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Livro - Planilha Eletrônica e Departamento Pessoa

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andré Marchal
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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Gestão Profissional

academy of art

PLANILHAS ELETRÔNICAS E
DEPARTAMENTO PESSOAL
Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Esta apostila foi elaborada por Gustavo Distadio Caldeira Coordenador


Pedagógico da escola Polly Academy of art, todos os textos e
Ilustrações usadas são de criação do próprio autor e ou de uso público
Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Índice

Capítulo 01 – Introdução à Planilha Eletrônica ......................... 1


Capítulo 02 – Formatação e Operações Matemáticas .............. 8
Capítulo 03 – Funções I ............................................................ 15
Capítulo 04 – Funções II ........................................................... 23
Capítulo 05 – Gráficos e Elementos Gráficos ........................... 29
Capítulo 06 – Departamento Pessoal ....................................... 37
Capítulo 07 – Jornada de Trabalho........................................... 44
Capítulo 08 – Folha de Pagamento .......................................... 51
Capítulo 09 – Férias e 13º Salário ............................................ 59
Capítulo 10 – Rescisão Contratual I ......................................... 65
Capítulo 11 – Rescisão Contratual II ........................................ 73
Capítulo 01 – Apresentação da Planilha Eletrônica Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Capítulo 01 – Apresentação da Planilha Eletrônica.

Objetivo:
Conhecer a ferramenta planilha eletrônica e suas principais características.

Introdução
As planilhas eletrônicas são softwares extremamente comuns atualmente e de uso bas-
tante significativo em qualquer área ou tipo de empresa.
Conhecer as funcionalidades de uma planilha eletrônica é uma das exigências das em-
presas, pois com este conhecimento, o profissional poderá au-
tomatizar uma boa parte das tarefas que possui, apenas com
a correta “alimentação” das informações corretas, pois o sof-
tware, se encarregará de realizar as análises matemáticas so-
bre os dados informados.
Para a criação e manipulação de dados em planilhas
eletrônicas, os dois principais softwares utilizados são o Micro-
soft Excel, líder de mercado, e o Open Office (libre Office) Calc,
uma alternativa de excelente qualidade ao Excel.
A principal diferença entre os dois está na questão de
preço. O Excel é comercializado sobre licença de uso, já os
programas do open ou libre office, podem ser baixados pela internet gratuitamente.

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Capítulo 01 – Apresentação da Planilha Eletrônica Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

O arquivo de uma planilha eletrônica é chamado de pasta de trabalho, pois organiza em


um arquivo um conjunto de planilhas, estas plani-
lhas, ficam à disposição do usuário na parte infe-
rior da tela, na guia de planilhas.
É possível incluir ou excluir novas planilhas, para isso, basta clicar com o botão direto
sobre esta guia e escolher a opção adequada, incluir, ou excluir, da mesma forma, poderemos
renomear ou até mesmo mudar as cores de cada uma destas guias.

Na parte superior da janela, as principais barras de ferramentas que são exibidas no Calc
são: a barra de menus, onde estão todas as opções da planilha eletrônica, a barra de ferramentas
padrão, com ferramentas como salvar, abrir, novo, imprimir etc. e a barra de formatação, que
igual aos processadores de texto, terá a função de ajustar a aparência da fonte.

Outra importante barra de ferramentas disponível nas planilhas eletrônicas, é a barra de


fórmulas, onde o usuário verá o conteúdo de uma célula, podendo alterar uma fórmula ou função
facilmente, ou até mesmo, inserir uma formula/função nova.

E para finalizarmos a explicação do ambiente de trabalho da planilha eletrônica, teremos


a tabela ou planilha.
A planilha ou tabela é formada pelo en-
contro de linhas e colunas, por motivos de iden-
tificação para uso posterior em fórmulas e fun-
ções, cada linha terá uma identificação, assim
como cada coluna, terá sua própria identifica-
ção.
O número de linhas e colunas, é relativo
de versão para versão, o Excel e o Calc poste-
riores a 2010, possuem 1024 colunas, porém
em linhas, o Excel ultrapassa 1 milhão, en-
quanto o Calc, possui pouco mais de 65 mil.
Nas planilhas, cada coluna receberá uma “letra” como nome ou título, já cada linha é re-
presentada por um número.
O encontro de uma coluna com uma linha gera um retângulo que chamaremos de célula.
E é nesta célula que utilizaremos para inserir nossos dados nas planilhas.
Cada célula, também terá uma identificação que será composta pelo nome da coluna (Le-
tra) e pelo nome da linha (número). Assim, teremos como nome das células, A1, B4, C250 e etc.

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Capítulo 01 – Apresentação da Planilha Eletrônica Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Alça de preenchimento
Sempre que for necessário preencher dados sequenciais, como dias da semana, meses,
fórmulas que se repetirão por linhas ou colunas
seguidas, poderemos usar a alça de preenchi-
mento, evitando fazer item por item, esta alça per-
mite selecionar o primeiro item feito e “arrasta-lo”
na direção desejada, preenchendo ou completando
toda a sequência desejada.

Incluir ou excluir linhas e colunas.

Este recurso, sem dúvidas, muito útil para a manipulação dos


dados de uma tabela, poderá ser encontrado diretamente no menu in-
serir (apenas para inserir linhas e colunas), ou clicando com o botão
direito do mouse, sobre o local que você deseja incluir linhas/colunas
ou excluir estes mesmos itens.
Com o botão direito, serão dadas as opções inserir acima,
abaixo, à direita ou à esquerda, ou simplesmente deslocar a seleção
na direção informada.

Ocultar e reexibir
Em alguns casos para facilitar a leitura e identificação
dos dados exibidos na planilha, poderá ser necessário que se
ajuste as colunas ou linhas que estão exibindo os dados. Po-
demos ocultar colunas e linhas inteiras do seu modo de exibi-
ção, sem que a estrutura de fórmulas e funções sejam “que-
bradas” com isso. Importante ressaltar que estamos falando
de ocultar, esconder e não excluir, literalmente.
Para identificar se existem linhas ou colunas ocultas,
observe os títulos das linhas e colunas, se não estiverem em
sequência, como a imagem, existem células ocultas, em nosso
caso, ocultamos as colunas B e C. para exibi-las novamente, precisaremos selecionar a coluna
A e D, clicar com o botão direito sobre esta seleção e em seguida, clicar na opção Reexibir.

Tamanho das linhas e colunas


Cada linha e coluna tem o tamanho ajustável ao
conteúdo dos dados de suas células, o usuário dispõe de
inúmeras formas de ajustar este tamanho. O caminho mais
prático para isso, é clicar entre os títulos das linhas ou das

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Capítulo 01 – Apresentação da Planilha Eletrônica Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

colunas e “arrastar” para a direita ou esquerda de acordo com o tamanho necessitado. Clicar
duas vezes sobre os títulos, ocorrerá um “auto ajuste” do tamanho pelo maior conteúdo da célula.
Ou o usuário também poderá clicar com o botão direito sobre a coluna ou linha e escolher
a opção “largura da coluna” ou “altura da linha” e inserir o valor desejado em centímetros.

Operações matemáticas na planilha eletrônica.


Um dos recursos que tornam as planilhas eletrônicas extremamente úteis, é a possibili-
dade de integrar a tabela à uma calculadora, permitindo que os conteúdos das células sejam
calculados e resolvidos.
Para que as planilhas eletrônicas considerem que o conteúdo deverá ser executado como
fórmula/função, o primeiro símbolo que deve ser exibido, será o sinal de IGUAL =.
A partir do momento em o sinal de igual é inserido, o modo cálculo das planilhas está
ativo, cabendo ao usuário, inserir os componentes dos cálculos de forma lógica e organizada
para que o processador da máquina realize os cálculos solicitados pelo software.
Para que os cálculos sejam executados, precisaremos dos valores, que poderão ser digi-
tados diretamente na fórmula, ou poderemos utilizar as referências.
Referência, é o endereço da célula onde está a informação desejada.

Na imagem, as somas estão sendo realizadas de duas formas possíveis, uma, inserindo
os números diretamente na fórmula. Na segunda, as formulas com referências, e é esta a forma
mais confiável de se realizar cálculos na planilha eletrônica, estamos utilizando as referências,
ou seja o endereço das células, para realizar as
funções, o número “4” está na células “A2”, assim
como o número “10” está na célula “B2”. O resul-
tado, será exatamente igual, o que torna o uso das
referências mais confiável, é a atualização automá-
tica dos resultados, caso o valos seja alterado.
Para realizar cálculos matemáticos nas pla-
nilhas, precisares dos operadores. Os operadores
são os símbolos matemáticos, responsáveis pela
execução de um cálculo.

Impressão
Após concluir sua tabela, provavelmente será necessário enviar ou mostra-la para alguém,
principalmente se esta tabela for relacionada ao seu trabalho, então você terá algumas possibi-
lidades, mostrar a tabela diretamente na tela do computador, notebook ou tablete, enviar por e-
mail e ainda imprimir.

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Capítulo 01 – Apresentação da Planilha Eletrônica Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

É válido ressaltar que enquanto


você mantiver o arquivo em meios digi-
tais, os recursos ocultar e reexibir, inserir
ou excluir, ainda serão válidos também,
porém para imprimir, você precisará con-
figurar toda sua planilha para que ne-
nhum item seja cortado ou fique despro-
porcional no papel.
O primeiro item importante, é defi-
nir o que deve ser impresso, utilizando o
menu exibir, e em seguida a opção, Vi-
sualizar quebra de página.
Perceba que ao redor da tabela,
todas as outras células ficaram cinza-es-
curo, logo, não sairão na impressão,
caso queira que algo saia ou deixe de
sair na impressão, basta clicar sobre a extremidade da seleção e arrastas para a direção dese-
jada.

O modo visualizar impressão oferece uma pré-visualização de como sua tabela ficará
após a impressão. Acesse-o no menu arquivo, visualizar impressão.

No modo visualizar impressão, a


ferramenta “formatar página” permitirá que
o usuário realize um novo conjunto de con-
figurações do papel para impressão (tam-
bém disponível no menu formatar, página).
Configure o papel e margens, da
mesma forma que aprendemos no módulo
anterior (processadores de texto).
Outro recurso importante para a im-
pressão de sua planilha está na guia pla-
nilha da ferramenta formatar página.
Você também conseguirá definir
bordas para sua página, assim como cores
de fundo, o que deverá aparecer por padrão no cabeçalho e rodapé, essas funcionalidades fica-
ram bem claras no módulo anterior, explore-as.

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Capítulo 01 – Apresentação da Planilha Eletrônica Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Sobre o menu planilha, teremos al-


guns itens bem interessantes para tratar-
mos sobre impressão, como o imprimir a
grade ou os cabeçalhos das colunas e li-
nhas, ou ainda ajustar a escala de impres-
são, podendo diminuir ou aumentar a tabela
de acordo com sua folha.
O botão redefinir, irá desfazer todas
as opções do usuário, desde o último clique
no ok.

Conclusão
Conhecer o funcionamento do software de planilha eletrônica é certeza de que o usuário
irá ganhar tempo ao desenvolver suas atividades em casa e no trabalho. Neste capítulo, vimos
como manipular a estrutura básica da planilha, as operações básicas da matemática e o recuso
imprimir.

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Capítulo 01 – Apresentação da Planilha Eletrônica Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Pratique:

Digite a planilha a seguir em um software de planilha eletrônica e realize as fórmulas ma-


temáticas de acordo com o que se pede.

1. Encontre os valores subtotais de cada produto, multiplicando o valor unitário


pela quantidade.
2. Some todos os subtotais para encontrar o valor total
3. Não se preocupe com a formatação, este será o assunto do próximo capí-
tulo.
Após concluído, mostre ao seu professor.

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Capítulo 02 – Formatação e Operações Matemáticas Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Capítulo 02 – Formatação e Operações Matemáticas.

Objetivo:
Realizar alterações estéticas nas células e trabalhar com as principais ope-
rações matemáticas nas planilhas eletrônicas.
Introdução
Conhecer os recursos das planilhas eletrônicas é uma das necessidades dos profissionais
que estão engajados e em busca de boas oportunidades no mercado de trabalho.
Neste capítulo, iremos abordar as ferramentas úteis para que possamos modificar a apa-
rências de nossas tabelas e torna-las mais interessantes visualmente.
Formatação
Antes de começar a formatar, a ação que deverá ser realizada é a Seleção da área que
se deseja alterar o visual.
Após selecionada, você terá duas alternativas para iniciar a formatação, utilizar a barra de
formatação ou o menu formatar, onde todas as opções estão realmente disponíveis. Para aces-
sar a ferramenta completa de formatação, você poderá utilizar as tecclas de atalho Ctrl+1 ou ir
ao menu formatar, Células.

Na barra de formatação, muitas opções são iguais às opções vistas nos processadores
de texto, para a formatação da fonte. Nas planilhas eletrônicas, as opções de modificações visu-
ais, passa, do texto, vão para as células que também podem ser modificadas, como veremos
nas opções a seguir.
Guias Fonte e efeitos de fonte
Guia fonte do menu formatar células, ofe-
rece opções de formatação diretamente para o
texto das células, então é possível selecionar o tipo
de fonte, seu estilo (negrito, itálico e etc.) ou seu
tamanho.

