e o primeiro Nobel de Física,


ocorrido em 1901. O pesquisador foi responsável por detectar a radiação
eletromagnética nos comprimentos de onda que conhecemos como Raios X.
Ao usar um tubo de Crookes, ele investigava uma estranha luz amarelo-
esverdeada emitida por uma placa fosforescente em seu laboratório.

Röntgen imaginou que algum tipo de raio ou energia estaria produzindo


aquele efeito. Ele pediu a sua esposa que colocasse a mão esquerda sobre
uma chapa fotográfica e ligou o tal aparelho por seis minutos.

Quando revelou a chapa, encontrou o desenho dos ossos dos dedos de Bertha
e a silhueta de sua aliança. Eram os Raios X.

Se interessa por radiologia e diagnóstico por imagem? Confira nosso livro A


Clínica Através da Imagem!

- Cultura de Tecidos
- Ross Harrison, 1906

O americano e zoologista Harrison foi responsável por descobrir como


cultivar células vivas em laboratório, independentemente das plantas ou
animais de onde vieram.

A descoberta permitiu uma verdadeira revolução no estudo da histologia e


patologia. Além disso, possibilitou o estudo de moléculas e células de
organismos vivos.

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Assim, auxiliou a desenvolver vacinas contra, por exemplo, poliomielite,


sarampo, caxumba e raiva. Ainda, na busca de indícios que ajudem a
descobrir a causa do câncer e da aids.

- Colesterol
- Nikolai Anichkov, 1912

As doenças cardiovasculares, até hoje, são as maiores causas de


morbimortalidade no mundo.

O russo Anichkov foi um patologista responsável por descrever e entender


as células especializadas do miocárdio e entender o papel do colesterol.

O médico alimentou coelhos com gemas de ovos e descobriu que o animal


que mais matava seres humanos era a galinha. Durante a autópsia, Anichkov
notou a presença de placas nas artérias dos coelhinhos, iguais às encontradas
nas aortas de corações humanos.

Assim, ele desencadeou uma série de estudos clássicos mostrando as causas


e fatores de risco para aterosclerose.

- Antibióticos
- Alexander Fleming, 1929

Talvez o nome mais reconhecível dessa lista, Fleming foi um biólogo,


botânico, médico e farmacologista britânico.

Ao observar culturas de bactérias e fungos, o médico percebeu “halos” ao


redor de focos de crescimento do fungo do gênero Penicillinum. Era como
se a partir daquele ponto as bactérias não se desenvolviam.

Assim, ele descobriu, em 1929, a fórmula da penicilina, o


primeiro antibiótico do mundo. Contudo, foram necessários mais de 12 anos
para que se chegasse à etapa de ministrar a nova fórmula em humanos.

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O fato ocorreu somente durante a Segunda Guerra Mundial. Ainda assim, a


base dos antibióticos, a penicilina revolucionou a medicina e deu impulso
decisivo à moderna indústria farmacêutica.

Dado aos seus descobrimentos, em 1945, Fleming foi laureado Nobel de


Medicina.

Quer saber mais sobre antibióticos? Dá uma olhada no nosso livro de Mapas
Mentais em Antibióticos!

- DNA
- Maurice Wilkins, 1953

Atualmente, fazemos vacinas, medicações e temos até mesmo o genoma


humano mapeado. Toda essa revolução deve-se, na maior parte, os méritos
pela descoberta do DNA.

James Watson e Francis Crick são uma dupla de cientistas que publicaram,
em 1953, um artigo onde desvendavam o mistério da estrutura de espiral
dupla que caracteriza a “chave da vida”.

No entanto, a façanha não seria possível sem os estudos do físico


neozelandês Wilkins. Ele foi o responsável por isolar uma molécula de DNA
e fotografá-la com raios X, revelando a forma helicoidal.

5.2 Medicina Na Era Moderna

A História da Medicina é uma disciplina com importantes contribuições para


lidar com os desafios atuais. A partir dela, entendemos os princípios,
métodos e ideias que orientavam os tratamentos em diferentes épocas,
formando um aprendizado contínuo e buscando inspiração para soluções
adequadas aos dias de hoje.

Com a pandemia do Covid-19, o presente da Medicina se tornou bastante


desafiador, e o conhecimento acumulado ao longo de séculos é uma das

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HISTÓRIA E LEGISLAÇÃO 24

ferramentas para enfrentar os desafios mais recentes. Não por acaso, quem
se identifica com a área pode se inspirar no passado para ter ainda mais
convicção sobre a sua escolha profissional.

A História da Medicina está ligada às primeiras civilizações. Ainda que antes


pudéssemos encontrar práticas voltadas para lidar com ferimentos e doenças,
como a trepanação craniana — que conta com registros de mais de 10 mil
anos atrás — o primeiro documento sobre a atuação de um médico surge
com a formação de sociedades organizadas.

