Livro - Planilha Eletrônica e Departamento Pessoa
Livro - Planilha Eletrônica e Departamento Pessoa
academy of art
PLANILHAS ELETRÔNICAS E
DEPARTAMENTO PESSOAL
Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Índice
Objetivo:
Conhecer a ferramenta planilha eletrônica e suas principais características.
Introdução
As planilhas eletrônicas são softwares extremamente comuns atualmente e de uso bas-
tante significativo em qualquer área ou tipo de empresa.
Conhecer as funcionalidades de uma planilha eletrônica é uma das exigências das em-
presas, pois com este conhecimento, o profissional poderá au-
tomatizar uma boa parte das tarefas que possui, apenas com
a correta “alimentação” das informações corretas, pois o sof-
tware, se encarregará de realizar as análises matemáticas so-
bre os dados informados.
Para a criação e manipulação de dados em planilhas
eletrônicas, os dois principais softwares utilizados são o Micro-
soft Excel, líder de mercado, e o Open Office (libre Office) Calc,
uma alternativa de excelente qualidade ao Excel.
A principal diferença entre os dois está na questão de
preço. O Excel é comercializado sobre licença de uso, já os
programas do open ou libre office, podem ser baixados pela internet gratuitamente.
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Capítulo 01 – Apresentação da Planilha Eletrônica Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Na parte superior da janela, as principais barras de ferramentas que são exibidas no Calc
são: a barra de menus, onde estão todas as opções da planilha eletrônica, a barra de ferramentas
padrão, com ferramentas como salvar, abrir, novo, imprimir etc. e a barra de formatação, que
igual aos processadores de texto, terá a função de ajustar a aparência da fonte.
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Capítulo 01 – Apresentação da Planilha Eletrônica Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Alça de preenchimento
Sempre que for necessário preencher dados sequenciais, como dias da semana, meses,
fórmulas que se repetirão por linhas ou colunas
seguidas, poderemos usar a alça de preenchi-
mento, evitando fazer item por item, esta alça per-
mite selecionar o primeiro item feito e “arrasta-lo”
na direção desejada, preenchendo ou completando
toda a sequência desejada.
Ocultar e reexibir
Em alguns casos para facilitar a leitura e identificação
dos dados exibidos na planilha, poderá ser necessário que se
ajuste as colunas ou linhas que estão exibindo os dados. Po-
demos ocultar colunas e linhas inteiras do seu modo de exibi-
ção, sem que a estrutura de fórmulas e funções sejam “que-
bradas” com isso. Importante ressaltar que estamos falando
de ocultar, esconder e não excluir, literalmente.
Para identificar se existem linhas ou colunas ocultas,
observe os títulos das linhas e colunas, se não estiverem em
sequência, como a imagem, existem células ocultas, em nosso
caso, ocultamos as colunas B e C. para exibi-las novamente, precisaremos selecionar a coluna
A e D, clicar com o botão direito sobre esta seleção e em seguida, clicar na opção Reexibir.
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Capítulo 01 – Apresentação da Planilha Eletrônica Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
colunas e “arrastar” para a direita ou esquerda de acordo com o tamanho necessitado. Clicar
duas vezes sobre os títulos, ocorrerá um “auto ajuste” do tamanho pelo maior conteúdo da célula.
Ou o usuário também poderá clicar com o botão direito sobre a coluna ou linha e escolher
a opção “largura da coluna” ou “altura da linha” e inserir o valor desejado em centímetros.
Na imagem, as somas estão sendo realizadas de duas formas possíveis, uma, inserindo
os números diretamente na fórmula. Na segunda, as formulas com referências, e é esta a forma
mais confiável de se realizar cálculos na planilha eletrônica, estamos utilizando as referências,
ou seja o endereço das células, para realizar as
funções, o número “4” está na células “A2”, assim
como o número “10” está na célula “B2”. O resul-
tado, será exatamente igual, o que torna o uso das
referências mais confiável, é a atualização automá-
tica dos resultados, caso o valos seja alterado.
Para realizar cálculos matemáticos nas pla-
nilhas, precisares dos operadores. Os operadores
são os símbolos matemáticos, responsáveis pela
execução de um cálculo.
Impressão
Após concluir sua tabela, provavelmente será necessário enviar ou mostra-la para alguém,
principalmente se esta tabela for relacionada ao seu trabalho, então você terá algumas possibi-
lidades, mostrar a tabela diretamente na tela do computador, notebook ou tablete, enviar por e-
mail e ainda imprimir.
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Capítulo 01 – Apresentação da Planilha Eletrônica Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
O modo visualizar impressão oferece uma pré-visualização de como sua tabela ficará
após a impressão. Acesse-o no menu arquivo, visualizar impressão.
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Capítulo 01 – Apresentação da Planilha Eletrônica Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Conclusão
Conhecer o funcionamento do software de planilha eletrônica é certeza de que o usuário
irá ganhar tempo ao desenvolver suas atividades em casa e no trabalho. Neste capítulo, vimos
como manipular a estrutura básica da planilha, as operações básicas da matemática e o recuso
imprimir.
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Capítulo 01 – Apresentação da Planilha Eletrônica Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Pratique:
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Capítulo 02 – Formatação e Operações Matemáticas Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Objetivo:
Realizar alterações estéticas nas células e trabalhar com as principais ope-
rações matemáticas nas planilhas eletrônicas.
Introdução
Conhecer os recursos das planilhas eletrônicas é uma das necessidades dos profissionais
que estão engajados e em busca de boas oportunidades no mercado de trabalho.
Neste capítulo, iremos abordar as ferramentas úteis para que possamos modificar a apa-
rências de nossas tabelas e torna-las mais interessantes visualmente.
Formatação
Antes de começar a formatar, a ação que deverá ser realizada é a Seleção da área que
se deseja alterar o visual.
Após selecionada, você terá duas alternativas para iniciar a formatação, utilizar a barra de
formatação ou o menu formatar, onde todas as opções estão realmente disponíveis. Para aces-
sar a ferramenta completa de formatação, você poderá utilizar as tecclas de atalho Ctrl+1 ou ir
ao menu formatar, Células.
Na barra de formatação, muitas opções são iguais às opções vistas nos processadores
de texto, para a formatação da fonte. Nas planilhas eletrônicas, as opções de modificações visu-
ais, passa, do texto, vão para as células que também podem ser modificadas, como veremos
nas opções a seguir.
Guias Fonte e efeitos de fonte
Guia fonte do menu formatar células, ofe-
rece opções de formatação diretamente para o
texto das células, então é possível selecionar o tipo
de fonte, seu estilo (negrito, itálico e etc.) ou seu
tamanho.
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Capítulo 02 – Formatação e Operações Matemáticas Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
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Capítulo 02 – Formatação e Operações Matemáticas Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Guia Número
Esta é uma das guias com opções mais impor-
tantes das planilhas eletrônicas, pois está relacionada
com o padrão de número e como ele é exibido e tratado
pelo software.
Os números poderão ser “transformados” em da-
tas, horas, ou alterados para porcentagem, ou ainda em
estilo moeda, com o R$ do real ou $ do dólar.
Além da escolha de quantas casas decimais
você deixará na exibição dos números selecionados.
Mesclar células
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Capítulo 02 – Formatação e Operações Matemáticas Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Classificar e filtrar
Como o trabalho em planilhas é uma
atividade dinâmica, onde constantemente é
necessário acrescentar informações ou re-
tirá-las, seria muito trabalhoso precisar reor-
ganizar seus dados de forma manualmente,
fosse em ordem numérica ou alfabética.