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Capítulo 02 – Formatação e Operações Matemáticas Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

A guia Efeitos da fonte, irá oferecer opções sobre


a cor do texto, modos de alto ou baixo relevo, opções
relacionadas à sublinhar e tachar seu texto.

Alinhamento do texto das células


O alinhamento irá definir o comportamento do
seu texto dentro das células, é possível escolher o tipo
de alinhamento horizontal (o mesmo oferecido pelo Wri-
ter) ou o alinhamento vertical (acima, meio, abaixo na
célula).
Também é possível escolher a inclinação do
texto, girando a opção orientação do texto, ou modifi-
cando manualmente na caixa “graus”.
Outra importante ferramenta da guia Alinha-
mento é a “Quebra Automática de texto” onde o texto
que não couber em linha única “dentro” da célula, é di-
recionado para uma segunda linha da própria célula e ainda pode-se utilizar “hifenização” do
texto da célula, ao quebrar o texto em duas ou mais linhas.
Guia Bordas.
Nesta guia, a aparência do contorno das células
podem ser controladas.
A escolha da espessura da linha e sua cor.
A quantidade de espaço que o texto terá dentro
das células.
Sombreamento e estilo da sombra.
Também pode ser configurado, manualmente
onde a borda será aplicada, clicando na caixa “Definido
pelo usuário”.

Guia Plano de fundo

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Capítulo 02 – Formatação e Operações Matemáticas Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Na guia plano de fundo, as opções de cores para


as células selecionadas serão aplicadas, no Excel, são
oferecidas opções de preenchimento em gradiente e até
mesmo “texturas”.
No Calc, você poderá apenas escolher uma cor
sólida para compor o fundo de suas células.

Guia Proteção de Célula

Nesta guia, o usuário poderá selecionar as op-


ções relacionadas à proteção da célula. Com células
protegidas, as opções de segurança da planilha, pode-
rão ser habilitadas e assim, outros usuários não pode-
rão realizar quaisquer alterações sobre as células pro-
tegidas.

Guia Número
Esta é uma das guias com opções mais impor-
tantes das planilhas eletrônicas, pois está relacionada
com o padrão de número e como ele é exibido e tratado
pelo software.
Os números poderão ser “transformados” em da-
tas, horas, ou alterados para porcentagem, ou ainda em
estilo moeda, com o R$ do real ou $ do dólar.
Além da escolha de quantas casas decimais
você deixará na exibição dos números selecionados.

Mesclar células

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Capítulo 02 – Formatação e Operações Matemáticas Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Já comentamos este recurso


quando falamos de tabelas nos proces-
sadores de texto, o mesclar células per-
mitirá que você unifique um conjunto de
células em apenas uma. A ferramenta
mesclar está disponível na barra de for-
matação.

Classificar e filtrar
Como o trabalho em planilhas é uma
atividade dinâmica, onde constantemente é
necessário acrescentar informações ou re-
tirá-las, seria muito trabalhoso precisar reor-
ganizar seus dados de forma manualmente,
fosse em ordem numérica ou alfabética.
Para simplificar este processo de or-
ganização ou reorganização, o recurso clas-
sificar facilita esta ordem. Selecione as colu-
nas e linhas que deverão ser ordenadas, vá ao menu dados e escolha a opção “Classificar...”
A ferramenta classificar oferecerá “níveis” de classificação, como critérios de desempate,
assim, mesmo que sejam números ou palavras iguais, outra coluna poderá determinar quem
aparecerá antes ou depois.

O recurso filtrar permite que você escolha quais dados deverão ser exibidos em uma lista.
O filtrar funcionará de forma semelhante ao “ocultar” explicado no capítulo anterior.

Pág. 11
Capítulo 02 – Formatação e Operações Matemáticas Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Parar aplicar o filtro, vá ao menu dados, escolha a opção autofiltro. No Calc, você deverá
digitar quais “palavras serão filtradas”, no excel, ao aplicar o filtro, já serão exibidos quais serão
os itens que podem ser filtrados, de forma automática.

Pág. 12
Capítulo 02 – Formatação e Operações Matemáticas Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Pratique
Crie as planilhas de acordo com os modelos abaixo, os cálculos já estão especificados
nas planilhas.

Exercício 01

Neste exercício, você fará cálculo de juros, para aplicar as fórmulas aprendidas e formatação,
você deverá montá-lo da mesma forma em que está sendo exibido.
A taxa de juros, formatada como porcentagem.
O total a pagar, também pode é conhecido como montante.

Pág. 13
Capítulo 02 – Formatação e Operações Matemáticas Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Exercício 02

Neste exercício, fique atento às células mescladas, você terá apenas 2 operações mate-
máticas para inserir na tabela.

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Capítulo 03 – Funções I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Capítulo 03 – Funções I

Objetivo:
Conhecer e aplicar as principais funções que os softwares de planilhas ele-
trônicas possuem.
Introdução
Utilizar as tabelas das planilhas eletrônicas apenas para organizar dados, é uma
possibilidade, entretanto, subutilizaríamos estes softwares se o ocupássemos apenas
com essas tarefas e fórmulas.
Para facilitar nosso dia a dia, recursos extras foram sendo incorporados a estes
softwares de tempos em tempos, até chegar ao que temos hoje.
Inserindo Funções.
No menu Inserir, Funções, ou
tecla de atalho CTRL + F2, teremos a
ferramenta inserir funções, com to-
das as funções que o softwares Calc
reconhece em seu banco de dados.
Nesta janela, que é um assis-
tente de funções, você poderá buscar
a função e inserir cada um dos com-
ponentes que serão calculados ou
avaliados, diretamente. Além de con-
tar também, com uma pequena área
que lhe explica exatamente qual é a
funcionalidade da função em especí-
fico.
Entretanto, pouco utilizaremos este assistente de funções, pelo fato de ser um
pouco trabalhoso chegar até ele e alimentar os dados manualmente.
Para facilitar nosso trabalho nas planilhas, iremos inserir os dados que já estão
disponíveis na planilha, tornando mais dinâmico o trabalho com nossas tabelas.
Referências
Antes de entrarmos em detalhe com as funções, iremos falar um pouco sobre refe-
rencias.
As referências são os nomes das células ou seu intervalo. Sendo assim, teremos
como referência, o A3, por exemplo, servindo para identificar o conteúdo da célula que

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Capítulo 03 – Funções I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

está na coluna A com a Linha 3. Da mesma forma, talvez, exista a necessidade de infor-
mar que os dados que desejemos, esteja do A3 até o A10, sendo assim, precisaremos,
informar ao Excel, como ele deverá ler esta sequência de células.
Do A3 ao A10, poderemos representar como A3:A10.
Caso não queiramos todas as células deste intervalo, poderemos utilizar o “ponto
e vírgula” (;) para selecionar o que queremos.
Por exemplo, se quisermos selecionar as células A3, A5 e A10, deveremos informar
ao Excel a seguinte referência: A3;A5;A10.
Então em uma referência, utilizaremos os “ : ” (dois pontos), para substituir a pala-
vra “até” e o “ ; “ (ponto e vírgula) para substituir a palavra “e”.
Funções:
Uma função é um conjunto de instruções que o software deverá executar, com base
nos valores informados ou direcionados pelo usuário.

As duas funções utilizadas acima são:


= Média (intervalo) – Irá calcular a média aritmética do intervalo informado, no caso
da função acima, da célula B4 até a célula D4.
= Soma (intervalo) – Irá somar os valores existentes no intervalo informado. Ou
seja, irá somar os dados que estiverem desde o B4 até a célula D4.

Pág. 16
Capítulo 03 – Funções I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

No exemplo do acompanhamento de vendas, estamos utilizando um total de 4 fun-


ções. A função Soma e média, que já vimos e as funções Máximo e Mínimo.
Na tabela de exemplo, as funções máximo e mínimo, estão sendo utilizadas na
linha onde se pede Pico de vendas e baixa de vendas. O pico de vendas, é o maior valor
alcançado em um dado momento, assim como a baixa de venda, é o menor valor conse-
guido, aplicamos as funções máximo e mínimo, justamente para acharmos qual foi o
maior e o menor valor, respectivamente alcançados nesta análise de vendas.
= Máximo (intervalo) – irá localizar e informar o maior valor existente em um inter-
valo.
= Mínimo (intervalo) – irá localizar e informar o menor valor existente em um inter-
valo.
Função de procura
ProcV e ProcH – Funções de procura de dados, o procv, faz a busca em uma tabela
organizada verticalmente e o ProcH, busca informações em tabelas organizadas de forma
horizontal.
Estas funções são extremamente úteis quando houver necessidade de buscar in-
formações em outras tabelas ou base de dados, para montar tabelas comparativas.
Para testarmos e aplicarmos a função de procura, iremos criar uma tabela e orga-
niza-la na vertical, também aplicaremos um nome (referência) para facilitar o uso desta
tabela.

Perceba, que acima da coluna código, o software está registrando qual é a refe-
rência de nossa tabela, A1:G7, ou seja, do A1 até a célula G7. Este nome poderá con-
fundir um pouco aqueles que estão começando a mexer com fórmulas e funções por
este motivo, vamos aproveitar que a tabela está selecionada e iremos atribuir um nome
para esta referência.

Pág. 17
Capítulo 03 – Funções I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Utilizando a tecla de atalho CTRL + F3 ou cli-


cando no menu inserir, nomes, poderemos atribuir o
nome da referência, que por motivos de facilidade e co-
modidade, atribuí o nome de “Base”.
Esta tabela que criamos e atribuímos o nome de
base, está na primeira planilha disponível de nossa
pasta de trabalho, a qual chamamos de “Base de da-
dos”. Conforme a imagem a seguir.

Na guia de planilha resumo, iremos criar uma tabela simples para “puxar” os da-
dos dos funcionários, e fazer uma pequena e breve “consulta”.

Perceba que não inserimos todas as colunas que estavam disponíveis na tabela
“Base de Dados”, pois queremos apenas localizar o nome do funcionário e seu salário.
Nas duas tabelas, temos uma coluna de código. Este código, não está aí por
acaso, estamos utilizando ele como um “valor único” para cada funcionário, poderíamos
utilizar um RG ou CPF, mas precisaríamos mover a coluna do RG ou CPF, do exemplo,
para tornar-se a primeira coluna da tabela.
As funções que utilizamos nesta tabela são as seguintes:

Explicando detalhadamente cada uma delas, fica assim:


= Procv (A2; Base; 2) – A função Procv, irá procurar o que estiver dentro de A2
(que é o código), na tabela chamada “Base”, quando localizar, irá trazer para exibição o
que estiver na coluna 2, no nosso caso, o nome do funcionário.
= Procv (A2; Base; 5) – A função Procv, irá procurar o A2, que é o código, na ta-
bela chamada “Base”, e assim que trará o que estiver na coluna 5, que é o salário do
funcionário.

Pág. 18
Capítulo 03 – Funções I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Na tabela que criamos, após inserir as funções, poderemos testar apenas alte-
rando o código do funcionário por outro existente, assim, o softwares, deverá carregar
automaticamente o nome e o salário do funcionário.
Se você não quiser atribuir o “NOME”, no nosso caso “Base”, basta selecionar
toda a tabela, onde estão os dados que você queira que o software busque as informa-
ções, no nosso caso, seria feita a seleção da referência: A1:G7 na tabela Base de da-
dos.

Conclusão
Neste capítulo trabalhamos com algumas funções que poderão garantir uma
grande economia de tempo para quem precisar trabalhar com muitas informações orga-
nizadas em tabelas. Além de ferramentas de cálculos rápidas e precisas como as fun-
ções Soma e a Média, além da ferramenta de busca PROCV. Entenda a usar estas fer-
ramentas, pois serão exigidas de você no mercado de trabalho.

Pág. 19
Capítulo 03 – Funções I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Pratique
Utilizando todos os conceitos que você aprendeu nestas 3 aulas de planilhas eletrôni-
cas, você irá criar uma nota fiscal.
Esta nota fiscal será composta por 3 tabelas, uma tabela com os dados do vendedor;
Uma tabela com os dados do produto e a terceira tabela será a nota fiscal em si.
Então vamos começar a criar as tabelas.
Crie a primeira tabela em seu software:

Não esqueça que após criar esta tabela, você deverá seleciona-la e atribuir um nome
para ela, facilitando assim, a busca dos dados, você poderá chama-la de “vendedor”, se
nome melhor não lhe vier a mente.
A segunda tabela será a tabela dos produtos.
Crie a tabela conforme segue a imagem:

Não se esqueça de selecionar a tabela e atribuir um nome para ela também, poderá ser
produtos.

