RCPP OSTENSIVO
REGULAMENTO DA
COMISSÃO DE PROMOÇÕES DE PRAÇAS
MARINHA DO BRASIL
DIRETORIA-GERAL DO PESSOAL DA MARINHA
2019
OSTENSIVO RCPP
REGULAMENTO DA COMISSÃO DE PROMOÇÕES DE PRAÇAS
Capítulo I
Disposições Iniciais
Art. 1º A Diretoria do Pessoal Militar da Marinha (DPMM) é o Órgão de
Processamento das Promoções (OPP) das Praças pertencentes ao Corpo de Praças da Armada
(CPA) e ao Corpo Auxiliar de Praças (CAP), em conformidade com a lei.
Art. 2º O OPP DPMM dispõe de uma Comissão de Promoções de Praças (CPP)
com a finalidade de avaliar as Praças, quanto aos aspectos das suas carreiras, conforme o Dec nº
4.034/2001 que dispõe sobre as promoções de Praças da Marinha e dá outras providências.
Parágrafo único - O desempenho da CPP é fundamental para as atividades
do Setor de Pessoal da Marinha, no acompanhamento sistemático da carreira dos militares, com
vistas a melhor aplicação desses recursos humanos, buscando a eficiência e aprestamento da
Força.
Art. 3º Este Regulamento dispõe sobre a composição e o funcionamento geral
da CPP da DPMM, nos termos do Decreto supracitado e consoante as normas baixadas pela
Diretoria-Geral do Pessoal da Marinha (DGPM).
Art. 4º A CPP tem caráter permanente e está diretamente subordinada ao
Diretor do Pessoal Militar da Marinha, nos termos do Dec nº 4.034/2001.
Art 5º A CPP disporá de uma Secretaria Executiva pertencente à estrutura
organizacional da DPMM.
Capítulo II
Da Missão
Art. 6º A CPP tem o propósito de auxiliar o Diretor do Pessoal Militar da
Marinha no processamento das promoções e seleção para os cursos e eventos de carreira,
subsidiando a prática dos atos decorrentes.
§ 1º São tarefas principais da CPP:
I - organizar os Quadros de Acesso para as promoções por merecimento
(QAM) e antiguidade (QAA), referentes aos militares do CPA e do CAP;
II - indicar Praças nas graduações de Suboficiais (SO) e Sargentos (SG),
do CPA e do CAP, para integrarem a quota compulsória; e
III - emitir parecer sobre recursos relativos à composição de Quadros de
Acesso, promoção e inclusão em quota compulsória, e demais assuntos deliberados em plenário.
§ 2º As decisões da CPP deverão ser aprovadas pelo Diretor do Pessoal
Militar da Marinha.
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Art. 7º Para a consecução do seu propósito, compete ainda à CPP as seguintes
tarefas:
I - selecionar os SO e SG candidatos ao Concurso de Admissão ao Quadro
de Oficiais Auxiliares da Armada;
II - avaliar as Praças para nova oportunidade de realização do Curso
Especial de Habilitação para Promoção a Suboficial (C-Esp-HabSO), do Curso de
Aperfeiçoamento (C-Ap) e do Curso Especial de Habilitação para Promoção a Sargento (C-Esp-
HabSG);
III - selecionar os 3ºSG do Quadro Técnico de Praças da Armada (QTPA)
para transferência ao Quadro de Praças da Armada Submarinistas (QPAS), por ocasião da
promoção a 2oSG;
IV - selecionar os Cabos (CB) concorrentes à realização do Estágio de
Habilitação a Sargento (Est-HabSG);
V - selecionar os CB na faixa de inscrição no Exame de Admissão ao
Curso Especial de Habilitação para Promoção a Sargento (EA-HSG);
VI - selecionar os CB para matrícula no C-Esp-HabSG;
VII - selecionar os Marinheiros (MN) para matrícula no Curso de
Especialização (C-Espc);
VIII - avaliar as Praças candidatas ao exercício do Magistério Militar
Naval (MMN);
IX - indicar os SO para matrícula no Curso Especial de Preparação para
Suboficial-Mor (C-Esp-SOMor);
X - avaliar os SO e 1°SG candidatos ao Curso de Assessoria em Estado-
Maior para Suboficiais (C-ASEMSO);
XI - emitir pareceres para os recursos interpostos por Praças, ao Diretor do
Pessoal Militar da Marinha, sobre assuntos anteriormente apreciados pela CPP; e
XII - excluir dos Quadros de Acesso a Praça impedida de neles
permanecer, conforme previsto no Dec nº 4.034/2001 e no PCPM.