Para simplificar este processo de or-
ganização ou reorganização, o recurso clas-
sificar facilita esta ordem. Selecione as colu-
nas e linhas que deverão ser ordenadas, vá ao menu dados e escolha a opção “Classificar...”
A ferramenta classificar oferecerá “níveis” de classificação, como critérios de desempate,
assim, mesmo que sejam números ou palavras iguais, outra coluna poderá determinar quem
aparecerá antes ou depois.
O recurso filtrar permite que você escolha quais dados deverão ser exibidos em uma lista.
O filtrar funcionará de forma semelhante ao “ocultar” explicado no capítulo anterior.
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Capítulo 02 – Formatação e Operações Matemáticas Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Parar aplicar o filtro, vá ao menu dados, escolha a opção autofiltro. No Calc, você deverá
digitar quais “palavras serão filtradas”, no excel, ao aplicar o filtro, já serão exibidos quais serão
os itens que podem ser filtrados, de forma automática.
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Capítulo 02 – Formatação e Operações Matemáticas Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Pratique
Crie as planilhas de acordo com os modelos abaixo, os cálculos já estão especificados
nas planilhas.
Exercício 01
Neste exercício, você fará cálculo de juros, para aplicar as fórmulas aprendidas e formatação,
você deverá montá-lo da mesma forma em que está sendo exibido.
A taxa de juros, formatada como porcentagem.
O total a pagar, também pode é conhecido como montante.
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Capítulo 02 – Formatação e Operações Matemáticas Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Exercício 02
Neste exercício, fique atento às células mescladas, você terá apenas 2 operações mate-
máticas para inserir na tabela.
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Capítulo 03 – Funções I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Capítulo 03 – Funções I
Objetivo:
Conhecer e aplicar as principais funções que os softwares de planilhas ele-
trônicas possuem.
Introdução
Utilizar as tabelas das planilhas eletrônicas apenas para organizar dados, é uma
possibilidade, entretanto, subutilizaríamos estes softwares se o ocupássemos apenas
com essas tarefas e fórmulas.
Para facilitar nosso dia a dia, recursos extras foram sendo incorporados a estes
softwares de tempos em tempos, até chegar ao que temos hoje.
Inserindo Funções.
No menu Inserir, Funções, ou
tecla de atalho CTRL + F2, teremos a
ferramenta inserir funções, com to-
das as funções que o softwares Calc
reconhece em seu banco de dados.
Nesta janela, que é um assis-
tente de funções, você poderá buscar
a função e inserir cada um dos com-
ponentes que serão calculados ou
avaliados, diretamente. Além de con-
tar também, com uma pequena área
que lhe explica exatamente qual é a
funcionalidade da função em especí-
fico.
Entretanto, pouco utilizaremos este assistente de funções, pelo fato de ser um
pouco trabalhoso chegar até ele e alimentar os dados manualmente.
Para facilitar nosso trabalho nas planilhas, iremos inserir os dados que já estão
disponíveis na planilha, tornando mais dinâmico o trabalho com nossas tabelas.
Referências
Antes de entrarmos em detalhe com as funções, iremos falar um pouco sobre refe-
rencias.
As referências são os nomes das células ou seu intervalo. Sendo assim, teremos
como referência, o A3, por exemplo, servindo para identificar o conteúdo da célula que
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Capítulo 03 – Funções I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
está na coluna A com a Linha 3. Da mesma forma, talvez, exista a necessidade de infor-
mar que os dados que desejemos, esteja do A3 até o A10, sendo assim, precisaremos,
informar ao Excel, como ele deverá ler esta sequência de células.
Do A3 ao A10, poderemos representar como A3:A10.
Caso não queiramos todas as células deste intervalo, poderemos utilizar o “ponto
e vírgula” (;) para selecionar o que queremos.
Por exemplo, se quisermos selecionar as células A3, A5 e A10, deveremos informar
ao Excel a seguinte referência: A3;A5;A10.
Então em uma referência, utilizaremos os “ : ” (dois pontos), para substituir a pala-
vra “até” e o “ ; “ (ponto e vírgula) para substituir a palavra “e”.
Funções:
Uma função é um conjunto de instruções que o software deverá executar, com base
nos valores informados ou direcionados pelo usuário.
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Capítulo 03 – Funções I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Perceba, que acima da coluna código, o software está registrando qual é a refe-
rência de nossa tabela, A1:G7, ou seja, do A1 até a célula G7. Este nome poderá con-
fundir um pouco aqueles que estão começando a mexer com fórmulas e funções por
este motivo, vamos aproveitar que a tabela está selecionada e iremos atribuir um nome
para esta referência.
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Capítulo 03 – Funções I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Na guia de planilha resumo, iremos criar uma tabela simples para “puxar” os da-
dos dos funcionários, e fazer uma pequena e breve “consulta”.
Perceba que não inserimos todas as colunas que estavam disponíveis na tabela
“Base de Dados”, pois queremos apenas localizar o nome do funcionário e seu salário.
Nas duas tabelas, temos uma coluna de código. Este código, não está aí por
acaso, estamos utilizando ele como um “valor único” para cada funcionário, poderíamos
utilizar um RG ou CPF, mas precisaríamos mover a coluna do RG ou CPF, do exemplo,
para tornar-se a primeira coluna da tabela.
As funções que utilizamos nesta tabela são as seguintes:
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Capítulo 03 – Funções I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Na tabela que criamos, após inserir as funções, poderemos testar apenas alte-
rando o código do funcionário por outro existente, assim, o softwares, deverá carregar
automaticamente o nome e o salário do funcionário.
Se você não quiser atribuir o “NOME”, no nosso caso “Base”, basta selecionar
toda a tabela, onde estão os dados que você queira que o software busque as informa-
ções, no nosso caso, seria feita a seleção da referência: A1:G7 na tabela Base de da-
dos.
Conclusão
Neste capítulo trabalhamos com algumas funções que poderão garantir uma
grande economia de tempo para quem precisar trabalhar com muitas informações orga-
nizadas em tabelas. Além de ferramentas de cálculos rápidas e precisas como as fun-
ções Soma e a Média, além da ferramenta de busca PROCV. Entenda a usar estas fer-
ramentas, pois serão exigidas de você no mercado de trabalho.
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Capítulo 03 – Funções I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Pratique
Utilizando todos os conceitos que você aprendeu nestas 3 aulas de planilhas eletrôni-
cas, você irá criar uma nota fiscal.
Esta nota fiscal será composta por 3 tabelas, uma tabela com os dados do vendedor;
Uma tabela com os dados do produto e a terceira tabela será a nota fiscal em si.
Então vamos começar a criar as tabelas.
Crie a primeira tabela em seu software:
Não esqueça que após criar esta tabela, você deverá seleciona-la e atribuir um nome
para ela, facilitando assim, a busca dos dados, você poderá chama-la de “vendedor”, se
nome melhor não lhe vier a mente.
A segunda tabela será a tabela dos produtos.
Crie a tabela conforme segue a imagem:
Não se esqueça de selecionar a tabela e atribuir um nome para ela também, poderá ser
produtos.
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Capítulo 03 – Funções I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Após criar esta segunda tabela, poderemos criar a terceira e tabela final, onde os dados
dos vendedores e produtos serão levados através de funções PROCV para a tabela
Nota Fiscal.