Pág. 20
Capítulo 03 – Funções I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Após criar esta segunda tabela, poderemos criar a terceira e tabela final, onde os dados
dos vendedores e produtos serão levados através de funções PROCV para a tabela
Nota Fiscal.
Crie esta terceira tabela, da forma que se segue na imagem:

Para inserir as funções:


 As células do código, não terão função, pois usaremos esses códigos para que o
procv traga as informações para as demais células.
 As células Nome do vendedor e RE do vendedor, deverão ter uma função procv,
Semelhante à esta:
=procv(c9;vendedor;2) e =procv (c9;vendedor;3), para trazer o Nome e o Re do vende-
dor.
 Já na parte onde estarão os dados do produto, a função será semelhante à esta:
=procv(b13;produtos;2) e =procv(b13;produtos;3) para trazer o Produto e seu valor uni-
tário.
 No subtotal, uma fórmula de multiplicação do valor unitário com a quantidade de-
verá ser criada.
 O total será uma SOMA de todos os Sub-totais.

Pág. 21
Capítulo 03 – Funções I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

 Ao concluir todas as etapas, evite deixar que as linhas onde você fez a função
procv, fique sem código do produto, pois poderá afetar seus cálculos, ou seja,
deixe procv feita, apenas nas linhas que você pretende inserir códigos dos produ-
tos.
 Mostre para seu professor sua planilha montada e devidamente formatada.

Pág. 22
Capítulo 04 – Funções II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Capítulo 04 – Funções II

Objetivo:
Aprimorar os conhecimentos em Planilhas e suas funções.
Introdução
Após os exercícios desenvolvidos nas ultimas aulas, acreditamos que você já pos-
sui um bom entrosamento com os softwares de planilhas eletrônicas, então, nesta aula,
veremos algumas funções novas e novas formas de se criar e organizar planilhas.
É importante ressaltarmos que todo o conhecimento, vem de uma sequência de
ações onde você, aluno, é a “peça” principal e fundamental, você precisa querer apren-
der, você precisa querer estudar para que os conteúdos expostos em sala de aula, real-
mente sejam captados e aprendidos por você, então, dedique-se.
Funções
Neste capítulo iremos abordar algumas funções que envolvem lógica. São funções
simples, que poderão ajudar o usuário a poupar tempo, mas que precisam de muita aten-
ção e concentração, pois envolvem detalhes que são essenciais para a correta interpre-
tação da função.
A primeira função que iremos utilizar, é a função SE.
A função Se, é uma função condicional, utilizada para avaliar uma determinada
situação comparativa, traz suas respostas através da análise de um teste lógico, baseado
de verdadeiro ou falso.
Explicaremos melhor após a criação da tabela a seguir:

Na tabela acima, o total de vendas é calculado graças a uma função soma e a


média por uma função com igual nome, média. Ambas sobre os meses informados.
A função Se, que está gerando a situação do vendedor, em “Bateu a meta” ou “não
bateu a meta” é definida através da análise do total vendido.

Pág. 23
Capítulo 04 – Funções II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Criamos uma tabela informativa abaixo da tabela principal, apenas para ilustrar a
situação do vendedor.
Se o vendedor tiver um total de vendas, superior a R$ 48.000, ele terá superado
sua meta. Caso ele não atinja este valor, ou apenas iguale, ele não terá “batido sua meta”.
Para as funções lógicas, utilizaremos os operadores lógicos de comparação (>
Maior, < menor, = Igual, <> Diferente)
Essa estrutura é avaliada com a seguinte função:
=SE(E3>48000;"BATEU A META";"NÃO BATEU A META")
Onde =Se (e3>48000 – Estamos informando o teste lógico, ou a situação em que
o Software terá que avaliar, o E3, contém o total de vendas. Então, se esta afirmação for
verdadeira, o resultado que aparecerá na função será o “BATEU A META”, se esta afir-
mação (E3>48000) for falsa, então, surgirá a resposta “NÃO BATEU A META”.
O teste lógico e as respostas são separados pelo “;” (ponto e vírgula) para “isolar”
os componentes da fórmula.
As “” (Aspas) servem para que a resposta, seja considerada como TEXTO pelo
software.
Funções de Contagem
Os softwares Planilhas eletrônicas oferecem um recurso importante, principalmente
se você irá trabalhar com grandes quantidades de informações, buscando e contando
itens.
São As funções de contagem. Abordaremos dois tipos de funções de contagem
abaixo, é a função cont. Valores e a cont.se.
A função cont. Valores irá contar quaisquer células de um determinado intervalo
que não tenha nenhuma célula “vazia”.
=CONT.VALORES(A3:A6) - Esta função contará quantas células no intervalo de
A3 à A6 não estão vazias.
E a outra função de contagem, é incrementada pela possibilidade de se escolher
um “critério” para ser contado.
=CONT.SE (G3:G6;"Bateu a Meta") – A contagem condicional ao lado, irá contar
no intervalo de G3 ao G6, quantas vezes aparecerá o termo entre parênteses, no caso o
texto “Bateu a Meta”.
Então, além de criarmos uma tabela que avalie o total de vendas e quais vendedo-
res superaram ou não suas metas, também, conseguiremos determinar quantos vende-
dores tínhamos, quantos superaram e quantos não. Acrescentando estas funções em
nossa tabela, ficaria assim:

Pág. 24
Capítulo 04 – Funções II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

É Importante ressaltar que nós ocultamos as colunas B, C e D da exibição desta


tabela para que a exibição fosse um pouco mais fácil de ser identificável.

Para termos uma ideia um pouco mais ampla sobre a função SE, iremos aprofundar
um pouco mais nos exercícios com ela.
Imagine que nós não queremos mais que o termo “bateu” ou “não bateu” a meta
fosse o resultado. E se quiséssemos que aparecesse o valor de uma premiação para este
vendedor... e o valor deste prêmio fosse R$ 500,00 caso ele superasse a meta, e apenas
R$ 100,00 caso ele não superasse, fosse apenas um prêmio de consolo. Como ficaria
essa função?

Observe a coluna do prêmio do vendedor, a função utilizada, é um pouco diferente


da que utilizamos na primeira vez, certo? Pois bem vamos entender o porquê.
=SE(E3>48000;500;100) – Nesta função SE, temos o teste lógico idêntico ao an-
terior, pois eu estou definindo que o total de vendas deverá ser superior à 48000, para
determinar que ele bateu a meta. Porém, após o teste lógico, já inserimos as respostas

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Capítulo 04 – Funções II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

verdadeiras e falsas, ou seja, os R$ 500,00 e os R$ 100,00, porém sem as “” (aspas) pois


não quero que seja texto e sim valor, número, tanto que, nem o símbolo estamos inse-
rindo. Colocamos apenas o número e depois formatamos a célula com o padrão “estilo
moeda”.
Ainda podemos ter uma variação sobre a forma de criar a função Se.
Seria uma função Se, onde a resposta verdadeira ou falsa, é uma fórmula ou função que
deverá ser executada caso aquela situação seja a adequada.
Então, imagine a seguinte condição para nossos vendedores do exemplo:
O salário do vendedor, é R$ 1500,00, porém se ele Atingir a meta, ele ganhará o salário
MAIS o prêmio de R$ 500,00 e caso ele não atinja, ganhará apenas o Salário MAIS R$
100,00.
Então, como iremos escrever esta função SE para determinar o salário final destes ven-
dedores?

Na tabela acima, teremos a última coluna como o salário do vendedor. Veja que o teste
lógico, continua igual (total de vendas Maior que 48000) então, se este teste lógico for
verdadeiro, o software deverá executar (1500+500) caso seja falso, o software executará
(1500+100) lembrando de fechar o segundo parêntese, que foi aberto no início do SE.
E assim, poderemos inserir fórmulas e funções dentro de uma função SE.

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Capítulo 04 – Funções II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Para finalizar as funções desta aula, vamos falar um pouco da função de soma condici-
onal.
Soma Condicional
A função SOMASE irá somar dados com base em um critério específico. Olhe a tabela
para maiores informações.

Imagine que você precise responder as perguntas, quanto o vendedor Pedro vendeu?
Ou ainda, qual foi o valor de vendas da Chevrolet, neste período. Para facilitar esta ta-
refa, temos a função SomaSe, que irá somar apenas o que determinarmos.
A função SomaSe irá funcionar
da seguinte forma:
A primeira informação inserida
será onde estão os critérios, en-
tre aspas, pedimos o critério em
si, e na última parte da função, onde estão os valores que deverão ser somados.
Então o software irá olhar na coluna onde estão os nomes (C5:C18) e a cada vez que
encontrar nosso critério “João”, ele irá somar o valor que encontrar na coluna dos valo-
res (G5:G18). Resultando nesta função:
=SOMASE(C5:C18;"João";G5:G18)

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Capítulo 04 – Funções II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Resolva o exercício a seguir para praticar mais as funções vistas nesta aula.
Pratique:
Crie a tabela a seguir e aplique as funções corretamente para obter as informações que
estão sendo solicitadas na estrutura da planilha.

1- Preencha os alunos na tabela e digite as notas deles nos 4 módulos, sendo notas
de 0 a 10.
2- Calcule a média das notas com a função correspondente.
3- Com base na média de notas e na tabela de situação do aluno, crie uma função
que avalie se o aluno será aprovado ou reprovado.
4- Calcule o nº de alunos, conte com uma função de contagem condicional o número
de alunos aprovados e o número de alunos reprovados.
5- Ao concluir, mostre seu trabalho ao seu professor.

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Capítulo 05 – Gráficos e elementos gráficos. Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Capítulo 05 – Gráficos e elementos gráficos

Objetivo:
Entender como inserir gráficos representativos e elementos gráficos em pla-
nilhas eletrônicas.
Introdução
As planilhas eletrônicas e os recursos de matemáticos como as fórmulas e funções, po-
dem ter seu recursos potencializados, quando falamos em inserir gráficos representati-
vos.
Poderemos inserir elementos gráficos em geral, quando falamos sobre formas, como
quadrados, elipses, setas e demais formas geométricas, poderemos inserir também ima-
gens, com extensão JPG ou PNG, como um logotipo e ainda poderemos utilizar o ele-
mento “gráfico” para representar a mesma informação que está sendo abordada pela
tabela.
Elementos Gráficos

No Software Calc, do Libre Office, os elementos gráficos e ferramentas de desenho, estão


disponíveis inserindo a barra de ferramentas desenho, que está no
menu exibir, barras de ferramentas.

Na barra de ferramentas desenho, teremos ferramentas para inserir


formas geométricas, caixas de texto, setas, fluxogramas, desenhos
à mão livre e etc.
Entretanto, se você utilizar o pacote office, o Excel lhe oferecerá um
pacote maior de opções de formas e elementos gráficos.
Veja na imagem ao lado.
Ao inserir o elemento gráfico no Calc, uma nova barra de ferramen-
tas fica ativa, é a barra de ferramentas “Propriedades do Objeto e
Desenho”, onde opções de formatação e ajuste do elemento podem ser escolhidas.

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Capítulo 05 – Gráficos e elementos gráficos. Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Nesta barra, ferramentas compatí-


veis com o tipo de elemento inserido,
fica disposta, por exemplo, ajuste do
tipo de linha ou borda, cor da linha,
cor de preenchimento (interior), mo-
ver pra frente ou para trás, também
será disponibilizado.

Inserindo Imagens
O caminho para inserir imagens no CALC, é o mesmo que foi utilizado para inserir ima-
gens no Writer, ou seja, Menu inserir, Figura, Do arquivo...
Com a imagem selecionada em sua
planilha, uma barra de ferramentas
com funções para a imagem inserida,
será exibida.
Nesta barra de ferramentas, bem se-
melhante à barra de Ferramentas “fi-
gura” do Writer, o usuário poderá adi-
cionar alguns filtros à imagem, po-
derá também determinar a transpa-
rência da imagem, além de tipos de
linhas para as bordas, cores das li-
nhas e preenchimento e etc.

Gráficos
Nas planilhas eletrônicas os gráficos terão um papel especial, pois cabe ao gráfico o papel
de ilustrar uma determinada informação que está sendo exibida na tabela.
Entender uma imagem, para o ser humano, é mais fácil do que um texto, por este motivo,
os gráficos tem papeis fundamentais em apresentações em geral, pois simplificam a ta-
refa de “demonstrar” ou “exibir” informações.
Para criar gráficos representativos, basta que sua tabela esteja criada e organizada de
forma lógica e bem estruturada, pois os gráficos ficam dependentes da relação linhas x
colunas para criar sua representatividade.

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Capítulo 05 – Gráficos e elementos gráficos. Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Esta tabela bastante simples está armazenando informações de vendas de um trimestre,


à direita, teremos duas colunas com cálculos, uma com soma e outro com média, apenas
para fins estatísticos. Como esta tabela é pequena e simples, poderemos olhar direta-
mente para ela e já teremos facilmente as respostas para perguntas como, “Quem ven-
deu mais?”, “Quem vendeu menos?”, “Em qual mês o vendedor X foi melhor?” ou ainda,
“Em qual mês o vendedor Y vendeu menos?”.
Como dissemos, as respostas acima, podem ser achadas facilmente, com uma rápida
observação sobre a tabela, entretanto, se nossa tabela, ao invés de 3 linhas, tivessem 30
linhas? E se fosse um ano inteiro? Começaria a dificultar um pouco concorda? Então para
que pudéssemos entender com mais facilidade as comparações, ter estes dados em for-
mato de “imagens” facilitariam todo nosso trabalho!

