Apostila Basico
Apostila Basico
CURSO DE LIBRAS
NÍVEL BÁSICO
Página 2
ÍNDICE
CONTEÚDO PÁG.
História da educação de surdos no mundo 3
Filosofias na educação de surdos 4
História da educação de surdos no Brasil 5
A surdez 6
Ver é ouvir 7
O que é Libras 8
Cultura e comunidade surda 9
Legislação 10
Alfabeto e números 11
Numerais 12
Os parâmetros do sinal 13
Configurações de mão 14
Movimento 15
Expressões faciais 17
Tempo 18
Pronomes 20
Tipos de frase 24
Tipos de verbos 25
Adjetivos 27
Intensificadores (advérbios de modo) 28
Classificadores 28
Comparativos de igualdade, superioridade e inferioridade 29
Página 3
STROBEL, Karin. História da educação dos surdos. UFSC. Florianópolis, SC. 2009
Comunicação Total
Nesta visão, é enfatizada a comunicação como necessidade premente a ser satisfeita, a ser satisfeita,
subentendendo-se uma defesa da utilização de todos os recursos disponíveis para estabelecer um
contato efetivo com a pessoa surda que, por seu impedimento sensorial, tem dificuldades
comunicativas, daí, mais especificamente, a designação "Comunicação Total".
Bilinguismo
A abordagem educacional com Bilinguismo para surdos é aquela que acima de tudo estabelece que o
trabalho escolar deve ser feito em duas línguas, com privilégios diferentes: a Língua de Sinais como
primeira língua (LI) e a língua da comunidade ouvinte local como segunda língua (L2).
GENIVALDA BARBOSA
em www.feneis.org.br
Página 6
A SURDEZ
A surdez consiste na perda maior ou menor da percepção normal dos sons. Verifica-se a
existência de vários tipos de pessoas com surdez, de acordo com os diferentes graus de perda da
audição. Pela área da saúde e, tradicionalmente, pela área educacional, o indivíduo com surdez pode
ser considerado:
• Surdo
a)Pessoa com surdez severa – indivíduo que apresenta perda auditiva entre setenta e
noventa decibéis. Este tipo de perda vai permitir que ele identifique alguns ruídos familiares
e poderá perceber apenas a voz forte, podendo chegar até aos quatro ou cinco anos sem
aprender a falar. A compreensão verbal vai depender, em grande parte, de sua aptidão para
utilizar a percepção visual e para observar o contexto das situações.
b)Pessoa com surdez profunda – indivíduo que apresenta perda auditiva superior a noventa
decibéis. A gravidade dessa perda é tal que o priva das informações auditivas necessárias
para perceber e identificar a voz humana, impedindo-o de adquirir a língua oral. As
perturbações da função auditiva estão ligadas tanto à estrutura acústica quanto à
identificação simbólica da linguagem. Um bebê que nasce surdo balbucia como um de
audição normal, mas suas emissões começam a desaparecer à medida que não tem acesso
à estimulação auditiva externa, fator de máxima importância para a aquisição da linguagem
oral. Assim, tampouco adquire a fala como instrumento de comunicação, uma vez que, não
a percebendo, não se interessa por ela e, não tendo retorno auditivo, não possui modelo
para dirigir suas emissões. Esse indivíduo geralmente utiliza uma linguagem gestual, e
poderá ter pleno desenvolvimento lingüístico por meio da língua de sinais. Atualmente,
muitos surdos e pesquisadores consideram que o termo “surdo” refere-se ao indivíduo que
percebe o mundo por meio de experiências visuais e opta por utilizar a língua de sinais,
valorizando a cultura e a comunidade surda.
