INTRODUCÇÃO
As zonas da faixa marinha caracterizam-se por uma intensa actividade
geológica provocada pelo mar. O movimento das ondas, a subida e descida rítmica
do nível das águas consequentes das marés e as correntes marinhas resultantes da
moção das águas de um local para o outro da superfície da Terra, provoca um
profundo desgaste do material da superfície continental em determinadas zonas
costeiras e a sua deposição noutros locais, por vezes muito distantes da sua origem.
Com isto salientado, podemos observar que as acções geológicas das águas do
mar têm um papel no que concerne aos diversos fenómenos que ocorrem na terra.
ACÇÃO GEOLÓGICA DAS ÁGUAS DO MAR
O conceito mar provém do latim mare e refere-se à massa de água salgada
que cobre grande parte da superfície terrestre, representada a azul no globo e no
mapa terrestre. Também se chama de mar a cada uma das partes em que se pode
considerar que essa massa de água está dividida (Mar Mediterrâneo, Mar Egeu,
etc.).
Por outro lado, um mar é um lago de grande extensão. Nesses casos,
costuma usar-se a denominação de mar fechado ou interior pelo facto de não
comunicar directamente com nenhum oceano. O Mar Morto é um deles.
A título de comparação, pode-se dizer que o mar é uma extensão de água
salgada cuja extensão é menor que a do oceano. Contudo, alguns especialistas não
fazem a distinção entre o mar e o oceano.
Entre as diversas classificações dos mares, destacaremos os mares litorais
ou costeiros (os quais são grandes e bastante abertos, como é o caso do mar da
Noruega), os mares continentais (os quais se encontram dentro dos continentes e
que comunicam com os oceanos por um estreito de escassa profundidade. Por
exemplo: o Mar Mediterrâneo) e os mares interiores ou fechados (os referidos lagos
de grande extensão, que ocupam depressões endorreicas).
Muitas pessoas utilizam as palavras Mar e Oceano como se elas fossem
sinónimas. A confusão entre esses dois termos é compreensível, pois a diferença
entre eles é muito pequena, pois ambos referem-se a grandes extensões de águas
salgadas.
A primeira e principal diferença básica entre mar e oceano é a sua extensão
territorial. Os oceanos ocupam grandes extensões e são delimitados por porções de
terra (na verdade, são as terras emersas que são delimitadas pelos oceanos),
enquanto os mares são bem menores e costumam ser delimitados pelos continentes
em boa parte de suas entradas.
Outro aspecto importante para se notar é a profundidade. Os Oceanos são
tão profundos que até hoje o homem não conseguiu chegar e nem transportar um
aparelho para a localidade mais profunda deles, com milhares de metros. Por outro
lado, os mares possuem uma profundidade que costuma ficar em algumas centenas
de metros.
Na verdade, a maioria dos mares faz parte dos Oceanos. Eles são
justamente aqueles trechos mais próximos dos acidentes geográficos terrestres,
possuindo uma grande importância para inúmeros povos. Um exemplo é o Mar
Mediterrâneo, uma extensão do Oceano Atlântico.
Existem três tipos principais de mares: os abertos, que são abertos e
possuem uma ampla ligação com os oceanos; os continentais, que possuem uma
ligação muito restrita com os oceanos, e os fechados, que se ligam às águas
oceânicas apenas indirectamente (através de canais e rios).
Os oceanos, as montanhas, os vales submersos, os vulcões submarinos e
muitas espécies de rochas e sedimentos, desempenham um papel importante na
modelação da crosta terrestre.
As águas do mar estão em constante movimento, que se revela pelas
ondas, marés e correntes marinhas, provocando uma ação erosiva sobre os
materiais sólidos com que entram em contacto quer no fundo do mar quer na costa.
Esta erosão é condicionada por alguns factores, tais como: as ondas, as marés (que
dependem da atração gravítica da Lua e do Sol) e as correntes, bem como o tipo de
rochas existentes no litoral, o levantamento ou a subsidência das zonas costeiras e
as variações do nível médio das águas do mar (que condicionam as mudanças da
linha de costa).