Observem bem o gráfico de vendas do trimestre e perceba como é fácil avaliar as infor-
mações exibidas por um gráfico.
Tão importante quanto saber criar um gráfico, é saber observá-lo e entender as informa-
ções que ele está tentando lhe apresentar.
Responda as perguntas:
1- Qual mês os vendedores venderam menos?

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Capítulo 05 – Gráficos e elementos gráficos. Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

2- Em qual mês, os vendedores venderam mais?


3- Qual vendedor ultrapassou 250 vendas?
4- Quando que a empresa ultrapassou 150 vendas?
5- Em qual momento a empresa não atingiu 150 vendas?
De um único gráfico, podem surgir muitas indagações, essa é sua utilidade, sua função,
facilitar a visualização das informações.
Os gráficos poderão ter diferentes formatos.

Os gráficos acima estão disponíveis na Ferramenta gráficos do Excel 2013.

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Capítulo 05 – Gráficos e elementos gráficos. Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Veja que não é todo o gráfico que oferece uma interpretação clara das informações da
tabela, então será necessário ter critério para a escolha do tipo de gráfico mais adequado
às informações existentes.
Agora que entendemos um pouco sobre interpretação dos gráficos, vamos ver como criar
gráficos

Assistente de gráficos do Calc


O assistente é um recurso para a criação do gráfico, que oferece a criação assistida,
passo a passo. Para executar o assistente, vá até o menu inserir, Gráfico.
Na primeira etapa do
assistente de gráfi-
cos, o tipo de gráfico
deverá ser escolhido,
verifique qual gráfico
melhor irá represen-
tar as informações.

A segunda etapa da
criação do gráfico, o
usuário deverá sele-
cionar qual é a ori-
gem dos dados, ou
seja, onde estão as
informações que de-
verão compor o grá-
fico.
Também pode-se in-
formar se o gráfico
será criado com base
nas linhas ou nas colunas de sua seleção.

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Capítulo 05 – Gráficos e elementos gráficos. Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

A terceira etapa do gráfico


servirá para ajuste da es-
trutura dos dados do grá-
fico.
Você poderá excluir infor-
mações ou editar de onde
o software buscará o título.

Para concluir o gráfico,


Edite os títulos, subtítulos e
demais informações de
identificação dos dados;

Após concluir o assistente, você ainda poderá realizar ajustes e configurações no gráfico,
basta clicar com o botão direito do mouse sobre o gráfico.
O clique com o botão direito, ofere-
cerá ao usuário a possibilidade de
modificar os títulos, formatar o
fundo do gráfico, mudar o tipo de
gráfico utilizado ou se for necessá-
rio, alterar o “intervalo de dados”.

Se você for criar gráficos utilizando o Excel, o processo de criação será um pouco mais
automatizado, bastando você selecionar os dados que deverão aparecer no gráfico.

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Capítulo 05 – Gráficos e elementos gráficos. Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Pratique:
1- Digite a tabela a seguir.

2- Calcule a soma para cada bimestre.

3- Calcule o total dos dois trimestres.

4- Calculo o total do semestre.

5- Crie um gráfico para cada coluna de cálculo existente em sua planilha. Serão 6
gráficos.

6- Após criar os gráficos, mostre para o professor.

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Capítulo 06 – Departamento Pessoal - Introdução Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Departamento Pessoal

Objetivo:
Entender rotinas da área de departamento pessoal e os direitos mais
essenciais do trabalhador.
Introdução

Antes de entrarmos em detalhes sobre a área de departamento pessoal, va-


mos esclarecer uma dúvida que é muito comum no meio corporativo.
Departamento pessoal, é completamente diferente de recursos humanos.
O departamento de recursos humanos, é uma área focada no desenvolvi-
mento humano do trabalhador, então, sua função na empresa, é realizar o processo
de seleção e contratação, além de prover treinamentos e potencializar os colabora-
dores.
Já a função do departamento pessoal, está relacionada à parte burocrática da
relação empregador x empregado. Toda a parte documental do trabalhador, será
manipulada pelo departamento pessoal.
Empregador x Empregado

Empregador:
A CLT (consolidação das Leis Trabalhistas) em seu artigo 2º diz que, empre-
gador é a empresa, individual ou coletiva, que assumindo os riscos da atividade eco-
nômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Ainda, comple-
menta a norma celetista, que se equiparam ao empregador, para os efeitos exclusi-
vos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência,
as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitem
trabalhadores como empregados.
Empregador Rural:
Art. 3º da Lei 5.889/73. Empregador rural é a pessoa física ou jurídica, propri-
etária ou não, que explore atividade agro econômica, em caráter permanente ou
temporário, diretamente ou por meios de prepostos e com auxílio de empregados.
Empregador Doméstico.
É a pessoa ou família que, sem finalidade lucrativa, admite empregado do-
méstico para lhe prestar serviços de natureza contínua no seu âmbito residencial.

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Capítulo 06 – Departamento Pessoal - Introdução Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Conceito de Empregado.
O artigo 3 da CLT define que “considera-se empregado toda pessoa física que
prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste
e mediante salário”. Sob esta definição, teremos as seguintes características que
definem o conceito de “Empregado”: pessoa física, não eventualidade na prestação
dos serviços, dependência, pagamento de salário e prestação pessoal de serviços.
Empregado em domicílio.
É aquele que presta serviços em sua residência ou em oficina de família, por
conta do empregador que o remunere (art. 83 da CLT).

Empregado Aprendiz.
O parágrafo único do art. 80 da CLT define aprendiz como “o menor de 14 a
18 anos sujeito a formação profissional metódica do ofício em que exerça o seu
trabalho”. O menor aprendiz tem todos os direitos do trabalhador comum. A Carta
Magna de 88 proíbe o trabalho do menor de 16 anos (art. 7º, XXXIII), salvo na con-
dição de aprendiz, limitando o labor nestas condições para a idade de 14 anos
(Emenda Constitucional nº 20).
Empregado Rural.
Lei 5.889/73. O empregado rural é a pessoa física que, em propriedade rural
ou prédio rústico, presta serviços com continuidade a empregador rural, mediante
dependência e salário.
Trabalhador Autônomo.
O trabalhador autônomo é aquele que presta serviços habitualmente por conta
própria a uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas, assumindo os riscos da atividade
econômica. Não existe qualquer subordinação jurídica entre o prestador e o tomador
de serviços.
Trabalhador Eventual.
O conceito deste encontra-se na alínea “a” do inciso IV do art. 12 da Lei
8.212/91, que assim se expressa: “trabalhador eventual é aquele que presta serviço
de natureza urbana ou rural em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem
relação de emprego”.
Contratação
Para realizar a contratação do funcionário e preencher toda a burocracia ne-
cessária para este fim, serão solicitados documentos ao funcionário. Os documentos
de uma forma geral, poderão variar de acordo com a empresa, mas em geral, os

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Capítulo 06 – Departamento Pessoal - Introdução Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

principais documentos do funcionário, deverão ser entregues em cópia, com a pre-


sença do original.
São eles:
 Carteira Profissional (CTPS)
 Título de eleitor –Só poderá ser exigido a partir dos 18.
 Certidão de reservista ou prova de alistamento militar – para homens a
partir do ano que completam 18 anos.
 Registro profissional expedidos pelos órgãos de classe – OAB, CREA,
CRM (se for necessário para exercer a função).
 Cópia do CPF
 Cópia do RG
 Certidão de nascimento – se o empregado for solteiro.
 Certidão de casamento – se o empregado for casado.
 Certidão de nascimento dos filhos menores de 14 anos. (Para salário
família)
 Carteira de vacinação dos filhos menores de 5 anos. (Para salário famí-
lia)
 Atestado de invalidez dos filhos de qualquer idade. (Para salário família)
 Comprovante de residência
 Exame médico admissional – realizado por um médico do trabalho, é
um exame que prova que o candidato tem condições de saúde para realizar as ati-
vidades da nova ocupação. Esse exame é de responsabilidade e custos do empre-
gador e não do funcionário.
 Fotos – tamanho e a quantidade ficam a critério da empresa.
 CNH – para motoristas e pessoas que trabalhem com veículos.
 Cartão do PIS – exceto para os casos de primeiro emprego.
Cada empresa terá sua própria regra de ordens e métodos para utilizar du-
rante o registro do empregado, entretanto, podemos listar de uma forma genérica,
as ações do registro:
 Contar como registro o primeiro dia de prestação de serviços.
 Reter a carteira de trabalho por no máximo 48 horas, sob pena de multa
e emitir comprovante de recebimento e entrega do documento.
 Realizar as anotações cabíveis da CTPS, e solicitar cadastro do
PIS/PASEP junto à Caixa Econômica Federal.
 Anotações em fichas ou livros de registro, ou cadastro em sistema in-
formatizado – desde que seja autorizado pela DRT (Delegacia Regional do Traba-
lho).

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Capítulo 06 – Departamento Pessoal - Introdução Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

O Registro

É obrigatório, por lei, que o funcionário seja registrado em fichas, livros ou


sistemas informatizados, é o que diz o artigo 41 da CLT.
A imagem a seguir é um exemplo de ficha de registro que pode ser utilizado par ao
registro do funcionário.
Em lojas papelarias são comercializados livros e fichas de registro. E estes
documentos devem ficar acessíveis na empresa para fiscalização do ministério do
trabalho, caso ocorra.

Exame Médico Ocupacional


A empresa deve se responsabilizar pela execução dos exames médicos ne-
cessários para a contratação, demissão e verificação periódica do funcionário, para
atestar se o mesmo dispõe de potencial para executar suas tarefas.
O artigo 168 da CLT determina que o exame médico seja obrigatório e por
conta do empregador nas seguintes situações:

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Capítulo 06 – Departamento Pessoal - Introdução Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Na admissão – com a emissão do ASO (atestado de saúde ocupacional) que


deve ser emitido por médico do trabalho, de acordo com o Programa de Controle
Médico de Saúdo Ocupacional.
Periodicamente:
Quando o empregado exercer atividades insalubres, devendo ser anual ou de
acordo com a determinação do sindicato da categoria.
Anual, para empregados menores de 18 e maiores de 45 e bienal para traba-
lhadores entre 18 e 45 anos.
Retorno ao trabalho: deverá ser realizado no 1º dia, quando o afastamento for
superior a 30 dias, por doença, acidente ou parto.
Na Demissão: o exame médico deverá ser executado e no caso das mulheres,
teste de gravidez poderá ser solicitado, (Na admissão, a empresa não poderá exigir
tal exame).
Torna-se obrigatório que o médico seja notificado pela empresa em decorrên-
cia de doenças profissionais e/ou produzidas por condições específicas do trabalho.
Contrato de trabalho
O contrato de trabalho é o documento celebrado entre empregado e empre-
gador que irá ditar todas as regras impostas e aceitas de ambas as partes, sendo
completamente sujeito às regras e leis trabalhistas vigentes.
Sobre os contratos, poderão ser:
Por Prazo determinado.
O artigo 443 da CLT, § 1º diz que: considera-se como de prazo determinado
o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de
serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de
previsão aproximada.
O contrato de trabalho por prazo determinado é aquele que tem datas de início
e término, ou seja, ajustado por certo tempo, contado em dias, semanas ou meses,
acordadas antecipadamente entre o empregador e o empregado.
Por Prazo Indeterminado
Este contrato é o modelo mais comum, pois, o funcionário tem o registro do
emprego em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS. Há data de
início para começar as atividades, mas não há o término do contrato estabelecido, A
rescisão poderá ocorrer a qualquer momento desde que haja aviso prévio de uma
das partes.
Contrato de Experiência

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Capítulo 06 – Departamento Pessoal - Introdução Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

É contemplado no artigo 445 da CLT e diz que seu objetivo é garantir ao em-
pregador a verificação da capacidade funcional do empregado na execução dos ser-
viços e garantir também, ao empregado, que este se adaptará às condições de seu
trabalho. Este contrato poderá ser renovado uma vez, porém, não poderá ter mais
de 90 dias. (Contando o período de renovação).
Por este motivo, as empresas normalmente fazem um contrato de 45 dias e o
renovam por mais 45 dias, até o momento em que este contrato será rescindido ou
se tornará automaticamente um contrato de prazo indeterminado.
Modelo de Contrato