A princípio, a língua materna é uma língua adquirida naturalmente pelos indivíduos em seu
contexto familiar. Imersa no ambiente lingüístico, qualquer criança ouvinte chega à escola falando sua
língua materna, cabendo à escola apenas a sistematização do conhecimento. Como a maioria das
crianças surdas não têm imersão lingüística idêntica à dos ouvintes em suas famílias, a escola passa a
assumir a função também de oferecer-lhe condições para aquisição da língua de sinais e para o
aprendizado da língua portuguesa. Quanto maior for a perda auditiva, maior será o tempo em que o
aluno precisará receber atendimento especializado para o aprendizado da língua portuguesa oral. Tal
perda, no entanto, não traz nenhum problema lingüístico para o desenvolvimento e aquisição da língua
brasileira de sinais – LIBRAS.
VER É OUVIR
NA FACE humana há mais de 30 músculos. São precisos 14 deles trabalhando juntos
apenas para fazer a pessoa sorrir! Imagine como seriam suas conversas sem esses músculos.
Atraentes? Dificilmente. Para os surdos, porém, os músculos faciais fazem mais do que animar
conversas. Combinados com gestos, eles são um meio significativo de transmitir pensamentos
e idéias. Muitos se impressionam com a capacidade da língua de sinais de expressar até
mesmo pensamentos complexos e suas nuanças.
Há muitos conceitos equivocados a respeito dos surdos e da língua de sinais. Vamos
esclarecer alguns deles. Surdos podem dirigir automóveis. A leitura labial pode ser muito difícil
para eles. A língua de sinais não tem nada em comum com o braile, e não é simples mímica.
Não existe uma língua de sinais universal. Além disso, os surdos têm diferentes “sotaques” de
uma região para outra.
Os surdos conseguem ler? Embora alguns leiam bem, a vasta maioria dos surdos acha
difícil ler. Por quê? Porque a página impressa origina-se de uma língua falada. Considere como
uma criança com a capacidade de ouvir aprende uma língua. Desde o momento que nasce, ela
está rodeada de pessoas que falam a língua local. Ela logo consegue combinar palavras e
formar sentenças. Isso acontece naturalmente apenas por ouvir a língua falada. Assim, quando
crianças ouvintes começam a ler, é apenas uma questão de aprender que os símbolos negros
na página correspondem a sons e palavras que elas já conhecem.
Agora imagine-se num país estrangeiro, numa sala de vidro, à prova de som. Você nunca
ouviu a língua falada local. Todos os dias, as pessoas do lugar vêm até você e tentam falar-lhe
através do vidro. Você não consegue ouvir o que falam. Apenas vê o movimento dos seus
lábios. Percebendo que você não as compreende, elas escrevem aquelas mesmas palavras
num papel e lhe mostram através do vidro o que escreveram. Eles acham que você devia
poder entender o que está escrito. Como acha que se sairia? Para você a comunicação seria, a
bem dizer, impossível nessa situação. Por quê? Porque o que está escrito representa uma
língua que você nunca ouviu. Essa é exatamente a situação da maioria dos surdos.
A língua de sinais é o meio de comunicação ideal para os surdos. A pessoa usa sinais
para definir elementos no espaço ao redor de seu corpo. Seus movimentos nesse espaço e
suas expressões faciais seguem as regras gramaticais da língua de sinais. Surge assim uma
língua visual que possibilita transmitir informações aos olhos.
De fato, quase todo movimento que um surdo faz com as mãos, o corpo e a face
enquanto sinaliza tem significado. As expressões faciais não são feitas apenas para causar
impacto dramático. São parte importante da gramática da língua de sinais. Para ilustrar: Uma
pergunta feita com as sobrancelhas levantadas pode indicar tanto uma pergunta retórica como
uma que exija sim ou não como resposta. As sobrancelhas abaixadas podem indicar
perguntas, tais como: quem?, o quê?, onde?, quando?, por quê? ou como?. Certos
movimentos da boca podem sugerir o tamanho de um objeto ou a intensidade de uma ação. O
modo como um surdo movimenta a cabeça, ergue os ombros, contrai as bochechas e pisca os
olhos acrescenta sentido à idéia que está sendo transmitida.