Os oceanos são grandes extensões de águas salgadas que banham os
continentes e cobrem a maior parte da terra. Reserva-se a designação mar aos
golfos, bacias e porções limitadas dos oceanos. A oceanografia é a ciência que se
ocupa do estudo dos oceanos.
Ondas
As ondas são movimentos oscilatórios da superfície do mar produzida por
qualquer ação que perturbe as águas.
Dos movimentos das águas marinhas, as ondas constituem o principal meio
de que o mar se dispõe para desgastar o litoral sobre o qual actua por abrasão. No
seu movimento, as ondas são possuidoras de uma poderosa energia cinética (força
hidráulica) principalmente quando o mar esta agitado, que é capaz de destruir
grandes massas rochosas, arrancando-lhes fragmentos por vezes de grandes
dimensões.
Correntes Marinhas
A imensa quantidade de água que cobre a superfície da Terra constitui a
característica mais impressionante e mais evidente do nosso planeta quando visto
do espaço. Por isso mesmo é muitas vezes chamado de «o Planeta da água». O
vapor e as partículas atmosféricas, embora formando nuvens bem visíveis, não
representam senão uma ínfima fração do seu volume total.
A maior parte da água faz parte dos oceanos, distribuindo-se a pequena
percentagem restante pelos lagos, rios e calotes glaciares, assim como pelos poros
e anfractuosidades das rochas.
A interação entre a água, a atmosfera e a superfície da Terra, dá origem às nuvens, à
neve, à chuva, às correntes, à evaporação e à infiltração.
A água constituinte dos oceanos não é estática, ou seja, existem
movimentos de massas de água mais ou menos intensos, como são o caso das
vagas, marés e correntes marinhas. As vagas e as marés são apenas movimentos
oscilatórios, que em nada interferem na distribuição das temperaturas e da
salinidade. Pelo contrário, as correntes marinhas propriamente ditas formam uma
verdadeira circulação, que modifica o estado físico e químico da massa oceânica e
cuja influência até se faz sentir de forma marcada no clima dos continentes.
Nas águas profundas, os movimentos são muito lentos tendendo a
uniformizar as condições térmicas e de salinidade. A circulação nas camadas mais
superficiais, muito mais rápida e com contrastes mais acentuados, merece
particularmente a nossa atenção.
As correntes marinhas, são movimentos em grande escala de massas de
águas oceânicas ocasionadas por processos vinculados à distribuição de calor do
sol na atmosfera terrestre e na superfície dos oceanos. A distribuição espacial dos
grandes padrões de correntes frias e quentes nos oceanos está directamente
relacionada com esses diferenciais de temperatura.
O movimento de rotação da Terra também influencia essa distribuição,
assim como a diferente salinidade e densidade das águas. Correntes frias tendem a
movimentar-se no fundo e as quentes na superfície. O exemplo mais expressivo de
corrente marinha é a do Golfo, que se origina no golfo do México, contorna a
península da Flórida e direciona-se para o hemisfério Norte banhando o litoral norte-
americano e parte do litoral leste da Europa, evitando um congelamento dessas
áreas no inverno.
No oceano Pacífico, em intervalos de tempo aproximados de 10 anos ocorre
o fenómeno do El Niño, com um forte aquecimento da superfície do oceano,
provocando, pela inversão das correntes, graves efeitos climáticos em escala
mundial.
A costa marítima (zona limite entre a terra e o mar), encontra-se
constantemente submetida a transformações provocadas pela ação das correntes
marítimas, das marés, das ondas, da abrasão e das flutuações do nível do mar.
Correntes de Superfície
As verdadeiras correntes não ocupam mais que uma pequena porção dos
oceanos, sendo a maioria unicamente a origem de derivas mais ou menos
imprecisas, por outro lado, a direcção, a velocidade e os limites de correntes estão
longe de apresentar uma determinação absoluta, as variações, por vezes sazonais
são bastante imprevisíveis e de causas mal conhecidas.
