4
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
ARLINDO RIBEIRO
MARCIELI CHAVES DOS SANTOS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO
ÁREA: PECUÁRIA
GUARAPUAVA – PR
5
2021CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
ARLINDO RIBEIRO
MARCIELI CHAVES DOS SANTOS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO
ÁREA: PECUÁRIA
Relatório de estágio supervisionado apresentado,
como parte das exigências para a conclusão do
Curso Técnico em Agropecuária - Modalidade
Curso Técnico em Agropecuária Integrado (3ª B).
Coordenadora de Estágio: Helenn Moraes Santos
Pedroso.
Orientadora de Estágio: Helenn Moraes Santos
Pedroso.
Supervisor de Estágio: André Marcondes
GUARAPUAVA – PR
6
2021
FOLHA DE IDENTIFICAÇÃO DE ESTÁGIO
LOCAL DE ESTÁGIO: Fazenda vaca branca
ÁREA DE ESTÁGIO: Pecuária;
CARGA HORÁRIA CUMPRIDA: 67 horas;
PERÍODO: 25/10/2021 à 10/12/2021;
ORIENTADOR DE ESTÁGIO: André Marcondes
7
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................4
2 ESTÁGIO REALIZADO NA FAZENDA VACA BRANCA........................................5
2.1 Atividades desenvolvidas.................................................................................6
2.1.1 Estrutura do local....... ...............................................................................7
2.1.2 Chegada dos bovinos................................................................................8
2.1.2.1 Conjuntivite bovina...........................................................................11
2.1.2.2 Ferimentos superficiais....................................................................12
2.1.3 Recria .....................................................................................................13
2.1.4 Adaptação ..............................................................................................13
2.1.5 Engorda...................................................................................................15
2.1.6 Problemas tratados durante o estágio ...................................................15
2.1.6.1 Pneumonia bovina ...........................................................................16
2.1.6.2 Papilomatose bovina........................................................................17
2.1.7 Alimentação dos animais ..........................................................................18
3 CONCLUSÃO.......................................................................................................19
4 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ....................................................................20
4
1 INTRODUÇÃO
O Estágio Curricular Supervisionado do ensino médio Técnico de
Agropecuária é constituinte obrigatório para a conclusão e formação de um
profissional da área agropecuária. O local de escolha pelo estagiário para a
realização do estágio supervisionado obrigatório foi a Fazenda Vaca Branca,
localizada na estrada rural que liga o Distrito de Palmeirinha a cidade de Goioxim.
Ocorridos de 25 de outubro de 2021 a 10 de dezembro de 2021, perfazendo a
carga horária total de 67 horas. O Estágio supervisionado obrigatório teve como
supervisão do Dr. André Marcondes, médico veterinário e responsável pelos animais
do local.
O Estágio Supervisionado Obrigatório, atuou como complemento com a
formação técnica da discente, objetivando uma melhor preparação para a inserção
no mercado de trabalho, além de colocar em prática os conhecimentos recebidos
durante a formação e obtenção de novos aprendizados. O presente trabalho tem por
objetivo apresentar as atividades desenvolvidas durante o estágio curricular
supervisionado em Técnico em Agropecuária na área de confinamento de bovinos.
5
2 ESTÁGIO REALIZADO NA FAZENDA VACA BRANCA
Localizada na estrada rural entre o distrito de Palmeirinha da cidade de
Guarapuava (Figura 1) e a cidade de Goioxim-PR, a Fazenda Vaca Branca tem
como fonte de rendimento tanto a área agrícola quanto pecuária, assim na área
agrícola cultivo de batata, trigo, soja, triticale e milho, e pecuária o Confinamento de
bovinos destinados ao corte, além de criação de bovinos de raça pura ou como são
chamados no local “Os premiados”.
O proprietário do local é o Sr. José Hamilton Moss Filho, e junto a ele seu filho
André Moss dirigem a Fazenda Vaca Branca com total dedicação, sempre
procurando fornecer os produtos de melhor qualidade.
As atividades referentes ao estágio foram relacionadas ao confinamento da
fazenda como a alimentação e manejos como vacinação, recebimento de cargas e
práticas no local como manutenção de cercas e limpeza de box, barracão e cochos.
Figura 1 – Localização geográfica do município de Guarapuava Paraná.
Fonte: suporte geográfico (2016).