Esses elementos se combinam para criar um banquete visual para os olhos. Com essa
rica forma de expressão, os surdos que conhecem bem a língua de sinais estão equipados
para transmitir qualquer conceito — do poético ao técnico, do romântico ao humorístico, do
concreto ao abstrato.
http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/2009605?q=l%C3%ADngua+de+sinais&p=par
Página 8
O QUE É LIBRAS
A Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos – FENEIS define a Língua
Brasileira de Sinais – Libras como a língua materna dos surdos brasileiros e, como tal, poderá
ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com esta comunidade.
Como língua, está composta de todos os componentes pertinentes às línguas orais, como
gramática, semântica, pragmática, sintaxe e outros elementos preenchendo, assim, os
requisitos científicos para ser considerado instrumento lingüístico de poder e força. Possui
todos elementos classificatórios identificáveis numa língua e demanda prática para seu
aprendizado, como qualquer outra língua. (...) É uma língua viva e autônoma, reconhecida pela
lingüística.
A Libras é articulada no espaço e percebida pela visão, por isso é chamada de espacial-
visual; isso a torna de modalidade diferente das línguas orais-auditivas (articuladas pela fala e
percebidas pela audição). As duas modalidades de línguas são sistemas abstratos com regras
gramaticais. Entretanto, da mesma forma que as línguas orais-auditivas não são iguais,
variando de lugar para lugar, de comunidade para comunidade a língua de sinais também
varia. Dito de outra forma: existe a língua de sinais americana, inglesa, francesa e varias outras
línguas de sinais em vários países, bem como a brasileira. A língua brasileira de sinais
(LIBRAS) é derivada da língua gestual francesa; por isso, é semelhante a outras línguas de
sinais da Europa e da América.
A LIBRAS não é a simples gestualização da língua portuguesa, e sim uma língua à parte,
como o comprova o fato de que em Portugal usa-se uma língua de sinais diferente, a língua
gestual portuguesa (LGP).
Da mesma forma que nas línguas orais-auditivas existem palavras, nas línguas de sinais
também existem itens lexicais, que recebem o nome de sinais. Para se comunicar em Libras,
não basta apenas conhecer sinais. É necessário conhecer a sua gramática para combinar as
frases, estabelecendo comunicação. Como em qualquer língua, também na libras existem
mudanças regionais, sociais e históricas. Portanto, deve-se ter atenção às suas variações em
cada unidade federativa do Brasil.
Na Libras, os sinais podem ser icônicos ou arbitrários. Sinais icônicos lembram
exatamente o objeto ou ação que ele representa, já sinais arbitrários, não se parecem em nada
com o que este representa.
LEGISLAÇÃO
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
Art. 1o É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais
- Libras e outros recursos de expressão a ela associados.
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação e
expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria,
constituem um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de
pessoas surdas do Brasil.
Art. 2o Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de
serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais -
Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil.
Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não poderá substituir a modalidade escrita
da língua portuguesa.
ALFABETO e NÚMEROS
Página 12
NUMERAIS
A LIBRAS apresenta diferentes formas de sinalizar os numerais, a depender da situação:
OS PARÂMETROS DO SINAL
A estrutura da Língua Brasileira de Sinais é constituída de parâmetros primários e secundários
que se combinam de forma seqüencial ou simultânea.
CONFIGURAÇÕES DE MÃO
Página 15
MOVIMENTOS
De acordo com a direção, podemos classificar os movimentos em:
TIPOS DE MOVIMENTO
Página 16
Página 17
EXPRESSÕES FACIAIS
As expressões faciais podem estar ligadas ao significado de um sinal ou de um contexto.
Determinam o tipo de frase que está sendo expressa, se afirmativa, negativa, interrogativa, etc.