Causas das Correntes Marinhas
A massa oceânica é constantemente deslocada e misturada por movimentos
mais ou menos rápidos, provocados pela interferência de dois mecanismos
fundamentais: os ventos e as diferenças de densidade, cuja origem se encontra na
superfície de contacto entre a atmosfera e o mar.Os especialistas estão longe de um
acordo sobre a importância relativa de cada uma dessas causas. Evidentemente, os
antigos autores deixaram-nos opiniões bastante fantasistas. Muitos, mesmo ainda
actualmente, atribuem uma influência preponderante ao movimento de rotação da
Terra. É um erro grave, a força centrífuga complementar que representa a sua ação,
sendo nula para um corpo em repouso, não podendo produzir uma deslocação, mas
antes, tem um papel importante na perturbação do movimento devido a outras
causas.
Influência das Correntes Marinhas nos Climas
As trocas constantes de calor e humidade na superfície de contacto entre as
águas marinhas e a atmosfera dão origem a desequilíbrios de densidade,
provocando assim os movimentos de conjunto do oceano. A repercussão destas
trocas nas camadas inferiores da atmosfera diferencia também as massas de ar,
cujo comportamento é um dos factores determinantes da variedade climática do
Globo. Em relação aos continentes, o oceano fornece parte da humidade e modera
a temperatura. Para entender este duplo papel é preciso ter ideia dos mecanismos
de troca entre o oceano e a atmosfera, que são bastante complexos e diferentes dos
que actuam à superfície dos continentes.
Por um lado, os vários movimentos que agitam as camadas marinhas
superiores fazem com que o calor recebido da atmosfera penetre até várias dezenas
de metros de profundidade, a despeito da tendência das águas mornas e leves para
permanecerem à superfície, tornando assim o aquecimento superficial lento e
demorado. Mais lenta ainda é a restituição do calor armazenado e o arrefecimento
invernal muito moderado, já que as águas frias mergulham à medida que se
formam. Este facto constitui uma diferença marcante em relação aos continentes,
onde o aquecimento diurno e o arrefecimento nocturno das rochas não penetra além
de escassos centímetros e onde a própria variação anual se atenua e desaparece
em poucos metros.
Por outro lado, as trocas de calor são interdependentes das trocas de
humidade, que modificam as características da atmosfera, absorvendo ou
restituindo grandes quantidades de calor. Se é preciso em média uma caloria para
aquecer de 1ºC um grama de água, são absorvidas 80 cal pela fusão e 596 cal pela
evaporação da mesma quantidade. Quando a temperatura da água do mar é mais
elevada que a da atmosfera, a evaporação é forte, uma vez que o ar aquecido na
base se torna instável em vários milhares de metros de espessura, havendo
renovação constante da camada de ar em contacto com a água, que nunca chega
assim à saturação. O arrefecimento mecânico progressivo da massa de ar
ascendente dá origem a nuvens de grande desenvolvimento vertical, donde provêm
as precipitações.
Pelo contrário, sobre águas frias, a camada atmosférica inferior arrefece e
torna-se muito estável, chegando assim facilmente à saturação; formam-se
nevoeiros, incapazes de provocar chuva, devido à sua pouca espessura. A
temperatura das águas mais quentes é moderada directamente pela forte
evaporação e indirectamente pela nebulosidade provocada. A fusão estival dos
gelos mantém nos oceanos polares uma temperatura superficial muito baixa e
regular. Daí resulta que, de uma maneira geral, a amplitude anual da temperatura
das águas marinhas superficiais seja muito fraca, sobretudo entre os trópicos e nas
altas latitudes, onde nunca atinge 5ºC, ficando em muitos lugares abaixo de 2ºC.
Mesmo nas latitudes temperadas é raro ultrapassar 10º.
TRANSPORTE DOS SEDIMENTOS MARINHOS
A maior parte das partículas geradas pelo intemperismo e erodidas nos
continentes são depositadas nas áreas oceânicas, embora possam também vir de
outros processos como nos mostra a figura abaixo.