Localizada no centro-sul do estado do Paraná, Guarapuava está no trajeto
entre a cidade de Curitiba e Foz do Iguaçu, nas margens da BR 277, principal
Rodovia do Mercosul, que liga o Porto de Paranaguá ao Paraguai e à Argentina.
Com uma população de mais de 172 mil habitantes, Guarapuava dispõe de
elementos estruturais para o desenvolvimento de novos empreendimentos na
cidade, bem como a realização de eventos de negócios, congressos, seminários,
encontros técnicos e exposições nacionais e internacionais. Com clima moderado,
6
subtropical, úmido. Invernos com geadas e até neves. A temperatura média anual é
de 16,8ºC. A média máxima é 36ºC e a mínima, 6,8ºC.
2.1 Atividades desenvolvidas
Bovinocultura é área da Zootecnia que trata das técnicas para a criação de
bovinos. A bovinocultura tem múltiplas finalidades dentro da produção de matérias
primas e trabalho. Embora restrito nos dias atuais, no passado o trabalho bovino foi
fundamental nos transportes (tração de carros e montaria) e na lavoura (tração de
implementos agrícolas, como o arado).
A criação de gado bovino no Brasil é, de longe, a atividade econômica que
ocupa a maior extensão de terras atualmente. A bovinocultura praticada no Brasil se
destaca no cenário mundial do agronegócio. é uma das mais fortes do mundo. Os
brasileiros são donos do segundo maior rebanho efetivo do mundo, também é um
grande exportador de carne no cenário mundial.
No Brasil a bovinocultura se desenvolve e proporciona lucratividade em dois
segmentos, são eles: cadeia produtiva da carne e também a cadeia produtiva do
leite. A produção de carne e de leite tem sua devida importância pois trata-se de
uma atividade com impacto destacado na econômica.
O bom resultado alcançado na produção de bovinos está diretamente ligado
ao clima tropical e também à extensão territorial. Outros fatores que influenciam
diretamente na produção quantitativa e qualitativa são a tecnologia, capacitação
profissional, desenvolvimento de políticas públicas que influenciam todo o processo,
controle da sanidade animal e segurança alimentar.
A Bovinocultura de Corte é crucial para a Pecuária Brasileira. Isso porque a
maior parte do rebanho nacional é de Gado de corte. O tratamento do Gado de
Corte pode ser feito de forma extensiva ou a partir do confinamento. A Pecuária
Extensiva é marcada pela criação solta a pasto e com apenas alguns sais minerais
de complemento. Já o Confinamento de Gado de Corte é mais criterioso e marcado
pelo controle total da alimentação dos bovinos.
O confinamento de gado de corte é um tipo de sistema de criação, no qual os
animais são separados em lotes e criados em uma área restrita seja baia, curral ou
piquete. Esse sistema tem sido cada vez mais usado no Brasil como uma
possibilidade viável para muitos pecuaristas.
7
Cada vez mais essa prática tem se tornado comum no Brasil, principalmente
no período de secas. Nesse período é quando a pastagem apresenta uma baixa
qualidade nutricional e o gado precisa de um reforço em sua alimentação. Diante
disso, ele tem se tornado uma excelente alternativa para diversos pecuaristas.
Nessa estrutura, são ofertados para os animais alimentos, como ração e
suplementos em cochos, além de água abundante e de qualidade, sempre com uma
dieta balanceada buscando os melhores resultados produtivos. O conceito desse
sistema é bem simples. Os animais são colocados em um local aberto ou fechado
com uma área delimitada, mas que seja confortável ao animal.
2.1.1 Estrutura do local
A definição de uma estrutura física de uma propriedade destinada à produção
de bovinos deve ser considerada sob duas fases. A primeira concerne à área
disponível e o programa de uso de solo, para, a partir deste referencial, determinar o
dimensionamento/tamanho e a evolução do rebanho, que é determinante para a
segunda fase, que consiste no planejamento das instalações, benfeitorias e a
quantidade de máquinas, motores e equipamentos necessários à condução do
sistema de produção.
O manejo em confinamento total exige maior investimento em instalações,
máquinas e equipamentos, além de apresentar uma complexidade maior para o
planejamento, porque necessita uma interação entre a movimentação de animais,
alimentos e dejetos produzidos. Outro aspecto de grande importância é o
sincronismo na realização e o monitoramento dessas operações, fato este que
requer mão-de-obra qualificada. Também, o gerenciamento técnico e econômico-
financeiro precisa ser intensificado.
