Tensões e Deformações No Solo - M3
Tensões e Deformações No Solo - M3
PROPÓSITO
Compreender características relacionadas ao solo e seus efeitos em tensões e deformações:
cálculos de tensões e de recalques em solos.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever as noções básicas relacionadas ao cálculo de tensões em solos
MÓDULO 2
Neste módulo, estudaremos as tensões verticais em solos, o que envolve a determinação das
tensões e deformações geradas em uma massa de solo por carregamentos aplicados na
superfície do terreno.
Devido à sua simplicidade e na falta de uma melhor aproximação, utiliza-se a teoria linear da
elasticidade. Para tanto, admite-se que os solos satisfaçam às seguintes hipóteses:
1
O sistema (cargas e solo) está em um estado de equilíbrio estático.
2
Todas as cargas são aplicadas gradualmente, sem comunicação de energia cinética.
3
O sistema é conservativo e independente do tempo.
4
O solo é imponderável, contínuo, homogêneo, isotrópico e linearmente elástico.
5
A relação tensão × deformação obedece à Lei de Hooke.
6
Os módulos de elasticidade são iguais em todas as direções (Ex = Ey = Ez )
7
As constantes do material podem ser obtidas experimentalmente e são independentes do
tempo.
LEI DE HOOKE
Lei que explica a força restauradora (força elástica) em corpos, como em uma mola.
ISOTRÓPICO
ATENÇÃO
Os sistemas reais satisfazem apenas aos itens (1) e (2), mas esse modelo é um instrumento
valioso para a estimativa das tensões em qualquer profundidade do terreno.
Nos problemas de análise de tensões em solo, o modelo teórico, como mostrado na figura a
seguir, admite o solo como um maciço semi-infinito elástico, com as seguintes premissas:
maciço infinito ;
MACIÇO INFINITO
Os limites inferiores e laterais do maciço de solo são tais que não apresentam qualquer
efeito nas tensões induzidas.
Imagem: Gabriel Burlandy Mota de Melo.
SOLUÇÃO DE BOUSSINESQ
Proposta em 1885 pelo físico e matemático francês Joseph Valentin Boussinesq (1842-1929),
essa solução nos auxilia a determinar o acréscimo de pressão vertical provocado por uma
carga pontual P, aplicada, normalmente, à superfície de um maciço semi-infinito.
Onde:
z = profundidade do ponto.
(σz )
P
σz = 2
. IB
z
Onde:
IB = fator de influência.
3 1
IB = ⋅ 5
2π
2 2
r
{ 1+ ( ) }
z
ao ponto
A.
Vamos analisar, agora, alguns fatos interessantes sobre a equação de Boussinesq que
acabamos de estudar.
PROFUNDIDADE
Veja que a tensão vertical
(σz )
é linearmente dependente de
IB ,
mas
IB
é inversamente dependente da profundidade
z.
Dessa maneira, como podemos ver na figura a seguir, em uma mesma vertical, a tensão
vertical diminui com a profundidade:
r,
teremos que
IB
r.
z
constante, a tensão diminui quando
aumenta:
TENSÃO VERTICAL
A tensão vertical
(σz )
(IB ),
z,
r.
IB
com a razão entre
z,
Se unirmos os pontos nos diferentes planos horizontais que apresentam o mesmo valor da
pressão vertical
(σz ),
IMPORTANTE!
O conjunto de isóbaras geradas a partir de todas as famílias de pontos com a tensão vertical
(σz )
Bulbo de pressões.
SOLUÇÃO DE NEWMARK
Proposta em 1942 pelo engenheiro civil norte-americano Nathan Mortimore Newmark (1910-
1981), essa solução baseia-se em um método gráfico simples que permite obter rapidamente
os esforços verticais (sz), transmitidos a um meio homogêneo (isótropo e elástico), para serem
A solução é baseada na expressão de Love para o cálculo de uma tensão vertical induzida no
centro de uma placa circular, uniformemente carregada com um carregamento q, de raio r, a
uma profundidade z. A relação é dada por:
EXPRESSÃO DE LOVE
Expressão que determina o acréscimo de tensão em pontos ao longo de uma vertical,
que passa pelo centro de uma área, carregada uniformemente.
σz 1
= 1 − 3
q
2 2
r
[ ( ) +1 ]
z
σz
r
:
z
σz r σz r σz r
q z q z q z
Para a construção do gráfico, seguimos alguns princípios, como mostra a figura a seguir:
Imagem: Gabriel Burlandy Mota de Melo.
