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A Teoria Da Ação Antidialógica

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Roberto Silva
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CURSO: Pedagogia

Disciplina: Educação de Jovens e Adultos-EJA


Docente: Dra. Lívia Sonalle
discentes: Evellyn Costa Gomes
Lady Daiane da Conceição Soares
Laysa Vitória do Nascimento Lima.
Vanessa Silva de Carvalho
Pedagogia do oprimido Capítulo 4:
Paulo Freire
A TEORIA DA AÇÃO ANTIDIALÓGICA

"Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor”.


Introdução: TEORIA DA AÇÃO ANTIDIALÓGICA

A ação antidialógica, de acordo com o pensamento de Paulo Freire,


ocorre quando a classe dominante impede os oprimidos de serem
sujeitos da história, que tenham atuação e opinião, fazendo-os
continuarem em situação de dominados e de alienados.
Diferente dos animais irracionais, o ser humano tem o “quefazer”, que
significa que nós fazemos as coisas de forma consciente. Os humanos
podem modificar o mundo com seu trabalho e admirá-lo.
conquista
O primeiro aspecto que pode ser surpreendido na
ação arqueológica é a necessidade de conquista, ou
seja, dominar as suas relações com o contrário que
pretende conquistá-lo cada vez mais, através de
diversas formas, desde as mais duras até as mais
sutis, como o paternalismo. Em outras palavras, a
ação ideológica de conquista é essencial, sendo um
sinônimo da situação real e concreta de opressão.
A ação dialógica, por outro lado, é indispensável para a superação revolucionária
dessa situação concreta de opressão. Portanto, a conquista crescente do oprimido
pelo opressor aparece como um traço marcante da ação ideológica. Por isso, sem a
doação libertadora dialógica em si, não pode haver diálogo a priori, mas sim um
constante dela. Como os homens estarão sempre se libertando, o diálogo se torna
um componente permanente da ação libertadora. O desejo de conquista, talvez
mais que um desejo, é uma necessidade de comparação ideológica em todos os
seus momentos.
Dividir para manter a
opressão
Esta é outra dimensão fundamental da teoria da ação
opressora.
É indispensável para as minorias, que querem manter
seu domínio sobre as maiorias oprimindo-as, mantê-las
divididas, para que dessa forma, continuem com o poder.
“A necessidade de dividir para facilitar a manutenção do
estado opressor se manifesta em todas as ações da classe
dominadora. Sua interferência nos sindicatos, favorecendo
certos “representantes” da classe dominada que, no fundo,
são seus representantes, e não de seus companheiros; a
“promoção” de indivíduos que, revelando certo poder de
liderança, podiam significar ameaça e que, “promovidos”, se
tornam “amaciados”; a distribuição de benesses para uns e de
dureza para outros, tudo são formas de dividir para manter a
“ordem” que lhes interessa.”

Fonte: Pedagogia do oprimido [recurso eletrônico] / Paulo


Freire. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Paz e Terra, 2013.
MANIPULAÇÃO
Outra característica da teoria da ação antidialógica é a manipulação das
massas oprimidas.