Art. 8º Compete à CPP apreciar os atributos morais e profissionais
apresentados ao longo da carreira pelas Praças envolvidas nos processos seletivos citados neste
capítulo.
Capítulo III
Dos Membros
Art. 9º A CPP é constituída por membros natos, efetivos e suplentes.
Art. 10 Os sete membros natos da CPP são aqueles ocupantes dos seguintes
cargos e funções: Comandante do Centro de Instrução Almirante Alexandrino (CIAA), Vice-
Diretor da DPMM, Chefe do Departamento de Planejamento da DPMM, Chefe do Departamento
de Praças da DPMM, Chefe do Departamento de Justiça e Disciplina da DPMM, Vice-Diretor do
Serviço de Seleção do Pessoal da Marinha (SSPM) e Imediato do Corpo de Alunos do CIAA.
Art. 11 O cargo de Presidente da CPP é exercido pelo Comandante do Centro
de Instrução Almirante Alexandrino (CIAA).
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Art. 12 Os Oficiais e SO, membros efetivos e suplentes, são designados por
meio de Portaria da DPMM.
Art. 13 Os vinte e quatro membros efetivos da CPP representam os seguintes
Órgãos de Direção Setorial (ODS)/Setores de Distribuição de Pessoal (SDP), com o quantitativo
assim definido:
I - um Oficial Superior da DGPM;
II - um Oficial Superior da Diretoria de Saúde da Marinha (DSM),
preferencialmente do Quadro de Médicos;
III - um Oficial Superior da Diretoria de Ensino da Marinha (DEnsM);
IV - quatro Oficiais Superiores do Comando em Chefe da Esquadra
(ComemCh): sendo um do ComemCh, um do Comando da Força de Submarinos (ComForS), um
do Comando da Força de Superfície (ComForSup) e um da Base Naval do Rio de Janeiro
(BNRJ);
V - um Oficial Superior do Comando do 1º Distrito Naval (Com1ºDN);
VI - um Oficial Superior da Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha
(DSAM);
VII - um Oficial Superior da Diretoria Industrial da Marinha (DIM);
VIII - um Oficial Superior da Diretoria de Abastecimento da Marinha
(DAbM), preferencialmente do Corpo de Intendentes;
IX - um Oficial Superior da Diretoria de Hidrografia da Marinha (DHN);
X - um Oficial Superior da Diretoria de Portos e Costas (DPC), lotado na
própria Diretoria Especializada;
XI- um Oficial Superior da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e
Tecnológico da Marinha (DGDNTM); e
XII - dez SO, sendo sete do CPA e três do CAP, conforme a distribuição a
seguir:
a) Um SO do CPA de cada SDP/OM: CIAA, Com1°DN, ComemCh,
DEnsM, DHN, DIM e DSAM; e
b) Um SO do CAP de cada SDP/OM: DAbM, DGDNTM e DSM.
Art. 14 Os vinte e seis membros suplentes da CPP são assim definidos:
I - três Oficiais Superiores da DPMM, dos setores DPMM-10, DPMM-30
e DPMM-40, para substituir, eventualmente, os membros natos dos referidos Departamentos;
II - doze Oficiais Superiores, sendo cada um indicado pelos ODS/SDP
onde servem os membros efetivos e dentro das mesmas especificações, com exceção do SDP
ComemCh, que indicará dois membros suplentes; e
III - onze SO, sendo oito do CPA e três do CAP, conforme a distribuição a
seguir:
a) Um SO do CPA de cada SDP/OM: CIAA, Com1°DN, ComemCh,
DEnsM, DHN, DIM, DPC e DSAM; e
b) Um SO do CAP de cada SDP/OM: DAbM, DGDNTM e DSM.
Art. 15 O processo de seleção dos membros efetivos e suplentes da CPP
atenderá aos seguintes critérios:
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I) Oficiais:
a) possuir elevados atributos morais e profissionais, tendo sua última
promoção se processado por merecimento;
b) não ter obtido parecer desfavorável da Comissão de Promoções de
Oficiais (CPO) para inclusão em Escala de Comando e Direção (ECD), em qualquer processo a
que tenha concorrido;
c) possuir os cursos de carreira previstos no Plano de Carreira de Oficiais
da Marinha (PCOM) para o referido posto;
d) não ter sido condenado pela Justiça Militar ou Comum por crime de
caráter doloso ou culposo; e
e) não responder a Conselho de Justificação, Inquérito ou Processo na
Justiça Militar ou Comum.
