Agenda Verde
e Escatologia
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Raniere Menezes
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-Abril de 2023 -
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Agenda Verde e Escatologia
Autor:Raniere Menezes
© 2023 Raniere Menezes
Revista Cristã Última Chamada
- Edição de Abril de 2023 –
Capa:César Francisco Raymundo (Imagem de Annca por Pixabay.com)
Diagramação:César Francisco Raymundo
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Revista Cristã Última Chamada publicada
com a devida autorização e com todos os
direitos reservados no Escritório de Direitos
Autorais da Biblioteca Nacional do Rio de
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É proibida a distribuição deste material para fins comerciais.
É permitida a reprodução desde que seja distribuído gratuitamente.
Editor
César Francisco Raymundo
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Abril de 2023
Londrina - Paraná
Índice
1. Introdução 07
- Contextualização do discurso ecológico na sociedade atual
2. A ciência não é conclusiva 10
3. Agenda Verde como ideologia 14
4. A Agenda Verde da União Europeia 26
5. Green Deal 28
6. A política do Oriente Médio, Rússia e China em relação ao Green
Deal 32
7. O caminho prudente da revisão 36
8. Acordos climáticos 39
9. Problemas de cooperação 42
10. Polarização política, soluções e esperança 46
11. Polêmicas eco ativistas 51
12. Dissonância cognitiva 53
13. Alarmismo climático 57
14. Contra ofensiva anti agenda verde 61
15. Desconfiança 65
16. Hipocrisia verde 67
17. Investimento Social Ambiental e Governança (ESG) 74
18. Virando a chave da agenda verde 81
19. Pacto de Lausanne e mordomia cristã 90
Obras importantes para pesquisa 97
1
Introdução
Contextualização do discurso
ecológico na sociedade atual
____________________________
Ah, o discurso ecológico, tão inofensivo, não é mesmo? Afinal, é só
mais um tema tão nobre apoiado por algumas instituições. Mas
espera aí, tem algo mais acontecendo. Só os fanáticos pelo clima não
querem aceitar, mas este discurso de "crise climática" vem como uma
avalanche há décadas e só deu uma pausa no período da pandemia do
Covid-19. E agora retoma com força total.
Parece que todos os partidos políticos estão se apressando em
"reciclar" as ideias ecológicas, e agora temos um pensamento
ecológicomeio fanatizado sendo imposto a todos, sem contestação
alguma. É incrível como esse discurso onipresente monopoliza as
mídias, o espaço do pensamento público. É como se a natureza fosse
a nova religião, e todos precisassem se ajoelhar perante ela. A agenda
verde de Davos quer que a gente ande de bicicleta, coma sanduiche
de inseto e more numa casa de garrafa pet, enquanto poluem os céus
com seus jatinhos, arrotam escargot e moram em mansões.
E olha só, uma nova ideologia está emergindo, disfarçada de
proteção à natureza. Mas será que estamos percebendo o controle
indireto que está sendo imposto em todos os setores da sociedade? A
7
economia sendo restrita sem sentido, as mídias sempre seguindo o
que é politicamente correto, e até mesmo a educação,
o lazer, os transportes, tudo sendo afetado. É um verdadeiro
sufocamento da liberdade individual em nome do "bem maior" do
meio ambiente.
Será que não estamos diante de um discurso totalitário disfarçado?
Uma ditadura verde, que usa a bandeira da sustentabilidade para
impor suas ideias e limitar nossas escolhas? É assustador ver como
esse discurso ecochato está tomando conta de tudo, como um câncer
se espalhando pela sociedade. As vozes dissidentes são silenciadas,
rotuladas como inimigas do planeta. É de tirar o fôlego o quão longe
essa histeria ecológica pode chegar! O problema é que não se trata só
de proteger o sistema ecológico, mas mudar os sistemas políticos.
É hora de acordar e enxergar a verdade por trás dessa farsa verde.
Não deixemos que uma suposta preocupação com o meio ambiente
nos transforme em marionetes de uma ideologia totalitária, que busca
controlar cada aspecto de nossas vidas. Chega de sermos
manipulados por essa onda verde, que sufoca nossa liberdade em
nome de uma suposta salvação planetária. É hora de questionar,
resistir e proteger nossos direitos e nossa autonomia antes que seja
tarde demais.
Será que não estamos diante de um discurso com potencialidades
revolucionárias que foram subestimadas?
É irônico como os chamados "fascistas do clima" ficam chateados
quando a realidade não se alinha com suas previsões apocalípticas.
Eles adoram os doces de desastre, mas quando os fatos mostram que
a situação não é tão grave como eles imaginavam, eles parecem
decepcionados. Às vezes, parece que precisamos tirar as pessoas
estúpidas do mundo fora do escritório antes que seja tarde demais.
8
Principalmente quando vemos mais danos à camada de ozônio
causados pelos políticos com seu metano verbal do que pelos animais
de fazenda. Talvez a solução seja proibir a respiração entre os
membros do Congresso. Parece uma ideia absurda, mas quando
vemos as decisões duvidosas que eles tomam, a humanidade poderia
se beneficiar muito se eles fizessem uma pausa para respirar e soltar
gases.
E o que dizer das elites que voam em seus jatos particulares,
contribuindo para a emissão de gases do efeito estufa? Seria um gesto
significativo se eles estacionassem suas aeronaves e encontrassem
formas mais sustentáveis de viajar. As ovelhas comuns do rebanho
humano global são frequentemente apontadas como um problema,
mas talvez o verdadeiro gado perigoso sejam aqueles que defendem
ideias radicais sem considerar as consequências.
Às vezes, é preciso ter cuidado com as ideias que são promovidas.
Recentemente, li um argumento bizarro de que os comunistas são
como gados que precisam ser mascarados e possivelmente
ordenhados. Parece uma teoria da conspiração maluca que não faz
sentido algum. É importante sempre verificar as fontes e não cair em
teorias infundadas, mas é real! Há congressistas europeus que querem
colocar máscaras e fraldas nas vacas para diminuir a emissão de gases.
Os mesmos criadores dessas ideias são os mesmos que incentivam
produzir proteínas em laboratórios e comer insetos.
Estes eco fanáticos e seus planos de carne falsa e casas minúsculas
podem parecer ameaças existenciais para alguns, mas será que é
realmente o caso? É importante olhar com cuidado para as
informações que recebemos e não entrar em pânico com teorias
alarmistas. A verdade é que já temos máquinas que "comem" CO2 e
produzem oxigênio, e elas são chamadas de árvores. São maravilhas
da natureza que estão ao nosso redor, ajudando a equilibrar nosso
ecossistema.
9
Falar sobre manter máscaras em animais de estimação ou em vacas
para controlar suas emissões de gases é uma ideia absurda. É
importante ter um olhar realista e sensato sobre as soluções propostas
para os problemas ambientais. Não vai demorar e seremos multados
por soltar gases na rua.
Estamos alimentando fascistas do clima e eles ficam muito
chateados quando você tira o doce de desastre deles. Eles se
retroalimentam com os discursos apocalípticos de tragédias equando
alguém diz que não é bem assim, ficam furiosos. É preciso contestá-
los de um jeito ou de outro. Esses fomentadores do medo e
engenheiros pandêmicos passaram dois anos anos brincando de
ciência e agora retomaram o discurso da crise climática com toda
bagagem da experiência Corona. De algum modo precisamos levantar
vozes contrárias aos experimentos dos engenheiros pandêmicos e não
permitir que as pessoas continue engolindo o anzol, a linha e a
chumbada!
Quero que os verdinhos insanos expliquem como as vacas que
comem capim são prejudiciais, mas os veganos que comem capim
não são. Nada contra vegetarianos e veganos, mas, sim, contra a
imposição ideológicas desses ativistas. E não só desses, em especial,
mas de muitos outros eco ativistas que veremos neste e-book.
O jornalismo, em algum momento já cumpriu seu papel em
noticiar, mas hoje atua como uma agência ideológica. O sistema de
educação, igualmente, não promovem formação, mas trabalham
como uma ferramenta revolucionária. Dois anos de experiência
Corona desmoronaram todo edifício acadêmico cientifico construído
por décadas. Cada um dizia uma opinião diferente e cada um fazia o
que achava mais certo, e assim virou um pandemônio em
desinformação.
Ah, a mudança climática, o truque perfeito para acabar com as
classes médias e estabelecer um governo global marxista liderado pela
10
China! Ou pelo menos é o que os teóricos da conspiração querem
que você acredite. Afinal, quem precisa de fatos comprovados
quando você pode simplesmente inventar sua própria realidade? Não
precisamos cair em teorias da conspiração criadas pelos céticos ou
pelos fanáticos. Precisamos, sim entender o mínimo para não morder
a isca, o anzol, a linha e a chumbada, como falamos anteriormente.
Apenas isso! Não vamos entender o que acontece nos bastidores de
Davos ou do Partido Chinês, e quando alguém diz que sabe, não
sabe, é um especulador.
11
2
A Ciência não é Conclusiva
____________________________
A ciência não tem ainda estudos 100% conclusivos, imparciais,
amplo, sobre mudança climática, ora culpam a própria natureza, ora a
ação humana. Ok, não temos 100% mas podemos ter
50/60/70/80/Zero% de suposições? Intuições? Mas "evidências
comprovadas", geralmente são os políticos e ativistas que têm. Fatos
verificáveis... nem a pós-pandemia forneceu.
Os gurus de Davos e do Fórum Mundial de Economia, com suas
previsões do clima tão precisas quanto um palpite de adivinhação,
estão possivelmente tramando para nos privar de algo. Eles querem
que andemos de bicicleta enquanto eles voam em seus helicópteros e
jatos particulares. Ah, a hipocrisia da elite é uma coisa linda de se ver!
E tem mais! Essa história de monitorar as residências para controlar
nossos movimentos é apenas o começo. Em breve, teremos o
"Grande Irmão" nos observando o tempo todo, como se já não
bastasse a paranoica conspiração dos ecofascistas. Será que o
próximo passo será implantar chips de rastreamento em nossos
cérebros? Nem precisa, já vamos ao banheiro com nosso
smarthphone.
É tudo tão absurdo que chega a ser engraçado. Os fanáticos do
clima, os alarmistas e os céticos, todos têm seu papel nessa
dramatização. Enquanto alguns andam de bicicleta e fazem protestos,
12
outros voam em jatos particulares e fazem discursos inflamados. É
uma verdadeira festa de hipocrisia e contradições!
Então, vamos lá, pessoal, continuem com suas teorias da
conspiração e suas batalhas ideológicas. Afinal, quem precisa de fatos
quando se tem crenças infundadas? E quem precisa de soluções
sustentáveis quando se pode apenas apontar dedos e criar inimigos
imaginários? Afinal, é tudo apenas ficção, certo? Ninguém será
prejudicado por uma pequena dose de sarcasmoe ironia. Será?
Mas falando sério, a verdade é que a mudança climática é um
desafio real e urgente que precisa ser enfrentado com base em
"evidências científicas sólidas" (algo, hoje, em processo) e ações
concretas. Ignorar os fatos e se perder em teorias da conspiração só
nos leva a um beco sem saída.
Em vez de buscar inimigos imaginários e criar narrativas
mirabolantes, precisamos olhar para a verdadeira ciência (que
questiona!) e para as soluções reais. Afinal, a energia é de fato a força
vital de nossa sociedade, e é responsabilidade de todos nós trabalhar
juntos para encontrar maneiras sustentáveis de garantir um futuro
saudável para nosso planeta. A agenda verde não deve ser
exclusividade de uma turba ideológica, mas deve existir o contrapeso,
não apenas de céticos, negacionistas, mas de questionadores em geral.
Então, em vez de nos perdermos em teorias da conspiração e
brincar de "quem voa de jato particular e quem anda de bicicleta",
vamos focar em ações concretas para proteger nosso meio ambiente
e criar um futuro melhor para as próximas gerações. E o primeiro
passo é questionar, duvidar, gerar autocrítica, não cair em fanatismo
cego ou ceticismo tolo. Sim! Temos muitos problemas gerados pelo
mau uso de recursos naturais, mas não podemos cair em discursos
manipuladores de ativistas financiados, é preciso que as máscaras dos
justiceiros climáticos caiam e vejamos as faces dos lobistas. Será um
começo razoável.
13
3
Agenda Verde como Ideologia
____________________________
As atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis e o
desmatamento, têm levado a um aumento na concentração de gases
poluentes na atmosfera, causando problemas urbanos. A agenda
verde enfatiza que a ação humana está gerando uma crise climática
irreversível que por fim destruirá a terra, e centralizam sua tese no
efeito estufa, aquecimento global e consequências negativas diversas.
A ênfase do discurso dessa agenda verde é o termo "crise". Por causa
dessa "crise", para combatê-la, existe a proposta de agenda verde.
Nesta agenda surgem estratégias abrangentes para mitigar os supostos
impactos adversos das mudanças climáticas.
A agenda verde é um conjunto de políticas e ações voltadas para a
transição de uma economia sustentável e de baixo carbono, com o
objetivo de reduzir a emissão de gases de efeito estufa, conservar os
recursos naturais, proteger a biodiversidade e melhorar a qualidade de
vida das comunidades. Essa agenda busca abordar a crise climática de
forma integrada, considerando as dimensões econômicas, sociais e
ambientais. No papel, o discurso é bonito, mas na prática, as
implicações da agenda envolvem muitos fatores que precisam de um
segundo olhar. Podemos examinar alguns pontos de um amplo
esboço da agenda verde, tais como:
Descarbonização da economia: Este termo "descarbonização" é
carro-chefe nas discussões climáticas. Nada mais é que "reduzir as
14
emissões de gases poluentes e visa promover a transição de baixo
carbono ou zero carbono. Isso pode incluir a adoção de fontes de
energia renovável, como solar, eólica, hidrelétrica, biomassa e
geotérmica, além de investimentos em tecnologias de energia limpa e
eficiência energética. Também pode envolver a promoção de
transporte público sustentável, o incentivo à eletrificação dos
transportes e a redução da dependência de combustíveis fósseis.
A descarbonização em si é excelente. Muitos telhados de casas e
prédios já fazem uso de painéis solares, capturando a energia do sol
para abastecer nossas necessidades energéticas. Os parques eólicos
estão espalhados pelo campo, com suas enormes turbinas gerando
eletricidade sem produzir poluentes. No entanto, hoje, ainda não são
tecnologias baratas e acessíveis as grandes populações. Há uma
tendência positiva que a nanotecnologia possa diminuir o tamanho e
os custos dos painéis captadores de energia. As baterias dos
automóveis elétricos também poderão evoluir e baratear os carros e o
abastecimento energético dos veículos. teoricamente trata-se de
energia limpa e silenciosa. Hidrogênio pode ser outro caminho
alternativo.
A fabricação do carro elétrico polui muito mais do que um carro a
combustão. E também gerar energia para abastecer um carro não
vem de fontes limpas.
Nos EUA, 60% da energia vem de fontes fósseis como carvão, gás
ou diesel. No Brasil é gerado energia através de hidroelétricas e o
etanol polui menos que um carro elétrico. No equilíbrio entre
poluição da produção de energia e carros com energia "limpa", não é
uma vantagem extraordinária antipoluente. A descarbonização neste
caso é relativa, porém existe toda uma pressão por parte de alguns
para que haja uma transição do combustível fóssil para elétricos.
Um exemplo de "forçada de barra" do setor automobilístico. A
picape Hummer elétrica emite mais CO2 do que um Chevrolet
15
Malibu a gasolina. Só o peso da bateria do Hummer é equivalente a
um peso de um Corolla, 1300 kg. Reduzir o dióxido de carbono é um
assunto complexo e controverso. Não é um assunto livre de críticas e
preocupações. Tudo bem que provavelmente são as dores da
transição energética e que deve ser melhorada, aperfeiçoada e
barateada. Hoje é mais cara em comparação com carvão e petróleo. É
difícil equilibrar a balança da competitividade econômica e de
poluição. Outro impacto é o social, a transição para a
descarbonização também pode ter impactos sociais, como a mudança
de empregos em setores que dependem de combustíveis fósseis para
indústrias mais verdes. Isso pode levar à perda de empregos em
setores como carvão, petróleo e gás, e pode ser difícil para as
comunidades afetadas se adaptarem às mudanças econômicas e
sociais resultantes. Não é a toa que os gigantes globais como Rússia,
China, EUA/UE, Oriente Médio estão num cabo de guerra nestas
questões.
Dependência de tecnologia. A descarbonização muitas vezes requer
o desenvolvimento e a adoção em larga escala de novas tecnologias,
como energia solar, eólica, armazenamento de energia e captura e
armazenamento de carbono. Alguns críticos argumentam que há
incertezas em relação à disponibilidade dessas tecnologias em larga
escala e aos riscos associados à dependência de tecnologias
emergentes, bem como possíveis impactos ambientais e sociais
indesejáveis associados a certas tecnologias. Não é fácil mudar o
curso de um transatlântico num mar agitado. Há muito poder em
jogo. Há um conflito de forças e interesses em acelerar ou desacelerar
a transição da descarbonização, e por isso mesmo, neste cenário há
muita negociação em cima e em baixo da mesa.
