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Rca - CGH Carangola IV

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CGH CARANGOLA IV

om
AGAPE PARTIGIPAÇÕeS LTDA

RCA
RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL

GGH CARANGOLA IV

Tombos - MG

SETEMBRO DE 2019

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
1

iI
CGH CARANGOLA IV
om6
SUMÁRIO

1. 4
1 1 EmpÍeendimento... 4
1 2 Empreendedor ...... 4
1 3 Empresa e equipe responsável pela elaboraçáo do documento 4
2. APRESENTAçÃO 6
3. JUSTIFICATIVA DO EMPREET{DITIENTO........,.. 7
4. ASPECTOS LEGAIS E NORIIAS PERTINENTES I
4.1. Licenciamento Ambiental............ I
4.2. Recursos naturais .............. 10
4.2.1. Flora .............. 10
4.2.2. Fauna .................. ..............14
4.2.3. Recursos Hídricos ..............14
4.3. Poluiçáo e Controle Ambiental ............. .............. 16
4.4. Geraçáo de energia . 18
5.
6
6.í. LocalizaÉo do empreendimento previío............. .................21
6.2. Altemativas avaliadas para o ananjo de implantaçáo da CGH Carangola |V.23
6.3. Descrição Geral das Principais Estruturas Civis da CGH Carangola lV .........24
6.3.1. Ananjo geral..... ...........24
6.3.2. Tomada d'água, conduto foÍçado e chaminé de equilíbÍio................. .............24
6.3.3. Casa de força e canal de fuga................ .25
6.4. Dados Técnicos da CGH Carangola |V....................... ...........25
6.5. Relação entre vazáo do corpo hídrim e vazáo requerida para a CGH Carangola
IV 28
6.6. Fase de Construção....... 28
6.6.í. Sequência construtiva................ .........28
6.6.2. Canteiro de obras....................... .........29
6.6.3. Vias de acesso........ .........30
6.7. Fase de OperaÉo. 30
7 DIAGNÓST|COAM 32
7.1 Áreas de influência. ...._32
7 .1.1 Área de lnfluência Direta (AlD)....... .................32
7 .1.2. Área de lnfluência lndirela (All) .................32
7.2 Meio Físico........... 36
7 .2.1. Climatologia................ 36
7 .2.'. .1 . Metodologia .... 36
7.2.1.2. Caracterizaçáo regional (All).. .. .. .... . .. .37
7 .2.1 .3. Caraderizaçáo local (AlD) ..45
7.2.2. Geologia _.45
7.2.2.1. Metodologia .........45
7 .2.2.2. CaÍacled.zaçáo regional (Al D............................. ...._....46
7.2.2.3 Caraeterizaçáo local (AlD)....
7.2.3 Geomorfologia.. 60
7.2.3.1. Metodologia ................ 60
7 .2.3.2. CaÍaderizaÉo regional (A,l)............. .. ..........60
7.2.3.3. Caracterizaçáo local (AlD).................... ...........64
7 .2.4. Pedologia 72
7.2.4.1 Metodologia ..... 72

RcA- RELATóRIo DÉ coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARÂNGOLA IV
TOMBOS. MG
2
,
r--
CGH CARANGOLA IV
omo
7 .2.4.2. CaÊderizaÉo regional (All)...... ...._73
7 .2.4.3. CaÊc(eíizaçáo local (AlD)......... .....77
7.2.5. Recursos Hídricos............. .....82
7 .2.5.1. Metodologia .....82
7.2.5.2. Consideràções Fluviometricas... .....85
7.2.5.3. Potencial dos Recursos Hídricos .....88
7.2.5.4. Qualidade das águas.................. .....92
7.3 Meio Biótico........ - .....99
7.3.1. Flora 99
7.3.1.1. lnúodução....... .99
7.3.',t.2 Objetivo..... '100
7 .3.1.3 Metodologia ......................... r..... j....... 100
7.3.1.4 Uso do solo na área de influência..... 102
7 .3.1.5 Levantamento da flora - Qualitativo .. ..103
7 .3.1.6 Levantamento da flora - Quantitativo ..104
7 .3.1.7 Análise dos dados ..105
7.3.1.8 Cálculo volumétrico ...... ..106
7.3.1.9. Resultados e discussáo 107
7.3.1.9.1. Defi nição do tipo fitofisionômico amostrado... 107
7.3.1.9.2. Estrutura e florística das áreas amostradas... 107
7 .3 -1 .1 O. Fitossociologia da área de esludo.............. 111
7.3 1 .11. Área de vegetaÉo nativa. 111
7.3 1 .12. DefiniÉo dos estádios sucessionais 115
7.3 1 13. Cálculo volumétrico ......... íí6
7.3 1 14. Consideraçóes Finais...... ............117
7.3.2. Fauna ............... .............117
7 .3.2.1. lntroduçáo 117
7.3.2.2. Local do estudo ........ ........1'18
....-...120
..129
..........142
7 .3.2.4. Fauna Aquática ..........152
7 .3.2.4.'1. lcliofauna ......... ..........152
7.4 Meio Socioeconômico........... ..........'t57
8. tDENnFTCAÇÃO E AVAL]AÇÃO DOS ll,tPACTOS AlrBlENTAlS............. í 81
8.1. ldentificaçáo dos impactos 4mbientais.................... ............ í 81
8.1.1 . Metodologia....... .............18'l
8.1.2 lmpactos ambientais identiÍicados... .......182
8.'t.2.',| Fase de lmplantaÉo .......182
8.1.2.2. Fase de Operaçáo...................... .............185
8.2 Avaliação dos impac{os ambientais ......... .........187
8.2.',t. Metodologia ................ 187
8.2.2. Avaliação dos impactos ambientais identiÍicados..... ................190
8.2.2.1. lmpactos sobre o meio fisico..... ................190
8.2.2.2. lmpactos sobre o meio biótico............. ................194
8.2.2.3. lmpac{os sobre o meio socioeconômico.............. .....198

o
í0.
11.

RcA- RÉLATóR|o DE coNTRoLE An HENÍAL


CGH CARANGOLA IV
ÍoMaos - [rG
3
lL
CGH CARANGOLA IV
om D rgitra

1. IDENTIFICACÃO

1-1. Empreendimento

CGH Carangola lV
Rio Carang ola - Zona Rural
Tombos - MG
Coordenadas: Latitude : 20" 51' 57"S Longitude: 4 1 "59'20"W

1.2. Empreendedor

\, Ágape Participaçoes Ltda


Endereço: Rua Arrudas, no 225, Anexo F, Baino Santa Lúcia
Belo Horizonte- MG
CNPJ N" 1 0.339.327 t000146
Fone: (31) 99621 - 0525
e-mail : q [email protected]. br
Contato: Gilson Souza Souto Júnior- Diretor

1.3. Empresa e equipe responsável pela elaboração do documento

AMB CONSULTORIA AMBIENTAL E AGRARIA LTDA


Endereço: Rua Padre Rolim, 815, Sala 201 - Santa Efigênia - CEP 30.130-090
Belo Horizonte - MG
CNPJ N" 1 3.298.1m/0001-65
Fone/Fax: (31) 3654-5596
e.mail : ffed [email protected]. br
,. Contato: Tecnólogo em Saneamento Ambiental Frederico Ayres Ferreira - Diretor

t- Rcn - RelRróRto DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
4
L
CGH CARANGOLA IV
om o
de rofissionais envolvidos na elabo do RCA da CGH IV
Nome do profissional Habilitação Atuação
Tecg.em San. Ambiental
Frederico Ayres Ferreira Coordenação técníca e integração do estudo
CREA 14.440/D-GO
Biólogo
Paulo César Marques Cordeiro Coordenação geral
CRBio 70.025104-D
Eng" Civil
Gustavo Machado Silva Estudos hidrolfuico e hidráulico
oREA 119.358/D - MG
Geólogo
Anselmo Pereira Bezerra Filho Meio Físico
CREA 2006137451/D-RJ
Biólogo
Rodrigo Carrara Heitor Fauna
CRBio 87.141tA-D
Biólogo
Paulo César Marque Cordeiro Fauna
CRBio 70.025104 - D
Biólogo
Vitor Pinheiro Herdy Fauna
CRBio 117.4781O4-D
Biólogo
Thiago Rubioli da Fonseca Flora
CRBio 98.380/04-D
Assistente social
Gisele Esteve Vaz Socioeconomia
CRESS 09940

RcA - RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG

) ) ) )
CGH CARANGOLA IV
om6
2 APRESENTACÃO

O presente RelatóÍio de Controle Ambiental (RCA) é relativo à Central Geradora


Hidrelétrica - CGl.Í Canngola M, a qual está prevista para ser implantada em um
trecho no rio Carangola, pertencente à brcia do rio Paraíba do Sul, a qual se insere na
regiáo hidrográfica do Atlântico Sudeste, no município de Tombos, estado de Minas
Gerais. O projeto da CGH Carangola lV visa à geraÉo de energia média anual de
1,37MW, com potência instalada de 2,00 MW, tendo como empreendedor a Ágape
Participações Ltda.

O arranjo geral do empreendimento tem a concepçáo clássica de um aproveitamenlo


hidrelétrico de pequeno porte com deÍi\raçáo, implantado num trecho onde se tem a
oconência de conedeiras e quedas naturais no curso d'agua. O projeto previsto paÍa a
CGH Carangola lV se caracteriza por apÍesenlaÍ um arranjo compacto, usufruindo das
peculiaridades do sítio e dâs condições geológicGgeotecnicas do trecho do curso
hídrico.

Este estudo foi realizado de forma independente pela empresa AMB Consutíoria
Ambiental (AMB Àmbiental), através de levanlamentos bibliográficos e da integraçáo
do trabalho de campo, realizados entre junho de 20í 9 e agoslo de 20í 9.

Este estudo se inicia apresentando a descriçáo do empreendimento, na qual consta uma


carac{erizaçáo geral das estruturas previías para a CGH Carangola lV, em seguida é
apresentado o diagnóstico ambiental das áreas de influência do projelo e posteriormente
foi realizado o estudo de caracterização dos meios fÍsico, biótico e socioeconômico. Os
resultados do diagnóstico ambiental das áreas de influência foram conÍrontados com as
atividades de implantação e operaçâo do empreendimento para identificação e
avaliaçáo siíemáica, qualitativa e quantitativa dos impactos ambientais previstos.

A partir daí, foram delineadas medidas de potencializaÉo dos impacÍos positivos da


atividade e minimizaçáo de seus impados negativos, sendo descritos no plano de
Controle Ambiental - PCA --o qual @nsta os programas de controle e monitoramento a
serem desenvolüdos pelo empreendedor. O PCA é apresentado em um volume à parte.

i99_! : " definição dadâ para micro ou mini central hidrêlétric€ com geÍaçáo inferior ou igual a
5 MW. Esse tipo de empreendimento não precisa de concessão da Aneel, lomente de registro.

RcA- RELATóR|o DE coNTRoLE AMBTENTÁL


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TOMBOS. MG
6
CGH CARANGOLA IV
om6'
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E &ÁÍl

3. JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO

A disponibilidade de energia elétrica é um dos grandes impulsionadores do


desenvolvimento econômico de toda sociedde, participando cada vez mais de todos
os aspectos da cadeia produtiva nacional. O bem-estar econômico e social da
população depende cada vez mais de um suprimento confiável e de qualidade da
energia elétrica. O interesse da sociedade é a garantla de que essas necessidades de
uso Íinal da energia sejam atendidas, com custos adequados e com menores impactos
ambientais.

Atualmente, as usinas hidrelétricas sáo a principalfonte geradora de energia elétrica no


Brasil. A crescente participação de fontes altemativas na matriz energética nacional é
promovida pelas políticas de estímulo à geração descentralizadade energia elétrica. A
participaçáo do capital privado nacional e estrangeiro é fundamental para expandir a
geração, transmissáo e a distribuiçáo de energia elétrica no país, pelo fato de que faltam
recursos financeiros ao setor público para atender o crescimento do mercado.

Apesar da energia elétrica produzida por fontes alternativas se constituir numa das
principais e essenciais necessidades ao desenvolümento de uma nação, se faz
necessário que sua geração, transmissáo e distribuição sejam de tal forma que os
benefícios sejam maiores que os p§uízos.

No caso da Central Geradora Hidrelétrica - CGH - o arranjo geral se caracteriza por


apresentar estruturas compactas com baixo nível de intervenção local e custo de
implantação, usufruindo das peculiaridades do manancial hidrico e das condiçôes
geologico-geotécnicas do trecho onde é implantado o aproveitamento hidrelétrico, além
de não acarretar em desapropriações e áreas inundadas.

Para aproveitamentos hidrelétricos de até 5 MWé necessária apenas uma comunicaçâo


à ANEEL com finalidade de registro estatístim, não sendo objeto de autorização ou
concessão, porém deve ser devidamente outorgado para o direito de uso do recurso
hídrico junto ao órgão gestor dos recursos hídricos competente. .

RcA- RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


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4. ASPECTOS LEGAIS E N ORMAS PERTINENTES

A questáo ambiental é prevista na legislaçáo bÍasileira já através da Constituiçáo


Federal de 1988, que em seu Artigo 225 define o meio ambiente ecologicamente
equilibrado como direito de todos os brasileiros.

Além disso, de acordo com a Constituiçáo Federal, estâo entre os bens da Uniáo, os
lagos, rios e quaisquer conentes de água em tenenos de seu domínio ou que banhem
mais de um Estado, sirvam de limites com outros paises, ou se estendam a tenitório
estrangeiro ou dele provenham, bem como os tenenos marginais, as praias fluviais e os
potenciais de energia hidráulica. lncluern-se entre os bens dos Estados as águas
superficiais ou subterâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste
caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da Uniáo.

À Uniâo compete explorar, direlamente ou mêdiantê autorizaçáo, concessáo ou


permissáo, os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético
dos cursos d'água, em articulaçáo com os Estados onde se situam os potenciais hidro
energéticos, ficando isenlo de aúorização ou concessáo o aproveilamenlo do "potencial
de energia renovável de capacidade reduzida".

Além da Constituiçáo Federal, neste tópico sáo citados os principais instrumentos legais
pertinentes aos aproveitamentos dos potenciais de energia hidráulica no que tange ao
uso dos recursos hídrims.

Como diretriz geral, procurou-se evitar um detalhamento excessivo da legislação


trazendo à tona apenas questóes de maioÍ relevância e indicando as principais
referências.

4.1. LicenciamêntoAmbiental

Lei Federal 6.938/1981: Dispôe sobre a Polítíca Nacional do Meio Ambiente, seus Íins
e mecanismos de formulação e aplicação, e dá oulras proüdências.

Lei Federal 7.8O411989: Altera a Lei 6.938/1981, que dispóe sobre a Política Nacional
do Meio Ambiente, seus Íins e mecanismos de formulaçâo e aplicaçáo, a Lei 7.735/í 989,
a Lei 6.803ií 980, e dá outras providências.

Lei Federal 10.165/2000: Altera a Lei 6.938/1981, que dispôe sobre a Política Nacional
de Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências.

Lel Federal 10.650/2003: Dispóe sobre o a@sso público aos dados e informaçóes
existentes nos órgáos e entidades integrantes do Sisnama.

Decreto Federal 99.27 411990: Regulamenta a Lei 6.902/1981 e a Lêi 6.938/198í, que
dispôem, respectivamente, sobÍe a criaçáo de Estaçôes Ecológicas e Áreas de Proteção
Ambiental e sobre a Políticâ Nacional do Meio Ambiente, e dá outras providências.

RcA- R€LÂÍóR|o DE coNTRoLE AMBTENTAL


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8
CGH CARANGOLA IV
om6
Decreto Federal 3.94212OO1: Dá nova redação aos arts. 4o, 5o, 6o, 7o, í0 e 11 do Decreto
Federal 99.27411990.

Resoluçáo CONAMA 00í/1986: Estabelece as deÍiniçôes, as responsabilidades, os


critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementaçáo da Avaliação de
lmpacto Ambiental como um dos instrumentos da Polílica Nacional do Meio Ambiente.

Resoluçáo CONAMA 23711997: Dispôe sobre licenciamento ambiental; competência da


União, Estados e Municípios; listagem de aüüdades sujeitas ao licenciamento; Estudos
Ambientais, Estudo de lmpacto Ambiental e Reláório de lmpaclo Ambiental.

Lei Estadual 7.77211980: Dispôe sobre a proteção, conservaçáo e melhoria do meio


ambiente.

Decrêto Estadual 45.17 512009: Estabelece metodologia de gradação de impactos


ambiêntais e procedimentos para fixaÉo e aplicação da compensaçáo ambiental.

Decreto Estadual 45.246D0O9: Altera o Decreto Estadual 44fÉ,412OO8, que estabelece


normas para licenciameÍÍo ambiental e aúoÍização ambiental de Íuncionamento, tipifica
e classiÍica infraçôes às normas de proteçáo ao meio ambiente e aos recursos hídricos
e estabelece procedimentos administrativos de Íiscalizaçáo eaplicaçoes de
penalidades.

Decreto Estadual 45.58112011: Altera o Decreto 44.844/2008, que eslabelece normas


para licenciamento ambiental e autorizaçáo ambiental de funcionamento, tipiÍica e
classifica infra@es às normas de proteção ao meio ambiente e aos rec-rtrsos hídricos.

Decreto Estadual 47.38312O18: Altera o Deqelo 44.84412008, que estabelece normas


para licenciamento ambiental e aulorizaçáo ambiental de funcionamento, tipifica e
classifica infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos recursos hídricos e
estabelece procedimentos adminislrativos de fiscalizaÉo e aplicaçáo das penalidades.

Portaria FEAM 27312005: Dispõe sobre o acesso público às informações contidas nos
processos administrativos de fiscalizaçáo e regularização ambiental, e fornecimento de
copias.

ResoluÉo COPAM OO1l1992i Estabelece normas para licenciamento ambiental

Deliberaçáo Normativa COPAM 008/1981: Regula a aplicação de multâs por infraçáo


às disposiçóes da Lei Estadual 7.77211980, que dispõe sobre a proleÉo, conservaçáo
e melhoria do meio ambiente.

Deliberação Normaliva COPAM 0í3/1995: Dispóe sobre a publicaçáo do pedido, da


concessáo e da renovaçáo de licenças ambientais.

Deliberação Normativa COPAM 017/1996: Dispõe sobre prazo de validade de licenças


ambientais, sua revalidaçáo e dá outras providências.

Deliberaçáo Normativa COPAM 06112002: Dispõe sobre a aplicaçáo da penalidade de


advertência, e dá outras providências.

RcA- RELATóR|o DE coNÍRoLE AMBTENTAL


CGH CARÁNGOLA IV
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CGH CARANGOLA IV
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DeliberaÉo Normáiva COPAM 080/2005: Allera o § 50 do artigo 17 da Deliberaçáo
Normativa 07 4l2OO4.

Deliberaçáo Normativa COPAM 100/2006: Allera o artigo 90 da Deliberação Normativa


074t2004.

Deliberaçáo Normaliva COPAM 103/2006: Altera listagem da Deliberaçáo Normativa


COPAM 07 4l2OO4 e dá outras providências.

Deliberaçáo Normativa COPAM 12'112008: Estabelece mndi@s aos empreendimentos


e atividades para f€zerem jus ao acréscimo de um ano no prazo de validade da Licença
de Operaçáo LO ou de Autorizaçáo Ambiental de Funcionamento AAF,
- -
estabelecidos pela Deliberaçáo Normativa COPAM 017/1996 e Deliberaçáo Normativa
COPAM O77|2OO4 e dá outras providências.

Deliberação Normativa COPAM 13412009: Altera dispositivos da Deliberaçáo Normâtiva


coPAM O74120M.

DeliberaÇáo Normaüva COPAM '135/2009: Altera dispositivos da Deliberaçáo Normativa


coPAM O74t2004.

DeliberaÉo Normativa COPAM 13712009:. Altera o artigo 90 da DeliberaÉo Normativa


coPAM 074t2004.

Deliberaçáo Normaliva COPAM '150/2010: Ahera o artigo 20 da Deliberaçáo Normativa


074t2004.

Deliberação Normáiva COPAM 21712018 Esiabelece critérios paÍa classiÍicaÉo,


segundo o porte e potencial poluidor, bem como os critéÍios locacionais a serem
utilizados para definiçáo das modalidades de licenciâmento ambiental de
empreendimentos e atividades utilizadoÍes de recursos ambientais no Estado de Minas
Gerais e dá outras proüdências.

4.2. Recursos naturais

4.2.'l - Flora

Lei Federal no 12.651, de 25 de maio de 2012: lnstitui o novo código florestal

Lei Federal 7.803/í 989:Altera a redaçáo da Lei4.77111965 e revoga as Leis 6.535/1978


e7.51111986.

Lei Federal 9.985/2000: Regulamenta o atl. 225, § 1o, incisos I, ll, lll e Vll
da
Constituiçáo Federal, inslitui o Sistema Nacional de Unidades de Conservaçáo da
Natureza e dá outÍas proüdências.

RcA- RÉLATóRro DE coNTRoLE A BTENÍAL


CGH CARANGOLA IV
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CGH CARANGOLA IV
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Lei Federal 11.428120O6: Dispóe sobre a utilizaçáo e proteÉo da \íegetação nativa do
Bioma Mata Atlântica.

Medida Provisóna 2166ô71200'l: Altera os arts. 1', 4, 14, 16 e 44, e acresce


dispositivos à Lei 4.7711'1965, que institui o Código Florestal, bem como altera o art. 10
da Lei 9.393/1996, que dispõe sobre o lmposto sobre a Propriedade TerritoÍial Rural -
lTR, e dá outras proüdências.

Decreto Federal 4.340/2002: Regulamerúa aÍtigos da Lei no 9.985, de 18 de julho de


2000, que dispôe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservaçáo da Natureza
- SNUC, e dá outras providências.

Decreto Federal 5.566/2005: Dá nova redaçáo ao câpú do art. 31 do Decreto


4.34012002, que regulamenta artigos da Lêi 9.985/2000, que dispõe sobre o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC.

Decreto Federal 6.660/2008: Regulamenta dispositivos da Lei 11.42812006, que dispóe


sobre a utilizaçâo e proteçáo da vegetaÉo náiva do Bioma Mata Atlântica.

Decreto Federal 6.848/2009: Altera e acrescenta dispositivos ao Decreto 4.34012002,


para regulamentaÍ a compensaÉo ambiental.

Portaria MMA 44312014'. Apresenta a lista oÍicial das espécies da flora brasileira
ameaçadas de extinção.

Resolução CONAMA 013/1990: Dispóe sobre normas referentes às atividades


desenvolvidas no entomo das Unidades de ConservaÉo.

Resoluçáo CONAMA 0í0/1993: Eslabelece os parâmetros para a análise dos estágios


de sucessáo na Mata Atlântica, que sáo: Íisionomia; estratos predominantes;
distribuiçáo diamétrica e altura; existência, diversidade e quantidade de epífitas;
existência, diversidade e quantidade de trepadeiras; presença, ausência e
características da serapilheira; sub.bosque; diversidade e dominância de espécies;
espécies vegetais indicadoras-

Resolução CONAMA 01?,1994: Glossário de termos técnicos paÍa assuntos da Mata


Atlântica.

Resoluçâo CONAMA 278120Q1: Define a suspensáo das autorizaçóes concedidas por


ato próprio ou por delegaÉo aos demais órgáos do SISNAMA, para corte e exploraçáo
de espécies ameaçadas de extinçáo, constantes da lista oficial dâquele órgáo, em
populaçôes naturais no bioma Máa.

Resolução CONAMA 30312002: Dispôe sobre parâmetros, deÍiniç6es e limites de Áreas


de Preservaçáo Permanente.

Resoluçáo CONAMA 369/2006: Dispóe sobre os casos excepcionais, de utilidade


pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibílitam a intervençáo ou
supressâo de vegetaÉo em Area de Preservação Permanente-App.

RcA- RELATôR|o DE coNTRoLÊ AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
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CGH CARANGOLA IV
om6
Resoluçâo CONAMA 39212007 Define vegetaçâo primária e secundária nos estágios
inicíal, médio e avançado de regeneraçáo para o Estado de Minas Gerais. Dentã os
parâmetros que esta resoluçáo eíabelece, estáo às definiçôes de estratificaçáo,
indivíduos jovens/adultos de espécies arbóreas, arbustivas e cipós, altura, distribuíçao
diamétrica de espécies lenhosas, presença de esÉcies pioneiras, dominância de
espécies, presença/ausência de epíÍitas, e sua diversidade; serapilheira, trepadeiras, e
espécies indicadoras para cada estágio sucessional.

Resoluçáo coNAMA 42812010: Dispôe, no âmbito do licenciamento ambiental sobre a


autorizaçáo do órgâo responsável pela adminiíÍaçáo da Unidade de Conservação
(UC), de que tráa o § 3o do artigo 36 da Lei no g.985 de i 8 de julho de 2OOO, bem como
sobre a ciência do órgáo responúvel pela administraÉo da UC no caso de
licenciamento ambiental de empreendimentos náo sujeitos a EIA-RIMA e dá outras
providências.

Resolução CONAMA 429120í 1: Dispõe sobre a melodologia de recuperação das Áreas


de Preservação Permanente - APPs.

Lei Estadual 2O30812,12:Altera a Lei no '10.883, de 2 de outubro de .1g92, que declara


de preservaçáo permanente, de inleresse comum e imune de coÍte, no Estad; de Minas
Gerais, o pequizeiro ( Caryocar brasiliense ), e a Lei no 9.743, de í5 de dezembro de
1988, que declara de interesse comum, de preservaçáo permanenle e imune de corte o
ip+amarelo.

Lei Estadual '10.173/1990: Disciplina a comercialização, o porte e a utilizaçáo florestal


de motosseras no Eslado de Minas Gerais.

Lei Estadual 10.883/1992: Declara de presenaçáo permanente, de interesse comum e


imune de corte, no Estado de Minas C,erais, o pequizeiro (caryocar brcsitiense) e dá
outras providências.

Lei Estadual 13.635/2000: Declara o buriti de inleresse comum e imune de corte.

Lei Estadual 2092212013: DisÉe sobre as potíticas Ftoreíâl e de proteção à


Biodiversidade no Estado.

Lei Estadual 17 .68212008l. Dá nova redaçâo ao aÍt. 20 da Lei í0.883/1992, que declara
de preservaÉo permanente, de intêresse comum e imune de corte, no Estadô de Minas
Gerais, o pequizeiro Caryocar brasiliense.

Lei Estadual 18.365/2009: Attera a Lei 14.309/2002, que dispóe sobre as políticas
Flqes]a! e de Prote@ à Biodiversidade no Eíado, e o art. 70 da Lei Delegada
12512007 , que dispóe sobre a eírutura orgânica brásica da secretaria de Estadó de
Meio Ambiente e Desenvorümento sustentável - SEMAD, e dá outras providências.

Lei Estadual 19.48412o11: Altera a Lei í4.309/2002, que dispóe sobre as políticas
Florestal e de Proteçáo à Biodiversidade no Estado.

Decreto Estadual 39.42911998: Declara de interesse comum, de preservaçáo


permanente e imune de coÉe o pinheiro brasileiro.

RcA- RELATóR|o DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARÁNGOLA IV
TOMBOS . MG

12
CGH CARANGOLA IV
om6
Íotsttmh ltgEral E &&l

Decreto Estadual 43.904/2004: Declara imune de corte e exploração no Estado de


Minas Gerais a leguminosa arbórea conhecida como Faveiro de Wilson.

Decreto Estadual 44J172005: Altera o


Decreto Estadual 43.71012004, que
regulamenta a Lei Estadual 14.30912002, que dispÕe sobre as Políticas Florestal e de
Proteçáo à Biodiversidade no Estado de Minas Gerais.

Decreto Estadual 43.961/2005: Altera o


Decreto Estadual 43.71012444, que
regulamenta a Lei Estadual 14.30gl 2OA2, que dispõe sobre as Políticas FÍorestal e de
Proteçáo à Biodiversidade no Estado de Minas Gerais.

Portaria IEF 051/1999: Estabelece critérios para a recomposição ou a relocação de


Reserva legal e dá outras providências.

Portaria IEF 1"4.A|2OOS:. Dispõe sobre a interferência em áreas consideradas de


\- preservaçáo permanente e dá outras proüdências.

Portaria IEF 05512004: Dispõe sobre a caracterizaçào da Mata Atlântica no Estado de


Minas Gerais, as normas de utilizaçâo da vegetação nos seus domínios e dá outras
providências.

Portaria IEF 19112005: Dispõe sobre as normas de controle da intervençáo em


vegetação nativa e plantada no Estado de Minas Gerais.

Portaria IEF 20112005: Retifica o art. 30 e art. 31 da Portaria IEF 19112005 que dispÕe
sobre as normas de controle da intervenção em vegetação nativa e plantada no Estado
de Minas Gerais.

Portaria lÉF 17212A07: Dispõe sobre as estimativas volumétricas de material lenhoso


em processos autorizativos em áreas onde houver a supressão para o uso alternativo
do solo.

Deliberação COPAM 085/1997:Aprova a lista das espécies ameaçadas de extinção da


flora do Estado de Minas Gerais.

Deliberaçáo Normativa COPAM 07312OO4. DispÕe sobre a caracterizaSo da Mata


Atlântica no Estado de Minas Gerais, as normas de utilização da vegetação nos seus
domínios e dá outras providências.

Deliberaçâo Normativa COPAM 07612A04: DispÕe sobre a interferência em áreas


consideradas de Preservaçáo Permanente e dá outras providências.

Deliberaçâo Normativa COPAM 11412AA8: Disciplina o procedimento para autorizaçáo


de supressão de exemplares arbóreos nativos isolados, indusive dentro dos limites do
Bioma Mata Atlântica, conforme mapa do IBGE e revoga a Deliberação Normativa
coPAM 314t20A7.

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS, MG
13
CGH CARANGOLA IV
om6
4.2,2. Fauna

Lei Federal 5.19711t367: Dispõe sobre a proteçáo à fauna e dá outras providências

Lei Federal 7.653/1988: Alteraaredaçãodosarts. i8,27,39 e34daLei 5.197t1967,


que dispôe sobre a pÍoteção à fauna, e dá outras providências.

Portaria MMA 4,1412014: Liía nacional das espécies da fauna brasileira ameaçadas de
extinÉo (espécies tenestres e mamíferos aquáticos)

Portaria MMA M5l2O14: Lista nacional das espécies da fauna brasileira ameaçadas de
extinçáo (peixes e invertebrados aquáticos)

Lei Estadual 14.18112002: Dispóe sobre a política de proteção à Fauna e à Flora


Aquáticas e de desenvolvimento da pesc:t e da aquicultura no Estado e dá outras
providências.

Decreto Estadual 43.71312004: RegularÍEnta a Lei 14.1A1t2O02, que dispôe sobre a


Política de Proteção à Fauna e à Flora aquáticas e de desenvolviÍnento da pesca e da
aquicultura no Estado e dá outras proüdências.

Decreto Estadual 43.85412oo4: Altera o Decreto 43.213t20o4 que regulamenta a Lei


14.18112002, que dispôe sobre a política de proteção à fauna e à flora aquática e de
desenvolvimento da pesca da aquicultura no Estado e dá outras proüdências.

Portaria IEF 03712oo3l. Estabelece normas paftr emissão de licença parâ o exercício da
pesca amadora no Estado de Minas Gerais.

Deliberaçáo Normaliva COPAM 14712010'. Aprova a Lista de Espécies Ameaçadas de


Extinçáo da Fauna do Estado de Minas Gerais.

4.2.3. RecusosHidricos

Lei Federal 9.43311997: lnstitui a Política Nacional de Recursos Hídricos.

Decreto Federal 24.643/'t934: Decreta o Código de Águas.

Decreto Federal 35.85í/1954: RegulamerÍa o art. 1Sj, alínea c, do Código de Águas


(Decreto 24.6431 1 934).

Resoluçáo CONAMA 35712005 Dispóe sobre a classificaÉo dos corpos de água e


diretrizes embientais para o seu enquadnamenlo, bem como estabelece as condições e
padróes de lançamênlo de efluentes, e dá outras providências.

Resoluçáo coNAMA 396/2008: Dispõe sobre a classiÍicação e diretrizes ambientais


para o enquadramento das águas subtênâneas.

Resoluçáo CONAMA 39712Q08: Attera o inciso ll do s 4. e a Tabeta X do s S., ambos


do art. 34 da Resoluçâo CONAMA 3S7I2OOS, que àispóe sobre a classi-ficação dos

RcA- RELATóRto DE coNÍRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS , MG

14
CGH CARANGOLA IV
om6^
corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como
estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes.

Resolução CONAMA 43012011: Dispõe sobre as condiç&s e padrões de lançamento


de efluentes, mmplementa e altera a Resolução CONAMA 35712CI05.

Lei Estadual 13.1991í999: Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos e dá


outras providências.

Decreto Estadual 41-57812A01: Regulamenta a Lei 13.199/1999, que dispõe sobre


Política Estadual de Recursos Hídricos.

Decreto Estadual 44.A4612005: Regulamenta a cobrança pelo uso de recursos hídricos


de domínio do Estado.

Decreto Estadual 44.54712O07: Altera o


Decreto Estadual 44.04612005, que
regulamenta a cobrança pelo uso de recursos hídricos de domÍnio do Estado.

Decreto Estadual 44.94512008: Altera oDecreto Estadual 44-046í20A5, que


regulamenta a cobrança pelo uso de recursos hídrims de domínio do Estado e o Decreto
Estadual 41.57812001, que regulamenta a Politica Estadual de Recursos Hídricos.
Decreto Estadual 45.565/2011: Aprova o Plano Estadual de Recursos Hídricos - PERH-
MG.

Resolução SEMAD 390/2005: Estabelee normas para a integração dos processos de


autorizaçáo ambiental de funcionamento, licenciamento ambiental, de outorga de direito
de uso de recursos hídricos e de autoriza$o para exploraçáo florestal - APEF e dá
outras providências.

Resolução SEMAD 1.14012A10: Altera o artigo 3o da Resoluçao SEMAD 390/2005, que


estabelece normas para a integração dos processos de autorização ambiental de
funcionamento, licenciamento ambiental, de outorga de direito de uso de recursos
hídricos e de autorizaçáo para exploração llorestal - APEF e dá outras providências.

Resolução SEMAD-IGAM 93612009: Estabelece os procedimentos técnicos e


administrativos para emissão de outorga para fins de aproveitamento de potenciais
hidrelétricos em corpo de água de domínio do Estado de Minas Gerais, e dá outras
providências.

Resolução SEMAD-IGAM 1.02312009: Altera a Resolução SEMAD-IGAM g36/2009, que


estabelece os procedimentos técnicos e administrativos para emissão de outorga para
fins de aproveitamento de potenciais hidrelétricos em corpo de água de domínio do
Estado de Minas Gerais, e dá outras proüdências.

Portaria IGAM 013/2005: Estabelece os procedimentos para cadastro obrigatório e


obtençáo de certidâo de registro de uso insignificante, bem como para protocolo e
tramitação das solicitaçÕes de renovação de outorgas de direitos de uso de recursos
hídricos de domínio do Estado de Minas Gerais.

-
RCA RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
15
CGH CARANGOLA IV
om6
Portaria IGAM M9/2010: Estabelece os procedimentos parâ a regularização do uso de
recursos hídricos do domínio do Eíado de Minas Gerais.

Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH 001/2008: Dispóe sobre a classificaÉo


dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como
estabelece as condiçóes e padróes de lançamento de efluentes, e dá outras
providências.

Deliberação Normativa CERH 007120O2: Estabelece a classificação dos


empreendimentos quanto ao porte e potencial poluidor, tendo em vista a legislação de
recursos hídricos do Estado de Minas Gerais, e dá outras providências.

Deliberaçáo Normativa CERH 008/2003: Estabelece critérios objetivos para aplicaçáo


da sanção de multa em infração à legislaçao de recursos hídricos do Estado de Minas
Gerais e dá outras providências.

Deliberaçáo Normativa CERH 009/2004: Define os usos insignificantes para as


circunscriçõês hidrográficas no Eslado de Minas Gerais.

Delíberação Normativa CERH O2712OO8: Dispõe sobre os procedimentos paÍa


arrecadaçáo das receitas oriundas da cobranç pelo uso de recursos hídricoa de
domínio do Estado de Minas Gerais.

4.3. Poluição e Controle Ambiêntal

Lei Federal 7.34711985: Disciplina a açáo ciüt pública de responsabilidade por danos
causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direilos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras providências.

Lei Federal 9.605/1998: Dispôe sobre as sanções penais e administralivas derivadas de


condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras proúdências.

Lei Federal 12.30512010: lnstitui a Política Nacional de Resíduos sólidos; altera a Lei
9.605/1998; e dá outras providências.

Decreto Federal 6.514/2008: Dispõe sobre as infraçóes e sançôes administrativas ao


meio ambiente, estabelece o pÍ@esso administrativo federal para apuraçâo destas
infraçóes, e dá outras providências.

Decreto Federal 6.686/2008: Altera e acresce dispositivos ao Decreto 6.s14l2oog, que


dispõe sobre as infraçôes e sançóes administrativas ao meio ambiente e estabelece o
processo administrativo federal para apuraçáo destas infraçôes.

Decreto Federal 7.4o412o1o: Regulamenta a Lei 12.gost2oi o, que institui a política


Naclonal de Resíduos sólidos, cria o comitê lnterministerial da política Nacional de
Resíduos sólidos e o comitê orientador para a lmplantaÉo dos sistemas de Logística
Reversa, e dá outras proüdências.

RcA- RELÂÍóRto oE coNTRoLÊ AuBtEilrAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG

\-, CGH CARANGOLA IV grn6
PortarÍa MINTER 10011980. Estabelece padrôes para a emissão de fumaça por veículos
movidos a óleo diesel.

Resolução CONAMA 27512001: Detine os códigos de cores para os diversos resíduos


na coleta seletiva.

Resolução CONAMA 3O7l2AA2: Estabelece diretrizes, critérios e prmedimentos para a


gestão dos resíduos da construçáo civil.

Resolução CONAMA 3622005: DispÕe sobre o recolhimento, coleta e destínaçáo final


de óleo lubrificante usado ou contaminado.

Resolução CONAMA 41612A09 Dispõe sobre a prevenção à degradaçáo ambiental


causada por pneus inservÍveis e sua destinaçâo ambientalmente adequada, e dá outras
providências.

Resolução 43112011: Altera o art. 3o da Resoluçáo 3A7l2AO2, do Conselho Nacional do


Meio Ambiente-CONAMA, estabelecendo nova classificaçáo para o gesso.

ABNT NBR 11.17411990: Armazenarnentode resíduos classes ll - não inertes e lll -


inertes - Procedimento (Antiga NB-1264)

ABNT NBR 12.23511992: Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos (antiga NB-


1183)

ABNT NBR í0.151/2000: Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o


conforto da comunidade - Procedimento.

ABNT NBR 10.00412004: Classificação de residuos sólidos

Portaria do Ministério do Trabalho MT 3.?1411978: Estabelece as Normas


Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho - NRs.

Lei Estadual7.3Q2l1978: Dispõe sobre a proteçáo contra a poluiçáo sonora no Estado


de Minas Gerais.

Lei Estadual 10.10011990: Dá nova redação ao artigo 2o da Lei7.3O211978, que dispôe


sobre a proteçâo contra a poluiçâo sonora no Estado de Minas Gerais.

a
Lei Estadual 13.39311999: Torna obrigatória publicaçáo da relação dos
estabelecimentos multados por poluiçâo e degradaçáo ambiental.

Lei Estadual18.O3112009: Dispõe sobre a Política Estadualde Resíduos Sólidos

Decreto Estadual 41.184120A0: Regulamenta Lei Estadual 13.393/1999, que torna


obrigatória a publicação da relação dos estabelrcimentos multados por poluiçâo e
degradação ambiental.

Decreto Estadual 45J8112009: Regularnenta a Lei Estadual 18.03112009, e dá outras


providências.

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
17
\, CGH CARANGOLA IV
om6^
(dslrmu
^iEEiTlL
c aat^E^

Deliberação Normativa COPAM 001/1979: Fixaçáo de normas e padrôes para proteçáo


do meio ambiente no Estado.

Deliberação Normativa COPAM 007/1981: Fixa normas para disposição de resíduos


sólidos.

Deliberação Normativa COPAM 094/2006: Establece diretrizes e procedimentos para


aplicaçáo da compensação ambiental de empreendimentos considerados de
signiÍicativo impacto ambiental, de que trata a Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000.

Deliberação Normativa COPAM 155120í0: Altera dispositivos da Delihração Normativa


COPAM O74|2AO4, incluindo na listagem E códigos de atividade para manejo e
destinação de resíduos da construção ciúl e volumosos, e dá outras providências.

4.4. Geração de energia

Lei Federal 9.478/1997. Dispõe sobre a política energética nacional, as atividades


relativas ao monopólio do petróleo, institui o Conselho Nacional de Política Energética
e a Agência Nacionaldo Petróleo e dá outras providências.

Lei Federal 10.43812002: Dispóe sobre a expansão da oferta de energia elétrica


emergencial, recomposição tarifária extraordinária, cria o Programa de lncentivo às
Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), a Conta de Desenvolvimento
Energético (CDE), dispÕe sobre a universalizafio do serviço público de energia elétrica,
dá nova redação às Leis 9.42711996, 9.648/1998, 3.890-411961, 5.655/1971,
5.899i1973, 9.991/ 2000, e dá outras proüdências.

Lei Federal 10.848i2004: Dispõe sobre a comercializaçâo de energia elétrica, altera as


Leis 5.655/1971, 8.63111993, 9.07411995, 9.42711996, 9.47811997, 9.648/1998,
9.991/2000 , 1A.43ü2A02, e dâ outras providências.

Decreto Federal 4.54112002: Regulamenta os arts. 30, 13,17 e 23 da Lei 10.43812002,


que dispõe sobre a expansão da oferta de energia elétrica emergencial, recomposição
tarifária extraordinária, cria o Programa de lncentivo às Fontes Altemativas de Energia
- -
Elétrica PROINFA e a Conta de Desenvolvimento Energético CDE, e dá outras
providências.

Decreto Federal 4-75812003: Dá nova redação ao parágrafo único do art. 3o e ao § 20


do art. 40 do Decreto 4.54112002, que regulamenta os arts. 30, 13, 17 e 23 da Lei
10.438/2002, que dispÕe sobre a expansáo da oferta de energia elétrica emergencial,
recomposiçáo tarifária extraordinária, cria o Programa de lncentivo às Fontes
Alternativas de Energia Elétrica - PROINFA e a Conta de Desenvolvimento Energético
- CDE e dá outras providências.

Decreto Federal 5.02512A04: Regulamenta o inciso I e os §§ 1o, 2o,3o,4o e 50 do art. 30


da Lei 10.438/2002, no que dispôem sobre o Programa de lncentivo às Fontes
Alternativas de Energia Elétrica - PROINFA, primeira etapa, e dá outras providências

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
18
CGH CARANGOLA IV
om6^
aquimu dtErrtt f a*iDA

Decreto Federal 5.163120A4: Regulamenta a comercialização de energia elétrica, o


processo de outorga de concessões e de autorizaçôes de geraçáo de energia elétrica,
e dá outras providências.

Resolução ANEEL 395/1998: Estabelece os procedimentos gerais para registro e


aprovaçâo de estudos de viabilidade e projeto básico de empreendimentos de geraçáo
hidrelétrica, assim 6mo da autorização para exploração de centrais hidrelétricas até 30
MW e dá outras providências.

Resolução CONAMA 27912A01: Licenciamento ambiental simplificado de


empreendimentos elétricos com pequeno potencial de impacto.

Deliberação Normativa CERH 028/2009: Estabelece os procedimentos técnicos e


administrativos para análise e emissão da declaraçáo de reserva de disponibilidade
hídrica e de outorga de direito de uso de recursos hídricos para fins de aproveitamento
v de potenciais hidrelétricos em corpo de água de domínio do Estado de Minas Gerais e
dá outras providências.

Deliberaçâo Normativa COPAM 14612A10:. DispÕe sobre a regularização ambiental para


intervenção em CGH ou PCH e dá outras providências.

\-,

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
19
CGH CARANGOLA IV
.gm.á^
5. ORGANTZACÂO DO ESTUDO

As atividades que compuseram a elaboração deste Relatório de Controle Ambiental -


RCA - seguiram as diretrizes das Resdu@s CONAMA 001/1986 e23711997. O roteiro
metodológico para a composiçáo deste esfiudo está listado a seguir:

Anállse dos documentos legais e levantamento de dados bibliográficos;


Visita técnica à área do projeto e região do município de Tombos,
Elaboração da descrição do empreendimento;
Aquisição e confecçáo da base cartográfica;
Delimitaçáo das áreas de influência do empreendimento;
Levantamentos de campo para diagnóstico ambiental nas áreas de influência da
CGH Carangola lV para os meios fisico, biótico e socioeconômico;
ldentificação e avaliação quali-quantitativa dos impactos ambientais previstos.

A análise de documentos legais e o levantamento de dados secundários, bibliográficos


e de bases de dados, apoiaram a desaição do empreendimento, o diagnóstico e o
prognóstico ambientais. Foram colhidas informações em documentos públicos de apoio
ao licenciamento ambiental de empreendimentos similares, literatura especializada,
bases de dados em sítios eletrônicos como o IBGE, ANEEL, dentre outros. A descrição
do empreendimento foi baseada em dados fomecidos pelo empreendedor, dados
secundários e do projeto.

Apos a caracterizaçáo da CGH Carangola lV e os estudos secundários à área


pretendida para o projeto, e com base no material cartogÉfico confeccionado, foram
definidas as áreas de influência para balizar o diagnóstico ambiental dos meios Íisico,
biótico e socioeconômico. Realizou-se, então, um levantamento ambiental"in loco" que
forneceu dados primários para elaboração do diagnóstico, conforne as metodologias
específicas de cada meio.

A identificação e a avaliação dos impactos ambientais foram norteadas através do


cruzamento das informações do projeto e dos diagnósticos, possibilitando,
consequentemente, sugerir as medidas capazes de prevenir e mitigar os impactos
negativos e otimizar os efeitos benéficos, bem como as medidas de acompanhamento
e monitoramento da qualidade ambiental.

RcA- RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
20
CGH CARANGOLA IV
om6'
6 E

6.1. Localização do empreendimenb previsto

A CGH Carangola lV está prevista para serimplantada no Rio Carangola, zona rural do
município de Tombos (MG), o qual integra a microrregião de Muriaé, que por sua vez,
está inserida na Ínesorregião daZana da Mata. Tombos é circundada pelos municípios
de Porciúncula e Antônio Prado de Minas, ao sul, Eugenópolis, a oeste, Pedra Dourada
e Faria Lemos, a norte. A principal rodovia que serve de acesso ao município é a MG-
111.
O projeto para instalação da CGH Carangola lV inicia-se nas coordenadas UTM de
E=188.959; N=7.689.747 (tomada d'água e canal de adução) e termina nas
coordenadas UTM de E=189.020; N=7.689.408 {canal de fuga).
O acesso a partir da sede municipal de Tombos à casa de força da CGH Carangola lV
é realizado seguindo inicialmente na direção leste na R. Bento Dávila em direçâo à Av.
lmaculada Conceiçáo por 38 m, virando à direita na R. Dr. Mário Duayer por g0 m e
realizando um retorno, percoÍrendo mais Í50 m. Na bifurcação, seguir por 4,20 km pela
R. Jorge Elias e virar à direita na estrada municipal, seguindo por mais 3,30 km. A partir
dai, seguir por cerca de 1,00 km até o acesso do local da tomada d'água à margem
direita. O local preüsto para implantaçáo da CGH Carangola lV está localizado em um
trecho no Rio Carangola, afluente do Rio Muriaé, pertencente à bacia hidrográfica do
Rio Paraíba do Sul.

A localizaçáo do empreendimento e o croquide acesso são representados na Figura í.

RcA- RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
21
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CGH CARANGOLA IV om D
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Figura 1. Mapa de Localização do empreendilnmto em relação ao município de Tombos

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
22
\/ CGH CARANGOLA IV
.gm.É'
6.2 Altemativas avaliadas para o arranjo de implantação da CGH Carangola
IV

A análise para determinaçáo do eixo mais adequado foi conduzida considerando-se os


aspectos técnicos, econômicos e ambientais. Dentre outros itens, verificou-se que o
trecho identificado nos levantamentos para implantação da CGH Carangola lV
promoveria a cota necessária para a tomada d'água e circuito de aduçâo até a casa de
força.

Para seleção da margem do corpo hídrico onde as estruturas do circuito adutor e a casa
de força serão instaladas, foram avaliadas as condições topogÉficas, geológicas e
ambientais, incluindo condiçÕes de acesso e antropizaçáo das áreas requeridas para o
empreendimento, sendo esta uma variável de suma importância na viabilizaçâo do
projeto, minimizando, desta forma, impactos ambientais em decorrência de sua
\- implantaçáo.

No caso proposto para a CGH Carangola lV, a margem selecionada para implantação
das estruturas do empreendimento foi a margem direita do rio Carangola, pois neste
trecho do corpo hídrico há, apenas, a furmação de vegetação Secundária de Mata
Atlântica em estágio lnicialde regeneraçáo.

I
,-2. ^

Figura 2. Trecho por onde passará o conduto forçado Figura 3. Vista de montante para jusante no trecho
onde encontra-se a tomada d'água da CGH
Carangola IV

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
23
CGH CARANGOLA IV
om6
t@lloiu ttrtrf,Í& E &ÁftI

í I
t.

rj. '

ffi

Figura 4. Visão da área de mata onde passará parte Figura 5. Area onde será instalada a futura casa de
do conduto do empreendimento força.

A área acordade pelo empreendedor para implantaçáo do pÍojeto totaliza 4,00 hectares
e a área preüsta para ser ocupada pelos aÍranjos físicos da CGH Carangola lV
totalizarão 0,6756hectares, representando aproximadamente 16,89a/o deste total. Em
ANEXO é apresentado o Arranjo Geralda CGH Carangola lV, bem como a delimitaçâo
das áreas requeridas/adquiridas para o projeto.

6.3. Descrição Geral das Principais Estruturas Givis da CGH Garangola lV

6.3.1. Arranjo geral

O arranjo geral do aprcveitamento tem a concepçáo clássica de um aproveitamento


hidrelétrico de pequeno porte, implantado num trecho onde se tem a ocorrência de
corredeiras e quedas náurais no curso d'água. A CGH Carangola lV se caracteriza por
apresentar um ananjo compacto, usufruindo das peculiaridades do sítio e das condições
geológ ico-geotécnicas do trecho.

A aduçâo da água inicia-se na tomada d'água, cota 260,s0, gue neste pseto será
realizado através de um conduto com seção circular localizado na margem direita do rio
Carangola, seguindo pela cota de interesse até a chaminé de equilíbrio e,
posteriormente, até a casa de força, tamtÉm instalada na margem direita do corpo
hídrico. O conduto de aço terá extensão total de 340 m.

Será necessária a regularização do níveldo rio Carangola na seção da tomada d'água


para atender as necessidades do projeto, a qual náo provocará acúmulo/reserva de
água e inundações.

6.3.2. Tomada d'água, conduto fiorçado e chaminé de equilíbrio

O dimensionamento hidráulico da tomada d'água foi realizado a partir da vazáo de


engolimento máxima total de í 3,59 m3ls pelo vão, admitindo-se velocidades compatíveis
em cada um de seus trechos.

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
24
L
CGH CARANGOLA IV omD
(olsrom^i*it LIHiM

O conduto forçado é constituído por um primeiro trecho em tubo em aço com diâmetro
Ínterno de 2,00 m e extensão total de 320 m. O conduto será apoiado no terreno e
ancorado a distâncias apropriadas de acordo às recomendações do fabricante,
acompanhando a topografia de modo a reduzir escavaçÕes e aterros para sua
instalação. O inÍcio do conduto encontra-se junto à transiçáo na tomada d'água, com a
cota da geratriz superior na e o finaljunto à interseçâo com o conduto da chaminé de
equilíbrio.

Em um segundo trecho entre a intersecção com o conduto da chaminé de equilíbrio e a


bifurcaçáo, o conduto possui diâmetro interno de 1,50 m e extensáo de 20 m.

A área interna mínima para a chaminé resulta em 19,37m2. Por motivos construtivos e
para efeito de segurança o diâmetro internofoiadotado em 10,0m.

6.3.3. Casa de força e canal de fuga

A casa de força deverá abrigardois conjuntos de turbina-gerador, onstituído de turbina


do tipo Kaplan, com potência nominal total de 2,00 MW. A casa de força será coberta,
construída com concreto armado e alvenaria, implantada na margem direita e fundada
diretamente em rocha, após as escavações neessárias no teneno local. A casa de
força terá 20 X 25 m, cujo espaço abrigará o conjunto turbina-gerador, painéis elétricos
e demais equipamentos associados aofuncionamento da CGH Carangola lV, bem como
os espaços necessários à operaçâo e manutenÉo.

O canal de fuga se localizará na cota 242,90 m, sendo os muros laterais junto à casa de
força construídos de estruturas de concreto.

6.4. Dados Técnicos da CGH Carangola lV

A seguir, sâo apresentados alguns dados técnicos das principais estruturas que iráo
a CGH tv.

lnfomtações Gerais

Municípios:
Margem direita:Tombos
Margem esquerda: Tombos
Bacia Hidrográfica: Atlàntico Sudeste (5)
Sub-bacia H idrográfica: 56
Curso d'água: Rio Garangola
Distância da foz (km): 66
Altitude(m):242

Potência e Energia

Potência instalada (MW): 2,00 Energia firme anual (MWmed): 1,37


Queda bruta (m): 18,50 Fator de capacidade-Energia firme (%): 68%
Queda líquida {m): 17,45 Energia média anual (M\Âfrlano): 11.976
Vazão nominal 1m3/s1:'t3,5S

\- RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
25
L
CGH CARANGOLA IV
om D
(WLI8B
'NTCII'T
C 8iã

Dados Hidrometeorológicos

Area de drenagem: 1040 km2


Vazâo mínima média mensal:6,12 m3ls
Vazáo mínima do registro histórico: 1,55 m3/s
Vazão turbinada totat: 13,59 m3/s
Vazâo mínima turbinada: 2,04 m3/s
Vazâo residualde jusante: 0,98 msls
Vazâo de contribuição no trecho da Banagem-Casa de Força: 0 m3ls
Vazão média de longotermo: 17,03 m3/s
Q 95% de permanência:4,06 m3/s
Q 7,10: 1,96 ms/s

Arranjo Geral

\-. Descrição e planta do empreendimento em escala adequada.

Reservatório

NA's de montante Areas inundadas


No NA Máximo Maximorum (m2): 0,00
NA Máximo Maximorum {m):263,16
NA Máximo Normal (m): 2ffi,50 No NA Máximo Nonnal(m2): 0,00
NA Mínimo (m): 260,50
NA's de jusante Volumes
NA Máximo Excepcional {m):244,89 VoÍume (ms): 0,00
NA Máximo Normal {m):242,OA Volume útil(m3): 0,0o
NA MÍnimo Normal (m): 242,00 Volume morto (ms): 0
Depleção máxima (m): 0
Vida útil(anos): 100

Outras lnformaçÕes
Gomprimento do reservatório (m): O,fi!
\-, Largura média (m): 48,00

Tomada D'água

Características Altura máxima (m): 3,6O


Tipo: Caixa de aduçâo Largura (m): 3,5
Número de vãos: 1 Cota da soleira: 255,90
Comprimento (m): 11,00

Comporta de Adução Grade


Tipo: Ensecadeira Quantidade:'t
Quantidade: 1 Largura (m): 3,0
Largura (m): 't,5 Acionamento. Fixa
Acionamento: Manual Altura (m): 1'1,0
Altura (m):2,0
Peso Unitário (ton.): 1,5

RCA- RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
26
CGH CARANGOLA IV
om6
(q$ttm aiEHÍat E &*ÀBÂ

Circuito de Baixa Pressão

Tipo: Conduto de aço Área da seçáo (mJ: 3,14


Seção: Circular Espessura (mm):7
Diâmetro (m):2,00
Comprimento (m): 320,00

Chaminé de Equilíbrio

Tipo: Chaminé com orifício


Forma da seção: Circular
Altura (m): 9,80
Área da seção (m2): 39,27
Diâmetro (m): 10,00

Circuito de Alta Pressão

Tipo: Conduto de aço Área da seção (m): i,?7


Espessura (mm): 7
Seçáo: Circular
Díâmetro (m): 'í,50
Comprímento (m): 20,00

Casa de Força

Características do Bloco das Unidades


Tipo: Coberta
Comprimento dos blocos das unidades (m): 18
Comprimento do bloco de montagem (m): 15
Comprimento total (m): 25
Largura da casa de força (m): 20
Distância em relação à Tomada D'água: 340 m

Turbinas

Tipo: Kaplan Eixo Hsizontal Tipo de regulador de velocidade


Número de unidades: 2 Tipo de válvula: náo se aplica
Queda líquída normal: 17,45 m Rendimento nominal (%): 91
V azâo nominal 1m3ls1: í 3,60 Altura máxima de sucção (m): 4
Vazão nominal unitária 1m3/s1: 6,80 Vazão mínima operativa (%): 30 da menor
Potência nominal unitária (M\tO: 1,00 + 1,00 máquina
Diâmetro nominaldo rotor (m): 1,20

Geradores

RcR_ RETaIÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
27
\- CGH CARANGOLA IV
omÉ
{G{Luu ai*arÀ! G &iiEa

Número de unidades: 2 Freqüência norninal (Hz): 60


Potência nominal unitária {MW): 1,0 Tensão nominal (lff): 0,48
Fator de potência (-): 0,9 Rendimento nominal {%}: 95,5
Potência nominal unitária (MVA): 1,1 1 Rotação nominal (rpm): 600

6.5. Relação entÍe vazão do corpo hídrico e vazão rcquêrida para a CGH
Carangola lV

A análise realizada pelo empreendedor para esabelecer o volume de água (vazão) a


ser conduzido no circuito de aduçãoltuôina da proposta de implantaçáo da CGH
Carangola lV, bem como para dimensionamento de todo o ananjo do projeto e
equipamentos, teve como princípio fundamentala análise da série histórica das vazões
mensais registradas em uma estação fluüométrica que opera nesta bacia.
\-
Foiidentificada a existência da estaçãofluüométrica chamada Carangola no próprio Rio
Carangola em seção próxima do aproveitamento em estudo. A estação tem área de
drenagem de 773 km2 com 83 anos de dados (vazÕes médias mensais) cobrindo o
traço1 935/201 8, com pouc€ls falhas.

Considerando-se que a estaçáo de referência possui área de drenagem de773 km2 e a


CGH de 1.040 km', o fator de transferência resulta em 1,345408:

Qcc, = Í,345408 Qr,*ç*

Para oquantil de Qz com período de retorno de 10 anos (Qz.ro) em Carangola


(58930000) de 1,45 m3ls, obtém-se no eixo da CGH Carangola lV o valor de Qz,ro= 1,95
m3/s. Sendo assim, para atender à legislação do curso d'água pertencente à União,
deverá ser mantida no TVR da CGH avazãa ecológica mÍnima remanescente de 0,98
m3/s, equivalente a 50% da Qz,ro.

\- 6.6. Fase de Construção

As obras de construÉo e montagem das estruluras necessárias para a CGH Carangola


lV estão previstas para ocorerem em um horizonte de oito meses, a qual deverá ocorrer
no período de estiagem.

6.6.1. Sequência construtiva

Em face às peculiaridades do arranjo proposto, em que a maior parte das obras é


realizada em seco, a fase de implantação da CGH Carangola lV oconerá na sequência
apresentada a seguir:

1. Limpeza da área e adequações do teneno;


2. AberturalAdequação do acesso pela margem direita;
3. lmplantaçáo das estruturas da CGH.

\-. RCA - RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
28
CGH CARANGOLA IV
om6^
lnicialmente, será realizada a limpeza e a preparação da área necessária para
implantação do canteiro de obras, da úa de a€sso, casa de força e circuito de aduçâo.
Esta etapa envolve a remoçáo seletiva da vegetação e das estruturas localizadas na
área do projeto, de modo que serão retirados apenas os elementos estritamente
necessários para o andamento da obra- As operações de limpeza serâo executadas
com utilização de equipamentos adequados, complementados com emprego de
seMços manuais. Finalizada esta etapa, oconerão as intervenções necessárias para
adequação e modelagem do terreno onde seráo implantadas as estruturas da CGH.

No decorrer das atividades construtivas, haverá a constante movimentaçáo de


rnáquinas e veículos de grande porte utilizados no transporte de materiais e
equipamentos. Parte dos materiais seÉ estocada em Iocalespecífico do canteiro, o que
reduzi rá o trânsito desnecessário.

Para a implantação do ananjo da CGH Carangola lV, as obras ocorrerão em duas


frentes de trabalho. Distantes do corpo hídrico serão desenvolvidos os serviços
referentes à escavação das fundaçÕes e estruturas principais, concretagem da casa de
força, montagem do conduto e início da montagem de equipamentos. Paralelamente,
haverá o desvio temporário de um pequeno trecho do rio Carangola para construir as
estruturas da tomada d'água, retornando ao curso natural após a conclusão das
atividades.

O sítio onde será implantada a tomada d'água da CGH Carangola lV possui uma
topografia íngreme junto às margens do corpo hídrico que permite a implantação de
obras de extravasão e de adução das águas para a geração em áreas protegidas das
inundaçÕes em épocas de alto índice pluviométrico.

Ao início da fase de operação da CGH, as áreas não utilizadas durante o funcionamento


da usina serão revegetadas, contribuindo para a qualidade ambiental da região e
beneficiando a estética local.

6.6.2. Canteirc de obras

A área disponÍvel e sugerida para se instalar o canteiro de obras será localizada


estrategicamente na margem direita do rio Carangola, próximo à casa de força
projetada. Está prevista a instalação de um conjunto de três entêineres, banheiros em
contêineres e um espaço coberto para refeifes.

Planeja-se um total de 35 (trinta e cinco) postos de trabalho, sendo 30 (trinta) ligados


diretamente às obras civis e 05 (cinco) na área administrativa. A execução das obras
está programada para um período de 08 (oito) meses. Será priorizada a contratação da
máo de obra no município de Tombos, dê modo que não será necessário instalar
alojamento no canteiro, sendo todos os funcionários transportados diariamente (em
horários programados) através de ônibus.

Os colaboradores serão instruídos quanto ao uso de Equipamentos de Proteçáo


lndividual (EPls), além de fiscalizados neste sentido. Placas de sinalização e
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) complementarão a estrutura de
equipamentos de seguÍança ocupacional.

RcA- RELATóRIo DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
29
CGH CARANGOLA IV
omÉ
(eslfiu lÉtHÍal c mÀiu

Conforme informações do empreendedor, o abastecimento de água para as atividades


construtivas e para as instalaçÕes hidrosanitárias será proveniente do proprio rio
Carangola, sendo previamente tratada em uma ETA compacta localizada no canteiro.
Já para consumo dos funcionários serão proüdenciados galões de água potável.