Contrato Individual de Trabalho por Prazo Indeterminado


Pelo presente instrumento e na melhor forma de direito, as partes:
1. Empregador: (Qualificação Completa)
2. Empregado: (Qualificação Completa)
Firmam o presente CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO, nos termos da Lei e, seguintes cláusulas assim pac-
tuadas:
Cláusula 1ª – Da Função: O EMPREGADO, obriga-se a prestar seus serviços no quadro de funcionários da EMPRE-
GADORA para exercer as funções de ………………………., mediante a remuneração de R$
……..,…….(………………………………….), a ser paga mensalmente ao empregado, até o 5º (quinto) dia útil do mês.
Ressalva-se o EMPREGADOR, no direito de proceder à transferência do empregado para outro cargo ou função que
entenda que este demonstre melhor capacidade de adaptação desde que compatível com sua condição pessoal.
Cláusula 2ª – Do Horário: O EMPREGADO cumprirá uma jornada de trabalho de _____ horas diárias, sendo
__________ horas semanais, iniciando suas atividades as _____ horas da manhã e encerrando às _______ horas,
com intervalo de _____horas para almoço, não havendo expediente aos domingos.
Se houver horas extras, estas serão pagas na forma da lei ou serão compensadas com repouso correspondente.
Cláusula 3ª – Da Transferência: O EMPREGADO está ciente e concorda que a prestação de seus serviços se dará
tanto na localidade de celebração do Contrato de Trabalho, como em qualquer outra Cidade, Capital ou Vila do Ter-
ritório Nacional, nos termos do que dispõe o § 1° do artigo 469, da Consolidação das Leis do Trabalho.
Cláusula 4ª – Dos descontos: O EMPREGADO autoriza o desconto em seu salário das importâncias que lhe forem
adiantadas pelo empregador, bem como aos descontos legais, sobretudo, os previdenciários, de alimentação, habi-
tação e vale transporte.
Sempre que causar algum prejuízo, resultante de alguma conduta dolosa ou culposa, ficará obrigada o EMPREGADO
a ressarcir ao EMPREGADOR por todos os danos causados.
Cláusula 5ª – Das Disposições Especiais: O EMPREGADO compromete-se também, a respeitar o regulamento da
empresa, mantendo conduta irrepreensível no ambiente de trabalho, constituindo motivos para imediata dispensa do
empregado, além dos previstos em lei, o desacato moral ou agressão física ao EMPREGADOR, ao administrador ou
a pessoa de seus respectivos companheiros de trabalho, a embriaguez no serviço ou briga no local de trabalho.
E por estarem assim contratados, nos termos de seus respectivos interesses, mandaram as partes lavrar o presente
instrumento que assinam na presença de 02 (duas) testemunhas, para as finalidades de direito.
Cidade, ___ de _______________ de ___________.
Empregador (Nome e assinatura) Empregado: (Nome e assinatura)
Testemunha 1: (Nome e assinatura) Testemunha 1: (Nome e assinatura)

Pág. 42
Capítulo 06 – Departamento Pessoal - Introdução Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Pratique

1. Sua atividade neste capítulo será criar um contrato de trabalho, com


base no exibido acima. Para um funcionário fictício, Inventado, onde as
informações explicadas pelo professor deverão constar neste contrato.
2. Você deverá também buscar na internet, modelos de fichas de registro
e carteiras de trabalho para que você preencha os dados do funcionário
que você acabou de criar o contrato.
3. Guarde estes documentos pois eles irão compor seu trabalho final deste
módulo.

Pág. 43
Capítulo 07 – Jornada de Trabalho Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Jornada de Trabalho / Horas extras

Objetivo:
Conhecer os direitos e deveres do trabalhador em relação ao seu horá-
rio de trabalho.
Introdução

A CLT é o conjunto de regras que regem o sistema de trabalho no Brasil. Co-


nhecer os direitos e deveres do empregado, do empregador e da relação entre estes
dois componentes, permite que o trabalho seja executado com maior efetividade.
Neste capítulo iremos abordar a “quantificação” de trabalho em relação ao
tempo do empregado, quanto tempo ele poderá trabalhar, o que acontece, se ele
exceder este período.

Jornada de trabalho
Jornada de trabalho é regulamentada pelo artigo 7º XIII da Constituição Fede-
ral e pelo artigo 58 da Consolidação das Leis do Trabalho, não podendo ultrapassar
8 horas diárias e 44 horas semanais.
É, também, considerada como jornada, o período em que o empregado está
à disposição do empregador, mesmo que em sua residência.
Não faz parte da jornada de trabalho o período designado para repouso (hora
de almoço/pausa/break), nem mesmo, o período em que existe o deslocamento do
empregado para a empresa.
Sendo assim, o trabalhador que está “produzindo” ou apenas a disposição do
empregador, já está cumprindo sua jornada de trabalho.
A constituição federal de 1988 e a CLT, determinam a carga horária maior
para poderá ser cumprida no Brasil, entretanto, algumas funções e empresas, terão
uma jornada de trabalho diferenciada, por inúmeras questões.
Os sindicatos poderão definir em convenções coletivas qual será a carga ho-
rária a ser cumprida por uma determinada função/área. Desde que não seja superior
ao estabelecido na CF e CLT.

Registro de Ponto

Pág. 44
Capítulo 07 – Jornada de Trabalho Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

O Artigo 74 da CLT determina que O horário do trabalho constará de quadro, organizado


conforme modelo expedido pelo Ministério do Trabalho, e afixado em lugar bem visível.

Esse quadro será discriminativo no caso de não ser o horário único para todos os empre-
gados de uma mesma seção ou turma.

§ 1º - O horário de trabalho será anotado em registro de empregados com a indicação de


acordos ou convenções coletivas porventura celebrados.

§ 2º - Para os estabelecimentos de mais de 10 trabalhadores será obrigatória a anotação


da hora de entrada e saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instru-
ções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do
período de repouso.

Abaixo um exemplo de folha de ponto que poderá ser utilizado caso a empresa não dispo-
nha de um meio eletrônico:

Pág. 45
Capítulo 07 – Jornada de Trabalho Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Sobre a folha de ponto do exemplo, deverão ser exibidas, informações sobre


o mês e ano referencia da folha.
Deverá ser anotado na folha, o horário de entrada no trabalho, saída para
intervalo, retorno de intervalo e saída do expediente/término da jornada, esta folha,
possui ainda, uma área para que seja anotada o período que se ultrapassa a jornada
diária, ou seja, o total de horas excedentes naquele dia.

Acordo de compensação e Prorrogação


Sabendo que a CLT e a CF determinam que o período máximo que poderá
ser trabalhado pelo brasileiro é de 44 horas semanais e 8 horas diários, e conside-
rando também que existem setores com cargas horárias diferenciadas, como 6 ho-
ras/dia, 7 horas/dia... precisamos compreender que o horário de trabalho que exce-
der o permitido para uma categoria, será computado com o prorrogação da jornada.
Da mesma forma que Se o trabalhador, cumprir jornada inferior à acordada
pelos órgãos de regulamentação, estará incluso no regime de compensação de ho-
ras.
É importante ressaltar que compensar ou prorrogar a jornada de trabalho é
um “acordo” onde ambas as partes devem aceitar os termos que são impostos pela
lei.

Compensação de jornada
A compensação de jornada existe para que não seja configurado desconto ou
acréscimo financeiro sobre o salário do empregado.
Poderá ser utilizada para completar as 44 horas semanais, ou a jornada de
trabalho em que o empregado esteja inserido.
Pode ser utilizado para “pagar” horas de uma “emenda de feriado” ou por ne-
cessidade de chegar mais tarde, sair mais cedo, ou ainda revertido em descanso,
por ter ultrapassado a jornada diária.... etc.

Prorrogação de jornada
A jornada de trabalho poderá ser prorrogada por até 2 horas diárias em caso
de necessidade (devendo o funcionário aceitar a prorrogação, mediante aceite do
termo de compensação e prorrogação). Importante ressaltar que trabalhadores me-
nores de idade, não poderão prorrogar sua jornada de trabalho.

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Capítulo 07 – Jornada de Trabalho Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

A jornada prorrogada, poderá ser resultar em duas possibilidades, pagamento


das horas excedentes, em dinheiro para o funcionário, com acréscimo de valor, ou
no sistema de banco de horas.

Banco de horas
É um sistema de acúmulo de horas, instituído no ano de 1998 quando país
atravessava uma crise econômica e essa medida permitiu que as empresas pudes-
sem economizar nos pagamentos por execendentes trabalhados, porém, mesmo
após o término daquela crise e vinda de muitas outras, o banco de horas foi mantido
e compõe os acordos de compensação e prorrogação de muitas empresas.
No sistema de banco de horas, cada hora que o funcionário trabalha e de
forma excedente, será contibilizada para ser dada como descanso/folga, entrada
após o horário real de entrada, ou será permitida a saída, antes do horário correto.
Ou ainda, estas horas poderão ser utilizadas para aumentar os dias de férias de um
funcionário.
Sua validade é de um ano, e é contabilizada numa razão de um para um, ou
seja, uma hora trabalhada, será uma hora concedida em descanso. Ssalvo se existir
alguma determinação de acréscimo na convenção coletiva da categoria.
Caso o período ultrapasse um ano de banco, as horas com o período vencido,
serão pagas em dinheiro e com o devido acréscimo da hora extra, de acordo com a
convenção coletiva.
Horas Extras
As horas que excedem a carga horária, diária, semanal ou mensal, serão pa-
gas ao funcionário, em espécie e com acréscimo de no mínimo 50% em dias úteis e
100% para domingos e feriados.
Quando o funcionário receber horas extras, estas horas, irão compor o sis-
tema de cálculos de férias, 13º salário e demais verbas rescisórias.
Para calcular o valor da hora-extra, é necessário avaliar o sistema de remu-
neração do funcionário.
Por exemplo:
A jornada de trabalho do funcionário é 220 horas/Mês.
O salário/remuneração mensal deste funcionário é de R$ 1100,00.
Precisaremos encontrar o valor por hora de salário deste funcionário e fare-
mos isso, dividindo a remuneração pela jornada de trabalho.

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Capítulo 07 – Jornada de Trabalho Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Passo 01- R$ 1100,00 / 220 = R$ 5,00 (cinco reais por hora trabalhada)
Como o texto da CLT diz, a hora será acrescentada por no mínimo 50%, então:
Passo 02 - R$ 5,00 * 50% = R$ 2,50 (acréscimo da hora extra)
Como o funcionário trabalhou, esta uma hora, então ele receberá a hora tra-
balhada e o acréscimo:
Passo 03 - R$ 5,00 + R$ 2,50 = R$ 7,50 (cada hora extra deste funcionário
valerá sete reais e cinquenta centavos).
Claro que este cálculo diz respeito a uma hora extra feita em dia útil, se fosse
em um domingo ou feriado, o acréscimo seria de 100%. Então:
R$ 5,00 * 100% = R$ 5,00
R$ 5,00 + R$ 5,00 (cinco reais da hora trabalhada mais os 100% que equiva-
lem a R$ 5,00 do acréscimo) totalizam
R$ 10,00 por hora excedente num domingo ou feriado.
O cálculo é bem simples não?!?
Então basta você lembrar em dividir o salário pela carga horária referente ao
salário recebido.
Porém os acréscimos citados (50% e 100%) são relativos a cada função, de-
vendo o profissional do departamento pessoal estar bem atento em relação à con-
venção coletiva do sindicato de sua empresa.

Descanso Semanal Remunerado - DSR


Todo empregado tem por direito um descanso semanal remunerado, ou seja,
um dia de folga, sem que esse dia seja descontado de seu salário.
Para os empregados mensalistas, o DSR já está computado em seu paga-
mento, perceba que a empresa realizará o pagamento de 30 dias, nestes dias, estão
contados os dias que o funcionário efetivamente trabalhou e os dias em que ele
“descansou”, por exemplo, os domingos e feriados.
Como dito anteriormente, as horas extras serão pagas em no mínimo 100%
aos domingos e feriados, caso sejam feitas.
As horas extras realizadas durante o período também irão incidir acréscimos
sobre seu DSR, o que é chamado de “Reflexo no DSR das horas extras”.
Para calcular o Reflexo das horas no DSR, Faça o seguinte cálculo:

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Capítulo 07 – Jornada de Trabalho Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Encontre o valor da hora extra para o caso proposto, por exemplo:


Salário de R$ 1300,00 Com 200 horas de jornada mensal:
R$ 1300,00 /200 = R$ 6,50 (Por hora de trabalho normal).
R$ 6,50 * 50% = R$ 3,25 (Valor do acréscimo dos 50% da Hora extra).
R$ 6,50 + R$ 3,25 = R$ 9,75 (Valor da hora extra)
Encontre o total de horas que o funcionário fez naquele mês, por exemplo, 10
horas extras.
Com o valor das horas extras já localizados, separe no mês de 30 dias (inde-
pendente se o mês tiver 30 ou 31 dias), os dias úteis e feriado, por exemplo 25 dias
úteis e 5 domingos (domingos e feriados, ou o dia correspondente da folga).
Passo 01 - Total das horas extras: R$ 9,75 * 10 = R$ 97,50 (multiplique a
hora extra, pelo total de horas feitas no mês).
Passo 02 – Proporção com o DSR: R$ 97,50/25 *5 = R$ 19,50 (divida o total
das horas pelos dias úteis do mês e o resultado, multiplique pelo total de descansos,
domingos e feriados).
R$ 19,50 é o valor que será incluído no salário do funcionário, referente ao
reflexo de horas extras no DSR.

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Capítulo 07 – Jornada de Trabalho Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Pratique:

Utilize um software de planilha eletrônica e calcule o valor das horas exceden-


tes para as situações abaixo e mostre para seu professor seus resultados.