Interesses comerciais e políticos. É exatamente a negociação
debaixo da mesa. Adescarbonização também pode ser alvo de críticas
relacionadas a interesses comerciais e políticos. Setores que são
altamente dependentes de combustíveis fósseis, como a indústria de
petróleo e gás, podem resistir à descarbonização devido ao impacto
16
potencial em seus lucros e à perda de poder político. Isso pode levar
a lobby e oposição a medidas de descarbonização, bem como à falta
de vontade política para implementar políticas de mitigação das
mudanças climáticas. Quando acaba a negociação entra-se para as
ameaças.
O debate em torno da descarbonização é central e alimenta todo
discurso da tão falada crise climática e agenda verde. O motor que
gera todos os debates ideológicos gira em torno de interesses
econômicos e políticos. Esse movimento da agenda verde mexe com
setores tradicionais como a indústria pesada de petróleo, agricultura e
outras empresas, as quais colocam pressão contra medidas aceleradas,
gerando debates e disputas. Veremos mais a frente que o eco
ativismo ecológico é usado como ponta de lança de todo esses
ecossistema poderoso industrial. A crise climática é reforçada em seus
pressupostos e trincheiras ideológicas são cavadas. Neste processo,
comunidades, grupos, como indígenas, comunidades costeiras e
países em desenvolvimento podem ser usados por ambos os lados da
disputa dos investidores de energias sob bandeiras de justiça,
benefícios e responsabilidades para pressionar mudanças ou
desacelerar a pressão. É importante notar que não há neutralidade
nesta disputa. As políticas governamentais nisso são apenas braços
movidos pelos interesses dos investidores.
E não estamos tratando de um cenário claro como quer passar os
documentários alarmistas do fim do mundo, há toda uma gigante
zona cinza no entendimento real sobre clima e poluição. São muitas
incertezas científicas e complexidade. A natureza complexa e
interconectada do sistema climático pode dificultar a compreensão
precisa dos efeitos das mudanças climáticas e das melhores estratégias
para enfrentá-las. Incertezas científicas, como lacunas na
compreensão das projeções de longo prazo ou a eficácia de certas
soluções, podem gerar debates e controvérsias, e geram.
17
Esta zona cinza de incertezas mais resistência à mudança é a
fórmula para o impasse atual. Há muito dinheiro envolvido, a
indústria fóssil é imensa, as mudanças são lentas, a agenda verde
pressiona com urgência as mudanças, as mudanças de hábitos e
comportamentos dos consumidores de novas tecnologias podem
encontrar resistências (além do mais estes consumidores são
bombardeados com publicidade contra e favor à mudança), adoção
política é outro grande problema, envolve muito lobby e dinheiro. A
resistência à mudança pode surgir por razões culturais, econômicas,
políticas ou psicológicas, o que pode dificultar a adoção de medidas
favoráveis a ambos os lados da disputa.
Há também problemas de falta de cooperação internacional. A falta
de consenso e cooperação entre os países em relação às políticas
climáticas e aos compromissos de redução de emissões pode
dificultar a implementação de mudança energética. As ideologias
inseridas na discussão dessa mudança são apenas meios para que
grupos possam alcançar seus objetivos, contra ou a favor.
O assunto da chamada crise climática e da agenda verde gera
muitos debates por uma série de razões, podemos elencar algumas,
como:
Complexidade. A crise climática é um problema complexo e
multidimensional, envolvendo questões científicas, econômicas,
políticas, sociais e éticas. A busca por soluções efetivas requer a
compreensão e a abordagem de várias perspectivas e a consideração
de diversos interesses e valores, o que pode levar a debates
acalorados. O próprio termo "crise climática", por vezes, não é nem
aceito como razoável para os céticos. Boa parte do glossário dos eco
ativistas são contaminados, tendenciosos desde sua terminologia.
Interesses divergentes. A transição para uma economia de baixo
carbono e a implementação de políticas de proteção ambiental
podem envolver mudanças na forma como as atividades econômicas
18
são conduzidas e nos interesses de diferentes setores da sociedade,
como indústria, agricultura, energia e transporte. Isso pode gerar
debates e conflitos de interesses entre diferentes grupos, que podem
ter visões diferentes sobre os impactos, benefícios e custos dessas
políticas. Não é um assunto pacífico e é preciso discernimento para
filtrar os interesses escusos de ambos os lados.
Incerteza científica: Embora haja um consenso científico
esmagador de que as atividades humanas estão causando a mudança
climática, ainda existem debates e ceticismo em relação aos detalhes e
às projeções precisas do impacto das mudanças climáticas no futuro.
Essa incerteza científica pode levar a debates sobre a urgência e a
necessidade de ação em relação à crise climática. A ciência, seu status
e reputação, sofreu um grande choque de realidade durante a
pandemia do Covid-19.
Durante a pandemia de COVID-19, houve algumas críticas
levantadas contra a ciência, embora muitos dos especialistas concorde
que a ciência desempenhou um papel crucial na compreensão e
resposta à pandemia. No entanto, algumas críticas foram levantadas, e
que servem de exemplo como os "especialistas" muitas vezes agem
como "engenheiros sociais". De um lado a lentidão da tartaruga
científica em dar respostas para tratar o problema e de outro a
rapidez do coelho da desinformação. Deu trabalho filtrar as teorias da
conspiração relacionadas ao COVID-19, dificultando a resposta
adequada à pandemia. E autocensura e
indústria farmacêutica pressionando a opinião pública, mídia e
sufocando médicos com visões diferentes. Será que não acontece o
mesmo com este problema climático? Não percamos esta memória
da lambança da ciência na pandemia.
Resposta científica temerosa: A pandemia do COVID-19 exigiu
uma resposta rápida da comunidade científica para entender o novo
coronavírus, desenvolver testes, tratamentos e vacinas. E acabou
criando um grande laboratório experimental com lucratividade
19
trilionária, colocando em risco populações. Impondo seu poder
comercial sobre governos e empresas. Em nome da ciência
desarmaram preocupações sobre a qualidade e confiabilidade das
evidências geradas em um curto período de tempo. A combinação
entre poderosas empresas farmacêuticas e vassalagem política gerou
um cenário de desconfiança. A população virou brinquedo nas mãos
de burocratas estúpidos com suas medidas inconstantes de
prevenção, tratamento e restrições. Isso levou a críticas de falta de
clareza e consistência nas orientações científicas, causando confusão e
desconfiança em algumas partes da população. Com razão! E porque
devemos confiar em eco ativistas agora?
É importante notar que a ciência é um processo em constante
evolução e possui excelentes avanços que devem ser louvados. A
crítica que se faz é derivada das inconsistências de atores envolvidos
em certos casos, como o da pandemia do COVID-19. É essencial
continuar a apoiar e confiar na ciência para enfrentar os desafios
globais, mas com os olhos bem abertos.
Não faz sentido, por exemplo, eliminar as usinas de energia nuclear
de modo acelerado, por pressão dos eco ativistas e interessados
ocultos, como aconteceu na Europa recentemente, causando uma
vital dependência de gás russo, e de repente, por causa da guerra
entre Rússia e Ucrânia, países como a Alemanha terem que reativar
usinas de carvão. Qual a lógica climática disso? E mesmo na
iminência de faltar aquecimento nas casas num rigoroso inverno, os
eco ativistas ainda bloqueiam carregamentos de carvão via ferrovias.
Alguns deputados alemães declararam que fechar usinas nucleares é
um erro estratégico e deixará o país vulnerável em termos de energia.
As incoerências durante a pandemia não se compara com a
insanidade do tema mudança climática.
A China, a maior poluidora do mundo, exige liderança na cúpula do
clima. O Papa Francisco ameaçou uma “crise” iminente da mudança
climática que poderia causar danos incalculáveis à humanidade. O
20
papa enviou uma série de mensagens contraditórias em sua homilia
anual para o Dia Mundial dos Pobres, espalhando um medo intenso
de possíveis desastres da mudança climática. O Papa Francisco
alimentou o medo de um apocalipse climático iminente para incitar as
pessoas à ação. Ao mesmo tempo, o papa afirmou que a humanidade
tem apenas “dez anos” para restaurar o ecossistema da Terra. Outro
profeta da desgraça foi o próprio alarmista-chefe da ONU, António
Guterres, que alertou os participantes nas reuniões da COP27 de que
o mundo está em “uma estrada para o inferno climático” devido ao
“vício em combustíveis fósseis” da humanidade.
Ideologias e valores são apenas vetores dessa disputa por domínio
de narrativas. A crise climática e a agenda verde são temas sensíveis e
controversos com base em ideologias e valores pessoais, como a
visão de mundo, crenças religiosas, preferências políticas e culturais.
Isso pode levar a debates e divergências de opinião, muitas vezes
difíceis de conciliar.
A mudança climática, superpopulação e a agenda verde são temas
complexos e multidimensionais que envolvem interesses divergentes,
incertezas científicas, custos e benefícios, ideologias e valores, e
prioridades e urgência. Esses fatores contribuem para a geração de
debates acalorados em torno do assunto, muitas vezes distantes da
ética. Alarmistas querem renomear as expressões “aquecimento
global” e “mudança climática” porque dizem que não assustam o
suficiente, ativistas propõem uma mudança de linguagem para “crise
climática” ou “colapso ambiental”, com a ajuda de publicitários. O
lobby ambiental e ativistas estão procurando maneiras de aumentar
ainda mais a preocupação usando uma linguagem mais explosiva.
Talvez um nome mais forte incentive mais pessoas a comerem
insetos como proteína alternativa.
A Assembleia Geral das Nações Unidas adotou uma resolução em
março de 2023 solicitando que a Corte Internacional de Justiça (CIJ)
ofereça ao mundo diretrizes sobre quais responsabilidades legais os
21
países têm para combater as “mudanças climáticas”. Ou seja, estão
querendo acelerar a judicialização climática.
Enquanto os líderes da União Europeia, defensores da agenda
verde, participaram da cúpula de mudanças climáticas COP27 da
ONU em jatos particulares, um paradoxo chama a atenção. Esses
políticos verdes da UE pregam que os europeus enfrentem a escassez
de energia, ataques à agricultura e pesadas medidas de tributação
verde, mas não parecem dispostos a abrir mão de seus próprios
confortos pessoais, viajando em dragões queimadores de gasolina.
Enquanto isso, o cidadão europeu comum provavelmente enfrentará
mais um ano de altos preços de energia e possíveis escassez de gás,
com a falta de combustíveis fósseis russos no mercado deixando a
União Europeia com um déficit considerável que a energia verde
provavelmente não será capaz de preencher.
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, prometeu acelerar os
planos de implementação da agenda anti- agricultor sobre as emissões
de nitrogênio. A Comissão Europeia ordenou que a Holanda
cumprisse o programa Natura 2000, o que pode impor sanções ao
país se as emissões de nitrogênio não forem reduzidas. Os
agricultores holandeses protestaram contra os planos de Rutte,
argumentando que a redução das emissões de nitrogênio teria altos
custos e ameaçaria o futuro de muitas fazendas. Na prática o
resultado dessa pressão é fechamento de fazendas.
De acordo com o Dr. Richard Lindzen, renomado cientista
climático do MIT, a humanidade não deve tomar medidas drásticas
em relação ao aquecimento global, mas sim focar na "resiliência". Em
uma entrevista recente com Andrew Bolt, da Sky News Australia,
Lindzen, que é físico atmosférico e professor emérito de
meteorologia do MIT, afirmou que o alarmismo climático é baseado
na exploração da ignorância das pessoas para promover o medo
como uma alavanca de ação.
22
Essa visão contrasta com o apelo do secretário-geral da ONU,
António Guterres, que nasemana passada afirmou que uma "ação
climática em alta velocidade" é urgentemente necessária para evitar
um iminente "Armagedom climático". Guterres instou todos os
países a acelerarem maciçamente os esforços climáticos, destacando
que a "bomba-relógio climática está funcionando". Greta Thunberg
foi forçada a deletar um tweet prevendo que o mundo não poderia
mais ser salvo em 2023.
Em outras palavras, 2023 é o ponto de não retorno. Se não
pararmos de usar combustíveis fósseis até então, não haverá mais
nada a ser feito. Se é assim, o movimento ambiental pode
simplesmente desistir. Afinal, de que adianta tomar ações se já é tarde
demais? Se estamos fadados ao fracasso.
Dr. Richard Lindzen, conhecido por suas pesquisas sobre a
dinâmica da atmosfera, incluindo o estudo das marés atmosféricas e
as interações entre a atmosfera e os oceanos, afirmou que há um
"consenso bastante universal" de que mesmo se todos os países da
Anglosfera e da União Europeia fechassem completamente suas
atividades industriais para evitar a emissão de CO2, o impacto no
clima seria insignificante.
Lindzen defendeu com firmeza que os efeitos causados pelos gases
de efeito estufa de origem humana no clima são exagerados e que a
variabilidade natural desempenha um papel mais significativo nas
mudanças climáticas do que é geralmente reconhecido. Além disso,
ele argumentou que a comunidade científica é precipitada em atribuir
mudanças climáticas à atividade humana, destacando a necessidade de
mais pesquisas para compreender plenamente as complexidades do
sistema climático terrestre. Na verdade, ele acredita que não há
nenhuma ameaça iminente no horizonte e que o melhor caminho é
enriquecer a sociedade.
23
Enquanto do outro lado da moeda, os profetas da desgraça, como
George Soros, o bilionário financista e conhecido financiador de
causas progressistas, declarou que o mundo deve se concentrar em
enfrentar o "verdadeiro problema" - a mudança climática. Soros
escreveu um artigo enfatizando a importância das mudanças
climáticas. Ele também é conhecidoentre seus detratores por fazer
várias declarações bizarras e megalomaníacas, como sua franca
admissão de que havia “me imaginado como uma espécie de deus”
no início de seu livro de 1987, The Alchemyof Finance.
Não precisa ser adepto de teoria da conspiração para ligar os
pontos que ecos ativistas são financiados. É ser ingênuo não
reconhecer que eco ativistas franceses que tocam fogo em viaturas
policiais em protesto contra projeto de irrigação de fazendeiro
nãosejam financiados.
Milhares de policiais entraram em confronto com ativistas radicais
da mudança climática na França durante protestos contra a
construção de um reservatório artificial de água da chuva para
irrigação de fazendas. Cerca de 6.000 ativistas foram confrontados
por 3.000 policiais na região de Deux-Sèvres, no oeste da França. Os
ativistas, que se opõem ao projeto com base no impacto da mudança
climática na distribuição de água. Seis mil ativistas não surgem do
nada. Isto é fato, que há investimentos e interesses ocultos.
Tenho acompanhado com vivo interesse as acaloradas discussões
acerca dos potenciais impactos sociais da mudança climática, que
foram despertadas recentemente após a pandemia COVID-19. As
opiniões oscilam entre o pessimismo extremo, com visões de
desgraça e catástrofe iminentes, até a confiança inabalável de que
nada terrível ocorrerá, e até mesmo a esperança de que todos nós
sairemos beneficiados dessa crise climática. E nessas discussões não
existe neutralidade.
24
Tem acontecido algo similar a publicidade "chocante" nas
embalagens de cigarros para alertar os efeitos nocivos do fumo.
Documentários apocalípticos tentam simular “os efeitos desastrosos
da mudança climática” e pode ser muito emocionante, mas na prática
quais são as atitudes tomadas? A impressão que dá ao ver esses
grupos de eco ativistas é que eles pedem revolução socialista,
mudança climática é só um pretexto para impulsionar mudança de
sistema.
25
4
Agenda Verde na
União Europeia (UE)
____________________________
A "Agenda Verde" da União Europeia (UE) é um conjunto
abrangente de políticas e estratégias voltadas para a proteção do meio
ambiente, a promoção da sustentabilidade e a mitigação das
mudanças climáticas. A Agenda Verde foi apresentada pela Comissão
Europeia em 2019 como parte do Plano de Ação para uma Economia
Circular e é uma das principais prioridades da UE para o
desenvolvimento sustentável.
A Agenda Verde da UE abrange várias áreas-chave, incluindo:
Ação climática: A UE tem como objetivo alcançar a neutralidade
climática até 2050, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa em
pelo menos 55% até 2030 em comparação com os níveis de 1990. A
UE também está trabalhando na implementação de um sistema de
comércio de emissões mais ambicioso, promovendo a eficiência
energética e incentivando a transição para fontes de energia
renovável.
Economia circular: A Agenda Verde da UE busca promover uma
economia circular, onde os recursos são utilizados de forma mais
eficiente, os produtos são projetados para serem duráveis, reparáveis
e recicláveis, e os resíduos são minimizados. A UE está trabalhando
26
em medidas para melhorar a gestão de resíduos, aumentar a
reciclagem, reduzir o uso de recursos naturais e combater a poluição.
Biodiversidade: A proteção da biodiversidade é uma prioridade na
Agenda Verde da UE. A UE busca proteger e restaurar ecossistemas
naturais, combater a perda de biodiversidade, melhorar a gestão de
áreas protegidas, promover a agricultura e pesca sustentáveis, e
combater a introdução de espécies invasoras.
Agricultura sustentável: A UE está trabalhando para promover uma
agricultura maissustentável, incentivando a adoção de práticas
agrícolas mais ecológicas, como a agricultura orgânica e a
agroecologia. A UE também está trabalhando para melhorar a gestão
da água na agricultura, promover a diversidade genética nas culturas e
proteger os solos.
