Rca - CGH Carangola IV
Rca - CGH Carangola IV
om
AGAPE PARTIGIPAÇÕeS LTDA
RCA
RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL
GGH CARANGOLA IV
Tombos - MG
SETEMBRO DE 2019
iI
CGH CARANGOLA IV
om6
SUMÁRIO
1. 4
1 1 EmpÍeendimento... 4
1 2 Empreendedor ...... 4
1 3 Empresa e equipe responsável pela elaboraçáo do documento 4
2. APRESENTAçÃO 6
3. JUSTIFICATIVA DO EMPREET{DITIENTO........,.. 7
4. ASPECTOS LEGAIS E NORIIAS PERTINENTES I
4.1. Licenciamento Ambiental............ I
4.2. Recursos naturais .............. 10
4.2.1. Flora .............. 10
4.2.2. Fauna .................. ..............14
4.2.3. Recursos Hídricos ..............14
4.3. Poluiçáo e Controle Ambiental ............. .............. 16
4.4. Geraçáo de energia . 18
5.
6
6.í. LocalizaÉo do empreendimento previío............. .................21
6.2. Altemativas avaliadas para o ananjo de implantaçáo da CGH Carangola |V.23
6.3. Descrição Geral das Principais Estruturas Civis da CGH Carangola lV .........24
6.3.1. Ananjo geral..... ...........24
6.3.2. Tomada d'água, conduto foÍçado e chaminé de equilíbÍio................. .............24
6.3.3. Casa de força e canal de fuga................ .25
6.4. Dados Técnicos da CGH Carangola |V....................... ...........25
6.5. Relação entre vazáo do corpo hídrim e vazáo requerida para a CGH Carangola
IV 28
6.6. Fase de Construção....... 28
6.6.í. Sequência construtiva................ .........28
6.6.2. Canteiro de obras....................... .........29
6.6.3. Vias de acesso........ .........30
6.7. Fase de OperaÉo. 30
7 DIAGNÓST|COAM 32
7.1 Áreas de influência. ...._32
7 .1.1 Área de lnfluência Direta (AlD)....... .................32
7 .1.2. Área de lnfluência lndirela (All) .................32
7.2 Meio Físico........... 36
7 .2.1. Climatologia................ 36
7 .2.'. .1 . Metodologia .... 36
7.2.1.2. Caracterizaçáo regional (All).. .. .. .... . .. .37
7 .2.1 .3. Caraderizaçáo local (AlD) ..45
7.2.2. Geologia _.45
7.2.2.1. Metodologia .........45
7 .2.2.2. CaÍacled.zaçáo regional (Al D............................. ...._....46
7.2.2.3 Caraeterizaçáo local (AlD)....
7.2.3 Geomorfologia.. 60
7.2.3.1. Metodologia ................ 60
7 .2.3.2. CaÍaderizaÉo regional (A,l)............. .. ..........60
7.2.3.3. Caracterizaçáo local (AlD).................... ...........64
7 .2.4. Pedologia 72
7.2.4.1 Metodologia ..... 72
o
í0.
11.
1. IDENTIFICACÃO
1-1. Empreendimento
CGH Carangola lV
Rio Carang ola - Zona Rural
Tombos - MG
Coordenadas: Latitude : 20" 51' 57"S Longitude: 4 1 "59'20"W
1.2. Empreendedor
) ) ) )
CGH CARANGOLA IV
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2 APRESENTACÃO
Este estudo foi realizado de forma independente pela empresa AMB Consutíoria
Ambiental (AMB Àmbiental), através de levanlamentos bibliográficos e da integraçáo
do trabalho de campo, realizados entre junho de 20í 9 e agoslo de 20í 9.
i99_! : " definição dadâ para micro ou mini central hidrêlétric€ com geÍaçáo inferior ou igual a
5 MW. Esse tipo de empreendimento não precisa de concessão da Aneel, lomente de registro.
3. JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO
Apesar da energia elétrica produzida por fontes alternativas se constituir numa das
principais e essenciais necessidades ao desenvolümento de uma nação, se faz
necessário que sua geração, transmissáo e distribuição sejam de tal forma que os
benefícios sejam maiores que os p§uízos.
Além disso, de acordo com a Constituiçáo Federal, estâo entre os bens da Uniáo, os
lagos, rios e quaisquer conentes de água em tenenos de seu domínio ou que banhem
mais de um Estado, sirvam de limites com outros paises, ou se estendam a tenitório
estrangeiro ou dele provenham, bem como os tenenos marginais, as praias fluviais e os
potenciais de energia hidráulica. lncluern-se entre os bens dos Estados as águas
superficiais ou subterâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste
caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da Uniáo.
Além da Constituiçáo Federal, neste tópico sáo citados os principais instrumentos legais
pertinentes aos aproveitamentos dos potenciais de energia hidráulica no que tange ao
uso dos recursos hídrims.
4.1. LicenciamêntoAmbiental
Lei Federal 6.938/1981: Dispôe sobre a Polítíca Nacional do Meio Ambiente, seus Íins
e mecanismos de formulação e aplicação, e dá oulras proüdências.
Lei Federal 7.8O411989: Altera a Lei 6.938/1981, que dispóe sobre a Política Nacional
do Meio Ambiente, seus Íins e mecanismos de formulaçâo e aplicaçáo, a Lei 7.735/í 989,
a Lei 6.803ií 980, e dá outras providências.
Lei Federal 10.165/2000: Altera a Lei 6.938/1981, que dispôe sobre a Política Nacional
de Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências.
Lel Federal 10.650/2003: Dispóe sobre o a@sso público aos dados e informaçóes
existentes nos órgáos e entidades integrantes do Sisnama.
Decreto Federal 99.27 411990: Regulamenta a Lei 6.902/1981 e a Lêi 6.938/198í, que
dispôem, respectivamente, sobÍe a criaçáo de Estaçôes Ecológicas e Áreas de Proteção
Ambiental e sobre a Políticâ Nacional do Meio Ambiente, e dá outras providências.
Portaria FEAM 27312005: Dispõe sobre o acesso público às informações contidas nos
processos administrativos de fiscalizaçáo e regularização ambiental, e fornecimento de
copias.
4.2.'l - Flora
Lei Federal 9.985/2000: Regulamenta o atl. 225, § 1o, incisos I, ll, lll e Vll
da
Constituiçáo Federal, inslitui o Sistema Nacional de Unidades de Conservaçáo da
Natureza e dá outÍas proüdências.
Portaria MMA 44312014'. Apresenta a lista oÍicial das espécies da flora brasileira
ameaçadas de extinção.
Lei Estadual 17 .68212008l. Dá nova redaçâo ao aÍt. 20 da Lei í0.883/1992, que declara
de preservaÉo permanente, de intêresse comum e imune de corte, no Estadô de Minas
Gerais, o pequizeiro Caryocar brasiliense.
Lei Estadual 18.365/2009: Attera a Lei 14.309/2002, que dispóe sobre as políticas
Flqes]a! e de Prote@ à Biodiversidade no Eíado, e o art. 70 da Lei Delegada
12512007 , que dispóe sobre a eírutura orgânica brásica da secretaria de Estadó de
Meio Ambiente e Desenvorümento sustentável - SEMAD, e dá outras providências.
Lei Estadual 19.48412o11: Altera a Lei í4.309/2002, que dispóe sobre as políticas
Florestal e de Proteçáo à Biodiversidade no Estado.
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CGH CARANGOLA IV
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Íotsttmh ltgEral E &&l
Portaria IEF 20112005: Retifica o art. 30 e art. 31 da Portaria IEF 19112005 que dispÕe
sobre as normas de controle da intervenção em vegetação nativa e plantada no Estado
de Minas Gerais.
Portaria MMA 4,1412014: Liía nacional das espécies da fauna brasileira ameaçadas de
extinÉo (espécies tenestres e mamíferos aquáticos)
Portaria MMA M5l2O14: Lista nacional das espécies da fauna brasileira ameaçadas de
extinçáo (peixes e invertebrados aquáticos)
Portaria IEF 03712oo3l. Estabelece normas paftr emissão de licença parâ o exercício da
pesca amadora no Estado de Minas Gerais.
4.2.3. RecusosHidricos
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corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como
estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes.
-
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Portaria IGAM M9/2010: Estabelece os procedimentos parâ a regularização do uso de
recursos hídricos do domínio do Eíado de Minas Gerais.
Lei Federal 7.34711985: Disciplina a açáo ciüt pública de responsabilidade por danos
causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direilos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras providências.
Lei Federal 12.30512010: lnstitui a Política Nacional de Resíduos sólidos; altera a Lei
9.605/1998; e dá outras providências.
a
Lei Estadual 13.39311999: Torna obrigatória publicaçáo da relação dos
estabelecimentos multados por poluiçâo e degradaçáo ambiental.
\-,
A CGH Carangola lV está prevista para serimplantada no Rio Carangola, zona rural do
município de Tombos (MG), o qual integra a microrregião de Muriaé, que por sua vez,
está inserida na Ínesorregião daZana da Mata. Tombos é circundada pelos municípios
de Porciúncula e Antônio Prado de Minas, ao sul, Eugenópolis, a oeste, Pedra Dourada
e Faria Lemos, a norte. A principal rodovia que serve de acesso ao município é a MG-
111.
O projeto para instalação da CGH Carangola lV inicia-se nas coordenadas UTM de
E=188.959; N=7.689.747 (tomada d'água e canal de adução) e termina nas
coordenadas UTM de E=189.020; N=7.689.408 {canal de fuga).
O acesso a partir da sede municipal de Tombos à casa de força da CGH Carangola lV
é realizado seguindo inicialmente na direção leste na R. Bento Dávila em direçâo à Av.
lmaculada Conceiçáo por 38 m, virando à direita na R. Dr. Mário Duayer por g0 m e
realizando um retorno, percoÍrendo mais Í50 m. Na bifurcação, seguir por 4,20 km pela
R. Jorge Elias e virar à direita na estrada municipal, seguindo por mais 3,30 km. A partir
dai, seguir por cerca de 1,00 km até o acesso do local da tomada d'água à margem
direita. O local preüsto para implantaçáo da CGH Carangola lV está localizado em um
trecho no Rio Carangola, afluente do Rio Muriaé, pertencente à bacia hidrográfica do
Rio Paraíba do Sul.
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Figura 1. Mapa de Localização do empreendilnmto em relação ao município de Tombos
Para seleção da margem do corpo hídrico onde as estruturas do circuito adutor e a casa
de força serão instaladas, foram avaliadas as condições topogÉficas, geológicas e
ambientais, incluindo condiçÕes de acesso e antropizaçáo das áreas requeridas para o
empreendimento, sendo esta uma variável de suma importância na viabilizaçâo do
projeto, minimizando, desta forma, impactos ambientais em decorrência de sua
\- implantaçáo.
No caso proposto para a CGH Carangola lV, a margem selecionada para implantação
das estruturas do empreendimento foi a margem direita do rio Carangola, pois neste
trecho do corpo hídrico há, apenas, a furmação de vegetação Secundária de Mata
Atlântica em estágio lnicialde regeneraçáo.
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Figura 2. Trecho por onde passará o conduto forçado Figura 3. Vista de montante para jusante no trecho
onde encontra-se a tomada d'água da CGH
Carangola IV
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Figura 4. Visão da área de mata onde passará parte Figura 5. Area onde será instalada a futura casa de
do conduto do empreendimento força.
A área acordade pelo empreendedor para implantaçáo do pÍojeto totaliza 4,00 hectares
e a área preüsta para ser ocupada pelos aÍranjos físicos da CGH Carangola lV
totalizarão 0,6756hectares, representando aproximadamente 16,89a/o deste total. Em
ANEXO é apresentado o Arranjo Geralda CGH Carangola lV, bem como a delimitaçâo
das áreas requeridas/adquiridas para o projeto.
A aduçâo da água inicia-se na tomada d'água, cota 260,s0, gue neste pseto será
realizado através de um conduto com seção circular localizado na margem direita do rio
Carangola, seguindo pela cota de interesse até a chaminé de equilíbrio e,
posteriormente, até a casa de força, tamtÉm instalada na margem direita do corpo
hídrico. O conduto de aço terá extensão total de 340 m.
O conduto forçado é constituído por um primeiro trecho em tubo em aço com diâmetro
Ínterno de 2,00 m e extensão total de 320 m. O conduto será apoiado no terreno e
ancorado a distâncias apropriadas de acordo às recomendações do fabricante,
acompanhando a topografia de modo a reduzir escavaçÕes e aterros para sua
instalação. O inÍcio do conduto encontra-se junto à transiçáo na tomada d'água, com a
cota da geratriz superior na e o finaljunto à interseçâo com o conduto da chaminé de
equilíbrio.
A área interna mínima para a chaminé resulta em 19,37m2. Por motivos construtivos e
para efeito de segurança o diâmetro internofoiadotado em 10,0m.
O canal de fuga se localizará na cota 242,90 m, sendo os muros laterais junto à casa de
força construídos de estruturas de concreto.
A seguir, sâo apresentados alguns dados técnicos das principais estruturas que iráo
a CGH tv.
lnfomtações Gerais
Municípios:
Margem direita:Tombos
Margem esquerda: Tombos
Bacia Hidrográfica: Atlàntico Sudeste (5)
Sub-bacia H idrográfica: 56
Curso d'água: Rio Garangola
Distância da foz (km): 66
Altitude(m):242
Potência e Energia
Dados Hidrometeorológicos
Arranjo Geral
Reservatório
Outras lnformaçÕes
Gomprimento do reservatório (m): O,fi!
\-, Largura média (m): 48,00
Tomada D'água
Chaminé de Equilíbrio
Casa de Força
Turbinas
Geradores
6.5. Relação entÍe vazão do corpo hídrico e vazão rcquêrida para a CGH
Carangola lV
O sítio onde será implantada a tomada d'água da CGH Carangola lV possui uma
topografia íngreme junto às margens do corpo hídrico que permite a implantação de
obras de extravasão e de adução das águas para a geração em áreas protegidas das
inundaçÕes em épocas de alto índice pluviométrico.
Assume-se como AID a porçáo tenitorial na qual os impâc{os são deconências diretas
das atividades de implantaçáo e operaÉo do empreendimento, podendo também
ocorrer impac{os indiretos resultantes do desenvolvimento daqueles considerados
diretos.
Sob o ponto de visia fisico e biótico, para a delimitação da Área de lnfluência Direta
(AfD) contemplada neste estudo foi utilizado um "buffer - orlbef de 250 m a partir da
margem do rio Carangola, tanto do lado direito, onde se prctende instalar o
empreendimento, quanto do lado esquerdo, margem oposta ao projeto. Tambem foi
assegurada uma distância de 250 m acima da tomada d'água, e mesma distância abaixo
da casa de Íorça. Assim, a AID conesponde a uma área de 69,62 ha (Figura 6 - Mapa
das áreas de influência dos meios fÍsico e biotico).
A All é por definição mais abrangente que a AlD, de modo a ter uma üsáo da área que
pode ser atingida indirelamente pelos impactos ambientais do empreendimento. É,
portanto de mais dificil delineamento geográfico.
Partindo desse princípio, para os meios fisico e biótico, a All do presente estudo
compreende a unidade tenitorial delimitada onde foi utilizado um"buffer- offset'de 250
m a partir da AlD, paralelo a margem do rio Carangola tanto do lado esquerdo quanto
do lado direito e acrescida de 200 m a partir da AID acima da tomada d'água e mesma
distância a partir da AID abaixo da casa de força, gerando uma área total de 86,24
hectares (Figura 6 - Mapa das áreas de influência dos meios fisico e biótico).
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7.2.1. Climatologia
7.2.1.1 Metodologia
A classificaçao climática da área foi feita com base em metodologia desenvolvida por
KÔPPEN (1948), sintetizada por SETZER (1966) e por THORNTHWATTE (i948), com
revisão do Centro lnternacional de lnvesügação de Culturas para os Trópicos Semi-
ÁriOos (lCRlSAT, 1 980).
2 Ano normal (N) quando a precipitaçáo anual encontra-se entre 15o/o a mais ou a menos em
relação à média da série histórica. Ano normaltendendo a seco (NS) e ano tendendo a chuvoso
(NC) quando a precipitação anual encontra-se, respectivamente, entre 15o/o e 30% a menos ou
a mais em relação à média da série. Ano seco (S) e ano chuvoso (C), quando a precipitação
encontra-se, respectivamente, abaixo de 3OoÁ ou acima de 30% em relaçáo à média da série.
3 Ano normal (N) quando a precipitação anual encontra-se entre 15o/o a mais ou a menos em
relaçáo à média da série históríca. Ano normaltendendo a seco (NS) e ano tendendo a chuvoso
(NC) quando a precipitaçáo anualencontra-se, respectivamente, entre 15% e 30% a menos ou
a mais em relação à mália da série. Ano seco (S) e ano chuvoso (C), quando a precipitação
encontra-se, respectivamente, abaixo de 30% ou acima de 30oá em relação à média da série.
No período mais quente predomina sistema de baixa pressáo e nos demais meses do
ano uma altemância entre sistemas de atta e de baixa pressão, prevalecendo o de alta.
Mesmo com o dominio do sistema de baixa pressáo nos Íneses mais quentes, a mPa,
que se conÍigura coÍrlo um centro de alta pressáo, avança pelo sul do Brasil e dirig+se
em direçáo à regiáo sudeste.
Nos meses de veráo, a mPa posiciona-se sobre o Atlântico sul, entre 20'e 40'de
latitude sul e a mTa se mantêm ativa sobre o Atlântim, na láitude do Nordeste Brasileiro
(entre 10" e 1 5" de latitude sul). Em uma estreita faixa entre esses dois sistemas de alta
pÍessáo origina-se a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que se caracteriza
como um sistema de baixa pressáo (depressão térmica do Châco), representado pela
massa Tropical conünental (mTc). Esse canal é ocupado pela umidade proveniente do
interior da Amazônia (mEc), respondendo pela sequência de dias chuvosos.
Com base nas séries pluviométricas das esta@s Viçosa, Caparaó e ltaperuna (Tabela
3) a media anual e de 1,196,6 mm, marcada por dois períodos distintos:
b) Período seco, com base no conceito de Gaussen4 (BAGNOULS & GAUSSEN, 1957),
representado por 3 meses, de junho a agosto, com precipitaçáo equivalente a 5,4o/o do
total anual. Conesponde ao período dominado pelo centro anticiclonaldo Atlântico Sul,
responsável pela estabilidade atmosférica que domina grande parte do território.
4 Período seco
é quando a precipitação mensal não uttrapassa ao dobro da temperatura média
do mesmo mês.
Com base nos parâmetros deÍinidos por ALDAZ (1971), a análise da variação
sequencial pluvionÉtrica apresentou as seguintes anomalias (Tabela a): (a) anos secos
(S) ou normais tendendo a secos (NS): 1961 , 1963, 1 965, 1967, 1968, 1970, 1 980, 1981 ,
1983, 1984, 1990, 1993, í994, 1996, 1997, 1999, 2AO1,2013 e 2014; (b) anos chuvosos
(C) ou normais tendendo a chuvosos (NC): 1972, 1979, 20A4,2005, 2009, 2010,2011
e 2013.
-
RcA RELATóRIo DE coNTRoLE AMBTENTAL
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\- CGH CARANGOLA IV
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O fenômeno El Nifio Oscilagão Sul tem a sua origem situada no Oceano Pacífico
tropical. Dois fatores respondem pelo fenômeno, sendo um de natureza oceânica e outro
de natureza atmosférica. O primeiro está associado com as variações na tempêratura
da superfície do mar (TSM) com caráer mais intenso e abrangente. Este componente
é, atualmente, monitorado principalmente através da temperatura da superfície do mar
(TSM) ao longo da região equatorial do Oceano Pacífico. O segundo está relacionado
A velocidade média anual dos ventos em Caparaó (INMET, 1961/2015) é de 1,2 m/s,
com valores acima de í,4 m/s nos meses de Setembro e Outubro. A velocidade máxima
ultrapassou a 11 m/s, como nos meses de Julho e Outubro (Tabela 6).
Com base nos critérios definidos por KÕPPEN (1948), sintetizados por SETZER (1966),
a área encontra-se indiúdualizada por um clima do tipo "Cwa", tÍopical de altitude, com
aumento de chuvas durante o veráo e temperatura média anual em tomo dos í9,6'C.
No invemo, com as baixas temperaturas, o clima que faz as manhas e o meio da noite
oferecem brisas muito frias e com densa neblina, com tempêratura mínima de 15,8'C.
O inverno também é conhecido pelo ar seco provocado pela baixa umidade relativa do
ar. O veráo tem carac{erísüca de chuvoso e a temperatura máxima chega a29,2"C.
O clima se caracteriza como Tropical de altitude mm veráo Quente e com inverno seco
(Cwa) na classiÍicaçáo de KÔPPEN (1948), sintetizada por SETZER (1966), e clima
Umido (81-82) na classificaÉo de THORNTHWAITE (1948) e ICRISAT (1980), com
índice hidrim de 18,92. A relação precipitação e evapotranspiração potencial é de 1,20,
com deficiência hídrica média anual de 41,9 mm, excedente hídrico médio anual é de
220,8 mm.