Os resíduos sólidos resumem-se naqueles gerados no refeitorio, escritório, sanitários


(residuos domésticos) e nas frentes de obra (resíduos de construção), os quais devem
ser gerenciados de Íorma adequada, envolvendo segregação, armazenamento
temporário e destinaçãoÍinal. Os efluentes sanitários gerados serão encaminhados para
um sistema de fossa séptica e filtro anaerobio.

Durante as atiüdades construtivas está preüsta a geração de ruído e material


particulado proveniente da movimentação de tena, trânsito de veículos e das obras civis
(edificaçoes e montagem de equipamentos). Por se tratar de uma pequena área de
intervenção são considerados de baixa significância.
\/
6.6.3. Vias de acesso

O acesso a partir da sede municipal de Tombos à casa de força da CGH Carangola lV


é realizado seguindo inicialmente na dirqão leste na R. Bento Dávila em direçáo à Av.
lmaculada Conceiçáo por 38 m, virando à direita na R. Dr. Mário Duayer por g0 m e
realizando um retomo, percorrendo mais 150 m. Na bifurcaçáo, seguir por 4,20 km pela
R. Jorge Elias e virar à direita na estrada municipal, seguindo por mais 3,30 km. A paúir
daí, seguir por cerca de 1,00 km até o acesso do local da tomada d'água à margem
direita.

O acesso será realizado pela margem direita e permanecerá no deconer da operaçáo


do empreendimento.

6.3.4. Linha de Transmissão

A CGH Carangola lV será implantada no município de Tombos, estado de Minas Gerais,


\-. regiáo de cobertura da concessionária Companhia Energética de Minas Gerais. A
tensâo de transmissão é de 13,8 kV (tipo eletriÍicaçâo rural), por isso, a conexão será
realizada em uma linha tritásica existente de mesma tensáo nas proximidades da área.
Essa linha de transmissáo será licenciada em processo póprio.

6.7. Fase de Operação

Está prevista uma equipe constituída de um supeMsor de operação e dois auxiliares.


Os auxiliares operacionais atuarão em três tumos, de oito horas cada, com descansos
semanais e férias anuais. As üas de acesso serão mantidas em condiçôes adequadas
para a circulaçáo de veículos.

A manutençao da usina seÉ feita porempresas especializadas, de acordo com a melhor


técnica e prática ditada pelos fornecedores dos equipamentos da usina. O custo anual
de operação e manutenção da CGH foi estimado em 0,5oÁ do investimento total do
empreendimento.

\- RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
30
CGH CARANGOLA IV
om6'
O uso da água nesta fase será essencialmente para limpeza geral e nas instalaçôes
hidrosanitárias, cujo abastecimento, conforme informaçôes do empreendedor, será
proveniente do próprio rio Carangola, sendo previamente tratada em uma ETA
compacta. Já para consumo dos funcionários serão providenciados galões de água
potável.

Os resíduos sólidos gerados seráo provenientes do escritório e das instalações


hidrosanitárias, os quais devem ser geÍenciados de forma adequada. Os efluentes
sanitários gerados serão encaminhados para um sistema de fossa séptica, Íiltro
anaeróbio e clorador.

RcA_ RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
31
CGH CARANGOLA IV
om6
7. DIAGNÓSTICOAMBIENTAL

7.1. Áreas de influência

A delimitaçáo da área de influência para um estudo ambienlal é um assunto de relativa


complexidade, conÍorme a natureza do empÍeendimento e os fatores ambientais que
ele afeta, cuja definiçâo e dimensionamento requerem conhecimento da atividade,
escala e magnitude de seus impac{os potenciais. Partindo desse princípio, as
delimitações das áreas de influência foram consideradas em função das
particularidades do empreendimenlo, procurando atender as oríenlações constantes na
Resolução CONAMA 001/1 986.

Para este estudo, as áreas de influência foram classificadas em Área de lnfluência


Direta (AlD) e Área de lnfluência lndireta (All), admitindo-se para tantos critérios fisicos,
bióticos e socioeconômicos-

7 .1.1 . Área de lnfluência DiÍ€ta (AlO)

Assume-se como AID a porçáo tenitorial na qual os impâc{os são deconências diretas
das atividades de implantaçáo e operaÉo do empreendimento, podendo também
ocorrer impac{os indiretos resultantes do desenvolvimento daqueles considerados
diretos.

Sob o ponto de visia fisico e biótico, para a delimitação da Área de lnfluência Direta
(AfD) contemplada neste estudo foi utilizado um "buffer - orlbef de 250 m a partir da
margem do rio Carangola, tanto do lado direito, onde se prctende instalar o
empreendimento, quanto do lado esquerdo, margem oposta ao projeto. Tambem foi
assegurada uma distância de 250 m acima da tomada d'água, e mesma distância abaixo
da casa de Íorça. Assim, a AID conesponde a uma área de 69,62 ha (Figura 6 - Mapa
das áreas de influência dos meios fÍsico e biotico).

Esta área deÍinida engloba as áreas a sêrem efetivamente utilizadas pelo


empreendimento, tais como aquelas destinadas à implantação das estruturas
operacionais (tomada d'água, circuito de adução, casa de força, etc.) e de apoio
(canteiro de obras, via de acesso, bota-fora, elc.).

No que se refere ao meio socioeconômico, a Área de lnfluência Direta (AlD)


compÍeende as propriedades rurais que sofreráo intervençáo direta com a implantaÇão
e operaçáo da CGH, bem como o êntomo imediato, uma vez que podem também ser
alvo de interferências pela proximidade oom o empreendirnento (Fagura 7- Mapa das
áreas de influência do meio socioeconômico).

7.1.2. Área de lnfluência lndireta (All)

A All é por definição mais abrangente que a AlD, de modo a ter uma üsáo da área que
pode ser atingida indirelamente pelos impactos ambientais do empreendimento. É,
portanto de mais dificil delineamento geográfico.

RcA- RELATóRIo oE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
CGH CARANGOLA IV
om6^
(d4tú[ ddttÍr[ E &tiíl

Partindo desse princípio, para os meios fisico e biótico, a All do presente estudo
compreende a unidade tenitorial delimitada onde foi utilizado um"buffer- offset'de 250
m a partir da AlD, paralelo a margem do rio Carangola tanto do lado esquerdo quanto
do lado direito e acrescida de 200 m a partir da AID acima da tomada d'água e mesma
distância a partir da AID abaixo da casa de força, gerando uma área total de 86,24
hectares (Figura 6 - Mapa das áreas de influência dos meios fisico e biótico).

Para o meio socioeconômico, considerando a existência de uma unidade básica para


os levantamentos dos dados secundários pertinentes, definiu-se como limite da All da
CGH Carangola lV, o municipio de Tombos- MG. Esta delimitação se justifica, uma vez
que pelo pequeno porte do empreendimento, as interferências sociais e econômicas
recairão com maior significância sobre a populaçáo desses distritos, com pouca
repercussão e significado no restante do município (Figura 7- Mapa das áreas de
infl uência do meio socioeconômico).

nce - REuróRto oE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOI.Á IV
TOMBOS - MG
33
v CGH CARANGOLA IV
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Figura 6. Mapa das áreas de influência dos meios físico e biótico

RCA- RELATÓRIO DE CONTROLE ÂMBIENTAL


CGH CARANGOLÁ IV
TOMBOS - MG
34
CGH CARANGOLA IV
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Figura 7. Mapa das áreas de ínfluência do meio socioeconômico.

Rce- neuRróRto DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
35
CGH CARANGOLA IV
omÉ
(dsLMuliaEtÍ !ÉEiinl

7.2. Meio Físico

7.2.1. Climatologia

7.2.1.1 Metodologia

A caracterizaçâo climática da All fundarnentou-se nos parâmetros meteorológicos das


Normais Climatologicas de Viçosa, Caparaó, ltaperuna e Juiz de Fora (Tabela 1). A
variação sequencial de anomalias pluviométricas foi obtida através da relação entre o
total pluviométrico anual em relação à mália da série histórica, utilizando-se dos
critérios adotados por ALDAZ (1971)2. O cálculo do balanço hídrico levou em
consideração modelo proposto poTTHORNTHWAITE & MATHER (1955), adaptado por
CAMARGO (1971), utilizando-se de sofiwarc da ESALQ (ROLIM, SENTELHAS &
v BARBIERI, 1998). As informaçôes meteorológicas foram tratadas estatisticamente e
representadas sob forma de tabelas e gráEcos.

A caracterizaSo climática da All fundarnentou-se nos parâmetros meteorologicos das


Normais Climatológicas de Caparaó, Vipsa e ltaperuna (Tabela). A variaçáo
sequencial de anomalias pluviométricas foi obtida através da relaçáo entre o total
pluviométrico anual em relação à média da série histórica, utilizando-se dos critérios
adotados por ALDAZ (1971)3. O cálculo do balanço hídrico levou em consideração
modelo proposto por THORNTHWAITE & MATHER (1955), adaptado por CAMARGO
(1971), utilizando-se de sofivvare da ESALQ (ROLIM, SENTELHAS & BARBIERI, 1998).
As informa@es meteorológicas foram tratadas estatisticamente e representadas sob
forma de tabelas e gráficos.

Tabela 1. Estações pluviométricas e climatológicas.


Localização
Código Estação Altitude PerÍodo
Lat. S Long.W
83642 Viçosa (INMET) 2076',43" 4286',AO" 712,O 1961t2015
83695 Itaperuna (INMET) 21"12'@" 4',1"54'N" 123,5 1961t201s
83639 Caparaó (INEMET) 20"30'36 41" 54'ffi" 843,1 1961t2015

A classificaçao climática da área foi feita com base em metodologia desenvolvida por
KÔPPEN (1948), sintetizada por SETZER (1966) e por THORNTHWATTE (i948), com
revisão do Centro lnternacional de lnvesügação de Culturas para os Trópicos Semi-
ÁriOos (lCRlSAT, 1 980).

2 Ano normal (N) quando a precipitaçáo anual encontra-se entre 15o/o a mais ou a menos em
relação à média da série histórica. Ano normaltendendo a seco (NS) e ano tendendo a chuvoso
(NC) quando a precipitação anual encontra-se, respectivamente, entre 15o/o e 30% a menos ou
a mais em relação à média da série. Ano seco (S) e ano chuvoso (C), quando a precipitação
encontra-se, respectivamente, abaixo de 3OoÁ ou acima de 30% em relaçáo à média da série.
3 Ano normal (N) quando a precipitação anual encontra-se entre 15o/o a mais ou a menos em
relaçáo à média da série históríca. Ano normaltendendo a seco (NS) e ano tendendo a chuvoso
(NC) quando a precipitaçáo anualencontra-se, respectivamente, entre 15% e 30% a menos ou
a mais em relação à mália da série. Ano seco (S) e ano chuvoso (C), quando a precipitação
encontra-se, respectivamente, abaixo de 30% ou acima de 30oá em relação à média da série.

RCA - RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


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TOMBOS. MG
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CGH CARANGOLA IV
om6
A caracterização climática da AID fundamentou-se nos dados da estaçáo Caparaó,
considerando a mnsistência dos dados e proximidade da área.

7.2.1.2. Caracteizaçào regional (All)

A dinâmica atmosférica regional se caracteriza pela conjugaÉo dos fluxos intertropicais


e extratropicais. Os Íluxos intertropícais sáo comandados pelas massas Tropical
atlântica (mTa) do hemisfério sul, Equatorial continental (MEC) ou alta da Bolívia,
posicionada na regiáo noroeste da Amazônia e massa Tropical continental (mTc). O
fluxo extratropical está representado exdusi\ramênte pela massa Polar atlântica (mPa).

No período mais quente predomina sistema de baixa pressáo e nos demais meses do
ano uma altemância entre sistemas de atta e de baixa pressão, prevalecendo o de alta.
Mesmo com o dominio do sistema de baixa pressáo nos Íneses mais quentes, a mPa,
que se conÍigura coÍrlo um centro de alta pressáo, avança pelo sul do Brasil e dirig+se
em direçáo à regiáo sudeste.

Nos meses de veráo, a mPa posiciona-se sobre o Atlântico sul, entre 20'e 40'de
latitude sul e a mTa se mantêm ativa sobre o Atlântim, na láitude do Nordeste Brasileiro
(entre 10" e 1 5" de latitude sul). Em uma estreita faixa entre esses dois sistemas de alta
pÍessáo origina-se a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que se caracteriza
como um sistema de baixa pressáo (depressão térmica do Châco), representado pela
massa Tropical conünental (mTc). Esse canal é ocupado pela umidade proveniente do
interior da Amazônia (mEc), respondendo pela sequência de dias chuvosos.

No inverno, ao contrário, ao se deslocar para menores latitudes, acompanhando a


trajetória solar, a massa Tropical atlântica (mTa) avança sobre o continente brasileiro,
geÍando estado de estabilidade atmosférica. Nesse período, a mPa assume destaque
na seçáo meridional do Brasil, respondendo por chuvas frontâis e redução drástica da
temperatura. A sua progressão em direção às menores latitudes é banada pelo sistema
de alta pressão representado pela mTa.

Na área de estudo, os elevados índices pluviométricos são expliedos principalmente


pelas ZCAS. Estudos desenvolvidos por BORSATO & BORSATO (2009).

No inverno, as influências termais e pluüométricas associadas ao lluxo extratropical sáo


incipientes, considerando a tendência de lropicalização" da massa polar (mPa), à
medida que se desloca para as menores láitudes.

Com base nas Normais Climatológicas da estaçáo Caparaó (INMET, 1961/2015), a


temperatura média anual na regiáo é í9,6'C, com valores acima de 22,0oC nos meses
de janeiro e fevereiro e em tomo dos 16oC nos meses de junho a Agosto (Tabela 2). A
média das máximas anual é de 26,6oC, com temperáura acima de 28oC nos meses de
janeiro a março. A média das mínimas é de 14,7oC, com temperaturas abaixo de 11oC
nos meses de junho a agosto- A temperatura máxima extrema registrada na série foi de
36,4oC em 211'lOl2O15 e a mínima extrema de -2,7"C, em 11/06/1975.

RcA- RELAÍóRIo DE coNTRoLE AMBTENTAL


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(oistsh ArtEu[ E rctlita

Tabela 2. Normais Climatológicas na estação Caparaó (196112015)

Preseâo Temperatura (oC) Precipitação Umidade


Atmosfárica lnsolação Nebulosidade
Mês relativa
(hPa) Máxima MÍnima Total total(h) (0-í0)
Média Máxima Mínima Dias (%)
absoluta Abeoluta (mm)
Janeiro 919,1 22,0 28,4 18,0 35,4 10,4 208,4 16 78,8 170,5 6,8
Fevereiro 920,0 22,4 29,2 17,7 35,3 10,0 126,9 10 78,O 202,8 5,9
Março 920,5 21,8 28,5 17,6 34,2 10,1 160,1 12 80,6 190,9 6,4
Abril 922,3 20,4 27,3 15,5 32,3 5,3 69,7 7 80,8 195,7 5,6
Maio 922,3 17,5 25,0 12,4 31,6 1,6 42,6 5 81,5 195,0 5,1
Junho 924,2 16,1 24,3 10,2 30,8 -2,7 13,8 2 81,4 196,5 4,3
Julho 925,2 15,8 24,O 10,0 30,6 o,4 '16,3 2 78,9 205,9 4,2
Agosto 924,2 16,8 25,1 10,7 33,2 1,3 21,3 3 75,9 219,5 4,3
Setembro 923,0 14,7 26,0 13,5 35,9 4,2 43,9 4 74,5 189,0 5,4
Outubro 92L,L 20,3 26,8 15,8 36,4 4,5 107,4 I 75,9 173,9 6,4
Novembro 919,2 21,2 27,2 17,4 35,4 7,1 191,2 14 78,7 154,3 7,2
Dezembro 918,8 21,6 27,5 17,9 35,0 8, 1 240,1 16 79,8 162,1 7,4
Ano 921,6 19,6 26,6 14,7 35,8 -2,7 1241.7 99 78,7 2256,1 5,7
ontê: 1 5).

Rcn - Remtónto 0E coNTRoLE AMBTENTAL


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) ) )
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.gln6'
A umidade relativa do ar apresenta estreila relação com o ritmo da dinâmica atmosférica
regional: maior umidade quando da açáo do sistema de convergência do Atlântico Sul
(ZCAS) e menor no período de estiagem, deconente da subsidência anticiclonal. A
média anual da umidade relativa do ar em Caparaó (DNM, 196112015) é de 78,7yo,
encontrando-se acima de 80% no mês de Maio e Junho, e abaixo de 760/o nos meses
de agosto a Outubro.

A insolação encontra-se numa rela@ direta com a incidência solar ou com a


nebulosidade: valores acima de 205 horas mensais nos meses de jutho e agosto, com
nebulosidade próxima a 4110.

Com base nas séries pluviométricas das esta@s Viçosa, Caparaó e ltaperuna (Tabela
3) a media anual e de 1,196,6 mm, marcada por dois períodos distintos:

Tabela 3. Pluviometria mensal na área de estudo,


Mês Viçosa Caparaó Itaperuna Média
Janeiro 180,9 208,4 188,2 192,4
Fevereiro 142,2 126.9 97,6 122,3
Março 102,3 160,1 104,1 122,1
Abril 47,4 69,7 91,6 69,5
Maio 29,3 42,6 46,0 39,3
Junho 17,1 13,8 23,8 18,4
Julho 26,3 16,3 30,3 24,3
Agosto 17,4 21,3 30,2 22,9
Setembro il,3 43,9 56,1 51,5
Outubro 128,7 107,4 109,5 115,2
Novembro 208,6 191,2 196.6 198,8
Dezembro 211,O 240,1 208,6 219,9
Ano 1165,5 1241,7 1182,6 1196,6
Fionte: INMET(Viçosa, 196112015; Caparaó, 196112O15; ltaperuna, 'l%112015; Juiz de Fora, 1961/2015).
Nota: em azul período úmido; em vei'melho, período seco.

a) Período chuvoso de 6 meses, de outubro a março, com precipitaçÕes acima de 1í5


mm mensais, conespondendo a 81,12o/o do total pluviométrico anual. Entre os meses
de novembro a Janeiro, a precipitação média mensal supera os 190 mm, período
considerado muito úmido, representando 51,0Yo do total pluviométrico anual. Tais
ocorrências encontram-se relacionadas às instabilidades de noroeste atribuídas à Zona
de Convergência do Atlântico Sul.

b) Período seco, com base no conceito de Gaussen4 (BAGNOULS & GAUSSEN, 1957),
representado por 3 meses, de junho a agosto, com precipitaçáo equivalente a 5,4o/o do
total anual. Conesponde ao período dominado pelo centro anticiclonaldo Atlântico Sul,
responsável pela estabilidade atmosférica que domina grande parte do território.

4 Período seco
é quando a precipitação mensal não uttrapassa ao dobro da temperatura média
do mesmo mês.

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


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{üSLIüU AÉ*ITAI G &f,iIA

A espacializaSo pluviométrica anual evidencia ausência de conelação orográfica:


Itaperuna, localizada a mais de 't.200 metros de altitude, apresenta pluviometria média
anual inferior a 1.200 mm, enquanto Caparaó, posicionada em menor altitude, em torno
dos 840 metros, apresentam valores superiores a 1.200 mm.

Com base nos parâmetros deÍinidos por ALDAZ (1971), a análise da variação
sequencial pluvionÉtrica apresentou as seguintes anomalias (Tabela a): (a) anos secos
(S) ou normais tendendo a secos (NS): 1961 , 1963, 1 965, 1967, 1968, 1970, 1 980, 1981 ,
1983, 1984, 1990, 1993, í994, 1996, 1997, 1999, 2AO1,2013 e 2014; (b) anos chuvosos
(C) ou normais tendendo a chuvosos (NC): 1972, 1979, 20A4,2005, 2009, 2010,2011
e 2013.

Tabela 4. Variação sequencial pluviométrica.


Ano Viçosa Caparaó Itaperuna Média Relação* Classificação**
1961 974,6 955,2 964,8 o,797 NS
1962 1109,7 1109,7 0,917 N
1963 345,9 345,9 0,285 S
1964 1154,1 1154,1 0,954 N
1965 691,7 691,7 0,571 S
1966
1967 913,0 701,0 807,0 0,667 S
1968 1209,1 473,O 841,ü 0,695 S
1969 1058,í 12A1,3 1129,7 0,934 N
1970 1032,6 950,4 991,5 0,8'r9 NS
1971 1282,1 12ffi,2 1274,1 1,053 N
1972 1448,4 1290,7 1349,5 1,115 NC
1573 1104,8 914,2 1236,6 1085,2 0,897 N
1974 1096,9 1193,9 914,4 1068,4 0,883 N
1975 1367,7 1264,5 12ffi,4 1296,4 1,O71 N
't976 1315,9 1241,4 1194,9 1250,7 1,034 N
1977 1036,3 1383,0 878,8 1099,3 0,908 N
1978 1323,8 1450,6 1153,6 '1309,3 1,O82 N
1979 1527,4 1655,9 1't69,9 145í,0 í,199 C
1980 740,9 727,7 838 768,8 0,645 S
1981 919,4 1100,7 934,3 984,8 0,814 NS
1982 1299,2 953,7 837,9 1030,2 0,851 N
1983 887,3 367,1 627,2 0,518 S
1984 332,5 332,5 4,274 S
1985
1986
1987
1988

-
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\- CGH CARANGOLA IV
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(qsLtilu
^iBErr
! f, aar^i^

Ano Viçosa Caparaó Itaperuna Média Relação* Classificação**


í989
1990 586,7 586,7 0,485 S
1991 1594,8 699,6 '1147,2 0,948 N
1992 1455,9 1094,7 1275,3 1,054 N
1993 883,7 480,3 1011,1 791,7 0,654 S
1994 959,2 ffi7,2 1097,0 907,8 0,750 NS
1995 1109,0 684,7 1340,9 1044,8 0,863 N
1996 't137,9 344,4 1395,8 959,3 0,793 NS
1997 592,5 1200,6 896,5 o,741 NS
1 998 1145,3 964,6 1063,9 1057,9 o,874 N
'1999 1207,9 951,6 995,9 1051,8 0,869 NS
2000 1138,2 141',|,6 1031,6 1193,8 0,987 N
2001 1160,1 1241,2 408,7 936,6 o,774 NS
2002 1273,7 1398,7 1124,8 1265,7 1,046 N
2003 1140,8 í 100,9 1376,0 1205,9 0,997 N
2004 1798,0 1276,9 13r'.5,4 1473,4 1,218 C
2005 1436,0 1686,7 1338,3 1487,0 1,229 C
2006 1202,9 1't85,9 1192,9 1193,9 0,987 N
2007 1009,5 1215,9 1163,0 1129,4 0,933 N
2008 1689,6 1677,7 1499,2 1188,8 0,982 N
2009 1ffi7,4 1793,1 1481,1 1613,8 1,3U C
2010 1351,6 15't9,0 1317,2 í395,9 1,1U NC
2411 1433,8 1434,O 1188,1 1351,9 1,117 NC
2012 1289,9 900,4 1224,6 1138,3 0,941 N
2013 1324,O 1394,9 1374,5 1364,4 1,128 NC
2014 824,6 978,3 969,9 924,2 o,764 NS
2415 927,O 769,8 750,9 8í5,9 4,674 S
Média 1174,8 1335,0 1122,7 1209,5 1,000 N
Fonte: INMET (Mçosa, 196112015; Caparaó, '19ü12A15;, ltaperuna, 1961/2015). Nota: em verde, ano
chuvoso (C) ou normal tendendo a chuvoso (NC); em amarelo, ano seco (S) ou normal tendendo a seco
(NS); (-) relação precipitaçáo média anualem relação à média da série histórica; (*) classificação
segundo ALDAZ (1971).

Para KOUSKY & CAVALCANTI (1984), alguns casos de desvios de precipitaçáo no


Brasil estão ligados ao fenômeno chamado El Nifro Oscilaçáo Sul - ENOS o qual
provoca sensíveis anomalias no escoamento atmosférico em êscala global.

-
O fenômeno El Nifio Oscilagão Sul tem a sua origem situada no Oceano Pacífico
tropical. Dois fatores respondem pelo fenômeno, sendo um de natureza oceânica e outro
de natureza atmosférica. O primeiro está associado com as variações na tempêratura
da superfície do mar (TSM) com caráer mais intenso e abrangente. Este componente
é, atualmente, monitorado principalmente através da temperatura da superfície do mar
(TSM) ao longo da região equatorial do Oceano Pacífico. O segundo está relacionado

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


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(qSLIM AFÍEIIAT
'
ÚIAI'

ao fenômeno Oscilaçâo Sul, caracterizado por uma oscilação da pressão ao nível do


mar entre as regiões da lndonésia e o Oceano Pacífico Leste (WALKER & BLISS, 1932
apud CASARIN & KOUSKY, 1986;TRENBERTH, 1976).

A média do número de dias de chuva na região é de 106,2 (Tabela 5). caparaó


apresenta a maior intensidade, 1 10,5 dias de oconência pluvlométrica e Viçosa a menor,
98,8 dias de oconência pluviométrica.

Tabela 5. Número de dias de chuva na área de estudo


Mês Viçosa Caparaó Itaperuna Média
Janeiro 15,3 15,9 13,7 14,9
Fevereiro 10,5 10,7 9,6 10,2
Março 1í,9 13,8 10,5 12,1
Abril 5,7 8,3 8,1 7,3
Maio 3,2 6,1 6,6 5,4
Junho 2,8 3,5 5,2 3,8
Julho 1,9 2,6 5,5 3,3
Agosto 2,6 3,3 4,3 3,4
Setembro 5,4 5,7 6,9 6,1
Outubro 9,8 14,2 10,1 10,1
Novembro 13,5 14,7 13,0 13,7
Dezembro 16,2 15,8 15,9 í5,9
Ano 98,8 110,5 109,4 106,2
Fonte: INMET (Juiz de Fora, 1961/2015; Caparaó, Í961i2015; ttaperuna, 1961/2015)

A pressáo atmosférica média anual em Caparaó (Normais Climatologicas, 1961/2015)


e de 921,6 hPa, com pequena variaçáo ao longo do período: acima de 924 hPa nos
meses de julho a Agosto (açao do Centro Anticiclonal do Atlântico Sul) e abaixo de 919
hPa nos mes de Dezembro (açao da Depressáo Térmica do Chaco).

A velocidade média anual dos ventos em Caparaó (INMET, 1961/2015) é de 1,2 m/s,
com valores acima de í,4 m/s nos meses de Setembro e Outubro. A velocidade máxima
ultrapassou a 11 m/s, como nos meses de Julho e Outubro (Tabela 6).

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


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om6^
(0stdu rfllEtÍ !f
^atittl

Tabela 6. Velocidade mália e máxima dos ventos em Caparaó.


Velocidade dos Ventos (m/s)
Mês
Média iíáxima
Janeiro 7,3 8,2
Fevereiro 1,4 8,7
Março 1,1 6,7
Abril 1,1 9.1
Maio 0,9 B,O

Junho 0,9 8,1


Julho 1,2 71,4
Agosto 1r3 10,0
Setembro 1,5 7,7
\-, Outubro 1,5 12,O
Novembro t,4 9,0
Dezembro 1,3 10,0
Ano 1,2 9,0
Fonte: INMET, 1961/2015.

O cálculo do balanço hídrico para as estaçÕes de referência foi realizado a partir do


armazenamento hídrico de 100 mm (domínio de argissolos), utilizando-se das médias
térmicas mensais de Caparao (Tabela 7 a Tabela g):

Tabela 7. Balanço Hídrico Viçosa.


Deficiência Excedente
Mês Temperatura Precipitação Evapotranspiração Evapotranspiração
Potencial Real Hídrica Hídrico
Janeiro 22,1 180,8 119,0 110,3 8,7 0,0
Fevereiro 22,2 142,2 103,9 58,9 45,0 0,0
MarÇo 21,8 102,3 94,4 94,4 0,0 7,9
Abril 19,7 47,4 77,9 77,9 0,0 0,0
Maio 17,2 29,3 59,0 48,1 10,9 0,0
Junho 15,9 17,1 50,8 25,4 25,4 0,0
Julho 15,5 26,3 33,8 33,5 0,3 0,0
Agosto 16,9 17,4 55,7 20,6 35,1 0,0
Setembro 18,5 54,3 27,5 21,8 5,7 0,0
Outubro 20,2 128,7 90,6 35,6 55,0 0,0
Novembro 21,1 208,6 98,6 98,6 0,0 110,0
Dezembro 21,5 211,4 111,8 111,8 0,0 99,2
Ano 19,4 1165,5 923,0 736,9 186,í 217,1
ndíce Hídríco'. 11 ,42.

Rce- RetRtóRto DE coNTRoLE AMBIENTAL


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TOMBOS. MG
43
CGH CARANGOLA IV
om6^
(qslroiu aiacrt tf aaiittr

Tabela 8. Balanço Hídrico de Caparaó.


Evapotranspiração Evapoúanspiração Deficiência Excedente
Mês Temperatura Precipitação
Potencial Real Hídrica Hídrico
Janeiro 21,9 208,4 111,72 111,7 0,0 96,7
Fevereiro 22,1 126,9 100,14 98,5 1,6 0,0
Março í8,8 160,1 144,21 101,0 3,2 0,0
Abril 20,0 69,7 86,57 86,5 0,0 0,0
Maio 17,4 42,6 68,15 53,0 15,1 0,0
Junho 16,1 13,8 57,18 41,9 15,2 0,0
Julho 15,7 16,3 57,73 31,8 25,9 0,0
Agosto 16,9 21,3 60,33 38,5 21,8 0,0
Setembro 18,4 43,9 78,81 62,4 16,4 0,0
Outubro 19,9 107,4 91,87 81,6 10,2 0,0
Novembro 20,8 191,2 109,50 107,7 1,8 0,0
Dezembro 21,6 240,1 107,77 116,0 0,0 124,1
Ano 19,1 1241,7 1033,99 930,8 41,9 220,8
Hídrico; 19,92.

Tabela 9. Balanço ltaperuna.


Evapotranspiração Evapotranspiração Deficiência Excedente
Mês Temperatura Precipitação
Potencial Real Hídrica Hídrico
Janeiro 26,3 188,2 145,U 135,4 10,4 0,0
Fevereiro 27,5 97,6 146,44 107,0 39,4 0,0
Março 26,1 104,1 103,35 98,2 5,1 0,0
Abril 24,8 91,6 95,10 u,4 10,7 0,0
Maio 22,2 46,0 75,O2 48,5 26,5 0,0
Junho 21,1 23,8 57,96 30,2 27,7 0,0
Julho 20,4 30,3 66,26 46,7 19,5 0,0
Agosto 21,5 30,2 76,74 42,O u,7 0,0
Setembro 22,3 56,1 94,36 48,6 45,7 0,0
Outubro 23,5 109,5 117,96 91,3 26,6 0,0
Novembro 24,6 1Ím,6 126,16 117,9 8,2 0,0
Dezembro 25,9 208,6 151,35 145,0 6,3 0,0
Ano 23,8 1182,6 12ffi,54 995,2 260,8 0,0
Hídrico: 12,45.

A síntese dos principais parâmetros higrométricos para efeito de classificação climática


encontra-se disposta a seguir (Tabela í0).

Tabela í0. Parâmetros higrométricos na áreade estudo.

Local Relação Deficiência Excedente lndice


P'EP Hídrica Clima*
Hídrico Hídrico
Caparaó 1,20 41.9 220,8 18,92 B1-B,2 Umido
Viçosa 1.26 186,1 217,1 11,42 c2 Subúmido
Itaperuna 0,94 260,8 Subumido
0,0 12,45 c1
seco
Média 1,13 162,93 145.96 't4,26
Nota ("): classificação THORNTHWAITE (1948) e ICRISAT (1980).

Rcn RetRtóRto DE coNTRoLE AMBTENTAL


-
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
44
CGH CARANGOLA IV
om6
O índice hídrico médio é de 14,26, sendo de 11,42 em Viçosa e 18,92 em Caparaó. A
rdaÉo precipitaÉo e evapotranspiraçáo potencial e de 1,13 (media), com o maior
índice em Viçosa (1 ,26) e o menor em ltaperuna (0,94). A deÍiciência hidrica média anual
é de 162,93 mm e o excedente hídÍico medio anual é de 145,96 mm. ltaperuna
apresenta a maior deficiência hídrica anual (260,8 mm) e Caparaó a menor (41,9 mm).
O maior excedente hídrico anual foi regiírado em Caparaó, com 220,8 mm e o menor
em ltaperuna, que náo apresenta excedente hídrico.

7 .2.1.2.1. Síntese climática

Com base nos critérios definidos por KÕPPEN (1948), sintetizados por SETZER (1966),
a área encontra-se indiúdualizada por um clima do tipo "Cwa", tÍopical de altitude, com
aumento de chuvas durante o veráo e temperatura média anual em tomo dos í9,6'C.
No invemo, com as baixas temperaturas, o clima que faz as manhas e o meio da noite
oferecem brisas muito frias e com densa neblina, com tempêratura mínima de 15,8'C.
O inverno também é conhecido pelo ar seco provocado pela baixa umidade relativa do
ar. O veráo tem carac{erísüca de chuvoso e a temperatura máxima chega a29,2"C.

7.2.1.3. Caracterizaçáo local (AID)

Tendo como referência a estaÉo Caparaó (1961/2016) a AID se insere na faixa


pluviometrica de 1.200 mm anuais, com período chuvoso de 6 meses, de outubro a
março, com destaque parâ os meses de dezembro com precipitações acima dos 240
mm. O período seco, na concepção de Gaussen, é de 3 meses, de maio a junho, com
índices pluüométricos inferiores a 22,o mm (iunho com 13,8 mm).

O clima se caracteriza como Tropical de altitude mm veráo Quente e com inverno seco
(Cwa) na classiÍicaçáo de KÔPPEN (1948), sintetizada por SETZER (1966), e clima
Umido (81-82) na classificaÉo de THORNTHWAITE (1948) e ICRISAT (1980), com
índice hidrim de 18,92. A relação precipitação e evapotranspiração potencial é de 1,20,
com deficiência hídrica média anual de 41,9 mm, excedente hídrico médio anual é de
220,8 mm.

7.2.2. Geologia

7.2.2.1. Metodologia

O diagnóstico da Geologia da All apoiou-se em levantamentos de campo tendo como


referência a escala de registro de 1 :20.000. Na oportunidade foram identificados os tipos
de rochas, utilizando-se geralmente de afloramenlos disponí\êis na área. A inserçáo da
área no contexto regional levou em consideração mapeamento geológico da Folha
Carangola (Amâncio, 2012), bem como informa@es constantes em trabalho
desenvolüdo por HEILBRON (1995).

RcA- RELATóRio oE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARÁNGOLA IV
ÍOMBOS - MG
45
v CGH CARANGOLA IV
om6'
Í0sLtm

As informações relativas a direitos minerários foram obtidas por meio de consulta ao


banco de dados do DNPM (www.siomine.dnpm.qov.br), realizada em Agosto 2019.
Também foi realizada pesquisa bibliográfica sobre as ocorrências ou ambientes
geologicos com potencialidade mineral de signifi cado econômico.

O diagnóstico da AID apoiou-se em levantamentos de campo, onde foram identificados


os tipos de rochas, lineamentos estruturais e demais implicaçoes de natureza tectônica
(zonas de cisalhamento), utilizando-se de afloramentos ou evidências disponíveis. O
mapeamento geológico, na escala 1:2.500, teve como suporte imagem de satélite
(Google), considerando as unidades geológicas e intervenções tectônicas.

7.2.2.2. Caracteização regional (All)

A área estudada localiza-se na porçáo meridional do Orógeno Araçuaí, junto ao limite


com o Orógeno Ribeira. O Orógeno Araçuaí se estende do Cráton do Sáo Francisco ao
litoral atlântico, aproximadamente entre os paralelos 15o e 21o S (Pedrosa-Soares et al.
2001). Na altura do paralelo 21o, a passagem do orógeno Araçuaí para o orógeno
Ribeira é marcada pela deflexáo da estruturação brasiliana que muda da direçáo NNE,
a norte, para NE, a sul. Não se verifica descontinuidade estratigráfica ou metamórfica
na zona de fronteira entre estes orógenos.

A folha Carangola apresenta as seguintes unidades geológicas: A) Complexo Juiz de


Fora, B) Grupo Andrelandia C) Suite Galileia, D) Suite Leopoldina e E) Suite Pangarito.

A Zona de Cisalhamento de Manhuaçu corta folha Carangola de norte a sul,


promovendo a verticalização da foliação e milonitização das unidades em seu domínio.

A) Complexo Juiz de Fora

Esta unidade aflora em corpos alongados segundo NNE-SSW, na forma de escamas


tectônicas interligadas a escamas de rochas metassedimentares do Grupo Andrelândia.
Sua semelhança litológica e posiçáo geográfica permitem correlacioná-lo com o
Complexo Juiz de Fora, no sentido proposto por Heilbron (19g3 e 19gS).

O Complexo Juiz de Fora inclui litótipos cuja composiçâo varia de máfica a félsica. O
litótipo amplamente dominante é um ortognaisse enderbítico, eventualmente exibindo
bandas, lentes e/ou boudins, de tamanho centimétrico a métrico, de granulitos básicos.

O gnaisse enderbítico apresenta granulação predominantemente fina a média e


bandamento milimétrico a centimétrico, O bandamento é marcado pela alternância de
bandas félsicas, de composição quartzo-feldspática com raro ortopiroxênio, e bandas
máficas constituídas essencialmente por ortopiroxênio, homblenda e biotita, com
clinopiroxênio e plagioclásio subordinado. Apresentam cor esverdeada, porém tornam-
se acinzentados com o intemperismo. Este gnaisse está migmatizado em intensidades
diversas. As estruturas migmatíticas predominantes são estromática e flebítica, mas
estruturas schôllen, e dobramentos ocorrem subordinadamente. O leucossoma quartzo-
feldspático possui composiçáo charnockítica e granulaçâo grossa, podendo exibir
cristais de anfibólio, piroxênio e teldspato que chegam a atingir 7 cm de comprimento.
Ocorre na forma de vênulas, bandas, lentes e veios comumente concordantes com a

-
RCA RELATóR|o DE coNTRoLE AMBTENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG

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GGH CARANGOLA IV om6'
foliação. O melanossoma é enderbítico e possui granulação fina a média. Localmente,
onde a migmatização é mais intensa, são observáveis restos do ortognaisse bandado
completamente envoltos pelo leucossoma.

A mineralogia dos gnaisses enderbíticos é representada por ortopiroxênio, plagioclásio,


clinopiroxênio, biotita, quartzo e homblenda. Como acessórios o@ÍTem zircâo, apatita,
epidoto e minerais opacos. A composição modal apresenta a seguinte variação:
ortopiroxênio (1C45%), plagioclásio (1S45%), quartzo (10-600/o), biotita (5-15%).
Possuem granulação variando de fina a grossa e normalmente textura granoblástica,
subordinadamente textura lepidoblástica. Em zonas de cisalhamento dúcteis possuem
textura protomilonitica a milonítica marcada por ribbons de quartzo e evidências de
recristalização di nâmica e i ndivid ualização de subgrãos.

O plagioclásio presente nestas rochas varia de albita a oligodásio e ocone como cristais
finos a grossos, madado segundo a lei da Albita; exibe forte extinçáo ondulante e
maclas freqüentemente recurvadas. Há oconência de plagioclásios antipertíticos. O
ortopiroxênio (hiperstênio) ocorre na forma xenonrorfica a hipidiomórfica, como cristais
de tamanho máJio. O quartzo possui granulação variando de Íina a média, normalmente
associado ao plagioclásio. Pode encontrar-se na forma de ribbons. A biotita ocorre em
forma de palhetas orientadas, comumente associada ao anÍibólio e bandas máficas.

Os granulitos básicos, que localmente pdemformarcopos maisexpressivos, possuem


granulaçáo fina a média, textura granoblástica a protomilonítica e estrutura maciça a
fracamente foliada. A mineralogia primária e representada por ortopiroxênio +
clinopiroxênio e plagioclásio. Como acessórios ocoÍrem zircão e apatita. Minerais
secundários são biotita, anÍibólio e quartzo.

O ortopiroxênio (hiperstênio) ocorre na forma xenomórfica a hipidiomórfica, com


granulação variando de média a grossa, contendo inclusÕes de plagioclásio e biotita.
Associa-se a anfibólio. O plagioclásio ocoÍre como cristais hipidiomórficos a
idiomóúicos, de granulação fina a média. Podem apresentar intercrescimento
antipertítico. O quarEo é pouco frequente e apresenta-se com granulação variando de
fina a média. Está bastante recristalizado, formando bandas estreitas e descontínuas.
Pode formar ribbons em amostras muito deformadas, com evidências de recristalização
dinâmica e formaçáo de subgrãos. O anfibólio ocorre em cristais xenomórficos a
hipidiomórficos. Forma bandas e define, juntamente com a biotita, a foliaçâo da rocha.
Estes minerais são produtos de alteração.

A paragênese mineral plagirclásio + quartzo + hiperstênio + feldspato potássico +


clinopiroxênio indica que o oúognaisse do Complexo Juiz de Fora atingiu condições de
estabilidade da fácies granulito. Entretanto, esta paragênese progressiva de alto grau
foi parcialmente desestabilizada, deüdo à hidrataçao (relacionada a algum processo
deformacional ou simples ascensão crustal, ou ambos), gerando uma paragênese
regressiva marcada pela significativa presença de hornblenda e biotita como produtos
da alteraçáo dos piroxênios. Este metamorÍismo regressivo ocorreu na fácies anfibolito.

B) Grupo Andrelandia

Esta unidade ocupa grande parcela da Folha Carangola, principalmente a oeste daZona
de Cisalhamento de Manhuaçu, composta por rochas derivadas do metamorfismo de

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CGH CARANGOLA IV
om6^
íG$ftoit sg€iÍ L c &rÀa^

sedimentos pelíticos. Ocorre na forma de faixas alongadas de direção geral N-S


intercaladas tectonicamente aos granulitos ortoderivados do Complexo Juiz de Fora. A
presença de sillimanita e ortopiroxênio, este último encontrado raramente, indicam
condições de metamorfismo de alta temperatura. As rochas desta unidade foram
submetidas a metamorfismo de alto grau (tácies granulito), e posteriormente
reequilibradas em condições de temperatura menos elevadas.

O litotipo amplamente dominante no Grupo Andrelândia é representado por


paragnaisses (hercynita-sillimanita-granada-biotita-plagioclásio-quartzo gnaisse),
podendo por vezes exibir leitos cuja composição original era mais arenosa e que
resultaram em gnaisses quartzo-feldspáticos com alguma proporção de biotita e
granada. Em raras exposições são encontradas intercalaçÕes delgadas de anfibolito,
provavelmente representando derrames ou soleiras de rocha básica, e de rocha
calcissilicática (metamargas). Níveis de rochas semelhantes a quartzitos, que podem
exibirgrande continuidade lateral, parec,em resuttarda segregação de quartzo em zonas
\, de cisalhamento. O paragnaisse do Grupo Andrclândia encontra-se milonitizado junto
ao contato com as rochas do Complexo Juiz de Fora, exibindo feições como
porfiroblastos de granada, feldspato e quartzo, no entomo dos quais se desenvolvem
sombras de pressáo preenchidas por quartzo e biotita. Cristais de quartzo e plagioclásio
oconem estirados paralelamente à foliação milonítica.

O paragnaisse apresenta granulação fina a média, coloração cinza a rósea e


bandamento milimétrico a centimétrico. Em escala de afloramento, há porçÕes onde a
granada é rara a inexistente. Em menor propoção, observam-se zonas empobrecidas
em biotita. Grande parte das exposiçôes do paragnaisse apresenta aspecto estratificado
e claro bandamento composicional, com altemância de bandas leucocráticas de
granulaçáo média a grossa, ricas em quartzo e feldspato, e bandas melanocráticas ou
mesocráticas de granulação Íina, ricas em biotita e granada.

Geralmente, o paÍagnaisse mostra-se migmatizado, com o desenvolümento de porções


leucocráticas de grão grosso e composição granada-quartzo-feldspática. As estruturas
migmatíticas predominantes são estromatíticas, dobradas e
ptigmáticas, mas
localmente sáo encontradas estruturas schollen. Com o avanço do processo de
migmatização, o paragnaisse dá origem a corpos graníticos do tipo-S, compostos de
leucogranito granatífero que grada para granada-biotita leucogranito e biotita granito.
Esta granitogênese está descrita como Suíte Pangorito.

Os paragnaisses do Grupo Andrelândia apresentam paragênese mineral composta por


plagioclásio + quartzo + granada + feldspato potássico + biotita + sillimanita + hercynita.
A cristalizaçáo de hercynita associada ao quartzo implica em condiçÕes de
metamorfismo de alto grau, fácies granulito. Porém, a biotita originada a partir da
alteraçáo da granada evidencia uma paragênese retro-metarnórfica, em condições de
pressão e temperáura da fácies anÍibolito.

Delgadas camadas, lentes e boudins de rocha calcissilicáica são encontradas


intercaladas nos paragnaisses. Como são mais resistentes ao intemperismo,
usualmente destacarn-se na superfície do aÍloramento. Tais rochas são constituídas de
clinopiroxênio, ortopiroxênio, quartzo, plagioclásio e granada, tendo como minerais
acessórios titanita, e zircão. Minerais secundários e/ou de alteração são carbonatos,
biotita, hornblenda e saussurita. Apresentam textura granoblástica, granulação média e

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estrutura bandada. Altemam-se bandas félsicas, compostas por plagioclásio de
granulaçáo média e quartzo, e bandas ricas em clinopiroxênio e plagioclásio. O
plagioclásio é de composiçáo oligoclásio - andesina e encontra-se geminado segundo
a Lei da Albita e, mais raramente, segundo a Lei da Periclina. Apresenta lamelas
intenompidas e a maior parte dos cristais encontra-se em avançado estágio de
sericitizaçáo. O clinopiroxênio alterase para biotita. A titanita é bastante freqüente e
exibe hábito navicular predominante.

C) Suite Galiléia
A Suíte Galiléia é representada por um corpo alongado, orientado NNE-SSW, com
comprimento superiora 60 km e largura variando entre 6 e 12 km. Apenas a termínação
setentrional do batólito está exposta na Folha Carangola. Esta suite encontram-se na
facie Migmatítica (l) e Granitóides(ll).
v
O litotipo predominante é um ortognaisse a biotita e/ou a anfibólio, quase sêmpre
migmatizado, exibindo es{ruturas do tipo estromática. Existem porções do corpo onde
as altas taxas de anatexia geraram migmatitos com estrutura nebulítica. As rochas
migmatíticas exibem, com freqüênciâ, encraves máficos de tamanho centimétrico a
métrico, deformados em intensidade variável.

Ainda no contexto deste grande corpo são identificados corpos não migmatizados
compostos por granitóides poúiríticos. Estes corpos apresentam duas fácies distintas,
com contatos difusos sugerindo tratar-se de uma intrusão única. Uma das fácies mostra
a predominância de fenocristais de K-feldspato sobre a matriz, enquanto na outra os
fenocristais estão dispersos em uma matriz fina rica em biotita. Estas rochas ricas em
matriz exibem foliação gnáissica bem desenvolvida.

l) - Facies Migmatíticas
Suite Galiléia

O ortognaisse, que representa o paleossoma nas porçÕes migmatíticas, é um


hornblenda-biotita gnaisse, bandado e de granulação fina a mádia. O bandamento é
nítido, definido por bandas essencialmente félsicas (plagioclásio, quartzo e,
eventualmente, microclina) e bandas máficas com predomínio de biotita e hornblenda,
além de titanita e minerais opacos associados. A composição destes gnaisses varia de
tonalítica a granodiorítica, constituídos por plagioclásio, quartzo, biotita e anfibólio.
Microclina, quando presente, o@rre como cristrais de crescimento intersticial na matriz.
Como minerais acessórios oconem zircão e mais raramente, allanita. Carbonato,
titanita, sericita e epidoto são os minerais secundários encontrados.

A presença de encraves máÍicos é uma feiçao comum aos gnaisses migmatizados. São
rochas de granulação fina, textura maciça ou mais raramente bandada. Possuem
composição gabróica a diorÍtica, sendo os últimos mais freqüentes, constituídos por
hornblenda, plagioclásio, quartzo e raro clinopiroxênio.

ll) Suite Galileia - Granitóides

Os granitóides exibem duas fácies que podem ser distinguidas com base na granulação
e razáo matriz/ megaoistal: i) uma fácies com pouca matriz e de granulaçáo média a

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CGH CARANGOLA IV om6^
a0stm li6ÊaÍ4f, c sÁDr

grossa, onde predominam megacristais de K-feldspato de tamanho centimétrico com


macla evidente; ii) uma fácies com elevado percentual de matriz de granulação fina a
média, exibindo megacrislais de K-feldspato de tamanho milimétrico a centimétrico. A
composiçáo é dada por microclina, quartzo, plagioclásio e biotita, com hornblenda
varietal. Os minerais ressorios são allanita, apatita, titanita, zirc;c- e ocorrendo clorita
e carbonato como produtos de alteração.

D) Suite Leopoldina
Os granitóides chamockiticos da Suíte Leopoldina afloram em corpos lenticulares a
sigmoidais, de direçáo NNE-SSW, preferencialmente encaixados ao longo dos contatos
entre o Grupo Andrelândia e o Complexo Juiz de Fora.

Os granitóides chamockíticos possuem coloração esverdeada e ampla variação


\, composicional e granulométrica. A granulação varia de fina a grossa, enquanto a
composição varia de granítica a tonalítica, passando por granodiorítica e diorítica. E
interessante ressaltar que granulação e composição não são conelacionáveis, ou seja,
independentemente de sua composição, a rocha pode apresentar grão Íino, médio ou
grosso.

O desenvolümento da foliação é irregular e, em geral, as rochas em afloramento


aparentam um aspecto maciço. Entretanto, em uma observação mais detalhada, ou nos
casos de afloramentos intemperisados, é possível constatar a presença da foliaçáo
regional impressa nas rochas da SuÍte Leopoldina. Nas raras exposi@s onde a foliaçáo
é bem desenvolvida e eüdente, observa-se o alinhamento das palhetas de biotita, com
cristais de piroxênio, anfibólio, quartzo e feldspato estirados na mesma direçáo.
Localmente, cristais centimétricos de plagiodásio, feldspato potássico, ortopiroxênio e
anfibólio e,onferem à rocha uma textura. Esta mesma rocha porfirítica pode exibirtextura
protomilonítica, com porfiroclastos de anÍibólio, plagioclásio, feldspato potássico e
ortopiroxênio rotacionados e formando sombra de pressão.

A associação mineralógica dos granitóides chamockíticos é dada por proporções


variáveis de quartzo, plagioclásio, feldspato potássico, hornblenda, hiperstênio e
clinopiroxênio, lndependentemente da sua granulação ou composiçáo química, os
granitóides charnockíticos sempre apresentam a associação mineralógica descrita
acima. A textura varia de granoblástica a subordinadamente, nematoblástica. Tanto a
hornblenda quanto a biotita derivam da alteração dos piroxênios. A hornblenda possui
coloração marrom a castanho, indicando enriquecimento em titânio. O hiperstênio é o
piroxênio mais freqüente. Ambos os piroxênios (orto e clinopiroxênio) apresentam
intensidade de alteração variável, de moderada a alta. O feldspato potássico apresenta-
se parcialmente alterado, com formaçáo de sericita. O plagiodásio encontra-se
moderadamente saussuritizado), apresenta geminação polissintética e raro
intercrescimento antipertítico. Localmerúe, observa-se a cristalizaçáo de quartzo
vermiforme no contato entre os feldspatos.

A mineralogia acessória dos granitóides chamockíticos da Suíte Leopoldina consiste em


apatita, zircáo, titanita e granada. A apatita tem granulação fina e é o mineral acessório
mais comum, sendo observado em todas as amostras, oconendo em cristais com o

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CGH CARANGOLA IV
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CGH CARANGOLA IV
om6
típico habitus hexagonal-arredondado. O zircáo ocoÍre em cristais prismáticos curtos e
em gráos anedondados.

Os granitóides charnockíticos apresentam encraves decimétricos a métricos de


granada-biotita gnaisse bandado, interpretados como xenólitos do Grupo Andrelândia A
associaçáo mineÍalógica destê gnaissê é dada por quartzo, feldspato potássico,
plagioclásio, granada e biotita. No contato do encrave gnáissico com o granitóide
charnockítico pode oconer uma zona de contaminação nesle último, com o
aparecimento de granada.

O termo metamorfismo deve ser abordado com cuidado quando as rochas em questáo
sáo granitóides, em particular aqueles que sofreÍam a deformaçáo regional em
condiçóes Pressáo e Temperatura similares àquelas da cristalizaçáo de suas
paragêneses ígneas. Pode-se afirmar que os granitóides da Suíte Leopoldina sofreram
deformaçáo e metamorfismo nestas condiçôes. Os granitóides charnockíticos
apresentam associaÉo mineralógica dada por plagioclásio + quarlzo + ortoclásio +
hiperstênio + clinopiÍoxênio, orientados na foliação regional. Apesar de comumente
ocorrerem deformados, estes granitóides podem apresentar características ígneas
preservadas para a mesrÍl€t paragênese, indicando que a deformação e recristalização
associada se deram em condiçóes similares às da cristalizaÉo magmática e
equivalentes à fácies granulito.

E) Suite Pangarito

Esta unidade representa a continuidade para norte dos granltoides do tipo.S


denominados por Noce el al. (2003) na Folha Muriaé 1:100.000 como Granito pangarito.
E representada por rochas graníticas granadíferas com marcante heterogeneidade
composicional, que apresentam quatro Íácies (em oÍdem decrescênle de abundância):
granada-biotita granito, granada leucogranito, leucogranito rosa gnaissificado e
charnockito. Estas fácies não sáo delimitáveis em mapa em escala regional.

As rochas desta suíte o@ÍTem encaixadas no Grupo Andrelândia e Complexo Juiz de


Fora, aflorando por toda a regiáo mapeada. Os granitóides ooonem ora foliados, ora
isotrópicos e podem apresentar estnÍuras ígneas preservdas, tais como fenocrisiais
euédricos de feldspato e feiçóes de fluxo ígneo. Nas zonas de contato com as rochas
encaixantes comumente desenvolvem textura milonítica.

A fácies granada-biotita granito pode exibir oÍientação marcante dada por fluxo Ígneo.
A granulaçáo da matriz varia entre fina e grossa. Apresenta fenocristais centimétricos,
euédricos a subédricos, de feldspato potássico. Localmente, o@Írem encraves de
granada-biotita gnaisse (do Grupo Andrelândia) que são interpretados como restos da
fusáo parcial do protólito destes granitóides. O granada.biotita granito é composto
essencialmente por quarEo, feldspato potássico, biotita e plagioclásio. Os minerais
acessórios sáo apatita, zircáo, granada e moscoüta. Saussuritizaçáo é o processo de
alteraçáo mais comum nessa rocha, oconendo também substituição da biotita por
moscovita. O feldspato potássico apresenta-se peÍtítico.

O granada leucogranito possui cor branca e granulaçáo fina a média, podendo


apresentar encraves máftcos compostos por granada e biotita. o leucogranito apresenta
teíura porfirítica dada por íenocristais euédricos centimétricos de feldspato potássico

RcA- RELATóR|o DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMEOS - MG
L
CGH CARANGOLA IV
om D
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micropertítico e granada. A matriz consiste essencialmente de quartzo, plagioclásio,


biotita, feldspato potássico e granada. Esta fácies pode exibir estrutura bandada,
caraclerizada pela alternância de bandas quartzo feldspáticas com bandas ricas em
biotita e granada. O leucogranito faz contatos inegulares com o granada-biotita granito.

O leucogranito rosa gnaissificado tem ocorência e as rela@es de contato com as


demais fácies não foi observado. Apresenta bandamento milimétrico a centimétrico e
granulometria mâJia a grossa. A coloração rosa é evidenciada nas bandas félsicas ricas
em feldspato potássico. As feiçÕes de deformação sâo evidentes nesta rocha, (cristais
de quartzo e feldspato estirados e bandamento marcante).

A fácies charnockítica se restringe a uma auréola desenvolvida no contato entre as


fácies granada-biotita granito e granada leucogranito. Esta auréola é delgada, com
espessura variável entre 5 e 20 cm, e possuioconência extremamente restrÍta. A fácies
charnockítica apresenta coloraçâo esverdeada e granulação grossa. Sua composiçáo
mineralogica é dada por quartzo, biotita, plagioclásio, feldspáo potássico, ortopiroxênio
e rara granada.

7.2.2.2.1. Estrutura Tectônica

Este item apresenta a descrição e inteçretação dos acervos de es{ruturas observadas


na área mapeada. A partir da análise dessas estruturas foram identificadas duas etapas
deformacionais: a deformaçáo D1, principal, e a deformação D2, tardia.

Em escala regional, a deformação principal (D1) representa a etapa de maior


encurtamento crustal e foi responsável pela compartimentaçáo tectônica da faixa
orogênica (Heilbron et aL 2AO3a, Alkmim et al. 2006). Durante D1 os litótipos do
embasamento e da cobertura metassedimentar foram conformados em escamas
tectonicamente intertigadas, orientadas predominantemente na direçáo NNE-SSW. Esta
interligação pode ser verificada tanto em aÍloramento como na escala de mapa,
resultando em um conjunto de lentes amendoadas. Muitos corpos granitóides também
mostram tendência à forma amendoada, alongada segundo NNE.

A segunda fase de deformação (D2) se manifesta em continuidade ao encurtamento


crustal D1, quando ocore o escape lateral de massa, hoje materializado nas grandes
zonas de cisalhamento regionais de direção NNE-SSW (e.g.,Zonade Cisalhamento de
Manhuaçu; Noce eÍ al.2OO3, Alkmim et aL 2AA6|.

A área pode ser dividida em dois domínios estruturais, destacando a Zona de


Cisalhamento de Manhuaçu do restante da área.

A idade da deformação principal responsávelestá bem balizada pelas determinaçÕes


geocronológicas que posicionam o pico metamórfico brasiliano em torno de 585-565
Ma. Durante o encurtamento do orógeno, no estágio sin-colisional, é que seriam gerados
os dobramentos e empunões com vergência para oeste em um sistema transfressivo
destral. A Zona de Cisalhamento de Manhuaçu associa-se aos grandes movimentos
transcorrentes que representam a expressão tardia da colisâo, gerados em processo de

RcA- RELATóR|o DE coNTRoLE AMUENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
52
CGH CARANGOLA IV
om6
tüst@iu li4ira[ c aaiifa

tectônica de escape (Costa eÍal. 1998, Percs et al.2AA4). Estruturas distensivas da fase
de colapso do orógeno, datada em tomo de 520-500 Ma, são incomuns na área.

7.2.2.2.2. ReersosMinerais

As principais oconências minerais na Folha Geológica Carangota (AMANCIO ,2012)


referem-se à extraçáo de materiais destinados à constru@ civil(saibro, brita e rochas
ornamentais), além de Bauxita. Pequenas pedreiras para extração artesanal de
paralelepípedos são também encontradas.

Levantamento realizado atravás do site do DNpM @) em


Agosto de 2019, registrou-se a existência de Cinco proc€ssos na All do aproveitamento
(Tabela 1í), sendo dois deles, relativo à pesquisa de areia, localizado em parte da AlD.
\,
Tabela íí. Processo mineratório da All.
Area
Processo (ha) Situação Requerente Substância Uso

834208/1 980 729,8 Aut.Pesquisa


Mineração Vale do
Areia
Construção
Carangola Ltda civil
8321 58/2009 19,5 Licenciamento
Rosangela Baita do Construção
Areia
Couto Moraes ME civil
833658/2008 47,9 Cristiano Loiola da Silva Construção
Licenciamento Areia
EireliME civil
832546t2007 6,0 Licenciamento Cerâmica Nilmar Ltda Argila Cerâmica
834082t2A06 Claudiano de Oliveira Construção
39,7 Liceneiamento Areia
Silva ME Civil
FONTE: SIGMINgDNPM (Agosto de 2019). Em azul, processo que abrange a AlD.

7.2.2.3. Caracteização local (AtD)

As rochas que compõem a AID da CGH Carangola lV encontram-se representadas pelo


Grupo Andrelandia (Amâncio, 2012), caracterizada Iocalmente por paragnaisse
migmatíticos com intercalações de rochas calcissilicáticas e raros anfibolitos (Figura 8
e Figura 9). A mineralogia está representada pelo plagioclásio, feldspato potássico,
quartzo, granada, sillimanita, ortopiroxênio e biotita. As rochas calcissilicáticas ocorrem
geralmente na forma de lentes de espessura centimétrica a métrica e sâo constituídas
por plagioclásio, dinopiroxênio, quartzo, feldspato potássico e granada. Apresentam
tonalidade acinzentada com granulação predominantemente fina a média e localmente
apresenta bandamento milimétrico a centimétrico (Figura í0 e Figura ií).

RcA - RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
53

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CGH CARANGOLA IV
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Figura 8. Paragnaisse Migrnatítico na seçáo da Figura 9. Paragnaisse Mígmatítico na seção da


tomada d'água da CGH Carangola lV. tomada d'água da CGH Carangola lV.
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Figura 10. Paragnaisse de granulação fina a média, Figura íí. Paragnaisse de granulação fina a média,
abaixo da tomada d'água da CGH Carangola lV. abaixo da tomada d'água da CGH Carangola lV.

No trecho do emprcendimento prevalece foliaçâo com sentido conforme a zona de


cisalhamento de Manhuaçu (Figura 2í - Mapa de geolqia). Apresentam orientaçáo
metamórfica dada pela orientaçâo preferencial dos minerais, representada
principalmente pelo Plagioclásio, Feldspato e quarEo (Figura í2 e Figura í3).

- RelRtóRto DE coNTRoLE AMBTENTAL


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CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
54
CGH CARANGOLA IV om6'
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Figura 12. Orientaçáo Metamórfica dos minerais. Figura í3. Orientação Metamórfica dos minerais.

Em local previsto para a implementação do empreendimento, foi observado diversas


gretas de ressecamento (à medida que a argila recém depositada em ambiente aéreo,
inicia a perda de água porevaporaçáo, ocone sua contração devido à perda de volume.
Como a desidratação se dá de cima para baixo, tamkÉm ocore o encurvamento da
superfície para cima em resposta à perda diferencial de volume. (Figura í4f.

Figura 14. Gretas de ressecamento disseminadas por toda a área da CGH Carangola lV

A tectônica encontra-se expressa nos paragnaisses migmatíticos através de falhas e


fraturas, prevalecendo direção NE-SW(Figura 15), como observado na margem oposta
do rio na seçáo prevista para a implantaçáo do conduto.

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Rce- REmróRro DE coNTRoLE AMBTENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
55
CGH CARANGOLA IV
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Figura 15. Fratura e Falhas na seção seção prevista da implantação do conduto da CGH
v Carangola lV.

As principais deformaçÕes tectônicas en@ntram-se associadas ao dominio autóctone


do embasamento, onde prevalecem direções preferenciais NE a SW (lineaçâo mineral
no domínio autóctone inferior e de eixo de dobras e lineação mineral no domínio
autóctone médio). Tais efeitos podem ser sentidos na AID através de falhas ou zonas
de cisalhamento, com direções preferenciais NE, as quais além de responderem pela
forte incisão da drenagem, associada à superimposição, implicam sucessivas
angularidades. A seção do aproveitamento encontra-se integralmente representada por
falhamento, que associado aos esforços epirogenéticos pós-pliocênicos, responderam
por superimposição do rio Carangola e forte encaixamento do talvegue (Figura 16).