Mobilidade sustentável: A Agenda Verde da UE busca promover a
mobilidade sustentável, incentivando o uso de transporte público,
promovendo a mobilidade elétrica, melhorando a infraestrutura de
transporte verde, e promovendo o uso de modos de transporte mais
limpos e eficientes.
Finanças sustentáveis: A UE está trabalhando para mobilizar
investimentos privados em projetos sustentáveis, incentivando o
financiamento verde e garantindo que as atividades financeiras
estejam em consonância com os objetivos de sustentabilidade da
Agenda Verde.
Esses são apenas alguns dos principais pontos da Agenda Verde da
União Europeia. A implementação dessas políticas e estratégias busca
promover a sustentabilidade ambiental, social e econômica, visando
um futuro mais verde e resiliente para a UE e seus cidadãos.
27
5
Green Deal
____________________________
O Pacto Verde Europeu, também conhecido como Green Deal, é
uma iniciativa da União Europeia (UE) que visa transformar a
economia europeia em uma economia sustentável e neutra em termos
de carbono até 2050. A iniciativa foi anunciada em dezembro de 2019
como uma resposta ao desafio global das mudanças climáticas e
busca abordar não apenas a crise climática, mas também outros
desafios ambientais, sociais e econômicos.
O Pacto Verde Europeu estabelece uma série de metas ambiciosas
para a UE, incluindo a redução das emissões de gases de efeito estufa
em pelo menos 55% até 2030 em comparação com os níveis de 1990,
o aumento do uso de energias renováveis, a melhoria da eficiência
energética, a proteção da biodiversidade e a promoção de uma
agricultura mais sustentável. Além disso, a iniciativa busca promover
a economia circular, a mobilidade sustentável, a renovação de
edifícios para torná-los mais eficientes em termos energéticos, e a
promoção de tecnologias limpas e inovação.
Para alcançar essas metas, o Pacto Verde Europeu propõe uma
série de ações, como a revisão das políticas climáticas e energéticas da
UE, o desenvolvimento de novas legislações e regulamentações, o
estímulo a investimentos em sustentabilidade, a promoção de
parcerias público-privadas e a mobilização de recursos financeiros
para apoiar a transição para uma economia verde.
28
O Pacto Verde Europeu é considerado um dos pilares da estratégia
de crescimento sustentável da UE, que visa combinar o crescimento
econômico com a proteção do meio ambiente e a promoção da
justiça social. A iniciativa tem como objetivo tornar a Europa líder
global na transição para uma economia sustentável e contribuir para o
cumprimento dos objetivos do Acordo de Paris sobre mudanças
climáticas e da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável das
Nações Unidas.
O Green Deal, ou Pacto Verde Europeu, tem sido objeto de
discussões e debates, e algumas críticas foram levantadas em relação a
essa iniciativa. Algumas das críticas mais comuns ao Green Deal
incluem:
Ambição insuficiente: Algumas críticas argumentam que as metas
estabelecidas pelo Green Deal podem não ser ambiciosas o suficiente
para enfrentar adequadamente a crise climática. Alguns ativistas e
cientistas climáticos argumentam que a redução das emissões de gases
de efeito estufa em 55% até 2030 em comparação aos níveis de 1990
pode não ser suficiente para limitar o aumento da temperatura global
a 1,5°C, como recomendado pelo Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU.
Falta de detalhes e ações concretas: Outra crítica é que o Green
Deal é uma iniciativa abrangente, mas ainda falta detalhes específicos
e ações concretas para sua implementação. Algumas críticas
argumentam que o plano ainda é vago em muitos aspectos e que são
necessárias medidas concretas e legislações claras para garantir a
efetivação das metas estabelecidas.
Pressão sobre países e setores mais vulneráveis: Algumas críticas
levantam preocupações sobre a pressão que o Green Deal pode
exercer sobre países e setores mais vulneráveis da economia,
especialmente aqueles que são altamente dependentes de
combustíveis fósseis. Alguns argumentam que a transição para uma
29
economia verde pode ter consequências socioeconômicas negativas,
como o aumento do desemprego em certos setores e a desigualdade
social, e que é necessário um plano adequado para lidar com essas
questões.
Dependência de soluções tecnológicas: Outra crítica é que o Green
Deal pode estar excessivamente dependente de soluções tecnológicas,
como a captura e armazenamento de carbono (CCS) e a
geoengenharia, em detrimento de soluções mais holísticas e baseadas
na natureza. Alguns argumentam que é necessário um enfoque mais
equilibrado que inclua ações concretas de redução de emissões, além
de soluções tecnológicas.
Questões de financiamento: O financiamento necessário para a
implementação do Green Deal também tem sido objeto de críticas.
Algumas críticas argumentam que o financiamento atualmente
disponível pode não ser suficiente para cobrir os custos da transição
para uma economia verde, e que são necessários investimentos
significativos em áreas como energia renovável, eficiência energética e
infraestrutura sustentável.
É importante notar que as críticas variam e nem todas são
compartilhadas por todos os críticos do Green Deal. No entanto,
essas são algumas das preocupações que têm sido levantadas em
relação a essa iniciativa da União Europeia. É importante
acompanhar os desenvolvimentos e debates em torno do Green Deal
para entender melhor os desafios e oportunidades associados a essa
iniciativa de transformação econômica e sustentabilidade na Europa.
Oriente Médio, Rússia e China são o contrapeso da balança dos
planos da União Europeia, são os campeões em energia fóssil e
grande poluidores.
A política dos países do Oriente Médio em relação ao Green Deal
pode ser mista. Por um lado, os países produtores de petróleo da
30
região podem ter preocupações em relação ao impacto que o Green
Deal pode ter na demanda global por combustíveis fósseis, que são
uma fonte significativa de receita para muitos desses países. Por outro
lado, alguns países do Oriente Médio têm buscado diversificar suas
economias e investir em energias renováveis, o que pode ser uma
oportunidade de negócios no contexto do Green Deal.
A Rússia é um dos principais exportadores de combustíveis fósseis,
como petróleo e gás natural, e pode ter preocupações semelhantes às
dos países do Oriente Médio em relação ao Green Deal.
A redução da demanda por esses recursos devido à transição para
uma economia verde na Europa pode ter um impacto econômico
significativo para a Rússia. No entanto, a opinião específica do
governo russo em relação ao Green Deal pode variar e depender de
vários fatores, incluindo suas prioridades energéticas e econômicas.
A China é um dos maiores emissores de gases de efeito estufa do
mundo e também está buscando sua própria transição para uma
economia de baixo carbono. A opinião da China em relação ao Green
Deal pode ser influenciada por vários fatores, incluindo suas próprias
políticas climáticas e energéticas, suas prioridades econômicas e
comerciais, bem como suas relações com a União Europeia. A China
tem mostrado interesse em parcerias internacionais relacionadas à
sustentabilidade e à mitigação das mudanças climáticas, mas também
pode ter preocupações sobre possíveis impactos econômicos e
comerciais do Green Deal em suas relações com a Europa. A China é
o maior investidor mundial em tecnologias de “energia limpa”, apesar
de também ser o maior emissor mundial de emissões de CO2.
31
6
A Política do Oriente Médio,
Rússia e China em Relação
ao Green Dal
____________________________
A política do Oriente Médio, Rússia e China em relação ao Green
Deal pode variar e depender de uma série de fatores, incluindo suas
prioridades econômicas, energéticas e políticas. É importante notar
que a posição desses países em relação ao Green Deal pode evoluir à
medida que a iniciativa da União Europeia se desenvolve e suas
implicações se tornam mais claras.
As mudanças na prática são lentas e polêmicas. A UE está a frente
nesta escalada e projeção, e tem exercido pressão mundial. O que
acontece no primeiro, não demora para chegar ao restante do planeta.
Situações que são consideradas normais hoje, amanhã podem está
bem diferente, se para pior ou melhor, saberemos com o tempo.
Pode parecer estranho a proibição de fogões a gás, mas legisladores
de Nova York chegaram mais perto de proibir fogões a gás e
aparelhos de combustível fóssil na maioria dos edifícios e também em
residências unifamiliares. O que pode parecer estranho hoje, pode ser
uma janela de oportunidade para investidores e governantes, é a tal da
janela de Overton.
32
A "Janela de Overton" é um conceito político que se refere à faixa
de ideias que são consideradas aceitáveis em um determinado
momento em uma sociedade. É uma teoria desenvolvida por Joseph
P. Overton, um pesquisador do Mackinac Center for PublicPolicy,
que sugere que as políticas e ideias que estão dentro dessa janela são
mais viáveis e têm maior probabilidade de serem adotadas, enquanto
as que estão fora dessa faixa são consideradas extremistas e menos
aceitáveis.
Os conceitos fortalecidos e massificados de "emissão de gases de
efeito estufa resultantes de atividades humanas, como queima de
combustíveis fósseis, desmatamento e agricultura intensiva",
proporcionam implantação de diversas leis e discussões para avançar
a agenda verde. Por isso a pressão e debates.
A relação entre a Janela de Overton e a mudança climática pode ser
compreendida através do prisma das políticas e ações tomadas em
resposta à crise climática. Durante muitos anos, as políticas
ambientais eram consideradas fora da Janela de Overton, ou seja,
eram vistas como extremistas ou impraticáveis. No entanto, à medida
que o lobby se fortaleceu e dominou o cenário político e midiático
em grande parte, a opinião pública foi trabalhada em sua percepção.
Então retirar o gás de cozinha e fazer com que proteína deinseto vire
cardápio de café da manhã, não parecerá tão estranho. E muitos
apostam suas fichas nisso! Reduzir números de animais de fazenda e
desenvolver carne sintética ainda estão meio fora da janela de
Overton em muitos contextos políticos e sociais, enfrentando
resistência e oposição.
Além disso, interesses econômicos e políticos, ceticismo climático e
lobby de indústrias poluentes podem influenciar a posição da Janela
de Overton em relação à mudança climática, retardando a adoção de
políticas mais abrangentes e ambiciosas. Portanto, a compreensão da
dinâmica da Janela de Overton é fundamental para entender como as
políticas climáticas são formuladas, debatidas e implementadas.
33
Outro assunto polêmico, que já bate na janela é o conceito de
justiça climática.
A justiça climática é um conceito que envolve a equidade no
enfrentamento dos desafios relacionados às mudanças climáticas. Ela
se baseia na premissa de que as consequências das mudanças
climáticas são desproporcionalmente distribuídas, afetando de forma
desigual as pessoas, as comunidades e os países ao redor do mundo.
Além disso, a justiça climática também busca abordar as causas
subjacentes das mudanças climáticas, como a desigualdade
econômica, social e ambiental.
Uma crítica legítima em relação à justiça climática é que as ações e
os esforços para mitigar as mudanças climáticas muitas vezes têm
impactos diferenciados em diferentes grupos sociais. Retornemos ao
exemplo da produção e distribuição das vacinas contra o COVID-19,
a própria OMS reconheceu que os países mais desenvolvidos não
poderia deixar de socorrer de modo urgente os países mais pobres, e
foi exatamente o que aconteceu. Equidade é um belo discurso na
ONU, mas na prática, OMS critica países ricos por 'pular a fila' das
vacinas contra o coronavírus. Diretor geral
TedrosAdhanomGhebreyesus alertou que a falta de distribuição
equitativa impediria o mundo de acabar com a pandemia mais cedo.
"Eu primeiro" deixou os mais pobres e vulneráveis do mundo em
risco, disse OMS, e acrescentou que muitos países compraram mais
vacinas do que precisavam.
E o que esperar, neste cenário de discurso de mudança climática,
haverá equidade? Dessa vez a UE dará prioridade as comunidades
marginalizadas e de baixa renda? Isso pode resultar em uma
distribuição injusta dos ônus e benefícios da ação climática,
prejudicando aqueles que contribuíram menos para o problema? É no
mínimo estranho que a UE esteja dando vozes às comunidades
marginalizadas, povos indígenas, mulheres, jovens e outras
34
populações vulneráveis muitas vezes tão negligenciadas nas políticas e
ações climáticas. Quando a esmola é grande o cego desconfia.
Quando poderosos oferece algo de valor ou vantagem aparentemente
forma excessiva, é natural desconfiar ou duvidar das intenções.
Ofertas excessivamente generosas ou benevolentes podem esconder
alguma armadilha, interesse oculto ou objetivo questionável.
Essa expressão é frequentemente usada para transmitir a ideia de
que é importante ter cautela em situações em que algo parece bom
demais para ser verdade, e que é sensato não aceitar ofertas
aparentemente vantajosas sem questionar ou investigar mais a fundo.
Pode-se interpretar como um aviso para não ser ingênuo e estar alerta
para possíveis riscos ou problemas escondidos em aparentes atos de
generosidade ou benevolência.
35
7
O Caminho Prudente da Revisão
____________________________
A ciência é um processo dinâmico de resolução de problemas
complexos e será nossa aliada se tratada não como uma deusa que
tem a palavra final e infalível, mas um processo. A ciência é uma
ferramenta humana fundamental para abordar problemas complexos,
como as mudanças climáticas, a escassez de recursos naturais, a saúde
pública e os avanços tecnológicos. Ela é baseada em uma abordagem
sistemática e baseada em evidências para investigar e compreender o
mundo natural e suas leis fundamentais, utilizando observações,
experimentações e análises para fornecer respostas e soluções.
No entanto, é crucial reconhecer que nossa compreensão atual da
ciência pode ter limitações e estar sujeita a revisão à medida que
novas descobertas são feitas e novas perspectivas são consideradas. A
evolução da sociedade e os desafios emergentes exigem uma
constante revisão de nossa compreensão da ciência, adaptando-a às
complexidades e mudanças do mundo atual.
A flexibilidade e a adaptação são elementos-chave na compreensão
da ciência, destacando que ela não é um conjunto fixo de
conhecimentos, mas sim um processo dinâmico em constante
evolução. Isso implica na revisão de suposições e conceitos
obsoletos, bem como na incorporação de abordagens
interdisciplinares e em uma compreensão mais holística da ciência
como um empreendimento humano em constante evolução.
36
Portanto, a ciência é mais do que apenas um conjunto de fatos
estáticos, é um processo contínuo de investigação, aprendizado e
atualização, que nos permite enfrentar problemas complexos e em
constante mudança de maneira eficaz. A compreensão da ciência
como um processo dinâmico e adaptativo é fundamental para
aproveitar seu potencial como ferramenta essencial na resolução de
problemas globais e na promoção do avanço da sociedade.
Ciência! Essa maravilhosa ferramenta humana, palavrinha mágica,
que nos ajuda a abordar problemas complexos. Afinal, quem precisa
de certezas quando se trata de conhecimento científico, não é
mesmo? Nada como estar sempre corrigindo nossas suposições e
conceitos ultrapassados, não é mesmo?
Flexibilidade e adaptação são palavras-chave quando se trata de
entender a ciência. Afinal, por que se prender a um conjunto fixo de
conhecimentos quando podemos estar em constante mudança?
Quem precisa de limites claros quando se trata de ciência? Afinal, é
um empreendimento humano em constante evolução, onde até
mesmo fatos podem se tornar obsoletos em um piscar de olhos.
Ah, ciência, você nunca decepciona! Eles mudaram o nome de
aquecimento global para 'mudanças climáticas'! Agora, qualquer friaca
mais forte é culpa do 'ex-aquecimento'. E ainda censuram quem nega
o aquecimento! É a 'ciência' do século XXI em ação.
Nesta discussão de mudança climática não podemos deixar de lado
as questões intrigantes e dúvidas que envolvem as pesquisas e
polêmicas sobre mudanças climáticas globais, destacando as
discordâncias entre diferentes correntes de cientistas. Sobre
"aquecimento global", por exemplo, a temperatura da atmosfera
sempre variou, e em níveis muito mais altos do que os atuais. No
entanto, alarmistas e céticos concordam que a Terra passou por um
aquecimento de cerca de 0,6ºC no século XX, mas discordam em
relação às causas, consequências e se o aquecimento ainda está
37
ocorrendo. No entanto, um aspecto que levanta dúvidas sobre a
confiabilidade de ambas as correntes é a questão da previsão, pois o
sistema climático é complexo, com muitos fatores e elementos
envolvidos, o que torna as previsões climáticas precisas praticamente
impossíveis. Isso deixa o debate, até o momento, no campo das
suposições. Mas, nas tribunas dos parlamentos, os políticos têm
certeza absoluta sobre o aquecimento global.
É relevante observar que compreender o comportamento
atmosférico e o clima não é tão simples quanto muitas vezes é
apresentado pela mídia, e prever seu comportamento se torna cada
vez mais difícil à medida que se amplia a escala temporal das
previsões, englobando períodos de dias, anos, décadas ou até séculos.
Temos todo um arcabouço histórico das tentativas de cooperação
global climática, conhecer alguns esclarece o entendimento da agenda
verde.
38
8
Agenda Verde na
União Europeia (UE)
____________________________
Alguns dos principais acordos climáticos da história, que foram
adotados por países ao redor do mundo para enfrentar os desafios
das mudanças climáticas e proteger o meio ambiente:
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima
(UNFCCC): A UNFCCC foi adotada em 1992 durante a Cúpula da
Terra no Rio de Janeiro, Brasil. É um tratado internacional que tem
como objetivo principal estabilizar as concentrações de gases de
efeito estufa na atmosfera em um nível que impeça a interferência
perigosa no sistema climático.