7.2.2. Geologia
7.2.2.1. Metodologia
O Complexo Juiz de Fora inclui litótipos cuja composiçâo varia de máfica a félsica. O
litótipo amplamente dominante é um ortognaisse enderbítico, eventualmente exibindo
bandas, lentes e/ou boudins, de tamanho centimétrico a métrico, de granulitos básicos.
-
RCA RELATóR|o DE coNTRoLE AMBTENTAL
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foliação. O melanossoma é enderbítico e possui granulação fina a média. Localmente,
onde a migmatização é mais intensa, são observáveis restos do ortognaisse bandado
completamente envoltos pelo leucossoma.
O plagioclásio presente nestas rochas varia de albita a oligodásio e ocone como cristais
finos a grossos, madado segundo a lei da Albita; exibe forte extinçáo ondulante e
maclas freqüentemente recurvadas. Há oconência de plagioclásios antipertíticos. O
ortopiroxênio (hiperstênio) ocorre na forma xenonrorfica a hipidiomórfica, como cristais
de tamanho máJio. O quartzo possui granulação variando de Íina a média, normalmente
associado ao plagioclásio. Pode encontrar-se na forma de ribbons. A biotita ocorre em
forma de palhetas orientadas, comumente associada ao anÍibólio e bandas máficas.
B) Grupo Andrelandia
Esta unidade ocupa grande parcela da Folha Carangola, principalmente a oeste daZona
de Cisalhamento de Manhuaçu, composta por rochas derivadas do metamorfismo de
C) Suite Galiléia
A Suíte Galiléia é representada por um corpo alongado, orientado NNE-SSW, com
comprimento superiora 60 km e largura variando entre 6 e 12 km. Apenas a termínação
setentrional do batólito está exposta na Folha Carangola. Esta suite encontram-se na
facie Migmatítica (l) e Granitóides(ll).
v
O litotipo predominante é um ortognaisse a biotita e/ou a anfibólio, quase sêmpre
migmatizado, exibindo es{ruturas do tipo estromática. Existem porções do corpo onde
as altas taxas de anatexia geraram migmatitos com estrutura nebulítica. As rochas
migmatíticas exibem, com freqüênciâ, encraves máficos de tamanho centimétrico a
métrico, deformados em intensidade variável.
Ainda no contexto deste grande corpo são identificados corpos não migmatizados
compostos por granitóides poúiríticos. Estes corpos apresentam duas fácies distintas,
com contatos difusos sugerindo tratar-se de uma intrusão única. Uma das fácies mostra
a predominância de fenocristais de K-feldspato sobre a matriz, enquanto na outra os
fenocristais estão dispersos em uma matriz fina rica em biotita. Estas rochas ricas em
matriz exibem foliação gnáissica bem desenvolvida.
l) - Facies Migmatíticas
Suite Galiléia
A presença de encraves máÍicos é uma feiçao comum aos gnaisses migmatizados. São
rochas de granulação fina, textura maciça ou mais raramente bandada. Possuem
composição gabróica a diorÍtica, sendo os últimos mais freqüentes, constituídos por
hornblenda, plagioclásio, quartzo e raro clinopiroxênio.
Os granitóides exibem duas fácies que podem ser distinguidas com base na granulação
e razáo matriz/ megaoistal: i) uma fácies com pouca matriz e de granulaçáo média a
D) Suite Leopoldina
Os granitóides chamockiticos da Suíte Leopoldina afloram em corpos lenticulares a
sigmoidais, de direçáo NNE-SSW, preferencialmente encaixados ao longo dos contatos
entre o Grupo Andrelândia e o Complexo Juiz de Fora.
O termo metamorfismo deve ser abordado com cuidado quando as rochas em questáo
sáo granitóides, em particular aqueles que sofreÍam a deformaçáo regional em
condiçóes Pressáo e Temperatura similares àquelas da cristalizaçáo de suas
paragêneses ígneas. Pode-se afirmar que os granitóides da Suíte Leopoldina sofreram
deformaçáo e metamorfismo nestas condiçôes. Os granitóides charnockíticos
apresentam associaÉo mineralógica dada por plagioclásio + quarlzo + ortoclásio +
hiperstênio + clinopiÍoxênio, orientados na foliação regional. Apesar de comumente
ocorrerem deformados, estes granitóides podem apresentar características ígneas
preservadas para a mesrÍl€t paragênese, indicando que a deformação e recristalização
associada se deram em condiçóes similares às da cristalizaÉo magmática e
equivalentes à fácies granulito.
E) Suite Pangarito
A fácies granada-biotita granito pode exibir oÍientação marcante dada por fluxo Ígneo.
A granulaçáo da matriz varia entre fina e grossa. Apresenta fenocristais centimétricos,
euédricos a subédricos, de feldspato potássico. Localmente, o@Írem encraves de
granada-biotita gnaisse (do Grupo Andrelândia) que são interpretados como restos da
fusáo parcial do protólito destes granitóides. O granada.biotita granito é composto
essencialmente por quarEo, feldspato potássico, biotita e plagioclásio. Os minerais
acessórios sáo apatita, zircáo, granada e moscoüta. Saussuritizaçáo é o processo de
alteraçáo mais comum nessa rocha, oconendo também substituição da biotita por
moscovita. O feldspato potássico apresenta-se peÍtítico.
tectônica de escape (Costa eÍal. 1998, Percs et al.2AA4). Estruturas distensivas da fase
de colapso do orógeno, datada em tomo de 520-500 Ma, são incomuns na área.
7.2.2.2.2. ReersosMinerais
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CGH CARANGOLA IV
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Figura 10. Paragnaisse de granulação fina a média, Figura íí. Paragnaisse de granulação fina a média,
abaixo da tomada d'água da CGH Carangola lV. abaixo da tomada d'água da CGH Carangola lV.
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Figura 12. Orientaçáo Metamórfica dos minerais. Figura í3. Orientação Metamórfica dos minerais.
Figura 14. Gretas de ressecamento disseminadas por toda a área da CGH Carangola lV
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Rce- REmróRro DE coNTRoLE AMBTENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
55
CGH CARANGOLA IV
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Figura 15. Fratura e Falhas na seção seção prevista da implantação do conduto da CGH
v Carangola lV.
Figura í6. Superimposiçáo do rio Carangola na seçâo superior da CGH Carangola lV.
E
Figura í7. Falhas com colapso de blocos associado a alívio de compressão
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Figura 18. Blocos associados a alívio de compressão
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Figura 19. Sucessão de quedas d'água por Figura 20. Sucessão de quedas d por
\, deslocamento de blocos, na seção intermediária do deslocamento de blocos, na seção intermediária do
aproveitamento (CGH Carangola lV). aproveitamento (CGH Carangola lV).
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CARTAGEOLOGICA
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RCA RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
59
CGH CARANGOLA IV
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7.2.3. Geomorfiologia
7.2.3.1 Metodologia
Esta unidade por sua vez está associada à processos de dissrcação do relevo pelas
bacias dos rios Pomba e Muriaé. Desta forma, grande parte desta unidade passa a ser
composta por material sedimentar associado aos uma série de processos erosivos.
Desenvolvem-se na área formaçôes superficiais, constituídas, do topo para a base, de
colúvios, linhas de pedra, rocha alterada e Íinalmente a rocha gnáissica. Também
ocorrem áreas de formação lateríticas, observadas descontinuamente êm cortes de
estradas (RADAM, 1 983).
D) Planalto de ltatiaia
Outra unidade associada à Faixa de Dobramentos Remobilizados é o Planalto de
Itatiaia. Esta unidade possui inclusive dois compartimentos específicos: o ocidental,
caracterizado fundamentalmente por relevos de dissecação diferencial com
aprofundamento de drenagem variável, enquanto o setor oriental é caracterizado pela
sua contiguidade espacial em relação ao ltatiaia
Este tipo de descrição, por exemplo, sugere que esta porçao do território sofreu intensos
proc,essos tectônicos, e que ainda hoje trazern consequências quando entendidas em
conjunção com o uso e ocupação do solo. No mesmo projeto foram observados em
diversos pontos da unidade a existência de grandes voçoroc€rs nas encostas do relevo,
potencializadas pelas ações vinculadas às transformações do setor pecuário.
Este domínio, por sua vez, está diretamente associado aos processÕs que resultaram
na exumaçáo das estruturas dobradas remanescentes de diferentes ciclos geológicos.
A) Planalto de Andrelândia
Esta unidade é caractenzada pela ocorrência de pacotes pouco espessos de solo devido
a alta dissecaçáo, confluindo para o aprofundamento de incisões de drenagem. Os
topos das colinas apresentam-se com morfologia convexa bem como suas encostas (o
que contribui sobremaneira para a poucÍl retenção de solo nas encostas da unidade).
Este dominio é caracterizado pela sua grande estabilidade morfoestrutural, ou seja, está
associado à áreas que não sofreram a@s tec*ônicas intensas no passado. Encontra-
se inclusive envolta porfaixas móveis que, diferentemente do escudo sofreram intensos
processos tectônicos.
Por fim, a unidade Plantalto de Campos das Vertentes é caracterizada pelo intenso
processo de dissecação resultando em uma paisagem conhecidas como "mar de
morros" no qual as colinas passam a sofrer contínuo processo de intemperismo sendo
esculpidas e assumindo formas
.mamelonares apresentando desta maneira, vertentes
,
majoiltariamente convexas com topos arredondados.
-r;
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'j_J
,.
*b.
*
As vertentes, de Íorma geral, apresentam perÍil retilíneo ou suave @nvexo, tendo como
nível de base local o próprio talvegue ou níveis de pedimentação coluvionados. Nas
seçÕes representadas por soleiras geralmente constata-se o desenvolvimento de
superfícies alveolarcs, onde são presenciados depósitos alúvio-coluviais holocênicos.
I ,i. .',
Figura 25. Ponto de ínflexáo de angularídade. Figura 26. Ponto de inflexão de angularidade.
Presença de vertentes retilíneas e exposições Presença de veúentes retilíneas e exposições
rochosas no talvegue. rochosas no talvegue.
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lü
Figura 27. Vale fortemente encaixado na seçâo Figura 28. Vale fortemente encaixado na seção
inferior e superíor da CGH Carangola lV, marcado inferior e superior da CGH Carangola lV, marcado
pela superimposição. pela superimposição.
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Figura 29. Ajustamento tectônico de blocos Figura 30. Ajustamento tectônico de blocos
estruturais por alívio de compressão, com formaçáo estruturais por alívio de compressão, com formação
de saltos e corredeiras. de saltos e corredeiras.
"+
O conduto de baixa pressáo está previsto para ser implantado na margem esquerda do
rio Carangola, onde as veúentes apresentam caracterÍsticas diferenciadas: na seçáo
superior do aproveitamento, em funçáo da forte incisão do talvegue, a declividade da
encosta se individualiza por gradiente moderado, (Figura 32) passando no trecho final
para declives mais suavizados.
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Figura 32. Vertente com gradiente moderado pouco abaixo da tomada d'água da CGH
Carangola lV. Localprevisto para a passagem do conduto de baixa pressão, margem direita do
\-, rio Carangola.
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Figura 34. Estreita faixa de inundação abaixo da casa de força da CGH Carangola lV
7.2.3.3.1. Vulnerabilidadeàerosão
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Figura 36. Deslizamentos de massa na se@o Figura 37. Deslizamentos de massa na seção
superior do aproveitamento da CGH Carangola lV. superior do aproveitamento da CGH Carangola lV.
-
RcA RELÂTÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
69
CGH CARANGOLA IV
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7.2.4.1 Metodologia
A aptidáo agrícola das tenas foi realizada com base na metodologia desenvolvida por
RAMALHO FILHO & BEEK (1995), considerando as seguintes classes de aptidão
agrícola (Tabêla í2):
7 Pouco profundos entre 50 e 100 cm; pÍofundos, acima dê 1OO cm; rasos, abaixo de 50 cm,
considerando a soma dos horizontes. Parte-se do princípio que quanto maior a profundidadê,
mênor a suscetibilidade à erosão.
I Texlura muito argilosa: >@% de argila; textjra argilosa, entrê 35 e 60oi6; textura média,
entre
15 e 30%; textura arênosa, abaixo de 150/6 de argila. Parte-se do princípio que quanlo maior o
teor de argíla, menoÍ a suscetibilidade à erosão.
Os níveis de manejo das classes de aptidão agrí@la das terras são assim conceituados:
Com base no mapeamento de solos e aptidão agrícola das tenas no Estado de Minas
Gerais (AMARAL et al,2OC4), constatou-se que a bacia do rio Carangola prevalece a
ocorrência nos topos interflúviais os Latossolos Vermelho-Amarelos, enquanto nas
vertentes com declives acima de 50% dominam os Argissolos Vermelho-Amarelos.
Nas vertentes mais íngremes (declives em torno de 15OYo\, predominam
Cambissolos Háplicos, cascalhentos ou pedregosos. Nas superfícies alveolares
embutidas no domínio das colinas @nvexas predominam Gleissolos Háplicos.
\-
RcA- RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
73
CGH CARANGOLA IV
omÉ
Observa-se umâ boa relaçáo entre as características morfológicas dos solos com
respectivas estruluras litoeíratigráficas. Nas faixas gnáissicâs, incluindo as rochas,
prevalecem Argissolos de textura argilosa, apresentando horizonte superficial de
coloração mais escura, deconente da concentraçáo da matéria orgânica. Em
profundidade mostram compoÍtamentos distintos: ora represenlados por uma inteíace
constituída por regolitos bandados, dependendo a cor dâ liberaçáo do feno contido nos
minerais máÍicos, ora passando bruscamente a rocha fresca. Apresentam condiçóes
adequadas a uma vegetação de mala densa, hoje bastante degradada. Os anfibolitos
originam solos argilosos, de coloraÉo vermelha a maÍrom, laterizados na superfície
pelos óxidos de ferro hidratados. A cor ocre do regolito é pÍoporcionada pela fixaçáo de
compostos de feno e alumínio. Nos quartzÍtos prevalecem solos mais arenosos, de gráo
fino a grosso, essencialmente quartzoso. Nas áreas altas, mais secas, o solo é muito
pobre, do tipo Cambissolo Háplico.
a) Latossolos Vermelho-Amarelo.
b) Argissolos Vemelho-Amarelo.
c) CambissolosHáplicos.
d) Neossolos Flúvims.
7 .2.4.2.1. Latossolos
Sáo solos de boa drenagem, identificados por um horizonle B latossólico sob os váÍios
tipos de horizontes diagnóslicos superticiais, exceto H hístico. Possuem boa drenagem
interna, condicionada por elevada porosidade e homogeneidade ao longo do perfil e,
em razào disto, elevada permeabilidade. Este Íato os coloca, quando em condições
naturais, como solos de boa resistência â erosáo de superficie (laminar e sulcos).
Latossolo Vermelho-Amarelo
- Pincioais limita@es ao uso aorícola.' Possuem boas condiçóes Íisicas, que aliadas ao
relevo plano ou fraco ondulado, onde geralmente ocoÍTem, favorecem sua utilizaçáo
com o emprego de mecanizaÉo. Os argilosos se pÍestam a exploraÉo com as mais
diversas culturas adaptadas ao clima da região, Os de textura média apresentam baixa
retençáo de umidade e de nutrientes aplicados, com restriçóes ao uso agrícola. Todos,
por serem ácidos e álicos, requerem sempÍe correçáo e fertilizaçáo- A ausência de
macro quanto de micronutÍientes é uma constante para estes solos.
- Suscetibilidade à
ercsão: Com relação à erosão superÍicial, apresentam boa
resistência em condiçôes naturais ou de bom manejo, o que se deve principalmente às
suas características ÍÍsicas que condicionam boa permeabilidade, com pouca formaÉo
de enxurradas na superficie. O uso intensivo a que sáo submetidos, principalmente os
de textura argilosa, tem gerado uma série de pÍoblemas ligados à compactaçáo. Estes
solos sáo muito suscetíveis à erosáo em profundidade, ravinas e voçorocas, pelas suas
características de eírutura granular, com pouca ou nenhuma Íesistência mecânica dos
agregados. Os de texlura média apresentam maior propensáo à incidência à erosáo em
profundidade.
- Área de oconência: Oconem de forma resrita nos topos interfluviais dos modelados
convexos, de baixo grau de dissecaçáo (relevo ondulado, fraco ondulado ou plano),
como ao longo do rio Carangola.
7.2.4.2.2. Aroissolos
Arqilossolo Vermelho-Amarelo
- Principais limitacôes ao uso aqrícola: Uma das principais limitações ao uso agrícola
está a topograÍia mais movimentada, com declives fortes, o que favorecem a atividade
erosiva (sulms), além da possibilidade de ocorrrância de paleopavimentos e bourders no
perfil, restritivos ao desenvolvimento dê raízes. Também sê deve considerar a baixa
fertilidade natural, com textura menos aEilosa na supeÍficial e presença de cascalhos
ou pedregosidades em algumas unidades.
7.2.4.2.3. Cambissolos
São mnstituídos por material mineral com horizonte B incipiente abaixo do horizonte A
ou de horizonte hííico, com espessura inferior a 40 cm. Apresentam-se rasos ou pouco
profundos, com pequena diferenciaçáo de horizontes, sem acumulaçáo de argila,
textura francGarenosa ou mais argilosa, podendo oconer cascalhos. As cores sáo
variáveis, desde amareladas até avermelhadas.
Cam Háplico
Os Cambissolos Háplicos sáo pouco profundos, com aÍgila de dividade baixa (Tb),
teíura média, horizonte A do tipo moderado. Náo apresenlam horízonte superÍicial
húmico ou elementos do complexo sortivo. Quanto à fertilidade natural são distróÍicos,
ou sêja, apresentam baka saturaçáo de bases. Possuem atividade de argila sempre
baixa, em geral superior a 13 mE/1009, Íelaçáo molecular Ki em torno de 2 e relaÇáo
silteiargila alta, invariavelmente superior a 0,7.
Neossolo Flúvico
São solos minerais náo hidromórficos, pouco evoluidos, formados a partir de depósitos
aluviais recentes.
Devido a sua origem, esses solos são muito heterogêneos quanto à texlura e demais
propriedades físicas e químicas. Trata-se de deposiçôes su@ssivas de natureza
aluvionar, relativamente recenles, onde ainda nâo houve tempo para o desenvolvimento
completo do perÍil do solo. Geralmente constituem os diques marginais do leito dos rios
e quase sempre estâo cobertos por vegetação ciliar.
- Princioais limitaÇóes ao uso aqrícola: Deconem dos riscos de inundaçáo por cheias
periódicas ou por acumulaçáo de água de chuvas na época de intensa pluviosidade. De
maneira geral, são mnsiderados de boa potencialidade âgrícola, mesmo os de baixa
saturaÉo de bases. EntÍetanto, a textura arenosÉl de alguns destes solos e a sua
elevada susceptibilidade à erosáo, coníituem sérias limitações ao seu aproveitamento
agrícola. As áreas de vázeas onde @orrem sáo de relevo plano, favorecendo a prática
de mecanizaçáo agrícola. Na maioria dos casos sáo faixas muito estreitas ao longo dos
rios.
Com base em transec{os realizados na AID da CGH Carangola IV, foi constatado o
domínio dos Latossolos Vermelho-Amarelo na área do empreendimento, além de
Afloramentos de Rocha (ao longo do valê, principalmente na tomada da água). (Figura
44 - Mapa de pedologia).
7.2.4.3.1. LatossoloVermelho-Amarelo
Perfil í: localizado na parte superior do rio Carangola (Figura 40 e Figura 4í). Trata-
se de área com declive foúe, ocupado por pastagem, em plano de cisalhamento
(deslizamento de massa). Apresenta as seguintes características morfológicas:
\- Ap, 0-30 cm; vermelho Amarelo (SYR 5/5, úmido), silt, granular grosseira; ligeiramente
duro, friável, plástico, transição gradual e difusa.
42,30-75 cm; vermelho Amarelo (sYR 5/5, úmido), muito silt, pequena a média granular,
ligeiramente duro, friável, plástico e pegajoso;transição gradual e plana.
AB, 75-100 cm; vermelho Amarelo (SYR 616, úmido), argila Siltosa, moderada pequena
a média. Blocos angulares e subangulares, cerosidade comum e moderada, duro, firme,
muito plástico e pegajoso.
BW 1000-130 cm; bruno avermelhado (5YR 6/6, úmido), argila, plástico e pegajoso.
Figura 40. Perfil de Latossolo Vermelho-Amarelo na Figura 4í. Perfil de Latossolo Vermelho-Amarelo
seção superior da CGH Carangola lV. na seção superior da CGH Carangola lV.
Descriçáo morfológica:
42,45-85 cm; bruno escuro (sYR 5/4, úmido), silt, fraca pequena a média granular,
ligeiramente duro, friável, plástico e pegaioso, transiçáo clara e plana.