Quando a relação
σz /q = 0.1,
r/z = 0.27,
isto é, um círculo de
r = 0.27z
provoca no ponto
z
, uma tensão vertical induzida
σz = 0.1q.
Se o círculo é dividido em certo número
σz
Em geral, nos gráficos de Newmark,
N = 20
σz .
Para
σz = 0.1q,
0.1/20 = 0.005q.
Adotando
σz /q = 0.2,
temos
r/z = 0.40.
r = 0.40z
, na profundidade
σz = 0.2q.
Após desenharmos o segundo círculo de carregamento, concêntrico ao anterior, a coroa
circular adiciona ao ponto
a parcela de
σz = 0.1
na tensão induzida.
Prolongando os raios vetores já usados, teremos novos setores, cuja influência também será
0.1q/N = 0.005q.
A contribuição na carga total de cada setor do gráfico denomina-se unidade de influência
(IN )
O procedimento é repetido para diversos valores de
σz /q,
(r).
A escala gráfica é obtida arbitrando um comprimento
AB
z.
r/z,
O valor de
σz
depende apenas da relação r/z. Por isso, um ábaco de Newmark pode ser usado para
determinar
σz ,
Entretanto, o
AB
que indica a escala e um valor para a unidade de influência. Logo, devemos proceder da
seguinte maneira:
Adotar uma escala tal que a distância
AB
seja igual à profundidade
z.
Desenhar, baseando-nos nessa escala, a seção horizontal da área carregada.
Superpor esse desenho à carta de Newmark, de tal modo que o ponto
P,
em que desejamos calcular a tensão, esteja locado diretamente sobre o centro do gráfico – a
orientação da figura não interfere no resultado.
Contar o número de segmentos
Gráfico de Newmark.
(σz )
Da mesma maneira, a partir de uma distância lateral do ponto de aplicação de carga no centro
de uma fundação, a tensão vertical
(σz )
Esse bulbo de pressões gerado pode fornecer informações úteis quanto à massa de solo que
será significantemente afetada pela tensão gerada pela aplicação da carga.
Tais dados são utilizados de acordo com a forma com que as investigações geotécnicas do
terreno forem conduzidas.
ATENÇÃO
EXEMPLO 1
Se tivermos um carregamento distribuído
(q)
que age em um perfil de solo com uma argila mole a uma profundidade
No bulbo de pressões (a), a camada de argila mole não é tensionada pela fundação.
No bulbo de pressões (b), a camada de argila mole é atingida pelo bulbo de pressões de
pressão 0,2q.
MÃO NA MASSA
Q,
2m
DE PROFUNDIDADE E A
2m
DE DISTÂNCIA DO CENTRO DE UM CÍRCULO DE ÁREA
2
1m ,
2
200kN /m .
A)
2
4, 00kN /m
B)
2
4, 25kN /m
C)
2
4, 50kN /m
D)
2
4, 75kN /m
E)
2
5, 00kN /m
8m
DE PROFUNDIDADE E A
2m
2
4m ,
2
500kN /m .
A)
2
3, 48kN /m
B)
2
6, 95kN /m
C)
2
10, 42kN /m
D)
2
13, 75kN /m
E)
2
17, 38kN /m
, ASSENTADA A 5M DE PROFUNDIDADE E A
1m
A) 0,23
B) 0,33
C) 0,43
D) 0,53
E) 0,63
4. UMA SAPATA TEM SEU CENTRO EM UM PONTO
A,
ASSENTADA A
2m
DE PROFUNDIDADE E A
1, 5m
A) 0,10
B) 0,12
C) 0,14
D) 0,16
E) 0,18
A,
A UMA PROFUNDIDADE
z = 3m :
A)
2
13, 8kN /m
B)
2
14, 8kN /m
C)
2
15, 8kN /m
D)
2
16, 8kN /m
E)
2
17, 8kN /m
6. OBSERVE O GRÁFICO DE NEWMARK, A SEGUIR:
0, 002q
2
4m
É DE
400kN ,
A)
2
20kN /m
B)
2
18kN /m
C)
2
16kN /m
D)
2
14kN /m
E)
2
12kN /m
GABARITO
1. Uma sapata tem seu centro no ponto
Q,
2m
de profundidade e a
2m
2
1m ,
2
200kN /m .
Imagem: Giuseppe Miceli Junior
Onde:
σz
IB
= fator de influência.