Protocolo de Quioto: O Protocolo de Quiotofoi adotado em 1997
como um anexo à UNFCCC. Ele estabeleceu metas obrigatórias
deredução das emissões de gases de efeito estufa para os países
desenvolvidos, com o objetivo de reduzir as emissões globais em pelo
menos 5% em relação aos níveis de 1990 até o período de 2008-2012.
-- Alguns dos principais emissores de gases de efeito estufa, como
Estados Unidos e China, não o ratificaram.
Acordo de Paris: O Acordo de Paris foi adotado em 2015 durante a
21ª Conferência das Partes (COP 21) da UNFCCC, realizada em
Paris, França. É um acordo universal que tem como objetivo limitar o
39
aumento da temperatura média global a "bem abaixo" de 2°C em
relação aos níveis pré-industriais, e buscar esforços para limitar o
aumento a 1,5°C. O Acordo de Paris também estabelece obrigações
de mitigação e adaptação às mudanças climáticas para os países
signatários.
O Acordo de Paris foi amplamente aceito e ratificado pela maioria
dos países, mas ainda não houve progresso suficiente para cumprir as
metas estabelecidas. Além disso, alguns críticos argumentam que as
metas voluntárias não são suficientemente ambiciosas.
Acordo de Montreal: O Acordo de Montreal foi assinado em 1987
e é um tratado internacional que visa proteger a camada de ozônio na
atmosfera, regulamentando a produção e o consumo de substâncias
que esgotam a camada de ozônio, como os clorofluorocarbonetos
(CFCs). -- Foi um dos acordos climáticos mais bem-sucedidos,
levando à redução significativa do uso de CFCs, mas os debates sobre
a camada de ozônio não foram pacificados.
Protocolo de Cartagena: O Protocolo de Cartagena sobre
Biossegurança foi adotado em 2000 como um protocolo suplementar
à Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). Ele estabelece
regulamentações para o transporte, manuseio e uso seguro de
organismos geneticamente modificados (OGMs), com o objetivo de
proteger a biodiversidade e a saúde humana.
O Acordo de Paris foi amplamente aceito e ratificado pela maioria
dos países, mas ainda não houve progresso suficiente para cumprir as
metas estabelecidas. Além disso, alguns críticos argumentam que as
metas voluntárias não são suficientemente ambiciosas.
A COP, ou Conferência das Partes, é uma reunião anual realizada
sob os auspícios da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre
Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), que reúne
representantes de países para discutir e coordenar ações sobre
40
questões relacionadas às mudanças climáticas. As principais pautas da
agenda climática da COP podem variar de uma conferência para
outra, mas geralmente incluem:
Mitigação das mudanças climáticas: Esforços para reduzir as
emissões de gases de efeito estufa (GEE), por meio de políticas e
medidas que visam a transição para uma economia de baixo carbono,
incluindo ações de mitigação em setores como energia, transporte,
indústria, agricultura e florestas.
Adaptação às mudanças climáticas: Ações para fortalecer a
resiliência das comunidades e ecossistemas aos impactos das
mudanças climáticas, como eventos climáticos extremos, aumento do
nível do mar e alterações nos padrões de precipitação. Isso pode
envolver estratégias de adaptação em áreas como agricultura, recursos
hídricos, saúde pública e infraestrutura.
Financiamento climático: Discussões sobre a mobilização de
recursos financeiros para apoiar ações de mitigação e adaptação nos
países em desenvolvimento, como o financiamento de projetos de
energia renovável, programas de reflorestamento, capacitação e
transferência de tecnologia.
Transparência e prestação de contas: Debate sobre a transparência
das ações de mitigação e adaptação dos países, incluindo a definição
de diretrizes e procedimentos para a comunicação de informações
sobre emissões de GEE, relatórios de progresso e revisões periódicas
das metas climáticas.
Mecanismos de mercado: Discussões sobre os mecanismos de
mercado relacionados ao Acordo de Paris, como o Mecanismo de
Desenvolvimento Sustentável (MDS) e o Mercado de Carbono, que
têm como objetivo incentivar a redução das emissões de GEE por
meio de mecanismos de compra e venda de créditos de carbono.
41
Justiça climática e equidade: Debates sobre questões de equidade e
justiça climática, incluindo a responsabilidade histórica das nações
desenvolvidas na emissão de GEE, os impactos desproporcionais das
mudanças climáticas em comunidades vulneráveis e a necessidade de
ações climáticas serem inclusivas e abordarem questões sociais e de
gênero.
Transferência de tecnologia: Discussões sobre o desenvolvimento e
transferência de tecnologia para países em desenvolvimento, com o
objetivo de apoiar a adoção de tecnologias de baixa emissão de
carbono e facilitar a transição para uma economia sustentável e
resiliente ao clima.
Questões relacionadas aos oceanos e florestas: Debates sobre a
conservação e uso sustentável dos ecossistemas costeiros e marinhos,
bem como sobre a conservação e gestão sustentável das florestas,
incluindo a redução do desmatamento e a promoção da
reflorestamento.
As principais pautas da agenda climática da COP, embora outras
questões possam ser incluídas de acordo com a evolução das
discussões e necessidades. É importante ressaltar que a agenda
climática da COP busca promover a cooperação internacional para
enfrentar a crise climática, buscando soluções integradas e equitativas
para mitigação, adaptação e financiamento, levando em consideração
os diferentes contextos e realidades dos países participantes.
42
9
Problemas de Cooperação
____________________________
A cooperação é vista como um elemento-chave para o
funcionamento das sociedades humanas ao longo da história.
Acredita-se que a cooperação entre indivíduos e grupos é necessária
para a formação de comunidades e sociedades coesas, e é um fator
importante na evolução de culturas e civilizações. Principais motivos
da falta de cooperação internacional quanto aos temas ecológicos:
Política e ideologia: Diferenças políticas e ideológicas podem
influenciar a cooperação na abordagem da mudança climática. Por
exemplo, posições políticas divergentes em relação à importância do
problema, à urgência de ação e às soluções propostas podem levar à
falta de cooperação entre governos e outros atores. Este é um dos
principais problemas. Essas diferenças podem surgir em relação à
importância atribuída ao problema, à urgência de ação e às soluções
propostas para mudanças. Essas divergências podem resultar em
atrasos na implementação de políticas e ações climáticas, ou mesmo
em inação.
Visões econômicas, sociais ou culturais diferentes podem levar a
perspectivas contrastantes sobre as soluções adequadas para enfrentar
o problema. Alguns podem defender abordagens mais regulatórias e
intervencionistas, enquanto outros podem preferir abordagens mais
baseadas no mercado ou na tecnologia. Essas diferenças podem
dificultar a construção de consensos.
43
Um dos motivos da agenda verde não ganhar força é a falta de
pontos de convergência e comprometimento com objetivos comuns,
muitas vezes controversos.
Outra razão de não cooperação são as dificuldades de coordenação
e governança. A complexidade e a escala global da crise climática
podem dificultar a coordenação e governança eficazes entre países e
organizações. A falta de mecanismos de coordenação e governança
adequados pode levar à falta de cooperação na abordagem da crise
climática. A geopolítica movimenta todo tabuleiro do jogo da energia
e opera toda uma indústria bélica. O que leva a interesses conflitantes.
Os interesses divergentes entre países, governos, organizações e
indivíduos podem levar à falta de cooperação na abordagem da
mudança climática. Por exemplo, países com economias baseadas em
combustíveis fósseis podem resistir a ações de mitigação climática
que possam afetar negativamente seus setores econômicos, enquanto
outros países podem ter interesses diferentes em relação à alocação
de recursos e responsabilidades para a mitigação das mudanças
climáticas.
A competição por recursos naturais, como água, terra e energia,
pode levar à falta de cooperação na abordagem da crise climática. Por
exemplo, a disputa por recursos hídricos em uma região afetada pela
escassez de água pode levar a conflitos e falta de cooperação na
implementação de medidas de adaptação às mudanças climáticas.
Um dos motivos da agenda verde não ganhar força é a falta de
pontos de convergência e comprometimento com objetivos comuns,
muitas vezes controversos.
Diferenças de capacidade econômica, tecnológica e institucional
entre países e regiões podem afetar a cooperação na abordagem da
crise climática. Países com maiores recursos e capacidades podem ter
mais facilidade em implementar medidas de mitigação e adaptação,
enquanto países com recursos limitados podem enfrentar desafios na
44
implementação de ações climáticas, o que pode levar à falta de
cooperação em nível global.
Falta de consenso científico. Ainda que a comunidade científica
tenha consenso sobre a existência e a gravidade da crise climática
causada pelas atividades humanas, a falta de consenso ou a
disseminação de informações incorretas podem levar a uma falta de
cooperação na abordagem do problema, resultando em atrasos ou
inação na implementação de medidas adequadas.
A mudança climática é um problema de longo prazo que requer
ações de mitigação e adaptação em longo prazo. No entanto, a falta
de visão de longo prazo e a preferência por resultados de curto prazo
podem levar à falta de cooperação na implementação de ações
climáticas.
45
10
Polarização Política,
Soluções e Esperança
____________________________
Não se trata apenas de ser contra ou a favor da agenda verde, mas
entender quais são as medidas reais e necessárias para enfrentamentos
de diversos problemas ambientais, que de fato acontecem, sem
alarmismo e profecias da desgraça, medidas que devem incluir
políticas públicas, inovações tecnológicas, mudanças de
comportamento e conscientização, graduais e consensuais.
A teoria da minoria intolerante é um fator importante para entender
os bastidores do debate climático. Um exemplo ilustrativo é o de
hábitos alimentares, em que a intolerância à alergia de uma pessoa a
amendoim pode levar a todo o grupo evitar o consumo de amendoim
em um piquenique. Outro exemplo é o da religião, em que a
intolerância à dissidência na fé muçulmana pode levar a uma menor
taxa de apostasia e contribuir para a disseminação da religião. Essa
dinâmica acontece na discussão climática, quando veganos e
congressistas verdes querem diminuir a produção pecuária.
Esse modo de atuação das minorias também pode ser aplicada ao
fenômeno da polarização política, em que os extremos políticos
tendem a ser mais intolerantes e podem converter a maioria tolerante
ao longo do tempo, levando à polarização política. O NassimTaleb
desenvolve bem esta tese.
46
A complexidade e a regra da minoria são conceitos discutidos por
Nassim Nicholas Taleb em seu livro "Arriscando a Própria Pele:
Assimetrias Ocultas no Cotidiano". A principal ideia por trás dos
sistemas complexos é que o comportamento do conjunto muitas
vezes não pode ser previsto apenas pela análise de seus componentes
individuais.
A regra da minoria é descrita como "a mãe de todas as assimetrias"
por Taleb. Ele argumenta que basta uma minoria intransigente,
representando uma pequena proporção da população total, para
impor suas preferências ao restante da sociedade. Por exemplo,
extremistas políticos de esquerda ou de direita que estão dispostos a
arriscar tudo por suas crenças podem exercer uma influência
desproporcional sobre a população em geral.
Taleb também discute como uma ilusão de ótica pode acompanhar
a dominação da minoria. Um observador ingênuo, que se baseia na
média padrão, pode ter a impressão de que as escolhas e preferências
da maioria estão sendo atendidas, quando na verdade são as
preferências da minoria que estão sendo impostas. Ele argumenta que
nossas intuições científicas e acadêmicas muitas vezes falham quando
lidamos com sistemas complexos e que a sabedoria do senso comum
pode ser mais valiosa nesses casos.
Taleb apresenta exemplos práticos da aplicação da regra da minoria,
como a população kosher, que representa uma proporção muito
pequena da população total dos Estados Unidos, mas ainda assim
influencia a indústria de alimentos, pois aderir ao padrão kosher
simplifica a produção e distribuição de alimentos. Ele também
destaca a importância da geografia do terreno e da estrutura de custos
na aplicação da regra da minoria, e como a distribuição espacial
uniforme de uma minoria intransigente pode levar a maioria flexível a
se submeter a suas preferências.
47
Em resumo, a complexidade e a regra da minoria são conceitos
discutidos por Taleb que enfatizam a importância das interações entre
as partes em sistemas complexos e como uma minoria intransigente
pode exercer uma influência desproporcional sobre a maioria flexível
em determinadas circunstâncias. Isso destaca a necessidade de uma
compreensão mais profunda dos sistemas complexos e das dinâmicas
de poder em diferentes contextos sociais e econômicos.
O conhecido ativista climático Michael Shellenberger emitiu um
pedido público de desculpas pela disseminação infundada do pânico
causado por alguns ambientalistas em relação às supostas horrores do
aquecimento global.
Em um artigo escrito para a Forbes junho de 2020, Shellenberger -
um Herói do Meio Ambiente pela revista Time e vencedor do Green
Book Award de 2008 - expressou formalmente suas desculpas em
nome dos ambientalistas em geral, admitindo que "gostaria de me
desculpar pelo medo climático que temos causado nos últimos 30
anos".
Como Avaliador Especialista do Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas (IPCC), ele sentiu a obrigação de reconhecer
como os ambientalistas têm enganado o público em alguns aspectos.
Neste caso vemos claramente como agem o poder da minoria.
Shellenberger prosseguiu desmentindo 12 mitos climáticos que têm
sido enraizados na consciência moderna, mas que carecem de base
científica. "Os humanos não estão causando uma 'sexta extinção em
massa'", ele começa, e a Amazônia não é "o pulmão do mundo", e a
mudança climática não está piorando os desastres naturais.
Além disso, ele destaca fatos importantes que ajudam a colocar em
perspectiva o aquecimento global e seus supostos efeitos. "Os
incêndios diminuíram 25% em todo o mundo desde 2003", ele
48
afirma, e a quantidade de terra usada para a pecuária "diminuiu em
uma área quase tão grande quanto o Alasca".
Ao contrário do que se acredita, não foram as mudanças climáticas,
mas sim "o acúmulo de combustível lenhoso e o aumento de
moradias próximas às florestas" que causaram o aumento do número
e da intensidade dos incêndios na Austrália e na Califórnia, ele
continua.
"As emissões de carbono vêm diminuindo nos países ricos há
décadas e atingiram o pico no Reino Unido, Alemanha e França na
década de 1970", acrescenta ele, o que é uma informação importante
para aqueles que tentam atribuir a poluição do ar e as emissões de
carbono apenas às nações ricas.
"Produzimos 25% mais alimentos do que precisamos e os
excedentes de alimentos continuarão a aumentar à medida que o
mundo esquenta", afirma ele, e o uso de combustível lenhoso é
"muito pior para as pessoas e para a vida selvagem do que os
combustíveis fósseis".
Shellenberger reconhece que todos esses fatos podem soar como
"negação climática" para muitaspessoas, mas ele ressalta que isso
apenas evidencia o poder do alarmismo climático. Ele escreve que até
o ano de 2019 ele evitou falar contra o medo climático, emparte
porque estava envergonhado, já que ele próprio era "tão culpado
quanto qualquer outro ambientalista" de disseminar alarmismo. No
entanto, "as coisas saíram do controle", observa ele.
Enquanto isso o Papa Francisco se encontrou com a ativista
adolescente pelo clima em 2019, Greta Thunberg, e a incentivou a
continuar sua cruzada contra as mudanças climáticas. Thunberg
agradeceu ao papa e levantou um cartaz que dizia "Junte-se à greve
pelo clima". O Papa Francisco tem focado na proteção do meio
ambiente e na luta contra as mudanças climáticas em seu papado, e
49
em 2015 se tornou o primeiro papa a escrever uma encíclica inteira
sobre o assunto. Ele pediu por maior conscientização e
açãoecológica, descrevendo a Terra como uma "imensa pilha de
sujeira" devido à poluição e às mudanças climáticas causadas pela
atividade humana. Ele enfatizou a necessidade de mudanças
profundas nosestilos de vida, produção, consumo e estruturas de
poder para proteger e melhorar o mundo. Thunbergestave em Roma
para se encontrar com o papa e falar perante o senado italiano.
50
11
Polêmicas Eco Ativistas
____________________________
A ativista ambiental LeehiYona argumenta em 2018 um ensaio que
a mudança climática está intrinsecamente ligada a uma série de
questões sociais, como justiça transgênero, racismo e reforma da
imigração. Ela critica a política do presidente Trump em relação à
mudança climática, destacando sua nomeação de "negadores da
mudança climática" para cargos-chave, sua retirada do Acordo
Climático de Paris e sua política de "assalto a terras públicas". Yona
argumenta que a mudança climática não é um problema isolado, mas
está interligada a outras causas progressistas, formando um tecido
coeso de lutas por igualdade em várias frentes. Ela menciona
exemplos como os direitos LGBTQIA+, a reforma imigratória e a
liberdade religiosa como questões relacionadas à mudança climática.
Yona expressa preocupação com a interseção dessas lutas e como
enfrentá-las em meio a um contexto político desafiador. Embora ela
encontre encorajamento na resistência das gerações jovens, o autor
do ensaio critica sua visão de que o ativismo pela mudança climática é
uma ideologia desprovida de bom senso e um luxo elitista.
Relatório da Global Witness revela quase 2.000 mortes de ativistas
ambientais na última década em todo o mundo. Um novo relatório da
Global Witness, (2022) intitulado "Década de Desafio", revelou que
quase 2.000 ativistas ambientais foram mortos na última década por
ameaçar expor corrupção e abusos em algumas das indústrias mais
lucrativas do mundo. Os dados, divulgados em setembro, mostram
que pelo menos 1.733 assassinatos direcionados foram orquestrados e
51
executados por assassinos, grupos do crime organizado e até mesmo
funcionários do governo entre 2012 e 2021.