B1t, 85-1 10 cm; bruno escuro (5,5YR 6/6, úmido), argiloso, moderada pequena a média
blocos angulares e subangulares, cerosidade comum e moderada, duro, firme, muito
plástico e muito pegajoso, transiçáo gradual e plana.
BC, í'10-140- cm; bruno escuro (5,5YR 6/6, úmido), argiloso, moderada pequena blocos
subangulares, cerosidade comum e moderada, duÍo, firme, muito plástico e muito
pegajoso.
Figura 42. Perfil de Latossolo Vermelho-Amarelo Figura 43. PerÍil de Letossolo Vermelho-Amarêlo
em alta vertente, acima do locál oposto previslo em a[ta vertente, acima do local oposto previsto
para a implantaÉo da casa de força da CGH para a implantação da casa de força da CGH
Carangola lV (talude de mrte em ressalto Carângola lV (taludê de corte em ressalto
topográfico). Veíente oolpada por pastagem. topográfico). Vertênte ocüpada por pastagem.
Para AMARAL et al (2O0É.), quanto à suscetibilidâde erosiva das lenas, a área se insere
na categoria C4 (muito alto): tenas com limitações forles a muito forle à êrosáo, com
pouca eficiência na adoçáo de medidas viáveis, tanto técnica como economicamente,
para a sua conservaçáo.
Com base no mapeamento de solos e aptidáo agrícola das tenas no Estado de Minas
Gerais (AMARAL et al,2OO4), a área se insere na classe 4p, terras pertencem à classe
de aptidáo regular para pastagem plantada, apresentando nivelde exigência F3 (alto):
terras com alta exigência de fertilizantes e conetivos para adequaçáo de seu estado
nutricional.
Portanto, se caracteizam por uma aptidão boa para lavouras nos níveis de manejo A
(níveltecnológico primitivo) e B (níveltecnológico pouco desenvolüdo) e nível C (nível
tecnológico desenvolvido). Na AID os Latossolos encontram-se ocupados por
pastagens e remanescentes de vegetaçáo nativa.
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-iil
+ +
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ffi*i egenda
+
t- @ A§l - Afloramento ds Íoche
r:lCXbd ' Cambrssolo Háptco Tb drslróÍico
X O 20 rxl X,t
tH tÂd - Lalossolo Amarelo drstrófico
LVAd " Latossolo Vermrlho Amerelo drstróíico
PVAd - Ârgrssolo Vermelho Amcrelo drslróÍico
PVÂe " Ar§issolo Vsrmelho Amarelo eutroÍrco
Fonte CETEC MG/DPS UFV RLd - Neossolo Ldolrco drslrófico
E RLa - Neoesolo Li[olico eúróÍrco
7.2.5.1 Metodologia
O diagnóstico dos recursos hídricos na All se desenvolveu com base nos aspectos
hidrográficos e hidrologicos. Assim, contemplaram informaç&s fundamentadas em
parâmetros morfoestruturais e fluviométricos, tendo como suprte a série histórica da
estação fluviométrica Carangola (ANA), localizada no rio Carangola {Tabela í4},
pertencente à bacia do Rio Carangola.
A série de vazões médias mensais no local da CGH Crangola lV foi obtida por
transferência a partir da estação base pela proporcionalidade entre as respectivâs áreas
de drenagem, com a utilizaçáo da seguinte equação:
onde,
assrm:
Qcc = 1,345407503 Qe
O posto fluviométrico utilizado náo possui registrador de nível d'água, sendo que as
leituras de regua ocorrem apenas duas vezes por dia. Assim, os valores obtidos para
as vazóes máximas médias diárias (Qmed) foram convertidos em valores máximos
instantâneos (Qinst) pela expressão empírica de Fuller, dada por:
Qlnst = Qrnea
* (1 +(2,66rA0r»,
Para o local da CGH, cuja área de drenagem é 1.040 km2, o velor do coeÍiciente é
'1,330957.
1S = Vr'?l (Q'z . L)
onde,
IS = índice de sedimentação;
Vr = volume total do reservalório em m3;
o = vazâo máJia de longo termo afluenle em m3/s;
L = comprimento do reservalório em m.
S=Dsr.En/yap
onde:
T=Vr/S
onde:
A avaliação do potencial dos recursos hídricos subterrâneos foi realizada com base em
estudos desenvolvidos por GONÇALVES, SCUDINO & SOBREIRA (2003), os quais
correlacionam o domínio hidrogeológico com a vazâo específica e condutividade elétrica
de poços tubulares.
O ritmo fluviométrico anual demonstra boa relação com a distribuição pluviométrica com
retardo de um a dois meses em função do comportamento hídrico do solo: retirada
hídrica a partir do mês de abril com reÍlexos na redução das descargas a partir de junho,
e reposiçáo hídrica a partir do mês de outubro, com reflexos no aumento das vazões a
partir do mês de novembro.
86
CGH CARANGOLA IV
om6'
ANO Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Sêt Out Nov Dez MÉDn
í995 6,00 5,63 6,41 5,52 3,97 2,68 2,47 1,12 0,80 2,69 16,31 27,21 6,70
1996 33,53 18,57 22,75 10,23 7,81 5,81 4,33 3,30 9,22 10,90 26,16 27,60 15,02
1997 65,58 18,50 22,00 13,26 8,68 7,73 5,79 4,76 4,S8 8,18 13,53 33,68 17,22
1998 29,28 17,47 10,55 9,35 8,01 6,27 4,78 5,42 3,ô0 7,63 15,67 13,55 10,93
1999 23,01 10,07 20,99 9,95 6,98 ô,03 4,82 3,75 3,38 6,06 15,63 22,99 l',1,14
2000 17,12 17,54 24,79 13,17 8,37 7,24 5,66 5,12 5,54 5,73 14,23 30,14 12,56
2401 33,62 13,42 1 1,Í5 7,24 6,43 5,35 4,19 3,58 3,93 5,56 't5,52 16,03 í0,50
2402 2ô,90 25,47 17,8ô 10,37 8,93 6,77 ô,29 4,13 5,98 4,52 9,s2 22,96 12,47
2003 86,30 23,56 14,91 10,82 8,35 6,08 5,21 5,73 5,75 4,70 6,87 11,31 í5,80
2004 1ô,70 26,52 22,12 17,92 11,72 s,54 8,23 6,18 4,00 5,55 6,21 32,09 13,90
2005 28,O2 35,45 63,32 27,99 17,4ô 12,S 9,90 7,75 7,36 6,26 20,65 38,63 22,98
2006 17,15 11,94 16,69 't3,31 8,&1 6,92 5,29 4,34 5,45 9,09 15,24 27,79 11,82
2AA7 58,79 44,90 21,34 17,47 12,42 8,74 6,32 4,69 3,81 4,25 6,79 15,67 17,O3
\-, 2008 12,49 23,28 16,51 't5,71 10,35 8,86 6,58 4,36 6,39 4,39 21,12 59,81 15,82
2009 82,3í 44,68 35,07 37,90 17,23 14,38 10.26 7,93 7,76 13,65 't 1,63 23,43 25,52
20Í0 19,09 8,29 12,25 14,27 6,62 5,05 4,16 3,14 2,62 4,71 25,1 3 37,28 1 í,55
2011 29,53 13,18 55,92 33,68 1õ,41 11,25 8,42 5,16 4,41 8,76 12,96 30,41 í9,14
2412 40,54 14,75 14,34 11,79 14,19 8,27 6,38 4,70 3,94 3,28 11,50 6,17 11,65
2413 10,82 15,52 14,73 14,68 9,18 6,79 4,99 3,48 3,41 3,§8 7,6ô 31,59 10,54
2014 12,85 8,76 9,í8 13,34 6,92 5,37 4,24 3,49 2,35 2,80 10,56 8,24 7,35
2015 3,71 3,04 3,90 4,33 5,73 4,02 2,91 2,28 3,55 4,93 2,00 7,53 3,99
20í6 9,O2 4,32 4,83 2,85 2,51 3,U 1,74 1,27 1,4 1,90 11,19 22,57 5,58
2017 7,15 6,08 5,88 5,07 4,52 3,09 2,60 1,78 1,27 1,47 4,27 12,62 4,62
20í8 4,51 z',t,25 31,54 15,01 9,42 5,59 4,35 5,72 4,55 6,2S 12,29 22,37 I 1,91
MEDIA 25,81 20,62 18,71 14,17 9,42 7,14 5,81 4,64 4,55 6,28 12,29 22,37 12,65
DESVPAD 17,43 't7,05 11,59 6,86 3,60 2,61 2,06 1,58 1,95 3,15 7,14 11,52 7,21
0,00 Falha preenchida com a respectiva média histórica mensal da estação Carangola
\-,
Rcn_ RETRTÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTÀL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
87
CGH CARANGOLA IV
om6
(q4rmailgt tEEtina
A permanência das vazões médias previstas para 95% do tempo na CGH Carangola lV
(Tabela 17) e de 4,06 m3ls ou superior. Observamos que as médias mensais dificilmente
ultrapassam os 25,0 m3/s em condiçÕes nonnais.
Ánee OBSERVAÇÃO
coDtGo ESTAÇÂO Rto LAT LONG.
(km2) rNlcto FIM
Tabela 20. Estação Fluviométríca Carangola lV - Vazões Médias Diárias de 7 dias Consecutivos
Mínimas Mensais e Anuais
ANO Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez MíN a7
1935 16,47 21.49 20,08 10,83 8,81 ô,17 4,89 4,54 4.12 5.05 1,12
í936 11,79 8,69 6.21 4,53 4,30 3,81 3,22 3,04 5,74 6,68 3,04
1937 8.22 23,16 13,30 10,62 9,52 ô.43 4,3ô 3,87 3,i14 3,57 5,60 11,79 3,44
í938 10,55 9,01 7,U 6,87 5,88 4.52 4.04 3,84 3,28 3,10 4,37 8,58 3.í0
1939 12.58 16.50 8,08 5,67 4,45 4,O1 3.21 3.13 ?,54 2,67 2,47 2,12 2,12
1940 2,52 6,41 8.48 7,29 4,73 3,39 3,09 2,59 2.55 2.44 5,95 11,95 2,M
194í 1 1,19 9,67 11,22 9.29 7,65 5,66 3,94 3,62 3,77 7.13 6,50 11,81 3,62
1942 26,47 16,26 12.46 9.5ô 7.4',1 5.36 4,57 3,79 3,56 3.83 10.38 36.24 3,56
ANO Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez MíN a7
1943 39,91 27,49 18,11 14,31 10,2ô 7,00 5,75 4,88 4,28 4,17 6,13 12,65 4,17
1944 15,12 18,17 14,30 10,08 7,44 6,16 5,m 3,65 3,30 2,31 3,54 8,00 2,31
í94It 13,51 17,ô8 20,20 14,32 10,81 7,v 5,92 4,66 4,35 3,ô1 7,84 6,15 3,61
í946 17,20 9,87 8,49 9,50 6,88 5,85 4,26 3,87 3,38 3,32 3,85 4,82 3,32
1947 7,17 5,72 5,41 7,82 5,14 4,51 4,20 3,71 3,69 2,86 7,80 8,56 2,86
1948 8,92 8,76 6,51 7.31 5,31 4,26 3,71 2,27 1,94 2.U 2,U 14.62 í,94
1949 32,84 38,96 26,44 12,71 10,65 8,46 7,33 5.25 4,80 4,65 8,03 8,35 4,65
1950 12,29 17,11 11,88 9,12 8,61 6,15 4,50 4.22 3,81 3,69 4,43 12,60 3,69
1951 15,15 10,00 14,85 12.34 9.13 6./$3 5.07 4,10 3.51 3,28 2,07 5,88 2,07
1952 16,58 32,97 29,09 15.12 Í0.28 8.71 ô,40 5,54 5,32 4,71 6,52 13,97 4,71
1953 8,14 9,36 10,34 8,58 5,98 4.56 4,26 4,10 3,33 3,31 5,63 8,62 3,31
1954 9,08 4,48 4,89 5.41 4.54 3.55 3,19 2,13 1,89 1,52 2,34 1,93 1,52
1955 o.92 3,01 2.83 4,44 3,96 3,24 2,16 1,5ô 1,45 1,42 5,40 2,72 0,92
1956 3,75 2,87 3.22 3,23 2.78 2,76 1,59 1,18 0,81 2,38 2,99 8,ô4 0,81
1957 10,89 9,18 7.32 7.80 5.87 4,v 2,S0 2,59 2,49 2,37 3,19 10,50 2,37
1958 7,75 4,26 5,ô1 6.58 6.14 4,54 3,80 3,64 3,44 3,24 4,47 6,45 3,24
1959 7.31 3,62 6,40 5,05 3,23 2,59 '!.87 1,68 't,33 1,38 3,76 5,67 1,33
1960 8,10 13.92 16,77 13,51 10,65 7,41 5,15 4,72 3,62 2,56 3,10 1"t,75 2,56
1961 11.42 11.29 6,94 4,40 4,14 3,00 2,24 1,87 1,62 1,45 '1,97 1,80 1,4{t
í962 4.59 10.71 10,05 5,91 4,65 4,11 2,79 2,61 2.§ 4,O2 4,O2 6,09 2,36
1963 8,14 4,41 4,12 3,22 3,09 2,54 2,39 2,25 1,88 1,68 1.27 4.73 0,73
í964 4.67 9,04 7,46 5,97 4,99 4,52 4,51 4,16 3,61 3,95 7,56 17.77 3,61
1965 21.38 21,38 17,48 16,71 13,66 10,Í3 7,A7 4.73 4.42 7.4ô 14.67 15,34 4,73
1966 13,90 11.27 8,71 8,09 5,92 5,18 3,51 3,32 2,86 2.67 6,51 12.44 2,67
1967 18,97 18,78 19,54 11,23 10,58 7.?3 5,55 4,84 4.24 3,39 4.00 14,71 3,39
í968 16,55 13,15 17,31 10,49 8,73 6,88 5.99 5,50 5.44 5.84 7,67 11,19 5,44
1969 8,29 8,05 8,19 7,79 6,96 5,03 4,40 3.05 2.74 2.47 10,26 18,89 2,47
1970 16,41 11,96 s,05 7,54 6,85 5,29 4,85 4.M 6.2? 5,69 7,9',1 9,0ô 4,04
1971 6,47 4,92 6,45 5,42 4,36 3.77 3,61 3,21 3,35 5,79 14,88 20,29 3,21
1972 12,26 10,45 14,61 9,01 ô,56 5.49 4,57 4,44 4,19 4,99 5,57 15,79 4,19
í973 13,54 10,13 9,46 '11,ú 9,14 6.89 6,42 5,65 5,03 4,78 9,ô6 10,35 4,78
1974 11,47 7,98 7,01 7,03 6.75 4.35 3.ô9 2,56 2,31 2,72 4,14 6,70 2,31
1975 15,70 14,52 8,65 7.72 6.53 5,21 5,07 3,82 3,30 4,57 8,97 9,4ô 3,30
í976 5,81 4,ô8 4,30 4,65 4.41 3.34 3,29 2,92 3,27 6,11 7,43 13,53 2,92
1977 14,80 11,11 7,98 7.45 6.34 4.74 3,68 3,39 3,45 4,18 11,30 18,50 3.39
1978 17,84 13,ô9 10,38 9,12 7.71 7.39 5,12 4,77 4,44 3,86 4,94 16,42 3,86
1979 22,56 54,30 31,31 20,87 14,82 12,41 10,37 8,24 7,76 6,58 10,45 10.41 6,58
1980 20,66 15,57 13,04 11,74 10,54 8,05 7,52 6,81 5,31 5,29 4,95 10,35 4,95
í98í 1 1,19 í0,30 9,00 8.85 7.43 6,70 3,30 2,14 1,11 2,65 5.12 16.14 1,11
1982 17,12 15,30 18,37 15,17 11,93 8.23 6,58 5,84 4,31 4,14 3,96 5,12 3,96
1983 15,12 14,15 14,12 12,37 8,66 7.42 6,01 5,64 4,73 5,68 12,60 15,71 4,73
í984 12.34 9.59 7,83 8,06 ô,08 5,01 4.56 3,90 4,52 3,47 3,43 21,70 3,43
1985 32,39 27.36 22.52 15,17 9,75 8,27 7,73 6.90 6,85 7,06 8,27 10,13 6,85
í986 11,03 11,51 8,18 6,84 5,18 4,73 4,44 3,60 3,35 2.24 2,51 3,71 2,24
1987 6,36 11,74 10,96 8,2ô 7,38 4,85 3,5í 3,10 2.92 3.20 3,09 14,61 2,92
1988 12.66 13,O7 12,57 9,20 8,07 6.72 4,63 3,82 3,21 3,44 4,20 4.01 3,21
ANO Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez MíN 07
1989 5,85 6,20 6,47 6,54 6,26 5,55 4,42 3,96 3,41 7,46 10,12 6,51 3,41
1990 4,99 4,40 5,75 4,52 3,42 3,23 3,23 3,54 3,43 2,39 2,31 3,92 2,31
1991 8,28 22,95 12,O1 14,94 9,16 5,89 4,99 4,80 3,96 5,14 6,53 8,69 3,96
í992 11.73 8,27 8,88 6,64 6,38 4,47 4,18 3,88 5,64 7,77 14,70 7,47 3,88
1993 13,45 6,32 5,51 8,44 8,22 4,51 3,64 2.54 2.91 2,94 2,93 3,97 2,34
1994 5,41 4,03 5,05 4,54 5,43 9,31 3,87 2.59 1,58 1,16 3,99 4.20 í,16
ís95 3,09 4,53 4,80 3,79 2,83 1,95 1,06 0,82 o.74 0,74 6,27 11,05 o.74
1996 22,37 12,10 7,77 7,62 5.21 3,66 3,21 3.14 4,45 6,09 10,95 19,67 3,14
1997 23,25 14,91 14,63 9,24 7.77 5.54 4.24 3,88 3.23 3.31 6,ô1 19,59 3,23
í998 10,83 10,90 8,24 7,54 5,66 5.14 4.18 4.O2 2,94 5,96 11,86 10,65 2,94
1999 12,36 8,42 8,51 7,38 ô,05 4,61 3,93 3,34 3,20 2,79 5,65 14,94 2,79
2000 11,10 12,51 14,87 9,24 6,77 5,93 4.92 4.42 4,44 2,88 8,51 16,59 2,88
2001 15,41 8,27 6,23 s.70 4,9S 4.32 3,90 3,10 2,63 3,44 8,66 6,26 2,63
2002 18,09 15,01 10,57 8,46 6.78 5,79 4.',rz 3,71 3,52 2,92 6,24 6,31 2,92
2003 22,75 16,15 10,31 7.75 5.77 4.96 4,71 4,2s 4,25 3,26 5,08 ô,55 3,26
2004 12,O2 11,06 't6,33 1',1,92 9,48 8.12 5,46 4,27 3,6't 4,19 4,13 15,33 3,61
2005 21,86 27,10 26,01 21.58 12,96 9,57 6,S8 6,52 5,20 3,98 16,61 14,08 3,98
2006 12,96 10,15 11,84 8.42 7,25 4,W 4,33 3,73 3,42 3,S 7,53 17,M 3,42
2047 29,39 22,59 17.71 11.57 8.98 6.36 4,31 3,45 2,96 2,81 3,72 7,46 2,81
2008 5,62 15,32 12.58 9,85 8.12 5,41 4,69 3,98 3,52 3,14 6,37 19,75 3,14
2009 40,87 32.44 21.93 23,57 13,97 9,82 8,66 6,46 5,99 7,32 8,99 9,31 5,99
2014 10,97 7,48 7.30 7,06 4,82 4,3S 3,13 2,88 2,48 3,36 11.12 17.28 2,48
2011 '18,29 10,78 22.72 17,77 12,76 7,42 5,56 4,35 4,42 4,30 7.O5 22.O5 4,02
2012 14,32 11,74 8,91 8,91 8,67 5,86 §,20 3,34 3,05 2,39 4,38 4,5ô 2,39
2013 3,64 6,41 8,45 10,50 6,12 5,49 3,ô9 3,06 2,60 2.46 2.76 1 1,10 2,46
2014 9,49 6,54 6,93 6,86 5,00 4,45 3,04 2,42 1,98 1.53 2,59 4,14 í,53
2015 1,92 2.71 2.77 2,53 3,49 3,45 2,53 1,82 1.72 1.27 1.42 2,76 1,27
20í6 2,93 2.77 3,22 1,81 1,85 1,ô0 1,29 1,00 0,96 1,26 1,90 8,75 0,96
2017 4,63 3,80 3,79 3,32 3,00 2,3',1 1,83 1,23 1.03 4,79 1,67 3,67 0,79
20í8 1,98 10,04 16.01 6,18 4,51 3,86 3,70 1,98
Para que essas amostras possam ser consideradas representativas da população a ser
estimada (valores extremos em função de períodos de retomo), é necessário utilizar
séries com dez ou mais eventos de valores anuais. As amostras da estaçâo para este
estudo satisfazem esta condição, sendo consideradas, portanto, satisfatórias para a
realização dos estudos de valores mínimos.