os pactos;
a emersão;
a imersão;
consciência revolucionária ou consciência de classe.
invasão
cultural
Paulo Freire discute a "invasão cultural" como um fenômeno que ocorre
quando uma cultura dominante impõe seus valores, crenças e práticas sobre
uma cultura oprimida, resultando na desvalorização e subjugação desta
última. Ele argumenta que essa invasão cultural é uma forma de opressão,
pois nega a identidade e autonomia dos oprimidos. Freire propõe que a
educação libertadora deve reconhecer e valorizar a cultura dos oprimidos,
capacitando-os a desafiar e resistir à imposição cultural dominante,
contribuindo assim para sua emancipação.
invasão da cultura é uma violencia da cultura
Os invasores modelam; os invadidos são modelados. Os
invasores optam; os invadidos seguem sua opção
Aos invasores, na sua ânsia de dominar, de amoldar os
invadidos a seus padrões, a seus modos de vida, só interessa
saber como pensam os invadidos seu próprio mundo para
dominá-los mais.
As relações pais-filhos, nos lares, refletem, de modo geral, as
condições objetivo-culturais da totalidade de que participam. E,
se estas são condições autoritárias, rígidas, dominadoras,
penetram os lares, que incrementam o clima da opressão.
Esta influência do lar se alonga na experiência da escola. Nela, os
educandos cedo descobrem que, como no lar, para conquistar alguma
satisfação, têm de adaptar-se aos preceitos verticalmente estabelecidos. E um
destes preceitos é não pensar.
para os profissionais que adotam as teorias antidialogica nao consideram a
visao do mundo “Não há que ouvir o povo para nada, pois que, “incapaz e
inculto, precisa ser educado por eles para sair da indolência que provoca o
subdesenvolvimento”. ”
exemplo das educadoras de NOVA YORK
teoria
dialogica
colaboração
na teoria dialógica da ação, os sujeitos se encontram para a
transformação do mundo em co-laboração
Não há, portanto, na teoria dialógica da ação, um sujeito que domina pela
conquista e um objeto dominado. Em lugar disto, há sujeitos que se encontram
para a pronúncia do mundo, para a sua transformação.
colaboração é um tema central que se encaixa na sua visão dialógica da
educação. Freire enfatiza a importância da colaboração entre educadores e
educandos no processo de ensino e aprendizagem. Ele argumenta que a
educação autêntica requer uma relação de parceria, na qual educadores e
educandos se engajam em um diálogo horizontal, compartilhando
experiências, saberes e responsabilidades.

Para Freire, a colaboração não se limita apenas à relação entre educador e


educando, mas se estende para além da sala de aula, envolvendo também
a colaboração entre diferentes grupos sociais na busca por uma
transformação social e política. Ele defende que a verdadeira colaboração
só pode surgir em um contexto de respeito mútuo, igualdade e
solidariedade, onde todos os envolvidos se sintam valorizados e
empoderados.
Como a entendemos, a “revolução cultural” é o máximo de esforço de
conscientização possível que deve desenvolver o poder revolucionário, com
o
qual atinja a todos, não importa qual seja a sua tarefa a cumprir.
Significando a união dos oprimidos, a relação solidária entre
eles não importam os níveis reais em que se encontrem como
oprimidos, implica também, indiscutivelmente, consciência de
classe.

Organização
A organização não apenas está diretamente ligada à sua
unidade, mas é um desdobramento natural desta unidade das
massas populares.

O testemunho, na teoria dialógica da ação, é uma das


conotações principais do caráter cultural e pedagógico da
revolução
Todo testemunho autêntico, por isto crítico, implica ousadia de correr riscos — um
deles, o de nem sempre a liderança conseguir de imediato, das massas populares, a
adesão esperada.

É importante, porém, salientar que, na teoria dialógica da ação, a organização jamais


será a justaposição de indivíduos que, gregarizados, se relacionem mecanicistamente.

Síntese cultural
Toda ação cultural é sempre uma forma sistematizada e deliberada de ação que incide
sobre a estrutura social, ora no sentido de mantê-la como está ou mais ou menos como
está, ora no de transformá-la.
A síntese cultural é a modalidade de ação com que, culturalmente, se fará
frente à força da própria cultura, enquanto mantenedora das estruturas
em que se forma.

Neste sentido é que toda revolução, se autêntica, tem de ser também


revolução cultural.

Isto tudo implica que, na síntese cultural, se resolve — e somente nela — a


contradição entre a visão do mundo da liderança e a do povo, com o
enriquecimento de ambos. A síntese cultural não nega as diferenças entre uma
visão e outra, pelo contrário, se funda nelas. O que ela nega é a invasão de uma
pela outra. O que ela afirma é o indiscutível subsídio que uma dá à outra.
Unir para a libertação
Enquanto que, para a elite dominadora, a sua unidade interna, que
lhe reforça e organiza o poder, implica a divisão das massas
populares, para a liderança revolucionária, a sua unidade só existe na
unidade das massas entre si e com ela.

O objetivo da ação dialógica está, pelo contrário, em proporcionar que


os oprimidos, reconhecendo o porquê e o como de sua “aderência”,
exerçam um ato de adesão à práxis verdadeira de transformação da
realidade injusta.
obrigada.
DE PAULO FREIRE, Pensamento et al. Pedagogia do oprimido. 201

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