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Antifúngicos: Tipos e Mecanismos de Ação

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ANTIFÚNGICOS

Características gerais dos fungos


Crescem bem a temperatura ambiente e em meios ácidos.
Sintomatologia inicial é semelhante ao de infecção bacteriana. Se iniciar
o tratamento para bactéria, mata a flora, o que favorece o crescimento fúngico.
Mulheres tratando infecção urinária, que tem tendência à candidíase,
após o tratamento da infecção, com a flora reduzida, pode aparecer a
candidíase.
Fungos aparecem de forma oportunista, são infecções oportunistas,
quando ocorre a queda da flora ou tem imunossupressão.
Citologia dos fungos
Membrana celular
Atua como uma barreira semi-permeável no transporte ativa e passivo de
substancias.
Constituída por uma porção hidrofóbica e outra hidrofílica.
Esteróis – ergosterol
Lipídeos associados a açúcar – glicolipídeos – importantes na aderência da
célula fúngica às células do hospedeiro.
Infecções fúngicas
São chamadas de Micoses.
- infecção superficial: pele, mucosas, unhas, pelos
- infecção sistêmica: tecidos e órgãos profundos

Temperatura corporal e umidade favorece infecção fúngica. Alimentos


com alto teor de açúcar e sal são mais difíceis de ter crescimento fúngico, pois
sal e açúcar e retém a água.
Antifúngicos tópicos são ausentes de prescrição.
Antifúngicos
- Antibióticos (produzidos a partir de outros microrganismos)
Griseofulvina, nistatina, candicidina, anfotericina B.
- Fármacos sintéticos
Flucitosina, imidazóis, miconazol, cetoconazol, alilaminas, naftifina.
Anfotericina B e Nistatina
Se ligam à estrutura do ergosterol na membrana celular fúngica. Reage
hidrofobicamente, formando um poro, por onde a célula fúngica perde
componestes intracelulares, como K, causando a morte celular.
Anfotericina B: tem penetração mínima no SNC; aplicação é intravenosa
ou tópica. A formulação é lipossomal: o medicamento no centro de um
composto lipídico; dando maior facilidade em atravessar membrana; bom para
medicamentos que tem essa dificuldade. Tem como efeito adverso a
nefrotoxicidade, e a formulação lipossomal diminui esse efeito adverso.
Nistatina: uso tópico, solução ou cavidade oral. Não é absorvida no TGI,
mas causa desconforto no TGI. Usada principalmente para candidíase,
infecções na cavidade oral, do trato respiratório ao digestivo.

Griseofulvina
Atua no processo de mitose, impede a mitose. Interage com o fuso
mitótico da célula fúngica. Causa distúrbios TGI, reações alérgicas e
hepatoxicidade. Indução enzimática quando administrado por via oral; aumenta
o metabolismo de outros fármacos reduzindo seus efeitos.
Interage com as proteínas que sustentam o fuso mitótico, impedindo que ocorra
a divisão do material genético, impedindo a divisão da célula fúngica em duas.
É indutora do citocromo P450, aumenta a metabolização de outras drogas,
diminui o efeito de outros fármacos.

Flucitosina
Interfere na síntese do DNA fúngico.
Se transforma em antimetabólico (fluoracil ou fluoracila) ao entrar na
célula. Funciona como antimetabólico para o ser humano. A transformação só
ocorre na célula fúngica.
Bem absorivado por VO mas usado por IM.

Azóis
Antifúngicos de amplo espectro
- Fluconazol, itraconazol, cetoconazol, miconazol.
Interferem na transformação de Lanosterol em Ergosterol. A inibição da síntese
de ergosterol desorganiza a função da membrana e aumenta a permeabilidade.
São inibidores enzimáticos. Agem no retículo endoplasmático do fungo.
Inibe a síntese da membrana ou a fragiliza.
Contra indicado azóis com anfotericina B: aumento da toxicidade da
anfotericina B. Não há sinergismo no efeito e tem risco de aumentar toxicidade.
A anfotericina se liga à membrana, e os azóis impedem a síntese da
membrana.
Inibem a esterol-desmetilase e diminuem a formação de ergosterol a partir do
lanosterol. Aumenta a permeabilidade da membrana.
Pode associar com Flucitosina. Não deve associar com Anfotericina B:
nefrotóxicos. Não deve associar bebida alcóolica, pode ocorrer hepatite
medicamentosa.
Alilaminas (classe) – Terbinafina (tratamento para dermatomicoses)
Age na via sintética do ergosterol. Inibe a enzima esqualena epoxidase,
que transforma esqualeno em lanosterol. Tem o acúmulo de esqualeno, o que
é tóxico para a célula fúngica. Efeitos adversos: distúrbios TGI, cefaleia,
reações alérgicas.
Derivados Morfolínicos
Amorolfina: tratamento tópico das dermatomicoses (cremes e esmaltes)