Figura í6. Superimposiçáo do rio Carangola na seçâo superior da CGH Carangola lV.

A forte incisáo responde pela exposição das estruturas Paragnaissicas Miloníticas ao


longo do talvegue, que foram deformadas no período pós-colisional (deformaçÕes
tardias), conespndendo a falhas normais com colapso de blocos associado a alívio de
compressão (Figura í7).

Rce - Retmónto DE coNTRoLE ÀMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
56
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CGH CARANGOLA IV
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Figura í7. Falhas com colapso de blocos associado a alívio de compressão

A açáo da tectônica ortogonal responde por sucessivas angularidades (Figura 21


Mapa de geologia). Localmente tais efeitos podem se sentidos tanto na orientaçâo do
-
rio Carangola na seção do aproveitamento e nas angularidades que antecedem ou
sucedem o referido trecho.

A forte incisão do talvegue expõe as estruturas Paragnaissicas Miloníticas ao longo do


curso d'água, que foram deformadas no período pós-colisional (deformações tardias),
onde sâo presenciadas falhas transconentes perpendiculares ao curso atual, com
colapso de blocos associado a alivio de compressão (Figura í8). A forte incisáo do
talvegue e o colapso de estruturas implicam desenvolvimento de saltos e corredeiras,
além de barramento do curso portravessÕes rochosos. Enquanto os saltos e corredeiras
aumentam a energia potencial, fator importante para os objetivos do aproveitamento
(Figura 19 e Figura 20), os travessões implicam banamentos naturais, que contribuem
pera a implantação de tomada d'água.

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Figura 18. Blocos associados a alívio de compressão

RcA - RELATóRIo DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
ÍOMBOS - MG
57
CGH CARANGOLA IV
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Figura 19. Sucessão de quedas d'água por Figura 20. Sucessão de quedas d por
\, deslocamento de blocos, na seção intermediária do deslocamento de blocos, na seção intermediária do
aproveitamento (CGH Carangola lV). aproveitamento (CGH Carangola lV).

Quanto aos aspetos geotécnicos, a área se apresenta estruturalmente estável, uma


vez que as deformaçôes teetônicas registradas conespondem aos eventos
proterozóicos. Pelo fato do cisalhamento úptil ocoÍrer no nivel estrutural supêrior e
intermediário (até cerca de 15 km de profundidade), as fraturas e falhas encontram-se
preenchidas, levando a admitir existência de segurança ao empreendimento quanto a
eventuais problemas de estanqueidade ou de sismicidade induzida.

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
58
CGH CARANGOLA IV
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Figura 21. Mapa de geologia.

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RCA RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
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CGH CARANGOLA IV
om6'
(d$Ltmú
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7.2.3. Geomorfiologia

7.2.3.1 Metodologia

O diagnóstico da geonnrfologia da All apoiou-se em levantamentos de campo tendo


como referência a escala de registro de 1:20.000 e pesquisa bibliográfica do projeto
Radambrasil (GATTO Et al,1983). A denominação da unidade geomorfológica apoiou-
se em trabalhos desenvolvidos por MOREIRA & CAMELIER (1977) e HEILBRON ef a/
(2003).

O diagnóstico na AID fundamentou-se em levantamentos de campo e representação


cartográfica (esboço geomorfológico) na escala de 1:2.500, tendo como subsídio os
parâmetros estabelecidos pela Subcomissão de Cartas Geomoúológicas da UGI (União
Geográfica lnternacional), descritos por TRICART (1965)5. Os modelados do relevo
foram caracterizados segundo a gênese, considerando a participação dos componentes
estruturais e processos morfogenéticos (AB'SABER, 1969). O índice de dissecaçáo foi
atribuído com base na dimensão interfluvial e grau de aprofundamento da drenagem.
Na oportunidade foi considerada a geometria das vertentes, utilizando-se dos modelos
desenvolvidos por TROEH (1965). A caracterização das formaçóes superficiais
(DEWOLF, 1965)6, teve como referência a classificação proposta pór CARVALHO &
ROTTA (1e74).

A avaliaçáo da vulnerabilidade à erosão levou em consideração os parâmetros


morfométricos identiÍicados pelo índice de dissecação, além do comportamento das
formações superficiais (classe de solos).

7.2.3.2. CaracÍerízação rcgional (All)

A área sul-sudeste do estado de Minas Gerais exibe três domínios morfoestruturais


distintos: Faixa de Dobramentos remobilizados, Escudo Exposto e Remanescente de
cadeias Dobradas. O primeiro domínio é subdividido em cinco unidades
geomorfológicas: Alinhamentos de cristas do Paraíba do Sul, Depressão escalonada do
rio Pomba-Muriaé, Patamares escalonados do sul capixaba, Planalto de ltatiaia e
Serranias da Zona da Mata mineira. No segundo domínio, a unidade geomorfológica
presente é o Planalto de Campos das Veúentes e no terceiro domínio encontramos a
unidade Planalto de Andrelândia.

5 Conforme recomendaSes da Subcomissão de Cartas Geomoúológicas da UGl, a


representaçáo geomorfolÓgica deve conter os seguintes elementes: 1) morfométricos,
correspondentes às informações métricas ímportantes, no c€lso indívidualizadas pelos índices de
dissecação; 2) morfográficos, correspondentes às formas de relevo resultantes do processo
evolutivo, na presente situação identificadas através de símbolos pontuais e lineares; 3)
morfogenéticos, referentes aos processos responsáveis pela elaboração das formas
representadas, no presente estudo tratado em nível de relatório e representação de formas
erosivas; 4) morfocronológicos, corespondentes ao período de formação ou êlaboração de
formas ou feições, consideradas em nívelde relatório.
6 As formações superficiais são definidas por DE\ÂIIOLF (1965) como formaçÕes
continentais,
friáveis ou secundaríamente consolidadas, provenientes da desagregação mecânica e da
alteraçâo química das rochas, quê tênham ou não sofido remanejamenlo e transporte, e
qualquer que seja a sua gênese e sua evolução.

RCA - RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
60
CGH CARANGOLA IV
sm6'
7.2.3.2.1. FaixasdeDobramentosRemobilizados

Em relação ao Domínio das Faixas de Dobramentos Remobilizados, deve-se entender


que as unidades geomorfológicas associadas a estes domínios possuem como principal
característica a exislência de uma série de evidências de açôes teçtônicas
consideráveis na área em questão. De acordo com o Projeto RADAM (1983) algumas
destas marcas estão associadas à "moúmentos crustais, com mar@s de falhas,
deslocamentos de blocos e falhamentos tranwersos". lsto, por sua vez, demonstra que
a regiáo sofreu várias alteraçóes trazendo consequências morfológicas no local
perceptíveis até o dia de hoje. Este domínio morfoestruturalé subdividido em:

A) Alinhamentos de Cristas do Paraíba do Sul

Uma das unidades associadas a Faixa de Dobramentos Remobilizados sâo os


alinhamentos de Cristas do Paraíba do Sul. Observa-se que esta unidade se refere
fundamentalmente ao conjunto de falhas e fraturas com orientaçáo Nordeste-Sudoeste,
evidenciando os processos de orogenia oconentes entre a colisão do Cráton de Sâo
Francisco e do Cráton Congo. Com este processo, percebe-se claramente o
metamorfismo sofrido pelas rochas no sentido Sudoeste - Nordeste.

B) Depressão Escalonada dos Rios Pomba-Muriaé

Esta unidade por sua vez está associada à processos de dissrcação do relevo pelas
bacias dos rios Pomba e Muriaé. Desta forma, grande parte desta unidade passa a ser
composta por material sedimentar associado aos uma série de processos erosivos.
Desenvolvem-se na área formaçôes superficiais, constituídas, do topo para a base, de
colúvios, linhas de pedra, rocha alterada e Íinalmente a rocha gnáissica. Também
ocorrem áreas de formação lateríticas, observadas descontinuamente êm cortes de
estradas (RADAM, 1 983).

C) Patamares Escalonados do Sul Capixaba


Os patamares escalonados do SulCapixaba estão diretamente associados à existência
de variados degraus de acesso em relação à forma da topografia local, o que por sua
vez contribuí para a existência de um teneno movimentado formado pela existência de
uma série de vales com drenagens encaixadas. E muito comum, em escala ampla, a
presença de vales ahrtos e colmatados, cortados por uma drenagem, ao que tudo
indica, muito recente já que a origem destes depósitos localiza-se nos ravinamentos das
encostas.

D) Planalto de ltatiaia
Outra unidade associada à Faixa de Dobramentos Remobilizados é o Planalto de
Itatiaia. Esta unidade possui inclusive dois compartimentos específicos: o ocidental,
caracterizado fundamentalmente por relevos de dissecação diferencial com
aprofundamento de drenagem variável, enquanto o setor oriental é caracterizado pela
sua contiguidade espacial em relação ao ltatiaia

E) Serranias da Zona da Mata Mineira

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOTÁ IV
TOMBOS - MG
61
CGH CARANGOLA IV om6'
(osLroM liaÉxÍÀL ! ÉtillÀ

Em relação a unidade Zona da Mata Mineira há de se destacar inicialmente que a sua


nomenclatura refere-se a sua localizaçáo, ou seja, esta unidade está inserida no
contexto na unidade fisiográfica Zona da Mata. A unidade é marcada por escarpas
adaptadas a falhas, sulcos estruturais, grandes linhas de cumeadas e cristas simétricas
alinhadas que indicam a direçáo dos dobramentos e falhamentos oconidos na área.

Este tipo de descrição, por exemplo, sugere que esta porçao do território sofreu intensos
proc,essos tectônicos, e que ainda hoje trazern consequências quando entendidas em
conjunção com o uso e ocupação do solo. No mesmo projeto foram observados em
diversos pontos da unidade a existência de grandes voçoroc€rs nas encostas do relevo,
potencializadas pelas ações vinculadas às transformações do setor pecuário.

7.2.3.2.2. Remanescentes de Cadeias Dobradas

Este domínio, por sua vez, está diretamente associado aos processÕs que resultaram
na exumaçáo das estruturas dobradas remanescentes de diferentes ciclos geológicos.

A) Planalto de Andrelândia

Esta unidade é caractenzada pela ocorrência de pacotes pouco espessos de solo devido
a alta dissecaçáo, confluindo para o aprofundamento de incisões de drenagem. Os
topos das colinas apresentam-se com morfologia convexa bem como suas encostas (o
que contribui sobremaneira para a poucÍl retenção de solo nas encostas da unidade).

Muitas vezes a cobertura é inexistente, dando lugar apenas à linha de pedra,


repousando diretamente sobre a rocha alterada. Sâo frequentes as voçorocas com
dezenas de metros de extensáo e Iargura consideÉvel deüdo a conjugaçáo dos fatores
de alteração da rocha, elevada quantidade de mica dessa alteração e ausência da
cobertura vegetal, fatos que facilitam o deslizamento dos pamtes alterados.

7.2.3.2.3. Domínio do Escudo Exposto

Este dominio é caracterizado pela sua grande estabilidade morfoestrutural, ou seja, está
associado à áreas que não sofreram a@s tec*ônicas intensas no passado. Encontra-
se inclusive envolta porfaixas móveis que, diferentemente do escudo sofreram intensos
processos tectônicos.

A) Planalto de Campos das Vertentes

Por fim, a unidade Plantalto de Campos das Vertentes é caracterizada pelo intenso
processo de dissecação resultando em uma paisagem conhecidas como "mar de
morros" no qual as colinas passam a sofrer contínuo processo de intemperismo sendo
esculpidas e assumindo formas
.mamelonares apresentando desta maneira, vertentes
,
majoiltariamente convexas com topos arredondados.

É ainda importante destacar que devido ao relevo movimentado torna-se perceptível a


presença de vales que são retrabalhados conforme o processo de dissecaçâo
promovido pelos cursos de água existentes. Desta maneira, a tendência do relevo é a

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
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62
CGH CARANGOLA IV om6'
(dsllm AiffiiÍÁ! E 6idÀ

criação de monos e rnorrotes isolados a partir do processo de contínuo retrabalho do


relevo.

A área de influência da CGH Bom Retiro se insere na unidade geomorfológica


denominado Depressão Escalonada dos Rios Pomba-Muriaé, pertencente a regiáo
geomorfológica do Vale do Paraíba do Sul, localizada no domínio das Faixas de
Dobramentos Remobilizados.

As deformações tectônicas do Proterozóico responderam pela orientaçâo geral e


particular do sis{ema hidrográÍico. A dissecação comandada pela Íorte incisáo da
drenagem foi determinada pelos efeitos epirogenéticos positivos pós-pliocênicos,
refletindo na configuração dos modelados.

Tais evidências são perceptíveis na morfologia do entomo do empreendimento, onde


prevalecem modelados de topos convexos, associados ao domínio gnaissico,
entrecortados por modelados aguçados e estruturas monoclinais, correspondentes a
flancos de dobras (Figura 22 e Figura 23).

-r;
-ts:
'j_J
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*b.
*

Figura 22. Modelados de topos convexos ê Figura 23. de topos convexos e


aguçados. aguçados.

Enquanto os modelados convexos se individualizam por depósitos de cobertura mais


espessos, os quais geralmente mascaram os litótipos, na presença dos gnaisses os
reflexos tanto da tectônica quanto da resistência litológica são evidentes, com cristas
aguçadas e ressaltos estruturais (Figura 24).

RcR - RemróRto DE coNTRoLE AIITBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
63
CGH CARANGOLA IV
om6^
(qsltüu litriÍÂt c E*iFÀ

Figura 24.Modelados de topos aguçados com ressaltos estruturais.

A drenagem na referida área encontra-se influenciada diretamente pela tectônica


proterozóica e reaüva@es terciárias, que além de imprimir o forte controle estrutural na
orientação dos talvegues, determinaram as condiçÕes apropriadas para os objetivos do
empreendimento: sucessáo de saltos e conedeiras com forte energia potencial ou
afogamentos estruturais associados a travessões ao longo do leito.

As vertentes, de Íorma geral, apresentam perÍil retilíneo ou suave @nvexo, tendo como
nível de base local o próprio talvegue ou níveis de pedimentação coluvionados. Nas
seçÕes representadas por soleiras geralmente constata-se o desenvolvimento de
superfícies alveolarcs, onde são presenciados depósitos alúvio-coluviais holocênicos.

A disposiçáo da drenagem na All se caracteriza pelo forte controle estrutural,


representada por uma sucessáo de angularidades com direção NE-NW.

No trecho do empreendimento predominam modelados de topos convexos. Nos topos


interfluviais podem ser presenciados remanescentes de aplainamento, correlacionados
à pediplanação, seguidos de vertentes reülíneas ou convexas.

Marcas de deslizamentos são observadas em rupturas de vertentes, com


desenvolvimento de planos de cisalhamento expostos ou cicatrizados por pastagens.

Os processos morfogenéticos contemporâneos respondem pelo desenvolvimento de


um fluxo difuso nos remanescentes de Mata Seca Subcaducifólia ou laminar no domínio
das pastagens, com retomadas erosivas em conformações topográficas que estimulam
o fluxo concentrado.

7.2.3.3. Caracterízaçãolocal (AID)

A AID se individualiza pela forte incisão do talvegue do rio Carangola, associada à


superimposição estimulada pelos esforços epirogenéticos positivos pos-pliocênicos. A
forte incisão da drenagem (Figura 39 Mapa de geomorfologia) mostra a estreita
-
relaçáo com a deformação principal(HEIBRON eÍal, 199S).

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
64
CGH CARANGOLA IV
om6'
(üglrcBuMaEiÍ Lcas^Rn

A partir da tomada d'água prevista para o empreendimento (Figura 25 e Figura 26), o


rio Carangola, é submetido tectonicamente a forte angularidade, passando a apresentar
nova direçáo. No referido ponto, as vertentes apresentam perfil retilíneo tendendo a
convexo, que culminam, no umbral de parada, em exposições rochosas.

I ,i. .',

Figura 25. Ponto de ínflexáo de angularídade. Figura 26. Ponto de inflexão de angularidade.
Presença de vertentes retilíneas e exposições Presença de veúentes retilíneas e exposições
rochosas no talvegue. rochosas no talvegue.

Após transpor travesão estrutural no ponto de inflexão da angularidade, onde está


prevista a implantação da tomada d'água, o curso pass€l a correr entalhado com
vertentes marcadas pordeclives. A forma resultante se individualiza pelo típico vale em
"V' representado por perfil de encosta retilíneo tendendo a convexo, com baixo
desenvolvimento fisico das formações superÍiciais (Figura 27 e Figura 28). Refere-se
à garganta epigênica associada a processo de superimposiçáo, induzido por extensas
zonas de cisalhamento tectônico (Figura 39 - Mapa de geomorfologia).

\ .&

Figura 27. Vale fortemente encaixado na seçâo Figura 28. Vale fortemente encaixado na seção
inferior e superíor da CGH Carangola lV, marcado inferior e superior da CGH Carangola lV, marcado
pela superimposição. pela superimposição.

A partir da seção intennediária, o rio Carangola, é submetido tectonicamente a nova


angularidade, passando a apresentar nova direção, No referido trecho, as vertentes

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
65
CGH CARANGOLA IV
.gm.6
continuam apresentando perfis de encosta retilíneos ou pouco @nvexos, que culminam
em níveis de base locais caracterizados por exposiçÕes rochosas.

A tectônica exer@ influência direta tanto na disposição do curso principal, representada


porfeixes de cisalhamento, como pelo gradiente do canal, através de sucessivos saltos
e corredeiras, associados a falhamentos transmnentes (Figura 29 e Figura 30).

.:!{tr
il
1n

Figura 29. Ajustamento tectônico de blocos Figura 30. Ajustamento tectônico de blocos
estruturais por alívio de compressão, com formaçáo estruturais por alívio de compressão, com formação
de saltos e corredeiras. de saltos e corredeiras.

A disposição de blocos estruturais por alívio de compressão respondeu ainda por


formação de travessões perpendiculares, os quais contribuem para represamento de
trechos. (Figura 31).

"+

Figura 31. Travessão estrúural perpendicular ao curso principal.

O conduto de baixa pressáo está previsto para ser implantado na margem esquerda do
rio Carangola, onde as veúentes apresentam caracterÍsticas diferenciadas: na seçáo
superior do aproveitamento, em funçáo da forte incisão do talvegue, a declividade da
encosta se individualiza por gradiente moderado, (Figura 32) passando no trecho final
para declives mais suavizados.

RcA - RELATÓRIo DE CoMTR0LE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
66
CGH CARANGOLA IV
om6^
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Figura 32. Vertente com gradiente moderado pouco abaixo da tomada d'água da CGH
Carangola lV. Localprevisto para a passagem do conduto de baixa pressão, margem direita do
\-, rio Carangola.

Nas áreas manüdas por remanescentes de Mata Seca Subcaducifólia registra-se a


presença de matacÕes, provenientes de montante, e ausência de efeitos erosivos
lineares. No domínio das pastagens predomina o Íluxo laminar com tendência ao fluxo
concentrado nas rupturas de declives, onde são observados sulcos, principalmente de
induçáo estrutural. O processo morfogenético mais expressivo e visível na área refere-
se ao deslizamento de massa do tipo c@eping (rastejamento) ou solifluxáo, o que pode
ser evidenciado através de planos de cisalhamento ou cicatrizes em processo de
regeneração por espécies pioneiras. Tais fenômenos sáo explicados tanto pelo forte
declive, como por depósitos de cobertura representados pela textura argilosa, que
favorece o deslizamento, principalmente em condiçáo de saturação: o teor de umidade
implica reduçáo da coesão em funçáo das pressÕes neutras que ocoÍrem ao longo da
superfície de cisalhamento.

O local previsto para a implantação da casa de força se caracteriza por superficie


ondulada, (Figura 33), o que reduz a possibilidade de cortes ou atenos para a referida
ação.

t;_

Figura 33. Local previsto para a implantaçáo da casa de força.

RcA - RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
67
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v CGH CARANGOLA IV
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(0gtlüu M$trat !

Logo abaixo do local previsto para a implantaçáo da casa de força, constata-se a


presença de estreita superfície alveolar, com depósito alúvio-coluvial holocênico (Figura
34). O referido ponto está associado à mudança de angularidade estrutural.

,i

Figura 34. Estreita faixa de inundação abaixo da casa de força da CGH Carangola lV

7.2.3.3.1. Vulnerabilidadeàerosão

A declividade e a interface solo-rocha, além de defeitos estruturais contidos na estrutura


gnaissica, respondem diretamente pelos Íatores geomecânicos da tensáo cisalhante. A
declividade implica diretamente no ângulo de atrito, através da conjugação das tensões
cisalhante e normal. A presença de falhamento, além de favorecer o fenômeno
epigênico com consequente aumento da declividade, influi na conduçáo da água de
subsuperfície. Esta por sua vez, responde pela redução da coesáo dos depósitos de
cobertura, portadores de textura argilosa, indutores da ruptura de massa.

No rio Carangola, abaixo do local previsto para a implantaçáo da casa de força do


aproveitamento, foi constatada a existência de pelo menos três ocorrências de
deslizamento de massa (Figura 35, Figura 36 e Figura 37). Todas se encontram
associadas a declives em torno de 150%, com formações superficiais de textura argilosa
e arenosa em área de pastagens (Figura 39 - Mapa de geomorfologia). Acredita-se que
além dos fatores intrínsecos das vertentes (deformações tectônicas, declividade e
formações superficiais), outros extrínsecos, como as intervençÕes antropogênicas
associadas à substituiçáo da Mata Seca Subcaducifólia por pastagem, tenham
favorecido o desencadeamento de tais pÍocessos.

RcA- RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
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CGH CARANGOLA IV
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Figura 35. Deslizamento de massa na seção final da CGH Garangola lV (All).

l, I
;

d
.-

Figura 36. Deslizamentos de massa na se@o Figura 37. Deslizamentos de massa na seção
superior do aproveitamento da CGH Carangola lV. superior do aproveitamento da CGH Carangola lV.

No terço final do aproveitamento ainda pode ser evidenciada cicatriz de deslizamento


revestida por gramíneas (Figura 38), que expressa bem o efeito do ressalto topográfico
no processo de cisalhamento.

-
RcA RELÂTÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL
CGH CARANGOLA IV
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CGH CARANGOLA IV
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Figura 38. Evidência de deslizamento de massa cicatrizado por gramínea, no


terço finalda CGH Carangola lV.

Considerando o projeto básico do empreendimento, torna-se importante advertir para a


vulnerabilidade do trecho previsto às intervençôes tecnogênicas associadas ao
empreendimento. A suscetibilidade aos processos morfogenéticos associados aos
deslizamentos de massa na área implica adoção de medidas apropriadas para atenuar
tais fenômenos, principalmente no trecfro desünado à implantaçáo da casa de força.

RCA - RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
70
CGH CARANGOLA IV
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Figura 39. Mapa de geomorfologia

RCA - RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
71
CGH CARANGOLA IV
omÉ
7.2.4. Pedologia

7.2.4.1 Metodologia

A caracterizaçáo pedológica regional partiu do mapeamento de solos e aptidáo agrícola


das terras no Estado de Minas Gerais (AMARAL et al,2OO4).

A caracterizaÉo pedológica da All resultou de observaçóes de campo, conforme


metodologia constante no Manual Técnico de Pedologia do IBGE (OLIVEIRA, 2007),
tendo como referência a escala de registro de 1:20.000.

O diagnóstico da AID fundamentou-se em levantamentos específicos na escala de


registro de 1:2.500. O levantamenlo foi considerado de média intensidade, tendo como
parâmetro os três primeiros níveis taxonômicos estabêlecidos pelo Sistema Brasileiro
de Classificaçáo dos Solos da EMBRAPA (1997, í999, 2006).

A identificação das classes de solo partiu de observações locais, considerando os


padróes texlurais do relevo, a partir dos quais foram feitas as conelaçóes pedológicas.
A seleção de padróes culminou na descriçáo de perÍis, considerando os seguintes
componentes morfológicos: profundidade e espessura dos horizontes e camadas, tipo
de transição (abrupta, grâdual, difusa), cor (com base na tabela de Munsell),
granulometda e textura (teor de areia, silte e argila), estrutura (granular, laminar, blocos,
prismática, colunar, cuneiforme), consistência (solta, macia, ligeiramente dura, dura,
muito dura, eíremamente dura), além de outros parâmetros como a cerosidade,
cimentaçáo, coesáo, eflorescência, nódulos e concreçóes. Os componentes quÍmicos,
como saturaçáo em bases e capacidade de troca de cátions, Íoram avaliados a partir de
informa@es secundárias e caracterÍsticas de uso do solo.

A avaliação da suscetibilidade dos solos à erosão levou em consideraÉo o


desenvolvimento Íisico das formaçôes pedogênicasT e o comporlamento texturals.

A aptidáo agrícola das tenas foi realizada com base na metodologia desenvolvida por
RAMALHO FILHO & BEEK (1995), considerando as seguintes classes de aptidão
agrícola (Tabêla í2):

7 Pouco profundos entre 50 e 100 cm; pÍofundos, acima dê 1OO cm; rasos, abaixo de 50 cm,
considerando a soma dos horizontes. Parte-se do princípio que quanto maior a profundidadê,
mênor a suscetibilidade à erosão.
I Texlura muito argilosa: >@% de argila; textjra argilosa, entrê 35 e 60oi6; textura média,
entre
15 e 30%; textura arênosa, abaixo de 150/6 de argila. Parte-se do princípio que quanlo maior o
teor de argíla, menoÍ a suscetibilidade à erosão.

RcA- RELATÓRIo oE coMTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
CGH CARANGOLA IV
om6'
(dslloM liicitar E Ítina

Tabela 12. Simbologia correspondente às classes de aptidáo agrícola das tenas.


Tipo de utilização
Pastagem Pastagem
Classe de Lavoura plantada Silvicultura natural
aptidão
Nívelde maneio Nívelde
Nívelde manejo B
A B c manejo A
Boa A B C P S N
Regular a b c p s n
Restrita (a) (b) (c) (p) (s) (n)
lnapta
Fonte: RAMALHO FILHO & BEEK (1995).

Os níveis de manejo das classes de aptidão agrí@la das terras são assim conceituados:

- Nível de manejo A (primitivo), baseado em pr"áticas agrícolas que refletem um baixo


nível técnico-cultural. Praticamente náo há aplicação de capital para manejo,
melhoramento e conservação das condições das tenas e das lavouras;

- Nível de manejo B (pouco desenvolvido), baseado em práticas agricolas que refletem


um nível tecnológico máIio. Caracteriz+se pela modesta aplicação de capital e de
resultados de pesquisas para manejo, melhoramento e conservação das condições das
terras e das lavouras;

- Nível de manejo C (desenvolvido), baseado em práticas agrícolas que refletem um alto


níveltecnológico. Caradeiza-se pela aplicaçáo intensiva de capital e de resultados de
pesquisas para manejo, melhoramento e @nservaçáo das condiçÕes das terras e das
lavouras. A motomecanizaçáo está presente nas diversas fases da operação agrícola.

O diagnostico da AID fundamentou-se em observação de perfis de solo, com descrição


de horizontes e avaliação dos principais componentes fisicos.

7.2.4.2. Caracteizaçãorcgional (All)

Com base no mapeamento de solos e aptidão agrícola das tenas no Estado de Minas
Gerais (AMARAL et al,2OC4), constatou-se que a bacia do rio Carangola prevalece a
ocorrência nos topos interflúviais os Latossolos Vermelho-Amarelos, enquanto nas
vertentes com declives acima de 50% dominam os Argissolos Vermelho-Amarelos.
Nas vertentes mais íngremes (declives em torno de 15OYo\, predominam
Cambissolos Háplicos, cascalhentos ou pedregosos. Nas superfícies alveolares
embutidas no domínio das colinas @nvexas predominam Gleissolos Háplicos.

ObservaçÕes realizadas permitem considerara existência de pelo menos quatro classes


de solos não hidromórficos na área: Latossolos Vermelho-Amarelos em relevos plano e
ondulado, correlacionados a
forma@s superÍiciais de coberturas; Argissolos
Vermelhos e Vermelho.Amarelos nos relevos muito ondulado e forte ondulado;
Cambissolos Háplicos nos relevos forte ondulados, montanhosos e escarpados; e os
Neossolos Flúvicos relacionados aos solos jovens e pouco evoluídos.

\-
RcA- RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
73
CGH CARANGOLA IV
omÉ
Observa-se umâ boa relaçáo entre as características morfológicas dos solos com
respectivas estruluras litoeíratigráficas. Nas faixas gnáissicâs, incluindo as rochas,
prevalecem Argissolos de textura argilosa, apresentando horizonte superficial de
coloração mais escura, deconente da concentraçáo da matéria orgânica. Em
profundidade mostram compoÍtamentos distintos: ora represenlados por uma inteíace
constituída por regolitos bandados, dependendo a cor dâ liberaçáo do feno contido nos
minerais máÍicos, ora passando bruscamente a rocha fresca. Apresentam condiçóes
adequadas a uma vegetação de mala densa, hoje bastante degradada. Os anfibolitos
originam solos argilosos, de coloraÉo vermelha a maÍrom, laterizados na superfície
pelos óxidos de ferro hidratados. A cor ocre do regolito é pÍoporcionada pela fixaçáo de
compostos de feno e alumínio. Nos quartzÍtos prevalecem solos mais arenosos, de gráo
fino a grosso, essencialmente quartzoso. Nas áreas altas, mais secas, o solo é muito
pobre, do tipo Cambissolo Háplico.

Levantamentos de campo permitiram o Íeconhecimento de quatro classes de solos na


All, além da presença de Afloramentos de Rocha. A ordem e subordem das classes
en@ntradas foram as seguintês:

a) Latossolos Vermelho-Amarelo.
b) Argissolos Vemelho-Amarelo.
c) CambissolosHáplicos.
d) Neossolos Flúvims.

Apresenta-se a seguir, uma descriçáo sumária dâs principais classes de solos e


respectivas associações, considerando suas limitações agrícolas e suscetibilidade à
erosáo.

7 .2.4.2.1. Latossolos

Sáo solos de boa drenagem, identificados por um horizonle B latossólico sob os váÍios
tipos de horizontes diagnóslicos superticiais, exceto H hístico. Possuem boa drenagem
interna, condicionada por elevada porosidade e homogeneidade ao longo do perfil e,
em razào disto, elevada permeabilidade. Este Íato os coloca, quando em condições
naturais, como solos de boa resistência â erosáo de superficie (laminar e sulcos).

As caracterÍsticas fisicas sáo de boa drcnagem intema, boa aeraçáo e ausência de


impedimentos físicrs à mecanizaçáo e pênetração de raízes. Na A/D encontram-se
genericamente representados pela lextura argilosa. Trata-se, em todos os casos, de
solos muito inlemperizados, com relaçáo molecular Ki inferior a 1,9. Apresentam alta
saturação em alumínio, o que os caracteüa como álims, além de distróficos, com baixa
troca de bases. Sáo pouco expressivos em lermos de ocorÉncia.

Latossolo Vermelho-Amarelo

Sáo solos de cores vermelho-amareladas ou amarelo-avermelhadas, no matiz SyR na


maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B, inclusive BA. Sáo álicos, com
saturaçáo em alumínio superior a 50o/o. Apresentam textura argilosa com teores de
Fe:O: no horizontê B inferior a 9o/o, e muito argilosa, com teor de Fe2O3 que chega a

RcA- RELAÍóRIo DE coNÍRoLE ArirBtENÍ L


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
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CGH CARANGOLA IV
om6
10% Sáo profundos, com transiçóes entre os suboÍizontes, difusa e gradual,
acentuadamente e bem drenados. O tipo predominante de hoÍizonte A é o moderado,
com baixo teor de carbono oÍgânico.

- Pincioais limita@es ao uso aorícola.' Possuem boas condiçóes Íisicas, que aliadas ao
relevo plano ou fraco ondulado, onde geralmente ocoÍTem, favorecem sua utilizaçáo
com o emprego de mecanizaÉo. Os argilosos se pÍestam a exploraÉo com as mais
diversas culturas adaptadas ao clima da região, Os de textura média apresentam baixa
retençáo de umidade e de nutrientes aplicados, com restriçóes ao uso agrícola. Todos,
por serem ácidos e álicos, requerem sempÍe correçáo e fertilizaçáo- A ausência de
macro quanto de micronutÍientes é uma constante para estes solos.

- Suscetibilidade à
ercsão: Com relação à erosão superÍicial, apresentam boa
resistência em condiçôes naturais ou de bom manejo, o que se deve principalmente às
suas características ÍÍsicas que condicionam boa permeabilidade, com pouca formaÉo
de enxurradas na superficie. O uso intensivo a que sáo submetidos, principalmente os
de textura argilosa, tem gerado uma série de pÍoblemas ligados à compactaçáo. Estes
solos sáo muito suscetíveis à erosáo em profundidade, ravinas e voçorocas, pelas suas
características de eírutura granular, com pouca ou nenhuma Íesistência mecânica dos
agregados. Os de texlura média apresentam maior propensáo à incidência à erosáo em
profundidade.

- Área de oconência: Oconem de forma resrita nos topos interfluviais dos modelados
convexos, de baixo grau de dissecaçáo (relevo ondulado, fraco ondulado ou plano),
como ao longo do rio Carangola.

7.2.4.2.2. Aroissolos

São solos individualizados pela presença de horizonte B textural, localmente


caracterizados por aÍgila de atividade baixa (Ib), imediatamente abaixo do horizonte A
ou E (horizonte de perda). Outros requisitos identificam a referida classe, como a náo
existência de horizonte plíntico ou horizonte glei acima ou coincidente com o horizonte
B lextural. Na maioria são distróficos por apresentarem baixa saturaçáo de bases,
inferiores a 50%. ApÍesentam hoÍizonte A do tipo moderado ou pÍoeminentê e poucas
vezes chernozêmico.

Na All os argissolos foram identificados como Argissolos VeÍmelho-Amarelos Álicos e


Distróficos- Apresenta-se a seguir as pdncipais carac{eríslicas dos Argissolos:

Arqilossolo Vermelho-Amarelo

Apresentam cores vermelho-amareladas ou amarelo-avermelhadas (teor de FezOg


inferior ao do Argissolo Vermelho), no máiz 5YR, com valores maiores que 4 e cromas
maiores que 6, na maior parte dos pÍimeiÍos 100cm do horizonte B, inclusive BA.
Apresentam argila de atividade baixa [fb), com horizonle A moderado, ocorrendo
também A proeminente e chernozêmico. A textura do horizonte A geralmente tendê a
argiloso (em torno de 30% de argila), enquanto o horizonte B textural é tipicamente
argiloso (4Oo/o a 50o/o de argila), com mudança textural abrupla. Pela extensão que

RcA- RELATóR|o DE coNÍRoLE AMBTENÍAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
CGH CARANGOLA IV
om6
ocupam, prevalecem os solos álicos, com saturaçáo em alumínio superior a 50%, além
dos distróficos, com saturaçáo de bases inferior a 50o/o.

- Principais limitacôes ao uso aqrícola: Uma das principais limitações ao uso agrícola
está a topograÍia mais movimentada, com declives fortes, o que favorecem a atividade
erosiva (sulms), além da possibilidade de ocorrrância de paleopavimentos e bourders no
perfil, restritivos ao desenvolvimento dê raízes. Também sê deve considerar a baixa
fertilidade natural, com textura menos aEilosa na supeÍficial e presença de cascalhos
ou pedregosidades em algumas unidades.

- Susceptibilidade à erosão: Tais solos requerem cuidados especiais devido às


características intrínsecas como a alta decliüdade e presença de horizonte B textural
de baixa permeabilidade. A grande diferença textural entre os horizontes A e B favorece
o fluxo da água na superfície, com desenvolvimento de sulcos, podendo chegar a
ravinas. A declividade se constitui em sério agravante aos processos erosivos.

- Área de rrência : estáo relacionados ao relevo muito ondulado e forte ondulado.

7.2.4.2.3. Cambissolos

São mnstituídos por material mineral com horizonte B incipiente abaixo do horizonte A
ou de horizonte hííico, com espessura inferior a 40 cm. Apresentam-se rasos ou pouco
profundos, com pequena diferenciaçáo de horizontes, sem acumulaçáo de argila,
textura francGarenosa ou mais argilosa, podendo oconer cascalhos. As cores sáo
variáveis, desde amareladas até avermelhadas.

Cam Háplico

Os Cambissolos Háplicos sáo pouco profundos, com aÍgila de dividade baixa (Tb),
teíura média, horizonte A do tipo moderado. Náo apresenlam horízonte superÍicial
húmico ou elementos do complexo sortivo. Quanto à fertilidade natural são distróÍicos,
ou sêja, apresentam baka saturaçáo de bases. Possuem atividade de argila sempre
baixa, em geral superior a 13 mE/1009, Íelaçáo molecular Ki em torno de 2 e relaÇáo
silteiargila alta, invariavelmente superior a 0,7.

- Principais limitações ao uso aqrícola: a pequena profundidade, baixa fertilidade natural,


pedregosidade e declividade acentuada sáo as principais limitações ao uso agrícola.

-SusceotiOitiaaOe a : apresentam elevada erodibilidade determinada


principalmente por elevados teores de silte e pequena profundidade, além de estarem
associados a áreas bastante dissecadas (forte declive). Sulcos e raünas são muito
comuns sobre os mesmos.

- Área de ocorrência: Ocorrem associados aos Argissolos Vermelho-Amarelos, em


áreas de declives superiores a 150o/o, formâs aguçadas bastante dissecâdas (relevo
montanhoso e escarpado).

RcA- RELATóR|o oE coNÍRoLE AÍiIBtENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
76
CGH CARANGOLA IV
om6
7 .2.4.2.4. Neossolos

Os Neossolos se referem aos solos jovens, pouco evoluidos, desprovidos de um


horizonte B diagnóstico. Dêntre as subordens existentes, na área ocorre o Neossolo
Flúvico.

Neossolo Flúvico

Os Neossolos Flúvicos sáo solos derivados de sedimentos aluüais, com horizonte A


sotoposto ao hoÍizonte C, portador de camadas estÍáificdas, sem relaçáo
pedogenética entre si. Apresentâm um dos seguinles requisilos: distribuição inegular do
conteúdo de caÍbono orgânico em prcfundidade (dentro de 200 cm da supeúície do
solo) ou camadas e§ratificadas em 25oÁ ou mais do volume do solo (também dentro de
200 cm da superfície do solo).

São solos minerais náo hidromórficos, pouco evoluidos, formados a partir de depósitos
aluviais recentes.

Devido a sua origem, esses solos são muito heterogêneos quanto à texlura e demais
propriedades físicas e químicas. Trata-se de deposiçôes su@ssivas de natureza
aluvionar, relativamente recenles, onde ainda nâo houve tempo para o desenvolvimento
completo do perÍil do solo. Geralmente constituem os diques marginais do leito dos rios
e quase sempre estâo cobertos por vegetação ciliar.

- Princioais limitaÇóes ao uso aqrícola: Deconem dos riscos de inundaçáo por cheias
periódicas ou por acumulaçáo de água de chuvas na época de intensa pluviosidade. De
maneira geral, são mnsiderados de boa potencialidade âgrícola, mesmo os de baixa
saturaÉo de bases. EntÍetanto, a textura arenosÉl de alguns destes solos e a sua
elevada susceptibilidade à erosáo, coníituem sérias limitações ao seu aproveitamento
agrícola. As áreas de vázeas onde @orrem sáo de relevo plano, favorecendo a prática
de mecanizaçáo agrícola. Na maioria dos casos sáo faixas muito estreitas ao longo dos
rios.

- Susceotibilidade à erosáo: A erodibilidade depende do grau de heterogeneidade em


sua composiçáo. De maneira geral apresentam razoável vulnerabilidade à erosáo
laminar, por possuírem internamente, camadas de diferentes permeabilidades. Sáo
muito susc€tíveis à erosáo em profundidade (ravinas e boçorocas) em funçáo da
presença de camadas descontínuas e disiintas entre si.

- Áreas de ocorrência: Na área de estudo ocorem ao longo do rio Carangola, onde se


constata a presença de diques marginais.

7.2.4.3. Caracterização local (AID)

Com base em transec{os realizados na AID da CGH Carangola IV, foi constatado o
domínio dos Latossolos Vermelho-Amarelo na área do empreendimento, além de
Afloramentos de Rocha (ao longo do valê, principalmente na tomada da água). (Figura
44 - Mapa de pedologia).

RcA- RELATÓRIoDE coNÍRoLE AMBIENÍAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
77
CGH CARANGOLA IV
om6'
Apresenta-se a seguir, descriçáo morfológica dos perfis de Latossolos Vermelho-
Amarelo, levantados portodo o trecho da CGH Carangola lV.

7.2.4.3.1. LatossoloVermelho-Amarelo

Os Latossolos Vermelho-Amarelo representam toda extensão da AlD. Contornam desde


aâreada tomada d'água até o local previsto paÍa a implantação da casa de força. Estáo
associados a relevo ondulado, fraco ondulado ou plano, como ao longo do rio
Carangola.

Perfil í: localizado na parte superior do rio Carangola (Figura 40 e Figura 4í). Trata-
se de área com declive foúe, ocupado por pastagem, em plano de cisalhamento
(deslizamento de massa). Apresenta as seguintes características morfológicas:
\- Ap, 0-30 cm; vermelho Amarelo (SYR 5/5, úmido), silt, granular grosseira; ligeiramente
duro, friável, plástico, transição gradual e difusa.

42,30-75 cm; vermelho Amarelo (sYR 5/5, úmido), muito silt, pequena a média granular,
ligeiramente duro, friável, plástico e pegajoso;transição gradual e plana.

AB, 75-100 cm; vermelho Amarelo (SYR 616, úmido), argila Siltosa, moderada pequena
a média. Blocos angulares e subangulares, cerosidade comum e moderada, duro, firme,
muito plástico e pegajoso.

BW 1000-130 cm; bruno avermelhado (5YR 6/6, úmido), argila, plástico e pegajoso.

Figura 40. Perfil de Latossolo Vermelho-Amarelo na Figura 4í. Perfil de Latossolo Vermelho-Amarelo
seção superior da CGH Carangola lV. na seção superior da CGH Carangola lV.

Perfil 2= loe.alizado na parte superior, margem direita do rio Carangola (Figura 42 e


Figura 43), próximo ao local oposto previsto paÍa a descida do conduto, acima da casa
de força. Trata-se de área com declive relativamente forte.

Descriçáo morfológica:

RCA_ RELATÓRIo oE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
78
CGH CARANGOLA IV
om6
Ap, 0-45 cm; bruno forte (sYR 4/4, úmido), areia, moderada peguena a média granular;
ligeiramente duro, friável, plástico, transição gradual e difusa.

42,45-85 cm; bruno escuro (sYR 5/4, úmido), silt, fraca pequena a média granular,
ligeiramente duro, friável, plástico e pegaioso, transiçáo clara e plana.

B1t, 85-1 10 cm; bruno escuro (5,5YR 6/6, úmido), argiloso, moderada pequena a média
blocos angulares e subangulares, cerosidade comum e moderada, duro, firme, muito
plástico e muito pegajoso, transiçáo gradual e plana.

BC, í'10-140- cm; bruno escuro (5,5YR 6/6, úmido), argiloso, moderada pequena blocos
subangulares, cerosidade comum e moderada, duÍo, firme, muito plástico e muito
pegajoso.

Figura 42. Perfil de Latossolo Vermelho-Amarelo Figura 43. PerÍil de Letossolo Vermelho-Amarêlo
em alta vertente, acima do locál oposto previslo em a[ta vertente, acima do local oposto previsto
para a implantaÉo da casa de força da CGH para a implantação da casa de força da CGH
Carangola lV (talude de mrte em ressalto Carângola lV (taludê de corte em ressalto
topográfico). Veíente oolpada por pastagem. topográfico). Vertênte ocüpada por pastagem.

7 .2.4.3.2. Suscetibilidade dos solos à erosáo

Para AMARAL et al (2O0É.), quanto à suscetibilidâde erosiva das lenas, a área se insere
na categoria C4 (muito alto): tenas com limitações forles a muito forle à êrosáo, com
pouca eficiência na adoçáo de medidas viáveis, tanto técnica como economicamente,
para a sua conservaçáo.

Os Latossolos, em funçáo da maior profundidade e porosidade, além das condiÇôes


topográficas (relevo suave ondulado e plano), a infiltração tende a prevalecer em
condiÇôes naturais. Diante disso tornarn-se mais restritivos à erosáo em superfície,
embora existindo a possibilidade de erosáo em profundidade (ravinas e boçorocas)
quando submetidos a modalidades de uso e ocupaçáo intensivas.

Na AID os latossolos apresentam evidências de erosão laminar, com omnência reíÍta


de sulcos, o que pode seÍ justificâdo pelo domínio de pastagens. presença dê planos
dê cisalhamento e cicatrizes associadas a deslizamentos de massa sáo observadas

RcA- RELATóRto oE coNTRoLE AMBTENÍÂL


CGH CARANGOLA IV
TOIUBOS - MG
CGH CARANGOLA IV
om6^
(dsliffi §.ETat I &t^n^

pontualmente na parte superior do rio Carangola. No trecho preüsto para a implantação


doa cGH carangola lv não foi observado nenhum deslizamento de massa.

7.2.4.3.3. Aptidáo aorícola dos Solos

Com base no mapeamento de solos e aptidáo agrícola das tenas no Estado de Minas
Gerais (AMARAL et al,2OO4), a área se insere na classe 4p, terras pertencem à classe
de aptidáo regular para pastagem plantada, apresentando nivelde exigência F3 (alto):
terras com alta exigência de fertilizantes e conetivos para adequaçáo de seu estado
nutricional.

Com base na classiÍicação de RAMALHO FILHO & BEEK (1995), os Latossolos


Vermelho-Amarelo levantados na área apresenta a seguinte classiÍicação quanto à
aptidáo agricola (Tabela í3):

Tabela í3. ClassiÍicação dos solos na AID quanto à aptidão agrícola.


Classe de
Subgrupo Caracterização
Solo
Tenas pertencentes à classe de aptidão boa para lavouras nos
Latossolo lABC
níveis de maneio A, B e C
F,onte: ClassiÍicaçâo com base em RAMALHO FILHO& BEEK (1995).

Portanto, se caracteizam por uma aptidão boa para lavouras nos níveis de manejo A
(níveltecnológico primitivo) e B (níveltecnológico pouco desenvolüdo) e nível C (nível
tecnológico desenvolvido). Na AID os Latossolos encontram-se ocupados por
pastagens e remanescentes de vegetaçáo nativa.

Rcn - neuróRto DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
80
L
CGH CARANGOLA IV
om D
+
A + PVAr
l

It
't"
-iil

+ +

-1

ffi*i egenda
+
t- @ A§l - Afloramento ds Íoche
r:lCXbd ' Cambrssolo Háptco Tb drslróÍico

X O 20 rxl X,t
tH tÂd - Lalossolo Amarelo drstrófico
LVAd " Latossolo Vermrlho Amerelo drstróíico
PVAd - Ârgrssolo Vermelho Amcrelo drslróÍico
PVÂe " Ar§issolo Vsrmelho Amarelo eutroÍrco
Fonte CETEC MG/DPS UFV RLd - Neossolo Ldolrco drslrófico
E RLa - Neoesolo Li[olico eúróÍrco

\- Figura M.Mapa de pedologia

RCA- RELATÓRIO OE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
81
CGH CARANGOLA IV
om6^
7.2.5. Recursos Hidricos

7.2.5.1 Metodologia

O diagnóstico dos recursos hídricos na All se desenvolveu com base nos aspectos
hidrográficos e hidrologicos. Assim, contemplaram informaç&s fundamentadas em
parâmetros morfoestruturais e fluviométricos, tendo como suprte a série histórica da
estação fluviométrica Carangola (ANA), localizada no rio Carangola {Tabela í4},
pertencente à bacia do Rio Carangola.

Tabela 14. Estação Fluviométrica Carangola (rio Carangola)


Código 58930000
Nome CARANGOLA
Bacia 5 - ATúNTICO,TRECHO LESTE
Sub-bacia 58 - RIO PARAíBA DO SUL
Rio RIO CARANGOLA
Estado MINAS GERAIS
Município CARANGOI-A
Responsável ANA
Operadora CPRM
Latitude s 20" 44'24.AA"
Longitude w 42" 1'.26.04"
Area de Drenagem (km2) 773
Relaçáo ADssaçaJADccx o,74
Distância ate a CGH (km) 14,5
lnícío de dados jan/35
Fim de dados ago/18
Qesp,min 5,88
Qep,mea 16,36
Totalde anos 83
Totalde meses 1004
Meses com falhas 1

Falha mensal Q,100/o

A série de vazões médias mensais no local da CGH Crangola lV foi obtida por
transferência a partir da estação base pela proporcionalidade entre as respectivâs áreas
de drenagem, com a utilizaçáo da seguinte equação:

Ghe = Qe. Acc/Ae

onde,

Qcc = vazão máIia mensalem CGH Carangola lV (m3ls);

RCA - RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
82
CGH CARANGOLA IV
om6
Qs = vazáo mália mensal na estaçáo base (m3/s);
Acc = área de drenagem em CGH Carangola lV (1.040 km2);
Ae = área de drenagem na estaçáo base (773 km2);

assrm:

Qcc = 1,345407503 Qe

A avaliaçâo das cheias afluentes ao local do aproveitamento baseou-se na análise de


frequência das vazôes máximas anuais registradas no posto fluviomárico Carangola,
localizado no rio Carangola.

Foram ajustadas diveÍsas distribuições de pÍobabilidade à série de vazóes máximas


para o período completo e o pêríodo seco.

Para o posto adotou-se a distribuiÉo Exponencial por apresentar melhor ajuste e


apresentar valores mais conservadores para maiores tempos de recorrência.

Os quantis de vazôes máximâs para o eixo do aproveitamento foram obtidos pela


propoçáo direta entre a área de drenagem do posto e do eixo do apÍoveitamento.

O posto fluviométrico utilizado náo possui registrador de nível d'água, sendo que as
leituras de regua ocorrem apenas duas vezes por dia. Assim, os valores obtidos para
as vazóes máximas médias diárias (Qmed) foram convertidos em valores máximos
instantâneos (Qinst) pela expressão empírica de Fuller, dada por:

Qlnst = Qrnea
* (1 +(2,66rA0r»,

onde A é a área de drenagem da bacia hidrográÍica, em km2.

Para o local da CGH, cuja área de drenagem é 1.040 km2, o velor do coeÍiciente é
'1,330957.

Para a determinaçáo do transpoÍte sólido na bacia do Rio Vennelho, recorreu-se à


publicaÉo da
Eletrobrás (í 992), intitulada "Diagnósüco das condiçôes
Sedimentologicas dos Principais Rios Brasileiros'. Nessa publicação consta uma
primeira aproximaÉo de uma regiondiza@ da concentraçáo média anual em
suspensáo e a descarga úlida especíÍica em dezenove regióes do Brasil, consideradas
homogêneas do ponlo de üsta de erosiüdade das chuvas, erodibilidade dos solos e
cobertura vegetal.

De acordo com a publicaçáo a bacia hidrográfica do Rio Carangola enquadra-se à região


denominada E6, Zona Mineira, correspondente à bacia do Alto Sáo Francisco e bacias
vizinhas, tanto a leste da Serra do Espinhaço como nas cabecêiras dos rios Grande e
Paranaíba. A caracteríslica da região é de relevo acentuado e a vegetâção pouco densa,
resultante de uma intensa aÉo pÍedâtória do homem. A variabilidade pronunciada dos
solos e da erosiüdade das chuvas fazem com que comportamento o
hidrossedimentológico dos rios seja complexo, mas de qualquer maneira, marcado por

RcA- RELAÍóRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
83
CGH CARANGOLA IV
om6
altos valores de concentraÉo média anual (CMA) e de taxas de erosáo. A primeira pode
variar de '100 a 1.200 mg/|, em tomo de uma média da oÍdem de 31S mg[, e a segunda
de 90 a 1.500 Ukm2/ano, em torno de uma média de 250 Ukmlano em bacia de S.0OO
km'.
O volume de sólido anual estimado para o local do aproveitamento para a taxa média
de 250 Ukm2/ano resultou em 260.000 ton/ano.
Para o cálculo da vida útil dos reservatórios foi utilizado o método dinâmico, que se vale
da curva de Churchill, cuja aplicaçáo é recomendada para pequenos reservatórios pelas
diretrizes constantes no manual "Guia de Avaliaçáo de Assoreamento de
Reservatórios", ANEEL, 2000.
Com base no volume do reservatório, vazáo media de longo termo no local e
comprimento do reservatório pode-se estimar o índice de Setimentaçáo de cada
reservatório a partir da fórmula apresentada a seguir:

1S = Vr'?l (Q'z . L)
onde,

IS = índice de sedimentação;
Vr = volume total do reservalório em m3;
o = vazâo máJia de longo termo afluenle em m3/s;
L = comprimento do reservalório em m.

Calcula-se o volume anual de sedimentos pela seguinte equaçâo:

S=Dsr.En/yap
onde:

S = volume anual de sedimentos em m3/ano;


Dsr = deflúvio solido médio anual em t/ano;
En = eficiência de retenção;
Tâp = peso especíÍico aparente (Um3).

Para o peso específico apaÍente adotou-se o valor igual a 1,3 Um!.

O tempo previ§o de assore€lmento do reseÍvatório é dado pela equaçáo

T=Vr/S
onde:

T = tempo de assoreamento em anos;


Vr = volume total do reservatóÍio em m3;
S = volume anual de sedimentos em ms/ano.

A avaliaÇâo do potencial das águas superftciais fundamenta-se em metodologia


desenvolüda por STAMFORD eú a/ (1981). A avatiaÉo da disponibitidade hídrica áe
superfície foi calculada com base no escoamento (r), àxpressa dã seguinte forma: r p
=

RcA- RELÁTóR|o DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
84
CGH CARANGOLA IV
.grnÉ'
- (l + ER), onde P corresponde à precipitação pluviométrica, I à infiltraçâo e ER à
evapotranspiraçáo real. O volume de água disponívelfoiavaliado pelo potenciat hídrico
de superfície, através de classes de qualidade, traduzido em intervalos de quantidade
em relação à capacidade de geração de água pr unidade de área, durante determinado
tempo (m3lkm2lano)e.

A avaliação do potencial dos recursos hídricos subterrâneos foi realizada com base em
estudos desenvolvidos por GONÇALVES, SCUDINO & SOBREIRA (2003), os quais
correlacionam o domínio hidrogeológico com a vazâo específica e condutividade elétrica
de poços tubulares.

7.2.5.2. Considerações Fluvioméfncas


Tendo como referência a estação fluviométrica Carangola (1935/2018), localizada no rio
Carangola, que integra a bacia hidrqÉfica do rio Paraíba do Sul, a média anual da
série histórica é de 12,65 m3ls, com as maiores descargas nos rneses de novembro a
abril (igual ou acima de 12,29 m3/s), com destaque para o mês de janeiro, 25,81 m3/s, e
as menores nos meses de maio a outubro ( abaixo de 4,55 m3/s), com destaque para
os meses de agosto e setembro com 4,64 e 4,55 m3/s, respectivamente. O coeficiente
de variação indica que os meses que apresentaram maiores discrepâncias e maiores
desvios nos valores da série histórica sáo os meses de Agoslo e outubro, (Tabela í5).

O ritmo fluviométrico anual demonstra boa relação com a distribuição pluviométrica com
retardo de um a dois meses em função do comportamento hídrico do solo: retirada
hídrica a partir do mês de abril com reÍlexos na redução das descargas a partir de junho,
e reposiçáo hídrica a partir do mês de outubro, com reflexos no aumento das vazões a
partir do mês de novembro.

Tabela í5. Carangola - Vazões Médias Mensais


Fonte: Hidroweb-ANA
ANO Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Sêt Out Nov Dez MÉDIA
1935 26,35 64,27 30,26 24,78 12,06 7,94 6,36 4,94 4,37 5,§7 6,92 16,80 16,89
1936 9,ô1 16,ô4 16,72 13,30 7,39 6,22 4,75 4,08 4,2',1 ô,16 8,52 9,96 8,96
1937 35,97 52,85 17,38 16,70 14,10 8,35 6,32 4,51 3,ô9 4,90 9,89 44,43 18,26
í938 18,85 12,43 9,51 12,99 7,72 6,fr 4,63 4,69 3,99 5,36 9,91 20,03 9,73
1939 28,52 31,O2 12,42 8,47 5,91 4,31 4,07 3,26 3,60 3,61 3,'t9 5,55 9,46
í940 7,14 10,24 18,81 12,38 6,79 4,73 3,41 2,99 3,98 4,73 25,23 16,70 9,76
1941 19,50 12,22 20,63 19,96 8,93 6,53 7,41 4,O7 5,49 9,75 8,34 28,82 12,64
1942 54,89 27,28 1ô,84 12,74 9,ô8 6,82 5,39 4,21 4,0ô 6,36 14,46 ô1,60 18,69
Í943 70,79 34,51 §,75 21,39 12,89 10,13 7,37 6,10 4,69 8.47 9,93 43,20 22,18
1944 23,46 39,55 21,57 14,50 10,60 7,52 6,03 4,87 3,65 3,31 5,28 17,09 13,12
1945 39,70 27,17 30,49 25,57 14,68 10,27 7,45 5,86 4,81 5,80 11,53 22,O7 17,12
1946 25,58 13,94 12,97 18,50 9,99 7,25 5,55 4,41 3,74 4,28 6,98 11,67 10,40
1947 12,02 7,10 19,45 '11,12 6,82 5,10 4,80 4,57 4.92 5,46 11,92 25,41 9,89
í948 19,68 10,29 17,41 9,95 7,43 5,90 4,31 3,34 2,90 6,42 7,12 50,38 12,14

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
85
CGH CARANGOLA IV
om6^
ANO Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez MEDIA
í949 55,25 70,48 37,69 28,26 14,55 í0,83 9,41 6,98 5,58 9,62 12,54 18,41 23,30
1950 28,94 23,77 17,35 18,52 10,80 7,79 6,18 4,ri5 4,44 4,48 12,48 31,25 14,22
1951 20,36 25,52 24,42 18,35 11,6ô 8,74 6,71 5,12 4,00 3,88 3,02 15,23 12,25
í952 46,01 46,10 44,49 24,26 13,87 10,49 8,08 6,02 6,67 5,52 16,55 27,59 21,30
1953 11,57 17,89 12,93 11,43 8,37 5,88 4,67 4,'..t8 4,90 5,62 10,16 23,48 10,10
í954 17,95 8,97 8,18 8,70 6,24 4,43 3,78 2,-,78 2,27 2,22 3,92 6,17 6,30
í955 10,68 5,15 4,87 7,79 6,51 4,70 3,01 2,14 1,52 2,39 7,35 10,73 5,57
1956 9,52 3,65 6,52 3,60 3,66 3,34 2,69 2,122 0,98 2,71 7,40 23,95 5,85
1957 17,88 10,60 14,57 15,50 9,14 5,99 4,09 3,16 3,01 3,35 9,49 27,81 í0,38
1958 10,76 8,62 7,18 12,19 9,54 5,96 6,59 4,.10 4,55 ô,76 13,51 9,18 8,27
1959 14,O7 4,10 11,77 7,49 4,77 3,27 2,47 2,?-O 1,55 3,23 11,14 14,2s 6,69
í960 27,60 25,82 42,30 20,05 12,24 8,89 6,85 5,'r0 5,59 3,90 7,29 't9,79 í5,45
196í 37,71 31,36 9,13 6,85 4,99 3,70 2,92 2,32 1,80 1,83 2,58 3,45 9,05
í962 10,52 23,24 14,40 7,94 5,93 4,59 4,09 3,05 3,92 4,55 7,94 26,93 9,76
í963 10,42 9,8't 6,10 5,42 3,51 2,88 3,08 3,,+O 2,32 2,',t2 3,12 2,60 4,56
1964 8,31 20,41 11,59 9,37 5,92 4,79 6,61 4,t)9 4,08 9,58 11,99 26,72 10,36
í965 28,98 27,fi 32,39 19,ô1 18,53 12,59 10,35 6,'77 6,57 12,16 19,94 20,53 18,00
1966 30,81 13,87 10,61 10,85 7,82 5,94 5,49 3,'r5 3,01 4,57 12,95 23,85 11,13
í967 28,41 30,62 28,01 21,48 12,80 10,36 8,43 5,.45 4,58 4,61 13,45 23,96 í6,01
í968 35,71 17,94 29,97 19,24 't0,76 8,37 6,82 5,97 8,19 9,98 9,59 24,64 15,60
1969 12,89 12,00 11,06 9,82 7,23 ô,61 6,21 4,i)7 3,02 6,11 14,71 32,59 10,59
í970 27,18 14,81 11,62 í 1,85 8,56 ô,03 5,42 5,11 9,11 9,71 16,96 16,65 11,92
1971 9,61 7,32 10,65 7,15 5,00 4,98 4,03 3,:17 5,69 '13,86 42,97 34,30 12,41
1972 15,53 14,O2 19,59 14,38 9,01 6,32 8,05 5,:51 5,14 7,19 17,53 20,66 í í,91
í973 18,87 14,43 22,41 18,97 11,il 8,92 7,& 6,:35 5,60 10,93 12,70 11,55 12,50
1974 22,66 13,18 10,27 10,90 7,65 5,43 4,16 3,;35 3,02 6,72 5,61 15,74 9,í0
1975 30,16 20,30 12,40 10,00 7,55 6,08 7,75 4,30 4,31 6,81 19,89 17,13 12,22
í976 9,32 6,88 6,64 5,32 5,11 3,68 4,47 3,75 9,64 10,64 17,87 24,72 9,00
1977 22,71 13,87 11,32 '14,53 8,26 6,33 4,97 3,33 4,78 6,06 25,74 37,89 13,36
1978 31,34 20,90 13,35 11,16 10,27 9,52 7,27 5,.45 5,65 9,í5 9,71 30,51 í3,69
í979 52,42 122,80 6,92 28,63 18,88 '14,56 12,07 10,o2 8,69 7,45 17,92 19,37 29,98
1980 35,01 24,69 14,90 21,13 13,91 10,03 8,37 7,65 6,39 6,27 8,32 21,06 14,9'l
í98í 15,37 12,41 14,6 11,05 8,21 14,20 6,84 5,17 1,39 4,51 34,71 24,16 12,31
1982 33,88 20,09 34,28 24,03 14,92 11,62 8,69 ô,97 5,57 5,85 5,04 9,ô0 15,04
1983 24,87 16,78 17,26 15,10 12,46 10,08 8,34 6,?2 6,57 17,26 16,15 31,15 í5,íg
1984 20,1s 13,40 12,39 12,18 7,il 6,10 4,89 5,46 5,58 7,56 11,08 32,89 1 í,60
í985 75,08 43,00 34,29 22,74 15,38 9,95 9,29 I, C8 9,25 11,24 12,69 21,43 22,70
í986 23,90 15,81 't2,33 9,08 6,95 5,39 4,59 6,20 4,09 3,34 5,31 't3,17 9,íg
1987 20,00 14,86 17,21 15,29 10,73 7,10 4,96 3,75 5,03 5,A2 7,77 26,65 í,53
í
1988 22,18 22,49 18,ô3 16,35 10,84 7,95 6,25 5,28 3,53 5,80 6,84 9,46 1í,30
í989 9,32 11,33 11,48 7,U 7,32 7,62 5,69 5,84 4,08 9,80 17,51 18,05 9,66
1990 7,77 1',t,26 7,58 7,ô9 4,65 3,87 4,51 4,13 3,72 6,02 5,66 7,88 6,23
199í 23,77 27,07 32,22 26,05 13,19 8,69 ô,35 5,29 6,13 8,52 í3,43 12,26 15,25
1992 16,48 12,93 19,22 10,76 7,56 5,49 4,46 5,83 7,32 15,12 27,77 31,91 12,99
1993 27,22 7,37 7,05 16,00 11,23 6,81 4,46 3,23 3,ô4 4,U 4,69 13,01 9,06
í994 32,48 5,61 21,52 6,45 'to,45 10,56 8,89 4,31 2,13 2,46 5,50 9,41 9,98

Rcn- RelnróRto DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG

86
CGH CARANGOLA IV
om6'
ANO Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Sêt Out Nov Dez MÉDn
í995 6,00 5,63 6,41 5,52 3,97 2,68 2,47 1,12 0,80 2,69 16,31 27,21 6,70
1996 33,53 18,57 22,75 10,23 7,81 5,81 4,33 3,30 9,22 10,90 26,16 27,60 15,02
1997 65,58 18,50 22,00 13,26 8,68 7,73 5,79 4,76 4,S8 8,18 13,53 33,68 17,22
1998 29,28 17,47 10,55 9,35 8,01 6,27 4,78 5,42 3,ô0 7,63 15,67 13,55 10,93
1999 23,01 10,07 20,99 9,95 6,98 ô,03 4,82 3,75 3,38 6,06 15,63 22,99 l',1,14
2000 17,12 17,54 24,79 13,17 8,37 7,24 5,66 5,12 5,54 5,73 14,23 30,14 12,56
2401 33,62 13,42 1 1,Í5 7,24 6,43 5,35 4,19 3,58 3,93 5,56 't5,52 16,03 í0,50
2402 2ô,90 25,47 17,8ô 10,37 8,93 6,77 ô,29 4,13 5,98 4,52 9,s2 22,96 12,47
2003 86,30 23,56 14,91 10,82 8,35 6,08 5,21 5,73 5,75 4,70 6,87 11,31 í5,80
2004 1ô,70 26,52 22,12 17,92 11,72 s,54 8,23 6,18 4,00 5,55 6,21 32,09 13,90
2005 28,O2 35,45 63,32 27,99 17,4ô 12,S 9,90 7,75 7,36 6,26 20,65 38,63 22,98
2006 17,15 11,94 16,69 't3,31 8,&1 6,92 5,29 4,34 5,45 9,09 15,24 27,79 11,82
2AA7 58,79 44,90 21,34 17,47 12,42 8,74 6,32 4,69 3,81 4,25 6,79 15,67 17,O3
\-, 2008 12,49 23,28 16,51 't5,71 10,35 8,86 6,58 4,36 6,39 4,39 21,12 59,81 15,82
2009 82,3í 44,68 35,07 37,90 17,23 14,38 10.26 7,93 7,76 13,65 't 1,63 23,43 25,52
20Í0 19,09 8,29 12,25 14,27 6,62 5,05 4,16 3,14 2,62 4,71 25,1 3 37,28 1 í,55
2011 29,53 13,18 55,92 33,68 1õ,41 11,25 8,42 5,16 4,41 8,76 12,96 30,41 í9,14
2412 40,54 14,75 14,34 11,79 14,19 8,27 6,38 4,70 3,94 3,28 11,50 6,17 11,65
2413 10,82 15,52 14,73 14,68 9,18 6,79 4,99 3,48 3,41 3,§8 7,6ô 31,59 10,54
2014 12,85 8,76 9,í8 13,34 6,92 5,37 4,24 3,49 2,35 2,80 10,56 8,24 7,35
2015 3,71 3,04 3,90 4,33 5,73 4,02 2,91 2,28 3,55 4,93 2,00 7,53 3,99
20í6 9,O2 4,32 4,83 2,85 2,51 3,U 1,74 1,27 1,4 1,90 11,19 22,57 5,58
2017 7,15 6,08 5,88 5,07 4,52 3,09 2,60 1,78 1,27 1,47 4,27 12,62 4,62
20í8 4,51 z',t,25 31,54 15,01 9,42 5,59 4,35 5,72 4,55 6,2S 12,29 22,37 I 1,91
MEDIA 25,81 20,62 18,71 14,17 9,42 7,14 5,81 4,64 4,55 6,28 12,29 22,37 12,65
DESVPAD 17,43 't7,05 11,59 6,86 3,60 2,61 2,06 1,58 1,95 3,15 7,14 11,52 7,21

0,00 Falha preenchida com a respectiva média histórica mensal da estação Carangola

\-, Tabela í6. Vazões Máximas. - Perídoso Com

Carangola CGH Carangola lV


TR
(anos)
Yazâo máxima Vazáa máxima Vazâo lnstantânea
(m3is) (m3ls) (m3/s)

2 82,34 11CI,9 147,4


5 121,6 163,6 217,7
10 147,6 198,6 264,3
25 180,4 242,7 323,0
50 204,8 275,5 366,7
100 228,9 308,0 409,9
200 253 34A,4 453,0
50CI 284,8 383,2 510,0

\-,
Rcn_ RETRTÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTÀL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
87
CGH CARANGOLA IV
om6
(q4rmailgt tEEtina

A permanência das vazões médias previstas para 95% do tempo na CGH Carangola lV
(Tabela 17) e de 4,06 m3ls ou superior. Observamos que as médias mensais dificilmente
ultrapassam os 25,0 m3/s em condiçÕes nonnais.