Grande parte dos depósitos sedimentares marinhos é composta por um ou
vários tipos de sedimentos de origens diversas tais como os precipitados de sais a
partir da água do mar (sedimentos autigénicos), conchas e matérias orgânicas
derivadas da vida marinha e terrestre (sedimentos biogénicos), produtos vulcânicos
e hidrotermais originados das actividades magmáticas no meio marinho (sedimentos
vulcanogénicos), além de uma pequena quantidade de fragmentos cósmicos,
atraídos pela gravidade terrestre, que se depositam em bacias oceânicas
(sedimentos cosmogénicos).
Todos estes materiais depositam-se ao longo da costa e formam uma cintura
contínua na periferia dos continentes. Podemos considerar a partir da costa a
seguinte ordem de deposição: blocos, calhaus, rolados, cascalhos, areias e
vasas.Segundo a localização, maior ou menor profundidade e arrastamento da
costa, os sedimentos marinhos repartem-se pelas seguintes categorias: litorais ou
costeiros, neríticos, batiais e abissais.
Os sedimentos litorais ou costeiros, formam-se na plataforma litoral. Os
detritos são dos mais diversos tamanhos e são constituídos por blocos, cascalhos,
calhaus, areias e vasas. Os sedimentos de precipitação formados nas lagunas ou
deltas dos rios, são normalmente depósitos salinos ou calcários de precipitação.
Os sedimentos neríticos constituem-se até às cotas de 200 metros no
planalto continental. Os detritos são constituídos por cascalhos, areias, vasas e os
de precipitação são algumas vasas calcárias.
Os sedimentos batiais constituem-se para além dos 200 metros sobre o
talude continental, e o seu afastamento pode ir até aos 300 quilómetros da costa.
São constituídos por detritos de pequeníssimas dimensões e geralmente são vasas
argilosas que podem apresentar várias cores como azuis, vermelhas e verdes.Os
sedimentos abissais constituem-se a profundidades para além dos 2000 metros.
Denominam-se sedimentos pelágicos por serem constituídos, em grande parte, por
restos de seres platónicos depositados a grandes distâncias da costa.A ação erosiva
e de transporte da água é um agente modelador das faixas costeiras das áreas
continentais. As formas litorais resultam de processos de erosão e deposição.
Na sua ação contínua sobre a costa, as ondas provocam a sua destruição,
arrancandolhe detritos, por vezes de grandes dimensões. Depois de embater nas
falésias (escarpa íngreme, à beira mar, formada pela ação da erosão marinha) ou de
se estender nas praias (porção da costa, levemente inclinada, entre a linha media
mais baixa da maré vazia e a linha media mais alta da preamar, coberta de areias,
pedras ou fragmentos rochosos que resultam da abrasão marinha sobre o litoral), a
agua das ondas regressa ao ma, originando uma corrente de refluxo que arrasta
consigo uma serie de materiais.
Linhas De Costa
As ondas, as correntes longilitorais e as correntes de maré interagem com
as rochas e a tectónica costeira para modelar as linhas de costa numa multiplicidade
de formas. Uma dessas formas, talvez a mais conhecida, é a praia. Uma praia é
uma linha de costa constituída por areia e seixos. As praias podem mudar de forma
de dia para dia, de semana para semana, de estação para estação e de ano para
ano. As ondas e as marés alargam, por vezes, estendem uma praia por deposição
e, outras vezes, estreitam-nas através do transporte da areia que constitui as praias.
Muitas praias são faixas estreitas de areia mais ou menos compridas,
outras, são pequenos crescentes de areia incrustados entre promontórios. Os
cordões dunares limitam a comunicação com o continente em muitas praias; outras
são limitadas por rochedos ou por arribas de sedimentos ou de rochas. As praias
podem possuir terraços de maré – áreas pouco profundas e planas entre a praia
superior e uma barra arenosa exterior – nos seus locais próximos de mar.
Para fora fica o largo (offshore), limitado pela zona de rebentação (surf
zone), onde o fundo começa a ficar suficientemente pouco profundo para as ondas
rebentarem. A praia baixa (foreshore) inclui a zona de rebentação, o terraço de maré
e a zona de ressaca (swash zone). A praia alta (backshore) estende-se desde a
zona de ressaca até ao nível mais alto da praia (o cordão dunar ou a arriba).