Os países latino-americanos, como Brasil, Colômbia, México,
Honduras e Filipinas, são os mais afetados, representando a maioria
das vítimas. A pandemia não trouxe alívio, com um recorde anual de
227 assassinatos apenas em 2020. O relatório destaca também o
assassinato de oito guardas florestais em um parque nacional na
República Democrática do Congo em 2021, além de outros 200
assassinatos ocorridos no mesmo ano.
A motivação financeira parece ser um dos principais
impulsionadores desses assassinatos, comativistas sendo silenciados
devido às ameaças que representam para indústrias lucrativas, como
extração de madeira, mineração de matérias-primas, metais preciosos
e extração de petróleo e gás. O ativismo em defesa de florestas, rios e
ecossistemas também é perigoso, representando mais de dois terços
dosassassinatos entre 2012 e 2021.
52
12
Dissonância Cognitiva
____________________________
Em 2016, o ator Mark Ruffalo desafiou o presidente Obama em
um comício em Los Angeles, chamando-o de hipócrita e imoral por
se autodenominar um líder da mudança climática. Ruffalo juntou-se a
outros ativistas ambientais, incluindo Susan Sarandon e
ShaileneWoodley, para protestar contra as mudanças climáticas
causadas pelo homem e o projeto de oleoduto Dakota Access
Pipeline em Dakota do Norte. Ruffalo tem sido crítico do histórico
de mudanças climáticas do presidente Obama, acusando-o de ser
cúmplice da indústria de petróleo e gás. Ele afirmou que a política
energética de Obama envenenou a água potável, poluiu o ar e causou
doenças em comunidades afetadas pela perfuração e fraturamento
hidráulico.
Em 2015, a cantora e ativista ambiental Madonna foi criticada por
ser uma "hipócrita" após usar seu jato particular para voar apenas 120
milhas de Birmingham para sua casa em Londres depois de um show.
O jornal The Sun relata que o jato de Madonna, com capacidade para
12 passageiros, teria contribuído com 2.907 toneladas de emissões de
carbono, enquanto uma limusine produziria apenas 0,081 toneladas.
Ambientalistas ficaram furiosos com Madonna por aumentar sua
pegada de carbono, uma vez que ela mesma faz campanha para
combater as mudanças climáticas.
Comentários de leitores no Daily Mail chamam a cantora de ativista
do Greenpeace por não seguir os mesmos padrões que prega.
53
Madonna lançou uma música sobre mudança climática em 2007 e seu
videoclipe inclui uma participação do ex-vice-presidente Al Gore, que
também enfrentou críticas semelhantes por seu consumo de energia
em sua casa.
Em fevereiro de 2023, o César Awards, premiação cinematográfica
na França, foi interrompido por um manifestante contra as mudanças
climáticas que invadiu o palco durante a transmissão ao vivo. A
manifestante usava uma camiseta com a frase "Temos 761 dias
restantes". O grupo ativista LastRenovation assumiu a
responsabilidade pelo protesto e alertou sobre a urgência de medidas
contra a mudança climática. O ator Ahmed Sylla, um dos
apresentadores, foi criticado nas redes sociais por rir do incidente,
mas explicou que foi uma reação de medo do palco. Celebridades
como Brad Pitt estavam presentes na cerimônia.
Em 2022, ativistas veganos do grupo Animal Rebellion realizaram
protestos em supermercados de luxo em várias cidades britânicas,
despejando leite no chão e em outros produtos lácteos como forma
de defender uma dieta baseada em vegetais. O grupo alegou que a
ação foi realizada para destacar a necessidade de apoiar os
agricultores na transição para um sistema alimentar sustentável
baseado em plantas, como solução para as emergências climáticas e
ecológicas, redução do sofrimento animal e restauração de habitats
selvagens.
A Animal Rebellion já havia realizado protestos semelhantes em
outras ocasiões e também tem como alvo distribuidores de leite
fazendo furos nos pneus dos caminhões.
No entanto, o grupo tem enfrentado críticas, incluindo acusações
de danos criminais, devido às suas ações de vandalismo em
supermercados e outros locais públicos, como jogar leite no chão e
pintar com tinta branca em prédios. Além disso, ativistas de outros
grupos também têm realizado ações semelhantes, como o recente
54
caso de ativistas do coletivo Just Stop Oil que jogaram uma lata de
sopa em uma famosa pintura na NationalGallery da Grã-Bretanha.
Enquanto o grupo Animal Rebellion busca promover uma dieta
baseada em vegetais como solução para questões ambientais e éticas,
suas táticas de protesto têm gerado controvérsias e críticas de diversas
fontes.
O extremismo climático de esquerda está buscando o controle das
finanças através de pressões sobre instituições financeiras e
reguladores bancários. Recentemente, o chefe do Banco Mundial,
David Malpass, em 2022, enfrentou críticas e exigências de sua
remoção por se recusar a fazer um juramento de lealdade à posição
da esquerda sobre a mudança climática, mesmo tendo dobrado o
financiamento climático do Banco Mundial.
Além disso, reguladores bancários como a Controladoria da Moeda
(OCC) nos Estados Unidos também estão adotando a visão de que o
financiamento de combustíveis fósseis é arriscado para os bancos,
seguindo a agenda de combate às mudanças climáticas da esquerda
global.
Seria mais apropriado para as instituições financeiras e reguladores
bancários não se envolverem na política das mudanças climáticas e
permitirem que as decisões sobre financiamento de combustíveis
fósseis sejam tomadas por legislaturas e líderes nacionais, se assim
desejarem. A transição para fontes de energia alternativas não é
inevitável e existem várias opções para lidar com as mudanças
climáticas, não apenas a abordagem defendida pela esquerda.
Em 2022, extremistas do Greenpeace e do grupo Extinction
Rebellion bloquearam um trem que transportava carvão russo para a
Europa no porto de Koverhar, na Finlândia. Cerca de 40
manifestantes ocuparam os trilhos da ferrovia, alguns se acorrentando
aos trilhos. O protesto durou várias horas e o trem foi impedido de
chegar ao porto. Os ativistas alegam que a dependência da Europa de
55
combustíveis fósseis russos financia a guerra e a invasão russa em
outros países, como a Ucrânia. A filial britânica do
ExtinctionRebellion também tem realizado bloqueios e interrupções
em infraestruturas em protesto contra o uso de combustíveis fósseis.
O Partido Trabalhista britânico criticou as ações do grupo e pediu a
intervenção do governo para acabar com as interrupções.
56
13
Alarmismo Climático
____________________________
Acadêmicos da Universidade de Leeds, no Reino Unido,
argumentaram que os governos devem reintroduzir esquemas de
racionamento de bens, como carne, roupas e combustíveis fósseis,
como uma medida para combater a mudança climática. Eles afirmam
que os impostos da agenda verde são cobrados de maneira lenta e
injusta, e que o racionamento tem sido negligenciado como uma
opção de política para mitigação das mudanças climáticas. Os
pesquisadores sugerem que o governo poderia impor limites à
quantidade de gasolina, voos ou outros bens que um indivíduo pode
usar por mês ou por ano. Eles também propõem a introdução de
"cartões de carbono" para controlar a permissão de carbono de cada
pessoa, como uma forma de racionamento. Alguns argumentam que
a escassez poderia ser induzida artificialmente pelo estado, proibindo
ou restringindo a importação de combustíveis fósseis, para justificar a
necessidade de racionamento.
A autocensura está destruindo a academia, de acordo com um
professor de ciências da Terra da Universidade do Alabama. O Dr.
Matthew Wielicki afirmou em uma entrevista à Fox News que a livre
investigação, a busca do conhecimento e fazer perguntas
desconfortáveis são fundamentais para a experiência universitária,
mas estão sendo comprometidos pelo medo. Ele mencionou
regulamentos de diversidade, equidade e inclusão (DEI) que
considera opressivos como uma das razões para sua renúncia da
universidade em janeiro.
57
Dr. Matthew Wielicki também criticou o "iliberalismo em nome do
DEI" como antitético aos princípios acadêmicos. Wielicki afirmou
que professores e alunos têm medo de expressar suas opiniões, pois
podem enfrentar retaliação se não estiverem de acordo com o
consenso politicamente correto. Ele também mencionou ter
enfrentado tabus quando falou sobre questões como a mudança
climática de uma perspectiva baseada em fatos.
A cidade de Cambridge, no Reino Unido, enfrentou desperdício
excessivo de alimentos depois que o público demonstrou pouco
interesse nas refeições veganas oferecidas pelo conselho da cidade em
eventos públicos. O conselho havia eliminado gradualmente a carne e
os laticínios em nome da mudança climática, mas um relatório
revelou que quase toda a comida vegana oferecida nos eventos não
foi tocada. Alguns convidados se sentiram pressionados a
experimentar a comida devido a cartazes informativos sobre os
supostos efeitos da produção de carne no clima, enquanto outros
ficaram com fome porque não havia opções de comida que o público
realmente quisesse consumir.
Apesar do aparente fracasso das opções de alimentos veganos, o
conselho de Cambridge ainda está comprometido em enfrentar a
emergência climática e estabeleceu uma meta de eliminar todos os
alimentos não veganos até 2026. No entanto, as alternativas veganas à
carne têm enfrentado dificuldades em muitos países, incluindo queda
nas vendas de empresas como BeyondMeat, que perdeu 83% do
preço de suas ações no ano passado, apesar dos esforços de
marketing e parcerias com gigantes do fastfood.
No Fórum Econômico Mundial, o presidente da Siemens, Jim
Hagemann Snabe, pediu que um bilhão de pessoas parem de comer
carne para salvar o clima. Snabe impulsionou a agenda do "Grande
Reinício" de substituição da carne por proteínas sintéticas,
argumentando que isso terá um grande impacto no sistema alimentar
58
e inspirará a inovação. No entanto, especialistas questionam o quanto
o afastamento da carne realmente reduzirá as emissões de carbono,
com alguns estudos sugerindo que o efeito pode ser mitigado pelo
aumento de emissões em outros produtos, como alimentos
vegetarianos mais baratos.
O Fórum Econômico Mundial tem promovido a ideia de alimentos
mais benéficos para o clima, como algas, algas marinhas e cactos, e
tem sido um defensor do movimento sem carne. No entanto, críticos
apontam que o impulso anti-carne pode não ter um impacto
significativo nas emissões de carbono, e alguns estudos sugerem que
a crise econômica resultante da pandemia pode levar as pessoas a
gastarem menos em carne, voos e direção, o que pode ser visto como
positivo para o clima por alguns, mas questionável por outros. A
Siemens também enfrenta críticas por supostos laços com trabalho
forçado na China e por sua história durante o regime nazista.
Durante a reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos
em 2023, o enviado especial dos EUA para o clima, John Kerry,
afirmou que a única maneira de prevenir o aquecimento global é
investindo massivamente em dinheiro, tanto do setor privado quanto
dos governos. Kerry ressaltou a urgência de agir para enfrentar a crise
climática e destacou a importância de ações concretas, como
investimentos em tecnologia e iniciativas políticas vitoriosas, além da
filantropia e do financiamento público federal.
Kerry comparou a necessidade de enfrentar o aquecimento global a
um esforço no estilo da Segunda Guerra Mundial, destacando a
importância de uma abordagem massiva e coordenada para controlar
a situação. No entanto, a reunião do Fórum Econômico Mundial em
Davos enfrentou críticas por hipocrisia, uma vez que mais de mil
jatos particulares foram usados para transportar os participantes para
o evento, gerando emissões significativas de carbono e levantando
questionamentos sobre ações concretas em relação às mudanças
climáticas.
59
A reunião do Fórum Econômico Mundial em Davos virou piada
sombria quando mais de mil jatinhos particulares desceram na vila
suíça. É como se dissessem: "Vamos salvar o planeta...depois de um
voozinho de jatinho! Hipocrisia level 1000!" Estima-se que as
emissões dos jatinhos na reunião do ano passado foram equivalentes
a 350.000 carros por semana. E aí, cadê a preocupação com o meio
ambiente? Eco amigável em teoria, na verdade Davos enche o
tanque. Hipocrisia no ar.
60
14
Contra Ofensa
Anti Agenda VErde
____________________________
O partido populista espanhol VOX ameaça processar o governo
nacional por suas políticas climáticas consideradas "malucas". A
VOX, que faz parte do governo da região de Castela e Leão, criticou
a proposta do governo de limitar o uso de ar condicionado e
aquecimento como forma de economizar energia. Enquanto os
preços da energia aumentam na Espanha, o primeiro-ministro Pedro
Sanchez pediu aos espanhóis que economizem energia, chegando a
abandonar o uso de gravatas como uma medida bizarra para redução
do consumo energético.
Os custos crescentes de energia têm levado a União Europeia a
apelar para a redução do consumo de gás pelos Estados-membros. A
VOX e outros partidos populistas espanhóis estão prometendo levar
o governo ao tribunal por políticas climáticas que consideram
inconstitucionais ou que interfiram nas funções dos governos
regionais. A controvérsia em torno das políticas energéticas na
Espanha reflete a tensão entre a preocupação com o meio ambiente e
os desafios econômicos enfrentados pelo país.
O primeiro-ministro Pedro Sanchez fez uma piada sobre economia
de energia ao dizer: "Gostaria que você notasse que não estou usando
gravata. Isso significa que todos podemos economizar do ponto de
61
vista energético". E continuou: "Por isso, pedi a todos os ministros e
tomadores de decisão públicos que sigam o exemplo".
Sir Patrick Vallance, em 2022, o principal consultor científico do
governo britânico, afirmou em um comitê da Câmara dos Lordes que
as pessoas deveriam comer menos carne e viajar menos para ajudar a
salvar o planeta da crise climática. Ele compartilhou que ele mesmo
mudou sua dieta e passou a usar mais bicicleta para ir ao trabalho e
voar menos do que costumava. Ele enfatizou que a mensagem sobre
mudanças climáticas não deve ser projetada para causar medo, mas
sim para permitir que as pessoas compreendam a situação e tomem
ações apropriadas.
A agenda Net Zero do governo britânico, que busca reduzir quase
totalmente as emissões de carbono até 2050, tem enfrentado críticas e
escrutínio político. Enquanto o governo sugeriu a imposição de
impostos sobre o carbono em importações de carne e laticínios, e
busca meios psicológicos para persuadir o público a adotar a agenda
verde, o custo da energia e as consequências econômicas têm gerado
debates. O primeiro-ministro Boris Johnson defendeu sua agenda
verde, enquanto críticos apontam para o alto custo dos subsídios para
energias renováveis e a necessidade de equilibrar as medidas para
enfrentar a crise climática.
Os eco-extremistas em 2022 ficaram orgulhosos por esvaziar os
pneus de 2.000 SUVs. Afinal, é uma maneira tão inteligente de salvar
o meio ambiente, nãoé mesmo? Afinal, quem se importa com o fato
de que as pessoas possam estar emperigo, especialmente aquelas que
dependem desses veículos para transportar suas famílias? Eles
também não estão fazendo distinção entre carros híbridos ou
elétricos, porque, afinal, todos os carrossão "poluentes, perigosos e
causam congestionamento", não é mesmo? Ah, esses eco-extremistas
são realmente uns gênios quando se trata de salvar o mundo com
suas ações questionáveis e irresponsáveis. Certamente, o
esvaziamento de pneus é a solução definitiva para a crise climática.
62
Nigel Farage, líder do Brexit, lançou uma campanha contra a
política de "Net Zero" do governo do Reino Unido, defendida por
Boris Johnson, e está pedindo por um referendo sobre as políticas
verdes. Farage, juntamente com Richard Tice, líder do Reform UK,
lançou a campanha interpartidária "Vote Power NotPoverty",
argumentando que os planos de descarbonização da economia até
2050 são "realmente estúpidos". Eles afirmam que tais planos
exigirão mudanças radicais no estilo de vida, afetando carros,
aquecimento de casas, viagens e alimentação. Farage afirma que sua
intenção é acabar com a "agenda verde ruinosa" de Boris Johnson e
exige um referendo sobre o assunto.
Um relatório recente afirmou que o governo não tem estimativas
confiáveis dos custos e formas de financiamento do plano de
descarbonização. Uma pesquisa mostrou que uma pluralidade
significativa de britânicos apoia a ideia de um referendo sobre o tema
do Net Zero.
O professor Chris Whitty, diretor médico da Inglaterra, alertou que
os médicos precisam liderar os esforços para lidar com os efeitos da
poluição do ar, em uma reunião organizada pelo prefeito de Londres,
Sadiq Khan. Whitty afirmou que a poluição do ar é um problema que
afeta a todos o tempo todo e é um problema solucionável, mas que
levará algum tempo para ser resolvido. Ele destacou que a profissão
médica deve se concentrar mais na poluição do ar e elaborar planos
para áreas específicas a serem evitadas por pessoas vulneráveis. Sadiq
Khan também destacou a urgência de lidar com a poluição do ar,
chamando-a de "poluição do ar mortal" que está afetando
permanentemente os pulmões dos jovens londrinos e impactando de
forma desproporcional os londrinos mais pobres. A mudança
climática como um todo tem se tornado um ponto importante de
foco no cenário político do Reino Unido, com o primeiro-ministro
Boris Johnson destacando a importância de ouvir os cientistas e
63
capacitar a ciência para moldar a vida dos cidadãos britânicos. Clima é
o Novo Corona? Os médicos precisam combater a poluição do ar?