Salário Jornada de Trabalho Acréscimo previsto


R$ 1450,00 200 Horas 50%
R$ 788,00 220 Horas 60%
R$ 5000,00 180 Horas 100%
R$ 2250,00 200 Horas 90%
R$ 1345,00 180 Horas 80%
R$ 1987,52 160 Horas 50%
R$ 2653,20 220 Horas 100%

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Capítulo 08 – Folha de Pagamento Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Folha de Pagamento

Objetivo:
Reconhecer cada etapa de uma folha de pagamento e entender os
acréscimos e descontos realizados.
Introdução
Durante toda a vida do funcionário em uma empresa, ele receberá seus salá-
rios e precisará de documentação que comprove cada item que compõe seu salá-
rio, da mesma forma, que cada desconto, deverá ser devidamente listado, facili-
tando assim o entendimento do empregado em relação ao que está sendo pago a
ele.
Neste capítulo iremos criar um holerite de pagamento e esclarecer detalha-
damente cada uma das etapas necessárias para a criação e o cálculo do holerite.

Salário
O artigo 76 da CLT diz que salário mínimo é a contraprestação mínima de-
vida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalha-
dor rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de satisfazer,
em determinada época e região do País, as suas necessidades normais de alimen-
tação, habitação, vestuário, higiene e transporte.
Sendo o salário essa contraprestação do serviço prestado, deverá ser pago
até o 5º dia útil do mês subsequente ao trabalhado. (Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Podendo ser antecipado, na proporção máxima de 40% sob acordo entre as
partes ou convenção coletiva, até o dia 20 do mês vigente.
A composição do salário como remuneração será:
O salário mínimo vigente em 2015 é de R$ 788,00.
Salário Base + Adicionais – Descontos.

Adicionais
Abordaremos como adicional, qualquer item previsto em contrato ou na CLT
que resulte em aumento financeiro no salário, em caráter temporário ou perma-
nente e que será incluído em folha de pagamento (holerite) e será utilizado para
cálculo dos demais direitos trabalhistas.

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Capítulo 08 – Folha de Pagamento Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Adicional Noturno
Adicional noturno é pago aos trabalhadores que tenham sua jornada de tra-
balho ou parte dela no período das 22 às 05 horas do dia.
Este adicional existe para compensar o desconforto do horário de trabalho
ao empregado.
O valor do adicional é de no mínimo 20% sobre sua hora normal, entretanto,
o valor real, deverá ser observado na convenção coletiva do sindicato da categoria.
Cálculo:
Hora normal * Percentual do adicional
R$ 5,00 + 20% = R$ 5,00 + 1,00 = R$ 6,00 por hora noturna.

Adicional de Periculosidade
Este adicional é pago às funções que são exercidas sob Risco de vida, e as-
segura ao empregado um acréscimo de 30% sobre o salário base, de acordo com
o artigo 193, parágrafo 1º da CLT.
Este adicional deverá constar como item para fins rescisórios ou de indeniza-
ções.
Cálculo
Salário base * 30%
R$ 1300 + 30% = R$ R$ 1300,00 + R$ 390,00 = R$ 1690,00

Adicional de Insalubridade
A insalubridade é um termo relacionado à condições prejudiciais à saúde em
níveis acima do estabelecido nas portarias do ministério do trabalho.
O adicional está separado de acordo com o nível de exposição aos vetores
insalubres. Sendo seu adicional proporcional em 3 níveis diferentes, Sendo:
 10% para o nível Mínimo;
 20% para o nível Médio; e
 40% para o nível Máximo.
O adicional deverá ser calculado sobre salário mínimo, ou sobre o piso da
categoria, de acordo com o sindicato. Da mesma forma, o profissional deverá man-
ter-se atento em relação ao que o sindicato da categoria promover na convenção
coletiva.

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Capítulo 08 – Folha de Pagamento Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Cálculo
Salário base * 30%
R$ 1300 + 30% = R$ R$ 1300,00 + R$ 390,00 = R$ 1690,00

Salário Família
É um benefício pago pela empresa ao empregado, por filho do empregado,
seja natural ou adotivo, até os 14 anos ou inválido, em qualquer idade, e com com-
provação de dependência econômica.
Para ter o direito ao benefício, o empregado deverá manter a documentação
da criança atualizada na empresa, sendo a cópia da caderneta de vacinação para
crianças de até 07 anos e comprovante de matrícula e frequência escolar para cri-
anças de 07 a 14 anos.
O valor do benefício, acompanha os reajustes dos salários mínimos.
Em 2015 os valores são:

Salário até R$ 725,02 Salário de: R$ Acima de R$ 1089,72


725,03 à R$ 1089,72
R$ 37,18 R$ 26,20 Não tem direito ao benefício.
http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/informacoes-gerais/valor-limite-para-salario-familia/

Descontos
Consideraremos descontos, todos os valores que serão “retirados” da folha
de pagamento do funcionário, descontando os valores do salário bruto do mesmo,
seja de forma constante, respeitando suas proporções no período, ou descontos
incidentes sobre o mês em questão, apenas.
Faltas e Atrasos.
A lei não obriga o empregador a manter qualquer período de tolerância sobre
atrasos, entretanto, regras internas da organização ou o sindicato, poderão arbitrar
qualquer decisão à este favor, observe a existência desta regra na empresa ou no
sindicato da categoria.
Existe uma lei, no 1º parágrafo do artigo 58 da CLT que diz que não poderão
ser descontados atrasos no registro do ponto desde que não ultrapassem 10 minu-

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Capítulo 08 – Folha de Pagamento Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

tos no dia, entretanto, essa lei foi feita, para evitar que devido à fila na hora de re-
gistrar o ponto, gerasse atraso no ponto do empregado, por este motivo, a lei foi
criada, e não, para garantir que o funcionário possa se atrasar todos os dias sem
sofrer sanções administrativas.
O empregado que faltar, sem a devida justificativa, terá o dia de trabalho
descontado e também perderá o DSR e Feriados da semana, se houverem.
Sendo, assim,
Uma falta, para um salário de R$ 1300,00, terá o seguinte valor:
Salário dividido pelos dias do mês: R$ 1300/30 = R$ 43,33 por dia em que
faltar, e,
R$ 43,33 referentes ao DSR, logo o total de descontos foi:
R$ 43,33 + R$ 43,33 = R$ 86,66.

Vale Transporte
O valor de desconto de Vale transporte do funcionário é 6% sobre o salário
base do empregado
Sendo que, caso a soma das passagens seja inferior ao custo dos 6%, o em-
pregador deverá descontar apenas este valor.
A empresa deverá garantir o trajeto do funcionário da empresa para sua
casa, seja por transporte público, ou por meios próprios/fretados. Se, fornecer fre-
tado, não precisará fornecer o vale transporte, exceto se, o transporte fretado não
cobrir todo o trajeto residência-trabalho ou vice e versa, tendo o empregado que
utilizar mais um meio de transporte público para cobrir esta distância.
Cálculo
Salário Base * 6%
Ex.: R$ 1300,00 * 6% = R$ 78,00

Contribuição Sindical
O sindicato é o órgão responsável por criar regras e ações para padronizar
os direitos trabalhistas de uma categoria de trabalhadores ou empresas, atuando
de forma sincronizada com as regras da CLT.
Devido à esta atuação, estão previstos descontos no salário do empregado
para que estas ações protetivas ao interesse do empregado sejam garantidas.

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Capítulo 08 – Folha de Pagamento Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Contribuição sindical anual: Desconto no mês de março, ou 1º mês de traba-


lho do empregado, caso não tenha trabalhado em março. É equivalente ao valor de
1 dia de trabalho.
Contribuição Assistencial: é um modelo de contribuição para o sindicato da
categoria, onde são realizados descontos mensais, e com base em valor percen-
tual, definido na convenção coletiva do sindicato. Normalmente, para justificar essa
contribuição, os sindicatos oferecem alguns benefícios, além do previsto na CLT,
como colônias de férias, parcerias e descontos em cursos e faculdades e etc.
INSS
O INSS é um órgão federal com a responsabilidade de atuar como um se-
guro social. Garantindo que acidentes e doenças oriundas do trabalho, sejam fato-
res de indenizações aos empregados.
É o Instituto Nacional do Seguro Social, este órgão também é responsável
por garantir a aposentadoria do trabalhador, quando este alcança a idade e o
tempo de contribuição adequado.
Também, garante as pensões para família/dependentes, em caso de morte
ou invalidez do empregado.
Os descontos sobre o salário do funcionário ocorrerão de acordo com a ta-
bela a seguir:

Tabela de descontos do INSS para 2015


Salário de Contribuição (R$) Alíquota (%)
Até 1.399,12 8
De 1.399,13 até 2.331,88 9
De 2.331,89 até 4.663,75 11
http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/informacoes-gerais/tabela-contribuicao-mensal/

Importante ressaltar que o valor de R$ 4663,75 é o teto de contribuição e ne-


nhum benefício ou aposentadoria será maior que ele, mesmo porque, é o valor má-
ximo que será descontado. (11% sobre 4.663,75, mesmo que o salário seja supe-
rior a este valor).
IRPF
O IRPF é o imposto de renda que é retido diretamente fonte pagadora, ou
seja, no holerite do empregado, o empregador faz o desconto e paga diretamente
à receita federal.

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Capítulo 08 – Folha de Pagamento Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Para realizar o cálculo do imposto de renda, algumas informações deverão


ser levantadas, como por exemplo, a tabela do IRPF do ano em questão e o valor
que deverá ser descontado por cada dependente do empregado.
Validade Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$)
VIGÊNCIA Até 1.903,98 - -
De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80
A PARTIR DE De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13
01.04.2015 Acima de 4.664,68 27,5 869,36
Dedução por dependente: R$ 189,59 (cento e oitenta e nove reais e cinquenta e nove centavos).
Fonte: http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/tabela_irf.html

O passo a passo para realizar o cálculo do IRPF:


Descobrir a base de cálculo:
Salário Bruto – Valor por dependente - INSS - Plano de Saúde
Exemplo R$ 3000,00 – R$ 189,59 – R$ 330 – 0 = R$ 2480,41
Para o valor de R$ 2480,41, a alíquota é de 7,5% e será deduzido (subtra-
ído) R$ 142,80
R$ 2480,41 * 7,5% = R$ 186,03
R$ 186,03 – 142,80 = R$ 43,23 de desconto na folha.

FGTS
O FGTS é Fundo de Garantia por tempo de serviço e corresponde à 8% do
salário (incluindo horas extras, adicionais, comissões e etc.). Este valor de 8% fica
depositado em uma conta da caixa econômica federal e recebendo juros mensais.
O valor existente nesta conta poderá ser sacado apenas se o funcionário for
demitido sem justa causa, ou passar 3 anos sem movimentações com FGTS (sem
depósitos), como entrada em imóveis, e casos condições adversas na cidade ou
região de residência, previsto no regulamento da caixa.
O valor dos 8% NÃO É DESCONTADO do empregado e sim, a empresa de-
posita mensalmente na conta criada.

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Capítulo 08 – Folha de Pagamento Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Holerite
O holerite ou folha de pagamento é um documento que tem a função de
comprovar o pagamento e recebimento do salário e que cada um dos direitos do
empregado foi pago corretamente.
Deverá ser assinado e datado, uma das vias, ficará com o empregado, outra
com o empregador. Apesar que tem sido comum, com a disponibilidade tecnoló-
gica, o Holerite ficar disponível para o empregado na internet, onde este funcioná-
rio com um login apropriado, pode consultar seus holerites.

Observe no holerite acima que cada item que irá compor o salário deve ser
discriminado na coluna descrição, referências apontam sobre o período ou forma
de contagem do item descrito.
A coluna vencimentos terá todos os valores que o funcionário receberá como
salários, horas extras, adicionais e etc.
Descontos, todos os valores que sairão do salário.
O valor líquido, é o valor que o funcionário realmente receberá.
Na última linha, as informações como desconto do INSS, o FGTS e o Im-
posto de renda deverão ser informadas.

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Capítulo 08 – Folha de Pagamento Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Pratique

Com base no holerite e nos itens comentados neste capítulo, crie um holerite
para cada situação abaixo:
1) Salário de R$ 3000,00.
2) Salário de R$ 788,00 com adicional de Periculosidade.
3) Salário de R$ 950,00 com 3 horas extras.

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Capítulo 09 – Férias e 13º Salário Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Férias e 13º Salário

Objetivo:
Entender os períodos de afastamento como férias e realizar os cálculos
de férias e 13º salários.
Introdução

Todos os empregados terão direitos à um período de férias, remunerado e


com duração de um mês.
Com base nessa conquista trabalhista, que data da época do governo Var-
gas, muitos diretos trabalhistas foram aumentados e outros incorporados à CLT.
Neste capítulo, abordaremos as férias, como benefício, falaremos também sobre o
abono natalino e sobre todos os períodos que o funcionário poderá se afastar de
suas atividades sem prejuízos de salário.

Férias
O direito das férias está previsto no artigo 129 da CLT onde diz que: “Todo
empregado terá direito anualmente a um período de férias, sem prejuízo de sua re-
muneração”. E o artigo 7º da Constituição Federal de 88 em seu parágrafo de nú-
mero 17, garante que a remuneração das férias sejam acrescidas em pelo menos
1/3 do valor do salário vigente.