Uma praia constitui um cenário de movimento incessante. Cada onda
movimenta areia para a frente e para trás com a ressaca da água. Tanto a deriva
como as correntes longilitorais transportam a areia ao longo da praia. No final e ao
longo de uma parte da praia, a areia é removida e depositada em águas profundas.
Na praia alta ou ao longo das arribas são libertados areia e seixos pela erosão,
alimentando as praias. O vento que sopra sobre a praia transporta areia, algumas
vezes para o largo, para a água, outras vezes para terra. Todos estes processos
juntos mantêm um equilíbrio entre a adição e a remoção de areia, resultando numa
praia aparentemente estável mas que, na realidade, permuta material por todos os
lados. Deste modo, sumariamente:
Ganhos:
*Sedimentos erodidos dos rochedos da praia alta pelas ondas;
*Sedimentos erodidos da praia alta pela deriva e corrente longilitoral;
*Sedimentos trazidos pelos rios;
Perdas:
*Sedimentos transportados para as dunas da praia alta por ventos vindos do largo;
*Sedimentos transportados ao longo da praia pela deriva e corrente longilitoral;
*Sedimentos transportados para águas profundas por correntes de maré e pelas ondas.
Se o total de ganhos equilibra o total de perdas, a praia está em equilíbrio e
mantém a mesma forma geral. Se os ganhos e as perdas não estão equilibrados, a
praia tanto pode crescer como minguar.
Erosão Pluvial (Chuva)
É uma remoção e transporte dos horizontes superiores do solo pela água.
Inicia-se com o salpico de gotas de chuva directamente sobre a superfície
desprotegida e continua com a formação de enxurradas que formam Sulcos de
diversas proporções. Estes sulcos podem evoluir (aumentar a profundidade) e
passar a ser chamado de Ravina. Quando estas atingem magnitudes maiores ainda,
como chegar à profundidade do lençol freático, passam a ser chamadas de
Voçorocas (ou Boçorocas).
Erosão Fluvial (Rios)
Este tipo de erosão acontece naturalmente pelas águas dos rios. Estas
provocam um certo desgaste nos solos das margens dos rios podendo até causar o
desmoronamento dos barrancos. Este processo pode se intensificar quando não há
uma mata ciliar ao longo das margens do rio.
Erosão Marinha ou Abrasão Marinha
É a erosão provocada pela ação das águas do mar. Elas actuam sobre os
materiais do litoral (linha de costa) desgastando-os através da sua ação química e
da sua ação mecânica. O aspecto da linha de costa é variável de acordo com a
natureza dos materiais rochosos que a constituem. O mar reage quimicamente com
alguns materiais rochosos desgastando-os. A ação mecânica das águas faz-se
sentir quando o mar atira contra a costa rochas de dimensões variáveis originando
fracturas nas rochas do litoral.A ação que o mar exerce sobre os continentes faz-se
sentir aos seguintes níveis desgaste, transporte e deposição. A ação de desgaste
está condicionada pelos seguintes factores:
*Reacções químicas entre a água e os materiais; *Ação mecânica da água; *Força e
direcção das rochas; *Natureza das rochas - dureza, constituição química e coesão.
O desgaste origina materiais soltos, de dimensões muito variáveis que as
correntes marítimas transportam, por vezes, a grandes distâncias. Quando a
velocidade e força das correntes diminuem os materiais transportados são
depositados.
Erosão Glacial (Gelo)
É causada pela ação da água na forma sólida: o gelo. Elas podem se dar de
duas maneiras: a água na estação quente penetrando nas fracturas das rochas é
congelada na estação fria. Quando isso acontece há uma expansão, fazendo com
que ocorra um fracturamento da rocha, deixando sedimentos soltos e propícios ao
transporte.A segunda maneira é causada quando existe uma movimentação de
grandes blocos de gelo, como as geleiras. Quando estas se movimentam, causa um
grande atrito com a superfície, fazendo com que esta se desgaste. As formações
sedimentares resultantes deste processo se chama Moraina (ou Morena).
