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Poluição Atmosférica

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POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

At 3

Questão 1)

1. Material Particulado (PM10 e PM2,5): Partículas sólidas ou líquidas suspensas no ar,


provenientes de diversas fontes, como queima de combustíveis, processos industriais e
atividades veiculares. São classificadas de acordo com o tamanho das partículas (PM10 -
partículas com diâmetro aerodinâmico menor que 10 micrômetros; PM2,5 - partículas com
diâmetro aerodinâmico menor que 2,5 micrômetros).

2. Dióxido de Enxofre (SO2): Gás resultante da queima de combustíveis fósseis, principalmente


o carvão, e de processos industriais. Pode causar irritação nos olhos, garganta e pulmões,
além de contribuir para a formação de chuva ácida.

3.Dióxido de Nitrogênio (NO2: Gás proveniente principalmente da queima de combustíveis em


veículos automotores e processos industriais.

4. Monóxido de Carbono (CO) Gás incolor e inodoro produzido pela queima incompleta de
combustíveis fósseis. Pode causar envenenamento por monóxido de carbono em altas
concentrações.

5. Ozônio Troposférico (O3): Formado a partir da reação entre óxidos de nitrogênio (NOx) e
compostos orgânicos voláteis (COVs) na presença de luz solar. Altas concentrações podem
causar problemas respiratórios e afetar a saúde humana.

Os padrões de qualidade do ar geralmente incluem níveis de concentração máxima permitida


para cada poluente, com diferentes classificações (por exemplo, média horária, média diária,
média anual), para orientar a tomada de decisão e a implementação de medidas de controle da
poluição.

b)
Brasil (CONAMA):
- Poluentes monitorados: PM10, PM2,5, SO2, NO2, CO, O3.
- Classificações de padrões de qualidade do ar: média diária, média anual.

Estados Unidos (EPA - Environmental Protection Agency):


- Poluentes monitorados: PM10, PM2,5, SO2, NO2, CO, O3.
- Classificações de padrões de qualidade do ar: média diária, média anual.
- Equipamentos utilizados: Estações de monitoramento automáticas.

Alemanha:
- Poluentes monitorados: PM10, PM2,5, SO2, NO2, CO, O3.
- Classificações de padrões de qualidade do ar: média diária, média anual.
- Equipamentos utilizados: Estações de monitoramento automáticas.
- Fonte regulatória: Diretiva da União Europeia 2008/50/CE, transposta para a legislação
alemã.

A principal diferença entre os dois países está na legislação aplicável. Enquanto o Brasil possui
padrões de qualidade do ar estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 003/90, a Alemanha
segue os padrões definidos pela Diretiva da União Europeia 2008/50/CE, que são mais
abrangentes e harmonizados com outros países membros da UE.

Além disso, embora os poluentes monitorados e as classificações dos padrões sejam


semelhantes, os valores absolutos dos limites permitidos para cada poluente podem diferir
entre os dois países devido a diferentes abordagens regulatórias, condições ambientais e
preocupações de saúde pública.

A Alemanha, como membro da União Europeia, também está sujeita a relatórios e avaliações
regulares da Comissão Europeia sobre a conformidade com os padrões de qualidade do ar
estabelecidos pela UE, o que pode influenciar políticas nacionais e medidas de controle da
poluição.

- Resolução CONAMA nº 003/90:


https://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=197
- Diretiva 2008/50/CE: https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/?uri=CELEX:32008L0050
- EPA - Air Quality Index: https://www.epa.gov/outdoor-air-quality-data/air-quality-index-report
- European Environment Agency:
https://www.eea.europa.eu/data-and-maps/data/air-quality-index-report-2020

Questão 2)

Modelos de dispersão de poluentes lagrangeanos e eulerianos são ferramentas fundamentais


na simulação e previsão da dispersão de poluentes na atmosfera. Eles diferem em sua
abordagem para resolver as equações de transporte e difusão dos poluentes, resultando em
diferentes métodos de modelagem e aplicabilidade.

Modelos Lagrangeanos: Nesses modelos, o movimento individual de cada partícula de


poluente é acompanhado ao longo do tempo. Cada partícula é tratada como uma entidade
distinta, e sua trajetória é calculada considerando as forças atmosféricas que atuam sobre ela,
como a velocidade do vento e a turbulência atmosférica.

