Common KADS
Common KADS
CONHECIMENTO E
A METODOLOGIA
COMMONKADS
Utilize as ferramentas certas
para colocar a Gestão do
Conhecimento em prática
ÍNDICE 3 Introdução
44 Conclusão
45 Sobre a Humantech
46 Sobre o Autor
47 Referências
Mas esse resultado apenas é obtido com uma boa gestão do conhecimento (GC), fazendo com que essas informações sejam
devidamente contextualizadas e adquiram um significado para que a empresa possa aproveitá-las da melhor forma. Essa
atividade é tão importante que é exigida pela própria ABNT ISO 9001, responsável pela implementação do sistema de gestão
de qualidade (SGQ) nas empresas. E não pense que essa metodologia é exclusiva para grandes organizações. Ela pode (e
deve) ser aproveitada por todas, independentemente do porte e do segmento em que atuam.
Parece complexo? Calma! Pois este e-book vai explicar como tudo isso funciona e de que forma a gestão do conhecimento
pode impulsionar o seu negócio. Para isso, vamos apresentar o conceito de Engenharia do Conhecimento, mostrar como
funciona a metodologia CommonKADS e qual é o modelo que a Humantech propõe para ajudar seus clientes.
Boa leitura!
A gestão do Foi-se o tempo em que cada funcionário era responsável apenas por
uma etapa do trabalho em sua empresa, sem ter a necessidade de
conhecimento conhecer o processo como um todo. O fordismo, sistema de produção
característico do início do século XX, mostra-se insuficiente para a
sociedade atual, em que o conhecimento tem um papel essencial. Hoje,
contar com uma equipe que tenha uma visão ampla dos processos faz
toda a diferença para otimizar a produção e estimular um ambiente
inovador. E aqui não se trata apenas do conhecimento prático, mas do
teórico também.
Você já parou para pensar em qual é a origem do conhecimento de uma empresa? Bom, para explicar isso, a
GC utiliza duas abordagens que, embora desenvolvidas separadamente, são consideradas complementares
por especialistas. A primeira é a ontológica, segundo a qual o conhecimento apenas pode ser produzido por
indivíduos. Assim, a organização deve apoiar as pessoas criativas com o objetivo de incentivar a produção de
conhecimento. Ao unir o conhecimento de todos da equipe, forma-se uma rede, que é exatamente o que estrutura
o conhecimento organizacional.
A segunda abordagem é a epistemológica, que se baseia na distinção dos conhecimentos tácito e explícito. O
tácito refere-se ao conhecimento que está na mente das pessoas, sendo difícil de formular e de comunicar. Ele é
constituído por uma espécie de mapa mental, incluindo o conhecimento concreto, as técnicas e as habilidades. O
explícito, por sua vez, é aquele que pode ser transmitido em linguagem formal ou sistemática, ou seja, que pode
ser propagado de maneira simplificada.
Aproveitar todo o conhecimento teórico e prático que um colaborador acumulou ao longo dos anos é o principal desafio das
empresas hoje em dia e tem, inclusive, um caráter estratégico. Isso porque a soma de todo esse conhecimento representa
o capital intelectual da organização, que é formalizado pelo intercâmbio entre os capitais humano (pessoas), estrutural
(infraestrutura) e de clientes. E um aspecto importante é que todo o conhecimento individual pode ser compartilhado em
diversos meios, como livros, revistas e sites, por exemplo, para fomentar o aprendizado coletivo.
A GC visa, portanto, administrar esse know-how, utilizando-o a favor das empresas. Para isso, conta com metodologias e
tecnologias específicas que permitem a identificação, a criação, a renovação e a aplicação dos conhecimentos estratégicos
na rotina de uma organização. Com isso, cria-se na empresa novos modelos organizacionais, considerando a estrutura, os
processos, os sistemas gerenciais e as novas posições de liderança. Tudo isso com o objetivo de desenvolver um ambiente
favorável para a GC, eliminando qualquer barreira que possa surgir no processo de aquisição e compartilhamento de
conhecimento.
Implementar a gestão do conhecimento na rotina de uma empresa é essencial para mantê-la competitiva e para que os
esforços e o trabalho sejam sempre direcionados corretamente, sem desperdiçar energia. Lembrando que esse processo de
implementação e de execução da GC deve contar com a participação de todos para que faça parte da cultura organizacional,
pois apenas assim os resultados positivos serão alcançados.
Mecanicista: está relacionada às crenças, às histórias, aos mitos, aos heróis, aos tabus, às normas e aos rituais.