II) Praças:
a) possuir elevados atributos morais e profissionais;
b) Aptidão para a Carreira (AC) igual ou superior a nove pontos;
c) Aptidão Média para a Carreira (AMC) igual ou superior a nove pontos;
d) comportamento igual a cem pontos;
e) não ter sido condenada pela Justiça Militar ou Comum, por crime de
caráter doloso ou culposo, ou punida pela prática de contravenções disciplinares atentatórias à
honra pessoal, ao pundonor militar ou ao decoro da classe, previstas nos itens 21, 23, 33, 34 e 76
do art. 7º do Regulamento Disciplinar para a Marinha (RDM); e
f) não responder: a Conselho de Disciplina ou a Inquérito ou Processo na
Justiça Militar ou Comum.
Art. 16 Caberá à DPMM ratificar a seleção dos Oficiais e SO indicados pelos
ODS/SDP/OM para serem membros efetivos e suplentes da CPP, ou solicitar Oficial substituto,
após análise dos dados de carreira e do perfil do militar. No caso dos SO, os respectivos
SDP/OM, para cada vaga de membro efetivo e suplente, fornecerão, por mensagem à DPMM,
uma lista tríplice, indicando a ordem de prioridade.
Art. 17 A quantidade de SO do CPA e do CAP, na CPP, guardará
proporcionalidade com o efetivo distribuído da MB.
Parágrafo único. Os SO exercerão suas atribuições pelo período de um
ano, passível de renovação por igual período, de acordo com o interesse do serviço.
Art. 18 As funções de Secretário Executivo da CPP e de Secretário Executivo
Adjunto da CPP serão exercidas, respectivamente, por um Capitão de Mar e Guerra (CMG), do
Corpo de Armada (CA), Quadro Técnico (T) ou do Quadro de Oficiais Auxiliares da Armada
(AA), e por um Capitão Tenente do (AA), ambos designados por Ordem de Serviço.
Capítulo IV
Do Funcionamento
Art. 19 Para cumprimento das atribuições previstas capítulo II deste
Regulamento, a CPP reunir-se-á para deliberação, do que resultará resoluções.
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§ 1º A CPP só poderá deliberar para cumprimento de suas atribuições
quando presentes no plenário, no mínimo, dezessete de seus membros.
§ 2º A representatividade de Oficiais Superiores nas reuniões plenárias da
CPP não poderá ser inferior a dois terços dos membros presentes.
§ 3º Nos processos do Concurso de Admissão ao Quadro de Oficiais
Auxiliares da Armada e da quota compulsória para SO, a representatividade de Oficiais
Superiores será, no mínimo, de onze.
§ 4º As Resoluções da CPP serão homologadas pelo Presidente e
submetidas à aprovação do Diretor do Pessoal Militar da Marinha.
Art. 20 O Presidente da CPP aprovará um calendário anual de atividades, com
a previsão de datas para as sessões e os prazos para obtenção dos subsídios necessários à
elaboração dos pareceres.
Parágrafo único - Cabe à Secretaria Executiva da CPP obter, junto aos setores
da DPMM e de outras OM, os subsídios necessários à elaboração dos pareceres da CPP.
Art. 21 O Presidente será substituído, em seus impedimentos, pelo Oficial,
membro da CPP, mais antigo presente.
Art. 22 O Secretário Executivo será substituído, em seu impedimento, pelo
Secretário Executivo Adjunto.
Art. 23 Cada assunto a ser apreciado pela CPP será estudado por uma
Comissão Relatora, proposta pelo Secretário Executivo da CPP e aprovada pelo Presidente.
Art. 24 Cada Comissão Relatora será constituída de três a cinco membros,
Oficiais e Praças, designados por Portaria do Presidente da CPP.
§ 1º Será composta apenas de Oficiais Superiores as Comissões que
apreciarão os processos de organização de quota compulsória para SO e de avaliação de SO e SG
para inscrição no Concurso de Admissão ao Quadro de Oficiais Auxiliares da Armada, bem
como nos recursos afins.