Características:
- As partículas são rastreadas desde a fonte de emissão até que elas deixem a área de
interesse.
- Podem levar em conta a heterogeneidade espacial e a topografia local, sendo especialmente
úteis em áreas urbanas com edifícios e obstáculos que afetam a dispersão dos poluentes.
- Permitem simular a formação de padrões de concentração complexos em escalas menores.

- Aplicabilidades:
- Estudos de dispersão de poluentes em escala local, como em torno de fontes de emissão
industriais, rodoviárias ou urbanas.
- Avaliação do impacto da poluição do ar em áreas urbanas densamente povoadas.
- Análise da exposição humana a poluentes atmosféricos em nível microescalar.

Modelos Eulerianos: Esses modelos dividem o espaço atmosférico em uma grade


tridimensional e resolvem numericamente as equações de transporte dos poluentes em cada
célula da grade. Eles acompanham a variação da concentração de poluentes em cada ponto do
espaço ao longo do tempo.

características:
- A grade pode ser fixa no espaço ou pode acompanhar o movimento do ar (grid móvel).
- São capazes de capturar a dinâmica atmosférica em grande escala, incluindo a advecção,
difusão e dispersão dos poluentes.
- Permitem a integração de processos físicos e químicos complexos, como reações químicas e
deposição seca.

Usos e aplicabilidades:
- Estudos de dispersão de poluentes em escalas regional e global.
- Previsão da qualidade do ar para períodos futuros.
- Avaliação de cenários de controle de emissões e impactos de políticas ambientais.

Questão 3)

a- A equação de conservação de massa para modelagem atmosférica, a partir de um VC


(volume de controle), deve respeitar os princípios de conservação descritos abaixo:

Razão de Acúmulo = Massa que entra - Massa que sai + Emissão - Remoção

Desse modo, a expressão é dada por:

dQ/dt = (Fi - Fo) + (P - R)

Onde:
Q = massa total da substância no volume de ar (nesse caso o NO);
Fi = Fluxo de massa que entra;
Fo = Fluxo de massa que sai;
P = Introdução das espécies a partir da fonte (emissão);
R = Remoção de espécies a partir da fonte (remoção)

b- Modelos de dispersão gaussiana: São frequentemente utilizados para estimar a dispersão de


poluentes emitidos por fontes pontuais, como chaminés industriais ou exaustores veiculares.
Eles assumem uma distribuição de concentração de poluentes em forma de sino em torno da
fonte. As incertezas nesses modelos podem surgir devido à simplificação das condições
atmosféricas, como estabilidade atmosférica, variação da velocidade do vento e topografia
local.

Modelos de dispersão eulerianos: Esses modelos dividem o domínio atmosférico em células ou


grades e resolvem numericamente as equações de transporte para cada célula. Eles são
capazes de capturar a complexidade da dinâmica atmosférica, mas podem exigir muitos
recursos computacionais e dados de entrada detalhados, introduzindo incertezas associadas à
parametrização e discretização do modelo.

Modelos de dispersão lagrangianos: Estes modelos rastreiam o movimento individual de


partículas de poluentes emitidos. Eles são úteis para simular a dispersão de poluentes em
escalas menores, como em torno de edifícios ou em áreas urbanas densamente povoadas. No
entanto, a incerteza pode surgir da representação precisa do movimento das partículas e das
interações com o ambiente circundante.

c-
Modelos químico-transporte: Estes modelos simulam as reações químicas na atmosfera
juntamente com o transporte atmosférico. Eles são úteis para entender como as emissões de
N2O e outros precursores reagem e se transformam na atmosfera, contribuindo para a
formação de poluentes secundários. No entanto, incertezas podem surgir devido à
complexidade das reações químicas e à variabilidade na emissão de precursores.

Modelos de inventário de emissões: Esses modelos estimam as fontes e quantidades de


emissões de N2O, fornecendo inputs para modelos de dispersão atmosférica. As incertezas
nesses modelos podem estar relacionadas à precisão dos dados de entrada, como atividades
humanas que levam à emissão de N2O, e às metodologias de estimativa de emissões.

Modelos de transporte atmosférico global: Esses modelos simulam o transporte de gases


através da atmosfera em escalas globais. Eles são valiosos para entender a distribuição
espacial e temporal das concentrações de N2O em uma escala regional a global. No entanto,
incertezas podem surgir devido à representação inadequada de processos físicos e químicos
na atmosfera e à resolução espacial limitada.

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