É comum, por exemplo, atribuir à medicina egípcia o título de mais antiga


do mundo. Nesse sentido, o primeiro médico da história seria Imhotep (2655
a.C. – 2600 a.C.), que deixou um tratado com 48 casos médicos, organizados
em secções, como diagnóstico e possibilidade de tratamento, no papiro de
Edwim Smith.

Outro fato relevante é que a atuação do médico já era regulamentada no


primeiro Código de leis que se tem registro. A legislação criada pelo Rei
Hamurabi entre 1792 a.C. e 1750 a.C. previa obrigações, como o pagamento
em caso de cura de doenças dos olhos e feridas graves, assim como a
responsabilidade em caso de insucesso do tratamento que punia o médico
amputando suas mãos.

Vale ressaltar que a Medicina não se inicia em um único local. No Oriente,


por exemplo, existe registro do primeiro livro com práticas de medicina
chinesa, notadamente a acupuntura, no livro Nei Ching do imperador Huang
Ti, que viveu no período entre 2.698 a.C. a 2.598 a.C. Na prática, diversos
povos, como egípcios, chineses, babilônios, hebreus e hindus, tiveram
práticas ligadas à medicina, nascidas nos anos em que se tem os primeiros
documentos.

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HISTÓRIA E LEGISLAÇÃO 25

A História da Medicina como um campo do conhecimento está ligada à


Grécia Antiga. Nesse período, Hipócrates (460 a.C. – 377 a.C.) foi
responsável pelo reconhecimento da Medicina como uma área autônoma em
relação à Filosofia e desvinculada das artes místicas.

Para isso, o pai da Medicina introduziu princípios teóricos importantes, que


destacam essas atividades das demais áreas. Em sua época, enquanto a
Filosofia buscava leis universas e causas únicas, o pensamento de Hipócrates
admitia a possibilidade de múltiplas causas para as doenças.

Além disso, a observação do paciente seria a principal linha condutora para


fazer os diagnósticos e propor os tratamentos, em vez de se pautar apenas na
dedução a partir de ideias preconcebidas.

Aliás, ainda hoje, o juramento de Hipócrates, que traz princípios éticos para
orientar a conduta dos profissionais da medicina, é recitado pelos graduados
no curso.

5.2.1 Medicina Moderna

Após a autonomia, a próxima grande transformação ocorre na Idade


Moderna. Isso não significa que não houve avanços médicos importantes,
registros de doenças e tratamentos no restante da Idade Antiga e Idade
Média, mas, sim, que a Modernidade marca o nascimento da Medicina como
disciplina mais próxima do que vemos nos dias atuais.

Até a Idade Média, as ciências se desenvolviam tendo a religião como


parâmetro, ou seja, atuavam naquilo que não afrontavam os dogmas
fundamentais da Igreja. A partir do Renascimento, os cientistas rompem com
a ordem tradicional, e começa o desenvolvimento do método científico.

Embora o propósito do cientista e do médico sejam distintos — o cientista


tenta descobrir a verdade a partir de evidências e o médico busca a saúde
como fim — ou seja, as atividades são complementares. Os avanços

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HISTÓRIA E LEGISLAÇÃO 26

científicos e, mais a frente, tecnológicos, abrem caminho para diagnósticos,


prevenção e tratamento.

5.2.2 Medicina contemporânea

A Medicina atual utiliza bastante da tecnologia e de estudos científicos.


Novos equipamentos, medicamentos, vacinas e métodos de trabalho surgem
frequentemente dessa união. Vimos isso, por exemplo, no combate à Covid-
19, com o desenvolvimento de vacinas que se utilizam do RNA mensageiro.

Perceba que a História da Medicina é uma importante disciplina para


entender a evolução do pensamento médico, métodos de pesquisa e formas
de tratamento ao longo dos séculos. Com isso, o profissional não apenas
contextualiza seus conhecimentos e práticas, como entende a origem e os
princípios por trás das soluções que o médico utiliza no dia a dia.

Os estudos e práticas da Medicina são marcados pela contribuição não


apenas de diversos povos, como de incontáveis pesquisadores e médicos. Já
citamos alguns deles, como Imhotep e Hipócrates, mas a Medicina Moderna
traz diversos outros casos.

Andreas Vesalius (1514 – 1564), por exemplo, foi o responsável por


sistematizar os estudos sobre anatomia humana, a partir da dissecação de
cadáveres de pessoas e animais, ainda no séc. XVI.

Já no séc. XVII, o comerciante Antony van Leeuwenhoek (1632 – 1723)


realizou as primeiras observações e descrições de bactérias e protozoários.
Nesse mesmo século, Willian Harvey (1578 – 1657) descreveu o sistema de
circulação do sangue.