§ 2º O militar mais antigo de cada Comissão terá o encargo de Presidente
da Comissão Relatora.
§ 3º O membro mais moderno da Comissão será designado Relator.
§ 4º Os SO participantes de Comissões Relatoras terão direito a voto.
§ 5º Caso a demanda dos processos avaliativos indique necessidade de
reforço na condução dos trabalhos da Relatoria, o Presidente da CPP, por meio da Portaria de
designação das Comissões Relatoras, poderá indicar um membro para a função de Relator
Adjunto, sem direito a voto na Relatoria, para auxiliar o Relator nos estudos preliminares que
antecedem a Reunião do Colegiado.
§ 6º Os membros designados para compor as Comissões Relatoras
permanecerão destacados na DPMM, com dedicação exclusiva aos estudos preliminares que
subsidiarão a concernente Reunião Plenária do Colegiado, sendo que os períodos de destaque e
demais eventos pertinentes constarão no calendário anual de atividades da Comissão.
Art. 25 O Presidente poderá sugerir ao Diretor do Pessoal Militar da Marinha
que seja solicitado o comparecimento de Oficiais às reuniões da CPP, desde que mais modernos
que o Presidente da CPP, bem como de SO, SG ou Servidores Civis, para prestar
esclarecimentos ou opinar sobre assuntos que necessitem de assessoria específica. Esses
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Militares ou Servidores Civis, entretanto, não terão direito a voto.
Art. 26 Os trabalhos das Comissões Relatoras serão apresentados por escrito,
sob a forma de relatório, tendo como conclusão um parecer que, depois de lido e discutido em
plenário, será submetido à votação.
Art. 27 O sigilo e a discrição sobre os assuntos tratados no âmbito da CPP e de
sua Secretaria Executiva devem ser mantidos por todos os membros natos, efetivos e suplentes e
demais convocados.
Parágrafo único. A inobservância deste quesito configura descumprimento
de ordem e pode causar prejuízo aos serviços prestados pela CPP, o que deve ser devidamente
apurado e passível de pena disciplinar, nos termos do art. 7º e 10 do RDM, quando não
configurar crime.
Art. 28 Nenhuma informação sobre os assuntos tratados acerca das atividades
do Colegiado e de sua Secretaria Executiva poderá ser prestada a estranhos.
Parágrafo único. Exceto com autorização específica do Diretor do Pessoal
Militar da Marinha ou do Presidente da CPP.
Capítulo V
Das Atribuições Funcionais
Art. 29 Compete ao Presidente da CPP:
I) presidir as atividades do Colegiado da CPP;
II) assessorar o Diretor do Pessoal Militar da Marinha nas decisões sobre
pareceres elaborados pela CPP;
III) orientar os trabalhos das Comissões Relatoras e da Secretaria
Executiva da CPP;
IV) estabelecer normas complementares sobre procedimentos para
execução dos trabalhos da CPP; e
V) homologar as Resoluções da CPP.
Art. 30 Compete ao Secretário Executivo da CPP:
I) assessorar o Presidente, nos assuntos afetos à CPP;
II) organizar e manter atualizadas as coletâneas de leis, regulamentos,
decisões, normas, instruções, interpretações, resoluções judiciais e administrativas, bem como as
inerentes a assuntos da alçada da própria Comissão;
III) fornecer aos membros da CPP a documentação e as informações
necessárias à elaboração dos documentos atinentes ao processo em estudo;
IV) providenciar a convocação dos membros da CPP para as sessões
plenárias, de acordo com o calendário anual de atividades ou, extraordinariamente, quando
determinado pelo Presidente;
V) adotar as providências administrativas necessárias ao bom
funcionamento da CPP;
VI) secretariar as sessões, sem direito a voto; e
VII) propor as medidas para dinamização dos serviços e melhoria dos
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processos da Secretaria Executiva da CPP.
Art. 31 Compete ao Secretário Executivo Adjunto da CPP:
I) assessorar o Secretário Executivo e os membros das Comissões
Relatoras e do Colegiado, nos assuntos afetos à CPP;
II) supervisionar o preenchimento dos mapas e a coleta dos dados
necessários aos trabalhos da CPP;
III) zelar pelas dependências da Secretaria Executiva; e
IV) substituir o Secretário Executivo em seus períodos de ausência ou
impedimento.