Crie esta terceira tabela, da forma que se segue na imagem:
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Capítulo 03 – Funções I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Ao concluir todas as etapas, evite deixar que as linhas onde você fez a função
procv, fique sem código do produto, pois poderá afetar seus cálculos, ou seja,
deixe procv feita, apenas nas linhas que você pretende inserir códigos dos produ-
tos.
Mostre para seu professor sua planilha montada e devidamente formatada.
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Capítulo 04 – Funções II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Capítulo 04 – Funções II
Objetivo:
Aprimorar os conhecimentos em Planilhas e suas funções.
Introdução
Após os exercícios desenvolvidos nas ultimas aulas, acreditamos que você já pos-
sui um bom entrosamento com os softwares de planilhas eletrônicas, então, nesta aula,
veremos algumas funções novas e novas formas de se criar e organizar planilhas.
É importante ressaltarmos que todo o conhecimento, vem de uma sequência de
ações onde você, aluno, é a “peça” principal e fundamental, você precisa querer apren-
der, você precisa querer estudar para que os conteúdos expostos em sala de aula, real-
mente sejam captados e aprendidos por você, então, dedique-se.
Funções
Neste capítulo iremos abordar algumas funções que envolvem lógica. São funções
simples, que poderão ajudar o usuário a poupar tempo, mas que precisam de muita aten-
ção e concentração, pois envolvem detalhes que são essenciais para a correta interpre-
tação da função.
A primeira função que iremos utilizar, é a função SE.
A função Se, é uma função condicional, utilizada para avaliar uma determinada
situação comparativa, traz suas respostas através da análise de um teste lógico, baseado
de verdadeiro ou falso.
Explicaremos melhor após a criação da tabela a seguir:
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Capítulo 04 – Funções II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Criamos uma tabela informativa abaixo da tabela principal, apenas para ilustrar a
situação do vendedor.
Se o vendedor tiver um total de vendas, superior a R$ 48.000, ele terá superado
sua meta. Caso ele não atinja este valor, ou apenas iguale, ele não terá “batido sua meta”.
Para as funções lógicas, utilizaremos os operadores lógicos de comparação (>
Maior, < menor, = Igual, <> Diferente)
Essa estrutura é avaliada com a seguinte função:
=SE(E3>48000;"BATEU A META";"NÃO BATEU A META")
Onde =Se (e3>48000 – Estamos informando o teste lógico, ou a situação em que
o Software terá que avaliar, o E3, contém o total de vendas. Então, se esta afirmação for
verdadeira, o resultado que aparecerá na função será o “BATEU A META”, se esta afir-
mação (E3>48000) for falsa, então, surgirá a resposta “NÃO BATEU A META”.
O teste lógico e as respostas são separados pelo “;” (ponto e vírgula) para “isolar”
os componentes da fórmula.
As “” (Aspas) servem para que a resposta, seja considerada como TEXTO pelo
software.
Funções de Contagem
Os softwares Planilhas eletrônicas oferecem um recurso importante, principalmente
se você irá trabalhar com grandes quantidades de informações, buscando e contando
itens.
São As funções de contagem. Abordaremos dois tipos de funções de contagem
abaixo, é a função cont. Valores e a cont.se.
A função cont. Valores irá contar quaisquer células de um determinado intervalo
que não tenha nenhuma célula “vazia”.
=CONT.VALORES(A3:A6) - Esta função contará quantas células no intervalo de
A3 à A6 não estão vazias.
E a outra função de contagem, é incrementada pela possibilidade de se escolher
um “critério” para ser contado.
=CONT.SE (G3:G6;"Bateu a Meta") – A contagem condicional ao lado, irá contar
no intervalo de G3 ao G6, quantas vezes aparecerá o termo entre parênteses, no caso o
texto “Bateu a Meta”.
Então, além de criarmos uma tabela que avalie o total de vendas e quais vendedo-
res superaram ou não suas metas, também, conseguiremos determinar quantos vende-
dores tínhamos, quantos superaram e quantos não. Acrescentando estas funções em
nossa tabela, ficaria assim:
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Capítulo 04 – Funções II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Para termos uma ideia um pouco mais ampla sobre a função SE, iremos aprofundar
um pouco mais nos exercícios com ela.
Imagine que nós não queremos mais que o termo “bateu” ou “não bateu” a meta
fosse o resultado. E se quiséssemos que aparecesse o valor de uma premiação para este
vendedor... e o valor deste prêmio fosse R$ 500,00 caso ele superasse a meta, e apenas
R$ 100,00 caso ele não superasse, fosse apenas um prêmio de consolo. Como ficaria
essa função?
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Capítulo 04 – Funções II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Na tabela acima, teremos a última coluna como o salário do vendedor. Veja que o teste
lógico, continua igual (total de vendas Maior que 48000) então, se este teste lógico for
verdadeiro, o software deverá executar (1500+500) caso seja falso, o software executará
(1500+100) lembrando de fechar o segundo parêntese, que foi aberto no início do SE.
E assim, poderemos inserir fórmulas e funções dentro de uma função SE.
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Capítulo 04 – Funções II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Para finalizar as funções desta aula, vamos falar um pouco da função de soma condici-
onal.
Soma Condicional
A função SOMASE irá somar dados com base em um critério específico. Olhe a tabela
para maiores informações.
Imagine que você precise responder as perguntas, quanto o vendedor Pedro vendeu?
Ou ainda, qual foi o valor de vendas da Chevrolet, neste período. Para facilitar esta ta-
refa, temos a função SomaSe, que irá somar apenas o que determinarmos.
A função SomaSe irá funcionar
da seguinte forma:
A primeira informação inserida
será onde estão os critérios, en-
tre aspas, pedimos o critério em
si, e na última parte da função, onde estão os valores que deverão ser somados.
Então o software irá olhar na coluna onde estão os nomes (C5:C18) e a cada vez que
encontrar nosso critério “João”, ele irá somar o valor que encontrar na coluna dos valo-
res (G5:G18). Resultando nesta função:
=SOMASE(C5:C18;"João";G5:G18)
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Capítulo 04 – Funções II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Resolva o exercício a seguir para praticar mais as funções vistas nesta aula.
Pratique:
Crie a tabela a seguir e aplique as funções corretamente para obter as informações que
estão sendo solicitadas na estrutura da planilha.
1- Preencha os alunos na tabela e digite as notas deles nos 4 módulos, sendo notas
de 0 a 10.
2- Calcule a média das notas com a função correspondente.
3- Com base na média de notas e na tabela de situação do aluno, crie uma função
que avalie se o aluno será aprovado ou reprovado.
4- Calcule o nº de alunos, conte com uma função de contagem condicional o número
de alunos aprovados e o número de alunos reprovados.
5- Ao concluir, mostre seu trabalho ao seu professor.
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Capítulo 05 – Gráficos e elementos gráficos. Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Objetivo:
Entender como inserir gráficos representativos e elementos gráficos em pla-
nilhas eletrônicas.
Introdução
As planilhas eletrônicas e os recursos de matemáticos como as fórmulas e funções, po-
dem ter seu recursos potencializados, quando falamos em inserir gráficos representati-
vos.
Poderemos inserir elementos gráficos em geral, quando falamos sobre formas, como
quadrados, elipses, setas e demais formas geométricas, poderemos inserir também ima-
gens, com extensão JPG ou PNG, como um logotipo e ainda poderemos utilizar o ele-
mento “gráfico” para representar a mesma informação que está sendo abordada pela
tabela.
