UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO
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PROCEDIMENTO
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Título do ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Emissão: 29/09/2020 Próxima revisão:
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Sumário
1. DEFINIÇÃO ...................................................................................................................................... 1
2. OBJETIVO ........................................................................................................................................ 1
3. PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS ......................................................................................................... 1
4. MATERIAL NECESSÁRIO .................................................................................................................. 2
5. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO ................................................................................................... 2
6. RECOMENDAÇÕES .......................................................................................................................... 4
7. REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 4
8. HISTÓRICO DE REVISÃO.................................................................................................................. 5
1. DEFINIÇÃO
É a implementação de cuidados de enfermagem sistematizados aos pacientes
portadores de ostomias intestinais. As ostomias, ostoma, estoma ou estomia são palavras de origem
grega que significam “boca”, consistindo então em um procedimento cirúrgico de comunicação de
vísceras intestinas (íleo ou cólon) com o meio exterior, através da parede abdominal, criando assim
uma abertura para esvaziamento do conteúdo fecal, que podem ser temporárias ou definitivas.
2. OBJETIVO
Promover conforto ao paciente com a instituição de cuidados específicos para manter a
ostomia saudável, através da avalição criteriosa e limpeza do estoma, bem como a remoção e troca da
bolsa coletora, prevenindo complicações e realizando orientação para o autocuidado, a fim de
promover a adaptação e reabilitação biopsicossocial do paciente.
3. PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS
Enfermeiro, técnicos de enfermagem e médico.
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4. MATERIAL NECESSÁRIO
Equipamento de Proteção Individual - EPI;
Carro de curativo, mesa fixa ou bandeja fixa;
Bolsa coletora, de acordo com o caso do paciente;
Protetor cutâneo estabelecido pelo CCIRAS;
Guia de mensuração da ostomia ou pedaço de plástico transparente;
Tesoura de ponta romba;
Caneta hidrográfica;
Pacotes de gazes;
Solução fisiologia a 0.9%;
Álcool 70%;
Luva de procedimento;
Forro impermeável;
Recipiente plástico graduado;
Biombo.
5. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
Ler o prontuário do paciente para certifica-se do procedimento;
Lavar as mãos, conforme orientação da CCIRAS;
Reunir material em bandeja ou mesa fixa;
Apresentar-se e orientar paciente e/ou acompanhante sobre o procedimento que vai
ser realizado;
Avaliar para verificar se será realizado apenas limpeza do estoma ou também a troca da
bolsa;
Posicionar adequadamente o paciente para o procedimento;
Proteger a privacidade do paciente fazendo uso do biombo e expondo apenas a área
abordada;
Utilizar os equipamentos de proteção individual;
Proceder a avaliação da ostomia observando as características gerais do local como cor,
aspecto, forma, protrusão, tamanho e ocorrência de lesões e verificar o tipo de bolsa
coletora a ser utilizada;
Proceder a limpeza do estoma, com solução fisiológica 0,9%, irrigando abundantemente
para retirar todo o resíduo presente;
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Embeber gazes com solução fisiológica a 0,9% e faça movimentos circulares em volta do
estoma e pele da região proximal;
Realizar a secagem da estoma e pele com gaze estéril através de movimentos suaves e
delicados;
Para realizar a colocação da bolsa coletora deve-se primeiro realizar a mensuração da
ostomia, utilizando uma estrutura plástica transparente para medir o seu diâmetro,
marcando-o com caneta hidrográfica, tendo o cuidado de não deixar pequeno demais
de forma que vá garrotear a ostomia e nem folgado demais para permitir vazamentos
de secreções em contato com a pele;
Com esse molde, desenhar na bolsa o círculo guia na placa adesiva da bolsa coletora
conforme o molde, recortando-o com tesoura de ponta redonda;
Retirar o adesivo sobre a placa e aplicar a bolsa diretamente na pele fazendo leve
pressão em movimentos circulares na placa na área da periostomia, para uma melhor
aderência. Caso seja necessário utilize um protetor cutâneo;
Colocar a bolsa preferencialmente com a abertura para baixo. Em pacientes acamados
adaptar bolsa na posição horizontal e se o paciente já estiver deambulando, fixar na
vertical;
Fechar o fundo da bolsa com clamp próprio;
Quando a bolsa atingir 2/3 de sua capacidade, proceder o esvaziamento da mesma, para
que o peso de seu conteúdo não force a parte aderente da bolsa na pele, evitando
aparecimento de solução de continuidade na pele e não aconteça o desprendimento da
bolsa;
Para o esvaziamento da bolsa coletora, proteja o lençol com material impermeável,
soltando o clamp que a prende na parte inferior, desprezando seu conteúdo em
recipiente graduado, para melhor registro de quantidade;
Realize a lavagem da bolsa com solução fisiológica 0,9% suficiente para retirar todo o
resíduo;
Fechar a bolsa com clamp próprio;
Observar as características do conteúdo da bolsa e desprezá-lo;
Sendo necessário retirar a bolsa, levante a parte adesiva da mesma e mantenha a pele
bem tensionada, e vá desprendendo-a delicadamente;
Ao final do procedimento, reúna todo o material utilizado, proceda à lavagem das mãos
e realize as devidas anotações em prontuário do paciente.