A estrutura do local onde foi realizado o estágio consiste em barracão de
alimentação, silo, confinamentos de recria, adaptação e engorda, local de manejo
dos animais (com piquetes, corredores e farmácia), armazenamento de água e
pastagens.
A imagem a seguir (Figura 2) refere-se ao mapeamento do local, onde S= silo,
B= barracão, Ad e Eng= confinamentos de adaptação e engorda, Rec= confinamento
de recria, Lm= local de manejo.
8
Figura 2 – Mapa do local
Fonte: arquivos pessoais (2021).
2.1.2 Chegada de bovinos
Os bovinos são transportados em caminhões com carroceria adaptadas que
tanto podem ser de madeira, como de ligas metálicas. A capacidade desses
caminhões varia também, desde caminhões que transportam desde 5 animais até
caminhões que transportam até 22 animais.
Os bovinos normalmente chegam de feiras de venda onde o proprietário
compra variados tipos de ouvimos de diversas raças, sendo bovinos serão ou
direcionados para o confinamento ou vacas que irão para pastagem sendo mestiça
ou pura. Ao chegar na propriedade eles são alojados nos piquetes do local de
manejo e logo será dado início o manejo de identificação de possíveis doenças,
problemas que estão acometendo os bovinos, vacinação ou Vermifugação.
No período de estágio foi acompanhada a chegada de cerca de 27 vacas e 18
bezerros (Figura 3), foi realizado a Vermifugação e pulverização de um produto de
combate a ectoparasitas. as vacas chegaram no local apresentavam desnutrição,
ectoparasitas, 2 precisavam ser descornadas, 1 apresentava conjuntivite e 2
apresentavam ferimentos superficiais. em relação a vacinação realizada nas vacas,
foi realizada a aplicação de 10 ml do An@bolic (Figura 4), que é um potente
9
estimulante das funções orgânicas (metabolismo e conversão alimentar),
promovendo maior vitalidade e equilíbrio fisiológico dos animais. Reconstituinte e
Revigorante na recuperação de carências de aminoácidos essenciais, de vitaminas
A D e E, dos minerais presentes na formulação e em situações de estresse.
Coadjuvante no tratamento de enfermidades hepáticas e neurológicas, doenças
infecciosas e parasitárias. Além disso, também foi aplicado 10 ml de Ripercol (Figura
5), que funciona como vermifugo, ambas as vacinas na região dorsal, uma de lado
direito e a outra do esquerdo, com aplicação intramuscular. Para os ectoparasitas,
foi utilizado Topline, na região dorsal.
Figura 3 – Bovinos que haviam chegado
Fonte: arquivos pessoais (2021)
10
Figura 4 – An@bolic
Fonte: arquivos pessoais (2021)
Figura 5 – Ripercol
11
Fonte: arquivos pessoais (2021).
2.1.2.1 Conjuntivite bovina
A conjuntivite é uma infecção bacteriana contagiosa no olho do animal. Assim
como nos humanos, a transmissão se dá pelo contato. Em um primeiro momento, os
animais infectados ficam com os olhos irritados, vermelhos e lacrimejantes. Caso um
animal apareça nestas condições, o ideal é isolá-lo.
A conjuntivite bovina é causada por uma bactéria chamada Moraxella bovis
(M. bovis). Ela é transmitida por moscas, que se alimentam de secreções oculares e
são uma fonte constante de irritação para o gado nos meses de verão,
proporcionando a receita perfeita para a infecção do globo ocular.
Os sintomas iniciais são lacrimejamento excessivo e fotofobia. Observa-se
área de opacificação e edema na córnea, que pode evoluir para a formação de
múltiplas úlceras. Se não tratadas, podem resultar em cegueira permanente.
A conjuntivite afeta animais de todas as faixas etárias, mas, principalmente,
bezerros e, em alguns rebanhos, pode afetar significativamente a produtividade. A
dor ocular e o estresse podem resultar em perda de peso profunda. Para a saúde e
o bem-estar do animal e para evitar mais perdas financeiras, a doença deve ser
tratada o mais breve possível.
No caso que ocorreu na propriedade (Figura 6), na identificação de
conjuntivite foi administrada uma lavagem ocular com terramicina, nos primeiros 3
dias foi apresentado inchaço no local e do 5 ao 7 dia, houve uma melhora
significativa. Em tese a vaca deveria ter sido separada, porém continuou em meio as
outras, como técnica, em atividade profissional teria realizado a separação desta das
demais.