Elementos Gráficos
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Capítulo 05 – Gráficos e elementos gráficos. Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Inserindo Imagens
O caminho para inserir imagens no CALC, é o mesmo que foi utilizado para inserir ima-
gens no Writer, ou seja, Menu inserir, Figura, Do arquivo...
Com a imagem selecionada em sua
planilha, uma barra de ferramentas
com funções para a imagem inserida,
será exibida.
Nesta barra de ferramentas, bem se-
melhante à barra de Ferramentas “fi-
gura” do Writer, o usuário poderá adi-
cionar alguns filtros à imagem, po-
derá também determinar a transpa-
rência da imagem, além de tipos de
linhas para as bordas, cores das li-
nhas e preenchimento e etc.
Gráficos
Nas planilhas eletrônicas os gráficos terão um papel especial, pois cabe ao gráfico o papel
de ilustrar uma determinada informação que está sendo exibida na tabela.
Entender uma imagem, para o ser humano, é mais fácil do que um texto, por este motivo,
os gráficos tem papeis fundamentais em apresentações em geral, pois simplificam a ta-
refa de “demonstrar” ou “exibir” informações.
Para criar gráficos representativos, basta que sua tabela esteja criada e organizada de
forma lógica e bem estruturada, pois os gráficos ficam dependentes da relação linhas x
colunas para criar sua representatividade.
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Capítulo 05 – Gráficos e elementos gráficos. Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Observem bem o gráfico de vendas do trimestre e perceba como é fácil avaliar as infor-
mações exibidas por um gráfico.
Tão importante quanto saber criar um gráfico, é saber observá-lo e entender as informa-
ções que ele está tentando lhe apresentar.
Responda as perguntas:
1- Qual mês os vendedores venderam menos?
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Capítulo 05 – Gráficos e elementos gráficos. Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
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Capítulo 05 – Gráficos e elementos gráficos. Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Veja que não é todo o gráfico que oferece uma interpretação clara das informações da
tabela, então será necessário ter critério para a escolha do tipo de gráfico mais adequado
às informações existentes.
Agora que entendemos um pouco sobre interpretação dos gráficos, vamos ver como criar
gráficos
A segunda etapa da
criação do gráfico, o
usuário deverá sele-
cionar qual é a ori-
gem dos dados, ou
seja, onde estão as
informações que de-
verão compor o grá-
fico.
Também pode-se in-
formar se o gráfico
será criado com base
nas linhas ou nas colunas de sua seleção.
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Capítulo 05 – Gráficos e elementos gráficos. Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Após concluir o assistente, você ainda poderá realizar ajustes e configurações no gráfico,
basta clicar com o botão direito do mouse sobre o gráfico.
O clique com o botão direito, ofere-
cerá ao usuário a possibilidade de
modificar os títulos, formatar o
fundo do gráfico, mudar o tipo de
gráfico utilizado ou se for necessá-
rio, alterar o “intervalo de dados”.
Se você for criar gráficos utilizando o Excel, o processo de criação será um pouco mais
automatizado, bastando você selecionar os dados que deverão aparecer no gráfico.
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Capítulo 05 – Gráficos e elementos gráficos. Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Pratique:
1- Digite a tabela a seguir.
5- Crie um gráfico para cada coluna de cálculo existente em sua planilha. Serão 6
gráficos.
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Capítulo 06 – Departamento Pessoal - Introdução Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Departamento Pessoal
Objetivo:
Entender rotinas da área de departamento pessoal e os direitos mais
essenciais do trabalhador.
Introdução
Empregador:
A CLT (consolidação das Leis Trabalhistas) em seu artigo 2º diz que, empre-
gador é a empresa, individual ou coletiva, que assumindo os riscos da atividade eco-
nômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Ainda, comple-
menta a norma celetista, que se equiparam ao empregador, para os efeitos exclusi-
vos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência,
as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitem
trabalhadores como empregados.
Empregador Rural:
Art. 3º da Lei 5.889/73. Empregador rural é a pessoa física ou jurídica, propri-
etária ou não, que explore atividade agro econômica, em caráter permanente ou
temporário, diretamente ou por meios de prepostos e com auxílio de empregados.
Empregador Doméstico.
É a pessoa ou família que, sem finalidade lucrativa, admite empregado do-
méstico para lhe prestar serviços de natureza contínua no seu âmbito residencial.
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Capítulo 06 – Departamento Pessoal - Introdução Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Conceito de Empregado.
O artigo 3 da CLT define que “considera-se empregado toda pessoa física que
prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste
e mediante salário”. Sob esta definição, teremos as seguintes características que
definem o conceito de “Empregado”: pessoa física, não eventualidade na prestação
dos serviços, dependência, pagamento de salário e prestação pessoal de serviços.
Empregado em domicílio.
É aquele que presta serviços em sua residência ou em oficina de família, por
conta do empregador que o remunere (art. 83 da CLT).
Empregado Aprendiz.
O parágrafo único do art. 80 da CLT define aprendiz como “o menor de 14 a
18 anos sujeito a formação profissional metódica do ofício em que exerça o seu
trabalho”. O menor aprendiz tem todos os direitos do trabalhador comum. A Carta
Magna de 88 proíbe o trabalho do menor de 16 anos (art. 7º, XXXIII), salvo na con-
dição de aprendiz, limitando o labor nestas condições para a idade de 14 anos
(Emenda Constitucional nº 20).
Empregado Rural.
Lei 5.889/73. O empregado rural é a pessoa física que, em propriedade rural
ou prédio rústico, presta serviços com continuidade a empregador rural, mediante
dependência e salário.
Trabalhador Autônomo.
O trabalhador autônomo é aquele que presta serviços habitualmente por conta
própria a uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas, assumindo os riscos da atividade
econômica. Não existe qualquer subordinação jurídica entre o prestador e o tomador
de serviços.
Trabalhador Eventual.
O conceito deste encontra-se na alínea “a” do inciso IV do art. 12 da Lei
8.212/91, que assim se expressa: “trabalhador eventual é aquele que presta serviço
de natureza urbana ou rural em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem
relação de emprego”.
Contratação
Para realizar a contratação do funcionário e preencher toda a burocracia ne-
cessária para este fim, serão solicitados documentos ao funcionário. Os documentos
de uma forma geral, poderão variar de acordo com a empresa, mas em geral, os
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Capítulo 06 – Departamento Pessoal - Introdução Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
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Capítulo 06 – Departamento Pessoal - Introdução Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
O Registro
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Capítulo 06 – Departamento Pessoal - Introdução Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
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Capítulo 06 – Departamento Pessoal - Introdução Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
É contemplado no artigo 445 da CLT e diz que seu objetivo é garantir ao em-
pregador a verificação da capacidade funcional do empregado na execução dos ser-
viços e garantir também, ao empregado, que este se adaptará às condições de seu
trabalho. Este contrato poderá ser renovado uma vez, porém, não poderá ter mais
de 90 dias. (Contando o período de renovação).
Por este motivo, as empresas normalmente fazem um contrato de 45 dias e o
renovam por mais 45 dias, até o momento em que este contrato será rescindido ou
se tornará automaticamente um contrato de prazo indeterminado.
Modelo de Contrato
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Capítulo 06 – Departamento Pessoal - Introdução Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Pratique
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Capítulo 07 – Jornada de Trabalho Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Objetivo:
Conhecer os direitos e deveres do trabalhador em relação ao seu horá-
rio de trabalho.