Os quantis de vazões mínimas obtidos podem ser transferidos da estaçáo Carangola
(58930000) para o local da CGH através da proporcionalidade entre as respectivas
áreas de drenagem.
Tabela 21. Estação Fluviométrica Carangola {58 30000) - Vazões Médias Diárias de 7 dias
Consecutivos Mínimas Anuais - Ajuste Estatístico * Distribuição Weibull de Dois Parâmetros
TR Q7
P (X<x)
(anos) (ms/s)
2 50çk 2,98
5 2$o/o 1,93
10 t0% í,45
\, 25 4o/o 1,01
50 2o/o 0,77
100 1§Â 0,59
Para o local da CGH Carangola lV foi obtido o valor de Qz,ro = 1,95 m3/s, resultando em
uma vazão ecológica mínima a ser mantida no trecto de vazáo reduzida de 0,98 m3/s.
Área de estudo
o local previsto para implantação da cGH carangola lV está situado no rio carângola.
os pontos de coleta para avaliaçáo da qualidadê das águas (a montante da torãada
d'água e a jusante da casa de força, no rio carangola) sáo descritos/ilustrados na Figura
45 e na Figura 46. As amostragens íoram realizadas em julho de 2019, que conespõnde
ao período seco.
!a Ç:z?_-
L- çi-. '
Figu ra 45. Ponto de coleta de água P01 - a Figura 45. Ponto de colela
montante da cêptaÉo, localizado ne área dê casa de Íorça, localizado na-áreê de
PO2 - a.iustante da
influência de
influência da CGH Carangola lV. Jutho de 2019 . CGH Carangola lV. Jutho de 2019.
Resultados
95
CGH CARANGOLA IV gff)É^
as variaçôes deste parâmetro são ocasionadas geralmente pelo consumo e/ou
produção de dióxido de carbono (COz), realizados pelos organisÍnosÍotossintetizadores
e pelos fenômenos de respiração/fermentação de todos os organismos presentes na
massa de água, produzindo ácidos orgânicos fracos (BRANCO, 1986). Assim, o pH é
muito influenciado pela quantidade de matéria morta a serdecomposta. Geralmente, um
pH muito ácido ou muito alcalino está associado as atividades antrópicas, como
lançamento de despejos no corpo hídrico (FARIAS, 2006).
As águas do rio Carangola estão na faixa de neutralidade, sendo que as medidas estão
no intervalo de variaçâo exigido pela Resoluçáo DN COPAM AU?OOB (pH entre 6 e 9).
As medidas registradas no rio Carangola estão de acordo com as comumente
verificadas em rios brasileiros (MAlER, 1987).
A cor da água está associada ao grau de redução de intensidade que a luz sofre ao
atravessá-la (e esta redução dá-se por absorção de parte da radiação eletromagnética),
devido à presença de sólidos dissolvidos, principalmente material em estado coloidal
orgânico e inorgânico. Dentre os colóides orgânicos, podem ser mencionados os ácidos
húmicos e fúlvico, substâncias naturais resultantes da decomposição parcial de
compostos orgânicos presentes em folhas, dentre outros substratos. Também os
esgotos domésticos se caractenzam por apresentarem predominantemente matéria
orgânica em estado coloidal, além de efluentes industriais, que contêm taninos
(efluentes de curtumes, por exemplo), anilinas (efluentes de indústrias têxteis, indústrias
de pigmentos etc.), lignina e celulose (efluentes de indústrias de celulose e papel, da
madeira etc.). Há também compostos inorgânios capazes de causar cor na água. Os
principais são os óxidos de ferro e manganês, que sáo abundantes em diversos tipos
de solo (CETESB, 2009).
O nitrogênio é escasso nas águas e seu aporte aos corpos d'água ocorre por difusão,
na forma gasosa, ou na forma orgânica lixiüada das rochaslsolos, sobretudo os que
recebem fertilizantes e nas matérias orgânicas em decompciçáo.
-
RCA RELATORIO DE CONTROLE AMBIENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
97
CGH CARANGOLA IV
om É'
são prejudiciais à saúde, mas transmite a água um sabor salgado, repulsivo. O aumento
do teor de cloretos na água indica a presença de esgotos ou pr despejos industriais,
acelerando os processos de conosão em tubulações de aço e de alumínio, além de
alterar o sabor da água (PHlLlPPl, et. a1.,2A04').
O grupo dos coliformes totais inclui todas as bactérias na forma de bastonetes gram-
negativos, náo esporogênicos, aeróbios ou anaeróbios facultativos, capazes de
fermentar a lactose com produçáo de gás, em 24 a 48 horas a 35oC. Esta definição é a
mesmâ para o grupo de coliformes termotolerantes, porém, restringindo-se aos
membros capazes de fermentar a lactose com produção de gás, em 24 horas a 44,5-
45,5oC (SILVA et a1.,1997).
O habitat das bactérias que pertencem ao grupo coliforme é o trato intestinal do homem
e de outros animais; entretanto, espêcies dos gêneros Enterabacter, Citrobacter e
Kebsiella podem persistir longos períodos e se multiplicar em ambientes náo fecais. Já
os coliformes termotolerantes são empregados como indicadores de contaminaçâo
fecal, visto que a população deste grupo é consütuída de uma alta proporção de E mf,
que tem em seu hábitat exclusivo o trato intestinal do homem e de outros animais
(SIQUEIRA, 1995), não se desenvolyendo em outras condiçÕes.
7.3.1. Flora
7.3.1.1. lntrodução
A Floresta Atlântica originalmente, com uma cobertura total em tomo de 1S0 milhÕes de
hectares é um Bioma q{te se expande entre as regiões tropicais e subtropicais da
América do Sul (RlBElRg et al,, 2009). Atualmente, o Biorna é considerado um hotspot
para a conservaçáo da biodiversidade e isso se deve, além do grau de devastaçâo
e
ameaça antrópica,-l grande riqueza de espÉcies vegetais-e animais e o alto gráu de
endemismo (MYERS et at., 2000). GALINDO-LEAL & CÂnInnn (2003), em revisâo
sobre o Bioma, aindacompletam, que mesmo @m o alto grau de fragmeníáçao e habiat
perdido, a Floresta Atlântica ainda contém áreas intoúdas ou fõrmandó
contínuos
florestais, com grande heterogeneidade de ambientes, o que contribui diretamente para
o elevado número de espécies (METZER, 20Og).
99
v CGH CARANGOLA IV
om6^
7.3.1.2. Objetivo
7.3.1.3. Metodologia
I
, ,
Elabomdo por:
I a I
Thiago Rubioli da Fonseca
CRBio: 098380i04-D
188883 188973 I lls ú.klxB-iÍ líiU1 lrlt,
L.
=.rdr
Figura 49. Vista da região de tornada d'água. 50. Vista da região próxima da casa de
força.
-
RcA RELATóRro DE coNTRoLE AMBTENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
101
CGH CARANGOLA IV
om6^
(qsttmrisiÍ Lc&t^&l
t4/t6i 20 l9
Figura 5í. Vista do local onde passará parte do Figura 52. Vista do local onde passará parte do
condúo conduto
Os valores apresentados para APP na Tabela 24 foram calculados com base em uma
faixa imaginária de 50 m, traçadas a partir das margens do rio Carangola.
t
.;,
t4t)
.t
Figura 53. Trêcho de mata secundária nativa êm estágio inicial, onde pâsserá o conduto da
CGH Carangola lV, em Tombos, MG.
DAP's de todos os fustes. Além disso, a altura dos indivíduos tamtÉm foi mensurada,
através da comparação com a tesoura de alta poda utilizada em campo.
Onde:
ni = número de indivíduos da esÉcie i;
fi = frequência da espécie i;
ABi = área basal da espécie i, obtida da soma das áreas basais individuais a partir da
Íórmula do círculo (em m2);
ABT = área basaltotalamostrada (em mJ;
.Í
N*h(n| -\niln(ni)
,-l
H':
ff
Onde:
N = número total de indivíduos amostrados;
ni = número de indivíduos amostrados na iésima espécie;
S = número de espáIes amostradas;
ln = logaritmo de base neperiana (e).
\"
Rce- neuróRto DE coNTRoLE AMBTENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
105
CGH CARANGOLA IV
om6'
(q$trüuaÉ*iT rf r6r^dÂ
7.3.1.8. Cálculovolumétríco
Onde:
VTCC = volume total com casca, em metros cubicos (m3);
DAP = diâmetro com casca, a 1,30 m do solo, em centímetros (cm);
Ht = altura total, medida em metros (m).
ím3 = í,428 st
t- -
ncn RetRtóRto DE coNTRoLE AMBTENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
108
CGH CARANGOLA IV
om É
109
CGH CARANGOLA IV
om6^
(qsüu
^ÉüEiraf
a aaiiR^
A B
br**
,c ,d
Figura 55. Detalhe de algumas regiões da AIA do empreendimento que já apresentam maiores
níveis de impacto antrópico, sendo a região de tamada d'água (A), bem como outras regiões de
implantação do conduto (8, G e D), evidenciando as clareiras e os grandes adensamentos de
cipós.
110
CGH CARANGOLA IV
om6'
ail$lEiu
^iBÉtÍlr
E lÇiRÀ
. ?.r,
v D
i 5 íü6/ 20'1.9
Figura 56. Detalhes do interior da AIA em floresta nativa, evidenciando a baixa estatura dos
adensamentos arbustivo-arbóreos, entrada frequente de luminosidade, adensamentos de cipós
e serrapilheira rasa e presente em poucas regiões.
35
30
â
à< e<
o
I
o
.ã 20
à
Ers
o
Iro
z
5
0 ffi-m m .v3g
v --* .d'd **d -o/ ô)'^O"
.,o'
gtY
Figura 57. Densidade relativa das famílias de maior expressão na área de intervenção.
Tabela 26. Parâmetros fitossociológicos das espácies arbóreas (DAP > 5 cm) da comunidade.
DA = densidade absoluta, AB = área basal {m2), DR = densidade relativa, DoR = dominância
relativa, VC = valor de cobertura (%). GS = grupo sucessional' p = pioneira, NP = Não pioneira,
NC = Não Classificada.
Espécie qS DÂ AB DR DoR VC(%l
An aden anthera percg rina P37 0,9254 9,14 12,52 10,93
Mangifera indica NC3 1,1993 o,74 18,19 9,47
Albizia polycephala NP 49 0,3792 12,10 5,74 8,92
Casearía obliqua P42 0,3955 1437 6,00 8,18
Tapiira guianensis P54 0,1903 13,33 2,89 8,11
Ficus sp1 NC3 0,9636 0,74 14,62 7,68
Maclura tinctoría P2g 0,2893 4,94 4,37 4,66
Siparuna guianensis NP 29 0,1033 7,16 1,57 4,36
Guarea macrophylla NP 10 0,3299 2,47 5,00 3,74
Styrax pohtii P19 0,1599 4,69 2,42 3,56
Platypodium e/egans P5 0,3639 1,23 5,52 3,38
Decídua NC 17 0,1501 4,24 2,28 3,24
Tabemaemantana laeta NP 16 0,1495 3,95 2,27 3,11
Psidium guajava P15 0,1205 3,70 Í,83 2,77
Brosimum glaziovii NP 13 0,0854 3,21 1,30 2,25
H a n d ra a nth u s ch rysotrí ch u s P12 0,4724 2,96 1,10 2,03
P I aty mÍ sci u m fro ri b u nd u m NP íO 0,a782 2,47 1,19 1,83
112
v CGH CARANGOLA IV
om6^
(dsttm ai&iÍÀL E &i^i^
A maioria dos indivíduos e espécies foi classificada como Pioneiros (58,27o/o e 52,g4o/o,
respectivamente), indicando que â área se encontra em estágios iniciais de sucessão
(Figura 58).
70
Densidade
r Riqueza
60
50
I
§CI
Elr
.E
c
E30
0
o.
20
ligrya
10
0
P NP NC
I
58. Relação dos grupos sucessionais por riqueza de espécies e densidade de indivíduos.
P = Pioneiro, NP = Não-pioneiro e NC = Não classificado.
70
60
8so
o
o
Ê40
à
Eeo
c,
!,
2,20
10
0
7,5 12,5 17,5 ?2.5 27,5 32,5 > 32,5
Centro de Classe de Diâmetro (cm)
40
35
^30
E
8zs
t,
.I
E
zo
Ê
ãts
T'
zlo
o
0,
3 5 7S',tl
ffi.,
13
m, >13
Centro de Classe de Altura (m)
Tabela 27. Valores encontrados e estimados para número de indivíduos, área basal, diâmetro
médio, altura média e volume de madeira.
Parâmetro Valor Unidade
Número de lndivíduos 405 indivíduos 10,624ha
Número de lndivíduos Estimado 649 individuos.ha-í
Área BasalTotal 6,59 m2lA,624ha
Area Basal Estimada 10,57 m2.ha-r
Média de DAP 9,96 cm
Média de AItura 6,17 m
Volume de Madeira Total' 32,54 m3 / 0,624 ha
Volume de Madeira Estimado' 52,15 m3.ha-í
Volume de Madeira Total' 46,47 st / 0,624 ha
Volume de Madeira Estimado2 74,46 st.ha{
Tabela 28. Densidade de indivíduos (DA), área basal(AB, em m2) e volume de madeira (m3 e st)
por espécie.
7.3.2. Fauna
7.3.2.1 lntrodução
117
L
CGH CARANGOLA IV
om D
em regiões próximas do mesmo bioma. Para caracterização da ictiofauna da área de
influência da CGH Carangola lV foram utilizados apenas dados secundários
provenientes de outros eíudos realizados na região. A caracteriza$o da ictiofauna na
ADA da CGH Carangola lV contendo dados primários será realizada após emissão da
licença que será emitida pelo lEF.
O presente estudo foi realizado na zona rural do município de Tombos, estado de Minas
Gerais, na área diretamente afetada pelo empreendimento. A região em que se insere
o município apresenta-se fortemente descaracterizada em relaçãõ à estrutura ecológica
original da Mata Atlântica da Zona da Mata Mineira. AtuaÍnrente, existem poucas
manchas de vegetação com algum componente nativo, a maioria em locais mais
acidentados do relevo e impróprios ao cuttivo de café ou estabelecimento de pastagem
para o gado.
7.3.2.2. Localdoestudo
A figura a seguir, mostra as áreas de lnÍluência direta e influência indireta da fauna onde
ocorreram os estudos da fauna, sejam eles através de transectos ou através de estudos
pontuais, como o caso da lctiofauna, através de rede de malhas e mastofauna através
de armadilhas fotográÍicas. As metodologias utilizadas foram melhor descritas a seguir.
118
CGH CARANGOLA IV
om6'
(dsl!ilu
^É&rÍ[
f g^at^
t
CGH Cnrgoh Il
TmtplllG
l SGStlZruUl}tll§
6 l{tridianCsml-39.0ffi
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o
F
Elabordo pr:
ltiago Rubidida Fmieca
N 6oom
CRBio:098J8010+D
'Í88251 )
188ô51 D*r & e{atnqtu: 16,0?i)019
189051,. 189451 189851
Figura 61. Área de lnfuência Direta (AlD) e lrrea de Influência lndireta (All) onde foram
realizados os estudos de fauna.
't 19
CGH CARANGOLA lV
om6
7.3.2.3. FaunaTenestre
7.3.2.3.1. Herpetofauna
lntroducão
Em relação aos anfibios brasileiros, a ordem Anura é a mais abundante, com 1 .039
espécies, seguiqos pela ordem Gymnophiona com 36 eslÉcies e ordem úrodela com
05 espécies^ (sBH, 2018). Esses animais sáo responsáveis por diversas funçóes
ecológicas._ sua pfesnça num local funciona como indicador de que o ambiente ãstá
em equilíbrio ecológico, isso ocoffe pois sáo suscetívêis às alterações do ambiente em
demrÉncia da sua pele alramente permeável (ETERovlcK & §AZMA, 2004). Arém
disso, fazem o controle de diversas pragas e por possuírem uma grande varied'ade de
L999.s ryrodltivos, ocupam uma vasta diversidaàe de nichos ecológicos (FREITAS &
SILVA, 2004; POUGH et at., 2008).
Em Minas Gerais, o número de anfíbios e répteis ainda é incerto. Estima-se que existam
2^0!^110.^ci9" ge_g{b'o_s (NASCIMENTO et at., 2009) e 221 espécies'ae reptàii
(BERNILS et ar., 2009). o levantamento e monÍtoramentó da Herpetàfauna
na arà àe
instalação de certos empreendimentos, é fundamental para que sê tenha noção do real
impacto das transformaçóes ambientais sobre esse grupo faunístico p".
ir" ."jà,
tomadas as medidas necessáÍias visando à preservaçáó das espécies" envolvidas. Éois
o declínio destes animais e até mesmo exrinçao dé algumas'espécies oesse grufã
colocam em risco o equilíbrio ecorógico do praneta, já qire afeta a estruture das-teias
alim-entares, e por consequência, das comunidades aiológicas (BLAUSTEIN
C úniÊ,
1990).
'120
CGH CARANGOLA IV
om6^
(d$tr!u^i*tÍ tI&^Àl
Metodoloqia
O estudo foi realizado em uma área ruraldo município de Tombos/MG que está inserido
no Bioma Mata Atlântica. O local caracteriza-se por apresentar um alto grau de
antropizaçáo, pois apresenta grandes áreas de pastagens, e um elevado índice de
resíduos sólidos, em especial no leito do rio. Ao longõ da área do empreendimento
formam-se quedas d'água e existe um pequeno fragmento de mata ciliar secundária
bosqueada em estágio inicial de regeneraçáo e com ã presença de gado (Figura
62).
As amostragens foram realizadas em pontos inseridos na ADA (Area Diretamente
Afetada) eÂll (Area de lnfluência lndiretà) do empreendimento CGÊ Carangola lV. Ao
longo da ADA foram instaladas duas parcelas (A e B) e um transecto (01), en{uanto que
na All apenas uma parcela (C) (Tabela 29). Os ambientes priorizadosior", aquetes
que apresentam maior variedade de microambientes propícios a existência
de anfíbios
e répteis, como brejos, senapilheira, margens do rio e locais úmidos.
lfiguras 63-66).
Tabela 29. Pontos amostrados durante os estudos da herpetofauna na área do empreendimento
CGH Carangola lv no ltlunícípio de Tombos / MG, entre os dias zil e zzde julho
de 2019 (estação
seca). As coordenadas são dadas em graus, minutos e segundos.'nárr. ÂoÁ _ ar",
diretamente afetada e All
- área de influênCia indireta.
Pontos Coordenadas Á,rea Descriçâo Ambiente
Busca ativa
Parcela A 20"51',59.06"S ADA (diuma e noturna), Mata ciliar secundária
(área 4.115m2) 41"59',19.94',O Ponto de escuta (serrapilheira).
(notumo)
Busca ativa
Parcela B 20"52',07.80',S ADA (diurna e noturna), Mata ciliar secundária
(área 3.866m2) 41"59',18.61"O Ponto de escuta (serrapilheira).
(noturno)
121
CGH CARANGOLA IV
om6
(q$troiu
^iEtirat
É
^erii^
.É
t:-
Figura 63. Vista parcialda onde foi instalada a Figura 64. Vista parcial da área onde foi instalada
Parcela A. a Parcela B
't22
CGH CARANGOLA IV
om6
Figura 65. Vista parcial da área onde foi instalada a Figura 66. Vista parcial da área onde foi instalada
Parcela C.
\-, a Parcela D
123
v CGH CARANGOLA IV
om6'
Para as amostragens noturnas, registrou-se principalmente indivíduos expostos (náo
escondidos em abrigos), vasculhou-se a senapilheira e potenciais abrigos na procura
desses animais. No período diurno, foi úilizado pontos de parada em locais estratégicos
para o encontro de repteis ativos ou realizando termorregulaçâo (Figura 6g).
Este método consiste no registro das espécies objeto do estudo por meio de encontros
ao acaso, no qual as espécies coletadas são encontradas durante outras atividades que
não sejam de sua procura. Pode-se obter tais dados quando se desloca por trilhas,
estradas e entre a vegetação. No caso de anÍibios e répieis, o registro pode acontecer
até mesmo no interior das residências póximas a área dêterminada ao inventariamento.
ú
T
Figura 67. Busca direta em ambientes propícios a existência de répteis.
124
CGH CARANGOLA IV
om6
a'
Figura 68. Roch a exposta aos raios solarês, local Figura 69. Utilização
adequado a term onegulação_
de g ravador digilal para
registro auditivo de anfíbios anuros.