Tabela í7. Permanência de Vazões Médias Mensaís em CGH Carangola lV


oÁ do Yazáo
Tempo 1m3/s)
1o/o 80,44
5o/o 45,32
1Ao/o 36,53
15o/o 29,74
2Oo/o 24,88
25% 21,22
30% 18,65
35% 16,38
40o/o 14,56
45o/o 13,33
50o/o 11,92
55% 10,51
60% 9,55
65o/o 8,56
7Oo/o 7,90
75o/o 7,27
800/ 6,43
85o/o 5,80
90o/o 5,01
95% 4,06
99o/o 2,28

7.2.5.3. Potencial dos Recursos Hídncos

Foi selecionada a estaçáo Carangola localizada na bacia do Rio Carangola, proxima do


aproveitamento, operada pela ANA com a finalidade de extrapolação para o local de
interesse. A Tabela í8 apresenta as principais características da estação selecionada.

Tabela í8. Estação Fluviométrica Selecionada.

Ánee OBSERVAÇÃO
coDtGo ESTAÇÂO Rto LAT LONG.
(km2) rNlcto FIM

58930000 Carangola Carangola -2O:44,,24 42:1:26 773 Jan 35 Ago 18

Rce Retnrónto DE coNTRoLE AMBTENTAL


-
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
88
CGH CARANGOLA IV gm.É'
As amostras de vazÕes anuais foram selecionadas considerando o ano civil fianeiro a
dezembro). A Tabela í9 apresenta as vazões mínimas diárias anuais para o posto
fluviométrico Carangola (58930000). A Tabela 20 apresenta os valores obtidos de
vazÕes mínimas mensais a partir das mínimas médias diárias de 7 dias consecutivos e
os valores mínimos anuais da estação fluviométrica de referência Carangola
(58e30000).

Tabela í9. Estação Fluviométrica Yazôe Mínimas Diárias Anuais


ANO Clmin ANO Qmin ANO Qmin ANO Qmin
1935 3,77 1956 0,73 1577 3,35 1998 2,67
í936 2,71 í957 1,43 1978 3,75 í999 2,67
1937 3,22 1958 2,89 1979 5,98 2000 2,67
1938 2,84 1S59 1,18 1980 3,93 2001 2,54

\., í939 1,79 1960 2,38 1981 1,11 2402 2,79


í940 2,23 196í 1,45 í982 3,35 2003 2,92
1941 3,30 1962 2,14 1983 4,58 2044 3,04
1942 3,M í963 0,56 1984 3,10 2005 3,87
ígr[i} 4,42 1964 1,19 1985 5,96 2006 2,92
194É 2,14 1965 4,73 í986 2,16 zo07 2,79
1945 3,36 1966 2,27 1987 2,39 2008 2,92
í946 3,22 í967 3,23 1988 3,'í0 200s 5,81
1947 2,59 1968 4,73 1989 3,35 2010 2,43
í948 1,58 1969 2,39 í990 2,16 2011 4,42
í949 4,65 í970 3,88 1991 3,88 2012 1,77
í950 3,49 1971 3,10 í992 3,88 20í3 2,31
í95í 2,4',1 1972 3,61 1993 2,16 2014 1,39
1952 4,35 1973 4,44 1994 1,08 2015 1,01

1953 2,84 1974 2,1ô 1995 0,66 20't6 0,90


1954 1,24 í975 3,23 í99ô 2,92 2417 o,72
1955 0,65 1976 2,8ô 1997 3,04 20í8 1,81

Tabela 20. Estação Fluviométríca Carangola lV - Vazões Médias Diárias de 7 dias Consecutivos
Mínimas Mensais e Anuais
ANO Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez MíN a7
1935 16,47 21.49 20,08 10,83 8,81 ô,17 4,89 4,54 4.12 5.05 1,12
í936 11,79 8,69 6.21 4,53 4,30 3,81 3,22 3,04 5,74 6,68 3,04
1937 8.22 23,16 13,30 10,62 9,52 ô.43 4,3ô 3,87 3,i14 3,57 5,60 11,79 3,44
í938 10,55 9,01 7,U 6,87 5,88 4.52 4.04 3,84 3,28 3,10 4,37 8,58 3.í0
1939 12.58 16.50 8,08 5,67 4,45 4,O1 3.21 3.13 ?,54 2,67 2,47 2,12 2,12
1940 2,52 6,41 8.48 7,29 4,73 3,39 3,09 2,59 2.55 2.44 5,95 11,95 2,M
194í 1 1,19 9,67 11,22 9.29 7,65 5,66 3,94 3,62 3,77 7.13 6,50 11,81 3,62
1942 26,47 16,26 12.46 9.5ô 7.4',1 5.36 4,57 3,79 3,56 3.83 10.38 36.24 3,56

RcA- RELATóRIo oE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
89
\-, CGH CARANGOLA IV om6
ailuü0^É*rt tcaciÀ[a

ANO Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez MíN a7
1943 39,91 27,49 18,11 14,31 10,2ô 7,00 5,75 4,88 4,28 4,17 6,13 12,65 4,17
1944 15,12 18,17 14,30 10,08 7,44 6,16 5,m 3,65 3,30 2,31 3,54 8,00 2,31
í94It 13,51 17,ô8 20,20 14,32 10,81 7,v 5,92 4,66 4,35 3,ô1 7,84 6,15 3,61
í946 17,20 9,87 8,49 9,50 6,88 5,85 4,26 3,87 3,38 3,32 3,85 4,82 3,32
1947 7,17 5,72 5,41 7,82 5,14 4,51 4,20 3,71 3,69 2,86 7,80 8,56 2,86
1948 8,92 8,76 6,51 7.31 5,31 4,26 3,71 2,27 1,94 2.U 2,U 14.62 í,94
1949 32,84 38,96 26,44 12,71 10,65 8,46 7,33 5.25 4,80 4,65 8,03 8,35 4,65
1950 12,29 17,11 11,88 9,12 8,61 6,15 4,50 4.22 3,81 3,69 4,43 12,60 3,69
1951 15,15 10,00 14,85 12.34 9.13 6./$3 5.07 4,10 3.51 3,28 2,07 5,88 2,07
1952 16,58 32,97 29,09 15.12 Í0.28 8.71 ô,40 5,54 5,32 4,71 6,52 13,97 4,71
1953 8,14 9,36 10,34 8,58 5,98 4.56 4,26 4,10 3,33 3,31 5,63 8,62 3,31
1954 9,08 4,48 4,89 5.41 4.54 3.55 3,19 2,13 1,89 1,52 2,34 1,93 1,52
1955 o.92 3,01 2.83 4,44 3,96 3,24 2,16 1,5ô 1,45 1,42 5,40 2,72 0,92
1956 3,75 2,87 3.22 3,23 2.78 2,76 1,59 1,18 0,81 2,38 2,99 8,ô4 0,81
1957 10,89 9,18 7.32 7.80 5.87 4,v 2,S0 2,59 2,49 2,37 3,19 10,50 2,37
1958 7,75 4,26 5,ô1 6.58 6.14 4,54 3,80 3,64 3,44 3,24 4,47 6,45 3,24
1959 7.31 3,62 6,40 5,05 3,23 2,59 '!.87 1,68 't,33 1,38 3,76 5,67 1,33
1960 8,10 13.92 16,77 13,51 10,65 7,41 5,15 4,72 3,62 2,56 3,10 1"t,75 2,56
1961 11.42 11.29 6,94 4,40 4,14 3,00 2,24 1,87 1,62 1,45 '1,97 1,80 1,4{t
í962 4.59 10.71 10,05 5,91 4,65 4,11 2,79 2,61 2.§ 4,O2 4,O2 6,09 2,36
1963 8,14 4,41 4,12 3,22 3,09 2,54 2,39 2,25 1,88 1,68 1.27 4.73 0,73
í964 4.67 9,04 7,46 5,97 4,99 4,52 4,51 4,16 3,61 3,95 7,56 17.77 3,61
1965 21.38 21,38 17,48 16,71 13,66 10,Í3 7,A7 4.73 4.42 7.4ô 14.67 15,34 4,73
1966 13,90 11.27 8,71 8,09 5,92 5,18 3,51 3,32 2,86 2.67 6,51 12.44 2,67
1967 18,97 18,78 19,54 11,23 10,58 7.?3 5,55 4,84 4.24 3,39 4.00 14,71 3,39
í968 16,55 13,15 17,31 10,49 8,73 6,88 5.99 5,50 5.44 5.84 7,67 11,19 5,44
1969 8,29 8,05 8,19 7,79 6,96 5,03 4,40 3.05 2.74 2.47 10,26 18,89 2,47
1970 16,41 11,96 s,05 7,54 6,85 5,29 4,85 4.M 6.2? 5,69 7,9',1 9,0ô 4,04
1971 6,47 4,92 6,45 5,42 4,36 3.77 3,61 3,21 3,35 5,79 14,88 20,29 3,21
1972 12,26 10,45 14,61 9,01 ô,56 5.49 4,57 4,44 4,19 4,99 5,57 15,79 4,19
í973 13,54 10,13 9,46 '11,ú 9,14 6.89 6,42 5,65 5,03 4,78 9,ô6 10,35 4,78
1974 11,47 7,98 7,01 7,03 6.75 4.35 3.ô9 2,56 2,31 2,72 4,14 6,70 2,31
1975 15,70 14,52 8,65 7.72 6.53 5,21 5,07 3,82 3,30 4,57 8,97 9,4ô 3,30
í976 5,81 4,ô8 4,30 4,65 4.41 3.34 3,29 2,92 3,27 6,11 7,43 13,53 2,92
1977 14,80 11,11 7,98 7.45 6.34 4.74 3,68 3,39 3,45 4,18 11,30 18,50 3.39
1978 17,84 13,ô9 10,38 9,12 7.71 7.39 5,12 4,77 4,44 3,86 4,94 16,42 3,86
1979 22,56 54,30 31,31 20,87 14,82 12,41 10,37 8,24 7,76 6,58 10,45 10.41 6,58
1980 20,66 15,57 13,04 11,74 10,54 8,05 7,52 6,81 5,31 5,29 4,95 10,35 4,95
í98í 1 1,19 í0,30 9,00 8.85 7.43 6,70 3,30 2,14 1,11 2,65 5.12 16.14 1,11
1982 17,12 15,30 18,37 15,17 11,93 8.23 6,58 5,84 4,31 4,14 3,96 5,12 3,96
1983 15,12 14,15 14,12 12,37 8,66 7.42 6,01 5,64 4,73 5,68 12,60 15,71 4,73
í984 12.34 9.59 7,83 8,06 ô,08 5,01 4.56 3,90 4,52 3,47 3,43 21,70 3,43
1985 32,39 27.36 22.52 15,17 9,75 8,27 7,73 6.90 6,85 7,06 8,27 10,13 6,85
í986 11,03 11,51 8,18 6,84 5,18 4,73 4,44 3,60 3,35 2.24 2,51 3,71 2,24
1987 6,36 11,74 10,96 8,2ô 7,38 4,85 3,5í 3,10 2.92 3.20 3,09 14,61 2,92
1988 12.66 13,O7 12,57 9,20 8,07 6.72 4,63 3,82 3,21 3,44 4,20 4.01 3,21

RCA - RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
90
CGH CARANGOLA IV
om6'
(ilsloiu
^i4itrr
É
^ciim

ANO Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez MíN 07
1989 5,85 6,20 6,47 6,54 6,26 5,55 4,42 3,96 3,41 7,46 10,12 6,51 3,41
1990 4,99 4,40 5,75 4,52 3,42 3,23 3,23 3,54 3,43 2,39 2,31 3,92 2,31
1991 8,28 22,95 12,O1 14,94 9,16 5,89 4,99 4,80 3,96 5,14 6,53 8,69 3,96
í992 11.73 8,27 8,88 6,64 6,38 4,47 4,18 3,88 5,64 7,77 14,70 7,47 3,88
1993 13,45 6,32 5,51 8,44 8,22 4,51 3,64 2.54 2.91 2,94 2,93 3,97 2,34
1994 5,41 4,03 5,05 4,54 5,43 9,31 3,87 2.59 1,58 1,16 3,99 4.20 í,16
ís95 3,09 4,53 4,80 3,79 2,83 1,95 1,06 0,82 o.74 0,74 6,27 11,05 o.74
1996 22,37 12,10 7,77 7,62 5.21 3,66 3,21 3.14 4,45 6,09 10,95 19,67 3,14
1997 23,25 14,91 14,63 9,24 7.77 5.54 4.24 3,88 3.23 3.31 6,ô1 19,59 3,23
í998 10,83 10,90 8,24 7,54 5,66 5.14 4.18 4.O2 2,94 5,96 11,86 10,65 2,94
1999 12,36 8,42 8,51 7,38 ô,05 4,61 3,93 3,34 3,20 2,79 5,65 14,94 2,79
2000 11,10 12,51 14,87 9,24 6,77 5,93 4.92 4.42 4,44 2,88 8,51 16,59 2,88
2001 15,41 8,27 6,23 s.70 4,9S 4.32 3,90 3,10 2,63 3,44 8,66 6,26 2,63
2002 18,09 15,01 10,57 8,46 6.78 5,79 4.',rz 3,71 3,52 2,92 6,24 6,31 2,92
2003 22,75 16,15 10,31 7.75 5.77 4.96 4,71 4,2s 4,25 3,26 5,08 ô,55 3,26
2004 12,O2 11,06 't6,33 1',1,92 9,48 8.12 5,46 4,27 3,6't 4,19 4,13 15,33 3,61
2005 21,86 27,10 26,01 21.58 12,96 9,57 6,S8 6,52 5,20 3,98 16,61 14,08 3,98
2006 12,96 10,15 11,84 8.42 7,25 4,W 4,33 3,73 3,42 3,S 7,53 17,M 3,42
2047 29,39 22,59 17.71 11.57 8.98 6.36 4,31 3,45 2,96 2,81 3,72 7,46 2,81
2008 5,62 15,32 12.58 9,85 8.12 5,41 4,69 3,98 3,52 3,14 6,37 19,75 3,14
2009 40,87 32.44 21.93 23,57 13,97 9,82 8,66 6,46 5,99 7,32 8,99 9,31 5,99
2014 10,97 7,48 7.30 7,06 4,82 4,3S 3,13 2,88 2,48 3,36 11.12 17.28 2,48
2011 '18,29 10,78 22.72 17,77 12,76 7,42 5,56 4,35 4,42 4,30 7.O5 22.O5 4,02
2012 14,32 11,74 8,91 8,91 8,67 5,86 §,20 3,34 3,05 2,39 4,38 4,5ô 2,39
2013 3,64 6,41 8,45 10,50 6,12 5,49 3,ô9 3,06 2,60 2.46 2.76 1 1,10 2,46
2014 9,49 6,54 6,93 6,86 5,00 4,45 3,04 2,42 1,98 1.53 2,59 4,14 í,53
2015 1,92 2.71 2.77 2,53 3,49 3,45 2,53 1,82 1.72 1.27 1.42 2,76 1,27
20í6 2,93 2.77 3,22 1,81 1,85 1,ô0 1,29 1,00 0,96 1,26 1,90 8,75 0,96
2017 4,63 3,80 3,79 3,32 3,00 2,3',1 1,83 1,23 1.03 4,79 1,67 3,67 0,79
20í8 1,98 10,04 16.01 6,18 4,51 3,86 3,70 1,98

Para que essas amostras possam ser consideradas representativas da população a ser
estimada (valores extremos em função de períodos de retomo), é necessário utilizar
séries com dez ou mais eventos de valores anuais. As amostras da estaçâo para este
estudo satisfazem esta condição, sendo consideradas, portanto, satisfatórias para a
realização dos estudos de valores mínimos.
Os quantis de vazões mínimas obtidos podem ser transferidos da estaçáo Carangola
(58930000) para o local da CGH através da proporcionalidade entre as respectivas
áreas de drenagem.

Considerando-se que a estaçáo de referência possui área de drenagem de773 km, e a


CGH de 1.040 km', o fator de transferência resulta em 1,345408:

Qceu = 1,345408 Qe"t çao

RCA- RELATÓRIo DE CoNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
91
CGH CARANGOLA IV
om6^
Para o quantil de Qz com período de retomo de 10 anos (Qz.ro) em Carangola
(58930000) de 1,45 m3/s (Tabela 2í), obtém-se no eixo da CGH Carangola lV o valor
de Qz,ro = 1,95 m3/s. Sendo assim, para atender à legislaçáo do curso d'água
pertencente à Uniâo, deverá ser mantida no TVR da CGH a vazáo ecológica mínima
remanescente de 0,98 m3/s, equivalente a 50o/o da Qz,ro.

Tabela 21. Estação Fluviométrica Carangola {58 30000) - Vazões Médias Diárias de 7 dias
Consecutivos Mínimas Anuais - Ajuste Estatístico * Distribuição Weibull de Dois Parâmetros

TR Q7
P (X<x)
(anos) (ms/s)
2 50çk 2,98
5 2$o/o 1,93
10 t0% í,45
\, 25 4o/o 1,01
50 2o/o 0,77
100 1§Â 0,59

A principal variável de referência para a caracterizaçâa das vazões mínimas de um rio,


adotada pelos órgãos ambientais, é dada pela vazáo Qz,ro - vazâo mínima anual de 7
dias consecutivos e 10 anos de período de retomo.
No estado de Minas Gerais, onde a CGH Carangola lV está localizada, a Resoluçáo
Conjunta SEMAD-IGAM no 1548, de291A312012, estabelece que:
"Att. 1 - Fica estabeleçida a Qzto(vazão mínima de sefe días de duração
e dez anos de rcconência) çamovazão de referência a ser utilizada para
o cálculo da disponibilídade híddca supeficíal nas ôacías hidrográfrcas
do Estado.
Att.z- O limite máxÍmo de captafies e lançamentas a serern outorgados
nas Ôacias hidrográfrcas do Esfado, por cada seção consíderada em
condições naturais, será de ffi% (cinquenta por cento) da Qtto, frcando
garantidos a jusante de cada dedvação, fluxos rcsiduais mínimos
equivalentes a 50% (cinquenta por cento) dô Qtjo."

Para o local da CGH Carangola lV foi obtido o valor de Qz,ro = 1,95 m3/s, resultando em
uma vazão ecológica mínima a ser mantida no trecto de vazáo reduzida de 0,98 m3/s.

7.2.5.4. Qualidade das águas


Este item contempla o diagnóstico da qualidade das águas na área de influência da
futura CGH Carangola IV. Os resultados foram comparados @m os padrôes propostos
pela Resolução Normativa COPAM 01/2008, para águas Classe ll.

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
92
CGH CARA}IGOLA IV
om6
Mêtodologia

Área de estudo

o local previsto para implantação da cGH carangola lV está situado no rio carângola.
os pontos de coleta para avaliaçáo da qualidadê das águas (a montante da torãada
d'água e a jusante da casa de força, no rio carangola) sáo descritos/ilustrados na Figura
45 e na Figura 46. As amostragens íoram realizadas em julho de 2019, que conespõnde
ao período seco.

!a Ç:z?_-
L- çi-. '

Figu ra 45. Ponto de coleta de água P01 - a Figura 45. Ponto de colela
montante da cêptaÉo, localizado ne área dê casa de Íorça, localizado na-áreê de
PO2 - a.iustante da
influência de
influência da CGH Carangola lV. Jutho de 2019 . CGH Carangola lV. Jutho de 2019.

Parâ ose de Coleta e ises

As variáveis (parâmetros físico'químicos e bacteriol@icos) selecionadas para


diagnóslico sâo apresênladas na Tabela 22. Essas variávãis foram selecionadas
serem as mais eficientes no diagnóstico da qualidade da água para os usos
foi
direto/indireto do homêm. As metodologias analíticâs, bem como os padiôes propostos
pela legislação_ (Resoluçao Normáiva COPAM Ol I2OOB; Classe ll) tam'Ueà sáo
apresentados. os parâmetros temperatura da água, pH e condutividade elétrica foram
af9Íigo.s "!1 locd, por meio da sonda oakton modeb vvD-35642-60. o parâmetro
oxigênio dissolvido foi aferido em campo alravés da sonda oakton modelo nlorn óô o
Meter. o parâmetro transparência foi aferido em campo através do disco de secchi.

Para determinaçáo dos demais parámetros foram efetuadas coletas na camede


superficial (até 20 cm de protundidade) (Figura 4z). As amostras de água foram
acon-dicionadas e preservadas de acordo coÍÍra ABNT (1997) e standad Méthods/22o
edição. os ensaios laboratoÍiais foram efetuados de acordo com âs re@mendaçôes do
Standad Methods (2? ediçáo).

RcA- RELATÓRIo oE coNTRoLE AIúaIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
\-. CGH CARANGOLA IV
om6^
ad$uoM
^tEEiÍÂ!
f aciÂ[^

Figura 47. Amostragêm de água na área de influência da CGH


Carangola lV, Julho/201 9.

Tabela 22. Parâmetros físico-químicoslbacteriológicos e os respectivos métodos de


determinação (baseado no Standard Methods, 22o edíção). VMP: Valor Máximo Permitido; NA:
Nâo Apliúvel. UD: Unidade; LQ: Limite de Quantifimçáo
Resolução
Parâmetros UD LQ Método Normativa
coPAM 01/2008
Temperatura oc
Determinação em campo
PH 6,0 - 9,0
Sonda Oakton (t /D-35642S0)
Condutividade uS/cm NA
Determinação em campo
Oxigênio Dissolvido (OD) mg/L Não inferior a 5,0
Sonda Oakton Acorn DO 6 Meter
Determinaçáo em campo com o
Transparência da Água cm
Disco de Secchi
Cor PUCo 5,0 SME\ff\,V2120 C 75,0
Sólidos Dissolvidos Totais mq/L 1 SM\AM/2540 C 500,0
Sólidos Suspensos Totais MC/L 0,8 SM\AM/2540 D NA
Fósforo Total mq/L 0.01 SM\AM/4500 P-E
Nitrogênio Amoniacal m§/L 0,01 SM\ M/4500 NHs E
Nitrato (como N) mg/L 0,05 MFQ 017 10,0
Nitrito (como N) mo/L 0,05 SM\ M/4500-NOz B 1,0
Dureza mg/L 4,02 sMt M/2340A, B, C NA
Alcalinidade Total mq/L 1,0 SM\AM/23208 NA
Ferro Total msil 0,005 sM\ M/3500 - Fe NA
Cloreto ms/L 1,0 sw846 - 300.1 250,O
Coliform es Term otolerantes NMP/100mL 1,8 SME\AM'92238 1.000,0
Coliformes Totais NMP/100mL 1,8 SMEV1M/9223 B NA
DBO ms/L 1,0 SM\AM/5210 B 5,0
N, p/ pH < 7,5: 2,0 mg/L N, p/ 7,5 < pH > 8,0; 1,0 mgíL N, p/ 8,0 < pH > 8, pl
pH > 8,5.
** VMP; 0,1 para ambientes lóticos.

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENÍAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
94
CGH CARANGOLA IV
om6^
(üsttm AiatEaÍl! É milih

Resultados

Os resultados das análises fisico-químicas/bacteriológicas sáo apresentados na Tabela


23 e nos Boletins Analíticos em ANEXO. Os resultados das variáveis consideradas mais
importantes na caracterizaçâo dos ambientes aquáticos naturais são descritos abaixo.

Os resultados encontrados foram comparados aos valores máximos permitidos (VMp)


determinados pela Deliberação Normativa COPAM 01/2008, corpos hídricos Classe ll,
que estabelece padrôes para águas com finatidade de abastecimento doméstico, após
tratamento convencional; proteção das comunidades aquáticas e destinadas à
agricultura.

Tabela 23. Resultados dos parâmetros físíc+químicos e bacteriológicos amostrados na área de


influência direta da CGH Carangola lV, julhol2019. VMP: Valor Máximo permitido. NA: Nâo
Aplicável. UD: Unidade; LQ: Limite de Quantificação.
Resultados COPAM'CERH
Parâmetros UD LQ Montante Jusante da 01108
da captação casa de força VMP
Temperatura 23,0 23,0 NA
pH 7,23 7.29 6,0 - 9,0
Gondutividade pS/cm 33,25 u.12 NA
Oxigênio Dissolvido (OD) mg/L 8,11 8,14 Não inferior a 5,0
da Cm 52,0 53,0 NA
Cor PUCo 5,0 10,0 10,0 75,0
Sólidos Totais mq/L 44 42
1 500,0
Totais mg/L 0,8 <0,8 7.O 100
Fósforo Total mo/L 0,01 <0,01 <0,01
Amoniacal mg/L 0,01 0,15 0,09
Nitrato oN) mq/L 0,05 1,18 0,23 10,0
Nitrito (como N) mg/L 0,05 <0,05 <0,05 1,0
Dureza mg/L 0,02 7,42 7,39 NA
Alcalinidade Total mo/L 2,O 16 17 NA
Ferro Total mg/L 0,005 0,005 0,439 5,0
Cloreto mq/L 0,í 6,4 6,4 250,0
Coliformes Term otolerantes NMP/100m1 1,8 23 23 1 0
Coliformes Totais NMP/100mL 1,8 540 540 NA
DBO mg/L 2 2
*VMP:3,7 mll N, p/ pH < 1 5,0
7,5;2,O mg/L N, pi ,5. pH > 8,0; 1,0 mg/L N, fl 8,0 < pH > ,5; 0,5 mg/L N, p/
pH > 8,5.
"" VMP: 0,1 para ambientes lóticos.

Os valores de temperatura da água no rio Carangola estão de acordo com os esperados


para ambientes tropicais de fisiografia semelhante, durante período de seca.
Apesar de
náo ser um indicador direto de qualidade, a temperatura apresenta-se como uma das
mais importantes características físicas das águas, uma vez que exerce influência direta
na distribuiçáo dos organismos aquáticos e na concentraçãà de gases dissolvídos na
água, principalmente o oxigênio e gás carbônico (ESTEVES, 1g9g).

O pH representa a concentraçáo de íons H*, indicando a condiçáo de acidez,


neutralidade ou alcalinidade da água (BAUMGARTEN e pO%., Zoôr). Nas águas
naturais, além de sofrer interferência da própria bacia hidrográfica, como ó tipo de éolo,

RcA- RELATóRIo DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLÁ IV
TOMBOS - MG

95
CGH CARANGOLA IV gff)É^
as variaçôes deste parâmetro são ocasionadas geralmente pelo consumo e/ou
produção de dióxido de carbono (COz), realizados pelos organisÍnosÍotossintetizadores
e pelos fenômenos de respiração/fermentação de todos os organismos presentes na
massa de água, produzindo ácidos orgânicos fracos (BRANCO, 1986). Assim, o pH é
muito influenciado pela quantidade de matéria morta a serdecomposta. Geralmente, um
pH muito ácido ou muito alcalino está associado as atividades antrópicas, como
lançamento de despejos no corpo hídrico (FARIAS, 2006).

As águas do rio Carangola estão na faixa de neutralidade, sendo que as medidas estão
no intervalo de variaçâo exigido pela Resoluçáo DN COPAM AU?OOB (pH entre 6 e 9).
As medidas registradas no rio Carangola estão de acordo com as comumente
verificadas em rios brasileiros (MAlER, 1987).

A condutividade elétrica representa urna medida indireta da quantidade de íons


presentes na água, principalmente nutrientes como cálcio, magnésio, potássio, sódio,
carbonato, sulfatos e cloretos (ESTEVES, 1998). De acordo com os resultados, o
ambiente amostrado apresenta conduüvidade elétrica bem baixa. Apesar de a
legislaçáo ambiental vigente náo estabelecer um padrão para este parâmetro, vários
autores (e. g. CHAPMAN, 1996; ESTEVES, 1998) discutem que a condutividade elétrica
é um bom indicador da qualidade da água, atingindo valores elevados (até 1000pS / cm)
em locais mais deteriorados. Sendo assim, os valores registrados neste estudo, para
esta variável, indicam qualidade da água bastante satisfatória.

A determinaçâo do oxigênio dissolvido é de fundamental importância para avaliar as


condiçôes naturais da água e detectar impactos ambientais como eutrofização e
poluição orgânica (CARMOUZE, 1994). Este gás é essencial à respiração dos
organismos aquáticos, além de influenciar a produtividade do emssistema (ESTEVES,
1998). O rio Carangola, nessa amostragem, apresentou-se bem oxigenado. As
concentraçÕes desse gás, foram satisfatórias em relaçáo à legislação (valor mínimo
recomendado de 5,0m9/L; Deliberação Normativa COPAM 01/2008, águas da Classe
ll). As condições de forte velocidade da conente Íavorecem a oxigenação do corpo
hídrico.

A cor da água está associada ao grau de redução de intensidade que a luz sofre ao
atravessá-la (e esta redução dá-se por absorção de parte da radiação eletromagnética),
devido à presença de sólidos dissolvidos, principalmente material em estado coloidal
orgânico e inorgânico. Dentre os colóides orgânicos, podem ser mencionados os ácidos
húmicos e fúlvico, substâncias naturais resultantes da decomposição parcial de
compostos orgânicos presentes em folhas, dentre outros substratos. Também os
esgotos domésticos se caractenzam por apresentarem predominantemente matéria
orgânica em estado coloidal, além de efluentes industriais, que contêm taninos
(efluentes de curtumes, por exemplo), anilinas (efluentes de indústrias têxteis, indústrias
de pigmentos etc.), lignina e celulose (efluentes de indústrias de celulose e papel, da
madeira etc.). Há também compostos inorgânios capazes de causar cor na água. Os
principais são os óxidos de ferro e manganês, que sáo abundantes em diversos tipos
de solo (CETESB, 2009).

Os resultados rrerificados no rio Carangola foram condizentes com a Deliberação


Normativa COPAM 0112008. Com base nas considerações supracitadas e nas
caracteríslicas da região em estudo, pressupõ+se que a cor do rio Carangola esteja

Rcn- RemróRto DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
96
CGH CARANGOLA IV
om6^
(ox{lr8u lnEÊil LÉ aci^§^

associada ao caÍreamento de solo ou matéria orgânica, cuja quantidade é insuficiente


para causar grandes alteraçôes no corpo hídrico.

O teor de sólidos dissolvidos representa a quantidade de substâncias dissolvidas na


água que alteram suas propriedades físicas e químicas. O excesso de sólidos
dissolvidos na água pode causar alteraçôes no sabor e problemas de corosão, podendo
afetar o circuito de adução do empreendimento. Conforme verificado na Tabela 23 os
valores obtidos estão bastante baixos e em conformidade com a Deliberaçáo Normativa
coPAM 01/2008.

O fósforo é um elemento químico essencial à vida aquática e ao crescimento de


microorganismos responsáveis pela estabilização da matéria orgânica, e, na forma de
fosfatos dissolvidos, é um importante nutriente pare os produtores primários.
Juntamente com o nitrogênio, o fósforo é o principal nutriente responsável pelo processo
de eutrofizaçâo dos ecossistemas aquáticos (I(ALFF, 2AO2)-. As principais fontes
naturais de fósforo são a lixiviação das rcchas e a decomposição de matéria orgânica
(CHAPMAN, 1996). Já as contribuiçÕes antrópicas podem ser de áreas com cultivos,
dejetos de animais domé§icos e esgotos. Nas amostragens realizadas, os resultados
obtidos estiveram abaixo do VMP estipulado pela Deliberaçáo Normativa COPAM
01/2008 (Tabela 23). A ausência de indústrias e a baixa densidade demográfica na área
em estudo indicam a presença de apenas fontes naturais de contribuição.

O nitrogênio é escasso nas águas e seu aporte aos corpos d'água ocorre por difusão,
na forma gasosa, ou na forma orgânica lixiüada das rochaslsolos, sobretudo os que
recebem fertilizantes e nas matérias orgânicas em decompciçáo.

O nitrogênio apresenta-se na água de três formas principais: o N-amoniacal, os nitritos


e os nitratos. O N-amoniacal na presença de oxigênio é oxidado a nitrito e este a nitrato.
A presença de nitrogênio amoniacal na água significa matéria orgânica em
decomposiçao. O nitrato é a principalforma de nitrogênio encontrada na água, sendo a
principal fonte a presença de dejetos humanos. O nitrito é encontrado em águas
superficiais em pequena quantidade, devido a sua instabilidade na presença de
oxigênio. A presença do íon nitrito indica processo biológico ativo inÍluenciado por
poluição orgânica (FARIAS, 2006).

O rio Carangola, tanto a montante (captação) quanto à jusante (casa de força),


apresentou baixos teores desses nutrientes (Tabela 23). Todas as medidas atenderam
à Deliberação Normativa COPAM 0112008 (Classe ll).

Compostos de ferro sáo frequentemente encontrados em corpos aquáticos, mesmo que


em con@ntraçôes reduzidas. E um micronutriente essencialao metabolismo dos seres
vivos e exerce influência na ciclagem de outros nutrientes, como o fosfato. O teor desse
composto, no rio Carangola, é considerado baixa para ambientes de mesma fisiografia
e características geológicas (Tahla 23). Uma vez que ocone naturalmente no meio
ambiente, a ausência de indústrias e a baixa densidade demográfica na área em estudo
sugerem que o mesÍTro é proveniente de fontes naturais.

Os cloretos ocolTem em todas as águas naturais e podem ser resuttados do contato da


água com depósitos minerais, poluição por efluentes (domésticos e industriais) ou
retorno de águas utilizadas em inigação agrÍcola. Em geral, quantidades razoáveis não

-
RCA RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
97
CGH CARANGOLA IV
om É'

são prejudiciais à saúde, mas transmite a água um sabor salgado, repulsivo. O aumento
do teor de cloretos na água indica a presença de esgotos ou pr despejos industriais,
acelerando os processos de conosão em tubulações de aço e de alumínio, além de
alterar o sabor da água (PHlLlPPl, et. a1.,2A04').

Conforme apresentado na Tabela 23, o resultado de cloreto aprcsentou-se dentro dos


valores máximos permitidos pela Deliberação Normativa COPAM 01/2008 para águas
Classe ll. Os baixos valores encontrados e as características da regiáo indicam como
possíveis contribuintes a lixiüaçáo de solo e rocha.

O grupo dos coliformes totais inclui todas as bactérias na forma de bastonetes gram-
negativos, náo esporogênicos, aeróbios ou anaeróbios facultativos, capazes de
fermentar a lactose com produçáo de gás, em 24 a 48 horas a 35oC. Esta definição é a
mesmâ para o grupo de coliformes termotolerantes, porém, restringindo-se aos
membros capazes de fermentar a lactose com produção de gás, em 24 horas a 44,5-
45,5oC (SILVA et a1.,1997).

O habitat das bactérias que pertencem ao grupo coliforme é o trato intestinal do homem
e de outros animais; entretanto, espêcies dos gêneros Enterabacter, Citrobacter e
Kebsiella podem persistir longos períodos e se multiplicar em ambientes náo fecais. Já
os coliformes termotolerantes são empregados como indicadores de contaminaçâo
fecal, visto que a população deste grupo é consütuída de uma alta proporção de E mf,
que tem em seu hábitat exclusivo o trato intestinal do homem e de outros animais
(SIQUEIRA, 1995), não se desenvolyendo em outras condiçÕes.

As densidades de coliformes termotolerantes, tanto à montante da tomada d'água


quanto à jusante da casa de força, estiveram abaixo do valor recomendado pela
Deliberaçáo Normativa COPAM 01/2008 para águas Classe ll (Tabela 23). Em campo
não foi observada a presença de gado no local, além disso, não ocone a presença de
grande concentração de residências no local, o que explica essa baixa concentraçâo.

A DBO é a quantidade de oxigênío necessária para oxidar a matéria orgânica por


decomposição microbiana aeróbia para uma forma inorgânica estável (CETESB, 2009).
os maiores aumentos em termos de DBO, num corpo d'água, são provocados por
despejos de origem predominantemente orgânica. A presença de um alto teor de
matéria orgânica pode induzir ao completo esgotamento do oxigênio na água,
provocando o desaparecimento de peixes e outras formas de vida aquática.

Nas amostragens do rio Carangola, os valores de Demanda Bioquímica de Oxigênio


(DBO) foram menores que o limiar recomendado pela Deliberação Normativa COPAM
01/2008 (vMP: 5 mg/L; Tabela 23). Desse modo, tais resultados apontam para a
inexistência de fontes de poluiçáo orgânica significativas.

A partir das análises supracitadas, de modo geral, as características fisico-químicas do


rio Carangola estão em conformidade mm as comumente registradas em ambientes
lóticos da América do Sul (MAIER, 1978). Os resultados encontrados são satisfatórios
em relação à Deliberaçáo Normativa COPAM 01/2008.

Rca- nel.cróRto DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
98
CGH CARANGOLA IV
om6^
(0sltdu M*tÍtt É &iiil

7.3. Meio Biótico

7.3.1. Flora

7.3.1.1. lntrodução

Os estudos de áreas naturais afetadas pelo desenvolvimento das atividades humanas


são importantes instrumentos para a manutençáo dos ecossistemas (pEREIRA et al.,
2010). A análise estrutural é especificamente justificada, quando intervençôes estáo
sgndo planejadas, para serem efetuadas numa comunidade florestaÍ qualquer
(scolFoRo & MELLO, 1997). Assim, o levantamento da vegetaçáo por meio do
conhecimento de sua composição, estrutura, funcionamento iOístriOuiçao é um
elemento Ímportante na execução de estudos ambientais, pois possibilita o
mapeamento e a caracterizaçáo inicial da paisagem, a identificação dos tipos
fisionômicos, estimativas da díversidade de plantás, estádio de ionservaçáo e
caracteízação das espécies de interesse (KLINK; MACHADO, 2005). Além diãso, a
obtençáo de estimativas precisas de rolume e biomassa de madeira em formações
vegetais do Bioma Mata Atlântica é um prêrequisito importante no estabelecimento de
ações de manejo (MMA, Z0O7).

A Floresta Atlântica originalmente, com uma cobertura total em tomo de 1S0 milhÕes de
hectares é um Bioma q{te se expande entre as regiões tropicais e subtropicais da
América do Sul (RlBElRg et al,, 2009). Atualmente, o Biorna é considerado um hotspot
para a conservaçáo da biodiversidade e isso se deve, além do grau de devastaçâo
e
ameaça antrópica,-l grande riqueza de espÉcies vegetais-e animais e o alto gráu de
endemismo (MYERS et at., 2000). GALINDO-LEAL & CÂnInnn (2003), em revisâo
sobre o Bioma, aindacompletam, que mesmo @m o alto grau de fragmeníáçao e habiat
perdido, a Floresta Atlântica ainda contém áreas intoúdas ou fõrmandó
contínuos
florestais, com grande heterogeneidade de ambientes, o que contribui diretamente para
o elevado número de espécies (METZER, 20Og).

O Estado de Minas Gerais se destaca, pois é possuidor da maior variedade de


formações vegetais do país, em decorrência de suas diversas condi@es geotógicas,
topográficas e climáticas (MELL0-BARRET}, 1942), sêndo qre ómpréende três
Biomas dentro de seus limites: Cenado, Mata Atlântiá e Caatinga. No entanto, essa
cobertura vegetal natural está quase totalmente reduzida à rema-nescentes esparsos,
com a cobertura florestal, em particular, conespondendo a apenas cerca de 2o/o do
território mineiro (CETEC, 1993).

Nesse contexto, a mesorregiâoZonada Mata de Minas Gerais se caracteriza como uma


área inserida dentro dos timites da Mata Atlântica, apresentando fitoÍisionomias típicas
deste Bioma (IDE-SISEMA,201B; lBGEa, 2AO4; tBGÊb, zOAq.

RcA- RELATóRIo DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG

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v CGH CARANGOLA IV
om6^
7.3.1.2. Objetivo

Na área de estudo, há a necessidade de supressáo da vegetaçáo para a implantaçâo


da CGH Carangola lV, município de Tombos, MG. Portanto, este documento apresenta
o inventário da comunidade arbórea a ser suprimida na área de intervenção ambiental
através de informações qualitativas e quantitativas, sendo que seráo apresentados:

. Composição, estrutura e diversidade de espécies arbustivo-arbóreas;


o Descriçáo da estrutura fitossociológica das principais espécies e sua
re p resentatiüdade na com u nidade arbusü vo-arbórea amostrada ;

o ClassificaÉo das espécies em grupos ecológicos (grupos sucessionais e


síndromes de dispercão) e sua relação com o estágio sucessional do fragmento
florestal;
o Classificaçáo do estágio sucessional do fragmento florestal de acordo com a
legislação ügente;
o Estimativa do volume de madeira total dos indivíduos arbustivo-arbóreos a serem
suprimidos.

7.3.1.3. Metodologia

O empreendimento está localizado no município de Tombos (MG) e a área de


intervenção ambiental (AlA) apresenta 0,6756 ha no total, sendo 0,6240 ha em
vegetação nativa (Figura 48). O clima da região é do tipo Aw, tropical com inverno seco
e período chuvoso concentrado entre os meses de novembro à março (KOTTEK et al.,
2006). A temperatura média anualé próxima à22oC e a pluviosidade média anualé de
aproximadamente 1200 mm.

Rca- ReuróRto DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
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100
CGH CARANGOLA IV
om6'
(ESLrmú AiBÊrÍ^L 6 &iÀtt^

't88883 188973 189153 :.


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]dl§àÉ.('.iÉ*

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N
tEl+r looillt
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@
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da lÍí!íEnçào (0.6756 ha)
^Íta ^mbcntat
Fbülta F{eêTd Smir.cidÉl (0,6240
P.sla§6 (0,@S6 ha)

I
, ,

Elabomdo por:
I a I
Thiago Rubioli da Fonseca
CRBio: 098380i04-D
188883 188973 I lls ú.klxB-iÍ líiU1 lrlt,
L.

Figura 48. Localizaçáo geográfica do empreendimento (Tombos, MG) e delímitação da área de


intervenção ambiantal (AlA)

=.rdr

Figura 49. Vista da região de tornada d'água. 50. Vista da região próxima da casa de
força.

-
RcA RELATóRro DE coNTRoLE AMBTENTAL
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CGH CARANGOLA IV
om6^
(qsttmrisiÍ Lc&t^&l

t4/t6i 20 l9

Figura 5í. Vista do local onde passará parte do Figura 52. Vista do local onde passará parte do
condúo conduto

7.3.1.4. Uso do solo na árca de influência

As áreas de preserv4áo permanente (APPs) das margens do Rio Carangola onde se


encontra a AIA da CGH Carangola lV está coberta predominantemente por áreas de
pastagem e de floresta secundária nativa. Na Tabela 24 são apresentados os valores
da área total de intervençáo em relação à ocupa@o do solo e as áreas de intervençáo
efetivamente inseridas em APP.

Íabela24. do uso do solo e das estimadas em área totale APP


Area de Arca de
Área de lntewenção Área de lntervenção
Tipologia/Classe de uso do solo lntervenção lntervenção em APP (ha) em APP (%)
(ha) ÍYol
Pastagem 0,0295 4,37 0,00295 4,37
FES em Estágio lnicial 0,6240 92,36 0,5861 0,8675
Curso D'água o,0221 3.27 0,0000 0,00
Total(ha) 0,6756 í00 0,6í56 91,12

Os valores apresentados para APP na Tabela 24 foram calculados com base em uma
faixa imaginária de 50 m, traçadas a partir das margens do rio Carangola.

RCA- RELATORIO OE CONTROLE AMBIENTAL


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CGH CARÂNGOLA IV
omÉ
t

t
.;,

t4t)

.t

Figura 53. Trêcho de mata secundária nativa êm estágio inicial, onde pâsserá o conduto da
CGH Carangola lV, em Tombos, MG.

Após a identificaçáo dos remanescentes floreslais, os mesmos foram dassificados de


acordo com seu estágio de regeneraçáo, üslo que todos sáo antegrantes de vegetaçáo
secundária. Para esta análise, foram considerados os levanlarnentos de campo,
analisados de acoÍdo mm os parâmetros pertinentes à legislaçáo incidente. Também
foram utilizados crmo fenamenta de trabalho para compor a classificaÉo o
processamento da imagem especiÍicada anteriormente, através do soflware ArcGlS
10.5.

Foi adotada a associaçáo de allernáivas técnicas e locacionais na elaboraçáo do


projeto execulivo da CGH para eütar o corte de vegetaçáo em estágio avançado de
regeneÍaÉo. As alternáivas locacionais visaram a menor influência das estruturas
necessárias e da respectiva faixa de segurança sobre este üpo de vegetaçáo.

Além da classificaçáo da vegetação quanto ao estágio de regeneração foi levantada a


existência de Unidades de Conservação ,ederal, estadual ou municipal que estejam
localizadas no entomo de 5 km da diretriz da CGH ou cujas zonas de amortecimento
encontrem-se localizadas, mesmo que parcialmente, nas áreas de influência da CGH.
Após averiguaçáo nos Órgáos Ambientais e Prefeituras Municipais constatou-se que
náo há Unidades de ConservaÉo na área diretamente afetada do empreendimenlo.

7.3.1.5. Levantanrento da flon - Qualitativo

O levantamento qualitativo da flora foi realizado considerando-se toda a área de


intervenção ambientâl, sendo que loda a área de intervençáo ambiental (AlA) foi
percorrida e as espáies vegetais foram identificadas em campo a partír de
conhecimento prévio, quando possível.

A identificaçáo das espécies desconhecidas preüamente foi realizada após a coleta e


registro fotográfico máerial botânico e consultando literatura específica, chaves de
identificação, herbários ürtuais e especiali§as. A classificaçáo botÉinica foi Íealizada
com base no Grupo Filogenético das Angiospermas (APG lV, 2016) e os nomes das

RcA- RELATóRIo oE coNTRoLE AMBTENÍAL


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om6
adsltomâiEiÍ rEEiin^

DAP's de todos os fustes. Além disso, a altura dos indivíduos tamtÉm foi mensurada,
através da comparação com a tesoura de alta poda utilizada em campo.

7.3.1.7. Análise dos dados


Foram calculados três parâmetros fitossociológicos para cada espáÍe, a fim de se obter
a distribuiçáo e representatividade dessas na área de intervençáo ambiental, sendo:
densidade relativa (DR), dominância relativa (DoR) e valor de importância (Vl) (KENT;
COKER, 1992), calculados no sofrware Microsoft Office Excel 2010ío.

Densidade relativa (DR) = (ni/ fni) x 100


Dominância relativa (DoR) = (ABi/ ABT) x 100

Valor de Cobertura em % (VC) = (DR + DoR[2

Onde:
ni = número de indivíduos da esÉcie i;
fi = frequência da espécie i;
ABi = área basal da espécie i, obtida da soma das áreas basais individuais a partir da
Íórmula do círculo (em m2);
ABT = área basaltotalamostrada (em mJ;

Para a análise da diversidade das espáÍes, foram calculados os indices de diversidade


de Shannon (H') e o de equabilidade de Pielou (J') baseado em H' (MAGURRAN, 2004).
Estes atributos foram calculados por meio do programa Past versão 3.09.

índice de diversidde de Shannon (H'):


N*h(n| -\niln(ni)
,-l
H':
ff
Onde:
N = número total de indivíduos amostrados;
ni = número de indivíduos amostrados na iésima espécie;
S = número de espáIes amostradas;
ln = logaritmo de base neperiana (e).

Índice de Equabilidade de Pielou (J'):


H,
T' :-
Hmax
Onde:
J'= índice de equitabilidade de Pielou;
Hmax = Ln(S) = diversidde máxima;
S = número de espá:ies amostradas.

\"
Rce- neuróRto DE coNTRoLE AMBTENTAL
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CGH CARANGOLA IV
om6'
(q$trüuaÉ*iT rf r6r^dÂ

As espécies foram classificadas em grupos sucessionais, seguindo o modelo proposto


pelo lnventário Florestal de Minas Gerais (OLIVEIRA-FILHO; SCOLFORO, 2008),
considerando as características ecológicas e sucessionais das especies para classificá-
las, tendo como principal fator de inclusâo nas categorias a demanda de luz para seu
desenvolvimento. Onde:

PI (pioneirasl = espécies que apresentam maior dependência de luz do que as demais


categorias, com maior ocorrência em dareiras, bordas e locais abertos;

Sl (secundárias iniciais) = sttécies que apresentam dependência intermediária de luz,


sendo frequentes em dareiras, bordas ou sufbosque;

ST (secundárias tardias) = espéciês pouco dependentes de luz para realizar seus


processos Íisiologicos, com maior oconência em suFbosque;

CL (clímaxes) = espécies que apresentam maioroconência em processos sucessionais


avançados, sendo pouco dependentes de luz.

No presente documento, as classes foram adaptadas para Pioneiras (P) e Náo


Pioneiras (NP), deüdo à alta divergência dessas caraterísticas na literatura. Em casos
onde a espécie não pôde ser classificada por falta de informaçÕes, foi estabelecida a
categoria NC (não classificada).

Outra ferramenta que auxiliou na compreensão da estrúura horizontal e vertical da


comunidade vegetal foram os histogramas de distribuiçâo diamétrica e de altura das
espécies arbóreas. Estes estudos possibilitam diagnoslicar o comportamento da
regeneração, mortalidade e de alguns everúos no ambiente florestal (ALVES JUNIOR
et al., 2010). Para a análise horizontal (distribuição diamétrica), os indivíduos foram
divididos em classes de diâmetro com intervalos de 5 cm. Para a análise vertical
(distribuiçáo de altura), os indivíduosforam divididos em classes de altura com intervalos
de 2 metros.

7.3.1.8. Cálculovolumétríco

Foram calculados os valores de volumes aproximados por espáie e ume estimativa do


volume por hectare, para comparação. A composição volumétrica foi calculada através
do método indireto, com a utilização da equação volumétrica determinada pela
Fundaçáo Centro Tecnológico de Minas Gerais - CETEC (CETEC, 1995) para Florestas
secundárias, utilizando-se a altura totaldo indivíduo e o DAp com casca:

VTCC = (0,000074230 x DAPy'zozus x {}ltt'terzsl

Onde:
VTCC = volume total com casca, em metros cubicos (m3);
DAP = diâmetro com casca, a 1,30 m do solo, em centímetros (cm);
Ht = altura total, medida em metros (m).

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


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CGH CARANGOLA IV
om6
Os volumes individuais resultantes foram entáo somados, de forma a se determinar o
volume total de cada espÉcie e da área inlervençáo. Para obler o valor do volume em
estéreo utilizou-se a seguinte relaçáo entre volume real em m3 e estéreo:

ím3 = í,428 st

7.3.1.9. Resu/tados e d,scussão

7 .3.1.9.1. Definição do tipo fitofisionômico amostrado

Por fitofisionomia entende.se o conjunto da flora e do ambiente, o gue inclui a estrutura


da vegetação, as formas de crescimento (árvores, arbustos, etc.) e as mudançâs
estacionais (sempre.verde, semidecídua, etc.) predominantes (lBGE, 20',2). Dê acordo
com a lnfraestrutura de Dados Espaciais do Sistema Estadual de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (DE-SISEMA, 2019), a área de intevenÉo está localizada dentro
dos limites do Bioma Mata Atlântica, e em regiáo com predominância da Íitofisionomia
Floresta Estacional Semidecidual.

A Floresta Estacional Semidecidual é uma frtofisionomia presente no Bioma Mata


Atlântica, constituindo uma formação transaional entÍe as florestas de encosta
litorâneas (Floresta Atlântica) e as formações náo Íloreslais de interior (como o Cerrado,
a Caatinga e os Pampas). As Florestas Estacionais Semideciduais sáo formaçóes de
ambientes menos úmidos do que aqueles onde se desenvolve a floresta ombrófila densa
(CARNAVAL et al., 2009).

A Floresta Estacional Semidecidual apresentâ um poúe em tomo de 20 metros (estratos


mais altos) e apresenta, como carac{erística importante, uma razoável perda de folhas
no período seco, notadamente no estráo arbóreo (20 a 50o/o do total de espécies)
(OLIVEIRA-FILHO & SCOLFORO, 2008). Na época chuvosa, a sua fisionomia
confunde-se com a da floresta ombróftla densa, no entanto, no período seco, nota-se a
diÍerença êntre elas. O dossel fechado na época chuvosa dês{avorecê a presença de
muitas plantas arbustivas, enquanto a diminuição da cobertura na época seca náo
possibilita a presença de muitas esÉcies epíf,tas (RIBEIRO & WALTER, 2008).

7 .3-1.9.2. Estrutura e florística das áreas amostradas

No total foram registradas 33 esÉcies arbustive.aúóreas, pertencentes à 15 famílias


botânicas (Tabela 25). Foram registradas duas espécies ameaçadas de extinçáo, na
categoria Vulnerável, segundo a Lista Brasileira de Espá:ies Amêâçadas de Extinçao
(MMA, 2014): Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr. e Dalberyia nigm (Vell.) Allemâo ex
Benth. Além disso, foi registrada uma esÉcie imune de corte em Minas Gerais, segundo
a Lei Estadual no 20308 de 27 de julho de 2012:. Handroanthus chrysotichus (Mart. ex
DC.) Mattos.

Algumas esFÉcies nâo puderam ser identificadas, devido à ausência de folhas ou


grande quantidade de lianas em sua copa, impossibilitando sua diferenciação, coleta e

RcA- RELATóRto DE coNTRoLE AMBIENTAL


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om6'
(ggtEiu
^úwtrlL
E miÊl

identificaçáo, bem como ausência de estruturas reprodutivas, essenciais para a


identificaçâo de diversos grupos botânicos.

Tabela 25. Listagem florística das esptácies arbóreas registradas na área de


intervenção ambiental. GS = grupo sucesional: P = pioneira, NP = Não Pioneira, NC
= Não Classificada.
FamíliaíEspécie Itome popular Origem GS
Anacardiaceae
Astronium graveolens gonçalo-alves Nativa NP
Mangifera indica mangueira Exótica NC
Tapirira guÍanensis pau-pombo Náiva P
Annonaceae
Xylopia sen'cea pimenta-de-macaco Nativa P
Apocynaceae
Tabemaemontana laeta leiteira Nativa NP
Arecaceae
Syagrus rcmanzoffiana jerivá Nativa P
Bignoniaceae
H a n d ro a n th u s c h rysotrich u s ip&amarelo Nativa P
Fabaceae
Albizia polycephala farinha-seca Nativa NP
An ad e n anthera pereg i n a angico-vermelho Nativa P
Andira fraxinífolia angelim Nativa P
Apuleia leiocarpa guarapa Nativa P
Dalbergia nign jacarandáda-bahia Nativa P
Fabaceae spl leguminosa Nativa NC
Lo nchocarp u s cultratu s embira-de-sapo Nativa NP
Machaeium nyctitans jacarand á-bico-de-pato Nativa P
Peltophorum dubium canafístula Nativa P
Pl atymisci um floibundu m rabugem Nativa NP
Platypodium elegans canzileiro Nativa P
Pterogyne nitens madeira-nova Nativa P
Malvaceae
Luehea divarícata açoita-cavalo Nativa P
Meliaceae
Guarea mauophylla marinheiro Nativa NP
Tichilia hifta catiguá Nativa NP
Moraceae
Brosimum glaziovii mama-cadela Nativa NP
Ficus spí figueira Nativa NC
Maclura tinctoia amarclinho Nativa P
Myrtaceae
C a m p o m a nesia sessilr/Iora guabiroba Nativa NP
Eugenía subundulata guamirim Nativa NP

t- -
ncn RetRtóRto DE coNTRoLE AMBTENTAL
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om É

Psidium guajava goiabeira Exótica P


Salicaceae
Casearia abliqua cafezinho-do-mato Nativa P
Sapindaceae
Allophylus edulís chal-chal Nativa NP
Siparunaceae
Siparuna guianensís nega-mina Nativa NP
Styracaceae
Styrax pohlii benjoeiro Nativa P
Verbenaceae
Aloysia virgata lixeira Nativa P

A vegetaçáo presente em boa parte da área de intervençáo ambiental (AlA) do


empreendimento se enmntra impactada e antropizada, uma vez que apresenta
espécies exóticas introduzidas -
MangÍfera indica (mangueiral Psidium guajava
(goiabeira) - e regiões com grandes dareiras e grandes adensamentos de cipós (Figura
55). Ainda existem estruturas de alvenafa que eram utilizadas no passado, bem como
uma estrada antiga que facilitava o acesso à um moinho utilizado antigamente pela
fazenda. Ressalta-se que essa parte da vqetação é a que apresenta maior impacto,
compreendendo a AIA do empreendimento desde a região proposta para implantaçâo
da tomada d'água até próximo ao final do comprimento total do conduto.

Rce- RrmróRto DE coNTRoLE AMBTENTAL


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109
CGH CARANGOLA IV
om6^
(qsüu
^ÉüEiraf
a aaiiR^

A B
br**

,c ,d

Figura 55. Detalhe de algumas regiões da AIA do empreendimento que já apresentam maiores
níveis de impacto antrópico, sendo a região de tamada d'água (A), bem como outras regiões de
implantação do conduto (8, G e D), evidenciando as clareiras e os grandes adensamentos de
cipós.

Com relação à estrutura da comunidade florestal, destaca-se, portanto, a presença de


dossel aberto (com dareiras) em poucas regaões, sub-bosque sujo (com grandes
adensamentos de cipos) e serrapilheira rasa também em pouc€ls regiôes (Figúra 56).
Além disso, foram registradas espécies frequentes e caracÍeristicas da fitofisionomia
Floresta Estacional Semidecidual (e.g Anadenanthera peregina, Caseaia obliqua,
Tapiira guianensis, Siparuna guíanensÍs e Platypodium elegans).