Introdução
Jornada de trabalho
Jornada de trabalho é regulamentada pelo artigo 7º XIII da Constituição Fede-
ral e pelo artigo 58 da Consolidação das Leis do Trabalho, não podendo ultrapassar
8 horas diárias e 44 horas semanais.
É, também, considerada como jornada, o período em que o empregado está
à disposição do empregador, mesmo que em sua residência.
Não faz parte da jornada de trabalho o período designado para repouso (hora
de almoço/pausa/break), nem mesmo, o período em que existe o deslocamento do
empregado para a empresa.
Sendo assim, o trabalhador que está “produzindo” ou apenas a disposição do
empregador, já está cumprindo sua jornada de trabalho.
A constituição federal de 1988 e a CLT, determinam a carga horária maior
para poderá ser cumprida no Brasil, entretanto, algumas funções e empresas, terão
uma jornada de trabalho diferenciada, por inúmeras questões.
Os sindicatos poderão definir em convenções coletivas qual será a carga ho-
rária a ser cumprida por uma determinada função/área. Desde que não seja superior
ao estabelecido na CF e CLT.
Registro de Ponto
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Capítulo 07 – Jornada de Trabalho Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Esse quadro será discriminativo no caso de não ser o horário único para todos os empre-
gados de uma mesma seção ou turma.
Abaixo um exemplo de folha de ponto que poderá ser utilizado caso a empresa não dispo-
nha de um meio eletrônico:
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Capítulo 07 – Jornada de Trabalho Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Compensação de jornada
A compensação de jornada existe para que não seja configurado desconto ou
acréscimo financeiro sobre o salário do empregado.
Poderá ser utilizada para completar as 44 horas semanais, ou a jornada de
trabalho em que o empregado esteja inserido.
Pode ser utilizado para “pagar” horas de uma “emenda de feriado” ou por ne-
cessidade de chegar mais tarde, sair mais cedo, ou ainda revertido em descanso,
por ter ultrapassado a jornada diária.... etc.
Prorrogação de jornada
A jornada de trabalho poderá ser prorrogada por até 2 horas diárias em caso
de necessidade (devendo o funcionário aceitar a prorrogação, mediante aceite do
termo de compensação e prorrogação). Importante ressaltar que trabalhadores me-
nores de idade, não poderão prorrogar sua jornada de trabalho.
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Capítulo 07 – Jornada de Trabalho Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Banco de horas
É um sistema de acúmulo de horas, instituído no ano de 1998 quando país
atravessava uma crise econômica e essa medida permitiu que as empresas pudes-
sem economizar nos pagamentos por execendentes trabalhados, porém, mesmo
após o término daquela crise e vinda de muitas outras, o banco de horas foi mantido
e compõe os acordos de compensação e prorrogação de muitas empresas.
No sistema de banco de horas, cada hora que o funcionário trabalha e de
forma excedente, será contibilizada para ser dada como descanso/folga, entrada
após o horário real de entrada, ou será permitida a saída, antes do horário correto.
Ou ainda, estas horas poderão ser utilizadas para aumentar os dias de férias de um
funcionário.
Sua validade é de um ano, e é contabilizada numa razão de um para um, ou
seja, uma hora trabalhada, será uma hora concedida em descanso. Ssalvo se existir
alguma determinação de acréscimo na convenção coletiva da categoria.
Caso o período ultrapasse um ano de banco, as horas com o período vencido,
serão pagas em dinheiro e com o devido acréscimo da hora extra, de acordo com a
convenção coletiva.
Horas Extras
As horas que excedem a carga horária, diária, semanal ou mensal, serão pa-
gas ao funcionário, em espécie e com acréscimo de no mínimo 50% em dias úteis e
100% para domingos e feriados.
Quando o funcionário receber horas extras, estas horas, irão compor o sis-
tema de cálculos de férias, 13º salário e demais verbas rescisórias.
Para calcular o valor da hora-extra, é necessário avaliar o sistema de remu-
neração do funcionário.
Por exemplo:
A jornada de trabalho do funcionário é 220 horas/Mês.
O salário/remuneração mensal deste funcionário é de R$ 1100,00.
Precisaremos encontrar o valor por hora de salário deste funcionário e fare-
mos isso, dividindo a remuneração pela jornada de trabalho.
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Capítulo 07 – Jornada de Trabalho Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Passo 01- R$ 1100,00 / 220 = R$ 5,00 (cinco reais por hora trabalhada)
Como o texto da CLT diz, a hora será acrescentada por no mínimo 50%, então:
Passo 02 - R$ 5,00 * 50% = R$ 2,50 (acréscimo da hora extra)
Como o funcionário trabalhou, esta uma hora, então ele receberá a hora tra-
balhada e o acréscimo:
Passo 03 - R$ 5,00 + R$ 2,50 = R$ 7,50 (cada hora extra deste funcionário
valerá sete reais e cinquenta centavos).
Claro que este cálculo diz respeito a uma hora extra feita em dia útil, se fosse
em um domingo ou feriado, o acréscimo seria de 100%. Então:
R$ 5,00 * 100% = R$ 5,00
R$ 5,00 + R$ 5,00 (cinco reais da hora trabalhada mais os 100% que equiva-
lem a R$ 5,00 do acréscimo) totalizam
R$ 10,00 por hora excedente num domingo ou feriado.
O cálculo é bem simples não?!?
Então basta você lembrar em dividir o salário pela carga horária referente ao
salário recebido.
Porém os acréscimos citados (50% e 100%) são relativos a cada função, de-
vendo o profissional do departamento pessoal estar bem atento em relação à con-
venção coletiva do sindicato de sua empresa.
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Capítulo 07 – Jornada de Trabalho Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
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Capítulo 07 – Jornada de Trabalho Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Pratique:
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Capítulo 08 – Folha de Pagamento Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Folha de Pagamento
Objetivo:
Reconhecer cada etapa de uma folha de pagamento e entender os
acréscimos e descontos realizados.
Introdução
Durante toda a vida do funcionário em uma empresa, ele receberá seus salá-
rios e precisará de documentação que comprove cada item que compõe seu salá-
rio, da mesma forma, que cada desconto, deverá ser devidamente listado, facili-
tando assim o entendimento do empregado em relação ao que está sendo pago a
ele.
Neste capítulo iremos criar um holerite de pagamento e esclarecer detalha-
damente cada uma das etapas necessárias para a criação e o cálculo do holerite.
Salário
O artigo 76 da CLT diz que salário mínimo é a contraprestação mínima de-
vida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalha-
dor rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de satisfazer,
em determinada época e região do País, as suas necessidades normais de alimen-
tação, habitação, vestuário, higiene e transporte.
Sendo o salário essa contraprestação do serviço prestado, deverá ser pago
até o 5º dia útil do mês subsequente ao trabalhado. (Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Podendo ser antecipado, na proporção máxima de 40% sob acordo entre as
partes ou convenção coletiva, até o dia 20 do mês vigente.
A composição do salário como remuneração será:
O salário mínimo vigente em 2015 é de R$ 788,00.
Salário Base + Adicionais – Descontos.
Adicionais
Abordaremos como adicional, qualquer item previsto em contrato ou na CLT
que resulte em aumento financeiro no salário, em caráter temporário ou perma-
nente e que será incluído em folha de pagamento (holerite) e será utilizado para
cálculo dos demais direitos trabalhistas.
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Capítulo 08 – Folha de Pagamento Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Adicional Noturno
Adicional noturno é pago aos trabalhadores que tenham sua jornada de tra-
balho ou parte dela no período das 22 às 05 horas do dia.