Ib
3 1
IB = . 5
2π
r 2 2
{ 1+ ( ) }
z
ao ponto
A.
Substituindo
r = 4m
z = 2m,
temos:
3 1 3
IB = . 5
= 5
= 0,085
2.3,14
2 2
2 2
2 6,28. { 1+1 }
{ 1+ ( ) }
2
P 200 × 0,085
B 2
σz = 2
. I = = 4,25 kN /m
2
z 2
2. Uma sapata tem seu centro no ponto A, no canto superior direito da figura, e ainda é
assentada a
8m
de profundidade e a
2m
de distância do centro de um quadrado de área
2
4m ,
2
500kN /m .
P
σz = . IB
2
z
Onde:
σz
IB
3 1
IB = . 5
2π
r 2 2
{ 1+ ( ) }
z
ao ponto
A.
Nesse caso,
1m
de lado, a distância
é igual a
1, 41m.
Imagem: Giuseppe Miceli Junior
Substituindo na fórmula
r = 1, 41m
z = 8m,
temos:
3 1 3
IB = . 5
= 5
= 0,44
2.3,14
2 2
2 2
1,41 6,28. { 1+0,17 }
{ 1+ ( ) }
8
A carga concentrada que age no ponto de aplicação, localizada no centro do triângulo, vale
2 2
500kN /m x4m = 2.000kN .
Assim:
P 2.000 × 0,44
2
σz = 2
⋅ IB = 2
= 13,75kN /m
z 8
B
, assentada a 5m de profundidade e a
1m
Substituindo na fórmula
r = 1m
z = 5m,
temos:
3 1 3
IB = ⋅ 5
= 5
= 0,43
2.3,14
2 2 2
1 6,28⋅ { 1,04 }
{ 1+ ( ) }
5
A,
assentada a
2m
de profundidade e a
1, 5m
Substituindo na fórmula
r = 1m
z = 5m,
temos:
3 1 3
IB = . 5
= 5
= 0,156 = 0,16
2.3,14
2 2 2
1,5 6,28. { 1,04 }
{ 1+ ( ) }
2
A,
a uma profundidade
z = 3m :
MÉTODO DE NEWMARK.
Assista ao vídeo para conferir a resolução da questão.
6. Observe o gráfico de Newmark, a seguir:
0, 002q
2
4m
é de
400kN ,
70 + 6 + 4 = 80
setores. Logo:
2
sz = I N ⋅ q ⋅ N = 0, 002 × 400 × 80 = 16 kN /m
GABARITO
TEORIA NA PRÁTICA
A sapata indicada a seguir está submetida a um carregamento uniforme de
2
250kN /m
Figura 1.
Figura 2.
RESOLUÇÃO
A solução será pela equação de Boussinesq:
P
σz = IB
z2
Onde:
σz
ao ponto
A;
IB
3 1
IB = ⋅ 5
2π
r 2 2
{ 1+ ( ) }
z
P
ao ponto
A.
z.
é igual a
3, 0m
r,
do ponto
11 :
Imagem: Giuseppe Miceli Junior
2 2 2
r = x + y
2 2 2
r = (0,5) + (1,0)
r = 1,12 m
Voltando na equação, vamos, então, calcular o fator de influência para, em seguida, calcular a
tensão vertical:
B 3 1
I = ⋅ 5
2π
r 2 2
{ 1+ ( ) }
z
B 3 1
I = ⋅ 5
2. 3,14
2 2
1,12
{ 1+ ( ) }
3
B
I
é igual a
0, 34.
Agora vamos calcular a tensão.
A carga total é de
2 2
250kN /m x2m
= 500kN
P 500×0,34
B 2
σz = ⋅ I = = 18,89 kN /m
2 2
z 3
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Se houvesse somente uma sapata, a argila mole não seria atingida pelo bulbo de pressões
correspondente a
0, 2q.
B) A ação simultânea das duas sapatas garante que a argila mole seja atingida pelo bulbo de
pressões correspondente a
0, 2q.
C) A ação de cada sapata individualmente garante que a argila mole seja atingida pelo bulbo
de pressões correspondente a
0, 1q.
0, 5q,
ainda assim, a argila mole não seria atingida pelo bulbo de pressões correspondente a
0, 2q.
E) A ação simultânea das duas sapatas garante que a argila mole seja atingida pelo bulbo de
pressões correspondente a
0, 5q.