Segundo essa vertente, a cultura é controlada por esses elementos, podendo ser manipulada por eles e, por isso, não
é considerada algo duradouro. Ela corresponde à percepção das pessoas e não à cultura em si.
Holográfica: considera a cultura organizacional como uma representação da realidade, de modo que ela é
compartilhada por todos os colaboradores. Como consequência, envolve todos os profissionais quando estão na
empresa e, por isso, apresenta resultados duradouros. É exatamente essa perspectiva que proporciona um ambiente
favorável à produção e à propagação do conhecimento.
A gestão do conhecimento é tão importante nos processos corporativos que é considerada um dos elementos-chave para
que uma empresa consiga o selo da ISO 9001, norma responsável por determinar as especificações para a implementação
da gestão da qualidade em uma organização. Para você se aproximar mais desse tema, confira nosso e-book que explica em
detalhes o conceito:
O que é Engenharia do Seja em casa, na hora de preparar um bom café da manhã, seja no
trabalho, quando é necessário realizar uma reunião remota com o
Conhecimento cliente, somos expostos constantemente a situações que exigem
uma resposta rápida e eficaz. São questões que surgem ao longo das
atividades diárias e limitam nossa vida de alguma forma, consumindo
tempo, exigindo recursos e dificultando ou impossibilitando algumas
ações. A engenharia é exatamente a área responsável por apresentar
ideias novas para resolver essas demandas, tendo o desafio de inovar
e de criar soluções para as necessidades identificadas, considerando o
contexto no qual estão inseridas.
Existem definições muito importantes para o trabalho da Engenharia do Conhecimento. São elas:
TAREFA DA APLICAÇÃO Tarefa que precisa ser executada em uma determinada aplicação.
A Engenharia do Conhecimento começou a dar os primeiros passos na década de 1960. Naquela época, foram desenvolvidos
os primeiros sistemas especialistas setorizados, cujo funcionamento seguia o paradigma de transferência de conhecimento.
Assim, o objetivo deles era codificar o know-how de especialistas para que fosse disponibilizado a outros profissionais.
Em outras palavras, a ideia era transferir o conhecimento teórico e prático de quem o tinha para uma base na qual ele se
tornava acessível a todos que precisassem.
Esse processo era feito por meio de entrevistas com os profissionais, a fim de reunir todos os procedimentos que adotavam
para desenvolver tarefas específicas. As informações eram, então, armazenadas e, posteriormente, manipuladas de acordo
com regras previamente estabelecidas.
A partir da década de 1980, houve uma mudança nessa proposta, dando início à segunda geração de sistemas para gestão
do conhecimento. Com isso, o paradigma de transferência foi substituído pelo de modelagem de conhecimento, segundo
o qual o gerenciamento correto evita a perda de conhecimento e permite utilizá-lo de forma estratégica. Isso fez com que
a produção de sistemas para a gestão do conhecimento aumentasse e passasse a utilizar fundamentos e métodos da
Engenharia do Conhecimento para atender às necessidades das grandes corporações.
Esse novo paradigma deu espaço para os sistemas de conhecimento intensivos, responsáveis por ampliar a possibilidade de
analisar o know-how corporativo de forma global, de aumentar as formas de administrá-lo estrategicamente e de tornar os
processos mais rápidos.
Essa mudança fez com que a EC tivesse como objetivos o uso de ferramentas para operar a gestão do conhecimento,
o suporte às decisões dos trabalhadores do conhecimento e o desenvolvimento de sistemas de GC mais eficientes.
Como resultado, a área permite a identificação de oportunidades e obstáculos nas organizações durante o processo de
desenvolvimento, de distribuição e de aplicação do conhecimento.
Para isso, foram desenvolvidas técnicas e metodologias visando não só aperfeiçoar os sistemas, mas também analisar e
estruturar o conhecimento corporativo durante o seu gerenciamento, dentre as quais podemos destacar:
O CommonKADS é a principal metodologia utilizada na gestão do conhecimento, servindo como base para diversos modelos
de implementação e acompanhamento dos processos. Por isso, no próximo capítulo, vamos nos aprofundar mais nela!
Aplicação do CommonKADS
A implementação correta do CommonKADS tem o objetivo de responder três questões, que devem direcionar as ações e as
soluções a serem adotadas:
Por que: para entender bem o contexto e o ambiente corporativo, é preciso se perguntar: por que um
sistema de gestão do conhecimento é uma solução em potencial? Quais problemas ele deve resolver? Que
benefícios, custos e impactos organizacionais ele terá?