Este adicional existe para compensar o desconforto do horário de trabalho
ao empregado.
O valor do adicional é de no mínimo 20% sobre sua hora normal, entretanto,
o valor real, deverá ser observado na convenção coletiva do sindicato da categoria.
Cálculo:
Hora normal * Percentual do adicional
R$ 5,00 + 20% = R$ 5,00 + 1,00 = R$ 6,00 por hora noturna.
Adicional de Periculosidade
Este adicional é pago às funções que são exercidas sob Risco de vida, e as-
segura ao empregado um acréscimo de 30% sobre o salário base, de acordo com
o artigo 193, parágrafo 1º da CLT.
Este adicional deverá constar como item para fins rescisórios ou de indeniza-
ções.
Cálculo
Salário base * 30%
R$ 1300 + 30% = R$ R$ 1300,00 + R$ 390,00 = R$ 1690,00
Adicional de Insalubridade
A insalubridade é um termo relacionado à condições prejudiciais à saúde em
níveis acima do estabelecido nas portarias do ministério do trabalho.
O adicional está separado de acordo com o nível de exposição aos vetores
insalubres. Sendo seu adicional proporcional em 3 níveis diferentes, Sendo:
10% para o nível Mínimo;
20% para o nível Médio; e
40% para o nível Máximo.
O adicional deverá ser calculado sobre salário mínimo, ou sobre o piso da
categoria, de acordo com o sindicato. Da mesma forma, o profissional deverá man-
ter-se atento em relação ao que o sindicato da categoria promover na convenção
coletiva.
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Capítulo 08 – Folha de Pagamento Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Cálculo
Salário base * 30%
R$ 1300 + 30% = R$ R$ 1300,00 + R$ 390,00 = R$ 1690,00
Salário Família
É um benefício pago pela empresa ao empregado, por filho do empregado,
seja natural ou adotivo, até os 14 anos ou inválido, em qualquer idade, e com com-
provação de dependência econômica.
Para ter o direito ao benefício, o empregado deverá manter a documentação
da criança atualizada na empresa, sendo a cópia da caderneta de vacinação para
crianças de até 07 anos e comprovante de matrícula e frequência escolar para cri-
anças de 07 a 14 anos.
O valor do benefício, acompanha os reajustes dos salários mínimos.
Em 2015 os valores são:
Descontos
Consideraremos descontos, todos os valores que serão “retirados” da folha
de pagamento do funcionário, descontando os valores do salário bruto do mesmo,
seja de forma constante, respeitando suas proporções no período, ou descontos
incidentes sobre o mês em questão, apenas.
Faltas e Atrasos.
A lei não obriga o empregador a manter qualquer período de tolerância sobre
atrasos, entretanto, regras internas da organização ou o sindicato, poderão arbitrar
qualquer decisão à este favor, observe a existência desta regra na empresa ou no
sindicato da categoria.
Existe uma lei, no 1º parágrafo do artigo 58 da CLT que diz que não poderão
ser descontados atrasos no registro do ponto desde que não ultrapassem 10 minu-
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Capítulo 08 – Folha de Pagamento Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
tos no dia, entretanto, essa lei foi feita, para evitar que devido à fila na hora de re-
gistrar o ponto, gerasse atraso no ponto do empregado, por este motivo, a lei foi
criada, e não, para garantir que o funcionário possa se atrasar todos os dias sem
sofrer sanções administrativas.
O empregado que faltar, sem a devida justificativa, terá o dia de trabalho
descontado e também perderá o DSR e Feriados da semana, se houverem.
Sendo, assim,
Uma falta, para um salário de R$ 1300,00, terá o seguinte valor:
Salário dividido pelos dias do mês: R$ 1300/30 = R$ 43,33 por dia em que
faltar, e,
R$ 43,33 referentes ao DSR, logo o total de descontos foi:
R$ 43,33 + R$ 43,33 = R$ 86,66.
Vale Transporte
O valor de desconto de Vale transporte do funcionário é 6% sobre o salário
base do empregado
Sendo que, caso a soma das passagens seja inferior ao custo dos 6%, o em-
pregador deverá descontar apenas este valor.
A empresa deverá garantir o trajeto do funcionário da empresa para sua
casa, seja por transporte público, ou por meios próprios/fretados. Se, fornecer fre-
tado, não precisará fornecer o vale transporte, exceto se, o transporte fretado não
cobrir todo o trajeto residência-trabalho ou vice e versa, tendo o empregado que
utilizar mais um meio de transporte público para cobrir esta distância.
Cálculo
Salário Base * 6%
Ex.: R$ 1300,00 * 6% = R$ 78,00
Contribuição Sindical
O sindicato é o órgão responsável por criar regras e ações para padronizar
os direitos trabalhistas de uma categoria de trabalhadores ou empresas, atuando
de forma sincronizada com as regras da CLT.
Devido à esta atuação, estão previstos descontos no salário do empregado
para que estas ações protetivas ao interesse do empregado sejam garantidas.
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Capítulo 08 – Folha de Pagamento Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
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Capítulo 08 – Folha de Pagamento Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
FGTS
O FGTS é Fundo de Garantia por tempo de serviço e corresponde à 8% do
salário (incluindo horas extras, adicionais, comissões e etc.). Este valor de 8% fica
depositado em uma conta da caixa econômica federal e recebendo juros mensais.
O valor existente nesta conta poderá ser sacado apenas se o funcionário for
demitido sem justa causa, ou passar 3 anos sem movimentações com FGTS (sem
depósitos), como entrada em imóveis, e casos condições adversas na cidade ou
região de residência, previsto no regulamento da caixa.
O valor dos 8% NÃO É DESCONTADO do empregado e sim, a empresa de-
posita mensalmente na conta criada.
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Capítulo 08 – Folha de Pagamento Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Holerite
O holerite ou folha de pagamento é um documento que tem a função de
comprovar o pagamento e recebimento do salário e que cada um dos direitos do
empregado foi pago corretamente.
Deverá ser assinado e datado, uma das vias, ficará com o empregado, outra
com o empregador. Apesar que tem sido comum, com a disponibilidade tecnoló-
gica, o Holerite ficar disponível para o empregado na internet, onde este funcioná-
rio com um login apropriado, pode consultar seus holerites.
Observe no holerite acima que cada item que irá compor o salário deve ser
discriminado na coluna descrição, referências apontam sobre o período ou forma
de contagem do item descrito.
A coluna vencimentos terá todos os valores que o funcionário receberá como
salários, horas extras, adicionais e etc.
Descontos, todos os valores que sairão do salário.
O valor líquido, é o valor que o funcionário realmente receberá.
Na última linha, as informações como desconto do INSS, o FGTS e o Im-
posto de renda deverão ser informadas.
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Capítulo 08 – Folha de Pagamento Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Pratique
Com base no holerite e nos itens comentados neste capítulo, crie um holerite
para cada situação abaixo:
1) Salário de R$ 3000,00.
2) Salário de R$ 788,00 com adicional de Periculosidade.
3) Salário de R$ 950,00 com 3 horas extras.
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Capítulo 09 – Férias e 13º Salário Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Objetivo:
Entender os períodos de afastamento como férias e realizar os cálculos
de férias e 13º salários.
Introdução
Férias
O direito das férias está previsto no artigo 129 da CLT onde diz que: “Todo
empregado terá direito anualmente a um período de férias, sem prejuízo de sua re-
muneração”. E o artigo 7º da Constituição Federal de 88 em seu parágrafo de nú-
mero 17, garante que a remuneração das férias sejam acrescidas em pelo menos
1/3 do valor do salário vigente.