Figura 6 – Conjuntivite
12
Fonte: arquivos pessoais (2021)
13
Figura 7 – Tratamento com terramicina
Fonte: arquivos pessoais (2021).
2.1.2.2 Ferimentos superficiais
Durante o período de estágio, no recebimento das vacas foram notados
ferimentos superficiais abertos, que estavam sangrando. Com isso, foram
administradas aplicações de produtos que evitassem surgir miíases entre outros
problemas.
Neste contexto, o medicamento utilizado foi um spray chamado Terra-Cortril
(Figura 8), é indicado para infecções cutâneas (de pele), dermatites atópicas (reação
alérgica da pele), dermatites de contato (reação alérgica da pele por contato ao
agente causador da alergia) e pruridos (coceiras) inespecíficos do ânus, vulva e
escroto (região genital).
Figura 8 – Terra-Cortril
Fonte: arquivos pessoais (2021).
14
2.1.3 Recria
A recria (Figura 9) é o local onde os animais que chegam na propriedade são
encaminhados. Eles ficam alojados na recria até atingirem 10 @ a 11 @ ou seja uma
média de 150 a 165 kg. Normalmente os animais são comprados em feiras e assim
que eles chegam eles recebem desverminação e puron.
É a fase mais extensa do gado de corte. Com duração de 12 meses, a recria
tem início no desmame e vai até quase a fase de acabamento e terminação desses
animais. Além disso, a recria é uma fase com o grande desafio de ganhar sete
arrobas por animal.
Quando os animais chegam à Alimentação é focada em volumoso e pouco
concentrado e não é realizada a mocha.
O setor de recria conta em sua instalação 4 boxes, cada box contendo cerca
de 2500 m², que suporta até 166 bovinos. Neste contexto, a disposição hídrica
reserva, localiza-se num local como se fosse uma piscina de concreto, com filtros e
bombas de água que evitam água parada, a “piscina” tem em média 40 m².
Figura 9 – Recria
Fonte: arquivos pessoais (2021).
2.1.4 Adaptação
Segundo SCHWARTZKOPF-GENSWEIN et al. (2003), a transição de uma
dieta com alta proporção de volumoso para uma com alta proporção de concentrado
é um dos fatores que causa maiores impactos sobre a microbiota ruminal. No caso
de mudanças abruptas, o desequilíbrio das espécies microbianas pode abrir a porta
para organismos facultativos oportunistas que podem acarretar distúrbios ruminais
15
(VALADARES FILHO & PINA, 2006).
A estrutura do setor de adaptação é bem próxima da Engorda, os animais
ficam alojados em boxes iguais aos da recria e ao da engorda, com um total de 1250
m², com capacidade de suportar cerca de 83 bovinos.
Na adaptação (Figura 10) diminui-se o volumoso e aumenta-se o concentrado
e assim que atingem uma média de 400 kg são encaminhados para a engorda.
Diariamente, independente da fase, são feitas vistorias para verificar se algum
animal está doente ou se é preciso realizar alguma manutenção no local.
Figura 10- Adaptação
Fonte: arquivos pessoais (2021).
16
2.1.5 Engorda
Após atingirem os 400 quilos, a fase de final de engorda (Figura 11) em o
objetivo alcançar 550 quilos de peso vivo por animal para o abate, onde eles serão
vendidos a frigoríficos e outras empresas. A alimentação dá engorda é mais focada
em concentrado, onde em sua estrutura possui 7 boxes. O fato de os animais não
serem castrados favorece no final do processo, quando acontece o abate pois dão
melhor rendimento de carcaça.
No confinamento de engorda NUNCA se deve faltar comida, sempre deve-se
procurar manter os bois alimentados e com água em abundância, pois pode afetar o
peso deste, o corpo pode utilizar um pouco da gordura e de sua reserva energética
para manter-se.
Figura 11 – Engorda
Fonte: arquivos pessoais (2021).
2.1.6 Problemas tratados durante o estágio
O confinamento é um sistema de criação de bovinos onde lotes de animais
são fechados em uma área restrita como piquetes, currais ou baias de
confinamento. Durante essa fase, os alimentos são fornecidos em linhas de cocho e
a água em bebedouros. Muitos produtores aceleram a finalização dos bovinos para
o abate através do confinamento.