As expressões faciais não são feitas apenas para causar impacto dramático. São parte
importante da gramática da língua de sinais. Para ilustrar: Uma pergunta feita com as
sobrancelhas levantadas pode indicar tanto uma pergunta retórica como uma que exija sim ou
não como resposta. As sobrancelhas abaixadas podem indicar perguntas, tais como: quem?, o
quê?, onde?, quando?, por quê? ou como?. Certos movimentos da boca podem sugerir o
tamanho de um objeto ou a intensidade de uma ação. O modo como um surdo movimenta a
cabeça, ergue os ombros, contrai as bochechas e pisca os olhos acrescenta sentido à idéia
que está sendo transmitida.
Página 18
TEMPO
Na libras não há marca de tempo nas formas verbais, é como se os verbos ficassem na
frase quase sempre no infinitivo. O tempo é marcado sintaticamente através de advérbios de
tempo que indicam se a ação está ocorrendo no presente: HOJE, AGORA; ocorreu no
passado: ONTEM, ANTEONTEM; ou ira ocorrer no futuro: AMANHÃ. Por isso os advérbios
geralmente vem no começo da frase.
Página 19
Página 20
PRONOMES
Pronomes pessoais
Como na língua portuguesa, na LIBRAS, quando uma pessoa surda está conversando,
ela pode omitir a primeira pessoa e a segunda porque, pelo contexto, as pessoas que estão
interagindo sabem a qual das duas o verbo está relacionado, por isso, quando estas pessoas
estão sendo utilizadas pode ser para dar ênfase à frase.
Página 21
Pronomes demonstrativos
e AQUEL@ / LÁ é um apontar para um lugar mais distante, o lugar da terceira pessoa, mas
diferentemente do pronome pessoal, ao apontar para este ponto há um olhar direcionado.
Página 22
Pronomes possessivos
Para a primeira pessoa: ME@, pode haver duas configurações de mão: uma é a mão
aberta com os dedos juntos, que bate levemente no peito do emissor; a outra é a configuração
da mão em P com o dedo médio batendo no peito.
Para as segunda e terceira pessoas, a mão tem esta segunda configuração em P, mas o
movimento é em direção à pessoa referida: segunda ou terceira.
Não há sinal específico para os pronomes possessivo no dual, trial, quadrial e
plural(grupo), nestas situações são usados os pronomes pessoais correspondentes. Exemplo:
NÓS FILH@ “nosso(a) filho(a)”
Pronomes Interrogativos
Os pronomes interrogativos QUE e QUEM geralmente são usados no início da frase, mas
o pronome interrogativo ONDE e o pronome QUEM, quando está sendo usado com o sentido
de “quem-é” ou “de quem é” são mais usados no final. Todos os três sinais têm uma expressão
facial interrogativa feita simultaneamente com eles.
QUAL?
BLUSA MAIS BONIT@. ESTAMPAD@ OU LIS@ QUAL?
MAIS BONIT@ ESTAMPAD@.
COMO?
VOCÊ IR PRAIA AMANHÃ CARRO ÔNIBUS A-PÉ? COMO?
CARRO. VOCÊ IR-JUNTO QUER?
PARA-QUE?
CHEGAR ATRASAD@ , VOCÊ BEBER?
NÃO, PENSAR M-L! PRA-QUE? BOBAGEM!
POR-QUE?
FALTAR ONTEM TRABALHAR POR-QUE?
POR-QUE ESTAR DOENTE.
Página 23
QUANDO, DIA, QUE-HORA, QUANTAS-HORAS
QUANDO e DIA
QUANDO-PASSADO
EL@ VIAJAR RECIFE QUANDO-PASSADO?
ONTEM, MÊS PASSADO, ANO-PASSADO, etc.
QUANDO-FUTURO ou DIA
EU CONVIDAR VOCÊ VIR MINH@ CASA. VOCÊ PODER DIA?
SÁBADO QUE-VEM, EU PODER.
QUE-HORA e QUANTAS-HORAS
Na LIBRAS, para se referir a horas, usa-se a mesma configuração dos numerais para
quantidade e, após doze horas, não se continua a contagem, começa-se a contar novamente:
1 HORA, 2 HORA, 3HORA, etc, acrescentando o sinal TARDE, quando necessário, porque
geralmente pelo contexto já se sabe se está se referindo à manhã, tarde, noite ou madrugada.