Duração
As férias serão anuais e deverão durar 30 dias corridos (não podendo iniciar
a contagem em domingos e feriados – DSRs), desde que o número de faltas injus-
tificadas não interfiram na contagem.
As férias sofrerão alterações quando o número de faltas injustificadas forem
superior a 5, na seguinte proporção:
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Capítulo 09 – Férias e 13º Salário Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Período Aquisitivo:
É o período onde o empregado “adquire” o direito às férias, ou seja, um perí-
odo de 12 meses subsequentes à contratação e os demais “aniversários” de contra-
tação. (Afastamentos superiores à 6 meses pelo INSS, extinguem o direito das férias
e o retorno marcará um novo período aquisitivo ou quando houver afastamento su-
perior a trinta dias com recebimento normal de salários).
Período Concessivo:
Será o período de 12 meses em que o empregador deverá conceder as férias
ao empregado. Sabendo que vencer um segundo período aquisitivo, sem ter sido
pago o primeiro, garante multa à empresa, devendo esta pagar o primeiro período
aquisitivo em dobro, mesmo que sejam os dias que ultrapassem o período conces-
sivo, estes dias deverão ser pagos em dobro.
Férias proporcionais
Serão férias proporcionais quando o contrato for extinguido durante um perí-
odo aquisitivo. Devendo ser pago na proporção de 1/12 avos e considerando 1 mês
completo, se na observação do período, constatar fração superior a 14 dias.
Assim, 3 meses e 20 dias, serão considerados um total de 4/12 avos (consi-
deraremos 4 meses para pagamentos). Porém, se a rescisão contratual for por “justa
causa” o direito às férias, também será extinguido.
Reclamações
Os trabalhadores que sentirem-se lesados pela empresa, devem um primeiro
lugar buscar respostas dentro da própria empresa, não havendo satisfação nos re-
sultados, deverá buscar na justiça, interpelação para suas solicitações.
Porém, os empregados devem se manter atentos em relação aos prazos de
reclamações. Se o contrato de trabalho estiver rescindido, o empregado terá um total
de 2 anos para reclamar seus direitos. Se o contrato de trabalho ainda for válido, o
empregado deverá reclamar seus direitos num prazo de 5 anos, da data do aconte-
cimento.
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Capítulo 09 – Férias e 13º Salário Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Abono Pecuniário
É facultado (opcional) ao empregado “vender” parte de suas férias à empresa,
ou seja, dos seus trinta dias de férias, trabalhar em alguns dias e nos outros, efeti-
vamente, ter férias.
Este período, de acordo com a lei, será de 1/3, ou seja, 10 dias. E estes 10
dias deverão ser computados com o valor do 1/3 constitucional e não somente dos
10 dias trabalhados.
O pagamento das férias, assim como do abono pecuniário, será de até 2 dias
antes do período de férias.
E o prazo para solicitar o abono pecuniário, é de até 15 dias antes do tér-
mino do período aquisitivo.
Cálculo das férias
Salário atual + média dos adicionais +1/3
Exemplo:
R$ 1200,00+1/3 = R$ 1200 + R$ 400,00
Total das férias: R$ 1600,00
Não esqueça que sobre as férias também, incidirá INSS, FGTS e IRPF.
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Capítulo 09 – Férias e 13º Salário Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
13º salário
O 13º salário é uma gratificação de natal, que foi inserida como direito do tra-
balhador na década de 60.
A cada mês trabalhado no ano (ou fração igual ou superior a 15 dias), o tra-
balhador adquire o direito de receber 1/12 avos de seu salário como gratificação.
Para compor esta gratificação, todos os itens tidos como salários são acres-
centados na conta proporcional, ou seja, é calculado sobre a média das remunera-
ções mensais do empregado.
O pagamento do 13º salário poderá ser divido em até duas parcelas, sendo a
primeira paga de fevereiro à novembro, mais especificamente, até o dia 30 de no-
vembro e a segunda até o dia 20 de dezembro, ou, pago integralmente até o dia 20
de dezembro.
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Capítulo 09 – Férias e 13º Salário Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Cálculo:
13º inteiro = salário atual e vigente.
13º proporcional = salário /12 * nº de meses trabalhados.
Exemplo proporcional:
R$ 1350,00 (média de recebimentos). 7 meses trabalhados.
R$ 1350/12 * 7 = R$ 112,50 * 7
Valor do 13º Salário é R$ 787,50
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Capítulo 09 – Férias e 13º Salário Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Pratique
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Capítulo 10 – Rescisão contratual I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Rescisão Contratual I
Objetivo:
Conhecer os motivos que levam a uma rescisão contratual por justa
causa e os cálculos dos direitos rescisórios.
Introdução
A rescisão contratual é um dos grandes temas do profissional do departa-
mento pessoal, pois envolverá um profunda avaliação de todos os documentos de
toda a vida funcional do profissional na empresa, avaliando e recalculando salários
e médias, para determinarem o valor devido ao funcionário.
Neste capítulo, iremos abordar a rescisão através de uma “justa causa”, ire-
mos também caracterizar o quais motivos são considerados “justos” para uma res-
cisão de tamanho impacto, uma vez que faz com que o empregado perca uma
grande soma em direitos rescisórios.
Rescisão de contrato
A rescisão do contrato é o término do contrato de trabalho, onde a empresa
deverá pagar ao funcionário todos os “direitos” que este tem para receber.
Os direitos principais que devem ser pagos na rescisão são:
Férias
Férias proporcionais
13º Salário proporcional
Saldo de salários
Aviso prévio (se Indenizado)
Multa sobre o FGTS.
Lembrando que todos estes itens são calculados sobre o salário atual e con-
siderando todos os adicionais que o funcionário tenha direitos.
O que é “Justa causa”?
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Capítulo 10 – Rescisão contratual I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
O artigo 482 da CLT, cria as bases para o entendimento do que irá caracterizar
justa causa.
Ato de Improbidade
Improbidade, regra geral, é toda ação ou omissão desonesta do empregado,
que revelam desonestidade, abuso de confiança, fraude ou má-fé, visando a uma
vantagem para si ou para outrem. Ex.: furto, adulteração de documentos pessoais
ou pertencentes ao empregador, etc.
Negociação Habitual
Ocorre justa causa se o empregado, sem autorização expressa do emprega-
dor, por escrito ou verbalmente, exerce, de forma habitual, atividade concorrente,
explorando o mesmo ramo de negócio, ou exerce outra atividade que, embora não
concorrente, prejudique o exercício de sua função na empresa.
Condenação Criminal
O despedimento do empregado justificadamente é viável pela impossibilidade
material de subsistência do vínculo empregatício, uma vez que, cumprindo pena cri-
minal, o empregado não poderá exercer atividade na empresa.
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Capítulo 10 – Rescisão contratual I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
A condenação criminal deve ter passado em julgado, ou seja, não pode ser
recorrível.
Desídia
A desídia é o tipo de falta grave que, na maioria das vezes, consiste na repe-
tição de pequenas faltas leves, que se vão acumulando até culminar na dispensa do
empregado. Isto não quer dizer que uma só falta não possa configurar desídia.
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Capítulo 10 – Rescisão contratual I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Abandono de Emprego
A falta injustificada ao serviço por mais de trinta dias faz presumir o abandono
de emprego, conforme entendimento jurisprudencial.