Os ativistas climáticos na COP26 estão realmente se superando!
Pediram o fim do capitalismo, a "libertação negra" e até mesmo a
abolição da polícia. Porque é claro, tudo isso tem a ver com o clima,
certo? É incrível como alguns ativistas conseguem conectar pontos
tão distantes e fazer demandas tão absurdas emuma cúpula sobre
mudanças climáticas.
E não para por aí! Agora a culpa pelas mudanças climáticas é
atribuída ao "imperialismo ocidental" e ao suposto "racismo inerente"
à questão. Aparentemente, a exploração de petróleo pelo governo
britânico é considerada "violência" e exigem ações "audaciosas" para
enfrentar o governo. Claro, porque nada diz sobre ação climática
como abolir o capitalismo e a polícia, não é?
Além disso, temos ativistas processando o governo por subsídios a
empresas de energia de combustíveis fósseis e argumentando que a
justiça climática é a justiça social. Claro, porque problemas ambientais
e questões sociais são exatamente a mesma coisa, não é mesmo? Por
que se preocupar apenas com o clima quando você pode misturar
tudo em uma única demanda confusa?
E, claro, não poderia faltar a citação de uma adolescente ativista
famosa, que agora fala em "dívida histórica" das nações ocidentais
devido ao colonialismo. Porque, obviamente, a melhor maneira de
abordar as mudanças climáticas é trazer à tona questões históricas
complexas e criar uma narrativa de culpa e reparações.
Enfim, esses ativistas climáticos realmente sabem como misturar
tudo em um caldeirão de demandas impossíveis de atender. Abolir o
capitalismo, a polícia e exigir a "libertação negra" em uma cúpula
sobre clima? Claro, por que não?
64
15
Desconfiança
____________________________
Uma pesquisa recente, 2021, da Demoskop revelou que apenas um
em cada quatro suecos confia nas reportagens da grande mídia sobre
a mudança climática, apesar de acreditar que ela é causada pelo
homem. A pesquisa também mostrou que quase metade dos suecos
têm dificuldade em avaliar a verdade sobre a mudança climática e
sentem que possuem um conhecimento limitado sobre o assunto.
Embora a maioria dos suecos acredite que a mudança climática seja
causada pelas atividades humanas, apenas 30% disseram que estão
realmente preocupados com o problema.
Essa desconfiança em relação às narrativas da mídia não é um
fenômeno novo na Suécia, já que relatórios anteriores também
indicaram a falta de confiança da população na mídia em relação a
outros problemas sociais, como a migração em massa. Em estudos
anteriores, foi observado que uma parcela significativa da população
sueca não confia na grande mídia do país e busca suas notícias em
fontes alternativas.
Além disso, os suecos também se mostraram céticos em relação aos
gastos com mudanças climáticas. Uma pesquisa da Associação Sueca
de Contribuintes concluiu que os gastos com mudanças climáticas
foram eleitos como o maior desperdício de dinheiro dos
contribuintes em 2019, uma vez que as emissões de carbono da
Suécia na verdade aumentaram, apesar dos investimentos.
65
Essa pesquisa acontece em um momento em que líderes mundiais
estão reunidos na conferência COP26 em Glasgow, Escócia, para
discutir estratégias para combater as mudanças climáticas. O príncipe
Charles, em seu discurso na conferência, destacou a necessidade de
uma "vasta campanha de estilo militar" para enfrentar as mudanças
climáticas, comparando-as à pandemia do COVID-19 como uma
ameaça global que requer ação urgente.
Em resumo, a pesquisa revela que a confiança dos suecos nas
reportagens da grande mídia sobre a mudança climática é baixa,
apesar da maioria acreditar que ela seja causada pelo homem. A falta
de confiança na mídia, juntamente com o ceticismo em relação aos
gastos com mudanças climáticas, pode indicar um desafio na
comunicação e aceitação pública das questões relacionadas ao clima
na Suécia.
66
16
Hipocrisia Verde
____________________________
A BBC recebeu centenas de milhares de libras em receita de
publicidade de empresas de combustíveis fósseis, incluindo a
companhia nacional de petróleo da Arábia Saudita, Aramco,
enquanto cobria a cúpula sobre mudanças climáticas em Glasgow.
Essa revelação foi feita com base em dados compilados pelo
MediaRadar. Apesar de suas credenciais verdes, a BBC recebeu cerca
de £300.000 em receita de publicidade da Aramco apenas no ano
passado, juntamente com outras grandes empresas de combustíveis
fósseis como BP, Exelon e Phillips 66.
Embora a BBC não exiba anúncios no Reino Unido, suas
operações no exterior são sustentadas pela receita de anúncios. Em
outubro, a BBC anunciou uma estratégia de "profunda
descarbonização" para atingir a meta líquida zero de emissões até
2030, mas não está claro se isso incluirá aumentar a receita
publicitária de empresas petrolíferas. Apesar de ser uma emissora
politicamente neutra, a BBC assumiu uma posição política firme
sobre as mudanças climáticas, banindo os céticos do clima de suas
ondas de rádio em 2018 e fazendo parcerias com o governo escocês e
empresas para produzir documentários sobre o tema. Outras grandes
empresas de mídia liberal, como o New York Times, CNN,
POLITICO e Washington Post, também receberam milhões de
dólares em receita de publicidade de empresas de combustíveis
fósseis desde 2016.
67
A BBC anunciou uma estratégia de 'profunda descarbonização' para
cortar o uso de combustíveis fósseis, mas será que isso significa que
eles vão aumentar a receita publicitária das empresas petrolíferas?
Talvez a próxima notícia seja que eles estão vendendo anúncios de
carvão para financiar sua meta de emissões zero!
A baronesa Claire Fox alertou em 2021 que o Reino Unido e outros
governos podem tentar rotular a mudança climática como uma
questão de saúde pública, seguindo o exemplo da crise do
coronavírus, como uma forma de expandir seus poderes. Fox
expressou preocupação de que a legislação de saúde pública possa ser
usada para acumular poder pelo governo em várias questões,
incluindo a mudança climática. Ela enfatizou a importância de
convencer o público e vencer discussões com os cidadãos para
combater medidas draconianas. Richard Tice, líder do partido
Reform UK,também alertou que a energia e as mudanças climáticas
podem ser usadas como justificativa para impor bloqueios no Reino
Unido. Um estudo recente mostrou que as emissões de carbono
diminuíram durante a pandemia, mas os autores destacaram a
necessidade de abordar a mudança climática como uma questão
central em todas as políticas governamentais.
Em 2021, Um orador do Extinction Rebellion afirmou em um
protesto que o modelo socialista, como o de Cuba comunista, é a
única maneira de combater as mudanças climáticas causadas pelo
homem. O ativista do grupo também afirmou que o socialismo é a
resposta para a crise climática, e que a destruição ambiental é parte
intrínseca do capitalismo. Ele citou Cuba como exemplo de um país
socialista que alcançou o desenvolvimento sustentável, e argumentou
que o socialismo é a única alternativa para combater a destruição
causada pelo capitalismo. Só não vê quem não quer que os ativistas
são financiados ideologicamente!
No entanto, uma possível razão para as baixas emissões de carbono
em Cuba pode ser o estado de pobreza em que muitos cubanos
68
vivem sob o regime comunista. Durante os protestos do
ExtinctionRebellion, a polícia prendeu 508 ativistas por diversos
delitos, incluindo bloqueio de tráfego. A polícia também enfrentou
dificuldades em lidar com os protestos, que prejudicaram sua
capacidade de lidar com crimes violentos.
O ativista XR concluiu dizendo: “Chegamos a um ponto de
revolução ou ruína, como predisse Marx. Somente um movimento
socialista anticapitalista e antiimperialista de massa fora dos limites
dos partidos parlamentares pode desafiar a mudança climática”.
A Polícia Metropolitana de Londres prendeu 23 ativistas em 2021
do ExtinctionRebellion que visaram organizações de mídia em
Londres, incluindo o despejo de esterco de cavalo em frente à sede
do Daily Mail. Os ativistas escalaram os andaimes do prédio,
penduraram faixas e despejaram sete toneladas de esterco. Um
ativista foi preso antes de poder despejar mais esterco em outro local
comercial.
O ExtinctionRebellion posteriormente compartilhou imagens de
ativistas pintando o prédio da News Corp antes de serem presos. O
grupo afirmou que sua ação tinha o objetivo de enviar uma
mensagem aos bilionários donos da mídia impressa do Reino Unido,
exigindo o fim da corrupção na mídia. O ExtinctionRebellion já havia
alvo da mídia tradicional anteriormente, causando interrupções na
distribuição. A ação levou a Ministra do Interior, PritiPatel, a propor
medidas restritivas ao direito de protestar.
Ser contra essas anomalias ideológicas não é politicamente correto.
Muitas pessoas escrevem ou falam com medo sob um clima cultural
de eco censura, a sociedade está mais frágil e quebradiça. Nas igrejas
muitos líderes recuam em suas falas e pisam em ovos para manter sua
cabeça em seu pescoço cultural. Temos mantras culturais de pessoas
dizendo "Você não pode dizer isso. Eu acho isso, mas não posso
dizer". Perdemos muitos Elias destemidos. É importante notar nessa
69
discussão climática que há pontos divergentes, não há unanimidade
por mais que se brade "ciência". Mesmo que alguém grite 24h como a
garota eco ativista Greta, precisamos buscar mais opiniões.
O estudo realizado pelo cientista independente Dr. IndurGoklany,
encomendado pela Global WarmingPolicy Foundation, afirma que
não há uma "emergência climática". Goklany conclui que embora o
clima possa ter mudado para mais quente, a maioria dos fenômenos
climáticos extremos não se tornou mais intenso, mortal ou destrutivo.
Além disso, evidências empíricas contradizem as alegações de que o
aumento do dióxido de carbono reduziu o bem-estar humano, uma
vez que o bem-estar humano nunca esteve tão alto.
O estudo de Goklany também aponta que os efeitos negativos do
aquecimento global e do aumento do dióxido de carbono na
biodiversidade foram superados pela contribuição dos combustíveis
fósseis para o aumento da produtividade biológica, o que tem
ajudado a reverter a perda de habitats. O relatório também refuta
várias reivindicações alarmistas feitas por grupos ambientalistas,
como a intensificação de ciclones/huracões, tornados, enchentes,
secas e incêndios florestais, argumentando que não há evidências que
sustentem essas afirmações.
O estudo de Goklany também desafia a visão de que os
combustíveis fósseis são prejudiciais ao meio ambiente, destacando
que o aumento do dióxido de carbono proveniente desses
combustíveis tem contribuído para o "verdeamento" global, ou seja, o
aumento da cobertura vegetal do planeta.
Além disso, o estudo argumenta que os fertilizantes e pesticidas
derivados dos combustíveis fósseis têm aumentado a produção de
alimentos global, contribuindo para a redução da quantidade de terras
necessárias para a agricultura.
70
É importante notar que Goklany é um especialista em clima com
credenciais relevantes, tendo sido membro da delegação dos Estados
Unidos que estabeleceu o Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas (IPCC) e participado como revisor do IPCC. No entanto,
é necessário avaliar cuidadosamente a metodologia, as fontes e os
resultados de qualquer estudo científico, e considerar diferentes
perspectivas e evidênciaspara uma compreensão completa e precisa
das questões relacionadas às mudanças climáticas.
Os fertilizantes nitrogenados e a fertilização com dióxido de
carbono juntos aumentaram a produção global de alimentos em
111%. Em outras palavras, os combustíveis fósseis são responsáveis
por mais da metade da produção global de alimentos. Sem eles, os
alimentos seriam mais escassos e os preços mais altos (assumindo que
tudo o mais, incluindo a demanda por alimentos, permaneça
constante).
Sabe por que o Papa está sempre falando sobre as mudanças
climáticas? Porque ele está tão preocupado que até a batina dele tá
ficando quente! Ele já tá se preparando pra sair de balsa do Vaticano
se o nível do mar subir mais! Mas acho que ele precisa dar uma
olhada nas previsões do tempo de verdade.
O artigo do Breitbart, intitulado "Mudança Climática: A Maior
Conspiração contra o Contribuinte na História", argumenta que a
mudança climática é uma farsa que custa trilhões de dólares aos
contribuintes e financia causas questionáveis. O autor, JAMES
DELINGPOLE critica a tributação e a dimensão moral que ela
adquiriu, compartilha suas preferências por mercados livres, governo
pequeno e impostos baixos, e cita exemplos de economias com
impostos baixos que tiveram bom desempenho. O autor também
menciona a justificativa moral para a tributação em troca de melhores
serviços públicos, como o sistema de saúde.
71
A mudança climática é frequentemente considerada uma farsa de
US$ 1,5 trilhão por ano que prejudica os contribuintes, financiando
causas questionáveis e sendo um desperdício completo. Em um
discurso recente para as Associações Mundiais de Contribuintes em
Berlim, o palestrante expressou gratidão pelo convite e compartilhou
suas opiniões sobre a tributação e a dimensão moral que ela adquiriu
ao longo dos anos. Ele lembrou de sua visita anterior à Alemanha
Oriental durante a Guerra Fria, que o levou a preferir mercados
livres, governo pequeno e impostos baixos. Ele citou exemplos de
economias com impostos baixos que tiveram bom desempenho,
como Cingapura e Hong Kong, em comparação com economias com
impostos altos, como Cuba, Coréia do Norte ou França.
Os principais pontos do artigo do Breitbart sobre a mudança
climática ser uma conspiração contra o contribuinte são:
A mudança climática é uma farsa: O autor do artigo afirma que a
mudança climática é uma farsa, sugerindo que não é um problema
real e que é usada como uma estratégia para extrair dinheiro dos
contribuintes.
Custa trilhões de dólares aos contribuintes: O autor argumenta que
a suposta farsa da mudança climática custa trilhões de dólares aos
contribuintes em todo o mundo, sem fornecer informações ou
evidências específicas para embasar essa afirmação.
Financia causas questionáveis: O autor sugere que o dinheiro gasto
em supostos esforços para combater a mudança climática não é
direcionado para causas que valem a pena, mas sim para interesses
duvidosos ou questionáveis, sem fornecer exemplos ou evidências
específicas para apoiar essa afirmação.
Crítica à tributação e dimensão moral: O autor critica a tributação e
a dimensão moral que ela adquiriu, sugerindo que os impostos são
72
usados de forma injusta e que a justificativa moral para a tributação é
questionável.
Preferência por mercados livres, governo pequeno e impostos
baixos: O autor expressa sua preferência por mercados livres,
governo pequeno e impostos baixos, citando exemplos de economias
com impostos baixos que, segundo ele, tiveram bom desempenho.
Ceticismo em relação a serviços públicos financiados por impostos:
O autor questiona a justificativa moral para a tributação em troca de
melhores serviços públicos, como o sistema de saúde, sugerindo que
não acredita que pagar mais impostos resultará em serviços públicos
de qualidade.
Ah, o pensamento verde! Focando em objetivos distantes e
abstratos, em vez de encarar as necessidades do mundo real. Afinal,
quem precisa de soluções práticas quando se pode ter poesia
romântica da Nova Era, certo? A visão romântica verde era
encantada por suas crenças espirituais disfarçadas de ativismo
ambiental. É difícil debater com esses crentes líricos, afinal, é como
discutir religião com alguém. E acredite, esse tipo de pensamento
metafísico está tão profundamente enraizado nas elites e até mesmo
nos subúrbios de classe média. E claro, temos aqueles que são apenas
histéricos, como a deputada Alexandria Ocasio-Cortez (D-NY), que
previu o fim do mundo em 12 anos se não abordássemos as
mudanças climáticas.
73
17
Investimento Social Ambiental
e Governança (ESG)
____________________________
ESG é uma sigla que se refere a três áreas principais de
consideração na avaliação de empresas e investimentos: Ambiental
(E), Social (S) e Governança (G). Esses critérios são usados para
avaliar o desempenho e a sustentabilidade de uma empresa em
termos de suas práticas ambientais, responsabilidade social e
governança corporativa.
Os pontos positivos do ESG podem incluir:
Sustentabilidade Ambiental: O critério ambiental (E) do ESG se
concentra em práticas relacionadas ao meio ambiente, como a
redução de emissões de gases de efeito estufa, conservação de
recursos naturais, gestão de resíduos e poluição, uso de energias
renováveis, entre outros. Empresas que adotam práticas
ambientalmente sustentáveis podem contribuir para a proteção do
meio ambiente e mitigação dos impactos negativos das atividades
econômicas no planeta.
Responsabilidade Social: O critério social (S) do ESG aborda
práticas relacionadas às questões sociais, como igualdade de gênero,
diversidade e inclusão, saúde e segurança dos trabalhadores,
responsabilidade com a comunidade local, entre outros. Empresas
74
que valorizam a responsabilidade social podem contribuir para a
promoção da equidade social, justiça social e bem-estar dos
funcionários, clientes, comunidades e outras partes interessadas.