Resultados e Oiscussóes
'125
CGH CARANGOLA IV
.gfnÉ^
Tabela 30. Espécies registradas na estação seca entre os dias 21 e 22 de julho de 2019 que
compõem a herpetofauna da área do empreendimento CGH Carangola lV no município
de
Tombos/MG. Pontos de regístro descritos na Tabela 29. Métodos de regístro: RA registro
auditivo; RL - revisão de literatura. Local: A parcela A; NSA não se aplica. Status -
- -
LC - pouco preocupante (least concern); CR criticamente em perigo; EN em perigo;
de ameaça:
-
não consta na lista consultada. Listas de espécies ameaçadas: MMA lista - NC -
2014\. COPAM - lista estadualde Minas Gerais
- brasiteira (MMA,
2010).
CLASSE/ORDEM/FamítiatEspécie Método Ponto de
Registro
MMA COPAM
AMPHIBIA
ANURA
Bufonidae
Rhinella crucifer RA A LC NC
Hylidae
Boana albomarginata RL NSA LC NC
Scinax after RA A LC NC
126
CGH CARANGOLA IV
om6^
Ponto de
CLASSE/ORDEM/Famí||atEspécie Método
Registro
MMA COPAM
Colubridae
Erythrolam prus miliais RL NSA LC NC
7
' .l$
/ ,.{ .
-,.,t;'i/
7)
crucifer. Figura 7i. alter. Foto
Foto de arquivo pessoal. de arquivo pessoal.
127
CGH CARANGOLA IV
om6^
r
% I
128
CGH CARANGOLA IV
om6
usão
os animais apontados nesse estudo sáo esÉcies esperadas para a Íegiáo de Tombos
(MG)' bem como para a Zona da Mata mineira e micronegiáo de úuriae. pode-se
concluir que a área do estudo sofre com as pressôes antrópiàas
houve desaparecimento dos grandes fragmentos florestais, conedores
*ro *n."qrên"iã
" ecoroiiõs ã
poluição das águas do Rio carangola. Logo, o"oneu uma
diminuição considerá'vel dos
habitats náurais saudáveis de anfíbios e iépteis, prejudicando todã o ecossistema.
7.3.2.3.2. Avifauna
Íntroducáo
129
CGH CARANGOLA IV
om6^
Metodoloqia e área de Estudo
Segundo o Carvalho et_al. (2008), a região possui clima tropical úmido (Bí) onde
a
temperatura e precipitaçâo total acumulada, média anual, estão entre 22o}e
1205 mm,
respectivamente.
,Í _tü
il
t-.
r J,F
r-{
7
}|
r#
ttr t--
tt
Figura 75. do interior da porção oeste da Figura Aspecto de borda de mata e pastagens
área de influência da CGH Carangola lV. da porção oeste da área de influencia da CGH
Carangola lV.
130
CGH CARANGOLA IV
om6'
(dsttou
^iüÊtÍ{
I &iia
Visando retratar com riqueza a realidade local das áreas estudadas (Figura 79), foi
realizada uma campanha de campo d9 um dia na qual foi utilizado como-metodoíogia
as Listas de Mackinnon (Mackinnon & Philips, 1993)com alteraçôes. Distinto de
outros
métodos, o método de Mackinnon permità o levantamento de espcies da avifauna
durante todas as horas do dia, sendo por isso o mais adequado
i"r"
trabalho estabelecido. Nele, o especialista percorre a áreadurante iodo o".t"
plano de
dia tomando
nota das espécies detectadas auditiva e üsualmente, criando listas de 10
esfécies, Oe
acordo com o proposto por Hezog et al. (2002; e Ríbon (20ío). Devrse
atentar para
não repetir espécies na mesma lista ou superesiimar a amàstra com
o mesmo indivíduo
em listas diferentes.
I -l
131
CGH CARANGOLA IV
clm6^
(dqldu urrrrrt É Mah^
Lagc*da:
S&ceoc
iniurncbdira
CGll-CerattolttY.
Irma*s
percorrido.
-iF-
Figura 79. Mapa de localização dos Transectos naárea de influêncía da CGH Carangola lV
Resultados e Discussáo
-
Durante todo o período de estudo e considerando todos os ambientes estudados e os
méto_dos empregados, foram registradas 122 especies da avifauna, distribuídas em
3g
famílias e A
19 ordens (Tabela 30). ordem Passeriformes éa
de maíor
representatividade am 77 espécies registradas, distribuídas em 20 famílias. Dentre
todas as famílias mais significativas quanto ao número de espá:ies que abrigam
destacam-se Tyrannidae e Thraupidae, com 21 e 13 espécies, respectivamente
{Figlura
80).
17Í
t7%
6V/" 6%
6Yo
-
Figura 80. Representatividade de famÍlias de aves nas áreas de influência da CGH-Carangola
lv.
RcA -
RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
132
CGH CARANGOLA IV
om6^
(qsttm liàErÍ& r §Àà
A sensibilidade das aves à fragmentaçáo, segundo Stoltz (1996) varia bastante entre as
categorias de sensibilidade. Na área há predominância de espécies com "baixa"
sensibilidade à fragmentação, cerca de um terço com sensibilidade "média", e apenas
3 espécies com sensibilidade "alta", (Figura 81!. lsso representa que o ambienta já está
alterado, mas ainda mantém capacidade suporte de espÉcies mais exigentes.
100
90
80
70
60
v 50
40 87
30
20
10
3
0 I
ALTA MEDIA BAIXA
sENstBtLtDADe À rRacmerreçÃo
Fig ura 8Í. Distribuiçáo conforme sensibilidade à fagmentaçáo para as espécies da avifauna
registradas nas áreas de estudo no dia 20 de Julho de 2019, na CGHCarangola lV no município
de Tombos-MG.
De maneira gera! a maioria das espáÍes de aves obsenradas na área de estudo são
associadas a ambientes florestais (48%) (Stottz 1996). As espécies generalistas
corresponderam a 27o/o das espáÍes registradas, seguidas por 20% de espécies típicas
de áreas abertas, e 4o/o de ambiente aquático lrigurà g2). euandb a especie
apresentava mais de um ambiente típico foi classificada como generalista. A preferência
de habitat para as espécies não identidades até o nível específico também foi
considerada como "desconhecida',.
Rce RelRtóRto DE
- cotITRoLE ÂrrrBtENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
133
CGH CARANGOLA IV
om6
r FLORESTAIS I AREA ABERTA I AQUATICÁ GENERALISTAS DESCONHECIDA
L%
27%
4% 20%
v l
Figura 82. Distribuição conforme preferência de habitat para es espécies da avifauna
registradas nas áreas de estudo do dia 20 de julho de 2019, na CGH- Carangola lV, no
município de Tombos, Minas Gerais.
Tabela 31. Lista de Espécies ameaçadas porcaça ou tráfico observadas nas areas de estudo
do dia 13 de julho de 20í9 na CGH Garangola lV, no municipio de Tombos, Minas Gerais.
Ci= Espécie Ginegética, Cd = Espécie capturada para a criação donÉsüca.
1. Penelope obscurc ci
2. Crypturellus tataupa ci
3. Pimolius maracana Cd
4. Psittacara leucophthalmus cd
5. Forpusxanthopterygius cd
6. Pionus ma,ximiliani cd
7. Troglodytes musculus cd
8. Turdus rufrventris cd
9. lcterusjamacaii Cd
10. Gnoimopsarchopi cd
1 1. Tangara sayaca Cd
12. Sicalisflaveola cd
13. Volatinia jacaina Cd
14. Saltatorsimilis cd
1 5. C aryath,nausfes canadensls Cd
1 6. Pheugopdius genibarbis cd
\-,
RcA - RELATÓRIo DE coNTRoLE AMBIENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
134
CGH CARANGOLA IV
.grn6
Com base na literatura especializada (COPAM, 2010; MMA, 2014; IUCN, 2019.2)
apenas uma espécie se encontra no grau de ameaça NT (Quase ameaçada) que é o
caso da Maracanâ-verdadei ra (Pi moli us maracan a).
Tabela 32. Espécies de Omitofauna registradas nas áreas do Diagnóstico Ambiental da CGH
Carangola lV, no município de Tombos, Minas Gerais, na campanha de Julho de 2019. Tipo de
Registro: Au = Auditivo, V1 = Bem visualizado ou visualizado parte diagnostica, V2 = mal
visualizado, F = Fotografado.Tipo de ambiente: Ma = Mata, P = Pasto, R= Rio, AL= alagados.
Sensibilidade à B- A=alta.
Tipo de Tipo de Sensibilidade à
TAXON Nome Comum
Ambiente Registro Fragmentação
GALLIFORMES
Gmcidae
1. Penelope obscun Jacuaçu MA V1 M
TINAMIFORMES
Tinamidae
2. CrypturcllustatauP lnhambu-chintã Ma Au B
PELECANIFORMES
Ardeidae
3. Nyctlrconx nycliconx Savacu AL v2 B
4. Butorides stiata Socozinho R V1 B
5. Bubulcus ibis garça-vaqueira P V1 B
6. Ardea alba garça-branca-grande AL V1 B
7. Syigma sibilatrk maria-faceira AL V1 F M
8. Pilherodius pileatus garça-real AL v2 M
9. Egrctta thula garça-branca-peguena R V1 B
CATHARTIFORMES
Cathartidae
10. Comgyps atratus urubu-de-cabeça-preta P Ví B
11. Cathaftes aun U rubu-de-cabeça-amarela Ma V1 B
ACCIPITRIFORMES
Accipitridae
12. Hetercspizias gavião-caboclo P v2 B
meidionalis
13. Rupomismagnirostis gavião-carijó MA Vl,F B
14. Accipiter striatus Gaviao-miudo Ma V1 B
GRUIFORMES
Rallidae
15. Anmides saftrcuta saracura-do-mato MA V2 M
16. Pardirallusnigicans saracura-sanã R AU M
CHARADRIIFORMES
Jacanidae
17. Jacanajacana Jaçanã AL V1,AU B
COLUMBIFORMES
Columbidae
18. Columbina talpcoti rolinha-roxa P AU, V1 M
19. Columbina squammata fogo-apagou MA AU, V2 M
20. Patagioenas picazuro Pombáo MA AU, V1,F M
21. Zenaida auiculah pomba{e-bando MA V1 B
CUCULIFORMES
Cuculidae
22. Piaya cayana alma-de-gato MA, P V1 ,AU, F B
23. Crotophaga ani anu-preto P V1 B
24. Crotophaga major anu-coroca P V1 M
25. Guin guin anu-branco P V1 B
26. Tapen naevia Saci P AU B
STRIGIFORMES
Strigidae
27. Athene cuniculaia coruja-buraqueira P V1 M
GAPRIMULGIFORMES
Caprimulgidae
28. Hydropsalis albicollis Bacurau MA V1 B
APODIFORMES
Trochilidae
29. Phaethomis pretrci rabo-brancoacanelado MA V1 B
30. Eupetonena Ínctoun beija-flor-tesoura MA v2 B
31. Chloroslilbonlucidus besourinho.de.bic+.vermelho P V1 B
CORACIIFORMES
Alcedinidae
32. Megaceryle torquata martim-pescador-grande R V1 B
33. Chloroceryle anericana Martim-pescador-pequeno R Vl, F
GALBULIFORMES
Bucconidae
34. Malacoptila striata barbudo-rajado MA AU M
PICIFORMES
Picidae
35. Picumnus cinatus pica-pau-anão-barrado MA AU, V1 B
36. Colaptes campe§rts pica-pau-do-campo P AU B
37. Dryocopus lineatus pica-pau-de.banda-branca MA AU B
38. V e n i I i o mi s mac ulifro ns Picapauzinho de têsta parúada Ma V1 M
CARIAMIFORMES
Cariamidae
39. Caiama cistata Seriema Ma AU M
PSITTACIFORMES
Psittacidaê
42. PÍimolius maÊcana maracaná-verdadeírâ MA V1,F M
43. Psittacaía periquitão-marecanâ MA Ví B
leucophthalmus
44. Fotpusxanthoderygius Tuim MA AU M
45. Pionus maximiliani maitaca-verde MA AU, V1 M
PASSERIFORMES
Thamnophilidao
46. Thamnophilus choca-da-mata MA AU B
ôaerulescers
Dendrocolaptidae
47. Lepidocolaptes aÍepaçu{ecenado MA AU M
angu§irostis
48. Lêpidocolaptes arapaçu-escamado MA AU, Vl
squamatus
49. Xiphorhynchusfuscus Arapaçu-rejado Ma v1
xenopidae
fu. Xenops rutilans bico-virado-carijó MA AU M
Fumariidaê
,I, A U
51. Fumaius figulus casâca{6-couro.da,lama AL M
52- Fumaius rufus joãcdê.bano AL V1 B
53. Phacellodomusruffirons ioão-depau P V1 M
54. Ceihiaxiscinnamonl€us Curutié P Ví M
55. syna axis ruficad a PichoroÍé MA v2 M
56. Synallaxísftontalis Petrim P AU B
57. Synallaxis spixi joão-tênêném MA AU B
Rhlmchocyclidae
58- Mioneclês rufrventis abre as+dê.cabeça-cinza MA AU M
59. Leptopogon Cabegudo MA AU M
amauro@phalus
60. Íolmomyias bico-chalo-dê.oÍelha-preta MA AU, V2 M
su/pl,uÍescens
61. Tolmomyiasflavivedds bico-chato-amaÍêlo MA AU,F B
62. Toditostrum teque-teque MA AU B
poliocaphalum
63. Todirostrum cineÊum fenêirinho-relógio MA AU, V1 B
U. P@ciloti@us Toroó MA AU, V2 M
plumbeicêps
65. Hemitdúusnidipndulus tachuri-campainha MA AU B
Tyrannidae
6ô Hirundinea fenugírÉa gibãedê.couro MA v2 B
67. Fluvicola netveta Lavadeira-mascãrâda R V1,F B
6A Cafiptostomaoôsoletum Risâdinha P AU, V1 B
69. Haenia flavogaster guarecáve-de.baÍÍiga-amarela P AU, V1 B
É importante destacar que a maioria das es[Écies da avifauna registrada (48% do total)
possui preferência por habitats floreslais, sendo que estas espécies normalmente
apresentam baixa capacidade de dispersão. Deste modo, conedores florestais
desempenham um importante papel para a dispersáo dessas esFÉcies florestais,
principalmente os que se localizam na beira dos cursos d'água (mata ciliafl (Marini
2001). O uso do solo deve respeitar essas áreas, já que, a conexão êntre os fragmentos
é um dos importantes fatores para a manutençâo da diversidade de aves em ambientes
com pressáo antrópica. A presença de conedores florestais é de vital importância para
a manutençáo das espécies mais seletivas (MaÍini 2001).
Outro grupo de espécies que merece deslaque sáo as espáÍes cinegéticâs, quê sofrem
pressáo humana direta como a caça e captura para gaiola. Espécies como os jacus
(Penelope sp) e lnhambus (Crypturellus sp) sáo constantemente caçadas na zona rural
e podem se extinguir regionalmente. Outras espálies em constante ameaça sáo
aquelas vítimas do tráfico de animais silvestres. Na área de estudo destaque-se o trinca-
ferro (Saltator similis), típico de máas secundárias e bordas de mata e que vem
desaparecendo aos poucos pela açáo de passarinheiros (Ramiro 2008). E ainda os
representantes da família Psittacidae, como: a maitaca-verde (Pionus maximiliani),
periquitáo-maracaná (Psittacara leucophthalmus), tuim (Forpus xanthopterygius),
maracana-verdadeira (Primolius maracana) que sáo constantes alvos do tráfico de
animais silvestres.
h\
\'
Figura 83. Primolius maracana (Vieillot, 1816) Figura 84. Stelgidopteryx rufrcollis (Vieillot, 1817)
/-
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Figura 85. flaviventis (Wed, 1831) Figura 86. Piaya cayana (ünnaeus, 1766)
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Figura 87. Syigma sibilatix (Temminck, 1824) Figura 88. Turdus leucomelas(Vieillot, 1818)
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Figura 89. Patagirenas picazuro (temminck,í813) Figura 90. Rupornis mqnirostris (Gmelin, 1788)
Figura 91, Chloroceryle americana(Gmelin, 1788) Figura 92. Tangara cayana (Linnaeus, 1766)
\-,
nce- RenróRto oÊ coNTRoLE AMBTENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
141
CGH CARANGOLA IV
om6
7.3.2.3.3. Mastofauna
lntroduÇâo
A Mata Atlântica, ao longo dos últimos milhares de anos, sofreu sucessivos períodos de
destÍuiÉo e regeneração náo só relacionados às atiüdades humanas mais recentes,
como também, com as oscilaçóes do dima e a chegada ao continente sul-americano
dos primeiros humanos, inicialmente nômades e caçadores (DEAN, 1996).
A ocupaÉo dâ Íegiáo coíeira e do inteÍioÍ do Brasil, nos últimos quinhentos anos, foi
responsável pela destruiÉo de 90% dos 1.362.548 Km2 da Mala Atlântica original,
substituindo a floresta por culturas agrícolas, pastagens e pelas principais cidades e
atividades urbanas e induíriais, trazendo consigo a crnsequente poluiçao dos solos,
das águas e do ar (OYAKAWA et al., 2006). Esta vegetaÉo contínua de norte a sul do
país era uma das maiores florestas tropicais do mundo, ocorrendo desde o Rio Grande
do Norte ao Rio Grande do Sul. Atualmente, esse bioma está reduzido a menos de 8%
de sua extensáo original, ou cerca de 100.000 km2, espalhados em vários fragmentos e
poucas matas contínuas (SCHAFFER, 2002; Fundação SOS Mata Atlântica/lNPE,
2008).
Apêsar de ser considerada uma das maiores do planeta, a diversidade biológica da Mata
Atlântica ainda é pouco conhecidâ. O estado de conhecimento da diversidade de
mamíferos no Brasil segue a mesma tendência geral, podendo aumentar conforme os
inventários sejam intensiÍicados e
análises citogenéticas e
moleculares sejam
implementadas (LEWNSOHN, 2005). O nível de desconheciÍnento sobre a mastofauna
brasilêira é ilustrado pela lista composta por nada menos do que 1 10 espécies
consideradas Deficientes em Dados (DD), o que Íepresenta mais da metade (55,3%) do
total de espécies avaliadas (BRASIL, 2008).
Dos mamíferos descritos atualmente, 652 estÉcies ocoÍrem em território brasileiro, esse
número faz com gue o Brasil possua a maior riqueza de mamíferos de toda a regiáo
neotropical (REIS, et. al., 2006; FONSECA et al., 1996).
Apesar das diversas pressóes, a Mata Atlântica ainda abriga parcela significativa de
diversidade biológica, com altíssimos níveis de riqueza e endemismo. Entre as espécies
descritas atualmente para o bioma,261 são mamíferos, das quais 73 sáo endêmicas
(AURICCHIO, 2006; REIS et al., 2006).
Metodoloqia
Foram instaladas duas (02) armadilhas fotográficas (câmeras trap) modelo digital
Bushell, que disparam a partir da sensibilizaçfu dos seus sensores de movimento e
infravermelho, em cada ponto de amostragem. As armadilhas foram instaladas em
locais onde tiveram indícios de passagem de mamíferos (pegadas, fezes e/ou rastros)
e permaneceram em funcionamento durante todo o período de amostragem das demais
metodologias. A câmera era fixada, em troncos de árvores a uma altura que varia de 50
cm a 1 metro, dependendo do local.
tlElf.rr l
\
Figura 93. Modelo armadilha fotognáÍica utilizada nos estudos.
Foi colocada na área de foco da câmera uma isca composta por manga, maracujá,
mamão, milho e sardinha, com o objetivo de atrair espécies com diversos hábitos
alimentares (Figura 94 - 991.
A identificação das espécies citadas nas entrevistas Íoifeita com base na distribuição
conhecida dos táxons para a regiáo (EMMONS & FEER, 1990; REIS et al.; 2006).
Entrevistas são bastante efetivas para o registro de espécies de mamíferos mais
conhecidos pela população, como as espécies de médio e grande porte como Lobo,
onça, capivara, anta, paca, quati, etc. As espécies de pequeno porte como roedorcs e
\., marsupiais difi cilmente sáo distinguidas.
A procura por vestígios indiretos (i.e. fezes, tocas, carcaças, rastros) aonteceu através
de percursos a pe. Os rastros e demais vestígios indiretos das espécies foram
identificados segundo crÍtérios de BECKER & DALPONTE (í999) e BORGES & TOMAS
(2004). Ocasionalmente, durante os trajetos perconidos, foram observados indivíduos
ou grupos de mamíferos que foram identificados e, quando possível, fotografados.
F,
FJà-Ê
t I =*
Rq
\- lr EIi=1!E
-: : il ,: ':::
Figura 94. Entrevista com morador Local - José Figura 95. lnstalação de armadilha fotográfica AF-
Luiz Caetano. 01, na ADA da CGH.
F.
À,
13:45
Figura 96. lnstalaçáo de armadílha fotográfica AF- Figura 97. tnstalação de armadilha fotográfíca AF-
01, na ADA da CGH. 01, na ADA da CGH..
Figura 98. lnstalaçáo de armadilha fotográfica AF- Figura 99. lnstalação de armadilha fotográfica AF-
02, na ADA da CGH. A2, naADA da CGH.
i.