Podemos mencionar a criação da primeira vacina por Edward Jenner (1749


– 1823) como grande revolução na Medicina do séc. XVIII. Igualmente,
merece destaque o desenvolvimento da anestesia por Crawford Long (1815
– 1878), que só veio a existir no séc. XIX.

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HISTÓRIA E LEGISLAÇÃO 27

Mais recentemente, no século XX, Alexander Fleming (1881 – 1955) criou


o primeiro antibiótico da humanidade: a penicilina. Além dele, Maurice
Wilkins (1916 – 2004) trouxe um novo campo para os cientistas com a
descoberta do DNA em 1953.

Vale ressaltar que o estudo da Medicina acompanha as evoluções das


disciplinas e descobertas realizadas ao longo da história. A primeira
faculdade de Medicina, por exemplo, foi fundada no sul da Itália ainda no
séc. XI.

No Brasil, as primeiras faculdades estão ligadas ao séc. XIX. Inclusive, a


Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais, que é a primeira instituição
privada do estado, é uma das mais antigas, tendo sido fundada em 1950,
completando mais de 70 anos de tradição. E esse legado é um dos principais
motivos para o aluno escolher a faculdade.

6. POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE, LEI DE BASES DO


SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE

A Política Nacional de Saúde almeja assegurar em 2025 “uma vida saudável


para todos”, num contexto de desenvolvimento nacional sustentável e de um
sistema nacional de saúde que responda às expectativas da população,
prestando cuidados de saúde de qualidade com equidade e com eficiência.

Ao abrigo da Lei de Bases do Sistema Nacional de Saúde (SNS), é da


responsabilidade do Estado angolano a promoção e garantia do acesso de
todos os cidadãos aos cuidados de saúde nos limites dos recursos humanos e
financeiros disponíveis. No entanto, a promoção e a defesa da saúde pública
são efectuadas através da actividade do Estado e de outros agentes públicos
ou privados, podendo as organizações da sociedade civil serem associadas
àquela actividade. Assim, os cuidados de saúde são prestados por serviços e

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HISTÓRIA E LEGISLAÇÃO 28

estabelecimentos do Estado ou sob fiscalização deste, por outros agentes


públicos ou entidades privadas, sem ou com fins lucrativos.

6.1 EVOLUÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE

A Evolução histórica do sistema nacional de saúde angolano (SNS)


conheceu uma evolução histórica caracterizada por dois períodos:

- O período colonial que vai até 11 de Novembro de 1975;

- O período pós independência com início em 11 de Novembro de


1975. Este período, subdividido em duas fases ou épocas, sendo:

O período que se seguiu à independência, caracterizada de uma economia


planificada, de orientação socialista, e seguiu-se o período de economia de
mercado com início em 1992. No período a seguir a independência, foram
estabelecidos através do SNS, os princípios da universalidade e gratuitidade
dos cuidados de saúde, exclusivamente prestados pelo Estado, assentes na
estratégia dos Cuidados Primários de Saúde (CPS). Este período foi também
caracterizado na primeira década da independência, pelo alargamento da
rede sanitária e pela escassez de Recursos Humanos em Saúde (RHS),
segundo dados estatísticos, na altura, no período a seguir a independência,
só se encontravam em Angola pouco mais de 20 médicos, tendo, na ocasião,
o Governo/Estado, que recorrer à contratação de profissionais recrutados ao
abrigo dos acordos de cooperação.

Na segunda fase do período pós-independência, a primeira parte deste é


caracterizada pelo recrudescimento do conflito armado (guerra civil),
reformas políticas, administrativas e económicas que tiveram de certa
maneira, um impacto negativo sobre o Sistema Naciona l de Saúde, tais
como: a destruição e redução drástica da rede sanitária. Em 1992, através da
Lei 21-B/92, de 28 de Agosto, é aprovado a Lei Base do SNS e o Estado
angolano deixa de ter exclusividade na prestação de cuidados de saúde, com

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HISTÓRIA E LEGISLAÇÃO 29

a autorização do sector privado na prestação dos serviços de saúde. Foi


também introduzida a noção de comparticipação dos cidadãos nos custos de
saúde, mantendo o sistema tendencialmente gratuito. Na segunda parte da
fase da economia de mercado, é caracterizado pelo alcance da paz, que se
traduziu numa estabilidade macroeconómica, intenso esforço de reabilitação
e reconstrução nacional de que tem beneficiado o SNS.

Neste período, regista-se um aumento significativo dos recursos


financeiros do Estado alocados ao sector da saúde. Em 1992, através da Lei
21-B/92, de 28 de Agosto, é aprovado a Lei Base do SNS e o Estado
angolano deixa de ter exclusividade na prestação de cuidados de saúde, com
a autorização do sector privado na prestação dos serviços de saúde. Foi
também introduzida a noção de comparticipação dos cidadãos nos custos de
saúde, mantendo o sistema tendencialmente gratuito.