17
No período de seca acontece uma grande perda de peso dos bovinos que são
mantidos no pasto. Por isso, durante a época de seca no Brasil o confinamento
torna-se extremamente necessário para que o desempenho dos animais seja
mantido.
O maior risco é a propagação de doenças, por isso a principal preocupação
dos confinadores costuma ser a nutrição dos bovinos e a sanidade dos animais
também. A falta de cuidados nesta área é apenas uma das causas de estresse,
agitação e sodomia nos animais confinados. Por isso, genética, manejo e nutrição
devem ser observados.
2.1.6.1 Pneumonia bovina
A pneumonia bovina é mais comum do que se pensa. Geralmente acontece
em animais que são criados em pasto. São muitos os fatores que pré-determinam os
animais às doenças. Entre eles, o estresse, má alimentação ou até mesmo as
condições higiênicas do local onde se alimenta. Apesar de a doença ser muito
comum nestes animais, o não tratamento causa danos que podem se estender até a
fase adulta ou até mesmo gerar novos quadros de doenças.
A doença é muito fácil de ser tratada e seus sintomas são fáceis de serem
identificados. Embora existam vários tipos de pneumonia em bovinos, geralmente os
principais sintomas estão ligados à secreção nasal, tosse e alta temperatura.
Durante o estágio, em uma das boias foi identificado um bovino (Figura 12)
com dificuldade respiratória, secreções nasais, soltando grunhidos, além de olho de
coloração avermelhada. Logo se soube que ele apresentava sintomas de
pneumonia, assim foram administradas 10 ml de Flumixim e 40 ml de terramicina.
Figura 12 – Bovino com pneumonia
18
Fonte: arquivos pessoais (2021).
2.1.6.2 Papilomatose bovina
A papilomatose é uma doença infectocontagiosa, que acomete muitas
espécies de aves e mamíferos, muitas vezes causando prejuízos consideráveis,
principalmente naqueles animais de importância econômica (MURO; BOTTURA;
PICCININ, 2008).
É uma enfermidade crônica, de caráter tumoral benigna, de natureza
fibroepitelial e origem viral, caracterizando-se por apresentar tumores que se
localizam na pele, mucosa e em alguns órgãos (SILVA et al 2004). Conhecida
também como verruga, figueira, verrucose, fibropapilomatose e epitelioma
contagioso (SILVA et al 2010).
A transmissão ocorre por contato direto com animais infectados através de
abrasões da pele, vetores mecânicos ou por fômites contaminados (agulhas,
brincadores ou outros aparelhos). Os papilomas são encontrados na cabeça,
pescoço, ventre, dorso, úbere, mucosa do trato digestivo ou generalizados. Em
alguns casos aparecem em pequeno número e em outros tomam grande parte do
corpo.
Durante o estágio foram percebidos muitos casos de papilomatose nos
bovinos em confinamento (Figura 13), diante disso em uma conversa com o
veterinário se obteve a informação de que são aplicadas 10 ml de Verruclin a cada
bovino que apresenta as verrugas.
Figura 13 – Bovino com papilomatose
19
Fonte: arquivos pessoais (2021).
2.1.7 Alimentação dos animais
A alimentação depende da fase, se é recria, adaptação ou engorda, cada um
tem sua receita, constantemente as receitas são mudadas, pois ou começam a
sobrar comida ou a faltar comida.
Na recria, a alimentação é focada em volumoso onde é mais silagem deque
rações ou grãos. Normalmente era passada apenas 1 boia por dia.
Na adaptação, a alimentação tinha um pouco mais de concentrado e pouco
menos volumoso, pois como o nome diz o animal está se adaptando á um alimento
mais concentrado. Normalmente passa 2 vezes ao dia.
Na engorda, a alimentação é mais concentrada, o animal obtém mais gordura
devido a alimentação e realmente os animais possuem um escore corporal de 4,5 e
todos apresentam sinais de gordura. Normalmente passa 2 vezes ao dia.
A receita basicamente tinha como ingrediente silagem, confina guara-sal,
ureia, ração, milho, triticale, aveia, trigo. Constantemente eram mudadas as
quantidades (Figura 14), em razão a isso segue as tabelas de receita que mostram a
variação da alimentação ao longo de 3 semanas.
O preparo das boias consiste em carregar a carreta com misturador através
da reta escavadeira dentro do barracão e assim que pronta o carregamento é
finalizado no silo, onde se localiza a silagem. Assim que pronta a carreta carregada
com a boia se direciona para o confinamento á que foi carregada, em termos ela
passa quatro vezes pelo confinamento, além de cada refeição ter seu horário certo.