,É
.,,,
FF",' ,
k
'..\
Resultados e Discussáo
Tabela 33. Áreas de monitoramento selecionadas para instalação das armadilhas fotográficas
o estudo da mastofauna.
41'592ü'W 41"5910'râ'
Lagicírd,a
LÀ
I
[---| rnnseer:*ç
[-_l mmocluc
.rt VÍ14 eouz*
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vS-\ikd4ão
a Âf,-AnndEFôb$â*r
AFOl lrío.rnâÉ.§
C§cnE: Âi/B tuÉtiâÀntiÍlal
Ftrl*o: CGHCt:âÍEtletV
Elh; Ágpdo2o19
tocd: Ixlblre
Êlaboração
Pa,5C.M-Coíttsio
cREb:7W§81.O
!r-
lq!§okrte §cde:12.5{lo
Co6ÍInáê Sldem: GCS SRGÂ,S zqxl
0*n:SRGASãtrO
41"59201^'
Lrc: O€grêo
RcA -
RELATóRIo DE coNTRoLE AMBTENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS. MG
146
CGH CARANGOLA IV
om6'
(owltoiu
^i*iÍlr
E Eritt^
Tabela 34. Lista dos mamÍferos registrados na área de influência da CGH Carangola lV e
forma de
Didelphidae
Di&lphis aurita
GamM-de-orelha-preta
DS /E/ 20"522.00"S / 41 "59'1 6.72"O
(Wied -l'le uwÍed, I 82 6) AF02
Cedocyon thous
Cechono-do-mato E/DS
(Linnaeus,1766)
Canidae
Chrysxyan bradtgrus
Lobo Guará E/DS
(llliger,1815)
Procyon carlcrivorus
(G.Wuú Cwier, Mão-Pelada E / DS / PG 20"52o.83"s /41'59'14.53"0
1798)
Procyonidae
Nasua nasoa
Quati E/DS
(LINNAEUS,1766)
Cuniculus prca
Cuniculidae Paca E/DS
(Unnaeus,1766)
Dasypus nwencincl'us
Tatu-galinha E/DS
(Linnaeus, 1758)
Dasypodidae
EuÉmcfus sexcrhcÍus
Tatu-peba EIDS
(Línnaeus,1758)
Lepus europaeus
Leporidae Lebre E/DS
(Pallx,1778)
ã)"520.05'S / 41 "59'21.00',O
Hydrochaeris
hydrodtaeuris Capivara
E/DSIPG 20"51'il.36"S / 41'59'1 3.57"0
Cavidae
tFz 4n"51 53.1 7"S / 41'59'1 8.29"0
(Linnaeus, 1766)
N52'1 .1 5" S t 41 "59'23.230
Leopfius paftalis
JaguetaÍica E/DS
(LINNAEUS,1758)
Felidae
Leo,E,dustiginus
Gato do Mato E/DS
(S0HREBER,1775)
Lontra longícatdis
Mustelidae Lontra E / DS I VS 20"524.60"s l 41 "59'16,78'0
rolfens,1818)
Tamandua tetradadyla
Myrmecophagidae
(Unnaeus,1758)
Tamanduá-Mirim E/DS
Coendou in§diosus
Erethizontidae Ouriço-mheiro E I DS I CC 20"52'46.34"s / 42" 1'47.4€ rJ.
(Uctttenstein, 181 8)
Sciurus ingÍami
Sciuridae Serelepe E/DS
(Linnaeus,1766)
Callithix jar,f,,hus
Callitrichidae Sagui{e-tutus-brancos E / DS
(Linn*us,1758)
Legenda: Registro: PG - Pegadas, Fezes - FZ, Pelos - PL, Fotos - F, fumadilha Fotográfica - AF, Entrevistas - E,
Tocas -TC, Dado Secundário-DS, Visualização-V3, Vocalização-VG, Carcaça - CC; Ponto:ÂF0í eAF02 (conforme
tabela 33).
Com relação a pesquisa no "The IUCN Red List of Threatened Species", as espécies
Lobo Guará (Chrysocyon bnchyurus) e a Lontra (Lontra longicaudis), encontra-se
registrado como NT - Near Threatened (Quase Ameaçada) e as esÉcies Gato do Mato
(Leopardus tiginus), encontra-se como VU - Vulnerable (Vulnerável).
E importante lembrar que o registro das espécies Lobo Guará (Chrysocyon brachyurus),
Gato do Mato (leopardus tiginus) e Jaguatirica (Leopadus pardalis), foram obtidas
somente através de entrevistas com os moradores locais, portanto sua ocorrência náo
foi confirmada através de outros métodos amostrais, como vestígios indiretos ou mesmo
visualizaçâo.
Tabela 35. Lista dos mamÍferos registrados na área de influência da CGH Carangola lV e status
de conservaçáo.
Portaria MMA Í)eliberação The IUCN Red
Família
No444r ní4 de Normativa COPAM List of
Nome CientÍÍico Nome Popular
17 de Dezembro No147 de 30 de Abril Threatened
de 201rt de 2010 Species
Di&tphis aurüa
Didelphidae Gambá-d+orelha-preta NA NA LC
(Wied-Neuwied, 1ü26)
Cerdocyon tt7p,us
Cachono-do-mato NA NA LC
(Unnaeus,1766)
Canidae
Chtwoqon brrcfiyurus
Lobo GuaÉ W VU NT
(llliger,1815)
Ptwpn canuivuus
(G.[BaMi Cwier, Mão-Pelada NA NA LC
1798)
Procyonidae
Nasua naua NA LC
Quati NA
(LINNAEUS,1766)
Cuniculus oeca
Cuniculidae Paca NA NA LC
(Linnaeus, 1766)
Dasypus novencindus
Tatu-galinha NA NA NA
(Linnaeus,1758)
Dasypodidae
Eu§1rac:tus s?,xcinc,us
Tatu-peba NA NA LC
(Linnaeus,1758/
Lepus europus LC
Leporidae Lebre NA NA
(Pallas,1778)
Hydrcúaais
\/ Caúdae hydrocfiaeris Cepivara NA NA LC
(Linnaeus, 1766)
LeoprdusprêlÍs NA VU LC
Jaguetirica
(L(NNAEUS,l7fi)
Felidae
Leoprdusfigrínus
Gato do Mato EN VU VU
(SCHREBER, 1775)
Lantra longicatúb.
Mustelidae Lontra NA VU NT
(Olfens,1818)
Coendouingdreus
Erethizontidae Ouriço-cacheiro NA NA LC
(Lichtenstein, 1818)
Sciurus ingami
Sciuridae Serelepe NA NA NA
(Linnaeus, 1766)
MASTOFAUNA
--
-- t
it
Ertt.q,
Pegada de Capivara Figura í05. Pegada -
hydrochaeris). Coordenadas: 20'52'0.05"S I cancivorus). Coordenadas: 20"52'0.83"S I
41'59',21.00"O 41"59'14.53"O
Figura í06. Fezes Capivara (Hydrochaeis Figura 1O7. Fezes - Capívara (Hydrochaeis
v hydrochaeris). Coordenadas: 20o52'1 .15"S I hydrochaerís). Coordenadas: 20'51'53.17"S I
41"59',23.23"O 41"59'19.29"0
__l
Figura í08. Toca. Coordenadas: 20'52'1.70"S / Figura í09. Carcaça - Ouriço-cacheiro (Coendou
41"59',22.68"O ínsidíosus). Coordenadas: 20"52'46.34"5 I
42"1',47.46"0
\-
{
I,
A análise das guildas sugere que espÉcies de hábitos mais generalistas e oportunas
estáo mais bem adaptadas à área do que as espécies de menor plasticidade, pois essas
últimas sáo extremamente dependentes de habitats específicos.
Podemos relatar que segundo observaçôes feitas a campo, as áreas sobre influência
do empreendimento apresentam sinais eüdentes de forte antropização, principalmente
por alteraçáo do uso do solo para atividades pecuárias. Desta forma, a fragmentação e
perda de habitats favorece de forma significativa para o afugentamento dá mastofãuna
ou eliminaçáo de algumas espécies mais exigentes nestes lócais.
7.3.2.4. FaunaAquática
7.3.2.4.1. lctiofauna
lntroduÇão
152
L
\-
CGH CARANGOLA IV
om D sam
Metodolooia
De acordo com dados secundários do diagnóstico de fauna da CGH Faria Lemos 201 1,
o levantamento da ictiofauna foi realizado no rio Carangola, em Faria Lemos - MG, 7
km à jusante de onde se pretende instalara CGH Caragola lV. O rio amostrado pertence
à sub-bacia do rio Muriaé, pertencente à bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul. A
amostragem foi feita no mês de maio de 2O11, em dois pontos amostrais: O Ponto 1
(Figura 1í2) está localizado à montante do ponto de tomada d'água da CGH Faria
Lemos e caracteriza-se por apresentar um canal médio, com água turva e fundo
composto por areia e argila. A vegetação marginalfoi retirada em vários trechos e está
descaracterizada, como pode ser visualizado no registro fotográfico. O Ponto 2 (Figura
í13), à jusante da futura casa de força, possui a vegetação marginaltambém bastante
alterada e caracteriza-se por apresentar um canal mais fundo, onde predomina o
substrato argiloso.
As coletas foram realizadas com o uso de tarrafa de 2,5 cm de malha, com 1,80 m de
altura, e de rede de anasto de 5 mm de malha, com 3,5 metros de comprimento e 1,5
metros de altura (Figura íí3), empregados durante uma hora. Adicionalmente foram
feitas entrevistas com moradores locais que forneceram informaçôes utilizadas para
compor a lista de espÉcies que oconem no rio Carangola (Figura íí4), nas áreas
amostradas.
E
Lr.-r -fl I
n
E--
Figura 112. lmagem parcial do Ponto 1. (Foto: Figura 113. lmagem parcial do Ponto 2, com
Diagnóstico de Fauna da CGH Faria Lemos 2A11). aplicação de coleta ativa com rede de arrasto.
(Foto: Diagnóstico de Fauna da CGH Faria Lemos
2O11).
. Resultados e Discussão
Tabela 36. Lista de ordens, famílias e espécies diagnosticadas na área de influência da futura
CGH Farias Lemos, com designaçáo de nomes comuns e tipo de registro de cada espécie.
154
CGH CARANGOLA IV
om6'
(qquu^iErT Icg^nl
Figura 115. Rhamdia queten guvenil- Comprimento Figura íí6. Hoplias malabaricus (uvenil
padrão = 10 cm). (Foto: Diagnóstico de Fauna da Comprimento padrão = 9 cm). (Foto: Diagnóstico de
CGH Faria Lemos 2Af). Fauna da CGH Faria Lemos 2011).
F'
-d
Figura 117. Oligosarcus cf. âepseÍus (Comprimento Figura íí8. Geophagus brasiliensis. (Foto:
padrão = 'Í3 cm). (Foto: Diagnóstico de Fauna da Diagnóstico de Fauna da CGH Faria Lemos 2O11).
CGH Faria Lemos 2011).
155
CGH CARANGOLA !V
om6^
(dgtruúliDÉiÍ tc&attl
Embora baixos valores de riqueza tenham sido registrados até o momento para o rÍo
Carangola, este rio é considerado pela Biodiversitas (2005) como área prioritána para a
\- investigação científica e com potencial importância biologica para a conservaçáo da
ictiofauna de Minas Gerais, devido à insuÍiciência de estudos nele realizados. Em função
disso também não existem dados anteriores aos trabalhos já citados para que se possa
fazer inferências mais exatas a respeito dos efeitos dos impactos supracitados sobre a
diversidade da ictiofauna local.
Além do esforço amostral deve ser considerada também a degradaçâo ambiental à qual
está submetido o rio Carangola na regiáo diagnosticada, o que contribui para a redução
da riqueza da ictiofauna local. Nesta área, em vários trechos ao longo do canal a
vegetação marginal foi substituida por pastagem e isso tem ocasionado processos
erosivos que aumentam a entrada de sedimento no canal do rio. Esse aporte aumentado
de sedimento reduz a profundidade da coluna de água e simplifica o substrato de fundo,
p§udicando a oconência de algumas espécies.
Metodolooia
os dados secundários foram coletados com base de dados oficiais das principais
instituiÇóes de pesquisa nacional para a composição do diagnóstico da All. Dentre as
bases de dados consultadas para a cã,Íac.eizaçáo socio-econômica deslacam-se:
visitas a sítios eletrônicos de órgáos oÍiciais produtores e/ou sistematizadores e
disseminadores de informaçôes estatísticas, dentre os quais, o lnstituto Brasileiro de
GeograÍia e Estatística (IBGE), Govemo do Esiado de'Minas Gerais, secretaria Je
Educaçáo de Minas Gerais, Banco de Dados do sistema unico de saúde,
-e,9t949 !a
Ministério do Desenvolvimento social, prefeitura Municipar de Tombos, camáã
Municipal de Tombos, dentre outros listados ao final deste relatório.
Foram coletados também dados primários da AID da cGH carangola lv, objeto deste
estudo, por meio de entreüsta com o proprietário da AlD, o Sr. Noürival làitaó rurtaoo.
Registros fotográficos completam o material coletado no campo.
Área de influência
A Área de lnfluencia Direta (AlD) e Área do Entomo (AE) compreendê a extensáo total
das benfeitorias e propriedades rurais do entomo do empreendimento. lncluindo ainda
as propriedades e estruturas comerciais e de prestaçáo de serviços situadas na
comunidade onde será cons1ruído o empreendimento, péla proximidad'e com o mesmo
e inlerferências sofridas, como acesso as obras, utiiizaçâo de mão de obra loà1,
aqu.ísiçáo de bens e serviços, entre outros. poÍtanto, qualguer que seja a área situada
ao longo de todo o sítio de imprantaçáo do futuro empreendimento
6omaaa d,águà,
canteiros de obras, casa de forca, bota-fora, acessos, trecho de vazão reduzida, dáire
que seja total ou parcialmente atingida com a implantaçáo e/ou operaçáo da
9y!19"1 "
CGH, e considera da como sendo AID/AE.
157
\-, CGH CARANGOLA IV
om6'
(Gg[GusDaiÍ LaE^M
4 CGH Carangola lV está prevista para ser implantada em um trecho do Rio Carangola.
o trecho em questão está situado na zona ruraldo município de Tombos/MG.
Com uma altitude de 278m e um clima de classificação tropical, o município conta com
uma populaçáo de 9.537 habitantes (Fonte: IBGE). A cidade de Tombos/MG limita-se
com os municípios de Faria Lemos/MG, Pedra Dourada/MG, EugenópolisiMG, Antonio
Prado de Minas/MG e Porciúncula/RJ, também subdivide-se nos distritos de Tombos
(sede), Catuné e Agua Santa de Minas.
158
CGH CARANGOLA IV
om6^
(dsfÍah lisrÍl! E *l^tt^
O acesso a partir d.a gede municipat de Tombos à casa de força da CGH Carangola lV
é realizado seguindo inicialmente na direção leste na R. BentoDávila em direçãõ à Av.
lmaculada Conceiçáo por 38 m, virando à direita na R. Dr. Mário Duayer por g0 m e
realizando um retorno, percorrendo mais 150 m. Na bifurcaçáo, seguir pôr 4',2A km pela
R. Jorge Elias e virar à direíta na estrada municipal, seguindo por rãais's,gO'kr. A partir
daí, seguir por cerca de i,00 km ate o acesso do loàl da tomada d'água à margem
direita.
Por meio de entrevista realizada com o proprietário Sr. Nourival Leitâo Furtado, foi
possível verificar que não há benfeitorias a serem deslocadas na área prevista para
a
instalação da unidad.e da CGH Carangola lV. Não há moradores na área de construçáo,
estando o proprietário e sua família residindo na sede do município de Tombos/MG.
lori.Sgm do município de Tombos, All, se deu no inicio do século XlX, quando o Coronel
Maximiano, abastado proprietário de terras, doou uma área ao patrimônio de Nossa
Senhora da Conceiçâo,.sendo a agricuttura fator predominante de ocupaçâo do
territÓrio, aqui se fixando definitivamente com seus escravos, amigos e parentes.
Outros
nomes foram dados ao município de Tombos, sendo o primitivo;nrraiàl Novo", partir
a
de 1852, passou a denominar-se Nossa Senhora da Conceiçáo dos iomoos oo
Carangola, sendo este topônimo alusivo à padroeira tocal, o qúe era muito comum
naquela época e a cachoeira formada pelo rio Carangola, composta de três quedas
consecutivas ou três tombos, conforme linguagem popular. Em 7 de setembro
de 1g23,
Tombos tornou-se município, fixando nome de órflem, em alusáo às três quedas
d'águas nela existentes.
A cidade de Tombos/MG possui 9.537 habitantes, estando a maiorconcentraçáo
de sua
população na área urbana. Abaixo a tabela apresenta os número",
r"órnàãalas do
desenvolvimento humano no Brasil, conforme ôenso zo1o.
159
lrn
CGH CARANGOLA IV
clm o
tolslroiu AiaÉIt t c
Tabela 38. Estrutura Etária da população de Tombos/IvlG, por faixa etária, em 2010.
População com menos de 15 anos de idade 1.904
População entre 15 e 64 anos 6.453
População de 65 anos de idade ou mais 1.1 80
Fonte: Fundação Joáo de Responsabilidade Social
No que diz respeito à faixa etária do proprietário da AtD, Sr. Nourival Leitâo Furtado,
possui 85 anos, e sua esposa Lucy Maria Borba Furtada de 81 anos. Os filhos dos
proprietários são todos adultos com idade variando entre 54 e 61 anos. Nâo possui
dependentes.
160
L
CGH CARANGOLA IV
om D
(otgftmu aidEiÍ t É
Conforme entrevista na AlD, a propriedade que teve parte da área adquirida pa,a a
ínstalação da unidade da CGH Carangola lVé considerada pequena. A unidade da CGH
encontra-se inserida, em áreas de pastagem e fragmentos de floresta. Conforme a
caracterizaçáo do empreendimento, a área onde será necessária a supressão vegetal
é de apenas 0,6240 ha.
Quanto ao uso e ocupaçáo do solo, dados do IBGE, para todo o município, mostram
que, quando se trata do número de estabelecimentos, mais unidades desenvolvem a
pecuária em relaçáo aos estabelecimentos que cultivam o café. Sendo as áreas de
pastagem bem maiores em relação a extensáo ocupada pelas lavouras permanentes e
temporárias. Há vários estabelecimentos (em relação às demais ocupações) que
apresentam matas e florestas, e a área ocupada por esse tipo de formaçáo ainda é
maior que a ocupada pela lavoura tempoÉria, como informa a tabela abaixó.
No de Área dos
Município Utilização das terras estabelecimentos estabelecimentos
agropecuários agropecuários
(ha)
Lavouras permanentes 282 1541,797
Lavouras 183 778,715
Pastagens Naturais 216 5969,398
Matas e florestas naturais 2 Nâo há dados
Tombos Matas ou florestas naturais
destinadas a preservação 327 3.900,895
permanqnte ou reserva legal
Teras inaproveitáveis para
agricultura ou pecuária (pântanos, 16 28
9rc4s, pedreiras, etc.)
Fonte: IBGE / Censo Agropecuário (20í0)
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§r\ \ .\
Figura í20. Estação de tratamento de água da Figura í21. Captação de água no Rio São Joáo.
sede urbana de T'ombos
O Produto lntemo Público - PIB - indica a riqueza total produzida por determinada
sociedade. Este indicador fornece dados que permitem conhecer a realidade e a
estrutura econômica dos municípios brasileiros. Nb que se refere à composição
setorial,
em Tombos o setor agropecuário, como dito, é o de maior peso.
162
CGH CARANGOLA IV
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163
CGH CARANGOLA IV
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Figura í24. Agência do Banco do Brasil e Sede 125. Agência do Banco Bradesco.
da Prefeitura Municipal de Tombos/MG.
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Abaixo, a tabela apresenta o número de empresas locais nos municípios da All.
Caracterizacão Sociocultu ra I
164
CGH CARANGOLA IV
om6^
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Educacáo
Tabela 43. Lista de escolas que compõem a infraestrutura educacionalde Tombos (All).
Dependência Nível/ Modalidade de
Escolas Localização
Administrativa ensino
Ensino Fundamental Anos
EE llka Campos
Estadual Urbana
Finais (60 ao 90 ano) / Ensino
Vargas Médio Regular / EJA
Presencial
EE Antônio Martins de Distrito de Ensino Fundamental (1o ao 50
Estadual
Barros Catuné ano)
Ensino Fundamental (1o ao 50
EM Emilio Soares Municipal Urbana
ano)
EM Marieta Guariglia
Municipal Urbana
Ensino Fundamental (1o ao 50
Bravo ano)
Centro Municipal de Creche(0a3anos)ePré-
educação lnfantil Olivia Municipal Urbana Escola(de4a5anos)
Quintão
Pré-escolar municipal Distrito de Pré-escolar
Municipal
Pinqo de Luz Catuné
Distrito de
EM Savina Lazaroni Municipal (1o ao 50 ano) e EJA
Catuné
Centro Educacional
Particular Urbana
Pré+scola e Ensino
Rosely Galo Feneira Fundamental(1o ao 50 ano)
Não Educação especial
APAE Urbana
Govemamental
Fonte: Secreatria Municipal de de Tombos/MG.