Duração
As férias serão anuais e deverão durar 30 dias corridos (não podendo iniciar
a contagem em domingos e feriados – DSRs), desde que o número de faltas injus-
tificadas não interfiram na contagem.
As férias sofrerão alterações quando o número de faltas injustificadas forem
superior a 5, na seguinte proporção:

NÚMERO DE FALTAS NÚMERO DE DIAS/FÉRIAS QUE O EMPREGADO TERÁ DIREITO

Até 05 faltas no período 30 dias corridos de férias


De 06 a 14 faltas no período 24 dias corridos de férias
De 15 a 23 faltas no período 18 dias corridos de férias
De 24 a 32 faltas no período 12 dias corridos de férias
Acima de 32 faltas no período O empregado perde o direito à férias

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Capítulo 09 – Férias e 13º Salário Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Período Aquisitivo:
É o período onde o empregado “adquire” o direito às férias, ou seja, um perí-
odo de 12 meses subsequentes à contratação e os demais “aniversários” de contra-
tação. (Afastamentos superiores à 6 meses pelo INSS, extinguem o direito das férias
e o retorno marcará um novo período aquisitivo ou quando houver afastamento su-
perior a trinta dias com recebimento normal de salários).

Período Concessivo:
Será o período de 12 meses em que o empregador deverá conceder as férias
ao empregado. Sabendo que vencer um segundo período aquisitivo, sem ter sido
pago o primeiro, garante multa à empresa, devendo esta pagar o primeiro período
aquisitivo em dobro, mesmo que sejam os dias que ultrapassem o período conces-
sivo, estes dias deverão ser pagos em dobro.

Férias proporcionais
Serão férias proporcionais quando o contrato for extinguido durante um perí-
odo aquisitivo. Devendo ser pago na proporção de 1/12 avos e considerando 1 mês
completo, se na observação do período, constatar fração superior a 14 dias.
Assim, 3 meses e 20 dias, serão considerados um total de 4/12 avos (consi-
deraremos 4 meses para pagamentos). Porém, se a rescisão contratual for por “justa
causa” o direito às férias, também será extinguido.

Reclamações
Os trabalhadores que sentirem-se lesados pela empresa, devem um primeiro
lugar buscar respostas dentro da própria empresa, não havendo satisfação nos re-
sultados, deverá buscar na justiça, interpelação para suas solicitações.
Porém, os empregados devem se manter atentos em relação aos prazos de
reclamações. Se o contrato de trabalho estiver rescindido, o empregado terá um total
de 2 anos para reclamar seus direitos. Se o contrato de trabalho ainda for válido, o
empregado deverá reclamar seus direitos num prazo de 5 anos, da data do aconte-
cimento.

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Capítulo 09 – Férias e 13º Salário Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Abono Pecuniário
É facultado (opcional) ao empregado “vender” parte de suas férias à empresa,
ou seja, dos seus trinta dias de férias, trabalhar em alguns dias e nos outros, efeti-
vamente, ter férias.
Este período, de acordo com a lei, será de 1/3, ou seja, 10 dias. E estes 10
dias deverão ser computados com o valor do 1/3 constitucional e não somente dos
10 dias trabalhados.
O pagamento das férias, assim como do abono pecuniário, será de até 2 dias
antes do período de férias.
E o prazo para solicitar o abono pecuniário, é de até 15 dias antes do tér-
mino do período aquisitivo.
Cálculo das férias
Salário atual + média dos adicionais +1/3
Exemplo:
R$ 1200,00+1/3 = R$ 1200 + R$ 400,00
Total das férias: R$ 1600,00

Se houverem horas extras, por exemplo:


Salário fixo de R$ 1500,00 mensais, durante o período aquisitivo realizou horas
extras a 50% que somaram 250 horas e de DSR sobre horas extras 30 horas.
 Salário fixo: R$ 1500,00
 Valor das horas extras: R$ 1500/220 = R$ 6,82 + 50% = R$ 10,23
 Média Mensal de Horas extras: 240 h: 12 = 20
 Valor Médio das horas extras =R$ 10,23 x 20 = R$ 204,60
 DSR sobre horas extras/média: 30h: 12 = 2,5h
 R$ 10,23 x 2,5 = R$ 25,58
Férias:
 Total de salários: 1500,00 + 204,60 + 25,58 = R$ 1730,18 + 1/3 consti-
tucional.
 R$ 1730,18 + R$ 576,73 =
 Total das férias: R$ 2306,91

Não esqueça que sobre as férias também, incidirá INSS, FGTS e IRPF.

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Capítulo 09 – Férias e 13º Salário Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Afastamentos sem prejuízos salariais.

Os empregados poderão se afastar em emprego, sem prejuízo de remunera-


ção, nas situações abaixo e pelos períodos informados.
Afastamento para o serviço militar obrigatório (o empregado deverá retornar
em até 30 dias após a sua dispensa).
Falecimento de familiares (pais, irmãos, filhos) ou pessoas que vivam sob
sua dependência econômica – 2 dias.
Afastamento para o casamento – 3 dias
Licença paternidade – 5 dias
Doação de sangue – 1 dia por ano.
Comparecimento à justiça, como parte ou testemunha.
Afastamento para servir o júri.
Alistamento eleitoral – até 2 dias.
Afastamento por gestação – 120 dias.
Estes são os principais causas de afastamento e que não geram descontos
na folha de pagamento, desde que devidamente documentados.

13º salário
O 13º salário é uma gratificação de natal, que foi inserida como direito do tra-
balhador na década de 60.
A cada mês trabalhado no ano (ou fração igual ou superior a 15 dias), o tra-
balhador adquire o direito de receber 1/12 avos de seu salário como gratificação.
Para compor esta gratificação, todos os itens tidos como salários são acres-
centados na conta proporcional, ou seja, é calculado sobre a média das remunera-
ções mensais do empregado.
O pagamento do 13º salário poderá ser divido em até duas parcelas, sendo a
primeira paga de fevereiro à novembro, mais especificamente, até o dia 30 de no-
vembro e a segunda até o dia 20 de dezembro, ou, pago integralmente até o dia 20
de dezembro.

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Capítulo 09 – Férias e 13º Salário Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Vale ressaltar que se as datas estipuladas (30 de novembro e/ou 20 de de-


zembro) se forem feriados ou domingos, o pagamento deverá ser antecipado para o
último dia útil da contagem.
O 13º salário também poderá ser proporcional quando, o empregado tiver seu
contrato de trabalho rescindido. Assim, contar-se-á de janeiro ou da data de admis-
são até o término/rescisão do contrato.

Cálculo:
13º inteiro = salário atual e vigente.
13º proporcional = salário /12 * nº de meses trabalhados.
Exemplo proporcional:
R$ 1350,00 (média de recebimentos). 7 meses trabalhados.
R$ 1350/12 * 7 = R$ 112,50 * 7
Valor do 13º Salário é R$ 787,50

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Capítulo 09 – Férias e 13º Salário Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Pratique

Calcule o 13º salário e as férias para os casos abaixo, desconsiderando os des-


contos.
Fique atento em relação à férias vencidas/proporcionais e 13º já pagos.

Admissão Rescisão Salário


03/01/2015 14/07/2015 R$ 788,00
01/01/2015 25/06/2015 R$ 1400,00

10/09/2014 05/07/2015 R$ 1200,00

01/06/2015 05/03/2015 R$ 2300,00


27/03/2014 30/07/2015 R$ 1450,00

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Capítulo 10 – Rescisão contratual I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Rescisão Contratual I

Objetivo:
Conhecer os motivos que levam a uma rescisão contratual por justa
causa e os cálculos dos direitos rescisórios.

Introdução
A rescisão contratual é um dos grandes temas do profissional do departa-
mento pessoal, pois envolverá um profunda avaliação de todos os documentos de
toda a vida funcional do profissional na empresa, avaliando e recalculando salários
e médias, para determinarem o valor devido ao funcionário.
Neste capítulo, iremos abordar a rescisão através de uma “justa causa”, ire-
mos também caracterizar o quais motivos são considerados “justos” para uma res-
cisão de tamanho impacto, uma vez que faz com que o empregado perca uma
grande soma em direitos rescisórios.

Rescisão de contrato
A rescisão do contrato é o término do contrato de trabalho, onde a empresa
deverá pagar ao funcionário todos os “direitos” que este tem para receber.
Os direitos principais que devem ser pagos na rescisão são:
 Férias
 Férias proporcionais
 13º Salário proporcional
 Saldo de salários
 Aviso prévio (se Indenizado)
 Multa sobre o FGTS.
Lembrando que todos estes itens são calculados sobre o salário atual e con-
siderando todos os adicionais que o funcionário tenha direitos.
O que é “Justa causa”?

Justa causa é a falta gravíssima do empregado em que extingue a confiança


e/ou boa-fé do empregador sobre sua pessoa, fazendo com que a relação empre-
gatícia, torne-se indesejável.

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Capítulo 10 – Rescisão contratual I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Quais são as principais causas da Justa Causa?

O artigo 482 da CLT, cria as bases para o entendimento do que irá caracterizar
justa causa.
Ato de Improbidade
Improbidade, regra geral, é toda ação ou omissão desonesta do empregado,
que revelam desonestidade, abuso de confiança, fraude ou má-fé, visando a uma
vantagem para si ou para outrem. Ex.: furto, adulteração de documentos pessoais
ou pertencentes ao empregador, etc.

Incontinência de Conduta ou Mau Procedimento


São duas justas causas semelhantes, mas não são sinônimas. Mal procedi-
mento é gênero do qual incontinência é espécie.
A incontinência revela-se pelos excessos ou imoderações, entendendo-se a
inconveniência de hábitos e costumes, pela imoderação de linguagem ou de gestos.
Ocorre quando o empregado comete ofensa ao pudor, pornografia ou obscenidade,
desrespeito aos colegas de trabalho e à empresa.
Mal procedimento caracteriza-se com o comportamento incorreto, irregular do
empregado, através da prática de atos que firam a discrição pessoal, o respeito, que
ofendam a dignidade, tornando impossível ou sobremaneira onerosa a manutenção
do vínculo empregatício, e que não se enquadre na definição das demais justas cau-
sas.

Negociação Habitual
Ocorre justa causa se o empregado, sem autorização expressa do emprega-
dor, por escrito ou verbalmente, exerce, de forma habitual, atividade concorrente,
explorando o mesmo ramo de negócio, ou exerce outra atividade que, embora não
concorrente, prejudique o exercício de sua função na empresa.

Condenação Criminal
O despedimento do empregado justificadamente é viável pela impossibilidade
material de subsistência do vínculo empregatício, uma vez que, cumprindo pena cri-
minal, o empregado não poderá exercer atividade na empresa.

Pág. 66
Capítulo 10 – Rescisão contratual I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

A condenação criminal deve ter passado em julgado, ou seja, não pode ser
recorrível.

Desídia
A desídia é o tipo de falta grave que, na maioria das vezes, consiste na repe-
tição de pequenas faltas leves, que se vão acumulando até culminar na dispensa do
empregado. Isto não quer dizer que uma só falta não possa configurar desídia.

Embriaguez Habitual ou em Serviço


A embriaguez deve ser habitual. Só haverá embriaguez habitual quando o tra-
balhador substituir a normalidade pela anormalidade, tornando-se um alcoólatra, pa-
tológico ou não.
Para a configuração da justa causa, é irrelevante o grau de embriaguez e tam-
pouco a sua causa, sendo bastante que o indivíduo se apresente embriagado no
serviço ou se embebede no decorrer dele.
O álcool é a causa mais frequente da embriaguez. Nada obsta, porém, que
esta seja provocada por substâncias de efeitos análogos (psicotrópicos).
De qualquer forma, a embriaguez deve ser comprovada através de exame
médico pericial.
Entretanto, a justiça trabalhista vem considerando a embriaguez contínua
como uma doença, e não como um fato para a justa causa. Sendo preferível que a
empresa encaminhe o funcionário para tratamento médico/psicológico, ao invés de
aplicar justa causa.

Violação de Segredo da Empresa


A revelação só caracterizará violação se for feita a terceiro interessado, capaz
de causar prejuízo à empresa, ou a possibilidade de causá-lo de maneira apreciável.

Ato de Indisciplina ou de Insubordinação


Tanto na indisciplina como na insubordinação existe atentado a deveres jurí-
dicos assumidos pelo empregado pelo simples fato de sua condição de empregado
subordinado.

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Capítulo 10 – Rescisão contratual I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

A desobediência a uma ordem específica, verbal ou escrita, constitui ato típico


de insubordinação; a desobediência a uma norma genérica constitui ato típico de
indisciplina.

Abandono de Emprego
A falta injustificada ao serviço por mais de trinta dias faz presumir o abandono
de emprego, conforme entendimento jurisprudencial.
Existem, no entanto, circunstâncias que fazem caracterizar o abandono antes
dos trinta dias. É o caso do empregado que demonstra intenção de não mais voltar
ao serviço.
Por exemplo, o empregado é surpreendido trabalhando em outra empresa du-
rante o período em que deveria estar prestando serviços na primeira empresa.