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG

110
CGH CARANGOLA IV
om6'
ail$lEiu
^iBÉtÍlr
E lÇiRÀ

. ?.r,

v D

i 5 íü6/ 20'1.9

Figura 56. Detalhes do interior da AIA em floresta nativa, evidenciando a baixa estatura dos
adensamentos arbustivo-arbóreos, entrada frequente de luminosidade, adensamentos de cipós
e serrapilheira rasa e presente em poucas regiões.

7.3.1.10. Fitossaciotogia da área de estudo

7.3.1.11. Area de vegetação nativa

Em 0,6240 ha de intervençâo em Floresta Estacional Semidecidual, foram registrados


405 indivíduos arbustivo-arbóreos (> 5 crn de DAP) (estimativa de &lg indivídrlos.har),
distribuídos em 33 espáies e 15 famílias botânicas.

As famílias mais abundantes foram Fabaeae (125 indivíduos), Anacardiaceae (S9


indivíduos), Salicaceae
!42 indivíduos), Moraceae (36 indivíduos) e Siparunaceae
indivíduos), totalizando 75,00% das espécies identificadas (Figura 57).'
(ZS

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
111
\./ CGH CARANGOLA IV
om6'
(ilstMh lÉ&EtÍÀt tr

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v --* .d'd **d -o/ ô)'^O"
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Figura 57. Densidade relativa das famílias de maior expressão na área de intervenção.

O valor do índice de diversidade de espécies de Shannon (H') encontrado para a


comunidade arbórea foi de 2,908 nats.indr e a Equabilidade de Pielou (J') foi 0,83. Além
disso, a soma das seis espécies com os maiores valores de importância (Vl) resultou
em 53,18% do Vltotalda comunidade (Tabela 26).

Tabela 26. Parâmetros fitossociológicos das espácies arbóreas (DAP > 5 cm) da comunidade.
DA = densidade absoluta, AB = área basal {m2), DR = densidade relativa, DoR = dominância
relativa, VC = valor de cobertura (%). GS = grupo sucessional' p = pioneira, NP = Não pioneira,
NC = Não Classificada.
Espécie qS DÂ AB DR DoR VC(%l
An aden anthera percg rina P37 0,9254 9,14 12,52 10,93
Mangifera indica NC3 1,1993 o,74 18,19 9,47
Albizia polycephala NP 49 0,3792 12,10 5,74 8,92
Casearía obliqua P42 0,3955 1437 6,00 8,18
Tapiira guianensis P54 0,1903 13,33 2,89 8,11
Ficus sp1 NC3 0,9636 0,74 14,62 7,68
Maclura tinctoría P2g 0,2893 4,94 4,37 4,66
Siparuna guianensis NP 29 0,1033 7,16 1,57 4,36
Guarea macrophylla NP 10 0,3299 2,47 5,00 3,74
Styrax pohtii P19 0,1599 4,69 2,42 3,56
Platypodium e/egans P5 0,3639 1,23 5,52 3,38
Decídua NC 17 0,1501 4,24 2,28 3,24
Tabemaemantana laeta NP 16 0,1495 3,95 2,27 3,11
Psidium guajava P15 0,1205 3,70 Í,83 2,77
Brosimum glaziovii NP 13 0,0854 3,21 1,30 2,25
H a n d ra a nth u s ch rysotrí ch u s P12 0,4724 2,96 1,10 2,03
P I aty mÍ sci u m fro ri b u nd u m NP íO 0,a782 2,47 1,19 1,83

Rce - Rptarónto DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG

112
v CGH CARANGOLA IV
om6^
(dsttm ai&iÍÀL E &i^i^

Syagrus romanzoffiana P3 0,1575 4,74 2,39 1,57


Machaeium nyctitans P6 0,0640 1,48 o,97 1,23
Apuleía leiacarpa P3 0,1412 o,74 1,54 1,14
C a m p o m a nesía sessílí/Iora NP4 0,0655 0,99 0,99 0,99
Dalbergia nigra P6 0,0300 1,48 0,46 0,97
Lonchocarpus cultmfus NP5 0,0439 1,23 4,67 0,95
Tríchilia hírta NP5 0,0349 1,23 0,53 0,88
Luehea divaicata P4 0,0284 0,99 0,43 0,71
Pterogyne nífens P1 0,0764 o,25 1,16 0,70
Xylopia sencea P4 0,0195 0,99 0,30 0,64
Astranium graveolens NP2 4,o371 0,49 0,56 0,53
Aloysia virgata P3 0,0176 o,74 0,27 0,50
Allophylus edulis NP1 4,0427 o,25 0,65 0,45
\/ Peltophorum dubium P1 0,0087 4,25 0,13 0,19
Fabaceae spl NCl 0,0050 0,25 0,08 0,16
Andira fraxinifolia P1 0,0042 0,25 0,06 0,16
Eugenia subundulata NP1 0.0026 0.25 0,04 0,14
TOTAL 405 59 100 100
6 100

A maioria dos indivíduos e espécies foi classificada como Pioneiros (58,27o/o e 52,g4o/o,
respectivamente), indicando que â área se encontra em estágios iniciais de sucessão
(Figura 58).

70
Densidade
r Riqueza
60

50
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c
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10

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P NP NC
I
58. Relação dos grupos sucessionais por riqueza de espécies e densidade de indivíduos.
P = Pioneiro, NP = Não-pioneiro e NC = Não classificado.

A comunidade arbórea apresentou distribuição diamétrica do tipo "J-reverso", sendo que


a maioria dos indivíduos apresentou diâmetros entre 5 e 15 cm (Figura 5g). O padrão"J-
reverso" é comum em florestas tropicais secundárias e autonegenerativas, onde existe

Rcn- RETaTÓRIo DE coNTRoLE ÂMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
113
CGH CARANGOLA IV om6^
(wllomâiwltrEmia^

um balanço entre mortalidade e recrutamento, sendo que o estoque de individuos jovens


é apaz de suprir os adultos senis ou em decrepitude.

70

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0
7,5 12,5 17,5 ?2.5 27,5 32,5 > 32,5
Centro de Classe de Diâmetro (cm)

Figura 59. Distribuição diamétrica da comunidade arbórea.

Em relaçáo às classes de altura, a comunidade apresentou maior número de indivíduos


I
distribuídos entre 4 e metros de altuna (Figura 60). Vale ressaltar que Florestas
Estacionais maduras normalmente apresentam dossel formado por árvores de até 25
metros de altura, em média.

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Centro de Classe de Altura (m)

Figura 60. Distribuição de altura da comunidade arbórea inventariada.

RcR - RemróRto DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
114
CGH CARANGOLA IV
om6^
(dnlmaiffiÍÂta6iÉr

7.3.1.12. Defrnição dos esfádíos sucessionaís

Apesar da vegetação se apresentar impactada, a área de flores{a nativa localizada


dentro dos limites da área de intervençâo do empreendimento apresenta dossel e sub-
bosque definidos, onde o dossel é aberto e o sub-bosque apresenta adensamentos de
cipós nas regiões com maior entrada de luminosidade. Tal padrão difere de florestas
conservadas, onde é possível definir pelo menos três estratos (dossel, sub-dossel e sub-
bosque).

A comunidade arbórea da área de intervenção em floresta apresentou DAP medio de


9,96 cm, predominância de indivíduos com alturas entre 4 e I metros (altura média de
6,17 m), serapilheira rasa e predominância de indivíduos pioneincs.

Portanto, de acordo com a Resolução Conama no 392, de 25 de junho de 2007, a área


florestal da área de intervenção ambiental se caracteriza como secundária e se
encontra em estáqio inicial de regeneração:

Aft. 20. Os estágíos de regeneração da vegetação secundária das formações


florestaís a que se referem os arts. 2o e 4o da Lei no 11 .428, de 22 de dezembro de
2006, passam a ser assim definidos:
II - FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL, FLORESTA OMBROFILA DENSA
E FLORESTA OMBRÓFILA MISTA
a) Estágio inicial:
í. ausência de estratificaçáo definida;
2. predomináncia de indivíduos jovens de espécies arbóreas, arbustivas e cipós,
formando um adensamento (palíteiro) com altura de até 5 (cinco) metros;
3. espécies lenhosas com distribuição diamétrica de pequena amplitude com DAP
médio de até 10 (dez) centímetros,
4. espécies pioneiras abundantes;
5. dominância de poucas espécies indicadoras;
6. epífitas, se existentes, são representradas principalmente por líquens, briófitas e
pteridófitas com baixa diversidade;
7. serapilheira, quando existente, forma uma Íina camada, pouco decomposta,
contínua ou não;
8. trepadeiras, se presentes, geralmente herbáceas; e
9. espécies indicadoras: Árbóreas - Cecropia spp. (embaúba), Vismia spp. (ruão),
Solanum granulosoleprosum, Piptadenia gonoacantha, Mabea fistulifera, Trema
micrantha, Lithrae molleoides, Schinus terebinthlfolius, Guazuma ulmifolia, Xilopia
sericea, Miconia spp, Tiboucl'rina spp., Croton floribundus, Acacia spp.,
Anadenanthera colubrina, Acrocomia acrileata, Luehea spp.; Arbustivas - Celtis
iguanaea (esporãodegalo), Aloysia virgata (lixinha), Baccharis spp., Vernonanthura
spp. (assapeixe, cambará), Cassia spp., Senna spp., Lantana spp. (camará),
Pteridium arachnoideum (samambaíão), Cipos - Banisteriopsis spp., Heteropteris
spp., Mascagnia spp., Peixotoa spp., Machaerium spp., Smilax spp., Acacia spp.,
Bauhinia spp., Cissus spp, Dasyphyllum spp., Serjania spp., Paulinia spp.,
Macfadyenia spp., Anavbidea spp., Pyrostegia venusta, Bignonia spp..

RCA- RELÂTORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
115
CGH CARANGOLA IV
om6^
tusllqu liECf,ÍrL E gim

7.3.1.1 3. Cálcula volumétrico


Foi estimado um volume lenhoso total de 32,54 ms (46,47 st), considerando a área total
(0,6240 ha) de supressão de floresta nativa (estimativa de 52,15 m3.ha{ ou74,46 st.ha-
') (Tabela 27). As espécies que apresentaram o maior volume de madeira a ser
suprimido foram Anadenanthera peregrina, Ficus sp1, MangÍfera indica e Platypodium
elegans, totalizando 56,89% (18,5136 m3; do volume total estimado para a comunidade
(Tabela 28).

Tabela 27. Valores encontrados e estimados para número de indivíduos, área basal, diâmetro
médio, altura média e volume de madeira.
Parâmetro Valor Unidade
Número de lndivíduos 405 indivíduos 10,624ha
Número de lndivíduos Estimado 649 individuos.ha-í
Área BasalTotal 6,59 m2lA,624ha
Area Basal Estimada 10,57 m2.ha-r
Média de DAP 9,96 cm
Média de AItura 6,17 m
Volume de Madeira Total' 32,54 m3 / 0,624 ha
Volume de Madeira Estimado' 52,15 m3.ha-í
Volume de Madeira Total' 46,47 st / 0,624 ha
Volume de Madeira Estimado2 74,46 st.ha{

Tabela 28. Densidade de indivíduos (DA), área basal(AB, em m2) e volume de madeira (m3 e st)
por espécie.

Espécie DA AB Volume (m"l Volume (stl


Anadenanthen peregina 37 0,8254 5,7593 8,2243
Ficus spí 3 0,9636 5,3337 7,6166
Mangifera indica 3 1,1993 4,5968 6,5642
Platypodium elegans 5 0,3639 2,8237 4,0323
Albizia polycephala 49 A3782 1,7973 2,5665
Caseaia obliqua 42 0,3955 1,6448 2,3488
Guarea macrophylla 10 0,3299 1,478/. 2,1112
Maclura tinctoria 20 0,2883 1,2838 1,8332
Styrax pohlii 19 0,1598 0,8029 1,1464
Apuleia leiocarpa 3 0JA12 4,6627 0,9463
Decídua 17 0,í501 0,6513 0,9301
Tapiira guíanensrs 54 0,1903 0,6239 0,8910
Tabemaemontana laeta 16 0,1495 0,5497 0,7849
Syagrus romanzaffrana 3 0,1575 0,5267 o,7521
Pterogyne nitens 1 0,0764 0,4817 0,6878
Brosimum gÍaziovii 13 0,0854 o,4401 0,6285
Pl atymi sci u m fl o ri b u ndu m '10 0,0792 0,3918 0,5594

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
116
CGH CARANGOLA IV
om6
Psidium guajava 15 0,í205 0,3781 0,5399
Machaeium nyctitans 6 0,0640 0,3375 o,4820
Siparuna guianensis 29 0,1033 0,3239 0,4625
H and roanth us chtysotichu s 12 o,0724 0,3119 0,4453
C a m p o m a n e § a sess,Tríora 4 0,0655 o,2233 0,3189
Astronium gnveolens 2 0,0371 0,2132 0,3045
Allophylus edulis 1 0,0427 0,1826 o,2607
Lonchocaryus cultratus 5 0,0439 0,1368 0,'1954
Dalberyia nign 6 0,0300 0,1331 0, í90í
Luehea divaicata 4 o,028/. 0,'t175 o,'t677
Tichilia hiúa 5 0,0349 0,1063 0,1 5'19
Xylopia seicea 4 0,0195 0,1036 0,1480
Aloysia virgata 3 0,0176 0,0653 0,0932
Peltophorum dubium 1 0,0087 0,0270 0,0386
Fabaceae spl 1 0,0050 0,0't29 0,0185
Andin fraxinifolia 1 0,0042 o,o112 0,0160
Euqenia subundulata 1 0,0026 0,0063 0,0090
TOTAL 405 6,59 32.54 46,47

7.3.1.1 4. Consideraçôes Finais

Em geral, a área total de intervênçáo do empreendimento apresentou 33 espécies,


perlencentes a 15 famílias botânicas. Foram registradas duas espécies ameaçadas
de extinção. na categoria Vulnerável, segundo a Liía BÍasileira de Esfécies
Ameaçadas de Extinçao (MMA, 2014): Aputeia leiocarpa (Vogel) J.F .Macú. e Daibergia
nlgra (Vell.) Allemáo ex Benth. Além disso, foi registrada umá espécie imune de coíte
em Minas Gerais, segundo a Lei Estadual no 20308 de 2Z de julho de 2012:
Handroanthus chrysotichus (Mart. ex DC.) Mattos.

A vegetaçáo pÍesente em boa parte da área de intervençáo ambiental (AlA) do


empreendimento se en@ntra impac{ada e antropizada, uma vez que apresenta
espécies exóticas intÍoduzidas Mangifen indica (mangueira) psídium guajava
-
(goiabeira) - e regióes com grandes clardras e grandes aden-samentos de cipóã.

A comunidade aÍbustivo-arbórea do trecho florestal a ser suprimido apresentou


rendimento lenhoso eslimado em 32,s4 m3 (s2,1s m".har e 74,46 si.ha{), considerando
a área total (0,6240 ha) de intervenção em floresta nativa.

7.3.2. Fauna

7.3.2.1 lntrodução

Para o estudo e caracterização da fauna terÍestre da área de influência da cGH


carangola lv foÍam utilizados dados primários levantados durante expedição à área ào
futuro empreendimento e dados secundários provenientes de outros estud-os realizados

RcA- RELATóRto DE coNÍRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
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117
L
CGH CARANGOLA IV
om D
em regiões próximas do mesmo bioma. Para caracterização da ictiofauna da área de
influência da CGH Carangola lV foram utilizados apenas dados secundários
provenientes de outros eíudos realizados na região. A caracteriza$o da ictiofauna na
ADA da CGH Carangola lV contendo dados primários será realizada após emissão da
licença que será emitida pelo lEF.

O presente estudo foi realizado na zona rural do município de Tombos, estado de Minas
Gerais, na área diretamente afetada pelo empreendimento. A região em que se insere
o município apresenta-se fortemente descaracterizada em relaçãõ à estrutura ecológica
original da Mata Atlântica da Zona da Mata Mineira. AtuaÍnrente, existem poucas
manchas de vegetação com algum componente nativo, a maioria em locais mais
acidentados do relevo e impróprios ao cuttivo de café ou estabelecimento de pastagem
para o gado.

7.3.2.2. Localdoestudo
A figura a seguir, mostra as áreas de lnÍluência direta e influência indireta da fauna onde
ocorreram os estudos da fauna, sejam eles através de transectos ou através de estudos
pontuais, como o caso da lctiofauna, através de rede de malhas e mastofauna através
de armadilhas fotográÍicas. As metodologias utilizadas foram melhor descritas a seguir.

RcA- RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
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118
CGH CARANGOLA IV
om6'
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188251 18865' 19905í 1E9{5r 189851

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N 6oom
CRBio:098J8010+D

'Í88251 )
188ô51 D*r & e{atnqtu: 16,0?i)019
189051,. 189451 189851

Figura 61. Área de lnfuência Direta (AlD) e lrrea de Influência lndireta (All) onde foram
realizados os estudos de fauna.

RCA - RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG

't 19
CGH CARANGOLA lV
om6
7.3.2.3. FaunaTenestre

7.3.2.3.1. Herpetofauna

lntroducão

o estudo da herpetofauna (grupo composto por anfibios e répteis) de uma regiáo é


fundamental para se obter informa@s ecológicas de uma dada loéalidaae, coÀo por
exemplo o estado de conservaçáo da área e dos animais ali êxistenlês. Mundialmente
:1o_?t?91d918.047 espécies de anfibios e 10.970 esÉcies de répteis (FROST, 201 9;
U.EÍZ & HOSEK, 20í9). Deste totat,i.O80 especies de anfíbios e 77à especies de
répteis mmpõem a herpetofauna brasileira (SBH, 20íg).

Em relação aos anfibios brasileiros, a ordem Anura é a mais abundante, com 1 .039
espécies, seguiqos pela ordem Gymnophiona com 36 eslÉcies e ordem úrodela com
05 espécies^ (sBH, 2018). Esses animais sáo responsáveis por diversas funçóes
ecológicas._ sua pfesnça num local funciona como indicador de que o ambiente ãstá
em equilíbrio ecológico, isso ocoffe pois sáo suscetívêis às alterações do ambiente em
demrÉncia da sua pele alramente permeável (ETERovlcK & §AZMA, 2004). Arém
disso, fazem o controle de diversas pragas e por possuírem uma grande varied'ade de
L999.s ryrodltivos, ocupam uma vasta diversidaàe de nichos ecológicos (FREITAS &
SILVA, 2004; POUGH et at., 2008).

Já para os répteis, o Brasil possui a terceira maior biodiversidade do mundo e estes


estáo distribuídos nas seguintes ordens: Testudines (36 especies), crocodylia (06) e
731. Squamata (73 anÍisbenas,266 tagartos e 392 serpentes)
1Sán,2O1Bi. Àdpüis,
assim como anfíbios, sáo bioindicadoÍes da qualidade aúbiental. lsso'acontece
principalmente por meio da detecção da oconência de espécies eurióicas (tolerantes
a
glt:Eloes ambientais) e estenóicas (pouco ou inroleranies a alterações ambientaisj
(LElrE et al., 1993). E também por sérem predadores de uma grandê diversidade dé
vertebrados e invertebrados, atuam contÍolando a abundânciã destes animais no
ecossistema.

Em Minas Gerais, o número de anfíbios e répteis ainda é incerto. Estima-se que existam
2^0!^110.^ci9" ge_g{b'o_s (NASCIMENTO et at., 2009) e 221 espécies'ae reptàii
(BERNILS et ar., 2009). o levantamento e monÍtoramentó da Herpetàfauna
na arà àe
instalação de certos empreendimentos, é fundamental para que sê tenha noção do real
impacto das transformaçóes ambientais sobre esse grupo faunístico p".
ir" ."jà,
tomadas as medidas necessáÍias visando à preservaçáó das espécies" envolvidas. Éois
o declínio destes animais e até mesmo exrinçao dé algumas'espécies oesse grufã
colocam em risco o equilíbrio ecorógico do praneta, já qire afeta a estruture das-teias
alim-entares, e por consequência, das comunidades aiológicas (BLAUSTEIN
C úniÊ,
1990).

Este estudo teve como objetivo caracteüar a herpetofauna da área de influência da


central Geradora Hidrelétrica (cGH) carangola lV, no município de Tombos, Zona dà

RcA- RELATóRto DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLÁ IV
TOMBOS. MG

'120
CGH CARANGOLA IV
om6^
(d$tr!u^i*tÍ tI&^Àl

Mata de Minas Gerais. Neste relatório são apresentados resultados reÍerentes à


campanha de amostragem da estação seca, realizada em de julho de 2019.

Metodoloqia

O estudo foi realizado em uma área ruraldo município de Tombos/MG que está inserido
no Bioma Mata Atlântica. O local caracteriza-se por apresentar um alto grau de
antropizaçáo, pois apresenta grandes áreas de pastagens, e um elevado índice de
resíduos sólidos, em especial no leito do rio. Ao longõ da área do empreendimento
formam-se quedas d'água e existe um pequeno fragmento de mata ciliar secundária
bosqueada em estágio inicial de regeneraçáo e com ã presença de gado (Figura
62).
As amostragens foram realizadas em pontos inseridos na ADA (Area Diretamente
Afetada) eÂll (Area de lnfluência lndiretà) do empreendimento CGÊ Carangola lV. Ao
longo da ADA foram instaladas duas parcelas (A e B) e um transecto (01), en{uanto que
na All apenas uma parcela (C) (Tabela 29). Os ambientes priorizadosior", aquetes
que apresentam maior variedade de microambientes propícios a existência
de anfíbios
e répteis, como brejos, senapilheira, margens do rio e locais úmidos.
lfiguras 63-66).
Tabela 29. Pontos amostrados durante os estudos da herpetofauna na área do empreendimento
CGH Carangola lv no ltlunícípio de Tombos / MG, entre os dias zil e zzde julho
de 2019 (estação
seca). As coordenadas são dadas em graus, minutos e segundos.'nárr. ÂoÁ _ ar",
diretamente afetada e All
- área de influênCia indireta.
Pontos Coordenadas Á,rea Descriçâo Ambiente
Busca ativa
Parcela A 20"51',59.06"S ADA (diuma e noturna), Mata ciliar secundária
(área 4.115m2) 41"59',19.94',O Ponto de escuta (serrapilheira).
(notumo)

Busca ativa
Parcela B 20"52',07.80',S ADA (diurna e noturna), Mata ciliar secundária
(área 3.866m2) 41"59',18.61"O Ponto de escuta (serrapilheira).
(noturno)

Busca ativa Ponto sujeito a


Parcela C 20"51',59.29"S Alt (diuma e notuma), encharcamento e a
(área7.352m2) 41"59',33.97',O Ponto de escuta alagamento em área de
(notumo) pastagem.

Transecto 0í Busca ativa Mata cilíar secundária


(extensão 20"52'03.26"S ADA (diuma e noturna), (senapilheira), com
252,45m) 41"59',07.69"O Ponto de escuta formação de poças ao
(notumo) longo do rio.

RcA - RELATóRIo DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG

121
CGH CARANGOLA IV
om6
(q$troiu
^iEtirat
É
^erii^

t:-

Figura 62. Vista geralda área onde o estudo foi desenvolvido.

Figura 63. Vista parcialda onde foi instalada a Figura 64. Vista parcial da área onde foi instalada
Parcela A. a Parcela B

nce- ReuróRto DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG

't22
CGH CARANGOLA IV
om6

Figura 65. Vista parcial da área onde foi instalada a Figura 66. Vista parcial da área onde foi instalada
Parcela C.
\-, a Parcela D

o estudo da herpetofauna da área do empreendimento cGH carangola lv foi elaborado


por meio da obtençáo de dados pímários e secundários. para õs
dados primários,
durante a estaçáo seca, foram apricados os seguintes métodos: r
encontro visual (BEV); 2 - Registros auditivo (RA); 3 _ Encontros Ocasionais
- ári*ãirã
pÀi
Éãia
os dados secundáÍios foram rearizadas @nsultas a riteratura especiarizada. teOl.

A identificaçáo das espécies registradas úirizando-sê os métodos BEV, RA e Eo, Íoi


realizada em campo e os indivíduos fotografados quando possíver em seus
ambientes
naturais. A nomencratura dos táxons basda-se em sEGALLA et ar. pará
rzorsl antioiãs
g"l, 99S.T.A &-BÉRNTLS (2018) parâ repteis. para vãrifi""i o st"ru" a" ónservaçáo de
cada indivíduo foi utirizada a rista de espécies ameaçadas nacionar (MMA,
Minas Gerais (copam, 2o1o).
2014iãã ;;
A seguir são desóritos os métodos uiifizauós paia
obtençáo dos dados primários.

Busca Ativa oor Encontro Visual (BEW

consiste em percoÍrer uma determinada área (parceras e/ou tÍansectos) variando


entre
censos diurnos, crepuscurares e notumos, movendo-se a pé rentamenté
e u""crtt anàã
com. uso de lanternas e ganchos todos os ambientes e microambientes
em busca áãs
espécies objetos do estudo (Fig-ura 67). É muito útil para inventários
rapúos, àm
especiat para anfíbios anuros & SCOTT .1i., rSs+y, pois reqüei pàrco
.(CRUMP
equipamento e pode ser realizada em uma grande variedade de habitats.

etafoi apticada em todas as áreas amostrais, sem tempo de busca


)^:.!:::11: ":,udo,
oerermrnaoo e sem coreta de indivíduos. para perconer as áreas deÍinidas peras
parggl.as. e pelos transêctos, os pesquisadores utirizaram-se de trirhas já

localidade, como também rearizaram incursóes em áreas sem trirhas áemarcaaas.
"ii"tàntá. Ài
espécies encontradas foram registradas êm caderno de campo e
iaeniúcãoas
visualmente (morfologia).

RcA - RELATóR|o DE coNTRoLE ÂiTBtENTAL


CGH CARÀNGOLA IV
TOMBOS - MG

123
v CGH CARANGOLA IV
om6'
Para as amostragens noturnas, registrou-se principalmente indivíduos expostos (náo
escondidos em abrigos), vasculhou-se a senapilheira e potenciais abrigos na procura
desses animais. No período diurno, foi úilizado pontos de parada em locais estratégicos
para o encontro de repteis ativos ou realizando termorregulaçâo (Figura 6g).

Reoistro Auditivo RAI

Consiste em utilizar um emissor sonoro, na maioria das vezes um gravador digital,


contendo as vocalizeções dos esperados anfibios anuros existenteÉ na regiáõ do
estudo. Desde modo, tenta-se índuzir a resposta dos possíveis anuros machos
existentes no ambiente (HEYER et al., 1994). Para que este método seja considerado
útil, é necessário anteriormente ao estudo, que o pesquisador obtenha por meio
de sites
específ,cos e guias sonoros de campo, as vocalizações dos possíveis anfíbios
existentes no bioma onde a área do estudo está inserida (rigura ssj.
\-, Encontros Ocasionais ( EOI

Este método consiste no registro das espécies objeto do estudo por meio de encontros
ao acaso, no qual as espécies coletadas são encontradas durante outras atividades que
não sejam de sua procura. Pode-se obter tais dados quando se desloca por trilhas,
estradas e entre a vegetação. No caso de anÍibios e répieis, o registro pode acontecer
até mesmo no interior das residências póximas a área dêterminada ao inventariamento.

ú
T
Figura 67. Busca direta em ambientes propícios a existência de répteis.

ncR- Remrónto DE coNTRoLE AMBTENÍAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG

124
CGH CARANGOLA IV
om6

a'

Figura 68. Roch a exposta aos raios solarês, local Figura 69. Utilização
adequado a term onegulação_
de g ravador digilal para
registro auditivo de anfíbios anuros.

Resultados e Oiscussóes

campo foram registradas apenas 02 esFÉcies de anfíbios da ordem


Em Anura (Figuras
70 e.71) e nenhuma especie de réptir. os anfibios anuros registrado.
àÃào-""iãã
distribuídos entre as famílias: Bufonidae (01) e Hylidae (01). ",
Devido ao baixo número de rêgistros em campo, trabalhos como
HErroR et ar, 201.r e
MOURA et al-, 2012, rearizados na microrregíâo à" ürri"grr,lc, roram
con.úr"ao"
buscando a identiricação de possíveis espécieã existentàs na
área do estudo.
Após revisáo de literatura e levando em consideração o ambiente fortemenle
anhopizado, acredita-se que a área do empreendiment'o náo tenna 'Jã
capacidáãe
apresentar espáies estenóicas (pouco ou intorerantes a alteÍaçôes
podendo exibir em especiar na eôtação chuvosa as seguintes ".u".t"i
"ó ae
eópecies aniioiá'j
anuros: Eoana faber, Boana co'pitans, Boana ablopunctata, Boana
i"rA"ii,
LeptodactlusJuscirs, enysaaàmus cuvieri, oendápsiinii
*,lr:"!:r\:-,:tFl:,,
mtnuus, Dendrcpsophus elegans e Scihax afr. perereca. Todas, muito
microrregiáo de Muriaé e no bioma Mata Aflântica.
*irrni nã
Quanto aos repteis, já e de conhecimenro para a bacia hidrográfica do
Rio carangora a
existência da especie da ordem Testudine's, Mesoctemiys Éoga (ASSIS,
§:11 q:d:" citar como prováveis para a região às segu-intes táxons,Oi;r:ÀE;
Aa'orJàm
õquamara: Boa constictor (F€mítia B^oig?e), Êffirolamprué mitiais, Sibynomorpthus
neuwiedii e spirotes puilatus (Famíria corubridaei, satvatír
merianae iramiriài"iii""l,
Ttopidurus torquatu, (Famíria Tropiduridae) e B'othrops- janraca (Famíria
Vioeridae)
trspecres comuns atê em ambientes urbanos no município
de Tombos/MG.
Sendo assim, na Tabsla 30 estÉio incluídas as espécies enc,nlradas
em
a: pr.ováveis esFÉcies existentes de anfíbios e répteis constatadas campo,
cor.no,,
bem
pà, ãéiã á"
revisão de literatuÍa, que compõem a herpetofauna oa área
oo empreenoinrento óGÀ
Carangola lV.

RCA- RELAÍÓRIO DE CONTROLE AÍI'BIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOII,IBOS - MG

'125
CGH CARANGOLA IV
.gfnÉ^
Tabela 30. Espécies registradas na estação seca entre os dias 21 e 22 de julho de 2019 que
compõem a herpetofauna da área do empreendimento CGH Carangola lV no município
de
Tombos/MG. Pontos de regístro descritos na Tabela 29. Métodos de regístro: RA registro
auditivo; RL - revisão de literatura. Local: A parcela A; NSA não se aplica. Status -
- -
LC - pouco preocupante (least concern); CR criticamente em perigo; EN em perigo;
de ameaça:
-
não consta na lista consultada. Listas de espécies ameaçadas: MMA lista - NC -
2014\. COPAM - lista estadualde Minas Gerais
- brasiteira (MMA,
2010).
CLASSE/ORDEM/FamítiatEspécie Método Ponto de
Registro
MMA COPAM

AMPHIBIA
ANURA
Bufonidae
Rhinella crucifer RA A LC NC
Hylidae
Boana albomarginata RL NSA LC NC

Boana albopunc:tata RL NSA LC NC

Boana crepitans RL NSA LC NC

Boana faber RL NSA LC NC

Boana pardalis RL NSA LC NC

Dendropsophus elqans RL NSA LC NC

Dendropsophus minutus RL NSA LC NC

Scinax after RA A LC NC

Scrnax aff. perercca RL NSA LC NC


Leptodactylidae
Leptodactylus latrans RL NSA LC NC

Leptodactylus fuscus RL NSA LC NC

Physalaemus cuviei RL NSA LC NC


REPTILIA
TESTUDINES
Chelidae
Mesoclemmys hogei RL NSA CR EN
SQUAMATA
Boidae
Boa constictor RL NSA LC NC

RcA- RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG

126
CGH CARANGOLA IV
om6^
Ponto de
CLASSE/ORDEM/Famí||atEspécie Método
Registro
MMA COPAM
Colubridae
Erythrolam prus miliais RL NSA LC NC

Si bynomorphus neuwiedii RL NSA LC NC

Sp/ofes pultatus RL NSA LC NC


Teiidae
Salvator meianae RL NSA LC NC
Tropiduridae
Tropidurus torquatus RL NSA LC NC
Viperidae
Bothrops jararaâ RL NSA LC NC

7
' .l$
/ ,.{ .

-,.,t;'i/

7)
crucifer. Figura 7i. alter. Foto
Foto de arquivo pessoal. de arquivo pessoal.

A estação seca contribui consideravetmente paru afalta e/ou baixo


número de anfíbios
em campo. lsso a@ntece, pois as espécies que compÕem a anÍibiofauna local
apresentam modos reprodutivos, em sua maioria, associados a esiação
chuvosa. Logo,
há um maior número de animais em atividade durante essa estação.
A ocorrência de
reproduçáo foi evidenciada somente para RlilaQspp. devido a presença
áe girinos
desses anuros em poças formadas na parcera a
lrigiia izy.

RCA - RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG

127
CGH CARANGOLA IV
om6^
r

% I

Figura 72. Girinos do gênero Rhinella em ambiente naturalna Parcela


B.

A ausência de répteis pode estar associada a diversos fatores,


uma vez gue, o encontro
desses animais é naturalmente eventual, variando o número e
a diversidade de animais
avistados de acordo
Çom o local, hora do dia, ritmos biológicos e conoiçús oirati"",
(FRANCo E SALoMÃo, 2002). Dessa rorma, o registro dé
repteis po, pro"ur" ativa é
bastante aleatório, principalmente no caso das serplntes
lsnzlun à HÁooÀo ,1gg2).
A área onde será instalado o empreendimento CGH Carangola lV, possui
um elevado
nível de..antropização' Fato que contribui para o oesapàrecúento
G
especialista. Uma vez que, grande parte das áreas florestadas foram"áói"res
mais
subsiituídas por
pastagem e muitos resíduos sólidos são encontrados
no leito e margem Ag'rià.
Todavia' vale destacar. qu9 das especies registradas que com@em
local, apenas o cágado-do-paraíba (Mesocíemmys nààen está incluído
a herpetofauna
brasileiras de anima.is gqegeados de extinçáo, taíto erínívet
nas listas
nà"iàn"r iúMA, 2014),
como em nível estadual (COPAM, 2010).

!3oen{o da importância de se conservar esta espáie, foi criada em 2016, a reserva


Ninho da-Tartaruga' A rese_rva abrange 6 quilômetros do rio
carangóta, esú'localizaoa
no município de Tombos/MG, em uma área- chave para a conservação
da mesma, já
que possivelmente compreende um sítio de nidificação
da especie. (lCMBio, 2016).

RCA- RELATORIO OE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG

128
CGH CARANGOLA IV
om6
usão

os animais apontados nesse estudo sáo esÉcies esperadas para a Íegiáo de Tombos
(MG)' bem como para a Zona da Mata mineira e micronegiáo de úuriae. pode-se
concluir que a área do estudo sofre com as pressôes antrópiàas
houve desaparecimento dos grandes fragmentos florestais, conedores
*ro *n."qrên"iã
" ecoroiiõs ã
poluição das águas do Rio carangola. Logo, o"oneu uma
diminuição considerá'vel dos
habitats náurais saudáveis de anfíbios e iépteis, prejudicando todã o ecossistema.

Quanto à implantaÉo da cGH carangola lv, ocorrerá a retirada de árvores isoladas


desde o ponto de captaÉo atê o rocar determinado a imprantaçáo da casa
oe rorça
onde acontecerá a supressáo de um pêqüeno fragmento dê matá ciliar em
estagio iniciai
de regeneração. Em deconência da impiantação-do empreendimento,
návÀ-ràãrteáçao
no v.olume do corpo d'água e. relirada de parte Oa úegetaçáo. fais muOanças 'pãi
modiÍicarem o- ambiente, po-dem ocasjonar perda Oj fraÉitat, gerando
imp""{os
pequenos e medios a herpetofauna local. comparando as carac{eríslicas
da área e o
oarxo numero de anfibios e repteis registrados no presente estudo, pode-se
classiÍicar
estes impactos como de baixo potencial ambiental.

7.3.2.3.2. Avifauna

Íntroducáo

com cerca de 9.800 espécies de aves catarogadas e distribuidas ao redor do


mundo é
considerado o grupo de verrebrados mais horãogêneo (sick 1997).
o a."iir àorig;
das mais diversas comunidades.de aves, corn-uma àqueza t.óts espécies (ôÉÀó,
,rã
2015), o estado de Minas Gerais abriga mais de 4od/o da aüfauna
à""ionâr. É.sa
diversidade se deve ao fáo de que o estado abrange os domínios uo
cenauã, úatã
Atlântica e Caatinga.

As aves são relativamente fáceis de de{ectar em praticamente todos os ambientes,


visualmente.e pÍinciparmente acusticamente, portanto sáo fáceis
ae se amostrai. saoã
grupo de animais mais bem conhecidos é considerado um
bom p"ar.trá ããinJiáEã
.nível se conservaçáo dos habitats assim como de ourros'grupos, pÍincúaLÃe'niã
do
verlebrad.os terrestres. (BirdLife tnteÍnational 20og). por esses
máivôs o lrupoãas avéi
sáo usualmente utilizadas em trabalhos com o objetívo de medir a qualiãade
ambiental
(Aleixo, 1995).

Algumas aves podem ser muito sensíveis às modificaçóes ambientais (Bege


& Marterer,
1991) e diveÍsos estudos em trabitats Íragmedadós demonstÍâm 'a d-iminuiçáo
de
espécies da avifauna em decorrência da fragmentação (Brooks et ar.,
rgss; Gi;ãnàsãi
al., 2003; Vasconcelos et al., 2OOB).

sendo assim, neste conte)Ío, o objetivo do presente estudo é inventariar a ornitofauna


existente na área de influência aa ócn carangora rV e comprementar o connecúeniã
sobre a avifauna local.

RcA- RELATóRro DE coNTRoLE AMB|ÉNTAL


CGH CARANGOI A IV
TOMBOS - MG

129
CGH CARANGOLA IV
om6^
Metodoloqia e área de Estudo

Localizada na mesoÍTegião da Zona da Mata, na micronegião de Muriaé, no município


de Tombos-MG, a 5 km da divisa com o estado do Rio dã Janeiro, está a 375 km de
Belo Horizonte. Está inserida a ârea de estudo, fazendo parte do biorna Mata A1ântica,
caracterizada pela fitofisionomia Floresta Estaciona! SeàiOeciOuat, com fragmento
em
estágio médio de regeneraçáo, conforme atributos previstos na Resolução C-ONnMl
no
392107, e trechos de ambientes antropizados.

Segundo o Carvalho et_al. (2008), a região possui clima tropical úmido (Bí) onde
a
temperatura e precipitaçâo total acumulada, média anual, estão entre 22o}e
1205 mm,
respectivamente.

A. cobertura vegetal da área de influência da CGH- Carangola lV é bastante


diversificada. Ao longo das margens do Rio Carangola é por"i-*t se
deparar com
fragmentos de mata ciliar em difeientes estágios de õnservaçao (Figuras
li-tzy.

,Í _tü

il
t-.
r J,F

r-{

leste Figura 74. Aspecto superíor da porção sul da


de influência da CGH- Carangola lV
I

7
}|

r#
ttr t--

tt

Figura 75. do interior da porção oeste da Figura Aspecto de borda de mata e pastagens
área de influência da CGH Carangola lV. da porção oeste da área de influencia da CGH
Carangola lV.

nee- RetnróRto DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG

130
CGH CARANGOLA IV
om6'
(dsttou
^iüÊtÍ{
I &iia

Visando retratar com riqueza a realidade local das áreas estudadas (Figura 79), foi
realizada uma campanha de campo d9 um dia na qual foi utilizado como-metodoíogia
as Listas de Mackinnon (Mackinnon & Philips, 1993)com alteraçôes. Distinto de
outros
métodos, o método de Mackinnon permità o levantamento de espcies da avifauna
durante todas as horas do dia, sendo por isso o mais adequado
i"r"
trabalho estabelecido. Nele, o especialista percorre a áreadurante iodo o".t"
plano de
dia tomando
nota das espécies detectadas auditiva e üsualmente, criando listas de 10
esfécies, Oe
acordo com o proposto por Hezog et al. (2002; e Ríbon (20ío). Devrse
atentar para
não repetir espécies na mesma lista ou superesiimar a amàstra com
o mesmo indivíduo
em listas diferentes.

Os registros foram realizados com o auxílio de binóculos Guepardo 10x42, e


documentados com.gravações digitaís, utiliz-ando-s" gr"rádo, (sony
lcD-px-333) com
microfone externo (Yoga Ht-81), é câmera fotográÍid (Niion ôso; para
documentar a
avifauna tocat e sanar eventuais dúvidas de-identiÍicaÉo (ridd,,
1,
bibliografias básicas utilizadas para dúüdas_de identiÍi".çà toàrn'§ic[
il
ã za). n,
(r99i) e sigrist
(2013) e guias sonoros dos acervos pe*soais ou publicaáos (Xeno-Canto
Wrinves;.
A organização taxonômica para a avifauna segue á fiit" do Comitê eBrasileiro
de
Registros Ornitológicos (201 S).

I -l

Figura Documentação fotográÍica da 78. Anotação em lista tomando nota das


ornitofauna na área de estudo. espécies de aves amostradas na área de estudo.

Para o inventário qualitativo da comunidade da avifauna existente


na áreade estudo
foram percorridos três transectos na área de influência das futuras
instalaçoás da CGH-
Carangola lV, cobrindo dessa forma ambientes florestais e áreas
de borda de mata e
pastagem.

RcA - RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG

131
CGH CARANGOLA IV
clm6^
(dqldu urrrrrt É Mah^

Lagc*da:

S&ceoc
iniurncbdira
CGll-CerattolttY.

Irma*s
percorrido.

-iF-

Figura 79. Mapa de localização dos Transectos naárea de influêncía da CGH Carangola lV

Resultados e Discussáo

-
Durante todo o período de estudo e considerando todos os ambientes estudados e os
méto_dos empregados, foram registradas 122 especies da avifauna, distribuídas em
3g
famílias e A
19 ordens (Tabela 30). ordem Passeriformes éa
de maíor
representatividade am 77 espécies registradas, distribuídas em 20 famílias. Dentre
todas as famílias mais significativas quanto ao número de espá:ies que abrigam
destacam-se Tyrannidae e Thraupidae, com 21 e 13 espécies, respectivamente
{Figlura
80).

I Tyrannidae l Thraupidae r Rhynchocyclidae Furnariidae outros

17Í

t7%

6V/" 6%

6Yo

-
Figura 80. Representatividade de famÍlias de aves nas áreas de influência da CGH-Carangola
lv.

RcA -
RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG

132
CGH CARANGOLA IV
om6^
(qsttm liàErÍ& r §Àà

A sensibilidade das aves à fragmentaçáo, segundo Stoltz (1996) varia bastante entre as
categorias de sensibilidade. Na área há predominância de espécies com "baixa"
sensibilidade à fragmentação, cerca de um terço com sensibilidade "média", e apenas
3 espécies com sensibilidade "alta", (Figura 81!. lsso representa que o ambienta já está
alterado, mas ainda mantém capacidade suporte de espÉcies mais exigentes.

100

90

80

70

60

v 50

40 87

30

20

10
3
0 I
ALTA MEDIA BAIXA
sENstBtLtDADe À rRacmerreçÃo

Fig ura 8Í. Distribuiçáo conforme sensibilidade à fagmentaçáo para as espécies da avifauna
registradas nas áreas de estudo no dia 20 de Julho de 2019, na CGHCarangola lV no município
de Tombos-MG.

De maneira gera! a maioria das espáÍes de aves obsenradas na área de estudo são
associadas a ambientes florestais (48%) (Stottz 1996). As espécies generalistas
corresponderam a 27o/o das espáÍes registradas, seguidas por 20% de espécies típicas
de áreas abertas, e 4o/o de ambiente aquático lrigurà g2). euandb a especie
apresentava mais de um ambiente típico foi classificada como generalista. A preferência
de habitat para as espécies não identidades até o nível específico também foi
considerada como "desconhecida',.

Rce RelRtóRto DE
- cotITRoLE ÂrrrBtENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG

133
CGH CARANGOLA IV
om6
r FLORESTAIS I AREA ABERTA I AQUATICÁ GENERALISTAS DESCONHECIDA

L%

27%

4% 20%

v l
Figura 82. Distribuição conforme preferência de habitat para es espécies da avifauna
registradas nas áreas de estudo do dia 20 de julho de 2019, na CGH- Carangola lV, no
município de Tombos, Minas Gerais.

Na Tabela 31 se encontra 16 espécies que são ameaçadas por serem consideradas


cinegéticas e que são utilizadas ne criaçáo donÉstica.

Tabela 31. Lista de Espécies ameaçadas porcaça ou tráfico observadas nas areas de estudo
do dia 13 de julho de 20í9 na CGH Garangola lV, no municipio de Tombos, Minas Gerais.
Ci= Espécie Ginegética, Cd = Espécie capturada para a criação donÉsüca.
1. Penelope obscurc ci
2. Crypturellus tataupa ci
3. Pimolius maracana Cd
4. Psittacara leucophthalmus cd
5. Forpusxanthopterygius cd
6. Pionus ma,ximiliani cd
7. Troglodytes musculus cd
8. Turdus rufrventris cd
9. lcterusjamacaii Cd
10. Gnoimopsarchopi cd
1 1. Tangara sayaca Cd
12. Sicalisflaveola cd
13. Volatinia jacaina Cd
14. Saltatorsimilis cd
1 5. C aryath,nausfes canadensls Cd
1 6. Pheugopdius genibarbis cd

\-,
RcA - RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
134
CGH CARANGOLA IV
.grn6
Com base na literatura especializada (COPAM, 2010; MMA, 2014; IUCN, 2019.2)
apenas uma espécie se encontra no grau de ameaça NT (Quase ameaçada) que é o
caso da Maracanâ-verdadei ra (Pi moli us maracan a).

Tabela 32. Espécies de Omitofauna registradas nas áreas do Diagnóstico Ambiental da CGH
Carangola lV, no município de Tombos, Minas Gerais, na campanha de Julho de 2019. Tipo de
Registro: Au = Auditivo, V1 = Bem visualizado ou visualizado parte diagnostica, V2 = mal
visualizado, F = Fotografado.Tipo de ambiente: Ma = Mata, P = Pasto, R= Rio, AL= alagados.
Sensibilidade à B- A=alta.
Tipo de Tipo de Sensibilidade à
TAXON Nome Comum
Ambiente Registro Fragmentação

GALLIFORMES
Gmcidae
1. Penelope obscun Jacuaçu MA V1 M

TINAMIFORMES
Tinamidae
2. CrypturcllustatauP lnhambu-chintã Ma Au B

PELECANIFORMES
Ardeidae
3. Nyctlrconx nycliconx Savacu AL v2 B
4. Butorides stiata Socozinho R V1 B
5. Bubulcus ibis garça-vaqueira P V1 B
6. Ardea alba garça-branca-grande AL V1 B
7. Syigma sibilatrk maria-faceira AL V1 F M
8. Pilherodius pileatus garça-real AL v2 M
9. Egrctta thula garça-branca-peguena R V1 B

CATHARTIFORMES
Cathartidae
10. Comgyps atratus urubu-de-cabeça-preta P Ví B
11. Cathaftes aun U rubu-de-cabeça-amarela Ma V1 B

ACCIPITRIFORMES
Accipitridae
12. Hetercspizias gavião-caboclo P v2 B
meidionalis
13. Rupomismagnirostis gavião-carijó MA Vl,F B
14. Accipiter striatus Gaviao-miudo Ma V1 B

GRUIFORMES
Rallidae
15. Anmides saftrcuta saracura-do-mato MA V2 M
16. Pardirallusnigicans saracura-sanã R AU M

CHARADRIIFORMES
Jacanidae
17. Jacanajacana Jaçanã AL V1,AU B

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
135
CGH CARANGOLA IV
omÉ
adsLtm^r4tr t!EirA

COLUMBIFORMES
Columbidae
18. Columbina talpcoti rolinha-roxa P AU, V1 M
19. Columbina squammata fogo-apagou MA AU, V2 M
20. Patagioenas picazuro Pombáo MA AU, V1,F M
21. Zenaida auiculah pomba{e-bando MA V1 B

CUCULIFORMES
Cuculidae
22. Piaya cayana alma-de-gato MA, P V1 ,AU, F B
23. Crotophaga ani anu-preto P V1 B
24. Crotophaga major anu-coroca P V1 M
25. Guin guin anu-branco P V1 B
26. Tapen naevia Saci P AU B

STRIGIFORMES
Strigidae
27. Athene cuniculaia coruja-buraqueira P V1 M

GAPRIMULGIFORMES
Caprimulgidae
28. Hydropsalis albicollis Bacurau MA V1 B

APODIFORMES
Trochilidae
29. Phaethomis pretrci rabo-brancoacanelado MA V1 B
30. Eupetonena Ínctoun beija-flor-tesoura MA v2 B
31. Chloroslilbonlucidus besourinho.de.bic+.vermelho P V1 B

CORACIIFORMES
Alcedinidae
32. Megaceryle torquata martim-pescador-grande R V1 B
33. Chloroceryle anericana Martim-pescador-pequeno R Vl, F

GALBULIFORMES
Bucconidae
34. Malacoptila striata barbudo-rajado MA AU M

PICIFORMES
Picidae
35. Picumnus cinatus pica-pau-anão-barrado MA AU, V1 B
36. Colaptes campe§rts pica-pau-do-campo P AU B
37. Dryocopus lineatus pica-pau-de.banda-branca MA AU B
38. V e n i I i o mi s mac ulifro ns Picapauzinho de têsta parúada Ma V1 M

CARIAMIFORMES
Cariamidae
39. Caiama cistata Seriema Ma AU M

Rce- ReuRróRto DE coNTRoLE ÂMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
136
CGH CARANGOLA IV
om6
FALCONIFORMES
Falconidaê
40. CaÊcaía plancus ceÂcaeá Ma V1 B
41. Milvago chimachinn Canapaleiro MA B

PSITTACIFORMES
Psittacidaê
42. PÍimolius maÊcana maracaná-verdadeírâ MA V1,F M
43. Psittacaía periquitão-marecanâ MA Ví B
leucophthalmus
44. Fotpusxanthoderygius Tuim MA AU M
45. Pionus maximiliani maitaca-verde MA AU, V1 M

PASSERIFORMES
Thamnophilidao
46. Thamnophilus choca-da-mata MA AU B
ôaerulescers
Dendrocolaptidae
47. Lepidocolaptes aÍepaçu{ecenado MA AU M
angu§irostis
48. Lêpidocolaptes arapaçu-escamado MA AU, Vl
squamatus
49. Xiphorhynchusfuscus Arapaçu-rejado Ma v1
xenopidae
fu. Xenops rutilans bico-virado-carijó MA AU M
Fumariidaê
,I, A U
51. Fumaius figulus casâca{6-couro.da,lama AL M
52- Fumaius rufus joãcdê.bano AL V1 B
53. Phacellodomusruffirons ioão-depau P V1 M
54. Ceihiaxiscinnamonl€us Curutié P Ví M
55. syna axis ruficad a PichoroÍé MA v2 M
56. Synallaxísftontalis Petrim P AU B
57. Synallaxis spixi joão-tênêném MA AU B
Rhlmchocyclidae
58- Mioneclês rufrventis abre as+dê.cabeça-cinza MA AU M
59. Leptopogon Cabegudo MA AU M
amauro@phalus
60. Íolmomyias bico-chalo-dê.oÍelha-preta MA AU, V2 M
su/pl,uÍescens
61. Tolmomyiasflavivedds bico-chato-amaÍêlo MA AU,F B
62. Toditostrum teque-teque MA AU B
poliocaphalum
63. Todirostrum cineÊum fenêirinho-relógio MA AU, V1 B
U. P@ciloti@us Toroó MA AU, V2 M
plumbeicêps
65. Hemitdúusnidipndulus tachuri-campainha MA AU B
Tyrannidae
6ô Hirundinea fenugírÉa gibãedê.couro MA v2 B
67. Fluvicola netveta Lavadeira-mascãrâda R V1,F B
6A Cafiptostomaoôsoletum Risâdinha P AU, V1 B
69. Haenia flavogaster guarecáve-de.baÍÍiga-amarela P AU, V1 B

RCA- RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENÍAL


CGH CARANGOLÂ IV
TOMBOS - MG
137
L
CGH CARANGOLA IV
om D
70. Serpophaga nigricans joão-pobre R V2, AU B
71. Serpophagasubcistata Alegrinho MA AU B
72. Myiarchus swainsoni lné P AU, V2 B
73. Myiarchus ferox maria-cavaleira P AU B
74. Pitangus sulphuntus bem-te-vi MA AU, V1 B
75. Megarynchus pitarryua Neinei MA AU, V1 B
76. Myiozetetes cayanensis bentevizinho-de-asa-fem;gínea MA AU, V2 B
77. Myiozetetes similis bentevizi n ho-de-penacho-verme MA AU, V1 B
78. Tyannus melancholicus Suiriri P V1 B
79. Tyannussavana Tesourinha P \f2 B
80. Empidonomus vanus Peitica MA AU B
81. MyiophobusfasciaÍus Filipe Ma V1, au B
82. Lathrctrircus euleri Enfemrjado MA AU B
83. Knipolegus lophotes m a ria-preta-de.penacho P V1 B
84. Satrcpa icterophrys suiriri-pequeno P Ví B
v 85. Xolmis cinercus Primavera P V1 B
86. Xolmis velatus noivinha-branca P V1 M
Vireonidae
87. Cyclarhis gujanensis Pitiguari MA AU B
88. Vireo chivi Juruviara MA AU B
89. Hylophilus thoncicus vile-vite MA AU A
Corvidae
90. Cyanoconx cristatellus gralha-do-campo MA V2, AU M
Hirundinidae
91. Stelgidopteryxruficollis andorinha-senadora P V1 F B
92. Prcgne tapen andorinha-do-campo P V1 B
93. Pygochelidon cyanoletm Andorinha-pequena-de-casa Ma V1 B
Troglodytidae
94. Troglodytes mu*ulus Comríra MA AU, V1 B
95. Pheugopedius genibaôis Ganinchâo.pai-avo Ma Au
Mimidae
96. Mimus satuminus Sabia do campo Ma Au,v1 B
Turdidae
97. Turdus leucomelas sabiâbananco MA AU, V2,F B
98. Turdus rufrventris sabiá-laranjeira MA AU, V1 B
Mimidae
99. Mimus satuminus sabiá-do-campo P AU, V1 B
Parulidae
100. Geothlyçtisaequinodialis pia-cobra MA AU B
101. Basileuterusculicivorus pula-pula MA AU M
lcteridae
102. lcterus jamacaii Compiâo P AU V1 B
103. Gnorimopsarchopi Graúna .P AU V1 B
104. Psarocoliusdecwtnnus Japu Ma Au vl M
105. Cacicushaemorhous Guaxe Ma Au v1 B
Thraupidae
106. Coereba flaveola Cambacica MA AU B
107- Saftator similís Tri nca-feno-verdadeiro Ma Au B
108. Coryphospinguspíeafus tico-tico-rei-cinza P AU V1 B

v RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
138
CGH CARANGOLA IV
om6
109. Tangara sayaca sanhagi-cjrzento MA AU, V'I B
110. Tachyphonuscoronatuç Tio-preto Me Au, vi B
111. Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro MA V1 M
112. Tanga cayana ssíra-amarele MA V1, AU M
13. TeÉina viddis
1 seí-andorinha MA V2.AU B
114. Dacnis cayana saÊazul MA V1. AU B
5. Conirostrum sÉciosum
11 Íi guinha-dê.râbo-câíanho MA V1, AU B
116. Sicalis flaYeola canáriG dâ-tena-YeÍdadeiro MA V1 B
117. Embaizoideshetbic?.la canário-do-€mpo P Vl, AU B
11E. Volatinia jacaina Tiziu P v2 B
Cardinalidae
119. Caryothíaustes Funiel Mã Ví, âu B
canadensis
Fringillidae
120. Euphoniachlorotica Íim-tim MA V2, AU B
Passêrêllidae
121. Zonoliclriacapensis Tico-tico Ma
Passeridae
122. Passêrdoz,esÍicus Perdâl MA B

Consideracões soôre os reglstros omitológicos

Para Anjos (2001), em um mosaico de ambientes a possibilidade do encontro com


esÉcies de maior capacidade de se eslabelecer demonstra-se superior do que o de
esÉcies pouco eficientes. lsso explicaria a maior representaüüdade de determinadas
esÉcies na comunidade levantada.

É importante destacar que a maioria das es[Écies da avifauna registrada (48% do total)
possui preferência por habitats floreslais, sendo que estas espécies normalmente
apresentam baixa capacidade de dispersão. Deste modo, conedores florestais
desempenham um importante papel para a dispersáo dessas esFÉcies florestais,
principalmente os que se localizam na beira dos cursos d'água (mata ciliafl (Marini
2001). O uso do solo deve respeitar essas áreas, já que, a conexão êntre os fragmentos
é um dos importantes fatores para a manutençâo da diversidade de aves em ambientes
com pressáo antrópica. A presença de conedores florestais é de vital importância para
a manutençáo das espécies mais seletivas (MaÍini 2001).

Outro grupo de espécies que merece deslaque sáo as espáÍes cinegéticâs, quê sofrem
pressáo humana direta como a caça e captura para gaiola. Espécies como os jacus
(Penelope sp) e lnhambus (Crypturellus sp) sáo constantemente caçadas na zona rural
e podem se extinguir regionalmente. Outras espálies em constante ameaça sáo
aquelas vítimas do tráfico de animais silvestres. Na área de estudo destaque-se o trinca-
ferro (Saltator similis), típico de máas secundárias e bordas de mata e que vem
desaparecendo aos poucos pela açáo de passarinheiros (Ramiro 2008). E ainda os
representantes da família Psittacidae, como: a maitaca-verde (Pionus maximiliani),
periquitáo-maracaná (Psittacara leucophthalmus), tuim (Forpus xanthopterygius),
maracana-verdadeira (Primolius maracana) que sáo constantes alvos do tráfico de
animais silvestres.

RcA - RELAÍÔRIo DE coNÍRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS . MG
139
CGH CARANGOLA IV
om6^
Foi registrada apenas uma espécie ameaçada em nivel NT (quase ameaçada) além de
espécies consideradas alvos do tráfico ilegal para criação domeíica e ameaçadas pela
caça.

Docu mentaçáo Fotoqráfi ca

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Figura 83. Primolius maracana (Vieillot, 1816) Figura 84. Stelgidopteryx rufrcollis (Vieillot, 1817)

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Figura 85. flaviventis (Wed, 1831) Figura 86. Piaya cayana (ünnaeus, 1766)

RcA_ RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
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CGH CARANGOLA IV
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Figura 87. Syigma sibilatix (Temminck, 1824) Figura 88. Turdus leucomelas(Vieillot, 1818)

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Figura 89. Patagirenas picazuro (temminck,í813) Figura 90. Rupornis mqnirostris (Gmelin, 1788)

Figura 91, Chloroceryle americana(Gmelin, 1788) Figura 92. Tangara cayana (Linnaeus, 1766)

Registros fotográficos de algumas das espécies de oconência na área de estudo.

\-,
nce- RenróRto oÊ coNTRoLE AMBTENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
141
CGH CARANGOLA IV
om6
7.3.2.3.3. Mastofauna

lntroduÇâo

A Mata Atlântica, ao longo dos últimos milhares de anos, sofreu sucessivos períodos de
destÍuiÉo e regeneração náo só relacionados às atiüdades humanas mais recentes,
como também, com as oscilaçóes do dima e a chegada ao continente sul-americano
dos primeiros humanos, inicialmente nômades e caçadores (DEAN, 1996).

A ocupaÉo dâ Íegiáo coíeira e do inteÍioÍ do Brasil, nos últimos quinhentos anos, foi
responsável pela destruiÉo de 90% dos 1.362.548 Km2 da Mala Atlântica original,
substituindo a floresta por culturas agrícolas, pastagens e pelas principais cidades e
atividades urbanas e induíriais, trazendo consigo a crnsequente poluiçao dos solos,
das águas e do ar (OYAKAWA et al., 2006). Esta vegetaÉo contínua de norte a sul do
país era uma das maiores florestas tropicais do mundo, ocorrendo desde o Rio Grande
do Norte ao Rio Grande do Sul. Atualmente, esse bioma está reduzido a menos de 8%
de sua extensáo original, ou cerca de 100.000 km2, espalhados em vários fragmentos e
poucas matas contínuas (SCHAFFER, 2002; Fundação SOS Mata Atlântica/lNPE,
2008).

Apêsar de ser considerada uma das maiores do planeta, a diversidade biológica da Mata
Atlântica ainda é pouco conhecidâ. O estado de conhecimento da diversidade de
mamíferos no Brasil segue a mesma tendência geral, podendo aumentar conforme os
inventários sejam intensiÍicados e
análises citogenéticas e
moleculares sejam
implementadas (LEWNSOHN, 2005). O nível de desconheciÍnento sobre a mastofauna
brasilêira é ilustrado pela lista composta por nada menos do que 1 10 espécies
consideradas Deficientes em Dados (DD), o que Íepresenta mais da metade (55,3%) do
total de espécies avaliadas (BRASIL, 2008).

Dos mamíferos descritos atualmente, 652 estÉcies ocoÍrem em território brasileiro, esse
número faz com gue o Brasil possua a maior riqueza de mamíferos de toda a regiáo
neotropical (REIS, et. al., 2006; FONSECA et al., 1996).

Mamiferos constituem um grupo de vertebrados de ampla distribuiçao geográfica, com


grande variedade de formas e hábitos (WLSON & REEDER, 2005; EISENBERG &
REDFORD, 1999; POUGH et al. 1999). A classe é composta no mundo poÍ 139 famílias
e 4.629 espécies WLSON & REEDER, 2005). No Brasil, oconem 46 famílias, 652
esÉcies nativas e seis exóticas, distribuídas na seguinte proporção: Didelphimorphia
(1 família, 55 espécies); Sirenia (1,2); XenaÍthra (4, 19); Primates (4, 98); Lagomorpha
(1, 2); Chiroptera (9, 16a); Carnivora (6, 29); Perissodactyla (1, 1); Artiodactyla (4, 12);
Cetacea (8, 4í) e Rodentia (7, 235) (REIS et al. 2006).

Apesar das diversas pressóes, a Mata Atlântica ainda abriga parcela significativa de
diversidade biológica, com altíssimos níveis de riqueza e endemismo. Entre as espécies
descritas atualmente para o bioma,261 são mamíferos, das quais 73 sáo endêmicas
(AURICCHIO, 2006; REIS et al., 2006).

A mastofauna também desempenha papel fundamental na manutenÉo do equilíbío


dos ecossistemas, envolvendo-se nos mais distintos processos ecológicos, entre eles,
o controle populacionaÍ de suas presas e a constante regeneraÉo das matas. Conforme

RcA- RELÁTóR|o DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLÂ IV
TOMBOS - MG
142
CGH CARANGOLA IV
omÉ
Tonhasca Jr (2005) inúmeras espécies vegetais dependem dela para dispersão de suas
sementes. Algumas espécies sáo indicadoras ambientais, refletindo a preservação do
local onde ocorem (MAZZOLLI 2006).