A) A carga sobre o retângulo azul é diretamente proporcional a distância radial de A até o limite
perpendicular do retângulo.
GABARITO
A ação conjunta das sapatas possibilita que todos os bulbos de pressões correspondentes a
pressões acima de
0, 2q
cruzem a camada de argila mole. Entretanto, se a ação individual das sapatas não faz com que
seu bulbo de
0, 2q
cruze a argila mole, então, bulbos de menores cargas também não cruzarão.
Seja uma fundação de base retangular em azul e outra de base retangular em vermelho
(esta com o dobro da área da azul) referentes ao ponto central A do gráfico. Assinale a
alternativa correta:
A carga que age na fundação representada pelo retângulo vermelho é dependente do fator de
influência e do número de setores que está inscrito dentro dele, não se relacionando com a
distância radial de A até qualquer aresta.
MÓDULO 2
IMPORTÂNCIA DE RECALQUES EM
PROJETO
Os movimentos dos terrenos podem ser provocados por vários mecanismos, guardando, ainda,
uma relação complexa com a estabilidade das estruturas.
Existem métodos para avaliar esses valores, desde que as premissas para a representação
das condições dos solos correspondam à situação real e persistam durante a vida da
construção.
COMPACTAÇÃO
Provoca uma aproximação das partículas que passarão a apresentar um arranjo mais denso,
com a correspondente redução do volume e a expulsão do ar.
VARIAÇÃO DE UMIDADE
REBAIXAMENTO DO LENÇOL FREÁTICO
PERCOLAÇÃO E SOLAPAMENTO
Percolação é a passagem da água por solos e rochas que fluem para reservatórios
subterrâneos, enquanto solapamento é a remoção de material pelas águas superficiais ou
subterrâneas, quando tubulações de esgoto ou de água sofrem algum dano e fraturam.
PERDA DO SUPORTE LATERAL
Essa forma comum de movimento das fundações está associada a escavações profundas.
Pode, ainda, ocorrer o recalque como resultado de movimento de taludes naturais ou de
cortes.
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA
CONSOLIDAÇÃO OU ADENSAMENTO DO SOLO
TALUDES
Terrenos inclinados com o objetivo de limitar uma área aterrada, cuja função é garantir a
estabilidade dessa área.
Algum tempo depois da aplicação da carga, o recalque total (St) é representado pela soma de
três componentes:
St = Si + Sp + Ss
Onde:
Ss = recalque secundário.
ATENÇÃO
A distinção entre
Sp
Ss
Compressão primária
O tempo de recalque é controlado pela velocidade com a qual a água pode ser expelida dos
vazios do solo.
Compressão secundária
O tempo de recalque é controlado pela velocidade com que o esqueleto sólido escoa e se
comprime.
Esse marco temporal de separação entre o fim admitido para a consolidação primária e o início
admitido para a consolidação secundária é chamado de
t100 .
VOCÊ SABIA
O recalque por compressão secundária (Ss) quase sempre não é considerado em projetos
de fundações, pois costuma ocorrer em períodos muito longos de tempo, de forma que a
estrutura, na maioria das vezes, consegue se adaptar às novas solicitações que, porventura,
surjam devido a novos carregamentos.
Adaptado por Rodrigo Quintela
ATENÇÃO
Em solos granulares não coesivos, com elevado valor de permeabilidade, a água é expulsa
instantaneamente. Assim, as fundações recalcam quase de forma simultânea com a aplicação
da carga.
SOLO SATURADO
No cilindro cheio de água, são colocadas molas, representando a estrutura do solo. Um pistão
sem atrito suportado pelas molas dispõe de uma válvula para escape da água. Inicialmente, a
válvula encontra-se fechada.
Se uma carga é aplicada no pistão com a válvula fechada, o comprimento das molas
permanece inalterado, pois a água é admitida incompressível. Se essa carga induz um
acréscimo (Ds) na tensão total, a totalidade desse acréscimo deve ser considerada um
aumento da pressão neutra.
Quando a válvula é aberta, o excesso de pressão faz com que a água escoe. A pressão da
água diminui, e o pistão desce, enquanto as molas são comprimidas. A velocidade de
compressão obviamente depende da abertura da válvula, que representa a permeabilidade do
solo.