Ofensas Físicas
As ofensas físicas constituem falta grave quando têm relação com o vínculo
empregatício, praticadas em serviço ou contra superiores hierárquicos, mesmo fora
da empresa.
As agressões contra terceiros, estranhos à relação empregatícia, por razões
alheias à vida empresarial, constituirá justa causa quando se relacionarem ao fato
de ocorrerem em serviço.
A legítima defesa exclui a justa causa. Considera-se legítima defesa, quem,
usando moderadamente os meios necessários, repele injusta agressão, atual ou imi-
nente, a direito seu ou de outrem.

Lesões à Honra e à Boa Fama


São considerados lesivos à honra e à boa fama gestos ou palavras que im-
portem em expor outrem ao desprezo de terceiros ou por qualquer meio magoá-lo
em sua dignidade pessoal.
Na aplicação da justa causa devem ser observados os hábitos de linguagem
no local de trabalho, origem territorial do empregado, ambiente onde a expressão é
usada, a forma e o modo em que as palavras foram pronunciadas, grau de educação
do empregado e outros elementos que se fizerem necessários.

Jogos de Azar

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Capítulo 10 – Rescisão contratual I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Jogo de azar é aquele em que o ganho e a perda dependem exclusiva ou


principalmente de sorte.
Para que o jogo de azar constitua justa causa, é imprescindível que o jogador
tenha intuito de lucro, de ganhar um bem economicamente apreciável.

Atenção
É importantíssimo falarmos que o termo Justa causa, é muito sensível para
justiça, devendo a empresa estar munida de todas as provas e comprovações dos
atos do funcionário para levar à frente a rescisão por justa causa.
Falhas na documentação das alegações da empresa, poderão garantir ao em-
pregado, na justiça, uma revisão de sua dispensa e até mesmo uma indenização por
danos morais ao empregado.

Direitos rescisórios na Justa Causa.


No início deste capítulo, mencionamos quais eram os direitos do funcionário
ao rescindir seu contrato ou ter seu contrato rescindido.
Veja quais são os direitos que a empresa deverá pagar ao funcionário que
seja enquadrado em rescisão por justa causa:

Receberá
 Saldo de salários.
 Férias vencidas +1/3 (se houver)

Deixou de receber
 Aviso Prévio;
 Multa de 40% sobre o FGTS;
 13º salário proporcional;
 Férias proporcionais + 1/3;
 FGTS;
 Seguro-desemprego.
Para Ilustrar a questão da Justa causa, iremos calcular uma rescisão por
justa causa, e apontar cada direito rescisório que este funcionário real-
mente receberá.

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Capítulo 10 – Rescisão contratual I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Cálculos Rescisórios 01

Data da Admissão: 05-Janeiro-2015


Data do Afastamento: 10-Julho-2015
Motivo: Dispensa com justa causa
Salário: R$1.400,00

Dados dos cálculos


Saldo de salário (10/30): R$466,67
INSS sobre salário (8%): R$37,33
Décimo terceiro = R$0,00
Férias = R$0,00
Total de Vencimentos: R$466,67
Total de Descontos: R$37,33
Total Líquido à receber: R$429,33

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Capítulo 10 – Rescisão contratual I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Cálculos Rescisórios 02

Data da Admissão: 05-Janeiro-2014


Data do Afastamento: 10-Julho-2015
Motivo: Dispensa com justa causa
Salário: R$1.400,00
Com férias vencidas

Dados dos cálculos


Saldo de salário (10/30): R$466,67
INSS sobre salário (8%): R$37,33
Férias vencidas: R$1.400,00
1/3 sobre férias vencidas: R$466,67
Total de férias: R$1.866,67

Total de Vencimentos: R$466,67 + R$1.866,67 = R$2.333,33


Total de Descontos: = R$37,33
Total Líquido à Receber: R$2.296,00

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Capítulo 10 – Rescisão contratual I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Pratique

Seguindo os modelos de cálculos acima, calcule as rescisões por justa causa os


casos abaixo:

a) Admissão: 10/05/2014 – Demissão 10/12/2014 – Salário R$ 788,00


b) Admissão: 01/03/2015 – Demissão 15/07/2015 – Salário R$ 1621,00
c) Admissão: 10/02/2015 – Demissão 19/06/2014 – Salário R$ 2695,00

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Capítulo 11 – Rescisão contratual II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Rescisão Contratual II

Objetivo:
Entender como realizar os cálculos da rescisão contratual sem justa
causa e pedido de demissão.

Introdução
No capítulo anterior, abordamos a rescisão contratual sobre seus motivos e
causas e também as formas de cálculo para este tipo de rescisão, neste capítulo,
falaremos sobre os dois tipos de rescisão mais comuns, o pedido de demissão e a
demissão SEM justa causa.
Falaremos também sobre o aviso prévio e como este aviso se comporta em
relação à rescisão trabalhista.

Rescisão de contrato
A rescisão do contrato é o término do contrato de trabalho, onde a empresa
deverá pagar ao funcionário todos os “direitos” que este tem para receber.
Os direitos principais que devem ser pagos na rescisão são:
 Férias
 Férias proporcionais
 13º Salário proporcional
 Saldo de salários
 Aviso prévio (se Indenizado)
 Multa sobre o FGTS.
Lembrando que todos estes itens são calculados sobre o salário atual e con-
siderando todos os adicionais que o funcionário tenha direitos e sofrerão descontos
legais como IRPF e INSS.
O que é um pedido de demissão?
Ocorre quando o empregado não tem mais interesse em continuar com seu
contrato trabalhista com o empregador, então o empregado propõe sua rescisão,
notificando o empregador, através do aviso prévio e carta de pedido de demissão,
nesta situação, o empregado precisa propor se irá cumprir aviso prévio, ou não cum-
prirá.

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Capítulo 11 – Rescisão contratual II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Aviso prévio

O aviso prévio é um recurso que tanto o empregador quanto o empregado


possuem para notificar a outra parte sobre sua intenção de não dar sequência ao
contrato de prestação de serviços vigente.
Ele é usado para garantir um mínimo de conforto a outra parte em colocar
outro empregado em seu lugar e/ou permitir que o empregado possa obter um novo
emprego ao término do prazo.
O aviso prévio, quando não cumprido, será revertido em multa, consequente-
mente, pago à parte “prejudicada”.
O empregado que pedir demissão e não cumprir aviso prévio, terá o período
descontado em suas verbas rescisórias.
O empregador que não desejar manter o empregado cumprindo aviso prévio
trabalhando, deverá pagar-lhe este período em suas verbas rescisórias.
O período do aviso prévio é no mínimo 30 dias, de acordo com a Constituição
Federal de 88, entretanto, a partir de 2011, uma nova lei entrou em vigor, criando
uma alteração neste processo.
A determinação da lei sobre o aviso prévio, determina que para cada ano tra-
balhado, seja acrescentado 3 dias, porém o aviso prévio não poderá ultrapassar 90
dias (30 dias, regulares e 60 dias pelo tempo de serviço, ou seja, 20 anos).
Outra regulamentação sobre o aviso prévio é a redução da carga horária, caso
seja a empresa que esteja notificando o empregado.
O empregado poderá reduzir sua jornada de trabalho em 2 horas diárias ou
reduzir os últimos 7 dias de seu aviso prévio.

Pedido de demissão
Vamos trabalhar com casos para entender corretamente as questões traba-
lhistas e seus cálculos.
Imagine que um empregado tenha recebido uma proposta de emprego de uma outra
empresa e seu início de trabalho, na outra empresa, será imediato.
Ele deverá notificar sua empresa sobre seu pedido de demissão e que não poderá
cumprir o aviso prévio, uma vez que já deverá iniciar suas atividades na outra em-
presa. Vamos avaliar como serão feitos os cálculos de rescisão deste empregado.

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Capítulo 11 – Rescisão contratual II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

*** Importante: falamos sobre pedir demissão sem cumprir aviso prévio, porém esta
é uma ação que deve ser muito bem pensada, pois, você estará “abandonando” um
projeto e provavelmente, deixando a empresa “na mão”, pois terão que correr e con-
tratar alguém rapidamente para cobrir o lugar que você deixou. Sendo assim, costu-
mamos dizer, que essas ações “fecham a porta da empresa” para estes funcionários.
Ao mesmo tempo, existem oportunidades que são “imperdíveis”, então converse e
negocie bem seus movimentos no mercado de trabalho, mantendo assim, as portas
sempre abertas para seu profissionalismo.

Cálculos Rescisórios 01

Admissão: 03-Janeiro-2015
Afastamento: 05-Julho-2015
Motivo do afastamento: Pedido de demissão
Salário base: R$850,00
Aviso prévio: indenizado (Não trabalhado)

Dados dos cálculos


Salários
Saldo de salário (5/30): R$141,67
INSS Sobre salário (8%): R$11,33

Décimo terceiro
Décimo terceiro proporcional (6/12): R$425,00
INSS sobre 13º: R$34,00

Férias
Férias proporcionais (6/12): R$425,00
1/3 sobre férias proporcionais: R$141,67
Total de férias: R$566,67

Outros descontos do empregado


Aviso prévio indenizado (30 dias): R$850,00
Total de outros descontos: R$850,00

Total de Vencimentos: R$141,67 + R$425,00 + R$566,67 = R$1.133,33


Total de Descontos: R$11,33 + R$34,00 + R$850,00 = R$895,33
Total Líquido à receber: R$238,00

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Capítulo 11 – Rescisão contratual II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Perceba que o valor que o funcionário receberá desta empresa será R$ 238,00 pelo
fato de não ter cumprido o aviso prévio, foi descontado o valor de um salário seu,
vigente, como multa.

Cálculos Rescisórios 02
Vamos realizar mais um cálculo de rescisão para aprofundarmos nossos conheci-
mentos nos cálculos, desta vez, iremos analisar os recebimentos deste mesmo um
funcionário, porém, em um cenário onde ele será mandado embora e cumprirá o
aviso prévio da empresa.

Admissão: 03-Janeiro-2015
Afastamento: 05-Julho-2015
Motivo do afastamento: Dispensa sem justa causa
Salário base: R$850,00
Aviso prévio: trabalhado

Dados dos cálculos

Salários
Saldo de salário (5/30): R$141,67
INSS sobre o salário (8%): R$11,33

Décimo terceiro
Décimo terceiro proporcional (6/12): R$425,00
INSS sobre o 13º: R$34,00

Férias
Férias proporcionais (6/12): R$425,00
1/3 sobre férias proporcionais: R$141,67
Total de férias: R$566,67

Total de Vencimentos: R$141,67 + R$425,00 + R$566,67 = R$1.133,33


Total de Descontos: R$11,33 + R$34,00 = R$45,33
Total Líquido à receber: R$1.088,00

Perceba que é o mesmo salário e período nas duas situações, e os valores entre as
duas rescisões já são bem distintos. Com esses cálculos, queremos que você, aluno,
tenha a concepção dos diretos trabalhistas do brasileiro, e mesmo que você não

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Capítulo 11 – Rescisão contratual II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

queira atuar na área de departamento pessoal, possa pelo menos reconhecer o que
é SEU por direito, e possa exigir as retratações, caso lhe sejam devidas.
Sobre as diferenças acima citadas, teremos outro item que fará muita diferença entre
as duas rescisões.
Pedido de demissão
Não tem direito à sacar o FGTS nem a multa de 40% sobre o saldo do FGTS, que
sua empresa depositou ao longo do período de registro, o FGTS ficará retido em sua
conta da CEF. Também, não terá direito ao seguro desemprego.

Demissão/dispensa sem justa causa


 Saque do FGTS,
 Recebimento dos 40% da multa sobre o FGTS
 De acordo com o período trabalhado, poderá ser solicitado o seguro desem-
prego

A rescisão contratual

A rescisão do contrato de trabalho deverá ser preenchida com o detalhamento com-


pleto das verbas rescisórias e seus respectivos descontos.
O empregado que tiver mais de um ano de registro, deverá ser encaminhamento
para fazer a homologação de suas rescisão, ou seja, uma audiência de instrução e
verificação das verbas rescisórias e direitos quitados pela empresa. Neste momento,
quaisquer dúvidas do funcionário sobre seu pagamento, poderão ser questionadas.
Mesmo com a homologação, o funcionário ainda terá 2 anos após o término do con-
trato para recorrer à justiça sobre eventuais valores não recebidos ou não compen-
sados.
A seguir o modelo do formulário de rescisão contratual, vigente a partir de
01/01/2013 para todo território nacional.

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Capítulo 11 – Rescisão contratual II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

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Capítulo 11 – Rescisão contratual II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal

Pratique

Realize os cálculos rescisórios para os casos a seguir:


a) Admissão: 10/05/2014 – Desligamento 10/12/2014 – Salário R$ 888,00, Pe-
dido de demissão, Aviso prévio indenizado.

b) Admissão: 01/03/2015 – Demissão 15/07/2015 – Salário R$ 1278,00 – Pe-


dido de demissão, Aviso prévio trabalhado.

c) Admissão: 10/02/2015 – Demissão 19/06/2014 – Salário R$ 1395,00 – De-


missão Sem Justa causa.

d) Admissão: 17/03/2014 – Demissão 01/04/2014 – Salário R$ 1805,00 – De-


missão Sem Justa causa.

Considere em todos os casos acima que ainda não foram concedidas as férias,
para os que tenham direito.

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