Qual: o objetivo deste tópico é conseguir a descrição conceitual do conhecimento que é utilizado para
realizar uma tarefa. Para isso, é preciso entender a natureza e a estrutura desse conhecimento, além da
estrutura de comunicação utilizada.
Como: o foco, neste questionamento, são os aspectos técnicos relacionados à implementação. Sendo assim,
é preciso considerar como o conhecimento deve ser implementado no sistema computacional e qual é a
infraestrutura tecnológica necessária para construir e executar o sistema.
Para que um projeto de Engenharia do Conhecimento seja feito de forma adequada e, consequentemente, proporcione os
resultados almejados, é essencial que o engenheiro responsável por ele defina o contexto em que será realizado. Embora
isso pareça meio óbvio, é preciso ressaltar que cada realidade tem suas particularidades e desafios, portanto, os projetos
devem ser totalmente embasados nesses elementos, considerando a empresa em que será implementado, os processos que
geram e utilizam determinado conhecimento e quem são os responsáveis por essas atividades.
Apenas quando tudo isso for identificado é que o profissional pode formalizar os elementos que devem fazer parte do
projeto e, assim, definir como ele será realizado. Nesse sentido, a metodologia CommonKADS é formada pelos modelos
que correspondem às etapas de implementação do processo de gestão do conhecimento. Para ficar mais claro, observe os
modelos do CommonKADS no quadro a seguir:
Modelo do Modelo de
CONCEITO
Conhecimento Comunicação
Modelo de
ARTEFATO
Projeto
Modelo da Organização
Este modelo analisa as maiores características da organização, com o objetivo de identificar problemas e oportunidades para
os sistemas de gestão do conhecimento, de estabelecer a viabilidade deles e de analisar o impacto no dia a dia da empresa.
O modelo é aplicado em cinco fases, também denominadas de quadros, que abordam a organização de forma diferente,
considerando estrutura organizacional, atividades, processos de negócios, pessoas e recursos.
Também deve ser incluído o levantamento de processos, pessoas, recursos e o conhecimento utilizado, pois serão
importantes para os outros modelos do CommonKADS. A parte final desta etapa está relacionada à cultura e ao poder na
organização, que envolvem as regras formais e informais (aquelas que não estão escritas) responsáveis por definir o estilo de
trabalho, como é feita a comunicação e outras variáveis importantes para a empresa.
Veja no quadro a seguir um resumo de tudo que deve ser levado em consideração nesta etapa:
Prestar muita atenção nas regras que não estão escritas, incluindo estilo de
trabalho e comunicação (que quase nunca obedecem a um organograma),
CULTURA & PODER
relações pessoais e experiências interpessoais (sem conhecimento) e redes
formais e informais.
N° sequencial Nome da Pode ser algum Algum local Lista de recursos Indicador Indicação de quão
(identificador) tarefa (alguma agente, um da organização de conhecimento lógico (Sim/ significante a
parte do processo humano (veja usados nesta Não) indicando tarefa pode ser
descrito na pessoas em tarefa se: a tarefa é considerada
OM-2) OM -2) ou um considerada de (por exemplo, numa
software (veja conhecimento escala de 5 pontos,
recursos em OM -2) intensivo? considerando:
frequência, custos,
recursos e missão
crítica)
A quarta etapa do modelo da organização refere-se aos ativos de conhecimento. Este é o momento em que é feita a relação
de todo o conhecimento utilizado nas atividades, detalhando-o, conforme vamos ver no quadro que vem na sequência. É isso
o que vai proporcionar uma visão geral do que será detalhado no Modelo do Conhecimento, pois são discriminados quem
possui o conhecimento, se a utilização ocorre de forma correta, onde e quando ele é aplicado, além da qualidade dessa
aplicação. Com isso, é possível fazer uma análise crítica da organização e propor as melhores soluções.
Nome do Agente que Algum lugar Sim ou não; Sim ou não; Sim ou não; Sim ou não;
conhecimento possui o na estrutura Comentários Comentários Comentários Comentários
conhecimento da organização
(conforme (veja OM-2)
OM -3)
Por fim, a última fase é a de viabilidade de execução, que consiste em documentar e avaliar as implicações das informações
obtidas em cada modelo diante das soluções propostas para o problema. No quadro, temos o checklist para a verificação
dessa viabilidade:
De negócios: identifica se a solução proposta está de acordo com as expectativas e a realidade da empresa e
estuda quais impactos ela proporcionará.