Conforme tabela apresentada acima, Tombos possui uma escola na sede que oferta o
Ensino Medio; 06 escolas que ofertam ensino fundamental, sendo 03 públicas na sede
do município e 02 no Distrito de Catuné, e ainda uma particular na sede. Que oferecem
educação infantil e pré-escola são uma escola pública na sede e uma no Distrito do
Catuné, uma particular no município sede; 02 ofertam o EJA, sendo uma no município
de sede e outra no Distrito do Catuné. No município, as escolas estão distribuídas nas
zonas urbanas, tanto a sede urbana do município quanto a sede urbana de distritos
municipais.
§' hreú.:={= ll
'qt.*
Figura 126. Escola Estadual llka Campos Vargas, na sede urbana do município de Tombos
(Ail).
-
RCA RELATóRIo DE coNTRoLE AMBTENTAL
CGH CARANGOLA IV
TOMBOS - MG
166
CGH CARANGOLA IV
om6
No município, a propoçáo de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 9g,1 1%, em 2010.
No mesmo ano, a proporçáo de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos flnais
do ensino fundamental é de 8 í,68%; a propoção dejovens de 15 a 17 anos com ensino
fundamental completo e de 66,54%; e a proporçáo de jovens de 1g a 20 anos com
ensino médio completo é de 42,93o/o. Enlre 1 991 e 2O1 O, essas proporÇõês
aumentaram, respêctivamente, em 56,52 pontos percentuais, 40,93 pontos percentúais,
44,94 pontos percentuais e 27,14 pontos percentuais. A taxa de analfabetismo no
município é de 14,7o/o.
Segue grafico com comparaçáo das taxas de analfabetismo em Tombos com a média
nacional.
Em entrevista, o proprietário informou que cursou até a 4a série assim como sua esposa,
devido às diÍiculdades de acesso da epoca, diferente de seus filhos que sáo formados
no Ensino Médio e foram trabalhar em oúras cidades, como Sáo Paulo/Sp e Niterói/RJ.
Atualmente uma das filhas que está aposentada reside com os idosos e nâo há
residentes em idade escolar na casa do Sr. Nourival Furtado.
Dentro da média complexidade possuio Centro de Saúde Gothardo Gouveia que oferta
atendimento ambulatorial; o Pronto Socono Municipal com atendimento 24 horas na
urgência e emergência, SAMU 192; e ainda, o Centro de Atençáo Psicossocial (CAPS
l) e Farmácia para todos, com dispensação de medicamentos.
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Figura 127. Pronto Atendimento de Tombos/MG Figura í28. Secretaria Municipalde Saúde de
Tombos/MG.
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Aconrp-h..n.nto d.. AcoÍr|,dft{tr rlto d.s
AconlP-r!.mnto.l.
Atú.I2.ç-o C.d.3Ú.1 êorÍ$êion.lld.d.. .i. cordlclon{d.d.. .L F.lor d. Op.hçao
Figura í29. Quadro sínlese [unho de 2019). - Cadastro Único - Tombos (MG).
I
fl
Figura 130. Sêdê do Centro dê Referência de Assistência Social - CRAS de Tombos, All
O município também conta com uma Equipe de Conselho Tutelar que atua na proteção
e garantia dos direitos da criança e do adolescente.
Emoreoo e renda
instalação da CGH Carangola lV, que trará novos postos de serviços, principalmente na
construçáo civil, e poderá contribuir pam a melhoria de renda da população local. A
previsão do salário médio a sêr pago aos frrncionários contratados para a
implantação da CGH, conforme afirmado pelo empreendedor, varia da seguinte
forma:
SequranÇa Pública
Se por um lado a proteçáo social busca contribuir para a promoçâo do bem-estar social
e da qualidade de vida, por outro a defesa social pretende a garantia da segurança
pública, com a finalidade de proteger os cidadãos, a sociedade e os bens públicos e
privados. A segurança pública em Tombos conta com a Polícia Militar e Policia Ciü|. A
Policia Militar de Tombos pertence a75a CIA PM do 47o Batalhão PM de Muriaé. Náo
há unidades do Corpo de Bombeiros ou Defesa Civil, o que obriga o municipio a recorrer
F
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4 E fl
Figura 13í. Sede da Polícia Militar em Tombos, All.
A cidade é cortada pelo rio Carangola, que nasce no alto do munícípio de Divino, é mais
volumoso. O Rio São Joáo, que nasce no alto do Município de Pedra Dourada/Mc,
fornece água para o abastecimento da cidade, deságua no Rio Carangola, dentro da
cidade de Tombos/MG. Além destes dois rios o município conta com dezenas de
córregos que repÍesentam um grande manancial de águas que banham
permanentemente o território. A água que abastece a cidade é capitada abaixo da
cachoeira do Rio Sáo Joáo, na Fazenda da Cachoeira com uma distância de 6 km.
A cidade de Tombos possui uma Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente que tem
entre suas funçÕes a conservação de estradas rurais e vicinais, assistência ao produtor
rural e coleta de lixo. Mantém parceria com a EMATER e o Sindicato do Trabalhador
Rural, além de investir na educação ambiental. Tambem atende escolas, instituiçÕes e
prog ra mas m u n ici pais com alimentos orgânicos.
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Figura í32. Entrevista com Secretário Municipalde Agricultura e Meio Ambiente. (Marco
Antônio Pittize Ribeiro)
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Apesar da baÍxa poteneialidade social do município da All, acredita-se que a CGH
Carangola IV, por seu pequeno porte, curta duração e pequena mâo-de-obra (maioria
sem exigência de alto grau de escolaridade), não irá sobrecanegar a infraestrutura
social do mesmo e que o município oferece condiçÕes compatíveis com o pequeno porte
do empreendimento.
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Outro ponto que recebe muitos visitantes é a Pedra Santa, que está situada no distrito
de Catuné, trata-se de uma gruta, obra produzida pela própria natureza. A Íesta da
Pedra Santa é realizada loda 2a quinzena do mês de julho, e atrai romeiros de todo o
país, mas o local é visitado diariamente por pessoas interessadas em conhecer o
fenômeno da desintegração da pedra que vem se deslocando através dos tempos sem
que ninguém perceba, pois segundo os moradores das proximidades nunca ninguém
conseguiu ver a pedra cair ou desintegrar-se da grande rocha.
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Figura 134 - Gruta da Pedra Santa - Distrito de Catuné - Tombos/MG.
Fundado em í914, o Tombense Futebol Clube esperou até a primeira década do ano
seguínte para se profissionalizar. Hoje os jogos do time atraem pessoas de toda a regiáo
para assistir as partidas.
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Figura í35 - Estádio Futebol Clube -
Tombos/$tG.
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Na festividade de camaval, a cidade de TomboslMG recebe muitos visitantes, com
blocos caricatos, escolas de samba, boi pintadinho, resgatando os antigos carnavais.
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Figura 137. Vista lnterna do Figura í38. Vista Externa do Museu de Tombos/MG.
Tombos/MG. {Antiga Estação Ferroviária). Secretaria Municipal de
Saúde de TomboslMG.
Os proprietários da AID disseram não desfrutar muito do lazer, gostando de ficar mais
em casa. Cabe aqui ressaltar, que o Rio Carangola, previsto para instalação da unidade
da CGH não está inserido em área utilizada para o turismo local.
Comunicação e Transporte
No que diz respeito à comunicação TomboslMG possui uma rádio local e equipamentos
volantes são usados para divulgar as informaçÕes locais.
Tdbela 47. PÍoprietários que terão parte de suas áÍeas atingidas pela implantaçáo da CGH
Carangola lV.
Abaixo a
caracterizaçáo sociocultural das propriedades e famílias afetadas pela
implantaçáo da CGH Carangola lV.
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Figura í39, Entrevista Social do Proprietário Sr. Figura í40. Entrevista Social do Propriêtário Sr.
Nourival Furtado ê suâ esposa Lucy Maria Borba Nourival Furtado e sua esposa Lucy Maíia Borba
Furtado, realizado na sua residência, localizado na Furtado, realizado na sua residência, localizado na
sede do município de TombosiMG. sede do município de Tombos/l\íG.
Sr. Nourival construiu sua atual moradia êm 1989, antes dessa data residia com a família
na cidade de Caparaó, e relata nunca ter moÍado na referida propriedade com sua
família.
A fazenda é atendida pelo serviço público de energia elétrica, CEMIG. Náo havendo
resíduos signiÍicativos, com instalação sanitária. A água para consumo é proveniente do
município. A família possui um automóvel. Em rêlação à renda, a venda de gado é um
complemento da renda familiar, náo sendo a única fonte; o Sr. Nourival recebe o
equivalente a um salário mínimo de aposentadoria. A Íilha, que também é aposentada
contribui com as despesas da casa.
Quanto aos serviços de saúde, quando necêssário, a família busca assistência médica
particular no município ou em cidades próximas. Para o atendimento de outras
demandas da família como lazer e compras do dia a dia (supermercado, açougue) são
realizadas na cidade- A teleüsáo é o meio de comunicaçáo mais utilizado para que a
família se mantenha informada. As conversas com a populaçáo local sâo fonte para o
conhecimenlo dos acontecimentos da regiáo, assim como os carros volantes.
coNcLUsÃo
Levando-se em consideração os aspeclos mencionados neste relatório, entende-se que
a mnstruçáo de usinas hidreletricas é um fator imporlante no desenvolvimento da
economia principalmente de regiôes mais distantes dos grandes cenlros urbanos.
8.1.1. Metodologia
Visando estabelecer uma avaliação holística, toram realizadas reuniões ad hoc entre os
especialistas envolvidos na elaboração deste documento, superposiçáo de mapas temáticos
em funcionalidades de geoprocessamento e verificadas as principais alterações
socioambientais associadas às fases de implantaçáo e operação do empreendimento.
Para uma melhor compreensão, segue a deÍiniçáo de Atividade, Aspecto Ambiental, lmpacto
Ambiental e Meio Atingido:
8.1.2. lmpactosambientaisidentificados
182
CGH CARANGOLA IV
om6
Tabela 48. Matriz de interação dos impactos deconentes da implantâçâo da CGH Carangola lV
Atividade Aspecto Ambiêntal I Potencial Meio
Divulgação do
êmpreendimento Contato com a população loc€l Expectativas positivas da populaÉo local Socioeconômico
AlteraÇão dê habitats naturais Biótico
Supressão vegetal Deslocamento da fauna Biótico
Erosáo ê instabilidade do terreno Físico
Desestruturação da dinàmica do AltêraÇáo da paisagêm com relaÇão ao uso 6 ocupaÇão do solo Socioeconômico
Limpêza da área e
terrêno Erosão e instabilidadê do terreno Físico
movimentaçâo de têrra
(escavaÉes, modelagem do lncômodos à populaÇão local Socioeconômico
Gêração de ruídos e vibraçÕes
têrrêno, abertura/adequagão Deslocamenlo da faunâ Biótico
do acesso) Geraçáo dê êmissões atmosféricas Alteração da qualidade do ar Físico
(material parliculado) lncômodos à populaÇão local Socioeconômico
Altêraçáo das caractêrísticas dos recursos hídricos
FíSico
Geragão de rôsíduos sólidos AlteraÉo da qualidade do solo
Favorêcimênto à proliferaÇáo de insetos vêtores ê invertebrados Biótico
lncômodos à populâçáo local Socioeconômico
Geraçâo de ruídos e vibrações
Deslocamento da fauna Biótico
GeraÇão de êmissões atmosféricas Alteração da qualidade do ar Físico
Movimentação de máquinas e (matêrial particulâdo) lncômodos à população local Socioeconômico
veiculos Atropêlamento de animais, cáça e pesca Biótico
Acidentes ê interfêrâncias à saúde do trâbelhador e populaÉo do
Aumento do tráfego
ontorno Socioeconômico
lncômodos à populaÇão local
lncômodos à populaÇão local Socioeconômico
Geraçáo de ruídos e vibraçôes
Deslocamento da fauna Biótico
lnstaleçáo/operação do
cânteiro dê obras e posterior GêraÉo de emissõês atmosÍéricas Alteração da qualidade do ar Físico
(material particulado) lncômodos à populaÉo local Socioeconômico
desmobilizaÉo
Geração de resíduos sólidos e AlteraÉo das características dos recursos hídricos
ôfluentes Físico
AlteraÇâo da qualidade do solo
) ) ) )
lL
CGH CARANGOLA IV
om D {iiira
) ) )
CGH CARANGOLA IV
om
8.1.2.2. Fase de Operação
) I )
\-, CGH CARANGOLA IV
om6^
(egúl §lExI[ I &tiata
8.2.1. Metodologia
187
CGH CARANGOLA IV
om6^
($umú Àf,lEire a erltra
Efetiva 2
Natureza ou influência lndireta 1
Direta 2
Fraca 1
Magn itude/l ntensidade Moderada 2
Acentuada 3
lmediata 3
lgnição Médio prazo 2
Lonqo prazo 1
Temporária 1
Duração Cíclica 2
Permanente 3
Reversibilidade Reversível 1
lneversível 2
Local 1
Abrangência Regional 2
Estratégica 3
Boa 3
Condição de prevençáo/m ítigaçáo/otimização Regular 2
Fraca I
í88
CGH CARANGOLA IV
om6^
({umt^ataraiT !a &aif,tl
A significância será analisada por impacto potencial, e após a inclusáo das medidas de
prevençáo, mitigaçâo ou otimização, será realizado outra análise agora por impacto real,
considerando essas medidas já adotadas. Nesta análise, entende-se por:
189
CGH CARANGOLA IV
om6
planejadas. Esta deve ser a avaliaçáo a ser considerada pâra verificação da
viabilidade ambiental do empreendimento.
Para efeito de avaliaçáo, os impactos potenciais identificados foram separados de acordo com
o meio que podeÉ ser afetado direta ou indiretamente pelos mesmos - físico, biótico ou
socioeconômico.
Fase de implantação
190
r-,
CGH CARANGOLA IV
omD
8.2.2.1.2. Alteracáoda idade do solo
Fase de implantação
Uma gestáo eficienle dos resíduos sólidos da obra orientada pela Resoluçáo CONAMA
3o712002, a qual estabelece diretrizes, critéÍios e procedimentos para a gestáo dos resíduos
da construçáo civil, envolvendo também os residuos domésticos, torna mínima a possibilidade
de ocorrência deste impac{o. os efluentes sanitários seráo encaminhados para um sistema
dê fossa séptica e filtro biológico.
Trata-se, portanto, de um impacto adverso, possível, direto, fraco, imediato, temporário, local,
reversível e de boa condição de prevençâo e mitigaÉo, adotando os programas de Gestáo
de Resíduos Sólidos da Obra e Controle Ambiental da Obra.
Fase de opêração
A alteração da qualidade do solo nesta fase eslá relacionada com a disposiçáo imprópria dos
resíduos sólidos e efluentes, provenientes do escritório e instalaçóeó hidrosanitárias.
considerando a pequena quantidade gerada deüdo ao reduzido número de funcionários
durante a operação da CGH e a disposição adequada dos mesmos, o impacto náo é
considerado relevante. Recomenda-se que os coletores dos resíduos atendam ao padráo de
cores da Resolução coNAMA 27sl2001, pÍiorizando a reciclagem como destinaçâo Íinal:
- Azul: papel/papelão;
- Vermelho: plástico;
- Verde: üdro;
- Amarelo: metal;
- cinza: resíduo geral náo reciclável ou misrurado, ou contaminado não passível de
separaçáo.
191
CGH CARANGOLA IV
om6
Considera-se, portanto, um impacto adverso, possível, direto, fraco, igniçáo em médio prazo,
reversível, temporário, local e com boa condiçáo de prevençáo e mitigaÉo através de
adequadas formas de disposiÉo e destinaÉo dos resíduos solidos e efluentes gerados
durante a operaçáo do empreendimento.
Fase de implantaçâo
A maior turbidez da água ocasionada pelo aporte extra de partículas inorgânicas modiÍica o
ambiente natural do corpo hidrico e interfere, consequentemente, nos organismos aquáticos.
Denlre outros efeitos, o incremento de sedimenlo fino na mluna de água aumenta a turbidez,
limita a penetraçâo de luz e Íeduz potencialmente a produtividade primária com consequentes
impactos na cadeia alimentar (DAVIES-COLLEY, eÍ a/. í993). Associado a esse fator, a
elevação da turbidez pode também alterar outras características fisicas e químicas da água,
como oxigênio dissolvido, DBO e condutiüdade, alterando sua qualidade e provocando efeitos
adversos à biota aquática.
Assim, é imprescindível a adoçáo de medidas para evitar e/ou reduzir o carreamento de solo
para o corpo hídrico, o que inclui açôes de mntrole de processos erosivos. No que se refere
ao desvio do rio Carangola, uma vez que oconerá em um curto trecho e por se tratar de uma
açáo temporáÍia, as possíveis interferências adversas não sáo consideradas significativas.
Fase dê operação
No período mais crítico de estiagem, a vazào turbinada será regida de tal forma a garantir
sempre, no mínimo, a vazào ecológica (sanitária) no trecho do riã carangola que teã vazáo
reduzida.de_0,98 m3/s, representando 50olo da ez,ro (1,96 m3/s). Assiri, neàse período o
volume de água a ser derivado para a geraÉo de energia na cGH carangola lV será
reduzido, acompanhando o regime hidrológico do corpo níãrico. trta hipótese dã náo haver
água suficiente para atender a vazáo mínima a serturbinada, a cGH caiangola lV deixará de
operar, fechando a tomada d'água e aguardando a regularização do corpo-hídrico.
Fase de implantação
Fase de implantaÇão
Nesta fase, a alteraçáo de habitats naturais seÉ ocasionada pela retirâda da vegetação nos
pontos diretamente atingidos pela obra, onde o coÍte seletivo é indispensável. A área total de
intervenção equivale a 0,6756 ha, sendo 0,6240 ha em área de vegetaÉo secundária em
estágio inicial de regeneraçáo e 0,0295 em área de pastagem e uma outra pequena porçáo
no curso hídrico. Na área da tomada d'água, conduto e casa de força há presença de
Íemanescenle florestal. Nas demais áreas e vias de acesso à propriedade, a vegetaçáo foi
totalmente descaracterizada, sendo constatada pastagem. Desse modo, as intervenções
nesta etapa podem ser consideradas de baixa magnilude.
Fase de operação
uma vez queo projeto em quesláo náo conesponde a um banamento, ou seja, com formaçáo
de reservatório, algumas alteraçôes ambientais típicas de empreendimentoi dessa natureza
náo ocorreráo, como por exemplo, a retençáo de sedimentos, sendo todos transportados para
jusante.
Fase de implantação
Em via de regra, os problemas que possam ocorrer no gerenciamento dos residuos têm boas
condiçôes de reversáo mediante ao coneto acondicionamento dos mesmos. Em virtude disso,
a ocorrência desse impaclo pode ser minimizada. De forma complementar, recomenda-se o
acompanhamento das obras por um proÍissional expêriente para evitar a criação de focos
atrativos.
Trata-se de um impacto adverso, possível, indireto, Íraco, igniçáo em médio prazo, temporário,
reversível, local e de boa condiçáo de prevenção e mitigaçáo atraves dos programas de
Gestáo de
Resíduos sólidos da obra, controle Ambiental das obras FísÉas e do
Subprograma de Educaçáo Ambiental, Saúde e Segurança do Trabalho.
Fase de operaçâo
Este é. um impac{o adverso, possível, indireto, fraco, igniçáo em médio prazo, temporário,
_local e boa condiÉo de prevenção e mitigaçâo através da adêquada ge;táo de
reversível,
resíduos sólidos e efluentes.
8.2.2.2.3. da fauna
Fase de implantação
Vale comentar que esse impacto será limitado a esta fase, uma vez que na etapa
de operaçáo
não haverá supressão vegetal e a geraçâo de ruídos e vibraçÕes será restrita
aos maquínários
existentes na c€lsa de força, locados em ambiente fechado, não afetando a fauna
local.
Tem-se, portanto, um impacto adverso, efetivo, indireto, fraco, imediato, temporário,
reversível, local e de-boa condição de mitigaçáo adotando-se o Subprograma
de Educaçâo
Ambiental, Saúde e Segurança do Trabalho.
Fase de implantação
8.2.2.2.5.
Fase de operação
197
CGH CARANGOLA IV
om6
A capacidade de suporte ambiental pode ser compreendida como a habilidade dos ambientes
de acomodarem, assimilarem e incorporarem um conjunto de atividades antrópicas, sem que
suas funçóes naturais sejam fundamentalmente âlteradas em termos de produtividade
primária propiciada pela biodiversidade e que ainda proporcionem padÍ6es de qualidade de
vida aceitáveis às populaçoes que habitam nesses ambientes.