Apesar do acúmulo de conhecimentos sobre a mastoÍauna no deconer dos anos, ainda


é necessário e fundamental o desenvolvimento de novas pesquisas. Somente assim
pode-se conhecer a real diversidade de epáies, sua classificação, evoluçáo e biologia.
Partindo deste contexto, o estudo objetivou levantar preliminarmente informa@es sobre
a fauna de mamíferos na árca de influência da CGH Carangola lV, localizada na zona
rural do município de Tombos, Estado de Minas Gerais.

Metodoloqia

A amostragem foi baseada em entrevistas, na observação de vestígios indiretos, busca


direta em fransecfos diurnos e noturnos e instalação de armadilhas fotográficas (Figura
93). As entrevistas foram realizadas com moradores loeis. Os entrevistados foram
questionados sobre as espécies de mamÍferos existentes na área de influência da CGH
Carangola lV. Em alguns casos, para esclarecer dúvidas, pediu-se a descriçáo do
animal e das caracterísücas que os distinguem de outros animais semelhantes. Os
entrevistados foram escolhidos com base nos seguintes critérios: i) proximidades de
suas moradias com as áreas de influência; ii) período de residência na região,
preferindo-se moradores mais antigos.

Foram instaladas duas (02) armadilhas fotográficas (câmeras trap) modelo digital
Bushell, que disparam a partir da sensibilizaçfu dos seus sensores de movimento e
infravermelho, em cada ponto de amostragem. As armadilhas foram instaladas em
locais onde tiveram indícios de passagem de mamíferos (pegadas, fezes e/ou rastros)
e permaneceram em funcionamento durante todo o período de amostragem das demais
metodologias. A câmera era fixada, em troncos de árvores a uma altura que varia de 50
cm a 1 metro, dependendo do local.

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Figura 93. Modelo armadilha fotognáÍica utilizada nos estudos.

RcA- RELÂTÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
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CGH CARANGOLA IV
omÉ
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Foi colocada na área de foco da câmera uma isca composta por manga, maracujá,
mamão, milho e sardinha, com o objetivo de atrair espécies com diversos hábitos
alimentares (Figura 94 - 991.

Apenas a fim de complementar a anrcsfiragem em campo, entrevislas estruturadas


foram realizadas com moradores e funcionários locais de propriedades rurais da região
do empreendimento. As entrevistas foram realizadas sem indução de respostas e,
sempre o entrevistador solicita descriçfu da morfologia externa, hábitos,
comportamento e ou outras características do animal citado.

A identificação das espécies citadas nas entrevistas Íoifeita com base na distribuição
conhecida dos táxons para a regiáo (EMMONS & FEER, 1990; REIS et al.; 2006).
Entrevistas são bastante efetivas para o registro de espécies de mamíferos mais
conhecidos pela população, como as espécies de médio e grande porte como Lobo,
onça, capivara, anta, paca, quati, etc. As espécies de pequeno porte como roedorcs e
\., marsupiais difi cilmente sáo distinguidas.

A procura por vestígios indiretos (i.e. fezes, tocas, carcaças, rastros) aonteceu através
de percursos a pe. Os rastros e demais vestígios indiretos das espécies foram
identificados segundo crÍtérios de BECKER & DALPONTE (í999) e BORGES & TOMAS
(2004). Ocasionalmente, durante os trajetos perconidos, foram observados indivíduos
ou grupos de mamíferos que foram identificados e, quando possível, fotografados.

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Figura 94. Entrevista com morador Local - José Figura 95. lnstalação de armadilha fotográfica AF-
Luiz Caetano. 01, na ADA da CGH.

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTÂL


CGH CARANGOLA IV
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CGH CARANGOLA IV
om6'
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Figura 96. lnstalaçáo de armadílha fotográfica AF- Figura 97. tnstalação de armadilha fotográfíca AF-
01, na ADA da CGH. 01, na ADA da CGH..

Figura 98. lnstalaçáo de armadilha fotográfica AF- Figura 99. lnstalação de armadilha fotográfica AF-
02, na ADA da CGH. A2, naADA da CGH.

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Figura Í00. ldentificação ê Catalogação de Figura 101. ldentificação e Catalogaçáo de pegadas


pegadas dentro da ADA da CGH, e Tocas dentro da ADA da CGH.

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
145
\-
CGH CARANGOLA IV
om6'
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Resultados e Discussáo

O levantamento da mastofauna da CGH Carangola IV resultou em 17 (dezessete)


espécies, distribuídas em 13 (treze) famílias. Durante o estudo da área foram
encontrados vestígios indiretos de mamiferos, como pegadas foi identificado a Capivara
(Hydrochaeis hydrochaens) e Mão Pelda {Pracyon cancrivorus). Na coleta de fezes
foi identificada a Capivara (Hydrcchaeis hydrochaeris). Com relação ao esforço
amostral foi visualizada espécie Lontra (Lontra longicaudis). O equipamento de
armadilha fotográÍica foi registrado a espâ:ie Gambá-da-orelha-preta (üdelphis auita).
Os demais registros foram obtidos a partir de entrevistas com moradores locais e por
estudos secundários.

Tabela 33. Áreas de monitoramento selecionadas para instalação das armadilhas fotográficas
o estudo da mastofauna.

Área Município Fitofisionomia Goordenadas

AF-Oí Tombos Mata Ciliar 20"51'56.93"5 I 41" 59'. 17 .27"O

AF.O2 Tombos Mata Ciliar 20"51'59.52"S / 41 059'14.33"O

41'592ü'W 41"5910'râ'

Lagicírd,a

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C§cnE: Âi/B tuÉtiâÀntiÍlal
Ftrl*o: CGHCt:âÍEtletV
Elh; Ágpdo2o19
tocd: Ixlblre
Êlaboração
Pa,5C.M-Coíttsio
cREb:7W§81.O
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Co6ÍInáê Sldem: GCS SRGÂ,S zqxl
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41"59201^'
Lrc: O€grêo

Figura 102: de Estudo Mastofauna - CGH Garangola lV

RcA -
RELATóRIo DE coNTRoLE AMBTENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
146
CGH CARANGOLA IV
om6'
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Tabela 34. Lista dos mamÍferos registrados na área de influência da CGH Carangola lV e
forma de

Família Nome CientíÍico Nome Popular Rêgistro Coordenadas

Didelphidae
Di&lphis aurita
GamM-de-orelha-preta
DS /E/ 20"522.00"S / 41 "59'1 6.72"O
(Wied -l'le uwÍed, I 82 6) AF02

Cedocyon thous
Cechono-do-mato E/DS
(Linnaeus,1766)
Canidae
Chrysxyan bradtgrus
Lobo Guará E/DS
(llliger,1815)

Procyon carlcrivorus
(G.Wuú Cwier, Mão-Pelada E / DS / PG 20"52o.83"s /41'59'14.53"0
1798)
Procyonidae
Nasua nasoa
Quati E/DS
(LINNAEUS,1766)

Cuniculus prca
Cuniculidae Paca E/DS
(Unnaeus,1766)

Dasypus nwencincl'us
Tatu-galinha E/DS
(Linnaeus, 1758)
Dasypodidae
EuÉmcfus sexcrhcÍus
Tatu-peba EIDS
(Línnaeus,1758)

Lepus europaeus
Leporidae Lebre E/DS
(Pallx,1778)

ã)"520.05'S / 41 "59'21.00',O
Hydrochaeris
hydrodtaeuris Capivara
E/DSIPG 20"51'il.36"S / 41'59'1 3.57"0
Cavidae
tFz 4n"51 53.1 7"S / 41'59'1 8.29"0
(Linnaeus, 1766)
N52'1 .1 5" S t 41 "59'23.230

Leopfius paftalis
JaguetaÍica E/DS
(LINNAEUS,1758)
Felidae
Leo,E,dustiginus
Gato do Mato E/DS
(S0HREBER,1775)

Lontra longícatdis
Mustelidae Lontra E / DS I VS 20"524.60"s l 41 "59'16,78'0
rolfens,1818)

Tamandua tetradadyla
Myrmecophagidae
(Unnaeus,1758)
Tamanduá-Mirim E/DS

Coendou in§diosus
Erethizontidae Ouriço-mheiro E I DS I CC 20"52'46.34"s / 42" 1'47.4€ rJ.
(Uctttenstein, 181 8)

Sciurus ingÍami
Sciuridae Serelepe E/DS
(Linnaeus,1766)

RcA- RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
147
CGH CARANGOLA IV
clm6^
(dslrffi ltEEtÍtt Í tct&Ia

Famí!ia Nomê CientÍfico Nome Popular Registro Coordenadas

Callithix jar,f,,hus
Callitrichidae Sagui{e-tutus-brancos E / DS
(Linn*us,1758)
Legenda: Registro: PG - Pegadas, Fezes - FZ, Pelos - PL, Fotos - F, fumadilha Fotográfica - AF, Entrevistas - E,
Tocas -TC, Dado Secundário-DS, Visualização-V3, Vocalização-VG, Carcaça - CC; Ponto:ÂF0í eAF02 (conforme
tabela 33).

A combinaçáo de técnica, como entrevista e observaçÕes diretas e indiretas, tem sido


efetiva para assegurar a amostragem da diversidade de Ínâmíferos, sendo
frequentemente utilizadas em estudos nas regiões neotropicais (e.9. VOSS &
EMMONS, 1996; ROCHA-MENDES et al.2OA5). Os carnívoros, com pequeno número
de registros no estudo, são pÍedadores topo de cadeia alimentar e atuam no controle
das popula@es de espécies-presa, enquanto os roedores, marsupiaas, entre outros, são
reconhecidos pelo seu alto poder de dispersão de uma variedade de sementes,
garantindo a manutenção da floresta.

De acordo com dados da lista de espécies ameaçadas de extinçáo da fauna do


Ministério do Meio Ambiente - MMA (Portaria 44412014\, a esÉcie Lobo Guará
(Chrysocyon brachyurus), encontra-se em vulnerabilidade - VU e o Gato do Mato
(Leopardustigrinus) encontra-se em CriücaÍnente em Perigo - EN.

A lista de espécies ameaçadas de extinçáo da fauna do Estado Minas Gerais (COPAM,


2010), as espécies Lobo Guará (Chrysocyon brachyurus). Jaguatirica (Leopardus
pardalis), Gato do Mato (Leopardustiginusl e a Lontra (Lontra longicaudis). catalogadas
no presente estudo sáo considerados vulneráveis - VU.

Com relação a pesquisa no "The IUCN Red List of Threatened Species", as espécies
Lobo Guará (Chrysocyon bnchyurus) e a Lontra (Lontra longicaudis), encontra-se
registrado como NT - Near Threatened (Quase Ameaçada) e as esÉcies Gato do Mato
(Leopardus tiginus), encontra-se como VU - Vulnerable (Vulnerável).

E importante lembrar que o registro das espécies Lobo Guará (Chrysocyon brachyurus),
Gato do Mato (leopardus tiginus) e Jaguatirica (Leopadus pardalis), foram obtidas
somente através de entrevistas com os moradores locais, portanto sua ocorrência náo
foi confirmada através de outros métodos amostrais, como vestígios indiretos ou mesmo
visualizaçâo.

Até o momento, o Brasil apresenta 69 especies de mamÍferos classificados como


ameaçados de extinçáo (IUCN, 2011). A maior ameaça encontra-se principalmente nas
ordens Primates e Carnivora, com 26 e 10 espécies respectivamente (BICCA-
MARQUES et d. 2A06; CHEIDA et aÍ. 2O06). lsso significa que 26,8% do total de
primatas e34,5o/o do total de carnívoros estáo em perigo de desaparecer. Considerando
a íntima relação que os mamÍferos silvestres apresentam com os ecossistemas
brasileiros, esses valores certanente estão relacionados grande redução, à
fragmentaçâo e outros impactos antrópicos sob as áreas naturais (VOSS & EMMONS,
1996; REIS ef aI 2006).

Rcn- neTRTÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
148
CGH CARANGOLA IV om6'
(dutmMtriÍ t a€ii[^

Tabela 35. Lista dos mamÍferos registrados na área de influência da CGH Carangola lV e status
de conservaçáo.
Portaria MMA Í)eliberação The IUCN Red
Família
No444r ní4 de Normativa COPAM List of
Nome CientÍÍico Nome Popular
17 de Dezembro No147 de 30 de Abril Threatened
de 201rt de 2010 Species

Di&tphis aurüa
Didelphidae Gambá-d+orelha-preta NA NA LC
(Wied-Neuwied, 1ü26)

Cerdocyon tt7p,us
Cachono-do-mato NA NA LC
(Unnaeus,1766)
Canidae
Chtwoqon brrcfiyurus
Lobo GuaÉ W VU NT
(llliger,1815)

Ptwpn canuivuus
(G.[BaMi Cwier, Mão-Pelada NA NA LC
1798)
Procyonidae
Nasua naua NA LC
Quati NA
(LINNAEUS,1766)

Cuniculus oeca
Cuniculidae Paca NA NA LC
(Linnaeus, 1766)

Dasypus novencindus
Tatu-galinha NA NA NA
(Linnaeus,1758)
Dasypodidae
Eu§1rac:tus s?,xcinc,us
Tatu-peba NA NA LC
(Linnaeus,1758/
Lepus europus LC
Leporidae Lebre NA NA
(Pallas,1778)

Hydrcúaais
\/ Caúdae hydrocfiaeris Cepivara NA NA LC
(Linnaeus, 1766)

LeoprdusprêlÍs NA VU LC
Jaguetirica
(L(NNAEUS,l7fi)
Felidae
Leoprdusfigrínus
Gato do Mato EN VU VU
(SCHREBER, 1775)

Lantra longicatúb.
Mustelidae Lontra NA VU NT
(Olfens,1818)

Tamandua tet'a&dyla Tamanduá-Mirim NA NA LC


Myrmecophagidae (ünnaeus,1758)

Coendouingdreus
Erethizontidae Ouriço-cacheiro NA NA LC
(Lichtenstein, 1818)

Sciurus ingami
Sciuridae Serelepe NA NA NA
(Linnaeus, 1766)

RcR- RemróRto DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
149
CGH CARANGOLA IV
omÉ
(ot{tffi ai*iÍal c Rinl

Portaria MltrA Deliberação The IUCN Red


Família Nome CientÍÍico Nome Popular
No4.{.4r20í4 dê Normativa COPAM List of
17 de Dezembro No147 de 30 de Abril Threatened
de 201'[ de 20í0 Species
Callithix jaahus
Callitrichidee Sagu i-de-tufu s-brancos NA NA LC
(Unnaeus,1758)
LC - Least Concem (Pouco Preocupante); ruf - Near Threatened (Quase Ameaçada); VU - Vulnerable
(Vulnerável); NA - Não Aplicável; EN - Em Perigo.

MASTOFAUNA

--

r Portaria MMA Ne444/2014 de 17 de Dezembro de 2014


r Deliberação Normativa COPAM Ne147 de 30 de Abrilde 2010
The IUCN Red List of Threatened
Figura 103: Espécies Registradas na ADA CGH Carangola lV

-- t

it

Ertt.q,
Pegada de Capivara Figura í05. Pegada -
hydrochaeris). Coordenadas: 20'52'0.05"S I cancivorus). Coordenadas: 20"52'0.83"S I
41'59',21.00"O 41"59'14.53"O

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
150
CGH CARANGOLA IV
om6^
(oistmu
^iEaiÍat
t &R^lt^

Figura í06. Fezes Capivara (Hydrochaeis Figura 1O7. Fezes - Capívara (Hydrochaeis
v hydrochaeris). Coordenadas: 20o52'1 .15"S I hydrochaerís). Coordenadas: 20'51'53.17"S I
41"59',23.23"O 41"59'19.29"0

__l
Figura í08. Toca. Coordenadas: 20'52'1.70"S / Figura í09. Carcaça - Ouriço-cacheiro (Coendou
41"59',22.68"O ínsidíosus). Coordenadas: 20"52'46.34"5 I
42"1',47.46"0
\-

{
I,

Gil álg 6:$:s Frr-019


E
Figura íí0. Armadilha Fotográlica02 - Gambá- Figura 1íí. Armadilha Fotográfic,a02 - Gambá-de-
de- orelha-preta (Didelphis aurita) orelhapreta (Didelphis aurita).

RcA - RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
151
CGH CARANGOLA IV
om6
Conclusáo

Para Anjos (2001), em um mosaico de ambientes a possibilidade do encontro com


esÉcies de maior capacidade de se estabelecer demonstra-se superior do que o de
espécíes pouco eficientes. lsso explicaria a maior representatividade de determinadas
esÉcies na comunidade levantada.

A análise das guildas sugere que espÉcies de hábitos mais generalistas e oportunas
estáo mais bem adaptadas à área do que as espécies de menor plasticidade, pois essas
últimas sáo extremamente dependentes de habitats específicos.

Podemos relatar que segundo observaçôes feitas a campo, as áreas sobre influência
do empreendimento apresentam sinais eüdentes de forte antropização, principalmente
por alteraçáo do uso do solo para atividades pecuárias. Desta forma, a fragmentação e
perda de habitats favorece de forma significativa para o afugentamento dá mastofãuna
ou eliminaçáo de algumas espécies mais exigentes nestes lócais.

7.3.2.4. FaunaAquática

7.3.2.4.1. lctiofauna

lntroduÇão

A água é um dos mais importantes recursos naturais, pois a sustentabílidade da maioria


das regiões do mundo depende de sua conservaÉo (Moss, 199g). por essa razão, o
Brasil, com sua grande malha hídÍica, é - uma das principais metas dãs
conservacionistas. Entre os vários usos da água para atividades humanas, uma das
mais importantes é a geraçáo de energia elétrica, principal fonte de energia para a
indústria nacional. Entretanto, os rios e cónegos brasileiros tamtÉm são reõnhecidos
por abrigarem grande parte da riqueza de peixes de água doce do mundo (Nakatani

al.,2oo1) e a regiáo leste brasileira possui grande importância nesse sentiào, uma vez
que, devido a suas características naturais, espera-se que abrigue elevado número de
endemismo (Bôhlke eÍ a/., 1978).

Diante disso, é impoÍtante ressaltar que qualquer empreendimenlo envolvendo


,
alteraçóes ambientais, ainda que ofereça íesultados positivos, deve considerar a
possibilidade de minimizálas, conduzindo estudos que permitam o conhecimento das
espécies existentes no local afetado, bem como a estrutura das comunidades, suas
caracterÍsticas e necessidades ecológicas (Feneira, 1993). Assim, o presente trabalho
tevê o objetivo de inventariar a ic{iofauna na área de influência da futura cGH carangola
lv' gerando informações que possam ajudar a nortear a eraboraçáo de medidas
preventivas e miligadoras sobre os efeitos ambientais decorrentes desse
empreendimento.

RcA- RELATóRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS . MG

152
L
\-
CGH CARANGOLA IV
om D sam

Metodolooia

O levantamento da ictiofauna foi realizado através de referências bibliográficas de


estudos realizados na região de onde se pretende instalar o emrpeedimento. O
inventariamento de ic{iofauna no rio Carangola na área de influência direta será
realizado após a emissáo da licença de pesca científica do lEF.

De acordo com dados secundários do diagnóstico de fauna da CGH Faria Lemos 201 1,
o levantamento da ictiofauna foi realizado no rio Carangola, em Faria Lemos - MG, 7
km à jusante de onde se pretende instalara CGH Caragola lV. O rio amostrado pertence
à sub-bacia do rio Muriaé, pertencente à bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul. A
amostragem foi feita no mês de maio de 2O11, em dois pontos amostrais: O Ponto 1
(Figura 1í2) está localizado à montante do ponto de tomada d'água da CGH Faria
Lemos e caracteriza-se por apresentar um canal médio, com água turva e fundo
composto por areia e argila. A vegetação marginalfoi retirada em vários trechos e está
descaracterizada, como pode ser visualizado no registro fotográfico. O Ponto 2 (Figura
í13), à jusante da futura casa de força, possui a vegetação marginaltambém bastante
alterada e caracteriza-se por apresentar um canal mais fundo, onde predomina o
substrato argiloso.

As coletas foram realizadas com o uso de tarrafa de 2,5 cm de malha, com 1,80 m de
altura, e de rede de anasto de 5 mm de malha, com 3,5 metros de comprimento e 1,5
metros de altura (Figura íí3), empregados durante uma hora. Adicionalmente foram
feitas entrevistas com moradores locais que forneceram informaçôes utilizadas para
compor a lista de espÉcies que oconem no rio Carangola (Figura íí4), nas áreas
amostradas.

E
Lr.-r -fl I
n
E--

Figura 112. lmagem parcial do Ponto 1. (Foto: Figura 113. lmagem parcial do Ponto 2, com
Diagnóstico de Fauna da CGH Faria Lemos 2A11). aplicação de coleta ativa com rede de arrasto.
(Foto: Diagnóstico de Fauna da CGH Faria Lemos
2O11).

RcA _ RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
153
CGH CARANGOLA IV
om6'
(dglrúu^iErT taB§^

Figura íí4. Entrevista com morador local nas


proximidades do Ponto 1, durante prática de pesca
artesanal. (Foto: Díagnóstíco de Fauna da CGH
Faria Lemos 2Af).

. Resultados e Discussão

Foram diagnosticadas 07 espécies, pertencentes a seis famílias e quatro ordens


(Tabela 36; Figuras íí5 a íí8). Confrontando os registros obtidos nesseievantamento
com os dados da lista de espécies ameaçadas de extinção da fauna do estado de Minas
Gerais (COPAM, 2010), nenhuma espÉcie catatogada encontra-se ameaçada de
extinçâo.

Tabela 36. Lista de ordens, famílias e espécies diagnosticadas na área de influência da futura
CGH Farias Lemos, com designaçáo de nomes comuns e tipo de registro de cada espécie.

Ordem, Família, Espécie Nome comum Tipo de registro


Characiformes
Characidae
Astyanax sp. Lambari Entrevista
O I i g o sa rcu s cÍ. hepseÍus Bocarra Captura e entrevista
Erythrinidae
Hoplias malabaricus Traíra Captura e entrevista
Siluriformes
Heptapteridae
Rhamdia quelen Bagre Captura e entrevista
Loricariidae
Loricariidae ni Cascudo Entrevista
Synbranchiformes
Synbranchidae
Synbrancíus sp. peixe-cobra, muçum Entrevista
Perciformes
Cichlidae
Geoohaous brasiliensis Cará Cepture e entrevista

RcA - RELATóRIo DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG

154
CGH CARANGOLA IV
om6'
(qquu^iErT Icg^nl

Figura 115. Rhamdia queten guvenil- Comprimento Figura íí6. Hoplias malabaricus (uvenil
padrão = 10 cm). (Foto: Diagnóstico de Fauna da Comprimento padrão = 9 cm). (Foto: Diagnóstico de
CGH Faria Lemos 2Af). Fauna da CGH Faria Lemos 2011).

F'
-d

Figura 117. Oligosarcus cf. âepseÍus (Comprimento Figura íí8. Geophagus brasiliensis. (Foto:
padrão = 'Í3 cm). (Foto: Diagnóstico de Fauna da Diagnóstico de Fauna da CGH Faria Lemos 2O11).
CGH Faria Lemos 2011).

A riqueza amostrada no rio Carangola durante este levantamento rápido náo é


considerada elevada, representando somente cerca de 9% do total de espécies
estimado (120)paraa bacia do rio Paraíba do Sul. Entretanto, esta riqueza é comparável
àquelas registradas em outros trabalhos desenvolvidos no rio Carangola, principalmente
quando se considera as diferenças existentes entre estes estudos e o atual em
relação
a esforço amostral empregado. Durante três campanhas de tevantamento da ictiofauna
para a elaboração do Plano de Controle Ambiental da PCH Carangola registrou-se
uma
riqueza de 15 especies no rio, por meio de coletas quatitativaé e quãntitaiivas, de
entrevistas com moradores da região, observaçÕes diretas e levantamento bibliográfico.
Em outro estudo realizado no rio Carangola poi Melo ef a/. (2003) foram diagnosiicadas
20 espécies de peixe, durante quatro campanhas de cotetas trimestrais eãtre 2003 e
2004.

RcR- RetnróRlo DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG

155
CGH CARANGOLA !V
om6^
(dgtruúliDÉiÍ tc&attl

Mesmo esses valores de riqueza mencionados são baixos, comparados à riqueza


estimada para a bacia do rio Paraíba do Sul. Essa reduzída riqueza diagnosticada pode
ser resultado de ações antrópicas a que está submetido o referido rio. Na região
amostrada, o rio Carangola recebe dejetos domésticos não tratados, além de estar
inserido em uma área em que a paisagem predominante é a pastagem. Essas atividades
causam degradaçôes química e física do hábitat, que podem dificultar a manutençâo de
uma ictiofauna mais diversa (Casatti et al,20O6).

Durante as entrevistas foi relatada a ocorrência de espécies exóticas, como o bagre


africano, a tilápia e a carpa, advindas de tanques de criação estabelecidos ao longo das
margens do rio Carangola. lsso representa outro tipo de impacto que pode estar
contribuindo para redução da riqueza localde espécies.

Embora baixos valores de riqueza tenham sido registrados até o momento para o rÍo
Carangola, este rio é considerado pela Biodiversitas (2005) como área prioritána para a
\- investigação científica e com potencial importância biologica para a conservaçáo da
ictiofauna de Minas Gerais, devido à insuÍiciência de estudos nele realizados. Em função
disso também não existem dados anteriores aos trabalhos já citados para que se possa
fazer inferências mais exatas a respeito dos efeitos dos impactos supracitados sobre a
diversidade da ictiofauna local.

Além do esforço amostral deve ser considerada também a degradaçâo ambiental à qual
está submetido o rio Carangola na regiáo diagnosticada, o que contribui para a redução
da riqueza da ictiofauna local. Nesta área, em vários trechos ao longo do canal a
vegetação marginal foi substituida por pastagem e isso tem ocasionado processos
erosivos que aumentam a entrada de sedimento no canal do rio. Esse aporte aumentado
de sedimento reduz a profundidade da coluna de água e simplifica o substrato de fundo,
p§udicando a oconência de algumas espécies.

Em um estudo em trechos de corregos com diferentes intensidades de degradaçâo


física do habitat, Casatti (2005) encontrou menores riquezas de espécies de peixes nos
trechos mais degradados, onde a complexidade estrutural do hábitat era reduzida,
devido, em parte, ao aporte aumentado de sedimento, causado por erosÕes nas
margens desmatadas e cobertas por pastagens. Alem da siltaçáo, que destrói
microhabitats e indisponibiliza recursos alimentares para várias espécies, o
desflorestamento marginal elimina fontes extemas de alimento como frutos, sementes
e insetos terrestres, que entram na coluna d'água a partir da vegetação marginal (Melo
et al.,2OO4).

Outro fator redutor da diversidade de espécies, provavelmente atuando há anos no rio


Carangola é a ocorrência de espécies exóticas.

RCA - RELATORIO OE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
156
CGH CARANGOLA IV
om6
7.4. MeioSocioêconômico

Metodolooia

A elaboraçáo do diagnóstico do meio socioeconômico empregou como metodologia a


coleta e análise de dados secundários e primários fornecidos para as áreas de influência
(All e AID) do empreendimento em referência, com a finalidade de evidenciar a
conjuntura dos fatores socioambientais de Tombos/Mc, municipio que irá receber o
empreendimento, nos diversos aspec{os: dinâmica populacional; uso e ocupação do
solo; eslrutura produtiva e de serviços; âspec{os socioculturais, avaliado atraúes de
indicadores relativos à educação, saúde, emprego e renda, índice de desenvolvimento
humano, (lDH), segurança, assistência e promoçáo social, infrâ-estrutura urbana
relativa à comunicaçáo, transporle, energia elétrica, habitaçáo, meio ambiente e
saneamento básico.

os dados secundários foram coletados com base de dados oficiais das principais
instituiÇóes de pesquisa nacional para a composição do diagnóstico da All. Dentre as
bases de dados consultadas para a cã,Íac.eizaçáo socio-econômica deslacam-se:
visitas a sítios eletrônicos de órgáos oÍiciais produtores e/ou sistematizadores e
disseminadores de informaçôes estatísticas, dentre os quais, o lnstituto Brasileiro de
GeograÍia e Estatística (IBGE), Govemo do Esiado de'Minas Gerais, secretaria Je
Educaçáo de Minas Gerais, Banco de Dados do sistema unico de saúde,
-e,9t949 !a
Ministério do Desenvolvimento social, prefeitura Municipar de Tombos, camáã
Municipal de Tombos, dentre outros listados ao final deste relatório.

Foram coletados também dados primários da AID da cGH carangola lv, objeto deste
estudo, por meio de entreüsta com o proprietário da AlD, o Sr. Noürival làitaó rurtaoo.
Registros fotográficos completam o material coletado no campo.

Área de influência

A Área de lnfluencia Direta (AlD) e Área do Entomo (AE) compreendê a extensáo total
das benfeitorias e propriedades rurais do entomo do empreendimento. lncluindo ainda
as propriedades e estruturas comerciais e de prestaçáo de serviços situadas na
comunidade onde será cons1ruído o empreendimento, péla proximidad'e com o mesmo
e inlerferências sofridas, como acesso as obras, utiiizaçâo de mão de obra loà1,
aqu.ísiçáo de bens e serviços, entre outros. poÍtanto, qualguer que seja a área situada
ao longo de todo o sítio de imprantaçáo do futuro empreendimento
6omaaa d,águà,
canteiros de obras, casa de forca, bota-fora, acessos, trecho de vazão reduzida, dáire
que seja total ou parcialmente atingida com a implantaçáo e/ou operaçáo da
9y!19"1 "
CGH, e considera da como sendo AID/AE.

A caracterizaçáo da AID foi desenvolvida durante lodo o diagnostim socioeconômico,


mesclando esta com as informações da All, partindo sempre ão contexto geral e
maioi
da área de influencia indireta, direcionando para informaçôes especificai oas áràás
ai ngidas pelo empreendimento e seu entorno imediato. Emieguiaâ as proprieááoàs
ãã
Al D tiveram seus aspectos socioculturais caracterizados.

RcA- RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLÁ IV
TOMEOS - MG

157
\-, CGH CARANGOLA IV
om6'
(Gg[GusDaiÍ LaE^M

Para o meio socioeconômico, considerando a existência de uma unidade básica para


os levantamentos dos dados secundários pertinentes, definiu-se como limite da All da
cGH carangola lv, o município de Tombos - MG, onde será instalado o
empreendimento em questão. Esta delimitaçáo é reforçada pelo fato das interferências
sociais e econÔmicas, do ponto de vista administrativo, incidirem de forma abrangente
sobre a populaçáo do município supracitado.

Localízação. caracterizacâo Histórica e Dinâmica populacional

A localização de um empreendimento pode determinar, entre outros aspectos, a sua


viabilidade, quando analisamos os diversos meios. Assim, para o meio socioeconômico
é preciso verificar as interferências no cotidiano da população do entorno, se haverá
deslocamento de famílias, ou de benfeitorias; ou se a qualidàde de vida será alterada.

4 CGH Carangola lV está prevista para ser implantada em um trecho do Rio Carangola.
o trecho em questão está situado na zona ruraldo município de Tombos/MG.

O município de Tombos é um município mineiro, situado na Regiáo Sudeste do país.


Localiza-se na divisa daZona da Mata Mineira, a 5 km da diüsa com o Estado do Rio
de Janeiro. Pertence à região geográfica intermediária de Juiz de Fora e imediata de
Carangola. Até então, com a vigência das diüsões em microrregiões e mesorregiôes,
fazia parte da micronegião de Muriaé, que por sua vez estava ináuída na mesorregiâo
daZona da Mata.

Com uma altitude de 278m e um clima de classificação tropical, o município conta com
uma populaçáo de 9.537 habitantes (Fonte: IBGE). A cidade de Tombos/MG limita-se
com os municípios de Faria Lemos/MG, Pedra Dourada/MG, EugenópolisiMG, Antonio
Prado de Minas/MG e Porciúncula/RJ, também subdivide-se nos distritos de Tombos
(sede), Catuné e Agua Santa de Minas.

A cidade está distante 370 km da capital Belo Horizonte/MG e a principal rodovia de


acesso à capital é a BR-262.
\-,

Rca - Reurónto DE courRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG

158
CGH CARANGOLA IV
om6^
(dsfÍah lisrÍl! E *l^tt^

Figura í19. Vista aérea da cidade de Tombos (All).

O acesso a partir d.a gede municipat de Tombos à casa de força da CGH Carangola lV
é realizado seguindo inicialmente na direção leste na R. BentoDávila em direçãõ à Av.
lmaculada Conceiçáo por 38 m, virando à direita na R. Dr. Mário Duayer por g0 m e
realizando um retorno, percorrendo mais 150 m. Na bifurcaçáo, seguir pôr 4',2A km pela
R. Jorge Elias e virar à direíta na estrada municipal, seguindo por rãais's,gO'kr. A partir
daí, seguir por cerca de i,00 km ate o acesso do loàl da tomada d'água à margem
direita.

Por meio de entrevista realizada com o proprietário Sr. Nourival Leitâo Furtado, foi
possível verificar que não há benfeitorias a serem deslocadas na área prevista para
a
instalação da unidad.e da CGH Carangola lV. Não há moradores na área de construçáo,
estando o proprietário e sua família residindo na sede do município de Tombos/MG.

A dístância da CGH Carangola lV à sede do município de Tombos pode ser considerada


suficiente para evitar interferências no dia a dia da comunidade, por outro lado, é
estratégica no que se refere à logística, necessidades espeiíficas, eventuais
emergências e deslocamento de funcionários.

lori.Sgm do município de Tombos, All, se deu no inicio do século XlX, quando o Coronel
Maximiano, abastado proprietário de terras, doou uma área ao patrimônio de Nossa
Senhora da Conceiçâo,.sendo a agricuttura fator predominante de ocupaçâo do
territÓrio, aqui se fixando definitivamente com seus escravos, amigos e parentes.
Outros
nomes foram dados ao município de Tombos, sendo o primitivo;nrraiàl Novo", partir
a
de 1852, passou a denominar-se Nossa Senhora da Conceiçáo dos iomoos oo
Carangola, sendo este topônimo alusivo à padroeira tocal, o qúe era muito comum
naquela época e a cachoeira formada pelo rio Carangola, composta de três quedas
consecutivas ou três tombos, conforme linguagem popular. Em 7 de setembro
de 1g23,
Tombos tornou-se município, fixando nome de órflem, em alusáo às três quedas
d'águas nela existentes.
A cidade de Tombos/MG possui 9.537 habitantes, estando a maiorconcentraçáo
de sua
população na área urbana. Abaixo a tabela apresenta os número",
r"órnàãalas do
desenvolvimento humano no Brasil, conforme ôenso zo1o.

Rca RetnróRto DE coNTRoLE AMBTENTAL


-
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG

159
lrn
CGH CARANGOLA IV
clm o
tolslroiu AiaÉIt t c

Tabela 37. Dados da população do município da All, 2010.


Dados da população Tombos
População total 9.537
Total de homens 4.783
Total de mulheres 4.754
População urbana 7.602
Populaçáo rural 1.935
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

A densidade demográfica em Tombos/Mc equivale a 33,45 hab/km2 e a média de


moradores por domicílio é por volta de 3,4. Cabe ressaltar que na AID não existem
famílias residentes no localda CGH.

Em relação ao gênero, de modo geÍEll a proporção entre homens e mulheres no


município da All é equilibrada, segundo o IBGE, em seus primeiros resultados do Censo
2010, da populaçáo recenseada, a população feminina era de 4.7s4 mulheres e, a
masculina equivalente a 4.783 homens. Quando se trata da composição familiar, a
mulher sem cônjuge com filhos sobressai em relação às outras composiçÕes familiares.
Em relação à idade da população, em 2010, ela é distribuida como demonstra a tabeta
abaixo.

Tabela 38. Estrutura Etária da população de Tombos/IvlG, por faixa etária, em 2010.
População com menos de 15 anos de idade 1.904
População entre 15 e 64 anos 6.453
População de 65 anos de idade ou mais 1.1 80
Fonte: Fundação Joáo de Responsabilidade Social

No que diz respeito à faixa etária do proprietário da AtD, Sr. Nourival Leitâo Furtado,
possui 85 anos, e sua esposa Lucy Maria Borba Furtada de 81 anos. Os filhos dos
proprietários são todos adultos com idade variando entre 54 e 61 anos. Nâo possui
dependentes.

Os efeitos da construção da CGH Carangola lV na dinâmica populacional do município


sáo praticamente nulos, uma vez que se trata de uma obra de curta duração
(aproximadamente 8 meses); e há prioriza$o da máo-de-obra tocal para ocupar os
cerca de 35 postos_de trabalhos gerados, evitando o aumento da popuiaçao migrante.
Apenas cerca de 2oo/o dos trabalhadores não serão contratados no'município, por se
tratar de máo-de-obra especializada. Náo haverá alojamento no canteiro de obras, e os
trabalhadores serão transportados diariamente ôor veícuto disponibilizado pelo
empreendimento.

Para contribuir com a identificaçáo das alteraçóes causadas com a instalação do


empreendimento, detectar possíveis conflitos de uso dos recursos naturais e visualizar
como se dará o funcionamento das unidades da mini usina e sua relação com o entorno,

Rce- RetetóRloDE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG

160
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CGH CARANGOLA IV
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é importante observar o uso e ocupaçáo do solo, bem como as atividades econômicas


desenvolvidas e os usos da água nas áreas de influência da CGH Carangola lV.

Conforme entrevista na AlD, a propriedade que teve parte da área adquirida pa,a a
ínstalação da unidade da CGH Carangola lVé considerada pequena. A unidade da CGH
encontra-se inserida, em áreas de pastagem e fragmentos de floresta. Conforme a
caracterizaçáo do empreendimento, a área onde será necessária a supressão vegetal
é de apenas 0,6240 ha.

Quanto ao uso e ocupaçáo do solo, dados do IBGE, para todo o município, mostram
que, quando se trata do número de estabelecimentos, mais unidades desenvolvem a
pecuária em relaçáo aos estabelecimentos que cultivam o café. Sendo as áreas de
pastagem bem maiores em relação a extensáo ocupada pelas lavouras permanentes e
temporárias. Há vários estabelecimentos (em relação às demais ocupações) que
apresentam matas e florestas, e a área ocupada por esse tipo de formaçáo ainda é
maior que a ocupada pela lavoura tempoÉria, como informa a tabela abaixó.

Tabela 39. Utilizaçáo das tenas no município de Tombos (4il).

No de Área dos
Município Utilização das terras estabelecimentos estabelecimentos
agropecuários agropecuários
(ha)
Lavouras permanentes 282 1541,797
Lavouras 183 778,715
Pastagens Naturais 216 5969,398
Matas e florestas naturais 2 Nâo há dados
Tombos Matas ou florestas naturais
destinadas a preservação 327 3.900,895
permanqnte ou reserva legal
Teras inaproveitáveis para
agricultura ou pecuária (pântanos, 16 28
9rc4s, pedreiras, etc.)
Fonte: IBGE / Censo Agropecuário (20í0)

Em relaçáo ao uso da água no Rio Carangola, de acordo com os dados primários, a


água é utilizada pelo proprietário apenas para dessedentaçáo animal. A água para
consumo na propriedade e proveniente de uma mina d'água que abastece o pequeno
9url3l' A captação de água para consumo da população ào municípta é realizadá pelo
9AAE- Serviço Autônomo de Água e Esgoto, de-acoido com os dados primários. Não
foi identificado nenhum tipo de conflito no que se refere ao uso atual das águas do Rio
Carangola. Na propriedade do Sr. Nourival Furtado há criaçáo de gado q-ue utiliza a
água para dessedentaÉo, mas este uso não seÉ prejudicadopela impantaçao da CGH
Carangola lV. O proprietário afirmou nunca ter utilizàdo a área adquirida jara demais
fins.

Abaixo as figuras apresentam a estaçáo de tratamento de água na sede urbana do


município de Tombos e o local de captação de água no Rio Éão João, trecho esse
distante do local da instalação da CGH Carangolá lV. Destaca-se que a unidade do
empreendimento não afetará as benfeitorias próximas, a saber, um curral e uma casa
(sem moradores).

RCA_ RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
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CGH CARANGOLA IV
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Figura í20. Estação de tratamento de água da Figura í21. Captação de água no Rio São Joáo.
sede urbana de T'ombos

Após identiÍicar os principais usos do solo, é possível perceber que a agricultura e a


pecuária desempenham papelfundamental na economia municipai. -

O Produto lntemo Público - PIB - indica a riqueza total produzida por determinada
sociedade. Este indicador fornece dados que permitem conhecer a realidade e a
estrutura econômica dos municípios brasileiros. Nb que se refere à composição
setorial,
em Tombos o setor agropecuário, como dito, é o de maior peso.

Tabela 40. Produto lnterno Bruto do Município de Tombos (4il),2016.

PIB a preços correntes Mit


99.298,3í
reats
PIB 11.158,37 reais
Valor adicionado bruto a prêços Mit
correntes 94.288,29
reais
Valor adicionado agropecuária Mit
14.O30,21
rears
Valor adicionado indústria Mit
4.182,48
reais
Fonte: IBGE Cidades 2016

Produtos como a banana, laranja e o coeda-baía aparecem na estatística de produçáo


agrícola da lavoura permanente do IBGE, além do cafe. O café é um ponto
fort" n"
economia local. Na AlD, não há planüo, apenas bovinos que sáo usados para
negociação com os pecuaristas da região.

Rce- ReLeróRto DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG

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CGH CARANGOLA IV
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Tabela 41. Pecuária - Efetivos da All -2017


Município Rebanho Qtd Unidade
Bovinos 19.410 CabeÇas
Eqúinos 321 CabeÇas
Suínos 3.750 Cabeças
Muares 32 Cabeças
Tombos Ovinos 26 Cabeças
Galos, frangas, frangos e pintos 8.201 CabeÇas
Vacas ordenhadas 3155 CabeÇas
Leite de Vaca 6.320,281 Millitros
Ovos de Galínha 38,991 Mildúzias
Fonte: lBGBPecuária 2017
Mesmo com a importância da agropecuária, o setorterciário e dinâmico e se destaca na
economia local, isso porque nele estão os valorcs atribuídos aos setores de comércio,
serviços e administraçáo pública. O comércio é de pequeno porte e, de acordo com os
dados da Estatística do Cadastro Central de Empresas do IBGE, em 2O1l havia 261
unidades de segmentos variados como mercados, correios, padarias, restaurantes,
açougues, lotérica, farmácias, hotel e outros.

A família do Sr. Nourival Furtado, supre suas demandas principalmente no município da


All, que possui um comércio com variedades de lojas e supermercados, em sua maioria
concentrados na área centralda cidade de Tombos/Mc. A cidade náo possui indústrias
e grandes empresas, e oferece postos de administração pública e seMços bancários.

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í22. Agência dos Coneios. Figura í23. Agência do


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Rca - ReteróR,o DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
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CGH CARANGOLA IV
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Figura í24. Agência do Banco do Brasil e Sede 125. Agência do Banco Bradesco.
da Prefeitura Municipal de Tombos/MG.
\,
Abaixo, a tabela apresenta o número de empresas locais nos municípios da All.

Tabela 42. Cadastro de empresas - 2017.


Itens Tombos Und
Número de unidades locais 261 Unidades
Pessoal ocupado total 1.213 Pessoas
PessoaÍ ocupado assalariado 888 Pessoas
Salários ê outras rem unerações '17.522,00 MilReais
Salário médio mensal 1,6 Salários mÍnimos
Número de empresas atuantes 260 Unidades
Cadastro empresas - Cidades

Os dados da estrutura produtiva indicam a importância da agropecuária e do setor


de
serviços e comércio no município da All. A instalação da CbH Carangola lV poderá
contar com serviços de alimentaçáo, por exemplo, alem de significar üm incremento,
mesmo que modesto, no comércio local. No quetange a hospedãgem, o município
conta
com dois hotéis, que poderão hospedar os piofissionais que viráó de outras cidades.

Em relaçáo às receitas e despesas municipais, também de acordo com o IBGE,


a cidade
de Tombos/MG recebeu em 2017 um valor equivalente a R$ 7.SB4,SZ, piweniente
do
Fundo de Participaçáo.I\runicipal (FpM). Ainàa segundo o órgão, ainoa zoll, o
balanço anuar contabirizou uma receita orçameritária de ns zr.ggs,4g "m(receitas
correntes + receitas de capital) e uma despesa orçamentária igual a R$ 20.g91,32.
As
!e909sa sâo os gastos realizados entre outroi setores dJadministraçao pública,
Saúde, Educaçáo, Assistência Sociat, Segurança Pública e Cultura, áÀ"i,,õr" serão
caracterizadas no item adiante.

Caracterizacão Sociocultu ra I

Os indicadores têm por função caracterizar mais detalhadamente os objetívos e


resultados, estabelecendo o que e quanto se pretende alcançar, e fornecer
uma base
para o acompanhamgnJo e a avaliação do planejado (PFEIFÉEn,
zoOo). ,'No caso dos
indicadores de qualidade de vida, e necessário qúantiÍicar o acesso a um
meio ambiente

RcA- RELATóRIo DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG

164
CGH CARANGOLA IV
om6^
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saudável, ao emprego, à educaçáo, ao saneamento básico, à saúde, à moradia, ao


lazet, à segurança". Dessa forma, será tratado a seguir alguns dos aspectos que
integram e determinam a qualidade de vida na área de influência indireta da CGH
Carangola lV, o município de Tombos - MG.

Educacáo

Da infraestrutura educacional no local de interesse desse estudo tazem parte as esferas


municipal, estadual e privada, responsáveis pelos ensinos fundamental e médio,
educaçáo infantil, educaçáo de jovens e adultos (EJA) e educação especial oferecidos
à populaçao. A educação em Tomhs/MG está ligada à Superintendência Regional de
Ensino (SER) localizada na cidade de Carangola/MG, segundo divisão administrativa
da Secretaria Estadualde Educação de Minas Gerais. Abaixo a tabela apresenta a lista
das escolas presentes nos municípios da All.

Tabela 43. Lista de escolas que compõem a infraestrutura educacionalde Tombos (All).
Dependência Nível/ Modalidade de
Escolas Localização
Administrativa ensino
Ensino Fundamental Anos
EE llka Campos
Estadual Urbana
Finais (60 ao 90 ano) / Ensino
Vargas Médio Regular / EJA
Presencial
EE Antônio Martins de Distrito de Ensino Fundamental (1o ao 50
Estadual
Barros Catuné ano)
Ensino Fundamental (1o ao 50
EM Emilio Soares Municipal Urbana
ano)
EM Marieta Guariglia
Municipal Urbana
Ensino Fundamental (1o ao 50
Bravo ano)
Centro Municipal de Creche(0a3anos)ePré-
educação lnfantil Olivia Municipal Urbana Escola(de4a5anos)
Quintão
Pré-escolar municipal Distrito de Pré-escolar
Municipal
Pinqo de Luz Catuné
Distrito de
EM Savina Lazaroni Municipal (1o ao 50 ano) e EJA
Catuné
Centro Educacional
Particular Urbana
Pré+scola e Ensino
Rosely Galo Feneira Fundamental(1o ao 50 ano)
Não Educação especial
APAE Urbana
Govemamental
Fonte: Secreatria Municipal de de Tombos/MG.

Conforme tabela apresentada acima, Tombos possui uma escola na sede que oferta o
Ensino Medio; 06 escolas que ofertam ensino fundamental, sendo 03 públicas na sede
do município e 02 no Distrito de Catuné, e ainda uma particular na sede. Que oferecem
educação infantil e pré-escola são uma escola pública na sede e uma no Distrito do
Catuné, uma particular no município sede; 02 ofertam o EJA, sendo uma no município
de sede e outra no Distrito do Catuné. No município, as escolas estão distribuídas nas
zonas urbanas, tanto a sede urbana do município quanto a sede urbana de distritos
municipais.

RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
165
ç CGH CARANGOLA IV
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Figura 126. Escola Estadual llka Campos Vargas, na sede urbana do município de Tombos
(Ail).

Segundo o IBGE, em 2018 foram realizdas 926 matrículas no ensino fundamental e


336 matrículas no ensino médio. Não há dados sobre o número de matrículas no ensino
de jovens e adultos e prâescola.

Atualmente é oferecido no município cursos técnicos de Agronegócio e Secretariado,


ofertados pelo Estado de Minas Gerais. No que tange ao Ensino Superior, a populaçáo
busca em cidades próximas como CarangolalMG e ltaperuna/RJ, que possuem
universidades particulares e estaduais, além da modalidade e distância.

No que se refere à taxa de analfabetismo, este é um indicador utilizado como forma de


dimensionar a situaçáo de desenvolvimento socioeconômico de um grupo social em seu
aspecto educacional, além de subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação
de políticas públicas de saúde e educação, pois pessoas não alfabetizadas requerem
formas especiais de abordagem nas práücas de promoção, proteçáo e recuperaçáo da
saúdeío. Conforme a UNESCO, níveis de analfabetismo acima de 05o/o sáo
considerados inaceitáveis internacionalmente (UNESCO, 1 993 in RIPSA).

Um dado importante sobre educaçáo é o percentual de pessoas alfabetizadas.


No Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD
Contínua) 2018, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade foi
estimada em 6,8%o (11,3 milhões de analfabetos). A taxa de2O17 havia sidoTo/o, sendo
que o número de pessoas de 15 anos ou mais que são analfabetos apresentou uma
reduçáo de aproximadamente 121 mil pessoas.

Conforme dados do Ministério Saúde, em Tombos a população analfabeta com idade


acima de 15 anos se apresentava nos anos 1991 am 1449 analfabetos, em 2000, com
1159 e em 2010, com 1.'t19 pessoas, não havendo dados mais recentes. O que é
possível comparar que a taxa de analfabetismo vêm caindo ao longo dos anos.

10 lnformações retiradas da Rede lnteragencial de lnformações paÍa a Saúde - RIPSA.


Disponível em: http://www.ripsa.oro.br/fichaslDB/record.php?node=8.1&lanq=ot. Acesso em 28
de agosto de 2019.

-
RCA RELATóRIo DE coNTRoLE AMBTENTAL
CGH CARANGOLA IV
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CGH CARANGOLA IV
om6
No município, a propoçáo de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 9g,1 1%, em 2010.
No mesmo ano, a proporçáo de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos flnais
do ensino fundamental é de 8 í,68%; a propoção dejovens de 15 a 17 anos com ensino
fundamental completo e de 66,54%; e a proporçáo de jovens de 1g a 20 anos com
ensino médio completo é de 42,93o/o. Enlre 1 991 e 2O1 O, essas proporÇõês
aumentaram, respêctivamente, em 56,52 pontos percentuais, 40,93 pontos percentúais,
44,94 pontos percentuais e 27,14 pontos percentuais. A taxa de analfabetismo no
município é de 14,7o/o.

Segue grafico com comparaçáo das taxas de analfabetismo em Tombos com a média
nacional.

Tabêla 44.Taxa de Anatfabetismo da populaÉo cima de .15


anos no muncipio da All, 2000

Fonte: Ministério da Saúde - DATASUS/ Dados do municipio, 2O1O

Em entrevista, o proprietário informou que cursou até a 4a série assim como sua esposa,
devido às diÍiculdades de acesso da epoca, diferente de seus filhos que sáo formados
no Ensino Médio e foram trabalhar em oúras cidades, como Sáo Paulo/Sp e Niterói/RJ.
Atualmente uma das filhas que está aposentada reside com os idosos e nâo há
residentes em idade escolar na casa do Sr. Nourival Furtado.

Hoje, há programas de governo mais eÍcientes para diminuiçáo do número de


analfabetos no país. Para os jovens e adultos, a cidade conta com o EJA (Educaçáo de
Jovens e Adultos), no entanto nenhum dos entrevistados ou seus filhos frequentam a
escola.

Verifica-se no município a falta de escolas que oferecem o ensino pÍofissionalizante.


Para as obras da CGH Carangola lV náo é exigido alto grau de escolaridade, pois a
maioria dos cargos está relacionada à construçáo civil e a máo de obra especializada,
como já mencionado, será oriunda de outras localidades.

Saúde e Assistência Social

Seguindo a caraclerizaçáo sociocultural, a infraestrutura de saúde oferece rede de


atençáo de básica e média complexidade. A Secretaria de Saúde é responsável pelo
funcionamento e gestáo do SUS. Na Atençáo Primária há 4 equipes de EstÍategia de
Saúde da Família (ESF) e Equipes de Saúde Bucal (ESB), sendo 3 na zona urbana e 1

RcA - RELATóR|o DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
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na zona rural no Distrito de Catuné. Também possui um Centro de Referência Materno


lnfantil, um Núcleo de Apoio de Saúde da Família (NASF Il), uma Unidade de Vigilância
em Saúde (Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica e Mgilância Ambiental).

Dentro da média complexidade possuio Centro de Saúde Gothardo Gouveia que oferta
atendimento ambulatorial; o Pronto Socono Municipal com atendimento 24 horas na
urgência e emergência, SAMU 192; e ainda, o Centro de Atençáo Psicossocial (CAPS
l) e Farmácia para todos, com dispensação de medicamentos.

A Secretaria de Saúde conta com prestadores de serviços como laboratório de análises


clinica, APAE de Tombos, clinica de Fisioterapia, assim como o Hospital São Sebastião.
O referido hospitalestá fechado desde 2015, encontra-se em fase de reabertura, o que
será um grande ganho para a população, uma vez que tais serviços sáo referenciados
nos municípios da regiáo como Carangola/MG, Muriaé/MG e ltaperuna/RJ. De acordo
com dados primários, os equipamentos existentes atendem a demanda do município, e
aqueles serviços que não são ofertados no município (exames de alta complexidade,
cirurgias, tratamento oncológico, etc), são referenciados através de consórcios
intermunicipais.

A importância em diagnosticar o sistema de saúde da AIl, está na possibilidade de


utilizar as informaçÕes obtidas para auxiliar em qualquer situação ou eventualidade que
por ventura ocoÍra na implantação da CGH, principalmente no período das obras. Vale
mencionar que oconências nessa área não sâo comuns e o próprio estudo em seu PCA
- Plano de Controle Ambiental, propõe um programa voltado para saúde e segurança
do trabalho, na busca da prevenção de acidentes de qualquer natureza que coloque em
riscp a integridade física dos trabalhadores e populaçáo do entomo.


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Figura 127. Pronto Atendimento de Tombos/MG Figura í28. Secretaria Municipalde Saúde de
Tombos/MG.

É importante salientar que no entorno da âreadestinada a receber as unidades da CGH


Carangola lV, a densidade populacional é pequena, o gue contribui para diminuir risco
de acidentes.

No que tange a infraestrutura de Assistência Srcial, cabe destacar que o município da


All possui uma Secretaria de Assistência Socialque realiza a gestão desta política.

Rce - ReteróRro DE coNTRoLE AMBTENTAL


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CGH CARANGOLA IV
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Os proprietários náo sáo usuários desta política pública, como informado em entrevista.
Mesmo os proprietários não fazendo parte dos usuários da assistência social, dados
demonstram que no município da All é grande a parcela da populaçáo que necessita
desta política.

A Secretaria Municipal de Assistência Social faz a gestáo do programa federal ,,Bolsa


Família", que é um progÍama de transferência direta de renda com condicionalidades,
que beneÍicia famílias em situaçáo de pobÍeza e de extrema pobreza. Conforme relatório
completo do Bolsa Família, em Tombos, 503 famílias sáo beneficiárias do programa.
Essas famílias equivalem a '13,'l7o/o da populaçáo total do município, e inclui 64 famílias
que, sem o programa estariam em condiÉo de extrema pobreza. A cobertura do
programa é de 670/o em relação a estimativa de famílias pobres no municipio. Essa
estimativa é calculada nas bases mais atuais do Censo Demográfico, realizado pelo
lnstituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE).

De acordo com relatório do Cadastro Único, o município da All encontra-se acima da


média nacional no que diz respeito a atualizaçáo cadastral, sendo considerado o
acompanhamento das condicionalidades de educaçáo e saúde e do fator de operaçáo
"muito bom", conforme quadro abaixo.

Qu.dio-.ínt !.,uüode,o1e)
Aconrp-h..n.nto d.. AcoÍr|,dft{tr rlto d.s
AconlP-r!.mnto.l.
Atú.I2.ç-o C.d.3Ú.1 êorÍ$êion.lld.d.. .i. cordlclon{d.d.. .L F.lor d. Op.hçao

N..aoír.l Munrclplo l{.doí.| Munictpio N.ctú.t i Munictpio lL.ao.d lMunictÉo


9(,,30 92.94 75,55 96,20 t3,9r 9O,67

Figura í29. Quadro sínlese [unho de 2019). - Cadastro Único - Tombos (MG).

Subordinado à Secretaria de Assistênciâ Social está o Cenlro de Referência da


Assistência Social - CRAS que está inserido na proteçáo básica. O CRAS, segundo
entrevista com a coordenadora, oferta os Serviços do PAIF (Serviço de Proteção lntegral
a Família) e SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos), onde sáo
oferecidas várias oÍicinas, a saber, informáüca, aulas de dança, música, nataÇáo,
artesanato, etc. Sendo áuante também no distrito do Catuné com oÍicinas de futebol e
capoeira. OutÍo programa inserido na referida Secretaria é o Programa Criança Feliz
que objetiva ampliar a rede de atençáo e cuidado integral das crianças na primeira
infância, considerando sua família e seu @ntexto de vida. E ainda, dentro da proteção
Social Especial, oferta o abrigo, que recebe crianças e adolescentes, em medida
protetíva de caráter provisório, afastados do convívio familiar por conseqüência de
abandono ou entáo cujas famílias ou responsáveis encontrarn-se impossibilitados de
cumprir sua funçáo de cuidado e proteçâo.

RcA- RÊLATÓRIo oE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
ÍOMBOS - MG
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CGH CARANGOLA IV
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Figura 130. Sêdê do Centro dê Referência de Assistência Social - CRAS de Tombos, All

O município também conta com uma Equipe de Conselho Tutelar que atua na proteção
e garantia dos direitos da criança e do adolescente.

Levando em consideraçáo as Íamílias beneÍiciárias do Programa Bolsa Família, é


possível concluir que a falta de acesso ao trabalho é um dos principais problemas que
afetam a populaÉo com maior vulnerabilidade social no município, seguindo a mesma
tendência de outros municípios brasileiros. Assim, é fundamental que se priorize a máo-
de-obra local nas obras da CGH Carangola lV, procurando distribuir as vagas de
emprego disponiveis, e buscando parcerias no momento da contratação para que êsta
população sem acesso ao trabalho e ao conhecimento seja atingida.

Emoreoo e renda

Tendo em vista os dados da assistência social demonstrando que há um grande número


de pessoas que não possuêm renda, é necessário também analisar aspectos
relacionados ao emprego para que a implantaÉo do empreendimento venha beneÍiciar
a populaçáo local, pÍincipalmente a mais caÍente, gerando renda para essas famílias.

Em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais do município,


26,440/o lrabalham no setor agropecuário, 2,34o/o na indústria extrativa, 4,54o/o na
industria de transfoÍmação, 6,95% no setor de construção, Í,86% nos setores de
utilidade pública, 16,470/o no comércio e 38,620lo no setor de serviços. Pela falta de
oportunidades no município, muitos jovens buscam empregos em outras cidades.

No que tange empregos da agropecuária, apesar de significativos para a populaçáo


local, muitas vezes é temporário, quando da mlheita do café. Cabe ressaltar que o
município possui o Sindicato dos Trabalhadores Rurais.

Quanto a renda do proprietário, recebe um salário mínimo de aposentadoria, o qual é


complementado pela raenda de bovinos. Em reÍaÉo aos oulros moradores, a esposa
náo tem renda e a filha é aposentada, contribuindo com as despesas da casa.

Em razáo dos números da assislência social e do trabalho e emprego, fica clara a


necessidade de novos postos de trabalho. Este constitui um aspecto positivo da

RcA- RELÁÍóRto DE coNTRoLE At BtENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
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CGH CARANGOLA IV
om6'
Í0$[üuailErr LEaaiirt^

instalação da CGH Carangola lV, que trará novos postos de serviços, principalmente na
construçáo civil, e poderá contribuir pam a melhoria de renda da população local. A
previsão do salário médio a sêr pago aos frrncionários contratados para a
implantação da CGH, conforme afirmado pelo empreendedor, varia da seguinte
forma:

Valor do salário mais baixo: R$; 1.052,00


Valor do salário mais alto: R$; 5.000,00
Valor médio dos salários: R$; í.500,00

Na fase de implantação do empreendimento, serão gerados aproximadamente 35


empregos diretos, sendo 80o/o de máode'obra local e 20o/o de mão-de-obra
especializada, por um período de aproximadamente 08 meses. Já durante a operaçâo,
serão apenas 02 funcionários, do próprio município, treinados para a funçáo. Além dos
empregos diretos, durante as obras, empregos indiretos como no setor de alimentaçáo,
\- podem ser gerados, e ainda, poderá contribuir para a movimentação do comércio local.
Muitas vezes o impacto positivo da geraçáo de emprego pode se tornar negativo quando
do término das obras. Neste caso, o impacÍo pode ser minimizado pelo Subprograma
de Comunicação Social, que esclarecerá para a população o período de contratação
(início e fim).

A geração de emprego e renda contribui paÍa a elevaçáo no indice humano de


desenvolvimento (lDH) atribuído ao município. Em Tombos, segundo o Atlas do
Desenvolvimento Humano (PNUD,2010), o IDHM (lndice de Desenvolvimento Humano
Municipal) foi de 0,718, o que situa o município na faixa de Desenvolvimento Humano
Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799). A dimensão que mais contribui para o IDHM do
município é a Longevidade, seguida de Renda e Educação. A tabela abaixo apresenta
os subíndices de desenvolvimento humano (educaçáo, longevidade e renda) que
geraram o valor do IDHM.

Tabela 45. Subíndices de Desenvolvimento Humano Municipal observados na All, 2010


IDHM Tombos
IDHM - Longevidade 0,871
IDHM - Renda 0,699
IDHM - Educaçáo 0,607
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano, PNUD,2010.

SequranÇa Pública

Se por um lado a proteçáo social busca contribuir para a promoçâo do bem-estar social
e da qualidade de vida, por outro a defesa social pretende a garantia da segurança
pública, com a finalidade de proteger os cidadãos, a sociedade e os bens públicos e
privados. A segurança pública em Tombos conta com a Polícia Militar e Policia Ciü|. A
Policia Militar de Tombos pertence a75a CIA PM do 47o Batalhão PM de Muriaé. Náo
há unidades do Corpo de Bombeiros ou Defesa Civil, o que obriga o municipio a recorrer

RCA - RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


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TOMBOS - MG
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CGH CARANGOLA IV
om6'
(dslr$uâimIT tEmi/la^

a outros centros urbanos. O mais próximo está em Muriaé/MG. O município possui


Tribunal de Justiça, cuja jurisdiçáo abrange o município de Pedra Dourada.