Erosão Eólica (Ventos)
É um tipo de erosão causada pela ação do vento. Este, dependendo de sua
velocidade, pode carregar sedimentos, que em contacto com superfícies como
rochas e solos, pode os desgastar. Ou seja, os sedimentos transformados pelo
vento se chocam contra as rochas com fossem lixas. O vento forte pode até destruir
casas mal construídas e também destruir as matas.
Os ventos fortes podem ainda remover os horizontes superficiais do solo,
deixando muitos buracos no solo deixando-o ainda pobre em substâncias nutritivas
não servindo assim para a agricultura. Esta erosão pode acontecer das seguintes
maneiras:
Corrosão: Processo de desgaste físico das rochas através, principalmente, do
impacto e/ou atrito de partículas transportadas pelo vento.
Deflação: Erosão pelo vento com a retirada superficial de fragmentos mais finos
Ainda podemos destacar o processo de formação de dunas, que o vento age como
um agente geológico que transporta os sedimentos e os deposita, em forma de
dunas.
FORMAS LITORAIS DE EROSÃO
As zonas costeiras ou zonas da orla marinha caracterizam-se por uma
intensa actividade geológica provocada pelo mar. O movimento das ondas, a subida
e descida rítmica do nível das águas resultantes das marés e as correntes marinhas
resultantes do movimento das águas de uns locais para os outros da superfície da
Terra provocam um profundo desgaste do material da superfície continental em
determinadas zonas costeiras e a sua deposição noutros locais, por vezes muito
distantes da sua origem.
O mar é o receptor final dos sedimentos gerados no continente e
constantemente drenados para as bacias oceânicas. Calcula-se que apenas 10%
dos sedimentos depositados no mar sejam efectivamente produzidos pelo próprio
mar. A observação das linhas de costa permite apreciar o trabalho do mar sobre o
litoral e formas de acumulação de sedimentos.Nas regiões costeiras, onde as
massas rochosas, estratificadas ou não, penetram na água com forte inclinação,
proporcionam-se as condições para a formação de escarpados. Com o decorrer dos
tempos geológicos, regiões costeiras podem afundar-se ou, por outro lado, as águas
marinhas elevarem-se e inundarem regiões anteriormente emersas.
Na linha de costa, existe sempre uma interação de forças destrutivas,
resultado da meteorização, erosão e, por outro lado, acções construtivas, por
acumulação de detritos.
As formas litorais de erosão:*Resultam do desgaste provocado pelo impacto das
ondas do mar (ondulação, correntes, marés).
*Ao desgaste provocado pelo mar dá-se o nome de abrasão marinha.
CONCLUSÃO
O presente trabalho procurou demonstrar, de forma sucinta os pontos de
convergência da ação geológica das águas do mar, em especial os aspectos
relacionados aos movimentos e ação erosiva das águas do mar; transporte dos
sedimentos marinhos e formas litorais de erosão e deposição . Não foi
pretensão deste trabalho esgotar o referido tema, o que não seria possível no
formato de um trabalho científico, mas sim, despertar os pontos mais interessantes
e imprescindíveis do assunto tão apaixonante no âmbito do estudo da geologia.
Portanto, como vimos anteriormente, as zonas costeiras caracterizam-se por
uma intensa atividade geológica, que é em grande parte provocada pelo mar. O
movimento das ondas, a subida e a descida do nível das águas resultantes das
marés e as correntes marinhas resultantes do movimento das águas de uns locais
para os outros, provocam o desgaste do material da superfície continental em
determinadas zonas costeiras e a sua deposição em outros locais. A erosão e a
deposição de sedimentos conduzem a formas de relevo características, das quais
se salientam as praias (acumulação de sedimentos) e as arribas (erosão marinha).
TRABALHO EM GRUPO DE GEOLOGIA
Tema: Acção Geológica da água dos mares
Grupo:1
12ªClasse
Turma:B
Curso:C.F.B
III- Trimestre
27/05/2024