Governança Corporativa: O critério de governança (G) do ESG
refere-se a práticas relacionadas à estrutura de governança e ao
funcionamento dasempresas, incluindo transparência, ética nos
negócios, estrutura de liderança, gestão de riscos, entre outros.
Empresas com uma boa governança corporativa podem ser mais
transparentes, responsáveis e eficientes em suas operações, o que
pode contribuir para a criação de valor sustentável a longo prazo para
os acionistas e outras partes interessadas.
Acesso a Capital: A adoção de práticas de ESG pode ajudar as
empresas a atrair investidores que valorizam a sustentabilidade e a
responsabilidade corporativa. Cada vez mais, os investidores estão
considerando critérios ESG em suas decisões de investimento, o que
pode resultar em maior acesso a capital para empresas que adotam
práticas sustentáveis.
Reputação: Empresas que têm práticas de ESG sólidas podem
construir uma boa reputação com seus clientes, funcionários,
parceiros de negócios e outras partes interessadas. Uma boa
reputação pode contribuir para a fidelidade do cliente, atrair talentos
qualificados e estabelecer relacionamentos comerciais duradouros, o
que pode ter impactos positivos no desempenho financeiro e na
sustentabilidade de longo prazo da empresa.
Gestão de Riscos: A adoção de práticas de ESG pode ajudar as
empresas a identificar e gerenciar riscos associados a questões
ambientais, sociais e de governança. Isso pode incluir riscos
financeiros, operacionais, legais, reputacionais e regulatórios. Ao
gerenciar esses riscos de forma proativa, as empresas podem se
proteger de potenciais impactos negativos em suas operações e
desempenho financeiro.
75
É importante notar que os benefícios do ESG podem variar
dependendo do contexto específico de cada empresa e setor, e nem
todas as empresas adotam práticas de ESG da mesma forma ou com
o mesmo nível de comprometimento. No entanto, em geral, o ESG
pode ter um impacto positivo ao promover a sustentabilidade
ambiental, a responsabilidade social e a governança corporativa,
melhorar o acesso a capital, fortalecer a reputação e melhorar a gestão
de riscos.
É importante ressaltar que a adoção de práticas de ESG não está
isenta de críticas e desafios. o ESG se tornou um tópico amplamente
discutido nos últimos anos, com muitas empresas e investidores
reconhecendo a necessidade de abordar questões ambientais, sociais e
de governança de forma holística em suas estratégias de negócio.
O ESG vai além da responsabilidade social corporativa, e que as
empresas devem considerar as implicações financeiras e de longo
prazo de suas práticas ESG. Investidores estão cada vez mais levando
em consideração os critérios ESG na tomada de decisões de
investimento, e empresas que não adotam práticas ESG eficazes
podem enfrentar riscos financeiros, de reputação e até mesmo de
exclusão de oportunidades de investimento.
É importante notar que os benefícios do ESG podem variar
dependendo do contexto específico de cada empresa e setor, e nem
todas as empresas adotam práticas de ESG da mesma forma ou com
o mesmo nível de comprometimento. No entanto, em geral, o ESG
pode ter um impacto positivo ao promover a sustentabilidade
ambiental, a responsabilidade social e a governança corporativa,
melhorar o acesso a capital, fortalecer a reputação e melhorar a gestão
de riscos.
76
É importante ressaltar que a adoção de práticas de ESG não está
isenta de críticas e desafios. Algumas das críticas feitas ao ESG
incluem:
Falta de padrões e regulamentações claras: A falta de padrões e
regulamentações consistentes na área de ESG pode levar a diferentes
interpretações e práticas por parte das empresas, o que pode dificultar
a comparação e avaliação adequada do desempenho ESG de
diferentes empresas. -- Atualmente, não há um quadro regulatório
abrangente para governar as práticas de ESG, o que pode levar a
preocupações quanto à falta de fiscalização e responsabilização.
Alguns críticos argumentam que a falta de regulamentação efetiva
pode permitir que as empresas afirmem práticas de ESG sem
enfrentar consequências significativas em caso de não conformidade.
Custo de implementação: A adoção de práticas de ESG pode exigir
investimentos significativos em tecnologias, treinamento e mudanças
nas operações e processos de negócio, o que pode representar custos
adicionais para as empresas, especialmente para aquelas com recursos
financeiros limitados.
Desafios de mensuração: A mensuração e quantificação dos
impactos ESG podem ser desafiadoras, pois muitos dos indicadores e
métricas são subjetivos e não financeiros. Isso pode dificultar a
comparação e avaliação adequada do desempenho ESG de diferentes
empresas.
Conflitos de interesse: Algumas empresas podem enfrentar
conflitos de interesse entre os objetivos financeiros de curto prazo e
os objetivos de sustentabilidade de longo prazo. Pressões por
resultados financeiros imediatos podem levar a comprometimentos
na adoção de práticas de ESG.
Complexidade e diversidade de questões ESG: As questões
ambientais, sociais e de governança são complexas e abrangem uma
77
ampla gama de tópicos, o que pode dificultar a identificação e
abordagem de todas as questões relevantes para uma empresa
específica.
Foco Excessivo no Curto Prazo: Outra crítica é que o ESG pode
ter um foco excessivo no curto prazo, buscando resultados
financeiros imediatos, em vez de abordar questões de sustentabilidade
a longo prazo. Alguns argumentam que as empresas podem se
concentrar em iniciativas de ESG com retornos financeiros
imediatos, como eficiência energética ou economia de custos, em
detrimento de questões mais complexas e de longo prazo, como
mudança climática, desigualdade social e justiça social.
Limitações na Avaliação de Impacto: A avaliação do impacto real
das práticas ESG pode ser desafiadora. Alguns críticos argumentam
que as métricas usadas para avaliar o desempenho ESG das empresas
podem ser subjetivas e não capturar adequadamente o verdadeiro
impacto social e ambiental de suas atividades. Além disso, pode ser
difícil atribuir o impacto positivo ou negativo de uma empresa a suas
práticas ESG específicas, devido a uma série de variáveis e fatores
externos que podem influenciar os resultados.
"Greenwashing": Algumas empresas podem se envolver em
"greenwashing", que é a prática de apresentar uma imagem enganosa
de sustentabilidade, sem adotar práticas reais de ESG em suas
operações. Isso pode levar a uma falta de transparência e
confiabilidade nas informações divulgadas pelas empresas,
dificultando a identificação de práticas de ESG genuínas.
Um dos maiores riscos, senão o maior é a segurança de dados e sua
governança. O artigo "Seu maior problema de ESG está bem na sua
tela", publicado no site Exame, discute como a crescente dependência
da tecnologia e do mundo digital pode representar um desafio
significativo para as empresas em relação às questões de ESG (sigla
em inglês para Ambiental, Social e Governança).
78
Os dados são a nova commodity do século XXI, como afirmou o
matemático inglês Clive Humby. Essa frase é frequentemente usada
para ressaltar a importância dos dados como o motor da nova
economia, da gestão e das decisões. No entanto, essa comparação
também pode ser aplicada em outro contexto. Assim como o
petróleo, os dados também podem vazar, e as consequências disso
podem ser catastróficas em ambos os casos.
O autor destaca que, embora a tecnologia tenha trazido inúmeros
benefícios para a sociedade, como maior eficiência, automação e
acesso à informação, também apresenta riscos e impactos negativos
em termos de ESG. Um dos principais problemas é o consumo
excessivo de energia associado à crescente demanda por servidores e
data centers para suportar a infraestrutura digital. O aumento na
pegada de carbono, devido à geração de energia necessária para
alimentar a tecnologia, é um importante desafio ambiental que as
empresas precisam enfrentar.
Atualmente, mencionar que há interesses financeiros envolvidos na
mudança climática e em uma agenda verde específica é muitas vezes
rotulado rapidamente como exagero, farsa ou sacrilégio. Quando se
trata do uso de fogões a gás nos Estados Unidos, os defensores do
meio ambiente costumam ser vocais em sua oposição, mas ficam em
silêncio quando a China constrói uma série de novas usinas a carvão.
De acordo com um recente estudo do Centro de Pesquisa em
Energia e Ar Limpo, a China permitiu a adição de 50 gigawatts de
eletricidade gerada a partir de carvão em 2022, um aumento de 50%
em relação ao ano anterior. Isso é equivalente a construir novas
usinas de carvão a cada dois anos, com capacidade total igual à dos
Estados Unidos. Se, como o presidente Biden frequentemente diz, "a
mudança climática é literalmente uma ameaça existencial para nossa
nação e para o mundo", não é necessário tomar medidas drásticas? A
China também não deveria estar igualmente alarmada? São estas
parcialidades que dão as diretrizes do Investimento Social Ambiental
79
e Governança (ESG). Estas três letrinhas fazem o mundo empresarial
tremer de tanta pressão.
Elon Musk, em 2022, criticou os rankings de governança ambiental,
social e corporativa (ESG), chamando-os de "golpe", após a S&P
Global retirar a Tesla de seu principal índice de ações ESG e
adicionar outrasempresas consideradas prejudiciais ao meio ambiente,
como petrolíferas. Musk expressou sua frustração no Twitter,
alegando que a Tesla fez mais pelo meio ambiente do que qualquer
outra empresa, e que o ESG tem sido usado como arma por falsos
defensores da justiça social.
80
18
Virando a Chave da Agenda Verde
____________________________
"Green Philosophy: HowtoThinkSeriouslyAboutthe Planet" é um
livro escrito por Roger Scruton, um filósofo britânico, que foi
publicado em 2012, é uma revisão que não pode faltar na discussão
climática atual.
O livro explora questões filosóficas relacionadas ao meio ambiente,
ecologia e sustentabilidade, apresentando uma abordagem
conservadora para enfrentar os desafios ambientais enfrentados pelo
mundo moderno.
No livro, Scruton argumenta que uma abordagem filosófica é
essencial para abordar as questões ambientais de forma séria e
significativa. Ele critica tanto o ambientalismo radical quanto o
ceticismo ambiental, propondo uma abordagem equilibrada que
busca equilibrar as preocupações ambientais com outros valores
importantes, como a tradição, a comunidade e a responsabilidade
individual.
Scruton aborda temas como a ética do meio ambiente, a relação
entre seres humanos e natureza, a importância da propriedade privada
na proteção do meio ambiente, a crise ecológica e as políticas
públicas relacionadas ao meio ambiente. Ele também explora
questões culturais, religiosas e estéticas associadas à ecologia e
sustentabilidade.
81
O livro oferece uma perspectiva conservadora única sobre as
questões ambientais, desafiando algumas das suposições e abordagens
comuns do ambientalismo contemporâneo. Scruton argumenta que a
conservação do meio ambiente é uma responsabilidade de longo
prazo que exige uma abordagem equilibrada e prudente, e que uma
compreensão filosófica profunda pode ajudar a moldar uma resposta
adequada aos desafios ambientais enfrentados pelo nosso planeta.
Os principais pontos tratados no livro "Green Philosophy: How to
Think Seriously About the Planet" de Roger Scruton incluem:
Uma abordagem filosófica para questões ambientais: Scruton
argumenta que uma abordagem filosófica é fundamental para pensar
seriamente sobre o meio ambiente, considerando questões éticas,
culturais, religiosas e estéticas relacionadas à ecologia e
sustentabilidade.
Crítica ao ambientalismo radical e ceticismo ambiental: O autor
critica tanto o ambientalismo radical, que muitas vezes coloca a
natureza acima dos interesses humanos, quanto o ceticismo
ambiental, que nega a existência ou gravidade dos problemas
ambientais, propondo uma abordagem equilibrada e pragmática.
Equilíbrio entre preocupações ambientais e outros valores: Scruton
defende a importância de equilibrar as preocupações ambientais com
outros valores importantes, como a tradição, a comunidade e a
responsabilidade individual, em vez de adotar uma abordagem
unidimensional para questões ambientais.
Importância da propriedade privada na proteção do meio ambiente:
O autor argumenta que a propriedade privada, quando bem
regulamentada e exercida com responsabilidade, pode ser um
instrumento eficaz na proteção do meio ambiente, incentivando a
gestão sustentável e a responsabilidade ambiental.
82
Crise ecológica e políticas públicas: Scruton aborda a crise ecológica
atual e critica as políticas públicas relacionadas ao meio ambiente,
destacando a necessidade de abordagens mais pragmáticas, realistas e
equilibradas na formulação de políticas ambientais eficazes.
Consideração da cultura, religião e estética: O autor examina como
a cultura, a religião e a estética influenciam a nossa relação com o
meio ambiente, destacando a importância de uma compreensão mais
profunda desses aspectos na abordagem das questões ambientais.
Responsabilidade de longo prazo: Scruton enfatiza que a
conservação do meio ambiente é uma responsabilidade de longo
prazo, que requer uma abordagem equilibrada, prudente e
sustentável, levando em consideração tanto as necessidades atuais
quanto as futuras gerações.
Esses são alguns dos principais pontos abordados no livro "Green
Philosophy: Howto Think Serious ly Aboutthe Planet", nos quais
Scruton apresenta uma perspectiva conservadora única sobre as
questões ambientais e a importância de uma abordagem filosófica na
reflexão sobre o meio ambiente.
A implementação da filosofia apresentada por Roger Scruton em
"Green Philosophy: HowtoThinkSeriouslyAboutthe Planet" pode
envolver uma série de ações práticas. Aqui estão algumas possíveis
abordagens para colocar essa filosofia em prática:
Adoção de uma abordagem equilibrada: Seguir uma abordagem
equilibrada ao abordar questões ambientais, considerando tanto as
preocupações ambientais quanto outros valores importantes, como
tradição, comunidade e responsabilidadeindividual. Isso pode
envolver a busca de soluções que equilibrem a proteção do meio
ambiente com as necessidades humanas legítimas, evitando extremos
radicais e considerando as complexidades envolvidas.
83
Responsabilidade individual: Reconhecimento da responsabilidade
individual na proteção do meio ambiente. Isso pode incluir a adoção
de práticas cotidianas sustentáveis, como reduzir o consumo
excessivo, economizar energia e água, reciclar e adotar estilos de vida
mais conscientes do meio ambiente.
Gestão sustentável da propriedade privada: Reconhecimento da
importância da propriedade privada na proteção do meio ambiente,
mas também a necessidade de uma gestão sustentável. Isso pode
envolver a implementação de práticas de gestão ambientalmente
responsáveis em terras privadas, como práticas agrícolas sustentáveis,
manejo florestal responsável e conservação de recursos naturais.
Participação em políticas públicas: Engajamento em processos
políticos e participação em debates sobre políticas públicas
relacionadas ao meio ambiente, promovendo abordagens pragmáticas
e realistas para a formulação de políticas ambientais eficazes, baseadas
em evidências científicas e equilibrando diferentes interesses.
Educação e conscientização: Promover a educação e a
conscientização sobre questões ambientais, compartilhando
conhecimentos e informações sobre a importância da proteção do
meio ambiente, a conexão entre a natureza e a cultura, a ética do meio
ambiente e a necessidade de uma abordagem equilibrada e
responsável para lidar com os desafios ambientais.
Consideração de valores culturais e estéticos: Valorizar e considerar
os aspectos culturais, religiosos e estéticos em relação ao meio
ambiente, reconhecendo a importância da diversidade cultural e da
apreciação estética da natureza como elementos importantes na
compreensão e na proteção do meio ambiente.
Planejamento de longo prazo: Adoção de uma perspectiva de longo
prazo na tomada de decisões relacionadas ao meio ambiente,
considerando as necessidades e interesses das futuras gerações e
84
implementando práticas sustentáveis que promovam a conservação
do meio ambiente a longo prazo.
Essas são apenas algumas possíveismaneiras de colocar em prática
a filosofia apresentada por Scruton em "Green Philosophy: How to
Think Serious ly Aboutthe Planet". A implementação concreta pode
variar de acordo com a realidade e as circunstâncias específicas de
cada contexto, mas a adoção de uma abordagem equilibrada, a
responsabilidade individual, a gestão sustentável, a participação em
políticas públicas, a educação e conscientização, a consideração de
valores culturais e estéticos, o planejamento de longo prazo e a
promoção de práticas sustentáveis podem ser direções gerais para a
implementação dessa filosofia. É importante lembrar que a proteção
do meio ambiente é uma responsabilidade compartilhada por
indivíduos, comunidades, governos e instituições, e requer ações
coletivas e colaborativas para alcançar resultados significativos.
Consideração de valores culturais e estéticos: Valorizar e considerar
os aspectos culturais, religiosos e estéticos em relação ao meio
ambiente, reconhecendo a importância da diversidade cultural e da
apreciação estética da natureza como elementos importantes na
compreensão e na proteção do meio ambiente.
Além disso, a implementação da filosofia verde de Scruton também
pode envolver a promoção do diálogo e do entendimento mútuo
entre diferentes perspectivas e interesses, buscando soluções que
considerem as complexidades e nuances das questões ambientais.
Isso pode incluir a busca de soluções práticas, realistas e baseadas em
evidências científicas, em vez de abordagens extremistas ou
ideológicas.
A filosofia verde de Scruton também enfatiza a importância de uma
compreensão holística e integrada do meio ambiente, que considere
não apenas as questões ambientais, mas também as dimensões
culturais, sociais, econômicas e políticas envolvidas. Portanto, a
85
implementação dessa filosofia pode envolver uma abordagem
abrangente e multidisciplinar, integrando diferentes áreas do
conhecimento e considerando a interconexão entre o meio ambiente,
a sociedade e a cultura.