A partir da análise do Sistema Nacional de Saúde (SNS) de Angola,


garantido pela Lei de Base de 1992, a saúde tem como princípios ser
universal, tendencialmente gratuita, prestar atendimento integral e garantir a
equidade no acesso dos utentes, com gestão descentralizada e participativa.

Prevenção de enfermidades e promoção da saúde em grupos populacionais


definidos; Acesso equitativo aos serviços, a garantia de sua qualidade e a
incorporação da perspectiva da saúde pública nas políticas nacionais
de saúde.

7. ESTATUTO ORGÂNICO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

ESTATUTO ORGÂNICO DO MINISTÉRIO DA SAUDE

CAPÍTULO I
Natureza e Atribuições
Artigo 1.º
(Natureza)

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O Ministério da Saúde, abreviadamente designado por MINSA, é o órgão


da administração central do Estado que controla,
executa, supervisiona e fiscaliza a política nacional de saúde.

Artigo 2.º
(Atribuições)
1. Compete ao Ministério da Saúde o seguinte:

a) Elaborar e propor a política nacional de saúde; velar


pela sua correcta implementação, monitorização e avaliação periódica;

b) Promover o desenvolvimento sanitário do País em coordenação com


os sectores nacionais afins e parceiros das comunidades nacional
e internacional;

c) Promover o controlo e a luta contra as doenças endemoepidémicas;

d) Promover a saúde da população em geral e em particular da


população vulnerável, principalmente criança e mulher, tomando as
medidas necessárias, para garantir
a equidade e acessibilidade aos cuidados, de saúde;

e) Elaborar programas para a resolução de problemas específicos de


saúde e submetêlos à aprovação do Conselho de Ministros;

f) Promover o desenvolvimento dos recursos humanos, participando na


sua planificação, formação e fiscalização do exercício das profissões de
saúde em colaboração com outras instituições competentes;

g) Coordenar e orientar prestação de


cuidados de saúde a nível do sistema nacional de saúde, tomando
medidas para a elevação constante da qualidade dos mesmos;

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h) Promover o estilo de vida; meio ambiente e alimentação


saudáveis, divulgando os conhecimentos para a modificação positiva de
comportamento;

i) Velar pela aplicação da legislação sanitária nacional e internacional


e demais legislação de interesse de saúde pública;

j) Promover e coordenar a mobilização social


e dos recursos para o desenvolvimento da saúde;

k) Promover e implementar tecnologias apropriadas de


saúde, particularmente nos domínios de infraestruturas,
farmacêutico, meios médicocirúrgicos e não médicos;

l) Emitir a autorização ou a retirada de circulação no mercado nacional de


medicamentos, produtos farmacêuticos e fitoterapêuticos;

m) Incentivar a investigação no domínio da saúde e a sua


utilização para melhoria do estado da saúde da população;

n) Promover, em parceria com outros organismos, a medicina legal;

o) Exercer outras funções que lhe forem acometidas.

CAPÍTULO II
Da Organização em Geral
Artigo 3.º
(Direcção)
1. O Ministério da Saúde é dirigido pelo respectivo Ministro, coadjuvado
por ViceMinistro (s) no exercício das suas funções.

2. As áreas para o acompanhamento, tratamento e decisão do(s)


ViceMinistro(s) definirseão por despacho de delegação
de competências do Ministro.

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HISTÓRIA E LEGISLAÇÃO 32

3.O Ministro e o(s) Vice-


Ministro(s) funcionam através de gabinetes que lhes são exclusivos.

Artigo 4.º
(Estrutura Orgânica)
A estrutura orgânica do Ministério da Saúde
compreende os seguintes órgãos:

1. Órgãos de apoio consultivo:

a) Conselho Consultivo;

b) Conselho de Direcção.

2. Órgãos de apoio técnico:

a) Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística;

b) InspecçãoGeral de Saúde;

c) Gabinete Jurídico;

d) SecretariaGeral;

e) Junta Nacional de Saúde.

3. Órgãos de apoio instrumental:

a) Gabinete do Ministro;

b) Gabinete do(s) ViceMinistro(s);

c) Gabinete de Intercâmbio Internacional.

4. Órgãos executivos centrais:

a) Direcção Nacional de Saúde Pública;

b) Direcção Nacional de Recursos Humanos;

c) Direcção Nacional de Medicamentos e Equipamentos.

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HISTÓRIA E LEGISLAÇÃO 33

5. Órgãos tutelados:

a) Instituto Nacional de Saúde Pública;

b) Instituto de Combate e Controlo das Tripanossomíases;

c) Hospitais de Referência.

6. Órgãos executivos locais:

a) Direcções Provinciais de Saúde;

b) Departamentos Municipais de Saúde.

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