Do projeto: avalia se o projeto será bem recebido pelas pessoas que devem interagir direta ou indiretamente
com ele, se os recursos de tempo, orçamento e equipamentos necessários são suficientes e estão disponíveis
e se o projeto apresenta riscos e incertezas.
A partir do resultado obtido nesse processo é que são definidas quais ações serão realizadas a seguir.
Modelo da Tarefa
O Modelo da Tarefa analisa a logística das principais tarefas realizadas (entradas, saídas, pré-condições, critérios de
performance, além dos recursos e competências necessárias). Nesta fase são identificadas quais são as tarefas que detêm o
conhecimento a ser gerenciado e, para isso, é detalhado o fluxo das tarefas de cada processo em subtarefas mais específicas
para descrever o máximo possível delas e auxiliar no refinamento e definição do conhecimento envolvido nelas.
O primeiro faz um refinamento das tarefas do processo em questão para identificar elementos, considerando a dependência
de fluxo de execução, os objetos manipulados, a duração da tarefa, os agentes responsáveis pela execução dela, os
conhecimentos e as competências necessários, os recursos e a performance. Entenda melhor quais são os itens observados
nesse refinamento:
Item de conhecimento;
NOME: Agente;
POSSUÍDO POR: Identificador e nome da tarefa;
USADO EM: Área do domínio em que o conhecimento está inserido (campo especialista,
DOMÍNIO: disciplina, ramo da ciência ou da engenharia, comunidade profissional).
Formal, rigoroso
Empírico, quantitativo
Altamente especializado,
domínio específico
Baseado em experiência
Baseado em ação
Incompleto
Difícil de verificar
Formas de Conhecimento
Mente
Papel
Eletrônico
Outros
Disponibilidade do Conhecimento
Limitações no tempo
Limitações no espaço
Limitações no acesso
Limitações na qualidade
Limitações na forma
O Modelo do Agente tem o objetivo de compreender os papéis e as competências dos diversos profissionais ao
desempenharem uma atividade compartilhada. Dessa forma, ele descreve as características dessas pessoas, destacando
suas competências, autoridades e restrições para agir. Também relaciona meios de comunicação entre os especialistas
necessários para que os processos sejam realizados. O documento do modelo de agentes pode ser estruturado de acordo
com o quadro abaixo:
Modelo do Conhecimento
Este é o modelo principal e mais complexo da metodologia CommonKADS, pois tanto evidencia o conhecimento do domínio
quanto descreve a capacidade de um sistema de conhecimento de resolver problemas utilizando o conhecimento coletado.
Em suma, este modelo descreve todo o conhecimento relacionado a cada tarefa, o que permite detalhá-lo, identificar quais
profissionais o têm e entender como seus componentes se relacionam entre si. A ideia é explicar os tipos e as estruturas de
conhecimento utilizados em cada tarefa.
2. Especificação do conhecimento: nesta fase, deve ser feita uma especificação completa do Modelo do
Conhecimento. Este é o momento em que se escolhe a estrutura de inferência (o template) com base
na biblioteca disponível, em que se constrói o esquema inicial do domínio e em que é complementada a
especificação do Modelo do Conhecimento.
3. Refinamento do Conhecimento: é preciso validar o conhecimento que é feito a partir de testes e da base
existente, utilizando os contextos reconhecidos durante a fase de identificação do conhecimento. São as
atividades realizadas nesta fase que validam o Modelo do Conhecimento a partir da simulação dele e do
complemento à base de conhecimento.
O conhecimento de inferência descreve passos básicos de inferência que se deseja alcançar, utilizando o
conhecimento de domínio.
O conhecimento da tarefa identifica quais são os objetivos que determinada atividade deve alcançar e
como eles podem ser realizados por meio da decomposição de tarefas e de inferências.
Modelo de Comunicação
O Modelo de Comunicação, como o próprio nome já sugere, garante uma boa comunicação entre os especialistas envolvidos
em uma atividade, o que é essencial para o sucesso dela. Esse processo acontece de forma independente da implementação
e do conceito, como ocorre no Modelo do Conhecimento. Para isso, são indicadas todas as comunicações que aconteceram
entre os profissionais envolvidos na tarefa. Dessa forma, são especificadas a troca de mensagem e quem tomou a iniciativa
de fazê-las, com o objetivo de mostrar como o conhecimento é produzido e transferido entre os colaboradores.
AGENTES ENVOLVIDOS Indica quais serão os agentes que irão enviar e receber o objeto de informação.