O empreendimento, apesar do pequeno porte, contribuirá com um acréscimo (bastante


restrito) na movimentaçáo de pessoas em seu entomo. Mesmo com a maioria das
pessoas contratadas sendo oriundas da região, os moradores do entorno imediato
conviverão com pessoas diferentes próximas às suas propriedades por determinado
período de tempo. E interessante que o empreendedor possa estabelecer parceria com
as patrulhas locais apenas como medida preventiva.

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Figura 13í. Sede da Polícia Militar em Tombos, All.

lnfraestrutura Urbana e de Servicos

Habitação. Saneamento e Enerqia Elétrica

Aspqctos como habitaçáo, saneamento, energia elétrica e meio ambiente auxiliam a


caracterizar a infraestrutura urbana em Tombos. Os domicílios recenseados por espécie
de domicílio no municipio sáo quase todos particulares, conbrme descrito na tabela
adiante. Na AlD, de acordo com a situaçáo jurídica, o proprietário possuidocumentaçáo
da propriedade. O proprietário relata que já existiram moradores na propriedade, porém
hoje a "casa" náo oferece estrutura de rnoradia.

Tabela 46. Domicílios recenseados na All por espécie de domicílios, 2010.


Particulares - ocupados 3.161
Particulares - não ocupados 688
Particulares - não oarpados - de uso ocasional 197
Tombos Particulares - não ocupados - vagos 491
Coletivos 7
Coletivos - com moradores 3
Coletivos - sem moradores 4
Fonte: IBGE/Censo 201 0/Primeiros Resultados

No que diz respeito ao saneamento básico, segundo o diagnóstico de serviços e água


e esgoto do Sistema Nacionalde Saneamento de 2012, o percentualtotal da população
\-
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om6
total abastecida no município é de 82,0o/o, sendo o atendimento da populaçáo urbana
igual a 99,0%. Os serviços de água estáo sob a responsabilidade do Serviço Autônomo
de Agua e Esgoto - SAAE.

A cidade é cortada pelo rio Carangola, que nasce no alto do munícípio de Divino, é mais
volumoso. O Rio São Joáo, que nasce no alto do Município de Pedra Dourada/Mc,
fornece água para o abastecimento da cidade, deságua no Rio Carangola, dentro da
cidade de Tombos/MG. Além destes dois rios o município conta com dezenas de
córregos que repÍesentam um grande manancial de águas que banham
permanentemente o território. A água que abastece a cidade é capitada abaixo da
cachoeira do Rio Sáo Joáo, na Fazenda da Cachoeira com uma distância de 6 km.

No Distrito do Catuné a captaçáo de água é realizada através de um poço e de um


açude. Já no Distrito de Agua Santa exis{em dois poços de captaÉo da água, sendo
ambos realizados superficialmente. Na zona rural do município de Tombos o
abastecimento é realizado através de minas d'água próprias ou de terceiros.

De acordo com Censo 2010 do IBGE, com relaçáo à situaÉo do serviço de


esgotamênto sanitário no município de Tombos, aproximadamente 68% dos domicílios
sáo atendidos por rede geÍal de esgoto ou pluvial. Este seMço também está sob
responsabilidade do SAAE.

A coleta de resíduos sólidos é realizada obedecendo a critérios de frequência


estabelecidos pela Prefeitura, em razáo da quântidade gerada e as respectivas regiôes
da cidade. A coleta do município acontece diariamente de segunda a sábado, e o serviço
está subordinado à Secretâria de Agricultura e Meio Ambiente. O município náo possui
coleta seletiva. O lixo é coletado na sede urbana de Tombos e o destino final é um aterro
sanitário. Na AlD, náo há estrutura de esgotamento sanitário.

Em relaÉo à energia elétrica, hoje o sistema nacional funciona com a existênciâ do


Sistema Elétrico lnterligado Nacional, responsável pela produçáo de energia elétrica do
país. Assim, a energia gerada pelo empreendimento de aproveitamento hidrelétrico
CGH Carangola lV, será inlegrada a êsse sislema, contribuindo para a melhoria da
qualidade da energia e a redução das oscilações no fomecimento da mesma. Na All, a
empresa responsável pela distribuiçáo de energiâ produzida é a CEMIG.

O Atlas de Desenvolümento Humano aponta uma evoluçáo da cobertura de energia


elétrica nos domicílios na cidade de Tombos ao longo dos anos, conforme quadro a
seguir.

í 991 2000 2010


% da populaçáo em
domicílios com 85,58 97,25 99,79
enerqia elétrica

Por seu pêqueno porte e carâcterísticas específicas, os impac{os socioambientais da


CGH Carangola lV sáo minimizados. Assim, este tipo de aproveitamento hidrelétrico
constitui uma altemativa mais sustentável para a produçáo de energia. As áreas de
supressáo vegetal são menores, náo há necessidade de construçáo de reservalórios,
náo há desapropria@es, entre outras vantagens. Dessa forma, o modelo do

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om6'
aqslroM ai*iÍ L erinÂ

empreendimento proposto, além de contribuir para o aumento da capacidade de


geraçáo de energia elétrica, o faz com menor interferência no meio onde é instalado.

Meio Ambiente e Turismo

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) tem


como missáo formular e coordenar a política estadual de proteção e conservação do
meio ambiente e de gerenciamento dos recursos hídricos e articular as políticas de
gestáo dos recursos ambientais, visando ao desenvolvimento sustentável no Estado de
Mínas Gerais.

A cidade de Tombos possui uma Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente que tem
entre suas funçÕes a conservação de estradas rurais e vicinais, assistência ao produtor
rural e coleta de lixo. Mantém parceria com a EMATER e o Sindicato do Trabalhador
Rural, além de investir na educação ambiental. Tambem atende escolas, instituiçÕes e
prog ra mas m u n ici pais com alimentos orgânicos.

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Figura í32. Entrevista com Secretário Municipalde Agricultura e Meio Ambiente. (Marco
Antônio Pittize Ribeiro)
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Apesar da baÍxa poteneialidade social do município da All, acredita-se que a CGH
Carangola IV, por seu pequeno porte, curta duração e pequena mâo-de-obra (maioria
sem exigência de alto grau de escolaridade), não irá sobrecanegar a infraestrutura
social do mesmo e que o município oferece condiçÕes compatíveis com o pequeno porte
do empreendimento.

No que se refere ao Turismo, o município conta atualmente com um departamento de


turismo. Dentre os principais pontos e atrativos turÍsticos está a cachoeira de Tombos,
que dá nome a cidade, ela mede aproximadamente 62 metros de altura sendo a 5a maior
em volume de queda d'água do país, principal ponto turÍstico da cidade. É na Cachoeira
de Tombos que dá inicio a rota turÍstica do Caminho da Luz, que recebe muitos
caminhantes ao longo do ano.

RCA - RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


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om6^

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Figura í33 - Cacfioeira de Tombos/MG.

Outro ponto que recebe muitos visitantes é a Pedra Santa, que está situada no distrito
de Catuné, trata-se de uma gruta, obra produzida pela própria natureza. A Íesta da
Pedra Santa é realizada loda 2a quinzena do mês de julho, e atrai romeiros de todo o
país, mas o local é visitado diariamente por pessoas interessadas em conhecer o
fenômeno da desintegração da pedra que vem se deslocando através dos tempos sem
que ninguém perceba, pois segundo os moradores das proximidades nunca ninguém
conseguiu ver a pedra cair ou desintegrar-se da grande rocha.

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Figura 134 - Gruta da Pedra Santa - Distrito de Catuné - Tombos/MG.

Fundado em í914, o Tombense Futebol Clube esperou até a primeira década do ano
seguínte para se profissionalizar. Hoje os jogos do time atraem pessoas de toda a regiáo
para assistir as partidas.

RcA- RELATóRIo DE coNTRoLE AMBTENTAL


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Figura í35 - Estádio Futebol Clube -
Tombos/$tG.
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Na festividade de camaval, a cidade de TomboslMG recebe muitos visitantes, com
blocos caricatos, escolas de samba, boi pintadinho, resgatando os antigos carnavais.

Figura í36 - Camaval2018 - Tombos/MG.

No dia 9 de setembro de 1976, Tombos se despediu da última viagem de trem. Um ano


depois, começou a retirada dos trilhos, e, em 1988, a antiga estaçâo se transformou em
terminal rodoviário. Hoje, a construçáo tem dupla função, ou seja, é museu e rodoviária.
Obras de restauração foram realizadas, cujas características arquitetônicas foram
mantidas.

O museu, inaugurado em 21 de maio de 1996, possui em seu aceryo peças doadas e


cedidas por empréstimo pelas famílias de Tombos. Os arquivos históricos e geográficos
também estáo instalados no museu.

O museu está localizado no prédio da antiga Estação Fenoviária. Em 1988, o local se


tornou Terminal Rodoüário. A edificação tombada, que abriga o Museu e o Terminal
Rodoviário de Tombos, já passou por uma restauraçáo e atualmente conserva as
características do predio rodoviário. As intervençÕes não são visíveis, e o prédio se

Rce - nemtóRro DE coNTRoLE AMBTENTAL


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(orslloRu aiBEiÍÂt € ÁGiÀâtÀ

encontra em bom estado de conservaÉo. O museu, inaugurado em 21 de maio de


1996, conta com arquivos histórico, geográÍico e cultural.

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Figura 137. Vista lnterna do Figura í38. Vista Externa do Museu de Tombos/MG.
Tombos/MG. {Antiga Estação Ferroviária). Secretaria Municipal de
Saúde de TomboslMG.

Os proprietários da AID disseram não desfrutar muito do lazer, gostando de ficar mais
em casa. Cabe aqui ressaltar, que o Rio Carangola, previsto para instalação da unidade
da CGH não está inserido em área utilizada para o turismo local.

Comunicação e Transporte

No que diz respeito à comunicação TomboslMG possui uma rádio local e equipamentos
volantes são usados para divulgar as informaçÕes locais.

Apesar de não haver grandes veículos de comunicaçáo locais na área de influência, é


possível proceder a comunicaçáo entre empreendedor e populaçáo. E indicada a
execução de um Programa de Comunicação Social, que utilize instrumentos como
boletins informativos, faixas, carro de som, parcerias com o pder público, conforme
necessidade. Esses equipamentos podem auxiliar na divulgação do andamento da obra;
contratação de mão-de.obra, entre outros.

Quanto aos transportes, as principais rodovias que servem de acesso ao município da


All e à área do projeto é a BR-MG 111. Lembra-se que no canteiro de obras não haverá
alojamentos, assim, o empreendedor locará veículo para o transporte diário dos
trabalhadores.

Próximo à área prevista para instalaçáo da CGH Carangola lV, a densidade


populacional é baixa, com poucas residências. Há um povoado e outras residências pelo
caminho. Durante o período das obras, o trânsito pode sofrer perturbações, uma vez
que o fluxo de veículos aumentará, porém, a obra em suas proximidades não deve
causar grande incômdo em razão da pouca quantidade de moradias no entorno
imediato. Nesse sentido, o empreendedor deverá tomar medidas para evitar obstrução
da via, e utilizarsinalização adequada para minimizaros possíveis impactos geradosao

RCA - RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


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CGH CARANGOLA IV
om6
trânsito, bem como, obedecer aos hoÉrios das jornadas de trabalho. Se houver
necessidade de detonações ou qualquer oulra açáo diferenciada no dia-a-dia da
construçáo civil é recomendado que o empreendedor comunique tais açóes
antecipadamente, horários de ocorrência e sua duraçáo, para que a populaçáo do
entomo esteja ciente.

Caracterizaçáo das Propriedades da Área de lnfluência Direta

A atividade produtiva desenvolvida na pÍopriedade na âtea da CGH Carangola lV


consiste na pecuária. A água do Rio Carangola, de acordo com declaração dos
entrevistados, é utilizada apenas para dessedentaçáo animal. Durante o levantamento
socioeconômim na AID do êmpreendimento náo foi constatada a presença de famílias
que sobrevivem de atividades econômicas envolvendo o Rio Carangola como pesel,
extraçáo de areia, garimpo, etc.
Náo há atividades produtivas desenvolvidas na propriedade, apenas a pecuária, onde o
gado tem Íinalidade de "fazer negocio".

O Município de Tombos é referência no que diz respeito às demandas de saúde,


sêrviços, compras e lazer da população da área do entorno do empreendimento.

Tdbela 47. PÍoprietários que terão parte de suas áÍeas atingidas pela implantaçáo da CGH
Carangola lV.

Localização da Propriêdadê com Área Total de


Proprietário Cadastrado
Relação ao Emprêendimento lntêrvênção (ha)
Captaçáo, Conduto e Casa de Forçâ Nourival Leitão Furtado 0,6240

Abaixo a
caracterizaçáo sociocultural das propriedades e famílias afetadas pela
implantaçáo da CGH Carangola lV.

Propriedade: Fazenda Santa Cruz


: Nourival Leilão Furtado

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Figura í39, Entrevista Social do Proprietário Sr. Figura í40. Entrevista Social do Propriêtário Sr.
Nourival Furtado ê suâ esposa Lucy Maria Borba Nourival Furtado e sua esposa Lucy Maíia Borba
Furtado, realizado na sua residência, localizado na Furtado, realizado na sua residência, localizado na
sede do município de TombosiMG. sede do município de Tombos/l\íG.

RcA - RELATôRlo DE coNTRoLE AMatENTAL


CGH CARANGOLA IV
ÍOMBOS. MG
't78
CGH CARANGOLA IV
omÉ
O Sr. Nourival Furtado reside com a esposa e uma filha em residência própria, na cidade
de Tombos, o idoso e sua Íilha sáo aposentados. O casal possui três filhos, e apenas
uma recentemente veio da cidade de Nilerói residir com os pais, e contribui
financeiramente com as despesas da casa.

A pecuária desenvolvida é a criaçáo de gado, possui um rebanho com apÍoximadamente


30 cabeças, que sáo negociados com proprietários da regiáo. Náo há maquinário na
propriedade para auxiliar no desenvolvimento das atividades e náo há utilizaçáo de
técnicas de conservaçáo do solo. Na pecuária, o proprietário mantém o rebanho sempre
vacinado. As benfeitoÍiâs do local sáo apenas um curral e uma casa, estando a casa
sem moradores com necessidade de reparos. A moradia existente na propriedade já foi
habitada por empregados.

Sr. Nourival construiu sua atual moradia êm 1989, antes dessa data residia com a família
na cidade de Caparaó, e relata nunca ter moÍado na referida propriedade com sua
família.

A fazenda é atendida pelo serviço público de energia elétrica, CEMIG. Náo havendo
resíduos signiÍicativos, com instalação sanitária. A água para consumo é proveniente do
município. A família possui um automóvel. Em rêlação à renda, a venda de gado é um
complemento da renda familiar, náo sendo a única fonte; o Sr. Nourival recebe o
equivalente a um salário mínimo de aposentadoria. A Íilha, que também é aposentada
contribui com as despesas da casa.

Quanto aos serviços de saúde, quando necêssário, a família busca assistência médica
particular no município ou em cidades próximas. Para o atendimento de outras
demandas da família como lazer e compras do dia a dia (supermercado, açougue) são
realizadas na cidade- A teleüsáo é o meio de comunicaçáo mais utilizado para que a
família se mantenha informada. As conversas com a populaçáo local sâo fonte para o
conhecimenlo dos acontecimentos da regiáo, assim como os carros volantes.

A percepçáo do entrevistado com relação à implantaçáo da CGH Carangola lV é boa,


sobretudo porque acredita que náo haverá mudanças significativas no entorno e náo
haverá alteraçáo na capacidade produtiva nas partes remanescentes da propriedade,
tendo em vista a pequena dimensão da área negociada. Relevante a fala do proprietário
quando demonstra sua satisfaÉo ao dizer orgulhar-se da geraçáo de energia em sua
propriedade.

coNcLUsÃo
Levando-se em consideração os aspeclos mencionados neste relatório, entende-se que
a mnstruçáo de usinas hidreletricas é um fator imporlante no desenvolvimento da
economia principalmente de regiôes mais distantes dos grandes cenlros urbanos.

A CGH Carangola lV constitui uma altemativa mais sustentável para a produção de


energia. Por seu pequeno porte e características especíÍicas, os impactos
socioambientais são minimizados. As áreas desmatadas são menores, náo há
necessidade de construção de reservatórios, náo há desapropriaçôes, entre outras
vantagens. Dessa forma, o modelo do empreendimento proposto, além de contribuír

RcA- REt-ATóRto oÊ coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
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CGH CARANGOLA IV
omÉ
ailsfmh lilHGtÍÀt E Áahr

para o aumento da capacidade de geração de energia elétrica, o taz com menor


interferência no meio onde é instalado.

É relevante informar que impactos como o aumento de circulação de pessoas e carros


pelas estradas de aeesso ao empreendimento e em deconência deste, como demais
pequenos impactos que possam surgir, serão sempre atenciosamente sanados pelo
empreendedor.

ncn- ReLntóRlo DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
180
L
CGH CARANGOLA IV omD
(qillwlArSr&ÉtrlIM

8. rpENTrFtcAÇÃo E AVALIACÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

As CGH's (Centrais Geradoras Hidrelétricas) por corresponderem a empreendimentos


com pequena potência instalada, se caracterizam como projetos de pequena dimensáo,
causando reduzida e pontual escala de intervençÕes ambientais. Nos itens a seguir, sáo
apresentadas a identificação e a avaliação dos impactos ambientais previstos em
decorrência das atividades de implantação e operação da CGH Carangola lV.

8.1. ldentificação dos impactos ambientais

8.1.1. Metodologia

Segundo a definição legal da Resolução CONAMA 001/1986, impacto ambiental é"qualquer


alteração das propiedades físl'cas, químicas ou bíológicas do meia ambiente, causada por
qualquer forma de matéia ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou
indiretamente, afetem: a saúde, a segurcnça e o bem esÍar da população; as atividades
socíars e econômicas; a bíota; as condiçÕes esféfÍcas e sanifárias do meio ambiente e a
qu alidade dos recurs os ambientai§' -

Visando estabelecer uma avaliação holística, toram realizadas reuniões ad hoc entre os
especialistas envolvidos na elaboração deste documento, superposiçáo de mapas temáticos
em funcionalidades de geoprocessamento e verificadas as principais alterações
socioambientais associadas às fases de implantaçáo e operação do empreendimento.

Os impactos ambientais podem ser adversos (negativos) ou benéficos (positivos),


dependendo da forma em que ocorrem as interações das atividades a serem desenvolvidas
com o status ambiental local. Para a identificaçáo dos impactos ambientais foram
considerados os meios físico, biótico e socioeconômico, baseando-se no prévio diagnóstico
ambiental da área de influência da CGH e nas características inerentes às atividades
previstas.

Os impactos ambientais potenciais motivados pelas atividades ocorrentes e/ou previstas


foram identificados conforme diretrizes da ABNT NBR ISO 14.00112004 e Resolução
CONAMA 001/1986. Foram selecionadas, primeiramente, as atividades mais significativas
das fases de implantaçáo e operaçáo do empreendimento. O cruzamento das características
dessas atividades potencialmente impactantes com os atributos ambientais relacionados às
mesmas possibilitou a previsão dos impactos ambientais que podem ser gerados.

Para uma melhor compreensão, segue a deÍiniçáo de Atividade, Aspecto Ambiental, lmpacto
Ambiental e Meio Atingido:

Atividade: Execução de ações, produtos ou serurÇos prevrsfos nas fases do


empreendimento;

Aspecto ambiental- É um elementa das atividades, produfos ou seruiços de


um emprcendimento que pode intengir com o meío ambiente, causando um
determinado efeito. Por exemplo: uma mavimentação de tena, Ltma suprcssão

RCA_ RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
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CGH CARANGOLA IV qm6^
(ilsMt^ lH&aÍ[ f eilol

de vegetação, uma descarga, uma emissâo, o desperdício de materiais ou de


energia, a reutilização ou o descarfe de um material, a geração de empregos,
e emissão de ruído, etc.;

lmpacto ambiental: É quatquer modificaçáo no meio ambiente, adversa ou


benéftca, que rcsulte, no tado ou em parte, das atividades, produÍos ou seru'ços
de um empreendimento. Pade envolver, por exemplo, a potuição da água, do
ar ou da solo, o esgotamento de um rccurso natural, a degradação da quatidade
de um recurso ambiental, o aumento na anecadação de rmposfos, um conflito
de vizinhança, a melhoia da qualidade de vida das pessoas de uma
determinada comunidade, eÍc. o aspecÍo ambiental é o agente causador de um
determi n ado efeito (i mpacto) ;

Meio atingido: compartimento atingíndo, podenda ser o meio físico, biotico ou


socioeconômico.

A identificação de interferências ambientais foi efetuada considerando as fases de


implantação e operação do empreendimento. Em uma listagem de controle bidimensional
(matriz de interação), foram dispostas no eixo vertical as açÕes impactantes, e em seu eixo
horizontal, os aspectos ambientais, grupos de impactos ambientais potenciais relacionados e
os meios afetados.

A seguir serâo abordados os impactos ambientais identificados no decorrer das atividades


construtivas e operacionais da CGH Carangola lV.

8.1.2. lmpactosambientaisidentificados

8.1.2.1. Fase de lmplantação

A partir das atividades executadas durante a fase de implantaçáo do empreendimento, foram


verificados os aspectos ambientais potencialmente indutores e os impactos ambientais
significativos, cuja interação com os meios diretamente afetados é apresentada na matriz a
seguir.

RCA - RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG

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CGH CARANGOLA IV
om6
Tabela 48. Matriz de interação dos impactos deconentes da implantâçâo da CGH Carangola lV
Atividade Aspecto Ambiêntal I Potencial Meio
Divulgação do
êmpreendimento Contato com a população loc€l Expectativas positivas da populaÉo local Socioeconômico
AlteraÇão dê habitats naturais Biótico
Supressão vegetal Deslocamento da fauna Biótico
Erosáo ê instabilidade do terreno Físico
Desestruturação da dinàmica do AltêraÇáo da paisagêm com relaÇão ao uso 6 ocupaÇão do solo Socioeconômico
Limpêza da área e
terrêno Erosão e instabilidadê do terreno Físico
movimentaçâo de têrra
(escavaÉes, modelagem do lncômodos à populaÇão local Socioeconômico
Gêração de ruídos e vibraçÕes
têrrêno, abertura/adequagão Deslocamenlo da faunâ Biótico
do acesso) Geraçáo dê êmissões atmosféricas Alteração da qualidade do ar Físico
(material parliculado) lncômodos à populaÇão local Socioeconômico
Altêraçáo das caractêrísticas dos recursos hídricos
FíSico
Geragão de rôsíduos sólidos AlteraÉo da qualidade do solo
Favorêcimênto à proliferaÇáo de insetos vêtores ê invertebrados Biótico
lncômodos à populâçáo local Socioeconômico
Geraçâo de ruídos e vibrações
Deslocamento da fauna Biótico
GeraÇão de êmissões atmosféricas Alteração da qualidade do ar Físico
Movimentação de máquinas e (matêrial particulâdo) lncômodos à população local Socioeconômico
veiculos Atropêlamento de animais, cáça e pesca Biótico
Acidentes ê interfêrâncias à saúde do trâbelhador e populaÉo do
Aumento do tráfego
ontorno Socioeconômico
lncômodos à populaÇão local
lncômodos à populaÇão local Socioeconômico
Geraçáo de ruídos e vibraçôes
Deslocamento da fauna Biótico
lnstaleçáo/operação do
cânteiro dê obras e posterior GêraÉo de emissõês atmosÍéricas Alteração da qualidade do ar Físico
(material particulado) lncômodos à populaÉo local Socioeconômico
desmobilizaÉo
Geração de resíduos sólidos e AlteraÉo das características dos recursos hídricos
ôfluentes Físico
AlteraÇâo da qualidade do solo

RCA- RELATÓRIo DE coNTRoLÊ AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG

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CGH CARANGOLA IV
om D {iiira

Favorecimento à proliferação de insetos vetores e invertebrados Biótico


Demanda por recursos naturais Uso conflitante dos recursos naturais Socioeconômico
Deslocamento da fauna Biótico
Geração de ruÍdos e vibraçôes
lncômodos à populaÇão local Socioeconômico
Geração de emissÕes atmosféricas AlteraÇâo da qualidade do ar Físico
(material particulado) lncômodos à populaÇão local Socioeconômico
Alteraçáo das características dos recursos hÍdricos
Físico
Execuçâo de obras civis e Geraçáo de resíduos sólidos AlteraÇão da qualidade do solo
montagem eletromecânica Favorecimento à proliferação de insetos vetorês e invertebrados Biotico
(tomada d'água, circuito de Atropelamento de animais, caÇa e pesca Biótico
adução, desvio de trecho do Acidentes e interferências à saúde do trabalhador e populagáo do
corpo hídrico, casa de força) Aumento do tráfego
entorno Socioeconômico
lncômodos à população local
Desestruturaçáo da dinâmica do Alteraçâo da paisagem com relaÇâo ao uso e ocupaÇáo do solo Socioeconômico
terreno Erosâo e instabilidade do terreno Físico
Modificação em trecho do corpo
Alteração dae características dos recursos hídricos Físico
hídrico
ElevaÇâo da oferta de emprego e Oeraçâo de renda
Dinamização da economia
Demanda por mão de obra Socioeconômico
Elevação da arrecadaçáo de impostos
Expectativas positivas da população local
Emprego de máo de obra
Aumento de acidentes e interferências à saúde do trabalhador e
Atividades laborais populaÇão do entorno Socioeconômico
Deslocamento da fauna Biótico
Contato com a fauna
Atropelamento de animais, caça e pesca Biótico

RcA - RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG

) ) )
CGH CARANGOLA IV
om
8.1.2.2. Fase de Operação

A matriz apresentada a seguir demonstra a interação entre as atividades, os aspectos, os


impactos ambientais significativos e os meios afetados diretamente decorrentes da operaçáo
da CGH Carangola lV.

RcA- RELATóRIo DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
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CGH CARANGOLA IV
om6'
(orsuh Au*n& É &rltta

Tabela 49. Matriz de interação de impactos decorrentes da operação da CGH Carangola lV


Atividade Aspecto Ambiental lmpacto Potencial Meio
Operação e manutenção das Alteração das características dos recursos hídricos
Físico
estruturas e equipamentos (tomada Geração de resíduos Alteração da qualidade do solo
d'água, circuito de adução, casa de sólidos e efluentes Favorecimento à proliferagão de insetos vetores e
força e administraçáo). Biótico
invertebrados
Alteraçáo das características dos recursos hídricos Físico
Derivaçâo de água a ser turbinada Trecho de vazão reduzida Alteraçáo de habitats naturais Biótico
Uso conflitante dos recursos naturais Socioeconômico
Aumento da disponibilidade de enersia elétrica
Geração de energia elétrica Oferta de energia limpa Socioeconômico
lncremento na produção de energia limpa e renovável
RecomposiÇâo de áreas verdes Reabilitação do ambiente Aprimoraqlenlo da qualidade suporte do ambiente Biótico
Demanda por mão de obra Elevação da oferta de emprego e geraÇâo de renda Socioeconômico
Emprego de mão de obra Aumento de acidentes e interferências à saúde do
Atividades laborais Socioeconômico
trabalhador e população do entorno

RcA- RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG

) I )
\-, CGH CARANGOLA IV
om6^
(egúl §lExI[ I &tiata

8.2. Avaliação dos impactos ambientais

8.2.1. Metodologia

A metodologia de avaliação dos impactos ambientais consiste em mecanismos estruturados


para ídentificar, analisar, comparar e organizar informaçôes sobre os impactos em um
determinado ambiente em função do empreendimento. Diversas metodologias são atualmente
utilizadas, fundamentadas em determinados procedimentos para levantaáento e tratamento
dessas informações.

No presente estudo, a@s a etapa de identiÍicaçáo dos impactos ambientais, realizou-se a


análise qualitativa dos mesmos. os principais itens abordados foram:

Seleção e organização dos elementos relevantes do sistema ambientat passível ou


efetivo de ser alterado;
RelaçÕes entre os aspectos ambientais das atividades e o ambiente considerando
as
interações entre eles;
Limites da área de influência do projeto e abrangência dos impactos;
Horizonte de tempo que deve incorporar as fáses do empieendimento e o tempo
natural de ocorrêncla dos impactos, em escala compatível com a natureza das
predições;
Discussáo das informações e interpretação dos resultados.

Posteriormente, efetuou-se a transferência desta qualificaçáo paÍa uma quantificação,


tendo
em vísta a produção de uma matriz quali-quantitatíva de impactos ambientais. A intensidade
dos mesmos foi obtida através da soma de rratores atribuíáos aos principãis parametros
de
avaliaçáo, de modo que a ordem crescente do valor da intensidáoe dos impac{os
indica
também a ordem creseente de significância.

Os parâmetros de avaliação quali-quantitativa da intensidade dos impactos ambientais


utilizados no processo de classificação fo-ram os seguintes. sentido, potencialidade,
natureza,
magnitude/intensidade, igniçâo, duraçâo, reversibilidade, abrangência, e
condição de
prevençao, mitigação ou otimizaçao (42). A adoção destes parâm.-etros
e intensidade dos
impactos foi baseada nas recomendações constanies da Resolução coNAMA
oo1/19g6.
Na matriz quali-quantitativa, foram atribuídos pesos de 1 a 2 ou de 1 a 3 para
os diferentes
parâmetros, com sinal positivo ou negativo conforme o impacto em
avaliação seja adverso ou
benéfi co, respectivamente.

RCA - RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG

187
CGH CARANGOLA IV
om6^
($umú Àf,lEire a erltra

Tabela 50. Parâmetros de avaliação da intensidade dos impactos ambientais.


Parâmetro Intensidade/frequência Valor
Sentido Benéfico (positivo) (+)
Adverso (negativo) (-)
Potencialidade Possível 1

Efetiva 2
Natureza ou influência lndireta 1

Direta 2
Fraca 1
Magn itude/l ntensidade Moderada 2
Acentuada 3
lmediata 3
lgnição Médio prazo 2
Lonqo prazo 1

Temporária 1
Duração Cíclica 2
Permanente 3
Reversibilidade Reversível 1
lneversível 2
Local 1
Abrangência Regional 2
Estratégica 3
Boa 3
Condição de prevençáo/m ítigaçáo/otimização Regular 2
Fraca I

As definiçôes pertinentes a cada parâmetro sâo as que seguem:

Potencialidade: o impacto pode ocoÍTer de fato e inevitavelmente, sendo assim,


efetivo, ou apenas ser passível de oconer;
Natureza ou influência:o impacto ambientat pode serde origem direta, quando resutta
de uma simples relaçáo de causa e efeito, ou de origem indiieta, quando'é uma reação
secundária em relaçáo à açâo;
Sen0do: o impacto pode ser benéfico ou adverco em relaçáo às condiçÕes ambientais
prévias à sua manifestaçáo;
Magnitude/lntensidade: critério que se refere ao grau de benefício ou de nocividade,
isoladamente, do impacto ambiental. A intensidade é expressa em uma escala nominal
de três níveis: fraca, quando não há alteraçáo ambiental significativa; moderada,
quando há relativa alteraçâo do ambiente afetado; acentuada, quando a alteração do
ambiente é significativa;
lgnição: é o momento no qual o impacto poderá iniciar sua manifestação a partir da
ação desencadeadora. Pode ser imediato (quando o efeito surge no instanteem que
se dá a açáo), de.médio ptazo (dias e meses após a açáo) ou dã longo p"61zo (ano ou
mais após a açâo);
Duração: é o período de tempo ao longo do qual o impacto se mantém. pode ser
temporário (cessa quando acaba a ação que os causou), cíclico (quando se repete
periodicamente) e permanente (persiste mesmo encenada a a$o ou apresente
duração indefinida);

Rca - ReleróRto DE coNTRoLE AMBÍENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG

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CGH CARANGOLA IV
om6^
({umt^ataraiT !a &aif,tl

Reversibilidade: e a possibilidade de retomo do fator impactado às condiçÕes


anteriores às açôes impactantes, tendo em conta a adoção de medidas de atenuação
da interferência ou a suspensâo daquelas açÕes. Pode ser reversível ou irreversivel;
Abrangência: o impac{o pode ser local, regional ou estratégico, conforme
respectivamente se expresse sobre a AlD, All e em áreas de abrangência maiores,
como o Estado.

Os parâmetros de avaliação foram ajustados segundo conceitos adotados na análise de ciclo


de vida (ACV ou LCA, Life Cycle Assessment) apresentada por FERREIRA (2004), quais
sejam:

Normalizaçâo: compreensão da magnitude do impacto relativa a uma informaçâo de


referência;
Agregação: atribuiçáo das categorias de impactos em uma ou mais séries;
Ponderação: atribuição de pesos ou valores relativos às diferentes categorias de
impactos, baseados na sua importância ou relevância percebida.

A ordem de significância na avaliação de impactos ambientais visa estabelecer o grau de


importância dos mesmos em relação ao fator ambiental afetado e aos demais impaõtos, de
modo que possibilita uma melhor visualização daqueles considerados mais relevantes.

Na avaliação, a significância dos impactos varia conforme o satdo de intensidade/frequência


dos impactos ambientais, podendo ter significância baixa, média ou alta conforme somatória
dos parâmetros avaliados anteriormente, de acordo com o critério adotado (Tabela 51).

Tabela 51. Atributos de Significância


Sentido do impacto Gritério (satdo) Significância
(8 a 11) Baixa
+ ('12 a 171 Média
(18 a 21) Alta
(4 a -7) Baixa
(€ a -13) Média
(-14 a -17\ Alta

A significância será analisada por impacto potencial, e após a inclusáo das medidas de
prevençáo, mitigaçâo ou otimização, será realizado outra análise agora por impacto real,
considerando essas medidas já adotadas. Nesta análise, entende-se por:

lmpactos potenciais: indica os impaüos que o empreendimento, conforme planejado,


poderá causar desconsiderando-se as medidas de controle, mitigação é de
otimizaçáo. Tem como objetivo o conhmimento do potencial impactante da atividade
e, principalmente, a identificação das medidas de prevençáo e mitigaçâo. porém, esta
avaliaçáo não permite o conhecimento dos impactos que efetivaménte serão gerados
pela atividade visto que, adotadas as medidas de controle ou maximizaçáo propostas
estes impactos serão minimizados, potenciatizados ou náo chegarão a ocorrer.
lmpactos reais: indica os impactos que o empreendimento causará, considerando
todos os sistemas de controle projetados e as demais medidas mitigadoras

Rce - RelaróRto DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG

189
CGH CARANGOLA IV
om6
planejadas. Esta deve ser a avaliaçáo a ser considerada pâra verificação da
viabilidade ambiental do empreendimento.

8.2.2. Avaliação dos impactos ambientais identificados

Para efeito de avaliaçáo, os impactos potenciais identificados foram separados de acordo com
o meio que podeÉ ser afetado direta ou indiretamente pelos mesmos - físico, biótico ou
socioeconômico.

8.2.2.1. lmpactos sobre o meio físico

8.2.2.1.1- Erosáo e insta idade do terreno

Fase de implantação

Na fase de implantaçác do empreendimento, as atiüdades de limpeza da área, incluindo a


supressáo vegetal, movimentaçáo de solo (cortes, aterros, áreas de empréstimo e bota-Íora)
e o trânsito de máquinas e veículos podem acanetar instabilidades do ierreno, erosôes e o
consequente assorearnento do corpo hídrico.

o material superficial retirado, fruto do decapeamento, composto basicamente por elemento


orgânico e vegetaçáo rasteira, caso náo armazenado de forma adequada para posterior
utilizaçáo na recuperação das áreas degradadas, podem ser caneados pela açáo de
intempéries (venlos e chuva).

As derivaçôes antropogênicas na área, o forte declive das vertentes e o desenvolvimento


fÍsico das formações superÍiciais favorecem o desenvolvimento da erosáo em superÍicie,
representada pelo fluxo laminar. As intervençóes relacionadas à movimentaÉo de solo e
rocha, como em cortes e atenos de estradas ücinais favorecem o desencadeamento da
erosáo linear e de fenômenos de rastejamento.

Diante de tais evidências diagnosticadas, estima-se que as intervençôes tecnogênicas


associadas à implantação do empreendimento (cGH carangola lV) carecem de cüidados
especiais, principalmente na seÉo destinada à construção do conduto forçado de aduçáo,
até a casa de força. Mesmo utilizando-se de aÍtemalivas que reduzam o corte da vertente na
margem direita do rio carangola, a forte dedividade e as carac{eristicas das formações
superficiais, quando da implantação do conduto forçado tenderá a intensiÍicar os processos
erosivos ou mesmo deslizamentos de solo, com possibilidade de assoreamento de níveis de
base locais.

No conjunto trata-se de impac{o adverso, possível, direto, de magnilude acentuada, de ignição


imediata, temporário, reversível e local, com boa condição dé prevençáo e miügafro se
adotadas asfiedidas contempladas nos Programas de Controle Ainbientai aas Obraã fisicas,
controle de Erosáo e lnstabilidade do Teneno e no programa de Resgáe de Malerial Botânico
e Recuperaçáo de Áreas Degradadas (PRAD).

RcA - RELATóR|o DE coNÍRoLE Atr,tBtENÍÁL


CGH CÂRANGOLA IV
TOMBOS - MG

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r-,
CGH CARANGOLA IV
omD
8.2.2.1.2. Alteracáoda idade do solo

Fase de implantação

Durante a fase de construçáo da CGH, as principais fontes de alteração da qualidade do solo


referem-se aos efluentes, resíduos do canteiro e entulhos das obras civis_ O manejo
inadequado desses elementos pode acanetar na contaminação do solo como provocar seu
caneamento para o corpo hídrico.

Uma gestáo eficienle dos resíduos sólidos da obra orientada pela Resoluçáo CONAMA
3o712002, a qual estabelece diretrizes, critéÍios e procedimentos para a gestáo dos resíduos
da construçáo civil, envolvendo também os residuos domésticos, torna mínima a possibilidade
de ocorrência deste impac{o. os efluentes sanitários seráo encaminhados para um sistema
dê fossa séptica e filtro biológico.

As atividades de manutençáo, abastecimento e lâvagem de maquinários e veículos que


porventura sejam realizadas no canteiro de obras devem ocorrer em locais apropriados,
evitando possíveis contaminaçôes do solo especialmente por combustíveis, óleos e graxas,
de forma acidental ou por simples negligência.

Trata-se, portanto, de um impacto adverso, possível, direto, fraco, imediato, temporário, local,
reversível e de boa condição de prevençâo e mitigaÉo, adotando os programas de Gestáo
de Resíduos Sólidos da Obra e Controle Ambiental da Obra.

Fase de opêração

A alteração da qualidade do solo nesta fase eslá relacionada com a disposiçáo imprópria dos
resíduos sólidos e efluentes, provenientes do escritório e instalaçóeó hidrosanitárias.
considerando a pequena quantidade gerada deüdo ao reduzido número de funcionários
durante a operação da CGH e a disposição adequada dos mesmos, o impacto náo é
considerado relevante. Recomenda-se que os coletores dos resíduos atendam ao padráo de
cores da Resolução coNAMA 27sl2001, pÍiorizando a reciclagem como destinaçâo Íinal:
- Azul: papel/papelão;
- Vermelho: plástico;
- Verde: üdro;
- Amarelo: metal;
- cinza: resíduo geral náo reciclável ou misrurado, ou contaminado não passível de
separaçáo.

os efluenles sanitários seráo encaminhados para um sistema de fossa séptica, filtro


anaeróbio e clorador, o qual deve ser cons1ruído com capacidade suficiente para atender a
demanda de geraçáo.

Mesmo diante de um eventual armazenamento ou deíinação inadequados, considerando a


tipologia dos resíduos produzidos nesta etapa (essencialmente de escritório e sanitários), a
provável alteraçáo na qualidade do solo demandaria certo tempo e considerando que qualquer
problema que possa ocoÍrer no gerenciamento dos resíduos e efluentes apresentã condiçóes
de reversão quase que imediata, a ocorrência deste impacio será praticamente eliminada.

RCA- RELATóR|o DE coNTRoLE At BtENTAL


CGH CARÂNGOLA IV
TOMBOS - MG

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CGH CARANGOLA IV
om6
Considera-se, portanto, um impacto adverso, possível, direto, fraco, igniçáo em médio prazo,
reversível, temporário, local e com boa condiçáo de prevençáo e mitigaÉo através de
adequadas formas de disposiÉo e destinaÉo dos resíduos solidos e efluentes gerados
durante a operaçáo do empreendimento.

8.2.2.1.3. Alterâcão das características dos recursos hídricos

Fase de implantaçâo

As atividades de limpeza e adequaçáo do terreno, melhoria de acessos, edificaçoes,


funcionamento do canteiro de obras e manutençáo de veÍculos, acabam por gerar resíduos
sólidos e efluentes que mesmo produzidos de maneira efêmera, podem interferir na qualidade
do corpo hídrico se dispostos ou lançados de forma inadequada. O armazenamento impróprio
de produtos e matérias-primas pode causar vazaÍnênlos acidentais e o caneamento desses
materiais para o Íio Carangola.

As atiüdades construtivas podem intensificar a lixiviaçáo de partículas sólidas, elevando a


carga sedimentométrica no corpo hídrico principalmente em períodos de altos índices
pluviométricos. Da mesma forma, o desvio do rio carangola pode provocar o carreamento de
sedimentos marginais uma vez que acelera a velocidade das águas nos trechos estreitados
pelas ensecadeiras, com o correspondente aumento da capacidade erosiva nesses locais.

A maior turbidez da água ocasionada pelo aporte extra de partículas inorgânicas modiÍica o
ambiente natural do corpo hidrico e interfere, consequentemente, nos organismos aquáticos.
Denlre outros efeitos, o incremento de sedimenlo fino na mluna de água aumenta a turbidez,
limita a penetraçâo de luz e Íeduz potencialmente a produtividade primária com consequentes
impactos na cadeia alimentar (DAVIES-COLLEY, eÍ a/. í993). Associado a esse fator, a
elevação da turbidez pode também alterar outras características fisicas e químicas da água,
como oxigênio dissolvido, DBO e condutiüdade, alterando sua qualidade e provocando efeitos
adversos à biota aquática.

Assim, é imprescindível a adoçáo de medidas para evitar e/ou reduzir o carreamento de solo
para o corpo hídrico, o que inclui açôes de mntrole de processos erosivos. No que se refere
ao desvio do rio Carangola, uma vez que oconerá em um curto trecho e por se tratar de uma
açáo temporáÍia, as possíveis interferências adversas não sáo consideradas significativas.

Diante ao exposto, trata.se de um impac{o adverso, possível, direto, moderado, imediato,


temporário, reversível, regional (devido à possibilidade de se estender para a All) e de boa
condiÉo de prevenção e mitigaçáo adotando os Programas de Controle Ambiental das Obras
Físicas, Controle de Erosáo e lnstabilidade do Teneno, Gestáo de Resíduos Sólidos e
Monitoramento da Qualidade das Águas.

Fase dê operação

Nesta fase, a disposiçáo inadequada de resíduos e eÍluentes pode ocasionar a contaminaçáo


do corpo hídrico local. os resíduos gerados devem ser classificados em recicláveis e náo
recicláveis, utilizando-se o código de cores de acordo com a Resoluçáo coNAMA 27st2oo1,
sendo posteriormente enviados para a deíinaçáo final adequada. Recomenda-se que sejam

RcA- RELATóR|o oE coNTRoLEAn BtENTAL


CGH CÂRANGOLÀ IV
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CGH CARANGOLA IV
om6
priorizados o reuso ou a reciclagem. os effuentes sanitários serâo encaminhados para um
sistema de fossa séptica, filtro anaeróbio e clorador.

No que se refere à sua carac{erística quantitativa, considerando o volume de água necessário


para alimentar as tuôinas, a alteraçáo no manancial, em termos de volume, ierá maior nos
meses de julho a setembro, considerado período crítico, no qual a vazáo média do rio
carangola fica reduzida. Vale destacar que ess€l alteraçâo acontece apenas no trecho de
va-éo reduzida, sendo que a água captada é novamente lançada no corpo hídrico pelo canal
de fuga.

No período mais crítico de estiagem, a vazào turbinada será regida de tal forma a garantir
sempre, no mínimo, a vazào ecológica (sanitária) no trecho do riã carangola que teã vazáo
reduzida.de_0,98 m3/s, representando 50olo da ez,ro (1,96 m3/s). Assiri, neàse período o
volume de água a ser derivado para a geraÉo de energia na cGH carangola lV será
reduzido, acompanhando o regime hidrológico do corpo níãrico. trta hipótese dã náo haver
água suficiente para atender a vazáo mínima a serturbinada, a cGH caiangola lV deixará de
operar, fechando a tomada d'água e aguardando a regularização do corpo-hídrico.

Trata-se, portanto de um impacto adverso, efetivo, direto, permanente, imediato, irreversível,


moderado, local e de Íegular condiçáo de mitigaçáo ahavés do adequado gerenciamento de
resíduos e efluentes e adotendo-se os programaj de Monitoramento àa euãidade dasÁguas
e Controle do Trecho de Vazâo Reduzida.

8.2.2.1 .4. Alteracáo da qualidade do ar

Fase de implantação

A alteração na qualidade do ar deconente das obras pode oconer devido ao acrésdmo de


poeira produzida nos seMços de movimentações dé tena e circulaçáo de veículos
nas
estradas de acesso. ocorrerá. ainda a emissão de gases provenientes da queima de
combustíveis em motores de máquinas, veículos e equipãmentos

Durante as obras e conforme a necessidâde, as vias de acesso, canteiro de obras e


superfícies passiveis de emissóes fugitivas de poeira deveráo ser umidificadas com
aspeÍsões periódicas. os caminhôes que transportarem terra, rochas e outros materiais
pulverulentos deveráo ter sua carga cobeÍta, prevenindo o lançamento de partículas poeira.
à
Deve ser providenciada ainda a manutenÉo preventiva de máquinas e eguipamentás.
óávera
ser obrigatória a utilizaçáo de equipamentos de proteçáo individual, como máscaras, pâra os
funcionários expostos a atividades que envolvam tais emissóes.

Assim considerando a adoção dessas medidas atenuantes, a reduzida área de intervençáo e


o pequeno portê da obra, a possibilidade de que as emissóes provoquem uma real afteáçáo
na qualidade do ar é baixa.

.portanlo, um impacto adverso, possível, direto, fraco, imediato, temporário,


Tem-se,
reversível, local e de boa condiçáo de prevençáo e mitigaçáo- adotando m"oiaa"
supraciladas e o Programa de Controle Ambiental das Obras Físicas. ""

RcA. RELAÍÓRIo DE coNTRoLE AT,BIENÍAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS . MG
CGH CARANGOLA IV
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8.2.2.2. lmpactos sobre o meio biótico

8.2.2.2.1 . AlteraÇão de habitats naturais

Fase de implantaÇão

Nesta fase, a alteraçáo de habitats naturais seÉ ocasionada pela retirâda da vegetação nos
pontos diretamente atingidos pela obra, onde o coÍte seletivo é indispensável. A área total de
intervenção equivale a 0,6756 ha, sendo 0,6240 ha em área de vegetaÉo secundária em
estágio inicial de regeneraçáo e 0,0295 em área de pastagem e uma outra pequena porçáo
no curso hídrico. Na área da tomada d'água, conduto e casa de força há presença de
Íemanescenle florestal. Nas demais áreas e vias de acesso à propriedade, a vegetaçáo foi
totalmente descaracterizada, sendo constatada pastagem. Desse modo, as intervenções
nesta etapa podem ser consideradas de baixa magnilude.

Ressalta-se que a vegetaçáo original da região sofreu impac{os ambientais pretéritos


significativos. A antropizaçáo gradativa provocada por urbanizaçôes, ocupaçóes rurais e
exploraçóes florestais causou alteraçôes na vegetação, descaracteÍzou suas qualidades
primitivas, eliminou partes da mesma e introduziu espécies exóticas, sendo esse o motivo
principal para a existência de apenas manchas e/ou fragmentos vegetais. A reduçáo da
vegetaçáo nativa provoca náo só a perda de biodiversidade local como exerce influência na
perda regional de espécies, devido ao espalhamento do "efeito de borda" nas áreas
preservadas.

Assim, a fim de promover a manutençáo dos fragmentos florestais existentes, a supressáo


vegetal deve ser restr,ta aos limites de inlervençáo aúorizados, sendo que o corte de árvores
será realizado por equipe treinada. A queda das árvores deverá ser sempre orientada na
direção da área já suprimida e nuncâ na direçáo do maciço florestal. A presença de cipós,
trepadeiras e outras plantas semelhantes deve ser verificada antes da denubada das árvores.
O emaranhado de cipós nas copas das árvores pode ocasionar a queda náo desejada de
árvores, com ampliaçáo da área desmalada e ocorrência de acidentes de trabalho. Os cipós
e trepadeiras nestas condiçôes devem ser cortados previamente.

Com o término das atividade! construtivas, através do Programa de Resgate de Material


Botânico e Recuperaçáo de Áreas DegÍadadas (PRAD), serà providenciadá a recuperaçáo
das Areas de Preservaçáo Permanente - APP - e outras na área adquirida pelo poeto e não
utilizada pelo mesmo, perfazendo um total recuperado acima do total suprimido. O mesmo
programa, no deconer da fase de implantaçáo, propôe medidas a Íim de mitigar as alteraçóes
provocadas, bem como açóes preliminares parâ a execução do reflorestamento:

Recuperação e harmonizaçáo paisagística das áreas de empréstimo e bota-fora,


enquadrando-as ao meio ambiente local;
Verificação da estabilidade dos taludes dos atenos, dos dispositivos de drenagem e
da revegetaçáo, no que tange a deslizamentos, erosôes e recupêraçáo paisagística
local.

Trata-se de um impac{o adverso, efetivo, diÍeto, fraco, imediato, permanente, irreversível,


local e de boa condição de mitigaçáo adotandc.se as medidas supracitadas, o programa de

RcA- RELATóR|o DE coNTRoLE AiTB|ENTAL


CGH CARANGOLA IV
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CGH CARANGOLA IV
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Controle Ambiental das Obras Físicas e o Programâ de Resgate de Material Botânico e
Recuperaçáo de Áreas Degradadas (PRAD).

Fase de operação

No decorrer desta fase, a alteraÉo de habitats naturais ocorrerá mm a diminuiçáo do volume


de água no trecho de vazáo reduzida, podendo interferir nâs comunidadês que ocupam esse
espaço.

A diminuiçáo da profundidade média, velocidade da corrente e diminuiçáo das corredeiras


podem restringir a oconência das espécies que ocupam esses ambientes, de modo que o
trecho de vazáo reduzida poderá ser limitante para algumas espécies da comunidade
aquática, pois uma vez afetada a dinâmica hídrica, existiÉ por consequência uma
interferência na estrutura atual dessas comunidades. Além disso, a exposição de parte do
leito torna visíveis abrigos naturais e pode provocar a mortalidade por déssecamento e
predaÇáo.

conforme já mencionado, duÍante o período considerado crítico do ano, entre os meses de


maio e outubro, no qual a vazáo média do rio carangola fica reduzida, será mantida avãzão
mínima para a manutenÉo ecológica do corpo hídrico (0,98 mvs) e nos outros seis meses do
ano, haveÉ vazáo excedente a esta mencionada.

segundo informaçôes do diagnóstico ambiental, além da riqueza de êsÉcies de ictiofauna


para o rio Carangola na área de influência da Íutura CGH Carangola lV ser considerada baixa,
grande parte da vegetaÉo marginal foi substituída por pastagem, ocasionando maior aporte
de sedimento no cânal do corpo hídrico. Esse aporte aumentado de sedimento reduz a
profundidade da coluna de água e simplifica o subírato de fundo, prejudicando a ocorrência
de algumas espécies. Assim, a reduzida preservação da ictiofauna local se trata de um
resultado histórico da ocupaÉo na regiáo, sendo assim, preterito à implantação da cGH
Carangola lV.

uma vez queo projeto em quesláo náo conesponde a um banamento, ou seja, com formaçáo
de reservatório, algumas alteraçôes ambientais típicas de empreendimentoi dessa natureza
náo ocorreráo, como por exemplo, a retençáo de sedimentos, sendo todos transportados para
jusante.

TÍata-se de um impacto adverso, efetivo, direto, fraco, imediato, permanente, irreversível,


local e de regular condição mitigação adotando-se os programas de controle do Trecho de
Vazáo Reduzida e MonÍtoramento da Qualidade das Águas.

8.2.2.2.2. Favo nto à oroliferacão insetos vetores e rados

Fase de implantação

O acúmulo de resíduos sólidos de natureza oÍgânica e concentraçôes de efluentes beneficiam


o_surgimento de focos de proliferaçáo de insetos e vetores, a exemplo da mosca Musca
domestica responsável por algumas enfermidades grastroentéricas inÍecciosas, e o mosquito

RcA- RELÂTóRto DE coNÍRoLE AMBIEMTAL


CGH CARANGOLA IV
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CGH CARANGOLA IV
om6
da dengue (Aedes aegypti e Aedes albopiclus) dentre outros diversos culicídeos que se
desenvolvem facilmente nesses locais. Além de baratas, escorpiões, lacraias e percevejos.

Os entulhos da construçáo ciül podem ser atrâtivos de aracnídeos (Aranhas e Escorpióes) e


lacraias. O acúmulo de água parada, principalmente junto aos resíduos sólidos, poderá
beneficiar insetos vetores da malária, da febre amarela, da dengue, enlre outros.

Assim, a possibilidade de pÍoliferaÉo de vetores náo é descartada no decoÍrer da obra, no


entanto, a dinâmica das atividades previstas procurará náo permitir a permanência de
resíduos nos locais de armazenamento temporário, além de estabelecer uma rotina periódica
de coleta e destinaçáo adequada, evitando atrasos na coleta e trânsporte dos resíduos.

Em via de regra, os problemas que possam ocorrer no gerenciamento dos residuos têm boas
condiçôes de reversáo mediante ao coneto acondicionamento dos mesmos. Em virtude disso,
a ocorrência desse impaclo pode ser minimizada. De forma complementar, recomenda-se o
acompanhamento das obras por um proÍissional expêriente para evitar a criação de focos
atrativos.

Trata-se de um impacto adverso, possível, indireto, Íraco, igniçáo em médio prazo, temporário,
reversível, local e de boa condiçáo de prevenção e mitigaçáo atraves dos programas de
Gestáo de
Resíduos sólidos da obra, controle Ambiental das obras FísÉas e do
Subprograma de Educaçáo Ambiental, Saúde e Segurança do Trabalho.

Fase de operaçâo

O favorecimento à proliferação de insetos vetores e invertebrados nesta fase está relacionado


principalmente à disposiçâo inadequada de resíduos sólidos e efluenles próximos às margens
do corpo hídrico, inteÍior de florestas e áreas antrópicas.

os resíduos sólidos gerados seráo provenientes do escrilório e


das inslalaçóes
hidrosanitárias, os quais devem ser segregados, armazenados e destinados de foÍma
adequada. os efluentes sanitáíos gerados seráo encaminhados para um sistema de fossa
séptica, filtro anaeróbio e clorador.

Este é. um impac{o adverso, possível, indireto, fraco, igniçáo em médio prazo, temporário,
_local e boa condiÉo de prevenção e mitigaçâo através da adêquada ge;táo de
reversível,
resíduos sólidos e efluentes.

8.2.2.2.3. da fauna

Fase de implantação

A retirada da vegetaçáo e limpeza do terreno no início das obras ocasionará o deslocamento


da fauna para outras áreas. A geraçáo de ruídos e vibrações durante as atividades
construtivas e as movímentaçôes de máquinas e veículos também podem provocar o
afugentamento da fauna presente na área.

RcA- RELAÍóRlo DE coNÍRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
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CGH CARANGOLA IV
om6^
(duuta aiúExru c &titta

A área onde se pretende instalar o empreendimento encontra-se atualmente bastante


alterada, com apenas fragmentos da vegetaçáo original. Uma vez que a fauna responde
proporcionalmente às condiçôes de abrigo e alimentõ que o local ofeiece e considerando
a
pequena escala de intervençáo das obras, tem-se um efeito muito discreto. Apesar
desse fator
atenuante, recomenda-se vistoriar a etapa de limpeza do terreno onde a supressão vegetal
será necessária, a qual deve ser restrita aos tocais designados no pseto, db mesmo
modo
as atividades de movimentaçáo de terra e maquinários.

Vale comentar que esse impacto será limitado a esta fase, uma vez que na etapa
de operaçáo
não haverá supressão vegetal e a geraçâo de ruídos e vibraçÕes será restrita
aos maquínários
existentes na c€lsa de força, locados em ambiente fechado, não afetando a fauna
local.
Tem-se, portanto, um impacto adverso, efetivo, indireto, fraco, imediato, temporário,
reversível, local e de-boa condição de mitigaçáo adotando-se o Subprograma
de Educaçâo
Ambiental, Saúde e Segurança do Trabalho.

8.2.2.2.4. Atropelamento de animais. caca e pesca

Fase de implantação

o deslocamento dos espécimes da fauna proporciona a incidência de um aumento do risco


de atropelamentos, caça e pesc€I.

o aumento do tráfego provocado peta utilizaçâo de equipamentos rodantes


e veículos
pesados durante obras expÕe a fauna a
principalmente ?-s eventuais riscos de atropeÍamentos,
mamÍferos mais lentos, répteis e anfibios. O próprio deslocamento dos
anÍmais
devido à geraçáo de ruído aumenta as chances de atropeàmentos oé
espécimes da
fauna nas vias de acesso. Os animais em movimentação e aqueles "rgr;
uín contato eventual
com os funcionários ficam mais vulneráveis a apreensào o que pode"m
aumentar a pressáo de
caça e pesca no local.

Apesar da reduzida intervenção em áreas com remanescentes florestais,


sendo a maior parte
das atividades construtivas em locais antropizados (pastagens), o impacto poo"
r"; mitigado
e até prevenido através de normas de conduta ooà traoãlnadores, instruindo-os quanto
limite de velocidade, às. leis de proteçâo à fauna, aos ãuidados com prãr"rrção ao
espécies através de Práticas de educação ambientai"
á das
coneto prccedimento diante de um
eventual contato ou atropelamentos. Deve ainda ser providenciada
"o ,
acesso e implantadas placas educativas no canteiro e outros mecanismos
das vias de
"inárirriao
dssensibilização,
se necessário.

Considera-se esse um impacto adverso, possível, indireto, frâco, imediato,


temporário,
reversível, locale de boacondição de prevençâoe mitigação adotando-se
o Subprograma de
Educação Ambiental, Saúde e Segurança do Trabalho] '

8.2.2.2.5.

Fase de operação

Rca- ne nóRto DE coNTRoLEAMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG

197
CGH CARANGOLA IV
om6
A capacidade de suporte ambiental pode ser compreendida como a habilidade dos ambientes
de acomodarem, assimilarem e incorporarem um conjunto de atividades antrópicas, sem que
suas funçóes naturais sejam fundamentalmente âlteradas em termos de produtividade
primária propiciada pela biodiversidade e que ainda proporcionem padÍ6es de qualidade de
vida aceitáveis às populaçoes que habitam nesses ambientes.

A área do empreendimento está coberta por floresta semidecidual e pastagem. Na margem


onde será construída a CGH existem um trecho com fragmento florestal e outro com
pastagem.

Assim, a antropizaçáo já existente na regiáo, associada à supressáo vegetal necessária para


a obra, mesmo que reduzida, estimula a recomposiçáo de áreas \êrdes, o que contribui para
o aumento da capacidade de suporte do ambiente.

Na fase de operaÉo da CGH, toda a área adquiÍida náo utilizada pelo projeto será recuperada
e revegetada, o que propiciará condiçôes de reestabelecimento de habitat para a fauna
regional e melhoria da qualidade ambiental da regiáo. o planejamento e as atividades
preliminares para a recomposiçâo, dentre outras o resgale de material botânico, teráo início
já na etapa de implanlaÉo.

Para otimizar essa ação, sugere.se, caso possível, realizar a conexáo destas áreas com
remanescentes florestais dentro do limite da área do empreendimento, transformando-as náo
somente em abrigos de espécies generalistas, mas também em habitat de animais mais
especializados.

O plantio de espécies vegetais nativas, principalmente esp&ies frutíferas, também


potencializa o proc€sso de recuperaçâo por permitir a formação de mosaicos de ambientes,
aumentando a complexidade estrutural do local. A utilização de espécies vegetais nativas é
importante para a manutenção dos processos ecologicos e as espécies frutíferas podem
fornecer alimento diretamente pam as esÉcies de aves frugivoras e indiretamente para
aquelas que se alimentam de invertebrados que utilizam tais plantas.

Trata-se, portanto, de um impac{o benéfico, efetivo, indireto, moderado, igniçáo em médio


prazo, permanente, ineversível, local e de boa condiÉo de otimizaçáo adotando-se o
Programa de Resgate de Material Botânico e Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD).

8.2.2.3. lmpaclos sobre o meio socioeconômico

8.2.2.3.1. lncôrnodos à oopulacáo local

Fase de amplantação

Os possíveis incômodos gerados serão ocasionados pela emissáo de material particulado


durante a moümentaçáo de tena ê veículos, pela geraçáo de ruídos e vibraçóes deconentes
das atividades construtivas e pelo aumenlo do tráfego nas vias de acesso, causando
congestionamentos e bloqueios, afetando príncipalmente moradores próximos, pedestres e
motoristas que porventura transitem nas proximidades da obra.

RcA- RELATóR|o DE coNTRoLE AiTBtENTAL


CGH CARANGOLA IV
ÍOMBOS - MG
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CGH CARANGOLA IV
om6
De qualquer modo, as vias de acesso utilizadas no deconer desta etapa, bem como as
proximidades do canteiro devem permanecer sinalizadas e o empreendedor deverá tomar
medidas para evitar obstruÉo das vias. As atividades construtivas devêm ser planejadas de
modo que náo ultrapassem o hoÉrio prêestabelecido, sendo desenvolvidas principalmente
no perÍodo diurno. Tanto os moradores quanto os estudantes devem ser avisados dos
cronogramas da obra.

Ressalta-se que na etapa de funcionamento as atividades de movimentação de terra eslaráo


finalizadas e o trânsito de veículos será mínimo, não se esperando inómodos na referida
etapa.

Produz-se assim um impacto adv_erso, possível, direto, moderado, imediato, temporário,


reversível, Iocal e de boa condiÉo de prevençáo e mitigaçáo, adôtando-se' as medidas
citadas, o Programa de controle Ambiental dàs obras ?isicas e um suuprogramà
oe
Comunicaçáo Social.

8.2.2.3.2. A da tsaoem com relacão ao uso e ocuDacáo do solo

Fase dê implantação

A implantação da cGH carangola-lv produzirá atterações visuais sobre a paisagem pretérita,


tanto com relaçáo às modiÍicaçoes no terreno quánto na construçáo das éstruiuras
do
empreendimento. o impacto está associado pÍincipalmenle à manuténçáo de um eÉÃento
estranho à paisagem anteÍior, que sáo potenciais imposiçóes visuais q'ré Àritá,
impacto negativo.
ã. ,,
A área prwista para a construção da cGH carangola lv encontra-se bastante alterada,
coberta majoritariamente por pastagem.