Em resumo, a implementação da filosofia verde apresentada por
Scruton requer uma abordagem equilibrada, responsabilidade
individual, gestão sustentável, participação em políticas públicas,
educação e conscientização, consideração de valores culturais e
estéticos, planejamento de longo prazo e a promoção de práticas
sustentáveis. É um compromisso holístico e integrado para lidar com
os desafios ambientais, buscando soluções realistas, pragmáticas e
baseadas em evidências científicas, e promovendo o diálogo e a
colaboração entre diferentes perspectivas e interesses.
A proteção do meio ambiente é uma preocupação legítima e uma
responsabilidade importante que todos devemos assumir. No
entanto, Roger Scruton em seu livro "Green Philosophy: How to
Think Serious ly Aboutthe Planet" ressalta que o pânico ambientalista
muitas vezes leva a respostas precipitadas e irrefletidas, em vez de
soluções sensatas baseadas em uma compreensão aprofundada dos
problemas reais.
É compreensível que a urgência e a gravidade dos desafios
ambientais possam gerar reações emocionais e alarmistas. No
entanto, Scruton adverte que o alarmismo ecológico pode levar a
decisões imprudentes e excessivas, resultando em políticas ineficazes
ou prejudiciais. É importante manter a calma, buscar informações
confiáveis e adotar abordagens equilibradas na formulação de
políticas ambientais.
Além disso, Scruton destaca que a justiça social é um valor
importante, mas não pode ser alcançada a qualquer custo, inclusive
em detrimento da saúde do planeta. É fundamental encontrar um
equilíbrio adequado entre a justiça social e a sustentabilidade
86
ambiental. É importante reconhecer que a proteção do meio
ambiente não deve ser dissociada de outras preocupações sociais,
econômicas e políticas.
Para abordar adequadamente as questões ambientais, Scruton
enfatiza a importância de uma análise criteriosa dos fatos e dados
científicos, em vez de ceder a emoções e narrativas alarmistas que
podem distorcer a realidade e levar a ações inadequadas. A tomada de
decisão informada e baseada em evidências é crucial para
implementar políticas ambientais eficazes e sustentáveis.
Scruton também ressalta que é necessário ter cuidado para não
sacrificar desnecessariamente outros valores, como a liberdade, a
justiça e a prosperidade, em nome de uma preocupação exclusiva
com o ambientalismo. É fundamental adotar uma abordagem
equilibrada e informada para enfrentar os desafios ambientais,
levando em consideração os interesses de todas as partes envolvidas.
Além disso, Scruton destaca que a justiça social é um valor
importante, mas não pode ser alcançada a qualquer custo, inclusive
em detrimento da saúde do planeta. É fundamental encontrar um
equilíbrio adequado entre a justiça social e a sustentabilidade
ambiental. É importante reconhecer que a proteção do meio
ambiente não deve ser dissociada de outras preocupações sociais,
econômicas e políticas.
Para abordar adequadamente as questões ambientais, Scruton
enfatiza a importância de uma análise criteriosa dos fatos e dados
científicos, em vez de ceder a emoções e narrativas alarmistas que
podem distorcer a realidade e levar a ações inadequadas. A tomada de
decisão informada e baseada em evidências é crucial para
implementar políticas ambientais eficazes e sustentáveis.
Scruton também ressalta que é necessário ter cuidado para não
sacrificar desnecessariamente outros valores, como a liberdade, a
87
justiça e a prosperidade, em nome de uma preocupação exclusiva
com o ambientalismo. É fundamental adotar uma abordagem
equilibrada e informada para enfrentar os desafios ambientais,
levando em consideração os interesses de todas as partes envolvidas.
A verdadeira sabedoria ecológica, segundo Scruton, envolve uma
compreensão profunda da complexidade dos sistemas naturais e
sociais, e a busca de soluções que levem em consideração os
interesses de todas as partes envolvidas, em vez de se render a um
alarmismo simplista ou a uma justiça social cega. A busca por
soluções sustentáveis deve considerar as interconexões entre os
aspectos ambientais, sociais, econômicos e políticos, e promover
abordagens integradas e holísticas.
Scruton destaca a importância de abordar as questões ambientais
com sensatez, equilíbrio e baseadas em evidências, em vez de ceder
ao pânico ambientalista e ao alarmismo. A justiça social é um valor
importante, mas deve ser alcançada de forma equilibrada e
sustentável. É fundamental considerar os interesses de todas as partes
envolvidas e buscarsoluções informadas e integradas para enfrentar
os desafios ambientais e sociais de forma eficaz.
Baseado nesta excelente obra para mudar nossa percepção sobre a
agenda verde, em busca de uma posição mais equilibrada, podemos
concluir com a seguinte lição de Scruton.
Muitas vezes, a preocupação exagerada com o meio ambiente pode
levar a respostas apressadas e impensadas, em vez de soluções
sensatas baseadas em uma compreensão aprofundada dos problemas
reais.
Embora a justiça social seja um valor importante, não podemos
buscá-la a qualquer custo, nem mesmo em detrimento da saúde do
planeta. É crucial encontrar um equilíbrio adequado entre a justiça
social e a sustentabilidade ambiental.
88
É importante ter cautela com o alarmismo ecológico, pois pode
levar a decisões imprudentes e extremas, resultando em políticas
ineficazes ou prejudiciais. É fundamental manter a calma, buscar
informações confiáveis e adotar abordagens equilibradas na
formulação de políticas ambientais.
Devemos abordar as questões ambientais com base em uma análise
criteriosa dos fatos e dados científicos, em vez de ceder a emoções e
narrativas alarmistas que podem distorcer a realidade e levar a ações
inadequadas.
A proteção do meio ambiente é uma responsabilidade importante,
mas também é crucial ter cuidado para não sacrificar
desnecessariamente outros valores, como a liberdade, a justiça e a
prosperidade, em nome de uma preocupação exclusiva com o
ambientalismo.
É essencial adotar uma abordagem equilibrada e informada para
enfrentar os desafios ambientais, reconhecendo que nem toda ação
em nome do ambiente é automaticamente justa ou eficaz.
A verdadeira sabedoria ecológica envolve uma compreensão
profunda da complexidade dos sistemas naturais e sociais, e a busca
de soluçõesque considerem os interesses de todas as partes
envolvidas, em vez de se render a um alarmismo simplista ou a uma
justiça social cega.
89
19
Pacto de Lausanne
e Mordomia Cristã
____________________________
O Movimento de Lausanne é uma iniciativa cristã que busca
promover a evangelização mundial e o engajamento cristão em
diversas áreas da sociedade, incluindo o meio ambiente. O
Movimento de Lausanne tem suas raízes em uma série de encontros
internacionais de líderes cristãos realizados desde 1974, com a
assinatura do Pacto de Lausanne, que estabeleceu a visão e os
princípios do movimento.
A relação entre o Movimento de Lausanne e o meio ambiente se
baseia na compreensão bíblica da responsabilidade humana em
relação à criação de Deus. A Bíblia ensina que Deus criou o mundo e
o entregou aos seres humanos para que cuidassem dele e fossem
bons administradores (Gênesis 1:26-28). Issoimplica que os cristãos
têm uma responsabilidade ética de cuidar do meio ambiente,
protegendo a natureza e promovendo a sustentabilidade.
O Movimento de Lausanne temdestacado a importância do meio
ambiente como uma questão relevante para o engajamento cristão no
mundo contemporâneo. A Declaração de Manila, emitida durante o
Terceiro Congresso de Lausanne em 1989, afirmou que "a
evangelização é inseparável do cuidado da criação de Deus" e
enfatizou a necessidade de os cristãos trabalharem para a preservação
90
do meio ambiente. Desde então, a questão do meio ambiente tem
sido cada vez mais reconhecida como uma parte integral do
engajamento cristão na missão de Deus.
O Movimento tem defendido uma abordagem holística em relação
ao meio ambiente, que abrange a dimensão espiritual, social,
econômica e ecológica. Isso inclui a promoção da justiça ambiental, a
luta contra a degradação ambiental, a defesa dos direitos dos povos
indígenas, a promoção da sustentabilidade e a adoção de práticas
responsáveis em relação aos recursos naturais e às mudanças
climáticas.
Também tem promovido a educação e a capacitação de líderes
cristãos e igrejas locais em relação ao meio ambiente. Isso inclui a
promoção de treinamentos, seminários e recursos educacionais sobre
a teologia do cuidado ambiental, bem como a capacitação em práticas
sustentáveis em nível local e global.
Além disso, o Movimento de Lausanne tem buscado o engajamento
em níveis internacionais, trabalhando em parceria com outras
organizações cristãs e não cristãs, governos e agências internacionais
para abordar questões ambientais globais, como a mudança climática
e a degradação ambiental. -- Reconhece a importância do meio
ambiente como uma questão relevante para o engajamento cristão e
tem promovido uma abordagem holística que abrange a dimensão
espiritual, social, econômica e ecológica. Através de sua visão e
princípios, o Movimento de Lausanne busca inspirar e capacitar
líderes cristãos e igrejas locais a desempenhar um papel ativo.
Fundamentada em princípios bíblicos, como a compreensão de que
Deus é o criador do mundo e que os seres humanos são chamados a
serem bons administradores de sua criação. Isso implica em uma
responsabilidade ética de cuidar do meio ambiente, proteger a
natureza. O cuidado com o meio ambiente também é visto como
parte integrante do testemunho cristão no mundo. Os cristãos são
91
chamados a serem agentes de transformação em todas as áreas da
sociedade, incluindo a proteção do meio ambiente.
Lausanne aborda o desafio da mordomia do meio ambiente. Os
principais pontos abordados podem ser resumidos da seguinte forma:
Responsabilidade como mordomos do meio ambiente: O recurso
destaca a visão bíblica de que os seres humanos têm a
responsabilidade de cuidar do meio ambiente como mordomos, ou
seja, administradores responsáveis dos recursos naturais que Deus
criou.
Desafios ambientais: São abordados os desafios atuais enfrentados
pelo meio ambiente, como a poluição, a degradação do ecossistema,
as mudanças climáticas e a perda da biodiversidade. O recurso
destaca como esses desafios têm impacto sobre as comunidades e a
necessidade de uma ação responsável.
Abordagem integral: É ressaltada a importância de uma abordagem
integral na mordomia do meio ambiente, envolvendo ações
individuais e coletivas, políticas públicas, práticas sustentáveis,
educação ambiental e engajamento comunitário.
Justiça ambiental: O recurso destaca a importância de promover a
justiça ambiental, levando em consideração os impactos
desproporcionais que as comunidades vulneráveis e marginalizadas
enfrentam em relação aos desafios ambientais.
Espiritualidade e meio ambiente: O recurso enfatiza a importância
da espiritualidade e da fé na abordagem da mordomia do meio
ambiente, destacando como a compreensão teológica e o
compromisso com os ensinamentos bíblicos podem influenciar a
forma como as pessoas cuidam do meio ambiente.
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Ação e colaboração: São apresentadas sugestões de ações práticas
que podem ser tomadas para promover a mordomia do meio
ambiente, bem como a importância de colaboração entre diferentes
atores, como governos, organizações da sociedade civil, igrejas e
indivíduos, para enfrentar os desafios ambientais de forma eficaz.
Lausanne aborda a responsabilidade como mordomos do meio
ambiente, os desafios ambientais, a importância de uma abordagem
integral, a justiça ambiental, a espiritualidade e meio ambiente, e a
necessidade de ação e colaboração para enfrentar os desafios
ambientais de forma responsável.
É importante que todos nós nos comprometamos em reler a Bíblia
a partir de uma perspectiva de ampla cosmovisão e ao fazer isto
inserir a perspectiva ambientalistas, e não criar sem necessidade uma
bíblia ambientalista ou bíblia verde.
Devemos assumir o papel de mordomos do meio ambiente,
começando em nossas próprias famílias e agindo em nossas
comunidades.
Também é importante fazer de nossas igrejas, escolas bíblicas,
seminários, universidades e outras instituições veículos de ensino
sobre o meio ambiente e como abordar a crise ambiental.
Devemos também advogar por fontes de energia alternativas,
incentivar padrões de consumo mais sustentáveis, promover políticas
adequadas de transporte público, responsabilidade na indústria da
saúde e do turismo, e tomar todas as medidas necessárias para
transformar nossas vilas, bairros ou cidades em comunidades
ecológicas saudáveis.
Além disso, devemos estabelecer ou apoiar projetos de redução da
pobreza em todas as formas possíveis.
93
Na missão de evangelização mundial, devemos compartilhar a
mensagem de Jesus sobre como Deus se importa com Sua criação e
Seu amor pelomundo. Vamos permitir que a luz de Jesus brilhe em
qualquer área.
A responsabilidade cristã é um tema central abordado neste e-book,
que destaca a importância dos cristãos assumirem o papel de
cuidadores da Terra. A visão bíblica da criação é destacada como base
para essa responsabilidade, enfatizando que a Terra é uma obra de
Deus e que os seres humanos foram chamados por Deus para serem
mordomos e cuidadores do meio ambiente.
A ética ambiental cristã é apresentada como uma base sólida para a
responsabilidade ambiental, pois reconhece que a Terra pertence a
Deus e que os seres humanos são apenas administradores
temporários. Além disso, a ética ambiental cristã destaca que o
mandamento de amar o próximo também se estende à criação de
Deus, o que implica em cuidar da Terra em benefício das gerações
presentes e futuras.
A justiça ambiental é apontada como um aspecto importante da
responsabilidade cristã, considerando que muitas vezes os mais
afetados pelos problemas ambientais são os mais vulneráveis. Os
cristãos são incentivados a lutar pela justiça ambiental, defendendo
políticas e práticas que protejam os mais vulneráveis e promovam a
sustentabilidade ambiental. Além disso, é destacada a importância da
educação ambiental nas comunidades cristãs, como forma de
aumentar a conscientização sobre a importância do cuidado com a
Terra e incentivar práticas sustentáveis. Acredita-se que a educação
ambiental nas comunidades cristãs pode ajudar a formar uma
consciência ambiental baseada na fé cristã, fortalecendo o
compromisso dos cristãos com a responsabilidade ambiental. -- A
Terra é do Senhor (Salmo 24:1). Deus é o seu criador e o Senhor da
Criação. -- Aos homens foram dadas por Deus instruções claras para
cuidarem da Terra. De acordo com a história da criação em Gênesis
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(Gênesis 1:26, 2:15) uma parte chave do propósito de Deus em criar
as pessoas, foi para cuidar do resto da criação.
No entanto, o artigo não se limita apenas a aspectos teóricos, mas
também destaca a importância de ações práticas. A redução do
consumo excessivo é apresentada como uma ação concreta que os
cristãos podem adotar para cuidar da Terra, evitando o desperdício e
promovendo um estilo de vida mais sustentável. Além disso, o uso
responsável dos recursos naturais é enfatizado, reconhecendo que os
recursos da Terra são finitos e precisam ser geridos com
responsabilidade. Apoiar iniciativas de conservação e restauração
ambiental é apresentado como outra forma de ação prática,
mostrando o compromisso dos cristãos em promover a
sustentabilidade ambiental.
Sim, é importante destacar a importância da responsabilidade
ambiental com base na fé cristã, abordando a visão bíblica da criação,
a ética ambiental cristã, a justiça ambiental, a educação ambiental e a
adoção de ações práticas como elementos essenciais para os cristãos
cumprirem o desafio de cuidar da Terra como uma criação de Deus.
Enfatizar a importância de uma abordagem holística sem misticismo
que integre fé e práticas concretas na busca por uma atitude
responsável em relação ao meio ambiente. A visão bíblica da criação
enfatiza que a Terra é uma obra de Deus que é boa e deve ser
apreciada e cuidada pelos seres humanos. A Terra pertence a Deus e
os seres humanos são apenas administradores temporários, e que o
mandamento de amar o próximo também se estende à criação de
Deus.
A aplicação da ciência e tecnologia é um componente importante
da mordomia. A humildade é um ingrediente essencial na busca e
aplicação da ciência e tecnologia – e no exercício da mordomia.
A relação entre o ser humano e o meio ambiente é de extrema
importância, e a aplicação da ciência e tecnologia na busca de
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soluções sustentáveis é fundamental. É necessário ter humildade ao
lidar com a natureza e reconhecer que não somos inimigos dela, mas
sim seus habitantes.
Devemos lembrar que a Terra não é uma herança de nossos pais,
mas um empréstimo de nossos filhos, como diz um provérbio
indígena. A natureza é uma obra de arte, como destacou um poeta.
Precisamos agir agora para proteger o meio ambiente, pois somos a
primeira geração a sentir os impactos das mudanças climáticas e a
última que pode fazer algo sobre isso, como afirmou um líder
político.
"Não existe um planeta B." (Autordesconhecido), mesmo que o
ElonMusk queira ocupar Marte. -- Você sabe por que o ElonMusk
está tão interessado em Marte? Porque ele descobriu que o
estacionamento é grátis por lá! Afinal, em um planeta inexplorado
como Marte, não precisa se preocupar com multas de estacionamento
ou congestionamentos. Talvez seja por isso que ele quer construir
uma frota de naves espaciais para se mudar para lá! Ele só precisa ter
cuidado para não esquecer onde estacionou a nave quando voltar
para a Terra!
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