A carga é gradualmente transferida para as molas, provocando seu encurtamento, até que o
pistão volte a ser totalmente suportado pelas molas. No estágio final, portanto, o acréscimo de
tensão efetiva é igual ao acréscimo de tensão total, e o excesso de pressão da água é reduzido
a zero.
q0 B
2
Si = I (1 − v )
E
Onde:
Si = recalque imediato;
E = módulo de elasticidade;
v = coeficiente de Poisson;
Flexível
O decréscimo de volume sofrido pela massa de solo é igual ao volume de água expulsa,
representado pela variação do índice de vazios.
À esquerda, (a) e (b), representam a situação real da distribuição dos grãos de solo. À direita,
(c) e (d), são uma representação idealizada do solo, dividindo-o na porção sólida e em vazios.
As figuras (a) e (c) representam o estado antes da aplicação da carga, enquanto as figuras (b)
e (d) representam o estado depois da aplicação de uma tensão
′
Δσ .
A variação de volume (ΔV), que resulta no acréscimo de tensão efetiva (Δσ’), pode ser
representada por uma variação de altura (ΔH) ou de índice de vazios (Δe . ΔV).
Δe
ΔH = ⋅ H1
1+e1
Onde:
VOCÊ SABIA
PS = Ph /(1 + h) HS = PS /d ⋅ A
Após o ensaio, o novo volume de vazios é encontrado por esta sequência de equações:
ΔH = li – lf H = H0 − ΔH
H
e = − 1
HS
Ph = peso da amostra;
ΔH = diferença de altura;
H = altura;
Os resultados dos ensaios de adensamento são traduzidos em dois tipos de curvas. São elas:
MÃO NA MASSA
H = 0, 1m
e1 = 0, 53.
0, 15,
É DE:
A) 0,02m
B) 0,015m
C) 0,01m
D) 0,005m
E) 0,001m
25
2
50kN /m ,
A) -0,035 e -0,026
B) -0,038 e -0,028
C) -0,026 e -0,035
D) -0,018 e -0,035
E) -0,019 e -0,038
25
2
50kN /m ,
A) -0,032 e -0,015
B) -0,038 e -0,019
C) -0,028 e -0,015
D) -0,015 e -0,032
E) -0,019 e -0,038
4. NOS EXERCÍCIOS ANTERIORES, VOCÊ VIU QUE O RECALQUE
DEPENDE DA VARIAÇÃO DO ÍNDICE DE VAZIOS. CONSIDERE QUE UMA
AMOSTRA DE ARGILA SATURADA POSSUI ALTURA DE 19MM E ÍNDICE
DE VAZIOS INICIAL DE
0, 92.
2
30kN /m ,
−0, 035.
A) 19,00mm
B) 18,66mm
C) 18,33mm
D) 18,00mm
E) 17,50mm
0, 35
E = 55M P a,
1, 5m
DE LADO:
A) 7,1mm
B) 7,6mm
C) 8,1mm
D) 8,6mm
E) 9,1mm
0, 35
E = 55M P a,
300kN
1m
2m :
A) 1,9mm
B) 2,2mm
C) 2,5mm
D) 2,8mm
E) 3,1mm
GABARITO
1. Uma amostra de argila em um ensaio possui
H = 0, 1m
e
e1 = 0, 53.
0, 15,
é de:
Onde:
25
e
2
50kN /m ,
Para a tensão de
2
25kN /m ,
temos:
Δe
(19,25 − 19,60)= ⋅ 19,6
1+0,978
Δe
−0,35 = ⋅ 19,6
1+0,978
Δe = −0,035
Para a tensão de
2
50kN /m ,
temos:
Δe
(18,98 − 19,25)= ⋅ 19,6
1+0,943
Δe
−0,27 = ⋅ 19,6
1+0,943
Δe = −0,026
−0, 035
−0, 026,
respectivamente.
3. Para uma mesma compressão edométrica, uma amostra de argila saturada de 9,8mm
de altura e índice de vazios inicial igual a 0,82 sofre variações de tensão aplicada,
fazendo variar a espessura de acordo com a seguinte tabela:
25
2
50kN /m ,
Para a tensão de
25kN /m2,
temos:
Δe
(9,63 − 9,8)= ⋅ 9,8
1+0,82
Δe
−0,17 = ⋅ 9,8
1,82
Δe ≅ −0,032
2
50kN /m ,
temos:
Δe
(9,55 − 9,63)= ⋅ 9,8
1+0,788
Δe
−0,08 = ⋅ 9,8
1,788
Δe ≅ −0,015
4. Nos exercícios anteriores, você viu que o recalque depende da variação do índice de
vazios. Considere que uma amostra de argila saturada possui altura de 19mm e índice de
vazios inicial de
0, 92.