Em funçáo disso, a implantaçáo.da cGH proposta pouco adicionará às condiçôes já


alteradas
da paisagem local, náo interferindo em qualquer elemento que tenha relevânte lirboli"mo
eslético para a popuração e comunidade vizinha. Arem disso, nesta aapá tàã iniãio
prim_eiras açóes para a recomposição floresrar da área que
a"
oconerá na fáse de of"irç"o,
auxiliando a incorporaçáo do projeto ao ambienle natural.

Trata-se, portanto, de um impaclo adverso, efetivo, díreto, fraco, imêdiato, permanente,


irreversível e local, com regurar co_ndição de mitigaçáo adotando-se o erogrrrâ o"
R""gat"
de Material Botânico e Recuperaçáo dê Áreas OegrâaaOas (PRAD).

8.2.2.3.3. Usos conflitantes dos recursos naturais

Fase de implantação

o funcionamento do canteiro e a execuÉo de obras civis demandam o uso constânte de água


para limpeza, consumo humano, umectação, entre outros. o uso de
materia-prima tãmuem
será constante nessa etapa, principarmenie os característicos da construção
cúir.

RcA - RELATóR|o DE coNTRoLE AMB|ENTAL


CGH CARANGOLA IV
ÍOMBOS . MG

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CGH CARANGOLA IV
om6
Desse modo, é imprescindível a adoção de atiüdades de educação ambiental com os
trabalhadores, em temáticas como o uso racional da água e de a@es objetivando reduzir o
desperdício de matéria-prima. Promover a coleta seletiva dos resíduos sólidos gerados no
canteiro de obras também é um importante prcpulsor da sensibilização ambiental,
principalmente no que tange à co-responsabilidade na preservação dos recursos naturais.

Trata-se dê um impacto adverso, possível, indireto, fraco, imediato, temporário, reversível,


local e de boa condiçáo de prevenção e mitigação, adotando-se os programas de controle
Ambiental das Obras Físicas, Gestáo de Resíduos Sólidos da Obra e o Subprograma de
Educaçáo Ambiental, Saúde e Segurança do Trabalho.

Fase de operação

o principal uso conflitante dos recursos naturais nesta etapa pode ser ocâsionado pela
utilizaçáo da água do rio carangola, especificadarnente no trecho de vazáo reduzida. Éste
impaclo é induzido pelos questionamentos da populaçáo referente ao projeto e pode ser
minimizado com a participação direta do empreendedor, respondendo as dúvidas da
comunidade.

No que se refere ao uso da água na AlD, náo foram veriÍicados usos conflitantes. os
proprietários entrevistados informaram que suas atividades atuais náo seráo prejudicadas
com a implantaçáo do empreendimento. Afirmaram âinda que utilizam a água dó rio para
dessedenlaçáo animal. A água utilizada para o consumo advém de minas e nãscentes.

conforrne já mencionado, será mantida neste tÍecho, no mínimo, a vazâo necessária para
garantir a manutenção das condições ecológicas naturais do curso d'água (denominada vazáo
ecológica), que no caso da cGH carangola lV é de 0,98 m3/s. Durante o período considerado
crítim do ano, entre os meses de maio e outubro, no qual a vazão média do rio carangola fica
reduzida, será mantida no trecho a vazáo ecol@ica. Nos oulros seis meses do ano, haverá
vazáo excedente a esta mencionada.

o uso da água do rio carangola para a cGH carangola lv será outorgada junto ao IGAM, os
usos diversos de água que ocoÍrem à montante da área do projeto deverâo ser da mesma
forma outorgados, ordenando as demandas diversas de água neste coÍpo hídrico de modo a
náo causa conffitos entre os usos e garantir a operaçáo da cGH dentro dos pad6es
concebidos no projeto.

Trata-se de um impaclo adverso, possível, direto, fraco, imediato, cíclico, reversível, regional
e de boa condição de prevenção e mitigaçáo, atrâvés de uma adequada comunicação õom a
comunidade e adotando-se os Programas de Monitoramento da eualidade dai Águas e
Controle do Trecho de Vazáo Reduzida.

8.2.2.3.4. Aumento de acidentes e i rências à saúde do trabalhador e ulacáo


do entomo

Fase de implantação

RcA- RELATóR|o DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
ÍOMAOS - MG
CGH CARANGOLA IV
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Durante o manuseio de máquinas e equipamentos, seja na execuçáo das obras civis ou nas
atividades de moümentaÉo de terra, os proÍissionais contÍatados estarão suscetíveis a riscos
próprios do ambiente de trabalho, como o @ntato com poeira, ruídos, vibraçóes, quedas,
choques elétricos, dentÍe outros. Devido ao tÉfego de veículos no canteiro de obras e nas
vias de acesso, tanto os trabalhadores quanto a populaçáo usuária das mesmas estaráo
sujeitas a acidentes.

conforme as atividades executadas, os funcionáÍios seráo instruídos quanto ao uso dos Epls
adequados, sendo fiscalizados neste sentido. Deve ser providenciada a sinalização do
canleiro e das vias de acesso, zelando pela segurança na circulaçáo de pedestres e veículos.

TÍata-se de um lmpacto adverso, possível, direto, fraco, imediato, temporário, reversível, local
e de boacondiÉo de prevençáo e mitigaçáo, através do programa de Acompanhamento das
obras Físicas de lmplantação e do subprograma de Educação Ambiental e saúde e
Segurança do Trabalho.

Fase de operação

Na. fase de operaçáo da cGH carangola lV, haverá a possibilidade de acidentes com
trabalhadores, como aqueles provocados por choque enlre veículos, lesóes fÍsicas,
eletrocussôes, entre outros. Pessoas que porventura transitem nas proximidades também
estaráo expostas ao risco de acidentes.

Todas as medidas de segurança cabíveis devem ser tomadas por parte do empreendedor,
como por exemplo, sinalizaçáo.das vias de acesso, proibiçáo do acesso até a casa de força
e demais eskuturas por pessoal não aulodzado, cercamenio, etc., mitigando assim o possível
impacto.

Todos os funcionários do empreendimento devem ser instruídos quanto às medidas de


segurança ocupacional de suas atividades, devendo somente ocupar suas funçôes após o
devido treinamento. cabeÉ ao empreendedor providenciar todas as condiçóes n""esjári"s
de saúde e segurança para seus funcionários, inclusive exigir o uso de Epis sob o risco de
emissão de "advertências escritas", puniçoes e dispensas por justa causa.

Resulta-se assim esse em um impac{o adverso, possível, direto, fraco, imediato, permanente,
reversível, Iocal e de boa condiçáo de prevençáo e mitigaçáo, com a adoçáo àas medidas
propostas.

8.2.2.3.5 vas da ooou local

Fase de implantação

As entrevistas na AID e All indicaram perspecÍivas favoráveis com relaçáo à cGH carangola
lv. os entrevistados acreditam que o empreendimento possa trazer coniequências positivas,
principalmente, no segmento social, consderando a abertura de novos postos de tiabalho
e
consequente geraçáo de renda no município.

RcA- RELATóRIo DE coNTRoLE AMBTENTÂL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS . MG

201
CGH CARANGOLA IV
om6
A implantaÉo do empreendimento irá concretizar as expectáivas positivas anles apenas
conjecturadas pela populaçáo. Apesar do pequeno porte do empreendimento, tanto a
comunidade, o comércio guanto o govemo municipal úslumbraráo possibilidades concretas
de auferir ganhos econômicos com as atiüdades da CGH, especialmente pela geraçáo de
empregos, renda e dinamizaçáo econômica.

Este é um impacto benéfico, efetivo, indirelo, moderado, imediato, temporário, reversivel e


legional, com boa condiÉo de otimizaçáo, adotando-se um Subprograma de Comunicaçáo
Social.

8.2.2.3.6 da oferta de em Dreoo e oeracáo de renda

Fase de implantação

No processo de implantaÉo do empreendimento, os postos de trabalho serão basicamente


constitúdos por profissionais para atuarêm junto à área de construçáo civil no canteiro de
obras. Diante disso, estâ situaÉo apresenla-se como um efeito multiplicador na economia do
município de Tombos, através de investimenlos em setores agÍegados a essa área.

Este impacto poderá ser potencializado na medida em que a foça de trabalho local seja
privilegiada na contrataçáo e receba orientação e treinamento especificos, caso não disponha
de suficiente grau de qualificaÉo. parcerias com a prefeitura e órgáos públicos sáo
interessantes por conlribuir para um melhor aproveilamento da máo de oura tocàt.

Trata-se,
_portanto de um impacto benéÍico, efetivo, direto, moderado, imediato, temporário,
reversível, regional e de boa condiÉo de otimização, através da contrataçáo e instrução da
máo de obra local.

Fase de operação

Apesar do reduzido número de funcionários nesta fase, as câracterísticas benéficas da


qeraçáo de emprego e renda permanecem. supondo que cada trabalhador agregue seus
dependentes, estes postos dê trabalho resuttam em um impaclo positivo. Durantã a óperaçao
do projeto, os colaboradores seráo regidos pela consolidação das Leis Trabattristas (cltj.

Trata-se, portanto de um impacto benéfico, efetivo, direto, fraco, imediato, tempoÉrio,


reversível, regional e de fraca condiçáo de otimizaÉo, através da contrataçâo e instrução da
mâo de obra locâ|.

8.2.2.3.7. DinamizaÇáodaeconomia

Fase de implantação

A infraestrutura do canteiro de obra e as atiüdades de ediÍicaçáo iráo requerer a compra de


insumos e equipamentos que, se obtidos na área cle influêácia do empreendimentà, iráo
colaborar com o dinamismo econômico da regiáo, incitando na oferla de empr"go áà noro"
"

RcA - RELATÓRIo DE coNTRoLE ÂMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
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202
CGH CARANGOLA IV
om6
negócios locais. Destacam-se serviços associados a materiais de coníruçáo, fornecimento
de alimentação e transporte, produtos de higiene e limpeza, manutenÉo eletromecânica e
outros.

Dessa forma,. e:pera:se que as atividades ligadas à cadeia píodutiva do setor de serviços
sejam as mais beneficiadas. De fato, o póprio incremento na renda da população local
ocâsionará um efeito positivo na economia, através da aquisiçáo de bens, produtos e serviços.

Trata-se de um impacto benéÍico, efetivo, indireto, moderado, imediato, temporário, reversível


e regional, com boa condição de otimizaçáo, priorizando a contraçáo de máo de obra local,
bem como a aquisição de bens, produtos e serviços no município de Tombos.

8.2.2.3.8. Et daarrecadacáo dei

Fasê de implantaÉo

Durante a implantaçâo da cGH, a aquisição de serviços e produtos na A[, ariada geração


a
de novas oportunidades de emprego e ao acréscinro áo níver de consumo da ,"óiaã,ãi"res
do efeito-renda, acendem a economia, interferindo no aumento do lmposto
sobrisérriios a"
Qualquer.. Natureza (lssQN), sem mencionar a contribuíçáo direta deste tributo pero
empreendimento.

o aumento da a*ecadaçáo, mesmo que devido ao porte do empreendimento os


valores náo
alcâncem grandes quanlias, é de fundamentar imiortáncia na imprementaçáo aà
públicas que objetivam um progresso dos indicadôres sociais dos làriticas
moradoies oe fomuos,
além de melhoria na infraestrutura urbana e nos equipamenros e serviços púbricos.

constitui-se, deste modo, um. impacto benefico, efetivo, direto, fraco, imediato,
temporário,
ineversível, regionar e de regular condiÉo de otimizaÉo, imprementando açoei
ie
de produtos e serviços na All, e através do repasse d-os ímpostos e contribúiçôés
àírisiçao
devidos ao
poder público nas datas legalmente previstas.

8.2.2.3.9. Au da ibi de e ta ca

Fase de opêração

A energia a ser gerada durante a operação da cGH será conectada na rede


de eretriÍicaçáo
rural mais próxima. Desra forma,_a imórantaçáo da cGH carangorà rv
õniriurirã pãr" o
aumento da disponibilidade energética do estaão.

Tgta.-ge. de um impaclo efetivo,. direto, benéÍico, fraco, imediaro, permanente,


irreversíver,
estratégico e de fraca condição de otimizaçáo.

8.2.2.3.10. I nâ Drod de êneroia lim e

Fase de opêração

RcA- RELATóR|o DE coNTRoLE AMBTENTAL


CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
CGH CARANGOLA IV
om6^
(oqutA

Existe uma tendência mundial para a utilização de energias limpas e renováveis e para o
desenvolvimento d.e mecgnismos que incentivem Íinanceiramente a implementação de
empreendimentos desta natureza, por exemplo, o mercado de créditos de carbono.

Projetos de energias renováveis contribuem para o desenvolvimento sustentável, quando


satisfazem as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das geraçÕes futuras de
também se satisfazerem. Ou seja, a implantação de CGHs garante a gerãçãode eletricidade
de fonte renovável, evita os impactos sociais e ambientals causadós pàh construção de
grandes hidrelétricas e usinas termelétricas que utilizam combustíveis fósseis
e impuléionam
a economia regional, resultando no aumento da qualidade de vida e dos padróes sociais para
as comunidades locais.

Além disso, as CGHs e empreendimentos similares, podem se creditar dos benefícios do


Mecanismo de desenvolvimento Limpo (MDL) atraves da elaboração de um projeto
de
carbono com uma linha de base consistente que justifique a substituiçáo da geraçáó emissora
de gases de efeito estufa.

Constitui-se, deste
.m$o, um impacto benéfico, efetivo, indireto, moderado,
permanente, irreversível, estratégico e de fraca condição de otimização.
imediato,

sintese qua ri-quantitaüva dos im pactos am bientais

Após a etapa de identificaçáo e avaliaçáo qualitáiva de cada impacto ambiental


é necessário
verificar a ordem de significância dos mesmos de acordo corn a metodologia proposta,
ou
seja, fazendo a transferência desta qualificação para uma quantificaçáo.

A tabela 52 e a tabela 53 a seguir apresentam uma síntese através de matriz quali-


Qlantitativa dos impactos ambientais deconentes das fases de implantaçáo e operaçáo da
CGH Carangola lV.

RCA - RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


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lL
CGH CARANGOLA IV
om D
(otslrmu
^x&iTÂ!
a asiM

Os impactos relacionados às Centrais Geradoras Hidrelétricas são, em sua maioria,


minimizados devido o arranjo e o tamanho de suas instalações físicas.

Com a execução das obras de engenharia, materializam-se os processos de maior


interferência, sendo o solo o elemento mais afetado, uma vez que o mesmo constitui o
suporte natural das obras, notadamente na Área de lnfluência Direta, e requerendo,
portanto, a adoção de um número maior de medidas de controle.

No que tange ao meÍo biótico, as características atuais relacionadas ao uso/ocupaçâo


do solo naAlD, composta majoritariamente porpastagem, e a restrita área de supresÁáo
vegetal, reduzem a intensidade dos impactos relacionados à flora e à fauna.

Os impaclos positivos gerados na etapa de instalação do empreendimento seráo


percebidos no meio socioeconômico, podendo citar a dinamização da economia local,
a elevaçâo da arrecadação de impostos e, principalmente, a elevação da oferta de
\,, emprego e geração de renda.

Na fase de operaçáo do empreendimento, a maior interferência será a redução davazáo


do curso d'água entre a captaçáo e o canal de fuga da CGH. Uma vez que se trata de
um pequeno trecho do rio Carangola, e considerando que a vazáo ecológica será
mantida durante a operaçáo do projeto, o impacto não foi considerado de alta
significância.

Ao início da operação da CGH, toda a área adquirida e nâo utilizada pelo projeto será
revegetada, o que propiciará condições de rcestabelecimento de habitat pará a fauna
regional e melhoria da qualidade ambíentalda regiáo.

Novamente no meio socioeconômim foram identificados o maior número de impactos


positivos, notadamente o aumento da disponibilidade de energia elétrica e o incremento
na produção de energia limpa e renovável, o que além de promover a reduçáo de
emissão de gases de efeito estufa, auxilia na diversificação da matriz energética
brasíleira, aumentando a segurança no abastecimento e na valorização das
características e potencialidades regionais e locais.

nce - neurónto DE coNTRoLE AMBTENTAL


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(dsttdu aiüciÍlt

9. CONSIDERAÇÔESFINAIS

Diante do diagnóstico ambiental realizado nas áreas de influência e do arranjo previsto


para a CGH Carangola lV, foram identificados alguns impactos ambientais adversos,
porém em sua maioria de reduzida signiÍicância em Íunçáo das características atuais do
local previsto para implantação da CGH e áreas do entorno e em funçáo das
intervençôes previstas no projeto.

Na elaboraçáo deste estudo foram observadas as recomendações necessárias para


Iicenciamento ambÍental do projeto em questão junto à Fundação Estadual de Meio
Ambiente de Minas Gerais - FEAM. O que se pleiteia com este Estudo Ambiental é
embasar o processo de concessáo do Licenciamento Ambiental da CGH Carangola lV
pela FEAM, e orientar o empreendedor quanto à adequaçáo do empreendimento às
exigências técnicas e legais aplicáveis ao empreendimento em questáo.

Será de responsabilidade do empreendedor, implantar e manter todas as medidas de


controle e proteção ambiental sugeridas neste documento técnico. Deve haver empenho
por parte do mesmo em harmonizar as atividades com o ambiente local.

Face à fundamentação supracitada, o prognóstico ambiental aponta que a CGH


Carangola lV é sócio ambientalmente viáveldesde que implementadas e desenvolvidas
as recomendações contidas neste documento e no respectivo Plano de Controle
Ambiental (PCA), além de cumpridas as normas técnicas e legislaçÕes pertinentes, bem
como outras exigências técnicas da FEAM e demais órgãos competentes.

RCA - RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


CGH CARANGOLA IV
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208
CGH CARANGOLA IV
om6^
1 O. REFERÊNCAS BIBLIOGRAFICAS

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RCA- RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL


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a CGH CARANGOLA IV
om
(qs[rmu

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TOMBOS. MG

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If, idroquímica
Empresa do Gruw Ocçanus
LABoRAToRTo ocEANUS

REG.iNEAUNoí 5590/55. 1 1.10 / REG.INEA UNo161 33/55. 1 1.1 0


wüw.ooeanus.trio.br J ww.hidroquimicabr.com.br
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TemperatuÍa de campo {"C) Tipo de Coleta Simples


íÍornecido Felo cliente):
Temperatura de recetimento <5 Tipo de Amqstra Água Supeíicial
fct
Coletor Cliente Observaçôes
p,l-l de Campo (fornecido pedo Oxigênio dissolvido (mg/L)
clientel: Ífornecido pdo cliente):

dos Ensaios: 19lAl 12019


Deliberação Normativa
\., Parâmeúos Unidade Resultdos LO
Conjuüva COPAM/CERH
N"í, de O5 de maio de 2008
- Ctasse 2 Água Doce
Alcalinidade Total mg/L '16 1

Cloreto mo/L 6.4 1.0 250.0


Cor Verdadeira uH 10 5 75,0
DBO - 5 dias mq/L 2 1 5,0
Nitrato (como N) moll 1,18 0.05 10,0
Nitrito (como N) msil <0.05 0,05 1,0
Nitrogênio Amoniacal mg/L 0,15 0,0í Vide Legislaçáo ou Norma
Sólidos Dissofu idos Totais mgll 44 1 500 0
Sólidos em Suspensáo Totais moll <o.8 0.8 100,0

BACTERIOLOGICO
lnÍcio dm Ensãi6: 19lO7DA19
Ddiberação Normativa
Conjutiva COPAMTCERH
Parámetros Unidâde Resultados LQ
N"í, de 05 de maio de 2008
- Classe 2 Água Doce
Coliform es Termotolerantes NMP/,l00 mL 23.0 1,8 Vide Leqislacão ou Norma
Coliformes Totais NMP/100 mL 540,0 '1,8

v Matriz: Filial:
Página í
Anexo: HQ-ANE-086/ rev 0 /Data: 04/03/08 / RPR
de 6

Rue Almirante Cochrane, 37, Tijuca, R. Aristides Lobo, 30, Rio Comprido RELAToRIo DE ENSAIo: 67 543t2O19-1.0
Rio de Janeiro - RJ CEP 20550-040 Rio de Janeiro- RJ CEP: 2O25&4.5O
Tef: (21) 2ffi74819 12567-3871 Tel: (21) 32997000 / 35513825
A Hidroquímica
Empresa do Grupo Occanus
LABoRAToRTo ocEANUS

REG.INEA:UN01 5590/55. 1 1.10 / REG.INEA:UNo161s3/55.1 1.1 0


wwy.oceanus-bio.br / w*r.hidÍoquímicabÍ.com.br
- HrDRoouíurca

METAIS
lnício dos Ensaios: 19lO7DO1S
Delibetação Normaüva
Conjutiva COPAM/CERH
Parâmetros Unidade Rsultados LQ
N"t, de 05 de maio de 2008
- Classe 2 Áoua Doce
Dureza Total m0/L 7,42 0.02
Ferro Total mg/L 0,452 0,005
FósÍoro Total md/L < 0,01 0,01 Mde Leoislaçáo ou Norma

Parâmeúos de campo
lnício dos Ensaios: 1910712019
Deliberação Normativa
Parâmetrqs Coniutiva COPAM/CERH
Unidade Resultados LO
N"'1, de 05 de maio de 2008
- Classe 2 Água Doce
Condutiüdade uS/cm 33,25 1
Oxiqênio Dissotvido mg/L &11 0,1 Náo inÍerior a 5
DH N.A 'í.m 1-13 Entre 6,0 e 9,0
Temperatura oc 23,0 't-70
Transparência cm 52,0 N.A
Turbidez NTU 19,30 0,01 100,0

CONTROLE DE AUALIDADE DA AIIOSTRA

LCS Metais ICP - MS

Parâmetro Unidade Faixa Aceitáved de lD da corrida


Resultados
Recuperacão analítica
Alumínio (Al) % 102 80-1m 656512019
Antimônio o/o
J05 80 - 120 6565/20'19
AÍsênio íAS) o/o
102 80 - 120 6565/2019
Bário % 103 80 - 120 65651201 I
Berílio o/o
103 80 - 120 6565/2019
Boro (B) o/, 98 80 - 120 6565/201 I
Cádmio (Cd) o/o
104 80 - 120 65652019
Cálcio íCaI o/o
102 80 - 120 6565/2019
Chumbo ( o/, 105 80 - 120 6565Í201 I
Cobaho oh 101 80- 120 6565/201 I
Cobre Cu 6565X201 I
o/o
102 80 -'t20
Cromo (Cr) o/^
103 80 - 120 AÃAE''NI O

Enxofre (S) o/o


89 80-1m 65651201 I
Estanho íSn) o/o
104 80 -'t20 6565/201 I
Estrôncio sr) o/o
102 80 - 120 6565/201 I
Fero o/o
94 80 - 120 656512019
Fosforo (P) o/o
99 80 - 120 65651201 I
LÍtio {Li) oÂ
105 80 - 120 6565/201 I
Magnesio (M q) 65551201 I
o/o
í00 80 - 120
Manoanês (Mn) 65651201 I
o/o
102 80 - 120
MoliMênio /Ít,lo) 6565120í I
o/o
101 80 - Í20
NÍouel íNi) 65651201 I
o/o
100 80 - 120
Potássio íK) 65651201 I
o/o
103 80 - 120
Prata (Ao) o/o
105 80 - 120 6565/2019
Selênro (Se) o/o
104 80 - 120 6565/2019
Silício íSi) Vo 101 80 - 120 6565/2019
Sódio t\a o/o
108 80 -'t20 6565/2019
T o/o
104 80 - 120 65651201 I
Titânio (Ti) oÂ
1(6 80 - 120 65652019
Urânio o/o
107 80 - 120 6565/201 I
Vanádio (V) o/o
102 80 - 120 6565/2019
Zinco o/o
s5 80 - 120 6565t2019

\- Página 2 de 6

Matriz: Filial: Anexo: HQ.ANE-086/ rev 0 /Data: 04/0308 / RPR


Rua Almirante Cochrane, 37, Tijuca, R. Atistides Lobo, 3(), Rio ComprlJo RELAToRIo DE ENSAIo: 67543Í2019-1.0
Rio de Janeiro- RJ CEP 20550-040 Rio de Janeiro- RJ CEP: 2025$450
TeL (21) 2567-0819 12567-3871 Tel: (21) 329$7000/ 3563-3825
Hidroquímica LABORATORIO OGEA].IUS - HIDROOU ÍNAICE
Empresa do Grupo Oceanus

REG.INEA:UN015590/55.11.10, REG-iNEAUNO16133155. 1 1.10


uurú,oceanus.bio.br / wury-hidroquimicabr.com.br

Acalinidade: SMW\À/ 2320 B


Análism de Campo: SMWW 23rd Edition
Ânions por lC. SM'u\AÀ/ 4110 B
Coliformes Termotolerantes: SM\ /W 9221 E
Coliformes Totais: SMVvI/V 9221 B
Cor: Stvll ÀtrÚ 2120 B
DBO: StvlVVW 5210 B
Dureza Total: EPA 200.8 / 6020 B
Metais Totais - ICP-MS: EPA 6020 B / 200.8
Nitrogênio Amoniacal: SMWW 450&NH3 F
Sólidos Dissolvidos Totais: SÍ\AiV\/V 2540 C
Sólidos Suspensm Totab: SfulVVW 2540 D

I Os resultadm referem<e somente à âmostrâ analisada.


L Estê Relatffo de Ensaio só pode ser repoduzido por ir{eiro e sem nenhuma alteraçáo e com a aprovaçáo por escrito da
Oceanus - Hidroquímica
ü As amostras sáo coletadas e F*ervadas seguindo as ncrmas padronÉadas SMEWIIT/ 22'ú-e USEPÀ
t Abreúaçóes:
Ausência = Menor Que o LimÍte de Quantificação
U§EPA = United States Envirornert Protedion Agency
lD = ldentiÍicaçáo
LCS = Laboratory Contrd Samfle
LD = Limite de Detecção
LQ = Limite de QuantiÍicação
NA = Nâo Aplicável
ND = Não Detectável
NMP = Número Mais Provávd
NO = Náo Objetável
PCB = Pdychlorinated Biphenyh
SMEV\ÀÀ/ = Standard Methods forthe Examination oÍ Warter and Wcter*ater -72'á Edttion -2012
TPH = Total Petroleun Hydrocarbons.
UFC = Unidades Formadoras de Colônia
VMP = Valor Máximo Permitido
Os dadm da amostra fomecfrlos sâo de responsabilidade do sdicitante.

§E RE§T'LTADO§
De acordo com a de - Classe Doce: O{s)
parâm etro(s ) satisÍazem os limites penn itidm,

Página 3 de 6

Matriz: Filial: Anexo: HQ-ANE-086/ rev 0 /Data: 04/03/08 / RPR


Rua Almirante Cochrane, 37, Tiiuca. R. Aristides Lobo, 30. Rio Comprido RELATORIo DE ENSAIo: 67543Í20191.0
Rio de Janeiro - RJ CEP 20550-M0 Rio de Janeiro- RJ CEP: 20250-450
Tel: (2í) 2567-0819 I 2567-3871 Tel: (21) 329ç7a0a l,356$3825
If, idroquímica
Empresa do Graw Occanus ,..i.:,.

REG.INEA:UN01 5590/55.
LABoRAToRTo ocEANUs

1 1.10 / REG.lNEAUN016133/55.
üüw.ocEanus.bio.br í wwr.hidroquimicabr.com.br
1 1.1 0
- HrDRoouínmce

RESPONSÁVEIS
Relatório emitido por Shirley Beüo
Relatóío revisado por: RobeÍta Soares, Thais Poubel, Danid Farim. Chrbtina Altxrquerque

i\
Responsável técnico:

Robson Meira de Figueiredo. M.Sc.


Gerente Têcnict
CRQ n'033í4742 - 3' Regiáo
CREA RJ200668502-3

Data de emissáo do laudo: Rio de Janeiro, 08 de agosto de 2019

Página 4 de 6

MatrD: Filial: Anexo: HO.ANE-0861 Íev 0 /Data: 04/03t/08 / RPR


Rua Almirante Cochrane, 37, Tijuca, R. Aristides Lobo, 30, Rio Comprido RELAToRIO DE ENSAIO: 6754312019-1.0
Rio de Janeiro - RJ CEP 20550-M0 Rio de Janeiro- RJ CEP: 2025&450
Tel: (21) 2fi7-0819 12fi7-3871 Tel: (21| 32917000 / 356$,3825
Hidroquímica LABoRAToRTo ocEANUS - HrDRoouínnlcn
Empresa do GruDo Oceanus

REG.INEA:UNoí 559tr55. 1 í-10 I REG.INEAUNo161 33155. I í. 1 0


wüw.ooeanus-t*o-br I m.hidroquimicabr.com.br

LISTA DE VERIF|CAçÃO DE RECEBTMENTO DE AmOSTRAS


N" da Amoslra: 67§í3í20í9-í.0

Cliente: LtdE. ME
Data recebimento
Código: 968707 ldenüficação da Amostna: OCMG .7301 - AGUA SUPERFICIAL A MONTÀNÍÉ DA
ç4!PTAÇAo - CGH CARANGOLA IV

Amostra acondicionada adequadamenle? Sim


caixa ou embalagem das amoslras está feehada e náo apresenta sinais de üolaçáoT Sim
Os frascos ou as Sim
de identificam Sim
A cadeia de custódia coincide com a proposta cornercial? Sim
Termômetro uülizado Termômetro
íníravermelho
dentro validade ra os parâmetros? Sim
\., quantidade de amostra suficiente para todas as análises? Sim
Os frascos eram apropriados para o tipo de análise? Sim
e Hora - Chegada 19t07t2019
Pendências N.A

As u de recebimento notiÍicadas?

Comentários:

Responsável Carlos

Página 5 de 6
Matriz: Filial: Anexo: H&ANE{86/ rev 0 /Data: 04/03/08 / RpR
Rua Almirante Cochrane, 37, Tijuca, R. Aristides Lobo, 30, Rio Comprido RELATORIO DE ENSAIO: 67543t201S1.0
Rio de Janeiro - RJ CEP 20550-040 Rio de Janeiro- RJ CEP: 20250-450
Tel: (2'í) 2fi7{,819 12fi7-s871 Tel: (21) 329$7000 / 356&3s2S
rf, idroquímica
Emprcsa do Aruw Occanus

REG.INEA:UN01 5590/55.
LABORATORIO OCEANUS

1 1.10 / REG.INEA:UN0í61s3/55.1 1.1 0


w*w.oc,eanus.bio.br / www.hidroquimicabr.com,br
. HIDROOUíUICA

É : ,{}.
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Página 6 de 6
Matriz: Filial: Anexo: HCFANE-086/ rev 0 /Data: 04/03/08 / RpR
Rua Almirante Cochrane, 37, Tijuca, R. Aristides Lobo, 30, Rio Comprido RELATÓRIO DE ENSAIO: 67543'201$1.0
Rio de Janeiro - RJ CEP 20550-M0 Rio de Janeíro- RJ CEP: 2025A-450
Tel: (21) 2567-0819 I 2567-3871 Tel: (2í) 3293-7000/ 3563-3825
Hidroquímica LABoRAToRTo ocEANUs - HrDRoouíulcn
õ, Emptcse do Araw Occanus

REG.INEA:UN01 5590155. í 1. 10 / REG.INEAUNoí61 33/55. í 1.1 0


wtrw.ooeanus.bio.br I wrw.hidroquimicabr.com.br

RELATORIO DE ENSAIO: 6754Ért2[19-í.0

DADOS AO
Empresa Solicitante: AMB Consultoria Ambientalg Âgrária Ltda - ME
EndereÇo: Rua Padre Rolim. 8'í5
Bairro: Sánta Efigênia
Cidade: Belo Horizonte
UF: Minas Gerais
CEP: 30.13&OS0
Nome do Solicitante: Frederico
Dados para contato: 31 9931 7-2709 [email protected]
Processo Comercial: 1y)1t201v-^1

DA
\,, Referência Hidroquímica: 96871 0
.7302 - AGUA DA CASA DE FoRÇA -
Referência do cliente:
Dados Adicionais:

DADos REFERENTES À auosrRa


Data de Coleta: 1üO7DO19 12:50:00 Data de Recebimento: 19107t2019

TêmperatuÍa de campo {"C)


(Íornecido pelo cliente): Tipo de Coleta Simf,es
Têmperafu ta de recetrimenb
<5 Tipo de funosúa Água SuperÍicial
fc)
Coletor Cliente Observaçôes
pf,l de Campo (fornecido pelo Oxigênio dissolvido {mg/L)
cliente): {ÍornecÍdo pelo diertel :

RESULTAI
ou de 2008 - Classe

lnício doe I
\- Ddiberação Normatiya
Conjutiva COPAMTCERH
Parâmetros Unidade Resultadas LA
N"l, de 05 de maio de 20OB
-Ctasse 2 Ásua Doce
Total mg/L 17 I
Cloreto mg/L 6.4 í,0 250,0
Cor Verdadeira UH 10 E
J 75,0
DBO - 5 r,iâs mo/L 2 1 5.0
Nitrato (como N mq/L 4,23 0.05 10,0
Nitrito (como N) mq/L <0,05 0,05 '1,0
Nitrogênio Amoniacal mÍ/L 0,09 0,01 Mde Legislaçáo ou Norma
Sólidos Dissolvidos Totais ms/L 42 1 500,0
Sólidos em Suspensáo Totais mSlL 7.o 0,8 100,0

19tO7DO19
Ddiberaçáo Normativa
Parâmetros Unidade flesultados Conjuüva COPAMTCERH
LO
N"í, de 05 de maio de 2008
- Classe 2 Água Doce
ColiÍormes Term otolerantes MP/100 B,O 1,8 Mde Leglslaçáo ou Norma
Coliformes Totais mL 1.8

Página '1 de 5
Matriz: Filial: Anexo: HQ-ANE{86/ rev 0 /Dda: 04/03/08 / RpR
Rua Almirante Cochrane, 37, Tijuca, R. Aristides Lobo, 30, Rio Comprido RELATORIo DE ENSAIo: 67544nO191.O
Rio de Janeiro - RJ CEP 20550-040 Rio de Janeiro- RJ CEP: 20250-450
Tel: (21) 2567-0819 12fi7-3871 Tel: (21) 329$7000 / 3563-3825
Hidroquímica LABORATORIO OCEANUS . HIDROQUiMICA
Efiprcsa do Graoo arcÇent s

REG.INEA:UN01559U55.1 1.í0 / REG.INEAUN0í6133/55. 1 1-10


w**.oceanus.bio.bt / wrl.hid.oquimicabÍ.com.bt

METAIS
lnÍcio do6 Ensâicr 19lO7DO19
Oelibêrâção Notmaüva
Parâmellos Unidadê Resultádos Con u6va COPATUCERH
LA
N'í, de 05 de maio dê 2008
- Classê 2 Áqua Doc€
Durcza Total mo/L 39 02
Ferro Total mo/L 0.438 0,005
Fósforo Totâl mo/L < 0.0í 0,01 Vide LegislaÇáo ou Norma

Paaâínetos de
lnÍcio d6 Ensaio6: 19rf07/20í I
Dêliberâção Normâtivã
Parámetros Unidade Rêsultádos LO
Coniuliva COPATUCERH
N"í, dê 05 de maio de 200E
- Clas-se 2 Água Doce
Cohdútividade pS/cm u 12 1
Oxigênio Dissolvido mo/L 8,í4 0.1 Nào inÍerior a 5
pH N-A 7,8 1-í3 Entre 6,0 e 9,0
TemperatuÉ 23,0 1-70
Trânspârência oll 53.0 N.A
Turbidez NTU 19 10 0,0'1 100,0

CONTROLE DE OUALIDADE DA AMOSTRÂ

LCS Metâis ICP - lrs


Parâmêto Unidadê Rêsúitadcs Faixa AcêiÉvel de lD dâ corrida
analítica
Arumlnio ó/r
102 80-1m 6565t201S
Antimônio Sb r05 80 - 120 6565/2019
Aísênio AS o/o
102 80 -'120 6565/2019
BáÍo a 103 80 - 120 6565/2019
Berílio 8e D/o
í03 80 - í20 6565/2019
Boro B 98 80 - 120 6565i2019
Cádmio cd ,/o
104 80 - 120 6565/2019
Cálcio Ca o/,
102 80 - 120 6565/2019
Chumbo b o/o
105 80 - 120 6565/2019
c Co oÁ
10í E0 - 120 6565/2019
Cobre CU ./. 102 80 - 120 6565/2019
Cromo c % 103 80 - 120 6565/2819
Enxofie s ./r 89 80 - 120 6565/2019
Estahho Sn o/.
104 80 - í20 6565/2019
Estrôncio Sr ok
102 80 - 120 6565/2019
Ferro Fe 94 80 - 120 6565/2019
FósÍoro 99 80-1m 6565/2019
LÍtio Li 105 80 - 120 6565/2019
IV esto o/o '100 80 - 120 6565/201S
Man ahês % 102 80 - 120 6565/2019
MoliMênio í0í 80 - í20 6565/20í9
N uel o/.
I
100 a0 - 120 6565/201S
Potássio K í03 80-ím 6565/2019
Prata 105 80 - 120 6565/2019
Selênio 104 80 - 120 6565i2019
Silício Si 101 80 - 120 6565/2019
Sódio 10a 80 -í20 6565/2019
Tálio TI 1M 80 - 120 6565/201S
Titânio Ti o/.
106 80 - 12{) 6565/20í9
Urânio U 107 80 - 120 6565/2019
Vânádio o/o
102 80 - 120 6565/2019
Zitco 95 80 - 120 6565/2019

página 2 de s

l\,latriz: Filial: Anexo: HGANE-O86/ rev 0 /Data: 04/0J08 / RpR


Rua AlmiEnte Cochrane, 37, TÍucã. R. Anstid6 Lobo, 30, Rio CoínpÍ*lo RELÂÍóRto DE ENSAto: 6754412019.Í.0
Rio de Jaheiro- RJ CEP 20550-040 Rio de Janeiro- RJ CEP: 2025tM50
f el el | 2567 4a19 I 2*7-3871 Iel: (21) 329&7000 / 35633825
rf, idroquímica
Emprcsa do Grapo Oceanus
LABoRAToRTo ocEANUS

REG.INEA: UN01 55S0/55. 1 1. 10 / REG.INEA:UNO161 33/55.1 1.1 0


u,ww.ocBanus.tÍo.br / w*r.hidroquimícabr.com.br
- HlDRoouínalcn

Alcalinidade: SMWW 2320 B


Análisee de Campo: SÀnrl/\^/ 23rd EdÍtion
Ânions por lC: SMWW 4110 B
ColiÍormes Termotolerantes: SMWW 9221 E
Coliformes Totais: SMWW 9221 B
Cor: SIli[/VW 2120 B
DBO: SMWW 5210 B
Dureza Total: EPA 200.8 / 6020 B
Metais Totais - ICP-MS: EPA 6020 B / 200.S
Nitrogênio Amoniacal: SMWW 450GNH3 F
Sôlidoe Dissolvidos Totais: SMWW 2540 C
Sólidos Sr.spensos Totais: Sií\ /W 2540 D

GERAIS
I Os resultados referernse scnente à amostra analisada.
L E6te Relatório de Ensaio so pode ser repoduzido potinúeiro e sem nenhuma ateração e com a aprwação por escrito da
Oceanus - Hidroquímica.
n As am6tras sáo coletadas e preserudas seguindo as normÍs padronizadas SMEVU!^, 22'É-e USEpA
t Abreüaçóes:
Ausência = Menor Que o Limite de Quantilicação
USEPA = United States Enviroment Proúection Agency
lD = ldentificaçáo
LCS = Laboratory Control Sample
LD = Limite de Detecção
LQ = Limite de Quantificaçáo
NA = Náo Aplicável
ND = Não Detectável
NMP = Número Mais Provável
NO = Náo O§etável
PCB = Polychlorinated Biphenyb
SMEWW = Standard Methods forthe Examination oÍWater andWatanater
-D.ú Edition - 2012
TPH = Total Petroleun Hydrocarbons.
UFC = Unidades Formadoras de Cdônia
VMP = VaÍor Máximo Permitklo
Os dadc da amostra fomecidos sâo de responsabilidade do sdicitante.

DE RESULTADO§
De acordo com a ,de05de 2 Doce: O(s)
parám etro(s ) satisÍazem os limites perm itidos.

Página 3 de 5
Matriz: Filial: Anexo: H&ANE{86/ rev 0lData: 04/03/08 / RpR
Rua Almirante Cochrane, 37, Tijuca. R. Aístides Lobo, 30, Rio Comprido RELATORIo DE ENSAIo: 67544120'19-1.0
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f[Hial"q'Í**.*, LABoRAToRto ocEANUS - xtonoeuilrucl
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rúw.oceanuitio.bf , yrr.hidroquimicâbr.com.b,

Relatório emitido por: Shirley Belo


Relatóíio reüsado por Roberta SoaÍes, Thais Poubel, Oanid FâÍiâs. Chrigtina Albuquerque

Rêspohsável técnico:

Robson Vieirâ de Figueiredo. M.Sc.


Gerehte Técnico
CRQ h"03314742 - 3. Regiáo
cREA RJ200668502-3

Data dê emissáo do laúo: Rio de Jâne,rq 08 de egogto de 2í)19

Págihâ 4 dê 5
Matri2l Filial: Anexo: Hê.ANE-OE6/ rev 0 /Datâi 04/0308 / RPR
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If, idroquímica
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LABoRAToRTo ocEANUs

REG.INEAUN01 559U55. í 1. í0 / REG.INEAUN016'133/55. í í.1 0


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- HrDRoeuÍurcn

LtsTA DE VERIFICAÇÃO DE RECEBTMENTO DE AMOSTRAS


N" da Amostn: 67í4t2O19-1.O

AMB LtdE - ME
de recebimento: v
Código:968710 Identificação da Amostra; OCMG -7392 - AGUA SUPERFICIAL À JUSANTE DA
oASA DE FORÇA- CGH CARANGOLA tV

Amostra acondicionada adequadamente? Sim


Caixa ou embalagem das amostras está fechada e não apresenta sinais de üolaçáo? Sim
Os frascos ou embalagens conlendo dir4amente as amoslras estão íntegros? Sim
Os rótulos e de custódia identificam as amostras? Sim
A cadeia de custódia coincide com a proposta comercial? Sim
Termômetro uülizado Termômetro
infravermelho
está validade lodos os ? Sim
quantidade de amostB suficiente para todas as análises? Sim
Os Írascos eram apmpriados para o tipo de análise? Sim
DataeHora-Chegada 19107t2019
Pendências N.A

As inegularidades de recebimento notíficadas?


o enviada Data

Comentários:

recebimento: Carlos Eduardo da

\/

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Matriz: Filial: Arexo: H&ANE-0861 rev 0lData: 04103/08 / RPR


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Planilha de Campo - Flora

OAP (cm)
No Es@b Ht{m)
1 2 3 4 5 6

31 1501 Brosimum slaziovii 4 5.73


311502 Albizia polvcephala B 17.83
31 1503 Apuleia lei@arDa 12 21.01 16.87
31 1 504 Tapiira ouíanen§s 5 6,68
31 1 505 Tapirira guíanen§s 4,5 6.05
31 1506 Frbus spí 5,5 7.í2
31 1507 Pldvpúium elqans 10 16,87
31 1 508 Guarea macrophylla 6 't3,05 9,23
31 1 509 Albizia polycephala I 11.78
3115'10 H androanthus chrysotichus Ã
7.00
314271 Brosimum qlaziovii 6 5,09
314272 Tapiira guianensis 3 5,09
314273 Tapiira guianensis 3,5 6.05
314274 Siparuna auianensis 5,5 7,U
314275 Eugenia subundulata aÉ
5,73
314276 Siparuna auianensis 5 5.73
314277 Tapiira guianensis 3.5 6.37
314278 T?piira guianens,s 4 5.41
314279 Brosimum qlaziovíi 6.5 6,37
314280 Siparuna guianen§s o 6,05
314281 Dalbergia nigra 5 6,05
314282 DAlbergia nigra 5,5 6.05
314283 Siparuna ouianensis 4.5 7,00
314284 Albizia polyeephala 5 5.09
314285 palbergia nigra 4,5 6.05
314286 Siparuna our'anensls 6 6.68
314287 Pldypodium eleqans §.5 7,U
314288 Albizia polycephala ô.5 8,28
314289 l-o n che a rpus c ult rat u s 5 6.ffi
314294 Lonchaaraus cultratus 4,5 6,37
314291 Dalberqia niora 5 6,05
314292 Albizia Wlyephala ô 7.S
314293 Albízia wlvcedtala 7 6,&5
314294 TaÍiira auianensis 4.5 6.05
314295 Brosimum glazioviÍ 5.5 5.73
314296 Lo nchoc ar pu s cult rat u s 5 5,09 5.09
314297 ficus spl 15 30.88 27.37 T2,79 29,28
314298 Tapiira euianensis E
9.n
314299 H androa nthu s c hrysdi ch u s 6,5 10.í9
31 4300 Pldymiscium floibundum 7.5 5,73

\\
5 7

442702 Luehea divaicata I 11.14

Lonchxarws cultratus Ãtr ôÂÃ aÂô aaa ÂÂa 8,28


442704 Tapiira auianensis 3.5 7,T2

442705 Syagrus romanzoffiana 7 23.24


442706 Siparuna guianensis 6 6.37
442707 Albizia polvceohala 6 8,59
442709 Siparuna guianen§s 4.5 5.m
442710 Maclura ünctoia 6 't1.46

442711 Siparuna ouianensis 3,5 5.73


442712 Albizia polvcephala 3.5 6,05
M2713 Siparuna auianensis 3.5 6,&5
442714 Siparuna gurbnen§s 4 5.09
442715 Peltophorum dubÍum 5 10.50
442716 Siparuna auianensis 4.5 7.4
442717 Pldypodium eleqans 7 923
442718 Siparuna guianensis 5 6,05
442719 i
H and roa nthus ch ry sot ch u s 5,5 9,n
442720 Tapiira auianensis 4 5.41
M2721 Siparuna guianensis 3.5 5,m
442722 Iepiira guianensis 3,5 7.92
442723 H a ndraa nthu s ch rysot ri chu s an Ã^

442724 Tapiira guianen§s ? 5.09
442725 Albizia pdycephala 6.5 9.23
442726 Albizia polvcephala 7 11.78
442728 Siparuna quianen§s 3,5 5,m
442729 Andira fraxiniolia 4 7.32
442730 §Lrax pohlii 6,5 8.28
442731 H androanthus chrvsdi chus 6 7.U
442732 Decídua 6 8,28
442733 Siparuna guianensis 3.5 668 5,09
442734 Albizia polycephala 3 9.55
442735 Siparuna ouianensis 3,5 6,05 5.41 7.64
442736 Ca§F-aia obliqua 3.5 8,28
442737 Siparuna guianen§s 4,5 5.73
442738 Styrax pohlii 7 11.14
442739 Brosimum slaziovii 3.5 7,96
442740 An ade nanthera tx.rcerin a 11 3279
442741 Caseaia obliqua 6.5 9,87
442742 Caseaia obliqua 3 6.68
442743 Albizia polvcephala 7 9,87
442744 Caseaia obliqua 6.5 828
442745 Caseaia obliqua 5.5 9,23
442746 Styrax pohlii 5.5 573
442747 Siparuna ouianensis 4 5.41 5.41
8

442749 Andenanthera perêqina 7 12.10

442754 Maclura tinctqia aÉ an


442751 Anadenanthera rercorina 5.5 5,73
442752 Decídua 4.5 í0.19
442753 Siparuna ouianen§s 5 5.73
4r''2754 Caseaia obliqua 4 7,M
442755 Xylopia eicea 7 5.73
442756 Styrax pohlii 8,5 8.91

442757 Styrax pohlii 7 7.00


442758 Styrax Dohlii 7,5 9,n
442759 Maclura tinctoria 4 6,68
442760 An*n&thera pereqrina 5 5.41
442761 Ca*aia obliqua 5 8.28 7.O0

442762 Stwax pohlii I 'to.82

442763 Styrax polllii 6 7,4


442764 Caseaia obliqua 4 7.32 5,73
442765 Decídua 8,5 11.46
442766 Decídua 6,5 11.14
442767 Dalberqia niqra 85 'r1,78

442768 Tabernaemontana laeta 5.5 923 6,37 6,05 5.41


442769 Decídua c 13.05 í ôa

442770 Anadenanthera rercorína 7.5 17,83


442771 Luehea divaicata 45 5,09
442772 Trichilia hirta Ê
8.9'1 8,59 8,59
442773 Machaeium nyctitans 7 13.69
442774 Albizia potycephala 5 9.23
442775 Albizia polycephala 6 7,?2
442776 Tapiira qulanensis 4 5.4í
442777 Xylopia eicea 6.5 8.28
\- 442778 Decídua I 6.68
442780 Tapiríra quianensis 5 5,41
442782 Albizia polycephala 7 6.37
M2784 Brosimum glaziovii I 9.87
442785 Trichilia hifta à 7,96
442786 Albizia palycephala 9 10,19
442787 Brosimum glaziovii 4.5 5,73
442788 Caseaia obliqua 3,5 5.41
442789 SÍparuna euianensis 3.5 6,68 5,41 7.U
442790 Tapiira gurbnens,s t 7.T2
442791 Caseaia oblÍqua ÃÃ 5,41
442792 IeFiira guianen§s 6 7.00
442793 Tapirira auianüsis 5 5,73
442794 H a ndroa nt h us ch ryscl. nch us 5 8.28
442795 Caseaia obliqua 4.5 6,05 5.73
Anadenanthera

442798 H a ndroa nt h u s ch rysot i chus B 12.73

442799 Caseaia obliqua Âêa

442800 Taaira ou,aner,§s 3,5 5,73


364501 i
H a ndroa nth u s ch ry soÍ c h u s 4 5.41

364502 Caseaia obliqua 4.5 7.00 6.05


364503 Albizia oolvceohala a
5,73
364504 Tapiira ouianensts 3.5 5,41
364505 Tapiira quianensis a 5.41

364506 Styrax pohlii 8 9.87


364507 i
H and roa nt h u s ch rv sot chu s 7 8,28
364508 An ade n anthera aereoin a 6 6,68
364509 Styrax pohlii I 7.U
364510 Maclura tindoría 12.10
3645í I Styrax potllii I 9.23
364512 Styrax pohlii 7 9,87
36451 3 Apuleia leiúarpa 10 15.28
364514 Ca§É,aia obliqua J 8.28
36451 5 Tapinra quianensis 3,5 5,09
364516 Tapiira ouianen§s 3,5 5,73
364517 Tapiira auianensis tr 605
3645'18 Taplrira guian*§s AÂ 10.19
s6451 I An*nanthqa rerearina  10.50
364520 Tapiira ouianensis 5 7,í2
364521 Ta§nra guianensis 4 6.37
364522 Apuleia lei&arpa 11 18.14
364523 H a ndroa nth u s chrysoti ch u s 3,5 5,41
364524 AlbÍzia polvcephala I 12.10
36452s Tapirira guianensis ? 5.73
364526 Siparuna guianensis 3.5 5.73
\- 364527 Fabaceae sp1 4 7,96
364528 Albizia polyceú1ala I 12,10
364529 Wax pohlii 7 '1.91

364530 Stvrax pohlii 6,5 6.05


364531 Siparuna ouianensis 3.5 5,73
364532 Caseaia obliqua 4.5 6,37
364533 Albizia pdycephala 10 í5.92
364534 Albizia polycephala 5 8.28
364535 Mehaeium nyctitans 6 7.T2
364536 Tabernaemontana laeta t
9.87
364537 Syagtrus romanzoffrana 6 Â1n
364538 An adenanthera pereoin a Ê
6,68
q
364539 Albizia polycepbala 7.4
364540 Caseaia obliqua 3.5 13.69
36454í An ade nanthera pereqrin a 6 10,82
364542

364543 Tabernaemontana laeta 4 11,14

364544 Albizia polycephala .E t^1

364545 Pldypdium elegans 6 15.28


364546 Tapiira ourbnensr's 5.5 7,32
364547 Tapirira ouaanensrs 5 9,23
364548 Tapiira ouianensis 3.5 9.55
364549 An adenanther a pe reain a Ã
7.00
364550 Maclura tinctona a 5,4'l
364551 TaDiira ouianensis Ã
7,96
364552 Albizia polvcephala ô 8.28
364553 Albizia polvcephala 5.5 8.S1

364554 Brosimum gla.iovii o 8,m


364555 Decídua 5 8,28
364556 Caseaia obliqua 3.5 7.32
364558 Luehea divaricata 6 8.91 6,37
364559 Styrax pohlii o 12.41
364560 Tichilia hifta 4 6,68 6.05
364561 Tabernaemontana laeta 3.5 10.50

364562 Decídua 4 13.37


364563 çaseaia obliqua 7 9.87 8.91 7.96 13,69
364564 Tapiira ouianensis 7 QO{

364565 Caeaia obliqua 6.5 9.n


364566 Tabernaemontana laeta 7 12.41 9,55 10,19
364567 Mxlura tinctona I 12.41
364568 Styrax pohlii 5 8.28
364569 Tabernaemontana laeta 3 5,@
364570 Anadenanthera rereqina 7 0.v2
%4571 Tabernaemontana laeta 4,5 '11.14 6.37
3ô4572 Casearia obliqua 5 10.19 5.73
364573 Tabernaemontana laeta J 6,37
364574 Decídua 4 5,73
§4575 Albizia pdycephala ? 6.68
364576 4nadenanthera pe rcqrin a 7 11.&
364577 Albizía polvcephala 8 10,19 6.68
364578 Albizia polycephala Ã
8,28
364579 Albizia polycephala 5 7.92
364581 Tabernaemontana laeta 6,5 10.19
364582 Caseaia obliqua 6 6.G5

364583 Maclura tinctoria 4 7,00


364584 Casearia oblÍqua 7 ín En

364585 Caseaia oblhua I 13,05


364586 Albizia Nlycephala I 7.96.
364587 Tapiir? guianensis 6 5.73 6.05
364588 Caseaia obliqua 7.32.
\- 364589 Âo

364590 Casearia obliqua 4 5.73


364591 Casearia obliqua 't2 15.92

364592 Tabernaemontana laeta o 12.41

364594 Caseaia oblioua 7 9.55 10.50

364596 Caseaia obliqua I 12.73


364597 Caseaia oblÍqua 6 10.Í)
364598 Siparuna euianensis 6.5 6.68
364599 Siparuna ouianensls 6 6,05
364600 Tabernaemontana laeta 6.5 9,5s
34431 0 Caseaia obliqua 6 10.19
344311 Anadenanthera rereqina I 12.41
344312 An ade n anth era re regri n a I 6.68
344313 Maclura tinctoria 7 20,05
344314 Siparuna euianensis q 7,T2
34431 5 Maclura tinctoria 3 6,37
344316 Caseaia obliqua 6 7.00
344317 SJparuna guianensis 6 5.0s
344318 Siparuna quianensis 3.5 5,73
344319 M*lura tinctoria 7 11.78
344320 Çaqaria oblkqua 5 8.91 6.37
aa Àaa4
Caseaia obliqua 7 19.74
344322 Guarea m*rophvlla 10 24,51 21,O1 16.87
344323 Tapiira guianensis 3.5 541
344324 Tapiira guianensis I 7.96
344325 Maclura tinctoria 4 5.41
344326 Guarea m*rophylla 13,37 12.10 24.51
344327 An ade n anther a pe reo rÍ n a I 11.14
344328 Guarea m*rophvlla 6 9.n
344329 Tabernaemontana laeta 5 11.14
\- 344330 Guarea macrophylla í0 23.87
344331 Caseaia obliqua 6 10,82
344332 çu?rea m*rophylla 5 11.78 923
3r'4333 Oggegia obliqua 10 15.60 14.64
344334 TaEiira auíanensis 4 8,59
344335 An ade n anth er a pe re qrÍn a Ã
7,96
344336 Ta§rira guianensis 3 5,09
344337 Tapiira ouianensis 3,5 5.41
344338 Iepiira guianensis 3 5.09
344339 An aden anthera Dereo rin a 15 27.ú
344340 Aloysia virgata 7 nqo
344341 Mxlura tinctoria 5 7.92
3443r'2 $llophylus edulis B 11.46 8,91 8,91 11.14 orz 6,68
3443r'.3 Pldypodium eleaans 18 63.03
3443r',4 Maclura tinctona 4.5 5,73
8
344347 Tapiira quianensis 5 6.05
a, ÀaÀo a
Caseaia abliqua 12,41

344349 Anadenanthera rercoina 12 24,97


344351 Albizia polvcephala 6 6.68
344352 Trichilia hifta ÃE
6.05
344353 Taoiira ouianensis 5,5 7,00
344354 Decidua 4 7,M
344355 Tapiira guianensis 4 5.09
344356 Albizia pdycephala 7 12.41
344357 Machaeium nyctitans 5 6,68
344359 Albizia polycedtala 6 6,37
344360 Caseaia obliqua 4 5,73
344361 Guarea m*rophylla 3.5 6.05
344362 Nbizia polycephala 4 6.G5
\-, 34436s TrÍcfiilia hifta 5,5 6,05
344364 Guarea macrophylla 4 5,41
344365 Tapiira guianensrs 3.5 5.41
3r',4367 Aloysia virsata 4,5 5.73 5.09
344368 Melura tinctona 12 §.24
344369 Brosimum glaziovii 7 7,T2
34437A Tabernaemontana l*ta 4
344371 Tabernaemorrtana laeta 5 7.00
344373 An ade nanth era oe reori n a 17 50,61
344374 Brosimum slaziovii t
10,19
344375 Aloysia virgata Â
9.55
344376 Caseaia obliqua 7 8,91
344377 Tapiira auianen§s 3.5 5,09
344378 Styrax @hlii 10 17.83 13,37
344379 lapirira guianan§s 3 6.37
\- 344380 Luehea divaicata 5 9.55
344381 Albizia polvcephala 7 9,55
344382 Albizia polycephala I 19.42 í6,55
344383 Ana&n$thera Wrcçrina 6.5 12"41

344384 Albizia aolvcephala 6,5 7,00


344385 C a m pm a nesi a sess,7,,lora ô 9,87
344386 Mangifen indica I 70.35 59,52
344387 Albizia polvcephala 6,5 7.32
344388 Mrclura tinctoria 5.5 859 7,00
344389 Maclura tinctoria 6 6.37
344390 Anadenanthera rereqina íe 34,38
344391 Mrchaerium nyctitans 7 9.87
344392 Albizia polycephata Â
10,50
344393 Stwa4 pohlii 7 10.82
344394 Caseaia obliqua 6.5 11.78
tinctoria 6
344396 Tabernaemontana laeta 6.5 7.4
344397 Tabernaemontana lreta oÊ
13,05

344398 Mangifera india B 46,79


344399 Maneifera indÍca 12 51.57 43.93
344r',00 Machaeium nyctitans 11 18.78

314266 Machaerium nvctitans 6 8,91

314267 Maclura tinctoria 7 10,50

314268 C a m pom a n e s i a sessi/lí1ora 6.5 5.09 6.68 10 82

31 4269 Albizia polycephala 7.5 10.19


314270 Albizia polycephala 6.5 8,91

2 Psidium ouaiava 5,5 8,91


Decídua 6.5 5.73
4 Tapiira guianensis 6.37
6 Albizia oolvceohala I 6,68
7 Psidium euaiava 5,5 11.46
I Tapiira ouianensis 4.5 6.37
I Maclura tinclaria a 15.28 11,14
'10 Astronium graveolens í0 18.46

1'l Pterqyne nitens 12 31.19


12 Psidium quaiava 5 8,91 8,28
a'7 Albizia polycephala Ê

14 Psidium guajava E.
7.32 7.00
í5 Albizia polycephala I 10.50
16 An adenanthera pe reain a 6.5 7,96
17 An adenanthera re reorin a 8 11,78
18 Albizia polycephala 10 10.50
IY Siparuna guianen§s 3.5 5.0s
20 Dalberaia niara b 9,87
21 Anadenanthera rereoina 6,5 9,55
22 An adenanth era pe reerin a 4.5 7.@
ZJ An*nanthera rereorina 7 8.28
24 Psidíum euaiava 5 8,91
25 Andenanthera rereorina 6.5 7,00
26 A n ade nanth era pe rcgri n a 4 6.68
27 An aden anth er a pe regin a 8.28
28 Ca*aia obliqua o 15,60 7.32
29 Decídua I 8,28
30 /n aden anthera peregin a I 11.14
31 Astronium qraveolens 8 11.46
32 C a m po m a n e s i a sessi/rflora  oà18.46
33 Albizia polyceú,ala 7 12.10
u Maclura tinctoria 9 11.78
35 C a m pqn a ne s i a sessr/l/Iora 5 10,82
36 Nn ade nanthera @reerin a 7 16.23
38 Albizia Dolvceohala I 9,55
20 Brosimum çlaziovii o aa aõ

40 Taptnra quianensis 6 6.05


45 Guarca me,roDhylla 7 12.10 7.4 6,05 16.87

47 Pldymiscium floibundum 7 15.24

48 P I atv m i sci um fl ori b u ndu m t 6.05


49 P I at ym i sa um ííoib u nd u m I 12.73

51 Pl atym isci um fl ori b u ndu m 5 5,41

52 Guarea macroDhvlla I 14,01 5.09


EE
An adenanthera pereqrin a 10 13.69
56 Psidium guaiava 4 7.96 5.73
Éa Siparuna quiarensis 7 7,00
5B H androa nthus chrysot richus 573
60 Decídua A 8.91
ot Taptira guianensis 5 6.68
63 Psidium ouaiava 5 6,37
64 Psidium quaiava 7 9,87 8,91
65 Psidium guaiava 4.5 6.68 6,05 5,09 7.32
66 Pldwisdum floibuúum o 9.55 10,50
67 Pl dym iscium floribu ndu m I 8.91
Âa Psidium oueiava AE Ã^ô 7aa
7,00
69 Psidium guaiava 6 6.05
70 Psidium guajava t
7.%
72 DecÍdua 6,5 9,55
73 Xylopia seicea B 6,05
74 Pstdium guaiava 4.5 7,s2
75 H androa nt hu s chrysoti ch us I 11.14
76 Psidium ouaiava 3 7.A 5.41
77 Decídua 7 7,96
\- 7B An ade n anther a pe re q rin a 7 955
79 Anêdenanthqa rereerina I 11.7A
BO Albizia polvcephala 12 10,50
Bí Pldymiscium floibundum 7 6,68
82 Decídua B 9.87
83 Psidium guaiava Ã
9.55 7,U
84 Syagrus romdtzoffrana 7 28,01
otr P I aty m i sci u m fl oi b u nd u m 6 1,&
86 Pldvmiscium floibundum 6.5 10.82
87 Ca§t-aia obliqua 3.5 6,05
B8 Xylopia sericea a ,{n (n
89 Caseaia obliqua 6 6,68
90 Ficus sp1 't3 92.63
9'1 Decídua 12 16,23
93 4n adenanthera pe reqrin a 12 21.65
94

95 Taoiira ouianen§s 5 7.U


oê Tapiira ouianensis a RM

97 Tapiira quianensis q 7.T2

98 An adenanther a @ reçrin a 15 25.78

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