Listar todos os itens de informação que serão transmitidos nesta transação. Isto
inclui os principais objetos de informação cuja transferência é objetivo desta
transação. Porém, ela pode conter outros itens de informação de suporte, por
exemplo, e fornecer ajuda ou explanação. Para cada item de informação, faça a
seguinte descrição:
ITENS DE INFORMAÇÃO 1. Papel: se ele é o objeto principal ou um item de suporte.
2. Forma: a forma sintática em que são transmitidos para outro agente, por
exemplo, dados em string, um texto gravado, um certo tipo de diagrama.
3. Meio: o meio pelo qual ele será carregado na interação agente-agente. Por
exemplo, uma janela pop-up, um menu de navegação e seleção, interface de
linha de comando, intervenção humana etc.
Modelo do Projeto
Contém todas as informações que estão nos modelos de especificações técnicas do sistema (referentes à arquitetura,
à plataforma de implementação, aos módulos de software e aos construtores de representação) e nos mecanismos
computacionais necessários para implementar o que foi definido nos modelos de conhecimento e comunicação.
Fazer essa análise completa e profunda das tarefas e dos especialistas é fundamental para identificar problemas
relacionados ao conhecimento de algumas áreas. Inclusive, o impacto da gestão do conhecimento nas organizações pode
ser diferente daquilo que era esperado, exigindo uma adaptação dos processos corporativos e o aprimoramento do trabalho
envolvido na GC.
A ideia, então, é que os modelos da organização, dos agentes e da tarefa trabalhem juntos para analisar não só o ambiente
corporativo como um todo, mas também aspectos que poderiam prejudicar os resultados do sistema do conhecimento.
Enquanto isso, os modelos de conhecimento e de comunicação descrevem conceitualmente as funções de resolução de
problema dos dados gerados e tratados pelo sistema. Por fim, o modelo de projeto vai converter esses dados levantados nas
observações e análises em especificações técnicas, que é a base para a implementação do software.
Embora os modelos do CommonKADS sejam interdependentes, é importante ressaltar que eles podem acontecer em
momentos diferentes e ser realizados por equipes distintas. Além disso, nem sempre é necessário que todos eles sejam
construídos ― isso vai depender do que o engenheiro achar mais apropriado para o projeto.
Modelo para Até o capítulo anterior, fizemos um passeio por toda a teoria que
envolve a Engenharia do Conhecimento e a metodologia mais utilizada
modelagem de atualmente para a gestão do conhecimento, o CommonKADS.
O modelo para a modelagem de conhecimento corporativo estratégico foi desenvolvido com o objetivo de permitir
que o conhecimento estratégico identificado nos diferentes processos da empresa pudesse ser priorizado, modelado e
representado, possibilitando sua gestão. As fases desse modelo são compostas pelos seguintes elementos:
Fase 4 - Sistemas de apoio aos processos de negócio: é reunido o conjunto de sistemas que ajudam a organização a
alcançar os objetivos.
Fase 5 - Avaliação e aderência aos processos do negócio: são definidas as métricas utilizadas e os resultados são
avaliados para confirmar se os objetivos estabelecidos na estratégia de GC estão sendo alcançados.
Fase 6 - Feedback: a análise dos resultados alimenta novamente o ciclo de fases para otimizar o modelo e aprimorar os
processos corporativos como um todo.
ESTRATÉGIAS CORPORATIVAS
ESTRATÉGIAS DE GC
Preservação do
conhecimento
Processos de Negócio
FEEDBACK
Aquisição do Uso do
conhecimento conhecimento
Desenvolvimento Compartilhamento
distribuição do
do conhecimento
conhecimento
Sabe por que utilizar esse modelo pode fazer a diferença no seu dia a dia? Porque as empresas que adotam essa orientação
estratégica no processo de estruturação de um modelo sustentável e cíclico que viabilize a GC conseguem atingir uma alta
performance dos sistemas de apoio à gestão do conhecimento. Mas, claro, lembrando sempre que o foco do processo são os
conhecimentos considerados realmente estratégicos, como explicamos antes.
E para que não haja dúvidas sobre o suporte que o CommonKads oferece às atividades de modelagem, como falamos antes,
fizemos um quadro comparativo, no qual determinamos os modelos do CommonKads necessários para suportar as fases do
modelo proposto. Essa relação foi determinada a partir da análise dos modelos do CommonKADS e da estrutura do modelo
proposto. Confira!
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O Conhecimento