2
30kN /m ,
−0, 035.
Substituindo, temos:
−0,035
ΔH = ⋅ 19 = −0,34 mm
1+0,95
0, 35
E = 55M P a,
1, 5m
de lado:
Vamos aplicar a equação do recalque imediato para encontrar essa parcela. O recalque
imediato é dado pela seguinte fórmula:
q0 B
2
Si = I (1 − v )
E
Si = 0,0081 m = 8,1 mm
0, 35
e
E = 55M P a,
300kN
1m
2m :
GABARITO
TEORIA NA PRÁTICA
Em uma compressão edométrica, uma amostra de argila saturada de 19,6mm de altura e
índice de vazios inicial igual a 0,90 sofre variações de tensão aplicada, fazendo variar a
espessura de acordo com a seguinte tabela:
RESOLUÇÃO
A base para este problema é a seguinte equação:
Δe
ΔH = ⋅ H1
1+e1
Para a tensão de
2
100kN /m ,
temos:
Δe
(18,61 − 19,60)= ⋅ 19,6
1+0,9
Δe
−0,99 = ⋅ 19,6
1+0,9
Δe = −0,095
Para a tensão de
2
200kN /m ,
temos:
Δe
(18,14 − 18,61)= ⋅ 19,6
1+0,805
Δe
−0,47 = ⋅ 19,6
1+0,805
Δe = −0,043
Para a tensão de
2
400kN /m ,
temos:
Δe
(17,68 − 18,14)= ⋅ 19,6
1+0,762
Δe
−0,46 = ⋅ 19,6
1+0,762
Δe = −0,041
0, 721
Para a tensão de
2
800kN /m ,
temos:
Δe
(17,24 − 17,68)= ⋅ 19,6
1+0,721
Δe
−0,44 = ⋅ 19,6
1+0,721
Δe = −0,038
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. SOBRE OS ENSAIOS DE ADENSAMENTO, ASSINALE A ALTERNATIVA
CORRETA:
C) O recalque que ocorre em uma massa de solo depende da diminuição do número de vazios
de um solo.
D) Para calcular o recalque final em uma massa de solo, não importa o índice de vazios inicial.
Si
B)
Sp
C)
Si + Sp
D)
Sp
E)
Si
GABARITO
1. Sobre os ensaios de adensamento, assinale a alternativa correta:
O recalque depende do índice de vazios inicial e final, bem como do comprimento inicial da
amostra. Nem sempre a variação do índice de vazios depende do adensamento, pois, na
compactação, esse fenômeno também acontece (no caso, a diminuição do índice e). O
conjunto de todas essas afirmações com a equação aponta que o recalque é diretamente
proporcional à diminuição do volume de vazios de um solo.
Si
se refere a um recalque imediato e inicial (elástico). Com certeza, não se refere a uma parcela
inelástica. A parcela inelástica do recalque é o
Sp .
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste conteúdo, foi possível descrever todos os conceitos referentes à compactação, à
capilaridade e à permeabilidade do solo.
Verificamos que o recalque é a deformação sofrida pelo solo quando alguma tensão,
oferecendo pressão ou tração, causa deformação, que pode ser tanto elástica quanto plástica.
Essa tensão será problemática se causar fraturas no solo, o que pode, por exemplo, trazer
abaixo diversas fundações urbanas.
Com base nesse contexto, aprendemos a calcular todas as tensões e deformações do solo.
Além disso, a partir de modelos matemáticos, identificamos como prever o comportamento do
solo em diversos ambientes, considerando temperatura, umidade e tempo de exposição do
solo à tensão aplicada.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações. 6. ed. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos, 1988a. (Fundamentos, v. 1).
CAPUTO, H P. Mecânica dos solos e suas aplicações. 4. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos
e Científicos, 1988b. (Exercícios e problemas resolvidos, v. 3).
CHIOSSI, N. J. Geologia de engenharia. 3. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2013.
LIMA, M. J. C. P. Mecânica dos Solos. Rio de Janeiro: Instituto Militar de Engenharia, 1998a.
2 v.
EXPLORE+
Para compreender um pouco mais sobre recalque, sugerimos a leitura do seguinte artigo
científico:
CONTEUDISTA
Giuseppe Miceli Junior
CURRÍCULO LATTES