Figura 14 – Tabela de receita
20
Fonte: arquivos pessoais (2021).
3 CONCLUSÃO
O estágio foi uma oportunidade de exercer o que foi aprendido em sala de
aula, a teoria vista em sala de aula foi de grande importância para a compreensão
do estágio. Diante dos diversos problemas que eram presenciados no estágio pode-
se lembrar das aulas realizadas na instituição de ensino.
Por fim, o estágio curricular supervisionado foi uma experiência muito
relevante tanto na formação profissional quanto pessoal, tornando-me mais
preparado para enfrentar o mercado de trabalho, que está cada vez mais exigente e
competitivo.
O estágio foi realizado do dia 25 de outubro de 2021 ao dia 10 de dezembro
de 2021, com o total de 67 horas, com a supervisão do médico veterinário Dr. André
Marcondes, a área de confinamento foi uma boa escolha de estágio pois pelo fato de
ter presenciado bastantes casos de doenças e dia a dia de um médico veterinário,
acarretará muito a minha vida profissional.
21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARRUDA, Z. J. de. Considerações econômicas sobre a produção de bezerros de
corte. EMBRAPA - CNPGC. Campo Grande. 6p. 1993. (Comunicado técnico, n.47).
ARRUDA, Z. J. de; ROSA, A. do N.; CORRÊA, E. S.; SILVA, J. M. da. Avaliação
técnico-econômica de alternativa para o sistema físico de produção de gado de corte
do CNPGC: produção do novilho precoce. EMBRAPA - CNPGC. Campo Grande.
16p. 1992. (Comunicado técnico, n.44).
ARRUDA, Z. J. de; CORRÊA, E. S.; ZIMMER, A. H. Avaliação técnico-econômica de
alternativa para o sistema físico de produção de gado de corte do CNPGC: 80% de
pasto cultivado. EMBRAPA - CNPGC. Campo Grande. 8p. 1992. (Comunicado
técnico, n.43)
BRANDINI, J.C. Doenças em bovinos confinados. Campo Grande:
EMBRAPA/CNPGC, 1996. 62p. (Documentos, 65).
BUENO, C. F. H. Manual de construção de currais com cordoalha de aço zincado.
Belo Horizonte:Belgo Mineira. s.d., 21p.
BEER, J. Doenças infecciosas em animais domésticos: doenças causadas por vírus,
infecções por clamídias, rickettsiose, micoplasmose; doenças produzidas por
bactérias e fungos e intoxicações. São Paulo: Roca, 1999. Cap. 15, p. 259.
CARDOSO, E. G. Engorda de bovinos em confinamento: aspectos gerais.
EMBRAPA - CNPGC. Campo Grande. 36p. 1996. (Documentos, n.64).
CEZAR, IM; EUCLIDES FILHO, K. Novilho precoce: reflexos na deficiência e
economicidade do sistema de produção. EMBRAPA: Campo Grande, 1996. 31 p.
COUTINHO FILHO, J. L. V.; SAMPAIO, A. A. M.; EZEQUIEL, J. M. B..; OLIVEIRA, M.
D. S. de. Efeito de fontes de nitrogênio e da cobertura do cocho sobre o
desempenho de bovinos confinados. Revista da Sociedade Brasileira de Zootecnia,
Viçosa, v. 24, n.3, p.363-370, 1995.
DUKES, H. H. Fisiologia de los animales domestico. 2 ed. Madrid: Aguilar, 1962.
962p. ESTEVES, S. N.; CORRÊA, L. de A. (comunicação pessoal)
GADO 5.0 - Sistema de gerenciamento de rebanhos bovinos. Suprasoft
Desenvolvimento de Sistemas Agropecuários. 1997
MULLER, L.; PRIMO, A. T. Influência do regime alimentar no crescimento e
terminação de bovinos e na qualidade da carcaça. Pesquisa Agropecuária Brasileira,
Brasília, v.21, n.4, p.445-452, 1986.
22
MURO, L. F. F.; BOTTURA, C.R.P.; PICCININ, A.; Papilomatose Bovina. 2008.
Disponível em: Acesso em 17 nov 2021.
WEDEKIN, V.S.P.; AMARAL, A.M.P. Confinamento de bovinos em 1991. Informações
Econômicas, São Paulo, v. 21, p. 9-18, 1991.