Na fase de operaÉo da CGH, toda a área adquiÍida náo utilizada pelo projeto será recuperada
e revegetada, o que propiciará condiçôes de reestabelecimento de habitat para a fauna
regional e melhoria da qualidade ambiental da regiáo. o planejamento e as atividades
preliminares para a recomposiçâo, dentre outras o resgale de material botânico, teráo início
já na etapa de implanlaÉo.
Para otimizar essa ação, sugere.se, caso possível, realizar a conexáo destas áreas com
remanescentes florestais dentro do limite da área do empreendimento, transformando-as náo
somente em abrigos de espécies generalistas, mas também em habitat de animais mais
especializados.
Fase de amplantação
Fase dê implantação
Fase de implantação
199
CGH CARANGOLA IV
om6
Desse modo, é imprescindível a adoção de atiüdades de educação ambiental com os
trabalhadores, em temáticas como o uso racional da água e de a@es objetivando reduzir o
desperdício de matéria-prima. Promover a coleta seletiva dos resíduos sólidos gerados no
canteiro de obras também é um importante prcpulsor da sensibilização ambiental,
principalmente no que tange à co-responsabilidade na preservação dos recursos naturais.
Fase de operação
o principal uso conflitante dos recursos naturais nesta etapa pode ser ocâsionado pela
utilizaçáo da água do rio carangola, especificadarnente no trecho de vazáo reduzida. Éste
impaclo é induzido pelos questionamentos da populaçáo referente ao projeto e pode ser
minimizado com a participação direta do empreendedor, respondendo as dúvidas da
comunidade.
No que se refere ao uso da água na AlD, náo foram veriÍicados usos conflitantes. os
proprietários entrevistados informaram que suas atividades atuais náo seráo prejudicadas
com a implantaçáo do empreendimento. Afirmaram âinda que utilizam a água dó rio para
dessedenlaçáo animal. A água utilizada para o consumo advém de minas e nãscentes.
conforrne já mencionado, será mantida neste tÍecho, no mínimo, a vazâo necessária para
garantir a manutenção das condições ecológicas naturais do curso d'água (denominada vazáo
ecológica), que no caso da cGH carangola lV é de 0,98 m3/s. Durante o período considerado
crítim do ano, entre os meses de maio e outubro, no qual a vazão média do rio carangola fica
reduzida, será mantida no trecho a vazáo ecol@ica. Nos oulros seis meses do ano, haverá
vazáo excedente a esta mencionada.
o uso da água do rio carangola para a cGH carangola lv será outorgada junto ao IGAM, os
usos diversos de água que ocoÍrem à montante da área do projeto deverâo ser da mesma
forma outorgados, ordenando as demandas diversas de água neste coÍpo hídrico de modo a
náo causa conffitos entre os usos e garantir a operaçáo da cGH dentro dos pad6es
concebidos no projeto.
Trata-se de um impaclo adverso, possível, direto, fraco, imediato, cíclico, reversível, regional
e de boa condição de prevenção e mitigaçáo, atrâvés de uma adequada comunicação õom a
comunidade e adotando-se os Programas de Monitoramento da eualidade dai Águas e
Controle do Trecho de Vazáo Reduzida.
Fase de implantação
conforme as atividades executadas, os funcionáÍios seráo instruídos quanto ao uso dos Epls
adequados, sendo fiscalizados neste sentido. Deve ser providenciada a sinalização do
canleiro e das vias de acesso, zelando pela segurança na circulaçáo de pedestres e veículos.
TÍata-se de um lmpacto adverso, possível, direto, fraco, imediato, temporário, reversível, local
e de boacondiÉo de prevençáo e mitigaçáo, através do programa de Acompanhamento das
obras Físicas de lmplantação e do subprograma de Educação Ambiental e saúde e
Segurança do Trabalho.
Fase de operação
Na. fase de operaçáo da cGH carangola lV, haverá a possibilidade de acidentes com
trabalhadores, como aqueles provocados por choque enlre veículos, lesóes fÍsicas,
eletrocussôes, entre outros. Pessoas que porventura transitem nas proximidades também
estaráo expostas ao risco de acidentes.
Todas as medidas de segurança cabíveis devem ser tomadas por parte do empreendedor,
como por exemplo, sinalizaçáo.das vias de acesso, proibiçáo do acesso até a casa de força
e demais eskuturas por pessoal não aulodzado, cercamenio, etc., mitigando assim o possível
impacto.
Resulta-se assim esse em um impac{o adverso, possível, direto, fraco, imediato, permanente,
reversível, Iocal e de boa condiçáo de prevençáo e mitigaçáo, com a adoçáo àas medidas
propostas.
Fase de implantação
As entrevistas na AID e All indicaram perspecÍivas favoráveis com relaçáo à cGH carangola
lv. os entrevistados acreditam que o empreendimento possa trazer coniequências positivas,
principalmente, no segmento social, consderando a abertura de novos postos de tiabalho
e
consequente geraçáo de renda no município.
201
CGH CARANGOLA IV
om6
A implantaÉo do empreendimento irá concretizar as expectáivas positivas anles apenas
conjecturadas pela populaçáo. Apesar do pequeno porte do empreendimento, tanto a
comunidade, o comércio guanto o govemo municipal úslumbraráo possibilidades concretas
de auferir ganhos econômicos com as atiüdades da CGH, especialmente pela geraçáo de
empregos, renda e dinamizaçáo econômica.
Fase de implantação
Este impacto poderá ser potencializado na medida em que a foça de trabalho local seja
privilegiada na contrataçáo e receba orientação e treinamento especificos, caso não disponha
de suficiente grau de qualificaÉo. parcerias com a prefeitura e órgáos públicos sáo
interessantes por conlribuir para um melhor aproveilamento da máo de oura tocàt.
Trata-se,
_portanto de um impacto benéÍico, efetivo, direto, moderado, imediato, temporário,
reversível, regional e de boa condiÉo de otimização, através da contrataçáo e instrução da
máo de obra local.
Fase de operação
8.2.2.3.7. DinamizaÇáodaeconomia
Fase de implantação
202
CGH CARANGOLA IV
om6
negócios locais. Destacam-se serviços associados a materiais de coníruçáo, fornecimento
de alimentação e transporte, produtos de higiene e limpeza, manutenÉo eletromecânica e
outros.
Dessa forma,. e:pera:se que as atividades ligadas à cadeia píodutiva do setor de serviços
sejam as mais beneficiadas. De fato, o póprio incremento na renda da população local
ocâsionará um efeito positivo na economia, através da aquisiçáo de bens, produtos e serviços.
Fasê de implantaÉo
constitui-se, deste modo, um. impacto benefico, efetivo, direto, fraco, imediato,
temporário,
ineversível, regionar e de regular condiÉo de otimizaÉo, imprementando açoei
ie
de produtos e serviços na All, e através do repasse d-os ímpostos e contribúiçôés
àírisiçao
devidos ao
poder público nas datas legalmente previstas.
8.2.2.3.9. Au da ibi de e ta ca
Fase de opêração
Fase de opêração
Existe uma tendência mundial para a utilização de energias limpas e renováveis e para o
desenvolvimento d.e mecgnismos que incentivem Íinanceiramente a implementação de
empreendimentos desta natureza, por exemplo, o mercado de créditos de carbono.
Constitui-se, deste
.m$o, um impacto benéfico, efetivo, indireto, moderado,
permanente, irreversível, estratégico e de fraca condição de otimização.
imediato,
204
lL
CGH CARANGOLA IV
om D
(otslrmu
^x&iTÂ!
a asiM
Ao início da operação da CGH, toda a área adquirida e nâo utilizada pelo projeto será
revegetada, o que propiciará condições de rcestabelecimento de habitat pará a fauna
regional e melhoria da qualidade ambíentalda regiáo.
207
CGH CARANGOLA IV
om6
(dsttdu aiüciÍlt
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https://www.cprm.qov. br (sureo-BH)
https://www.siqmine.dnpm.oov. br (DNpM)
httDS://aDlicacoes.mds.oov.br/saqi/Rlv3/qeral/index.php?relatorio=15g&file=entrada
https :i/cidades. i boe. oov. br/
htto ://www. meioambiente. mq. oov. br/
httDs:/
'trww.Drefeituratombos.mo.qov.br/arquivos/2-ptano-municipal-de-saneamento-
basico-de-tombos. html
https :/lpt.wi ki pedia.orq^vi ki/Tombos
http ://trabal ho. qov. br/srtemo
pm/47bpm/conteudo.action?conteudo= I g3497&ti
ooconteudo=noticia
httDS://viaqemturismoaventura.bloqspot.cornl20l S/06/tombos-minas-qerais-na-
cachoeira-tres.html
224
a CGH CARANGOLA IV
om
(qs[rmu
1 1. ANEXOS
225
If, idroquímica
Empresa do Gruw Ocçanus
LABoRAToRTo ocEANUS
BACTERIOLOGICO
lnÍcio dm Ensãi6: 19lO7DA19
Ddiberação Normativa
Conjutiva COPAMTCERH
Parámetros Unidâde Resultados LQ
N"í, de 05 de maio de 2008
- Classe 2 Água Doce
Coliform es Termotolerantes NMP/,l00 mL 23.0 1,8 Vide Leqislacão ou Norma
Coliformes Totais NMP/100 mL 540,0 '1,8
v Matriz: Filial:
Página í
Anexo: HQ-ANE-086/ rev 0 /Data: 04/03/08 / RPR
de 6
Rue Almirante Cochrane, 37, Tijuca, R. Aristides Lobo, 30, Rio Comprido RELAToRIo DE ENSAIo: 67 543t2O19-1.0
Rio de Janeiro - RJ CEP 20550-040 Rio de Janeiro- RJ CEP: 2O25&4.5O
Tef: (21) 2ffi74819 12567-3871 Tel: (21) 32997000 / 35513825
A Hidroquímica
Empresa do Grupo Occanus
LABoRAToRTo ocEANUS
METAIS
lnício dos Ensaios: 19lO7DO1S
Delibetação Normaüva
Conjutiva COPAM/CERH
Parâmetros Unidade Rsultados LQ
N"t, de 05 de maio de 2008
- Classe 2 Áoua Doce
Dureza Total m0/L 7,42 0.02
Ferro Total mg/L 0,452 0,005
FósÍoro Total md/L < 0,01 0,01 Mde Leoislaçáo ou Norma
Parâmeúos de campo
lnício dos Ensaios: 1910712019
Deliberação Normativa
Parâmetrqs Coniutiva COPAM/CERH
Unidade Resultados LO
N"'1, de 05 de maio de 2008
- Classe 2 Água Doce
Condutiüdade uS/cm 33,25 1
Oxiqênio Dissotvido mg/L &11 0,1 Náo inÍerior a 5
DH N.A 'í.m 1-13 Entre 6,0 e 9,0
Temperatura oc 23,0 't-70
Transparência cm 52,0 N.A
Turbidez NTU 19,30 0,01 100,0
\- Página 2 de 6
§E RE§T'LTADO§
De acordo com a de - Classe Doce: O{s)
parâm etro(s ) satisÍazem os limites penn itidm,
Página 3 de 6
REG.INEA:UN01 5590/55.
LABoRAToRTo ocEANUs
1 1.10 / REG.lNEAUN016133/55.
üüw.ocEanus.bio.br í wwr.hidroquimicabr.com.br
1 1.1 0
- HrDRoouínmce
RESPONSÁVEIS
Relatório emitido por Shirley Beüo
Relatóío revisado por: RobeÍta Soares, Thais Poubel, Danid Farim. Chrbtina Altxrquerque
i\
Responsável técnico:
Página 4 de 6
Cliente: LtdE. ME
Data recebimento
Código: 968707 ldenüficação da Amostna: OCMG .7301 - AGUA SUPERFICIAL A MONTÀNÍÉ DA
ç4!PTAÇAo - CGH CARANGOLA IV
As u de recebimento notiÍicadas?
Comentários:
Responsável Carlos
Página 5 de 6
Matriz: Filial: Anexo: H&ANE{86/ rev 0 /Data: 04/03/08 / RpR
Rua Almirante Cochrane, 37, Tijuca, R. Aristides Lobo, 30, Rio Comprido RELATORIO DE ENSAIO: 67543t201S1.0
Rio de Janeiro - RJ CEP 20550-040 Rio de Janeiro- RJ CEP: 20250-450
Tel: (2'í) 2fi7{,819 12fi7-s871 Tel: (21) 329$7000 / 356&3s2S
rf, idroquímica
Emprcsa do Aruw Occanus
REG.INEA:UN01 5590/55.
LABORATORIO OCEANUS
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Página 6 de 6
Matriz: Filial: Anexo: HCFANE-086/ rev 0 /Data: 04/03/08 / RpR
Rua Almirante Cochrane, 37, Tijuca, R. Aristides Lobo, 30, Rio Comprido RELATÓRIO DE ENSAIO: 67543'201$1.0
Rio de Janeiro - RJ CEP 20550-M0 Rio de Janeíro- RJ CEP: 2025A-450
Tel: (21) 2567-0819 I 2567-3871 Tel: (2í) 3293-7000/ 3563-3825
Hidroquímica LABoRAToRTo ocEANUs - HrDRoouíulcn
õ, Emptcse do Araw Occanus
DADOS AO
Empresa Solicitante: AMB Consultoria Ambientalg Âgrária Ltda - ME
EndereÇo: Rua Padre Rolim. 8'í5
Bairro: Sánta Efigênia
Cidade: Belo Horizonte
UF: Minas Gerais
CEP: 30.13&OS0
Nome do Solicitante: Frederico
Dados para contato: 31 9931 7-2709 [email protected]
Processo Comercial: 1y)1t201v-^1
DA
\,, Referência Hidroquímica: 96871 0
.7302 - AGUA DA CASA DE FoRÇA -
Referência do cliente:
Dados Adicionais:
RESULTAI
ou de 2008 - Classe
lnício doe I
\- Ddiberação Normatiya
Conjutiva COPAMTCERH
Parâmetros Unidade Resultadas LA
N"l, de 05 de maio de 20OB
-Ctasse 2 Ásua Doce
Total mg/L 17 I
Cloreto mg/L 6.4 í,0 250,0
Cor Verdadeira UH 10 E
J 75,0
DBO - 5 r,iâs mo/L 2 1 5.0
Nitrato (como N mq/L 4,23 0.05 10,0
Nitrito (como N) mq/L <0,05 0,05 '1,0
Nitrogênio Amoniacal mÍ/L 0,09 0,01 Mde Legislaçáo ou Norma
Sólidos Dissolvidos Totais ms/L 42 1 500,0
Sólidos em Suspensáo Totais mSlL 7.o 0,8 100,0
19tO7DO19
Ddiberaçáo Normativa
Parâmetros Unidade flesultados Conjuüva COPAMTCERH
LO
N"í, de 05 de maio de 2008
- Classe 2 Água Doce
ColiÍormes Term otolerantes MP/100 B,O 1,8 Mde Leglslaçáo ou Norma
Coliformes Totais mL 1.8
Página '1 de 5
Matriz: Filial: Anexo: HQ-ANE{86/ rev 0 /Dda: 04/03/08 / RpR
Rua Almirante Cochrane, 37, Tijuca, R. Aristides Lobo, 30, Rio Comprido RELATORIo DE ENSAIo: 67544nO191.O
Rio de Janeiro - RJ CEP 20550-040 Rio de Janeiro- RJ CEP: 20250-450
Tel: (21) 2567-0819 12fi7-3871 Tel: (21) 329$7000 / 3563-3825
Hidroquímica LABORATORIO OCEANUS . HIDROQUiMICA
Efiprcsa do Graoo arcÇent s
METAIS
lnÍcio do6 Ensâicr 19lO7DO19
Oelibêrâção Notmaüva
Parâmellos Unidadê Resultádos Con u6va COPATUCERH
LA
N'í, de 05 de maio dê 2008
- Classê 2 Áqua Doc€
Durcza Total mo/L 39 02
Ferro Total mo/L 0.438 0,005
Fósforo Totâl mo/L < 0.0í 0,01 Vide LegislaÇáo ou Norma
Paaâínetos de
lnÍcio d6 Ensaio6: 19rf07/20í I
Dêliberâção Normâtivã
Parámetros Unidade Rêsultádos LO
Coniuliva COPATUCERH
N"í, dê 05 de maio de 200E
- Clas-se 2 Água Doce
Cohdútividade pS/cm u 12 1
Oxigênio Dissolvido mo/L 8,í4 0.1 Nào inÍerior a 5
pH N-A 7,8 1-í3 Entre 6,0 e 9,0
TemperatuÉ 23,0 1-70
Trânspârência oll 53.0 N.A
Turbidez NTU 19 10 0,0'1 100,0
página 2 de s
GERAIS
I Os resultados referernse scnente à amostra analisada.
L E6te Relatório de Ensaio so pode ser repoduzido potinúeiro e sem nenhuma ateração e com a aprwação por escrito da
Oceanus - Hidroquímica.
n As am6tras sáo coletadas e preserudas seguindo as normÍs padronizadas SMEVU!^, 22'É-e USEpA
t Abreüaçóes:
Ausência = Menor Que o Limite de Quantilicação
USEPA = United States Enviroment Proúection Agency
lD = ldentificaçáo
LCS = Laboratory Control Sample
LD = Limite de Detecção
LQ = Limite de Quantificaçáo
NA = Náo Aplicável
ND = Não Detectável
NMP = Número Mais Provável
NO = Náo O§etável
PCB = Polychlorinated Biphenyb
SMEWW = Standard Methods forthe Examination oÍWater andWatanater
-D.ú Edition - 2012
TPH = Total Petroleun Hydrocarbons.
UFC = Unidades Formadoras de Cdônia
VMP = VaÍor Máximo Permitklo
Os dadc da amostra fomecidos sâo de responsabilidade do sdicitante.
DE RESULTADO§
De acordo com a ,de05de 2 Doce: O(s)
parám etro(s ) satisÍazem os limites perm itidos.
Página 3 de 5
Matriz: Filial: Anexo: H&ANE{86/ rev 0lData: 04/03/08 / RpR
Rua Almirante Cochrane, 37, Tijuca. R. Aístides Lobo, 30, Rio Comprido RELATORIo DE ENSAIo: 67544120'19-1.0
Rio de Janeiro - RJ CEP 20550-040 Rio de Janeiro- RJ CEP: 2025&450
Tel: (21) 2567-0819 12567-3871 Tel: (21) 329$7000 / 356&s825
f[Hial"q'Í**.*, LABoRAToRto ocEANUS - xtonoeuilrucl
REG.lNEArUN015590155. Í1,10 / REG.INEAUNoí6133/55.11.'10
rúw.oceanuitio.bf , yrr.hidroquimicâbr.com.b,
Rêspohsável técnico:
Págihâ 4 dê 5
Matri2l Filial: Anexo: Hê.ANE-OE6/ rev 0 /Datâi 04/0308 / RPR
Rua Almirânte Cochrafie, 37, Tijucâ, R. Aristides Lobo, 30, Rio Cornpndo RELATóRIo DE ENSAto: 67544t20191.0
Rio de Janeiro- RJ CEP 20550-{X0 Rio de Janêiro- RJ CEP: 20250-450
rel: l2'l) 2§7-0A19 I 2567-3871 Tel: (21) 32917000 / 35ô$.3825
If, idroquímica
Empresa do Gtupo Oceanus
LABoRAToRTo ocEANUs
AMB LtdE - ME
de recebimento: v
Código:968710 Identificação da Amostra; OCMG -7392 - AGUA SUPERFICIAL À JUSANTE DA
oASA DE FORÇA- CGH CARANGOLA tV
Comentários:
\/
Página 5 de 5
OAP (cm)
No Es@b Ht{m)
1 2 3 4 5 6
\\
5 7
14 Psidium guajava E.
7.32 7.00
í5 Albizia polycephala I 10.50
16 An adenanthera pe reain a 6.5 7,96
17 An adenanthera re reorin a 8 11,78
18 Albizia polycephala 10 10.50
IY Siparuna guianen§s 3.5 5.0s
20 Dalberaia niara b 9,87
21 Anadenanthera rereoina 6,5 9,55
22 An adenanth era pe reerin a 4.5 7.@
ZJ An*nanthera rereorina 7 8.28
24 Psidíum euaiava 5 8,91
25 Andenanthera rereorina 6.5 7,00
26 A n ade nanth era pe rcgri n a 4 6.68
27 An aden anth er a pe regin a 8.28
28 Ca*aia obliqua o 15,60 7.32
29 Decídua I 8,28
30 /n aden anthera peregin a I 11.14
31 Astronium qraveolens 8 11.46
32 C a m po m a n e s i a sessi/rflora  oà18.46
33 Albizia polyceú,ala 7 12.10
u Maclura tinctoria 9 11.78
35 C a m pqn a ne s i a sessr/l/Iora 5 10,82
36 Nn ade nanthera @reerin a 7 16.23
38 Albizia Dolvceohala I 9,55
20 Brosimum çlaziovii o aa aõ
\-