Existem, no entanto, circunstâncias que fazem caracterizar o abandono antes
dos trinta dias. É o caso do empregado que demonstra intenção de não mais voltar
ao serviço.
Por exemplo, o empregado é surpreendido trabalhando em outra empresa du-
rante o período em que deveria estar prestando serviços na primeira empresa.
Ofensas Físicas
As ofensas físicas constituem falta grave quando têm relação com o vínculo
empregatício, praticadas em serviço ou contra superiores hierárquicos, mesmo fora
da empresa.
As agressões contra terceiros, estranhos à relação empregatícia, por razões
alheias à vida empresarial, constituirá justa causa quando se relacionarem ao fato
de ocorrerem em serviço.
A legítima defesa exclui a justa causa. Considera-se legítima defesa, quem,
usando moderadamente os meios necessários, repele injusta agressão, atual ou imi-
nente, a direito seu ou de outrem.
Jogos de Azar
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Capítulo 10 – Rescisão contratual I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Atenção
É importantíssimo falarmos que o termo Justa causa, é muito sensível para
justiça, devendo a empresa estar munida de todas as provas e comprovações dos
atos do funcionário para levar à frente a rescisão por justa causa.
Falhas na documentação das alegações da empresa, poderão garantir ao em-
pregado, na justiça, uma revisão de sua dispensa e até mesmo uma indenização por
danos morais ao empregado.
Receberá
Saldo de salários.
Férias vencidas +1/3 (se houver)
Deixou de receber
Aviso Prévio;
Multa de 40% sobre o FGTS;
13º salário proporcional;
Férias proporcionais + 1/3;
FGTS;
Seguro-desemprego.
Para Ilustrar a questão da Justa causa, iremos calcular uma rescisão por
justa causa, e apontar cada direito rescisório que este funcionário real-
mente receberá.
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Capítulo 10 – Rescisão contratual I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Cálculos Rescisórios 01
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Capítulo 10 – Rescisão contratual I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Cálculos Rescisórios 02
Pág. 71
Capítulo 10 – Rescisão contratual I Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Pratique
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Capítulo 11 – Rescisão contratual II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Rescisão Contratual II
Objetivo:
Entender como realizar os cálculos da rescisão contratual sem justa
causa e pedido de demissão.
Introdução
No capítulo anterior, abordamos a rescisão contratual sobre seus motivos e
causas e também as formas de cálculo para este tipo de rescisão, neste capítulo,
falaremos sobre os dois tipos de rescisão mais comuns, o pedido de demissão e a
demissão SEM justa causa.
Falaremos também sobre o aviso prévio e como este aviso se comporta em
relação à rescisão trabalhista.
Rescisão de contrato
A rescisão do contrato é o término do contrato de trabalho, onde a empresa
deverá pagar ao funcionário todos os “direitos” que este tem para receber.
Os direitos principais que devem ser pagos na rescisão são:
Férias
Férias proporcionais
13º Salário proporcional
Saldo de salários
Aviso prévio (se Indenizado)
Multa sobre o FGTS.
Lembrando que todos estes itens são calculados sobre o salário atual e con-
siderando todos os adicionais que o funcionário tenha direitos e sofrerão descontos
legais como IRPF e INSS.
O que é um pedido de demissão?
Ocorre quando o empregado não tem mais interesse em continuar com seu
contrato trabalhista com o empregador, então o empregado propõe sua rescisão,
notificando o empregador, através do aviso prévio e carta de pedido de demissão,
nesta situação, o empregado precisa propor se irá cumprir aviso prévio, ou não cum-
prirá.
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Capítulo 11 – Rescisão contratual II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
Aviso prévio
Pedido de demissão
Vamos trabalhar com casos para entender corretamente as questões traba-
lhistas e seus cálculos.
Imagine que um empregado tenha recebido uma proposta de emprego de uma outra
empresa e seu início de trabalho, na outra empresa, será imediato.
Ele deverá notificar sua empresa sobre seu pedido de demissão e que não poderá
cumprir o aviso prévio, uma vez que já deverá iniciar suas atividades na outra em-
presa. Vamos avaliar como serão feitos os cálculos de rescisão deste empregado.
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Capítulo 11 – Rescisão contratual II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
*** Importante: falamos sobre pedir demissão sem cumprir aviso prévio, porém esta
é uma ação que deve ser muito bem pensada, pois, você estará “abandonando” um
projeto e provavelmente, deixando a empresa “na mão”, pois terão que correr e con-
tratar alguém rapidamente para cobrir o lugar que você deixou. Sendo assim, costu-
mamos dizer, que essas ações “fecham a porta da empresa” para estes funcionários.
Ao mesmo tempo, existem oportunidades que são “imperdíveis”, então converse e
negocie bem seus movimentos no mercado de trabalho, mantendo assim, as portas
sempre abertas para seu profissionalismo.
Cálculos Rescisórios 01
Admissão: 03-Janeiro-2015
Afastamento: 05-Julho-2015
Motivo do afastamento: Pedido de demissão
Salário base: R$850,00
Aviso prévio: indenizado (Não trabalhado)
Décimo terceiro
Décimo terceiro proporcional (6/12): R$425,00
INSS sobre 13º: R$34,00
Férias
Férias proporcionais (6/12): R$425,00
1/3 sobre férias proporcionais: R$141,67
Total de férias: R$566,67
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Perceba que o valor que o funcionário receberá desta empresa será R$ 238,00 pelo
fato de não ter cumprido o aviso prévio, foi descontado o valor de um salário seu,
vigente, como multa.
Cálculos Rescisórios 02
Vamos realizar mais um cálculo de rescisão para aprofundarmos nossos conheci-
mentos nos cálculos, desta vez, iremos analisar os recebimentos deste mesmo um
funcionário, porém, em um cenário onde ele será mandado embora e cumprirá o
aviso prévio da empresa.
Admissão: 03-Janeiro-2015
Afastamento: 05-Julho-2015
Motivo do afastamento: Dispensa sem justa causa
Salário base: R$850,00
Aviso prévio: trabalhado
Salários
Saldo de salário (5/30): R$141,67
INSS sobre o salário (8%): R$11,33
Décimo terceiro
Décimo terceiro proporcional (6/12): R$425,00
INSS sobre o 13º: R$34,00
Férias
Férias proporcionais (6/12): R$425,00
1/3 sobre férias proporcionais: R$141,67
Total de férias: R$566,67
Perceba que é o mesmo salário e período nas duas situações, e os valores entre as
duas rescisões já são bem distintos. Com esses cálculos, queremos que você, aluno,
tenha a concepção dos diretos trabalhistas do brasileiro, e mesmo que você não
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queira atuar na área de departamento pessoal, possa pelo menos reconhecer o que
é SEU por direito, e possa exigir as retratações, caso lhe sejam devidas.
Sobre as diferenças acima citadas, teremos outro item que fará muita diferença entre
as duas rescisões.
Pedido de demissão
Não tem direito à sacar o FGTS nem a multa de 40% sobre o saldo do FGTS, que
sua empresa depositou ao longo do período de registro, o FGTS ficará retido em sua
conta da CEF. Também, não terá direito ao seguro desemprego.
A rescisão contratual
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Capítulo 11 – Rescisão contratual II Planilhas Eletrônicas e Departamento Pessoal
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Pratique
Considere em todos os casos acima que ainda não foram concedidas as férias,
para os que tenham direito.
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