Equinocandinas
Atua sobre a parede celular do fungo, a fragiliza.
Caspofungina, anidulafungina e micafungia.
Administrados por via intravenosa.
Causam lise osmótica.

Polioxinas e Nicomicinas
Atuam como análogos competitivos do substrato da enzima quitina
sintetase.

Ciclopirox olamina
Uso tópico
Mecanismo: quelante de íons di e trivalentes necessários para as atividades
enzimáticas e da cadeira respiratória das células fúngicas – inibe a síntese da
parede (deficiência na captação de aminoácidos e nutrientes).
Tratamento de micoses cutâneas (dermatófitos e leveduras) e Ptíriase
versicolor.
RESUMO
Infecção fúngica/ micoses: Infecção superficial (pele, unha, mucosa,
pelos) e sistêmica (tecidos e órgãos profundos), não necessariamente a
corrente sanguínea.
Medicamentos antifúngicos:
- Antibióticos:
Griseofulvina: interage com as proteínas que sustentam o fuso
mitótico, impedindo que ocorra a divisão do material genético, impedindo a
divisão da célula fúngica em duas. É indutora do citocromo P450, aumenta
a metabolização de outras drogas, diminui o efeito de outros fármacos.
Candicidina;
Nistatina e Anfotericina B (Polienos): atuam se ligando ao ergosterol
da célula fúngica, abrindo um poro nela. A partir desse poro, a célula
fúngica perde elementos (por ex. potássio) intracelulares e ela acaba
morrendo. Nistatina: muitos efeitos adversos, só uso tópico. Anfotericina:
nefrotoxicidade, pode usar Anfotericina B lisossomal (envolta por cápsula
lipídica).
- Fármacos sintéticos:
Flucitosina: inibe a enzima timidalato sintase que converte uracila em
timidina, assim inibe a produção de DNA (impedimento da formação de
timidina- timina). Associação de Flucitosina e Anfotericina B: anfotericina
abre o poro na MP e facilita a entrada da Flucitosina.
Grupo Azóis: Ativos contra vários tipos de fungos. Inibem a esterol-
desmetilase e diminuem a formação de ergosterol a partir do lanosterol.
Aumenta a permeabilidade da membrana.
Pode associar com Flucitosina. Não deve associar com Anfotericina
B: nefrotóxicos. Não deve associar bebida alcóolica, pode ocorrer hepatite
medicamentosa.
Obs: Cetoconazol: inibe P450, efeito de outros fármacos aumenta.
Fluconazol: 1 cápsula por semana, pois tem alta capacidade de
deposição em tecidos queratinizados. Pacientes imunodeprimidos: tomar
fluconazol todos os dias, para evitar infecções fúngicas oportunistas.
Alilaminas: terbinafina análogo a Naftifina. Ex: lamisil.
Inibem a enzima esqualeno epoxidase, que transforma esqualeno em
lanosterol; inibe a síntese de ergosterol que iria compor a membrana da célula
fúngica; MP mais permeável.
Derivados morfolínicos: inibem a produção de ergosterol, porém em vias
comuns a outros esteróis impede a utilização sistêmica.
Polioxinas e Nicomicinas: atuam na formação da quitina nas células
fúngicas, não são específicas.
Ciclopirox alamina: afeta a cadeia respiratória. Toxicidade.
Equinocandinas: (Caspofungina, Anidulagungina e Micofungina) impede
a formação das glicanas da parede celular. Seletiva. Inibe a enzima B-glicano
sintetase 1,3, inibindo a síntese de 1,3-beta-glicano, e assim, da parede celular.
Lise osmótica. Caspofungina: quando não responde aos azóis e anfotericina B.

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