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6. RECOMENDAÇÕES
Durante a realização de todos os procedimentos de manejo da ostomia, proceder
orientação ao paciente e estimular o autocuidado;
A observação do estoma é muito importante. Deve-se observar a cor, o brilho, a
presença de muco e o tamanho. Por causa da fragilidade dos tecidos, a limpeza do
estoma deverá ser efetuada de forma delicada. Não é aconselhável esfregá-lo.
A pele ao redor do estoma desempenha papel importante no funcionamento de todo o
equipamento coletor, uma vez que é na sua superfície que a placa adesiva fica aderida.
A pele deve ser avaliada quanto a cor, integridade, turgor e área para aplicação da placa.
Processos alérgicos ou irritativos tendem a alterar essas três características.
No cuidado com a pele, atenção especial ao paciente idoso, para evitar solução de
continuidade por se tratar de pele mais delicada;
Durante a limpeza da pele, cobrir a ostomia com um pouco de gaze, para absorver o
excesso de drenagem;
A bolsa coletora a ser utilizada deve se adequar as características e ao tipo da ostomia;
Para a ileostomia é recomendado o uso de bolsa drenável, opaca, que deve ser esvaziada
quando estiver com 1/3 ou menos da metade de sua capacidade. O diâmetro do recorte
da placa adesiva deve ficar justo ao estoma para que não haja contato do efluente com
a pele. O pH do efluente é muito alcalino e causa lesão da pele quando entra em contato
com essa.
Nas colostomias descendentes as fezes são semissólidas e irritam à pele, sendo
necessário utilizar um protetor de pele ao redor da ostomia e a bolsa deve ser colocada
firmemente para não descolar;
As complicações mais comuns das ostomias são: prolapso do estoma, perfuração,
retração do estoma, impactação fecal e irritação da pele. Pode ainda ocorrer
vazamentos no local anastomosado causando dor abdominal e rigidez, elevação da
temperatura e sinais e sintomas de choque, sendo necessário reparo cirúrgico urgente.
7. REFERÊNCIAS
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS. Linha de cuidados da pessoa estomizada.
Belo Horizonte: SES-MG, 2015.
BRASIL. Cuidados com estomias intestinais e urinárias. Orientações ao usuário. 2ª ed. Rio de
Janeiro: INCA, 2018.
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BEZERRA, Isa Menezes, Assistência de Enfermagem ao Estomatizado Intestinal: Revisão
Integrativa da Literatura, Ribeirão Preto, 2007.Dissertaçao de Mestrado apresentada à Escola
de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP, Área de Concentração: Enfermagem Fundamental.
Disponível em:
http:/www.teses.usp.br/teses/disponoveis/22/22132/.../isamenezesbezerra.pdf. Acessado em
14 de fevereiro de 2016.
BRUNNER E SUNDDARTH, Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica, vol. 02, 8ª edição, Editora
Guanabara Koogan, Rio de janeiro.
GAMELI, Lorena Moraes Goetem e ZAGO, Márcia Maria Fontão. A Interpretação Do Cuidado
Com o Ostomizado Na Visão Do Enfermeiro: Um Estudo De Caso. Rev Latino-Americana de
Enfermagem, vol.10, pg-34-44, janeiro-fevereiro, 2002. Disponível em: http:/
www.eerp.usp.br/rlaenf. Acessado em 14 de fevereiro de 2016.
MARQUES, Graciete S. et al Procedimento Operacional Padrão de Enfermagem: Cuidados com
o paciente portador de Ileostomia e Colostomia, POP CDC Nº53 HUPE, UFRJ, 2014. Disponível
em: http://www.hupe.uerj.br/Adiministração/AD_Coorden_public. Acessado dia 14 de
fevereiro, 2016.
SAMPAIO, Francisca Aline Arrais et al, Assistência de Enfermagem ao Paciente de Colostomia:
Aplicação da Teoria de Oren. Acta Paul. Enferm. vol.21pg:94-100, São Paulo, jan. /mar. 2008.
Disponível em : http://www.scielo.br . Acessado dia 14 de fevereiro de 2016.
8. HISTÓRICO DE REVISÃO
VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO
2ª versão 29/09/2020 Informações complementares na descrição do procedimento e
recomendações.
Validação
Data: ____/____/_____
Laiany Nayara Barros Gonçalves ( Chefe da Unidade de Segurança
do Paciente)
Elaboração/Revisão
Meire Cristina P. Silva de Sousa
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Sâmia Letícia Ribeiro Lima
Sara Miranda Tavares
Análise
Data: ____/____/_____
Katia Regina de Oliveira ( Gerente de Atenção a Saúde )
Aprovação
Data: ____/____/_____
Vanicleide de Sá Nunes (Chefe de Divisão de Enfermagem)