A expressão interrogativa QUE-HORAS? (um apontar para o pulso), está relacionada ao
tempo cronológico, exemplo:
QUE-HORAS
AULA COMEÇAR QUE-HORAS AQUI?
VOCÊ TRABALHAR COMEÇAR QUE-HORAS?
QUANTAS-HORAS
VIAJAR SÃO-PAULO QUANTAS-HORAS?
TRABALHAR ESCOLA QUANTAS-HORAS
Página 24
TIPOS DE FRASES
As línguas de sinais utilizam as expressões faciais e corporais para estabelecer tipos de
frases,como as entonações na língua portuguesa, por isso para perceber se uma frase em
LIBRAS está na forma afirmativa, exclamativa, interrogativa, negativa ou imperativa, precisa-se
estar atento às expressões facial e corporal que são feitas simultaneamente com certos sinais
ou com toda a frase,exemplos:
• com um aceno de cabeça que pode ser feito simultaneamente com a ação que está
sendo negada ou juntamente com os processos acima:
EU VIAJAR PODER (cabeça acenando negativamente)
Página 25
TIPOS DE VERBO
Basicamente na Libras, há dois tipos de verbo: verbos que não possuem marca de
concordância e verbos que possuem marca de concordância.
ADJETIVOS
Os adjetivos são sinais que formam uma classe específica na Libras e sempre estão na
forma neutra, não havendo, portanto, nem marca para gênero (masculino e feminino), nem
para número (singular e plural).
Muitos adjetivos, por serem descritivos, apresentam iconicamente uma qualidade do
objeto, desenhando-a no ar ou mostrando-a a partir do objeto ou do corpo do emissor. Em
português, quando uma pessoa se refere a um objeto como sendo arredondado, quadrado,
listrado, entre outros, está também descrevendo mas, na Libras, esse processo é mais
"transparente" porque o formato ou textura são traçados no espaço ou no corpo do emissor, em
uma tridimensionalidade permitida pela modalidade da língua.
Em relação à colocação dos adjetivos na frase, eles geralmente vêm após o substantivo
que qualifica.
Seguem, abaixo, alguns exemplos de adjetivos na Libras:
Página 28
INTENSIFICADORES
Na libras os adjetivos e verbos podem incorporar um intensificador (muito) e dos verbos
poderem incorporar advérbios de modo, que são expressos através da modificação do
movimento.
MUITO: utilizado como intensificador em LIBRAS e expresso através das expressões
facial e corporal ou de uma modificação no movimento do sinal.
RÁPIDO: para estabelecer um modo rápido de se realizar a ação, há uma repetição do
sinal da ação e a incorporação de um movimento acelerado.
Exemplos:
CLASSIFICADORES
Na Libras, os classificadores são configurações de mãos que funcionam como
marcadores de concordância. Estão presas ao verbo modificando a forma como este é
sinalizado. Portanto, os classificadores na Libras são marcadores de concordância de gênero:
PESSOA, ANIMAL, COISA, VEÍCULO.
Os classificadores para PESSOA e ANIMAL podem ter plural, que é marcado ao se
representar duas pessoas ou animais simultaneamente com as duas mãos ou fazendo um
movimento repetido em relação ao número. Os classificadores para COISA representam,
através da concordância, uma característica desta coisa que está sendo o objeto da ação
verbal.
Veja exemplos de configurações de mãos e como elas podem ser classificadores:
Para o comparativo de igualdade, podem ser usados dois sinais: IGUAL (dedos
indicadores e médios das duas mãos roçando um no outro) e IGUAL (duas mãos em B, viradas
para frente encostadas lado a lado), geralmente no final da frase.
Exemplos:
VOCÊ MAIS VELH@ DO-QUE EL@
VOCÊ MENOS VELH@ DO-QUE EL@
VOCÊ-2 BONIT@ IGUAL (me)
IGUAL (md)