Art. 32 Compete à Comissão Relatora:
I) apreciar os assuntos para os quais foi designada, com base nos
documentos referentes à carreira dos militares; e
II) apresentar, em plenário, a conclusão dos assuntos por ela estudado.
Capítulo VI
Da Execução dos Trabalhos
Seção I
Da Convocação
Art. 33 A CPP reunir-se-á em caráter ordinário, para avaliação dos processos,
de acordo com o calendário anual de atividades, sendo obrigatória a presença dos membros natos
e efetivos, convocados por mensagem expedida pela DPMM, e, caso haja necessidade, de
membros suplentes.
Art. 34 A CPP reunir-se-á extraordinariamente sempre que se fizer necessário,
em razão de recursos e aditamentos, por convocação do seu Presidente.
Seção II
Dos Critérios
Art. 35 O Diretor do Pessoal Militar da Marinha estabelecerá normas
complementares, assessorado pelo Presidente da CPP, para a execução das tarefas previstas no
capítulo II deste Regulamento, observados os critérios e as prescrições constantes na legislação
pertinente em vigor.
Seção III
Dos Recursos
Art. 36 Qualquer Praça poderá, em consequência de parecer desfavorável da
CPP sobre assunto que lhe diga respeito, impetrar recurso, na esfera administrativa, dirigindo-se
ao Diretor do Pessoal Militar da Marinha, em primeira instância, e ao Diretor-Geral do Pessoal
da Marinha, via DPMM, em última instância.
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Art. 37 Os recursos dirigidos ao DGPM deverão ser encaminhados, via
DPMM, por Ofício da OM do requerente, sem necessidade de tramitar pela Cadeia de Comando.
Art. 38 Após a aprovação da Resolução da CPP, pelo Diretor do Pessoal
Militar da Marinha, o resultado da Reunião Plenária será divulgado ao Departamento de Praças
da DPMM. Especificamente com relação aos pareceres desfavoráveis, a Secretaria Executiva
enviará um Comunicado aos Titulares das OM dos militares que tenham recebido essa avaliação,
destinado ao conhecimento da Praça interessada e contendo anexo um Recibo.
Art. 39 A Praça tem os seguintes prazos para apresentar recurso, a contar da
data em que tomou conhecimento do Comunicado da CPP:
I - quinze dias corridos, para recursos relativos à inclusão em Quota
Compulsória ou composição de Quadros de Acesso; e
II - 120 dias corridos, nos demais casos.
Art. 40 O Titular da OM é responsável por providenciar para que a Praça
interessada tome conhecimento do teor do documento no prazo máximo de oito dias corridos, a
partir da data de entrada do Comunicado da CPP na Secretaria. O Recibo anexo ao Comunicado
deverá ser restituído à DPMM, devidamente datado, assinado e com manifestação do desejo do
militar de recorrer, ou não, do “Parecer Desfavorável”.
§ 1º Ainda no supracitado prazo de oito dias corridos, a partir da data de
entrada do Comunicado da CPP na OM, deverá ser enviada mensagem à DPMM, participando a
data em que a Praça tomou conhecimento do parecer desfavorável e se deseja apresentar recurso.
§ 2º Caso o militar se encontre ausente, por motivo de férias, curso,
destaque, licença etc., por ocasião da chegada do Comunicado na OM, esta deverá providenciar
para que a própria Praça, tão logo regresse, preencha e assine o Recibo com data retroativa ao dia
em que, efetivamente, foi comunicada do parecer da CPP, para pronta restituição à DPMM.
Permanece, porém, o prazo de oito dias corridos, a partir da entrada do Comunicado na SECOM,
para que a OM, por meio de mensagem à DPMM, participe a data em que a Praça tomou
conhecimento do parecer desfavorável da CPP e se deseja, ou não, impetrar recurso.
§ 3º A OM deverá tramitar e encaminhar o Recurso à DPMM, no prazo
máximo de oito dias corridos, a partir da sua apresentação pelo militar. No Ofício de
encaminhamento, o Titular da OM onde serve o requerente deverá analisar e expressar seu juízo
de valor sobre o recurso interposto e os atributos da Praça, concluindo se é FAVORÁVEL ou
DESFAVORÁVEL ao pleito, a fim de subsidiar a CPP, e observando as seguintes condições:
I - ao emitir seu juízo de valor com a conclusão “Favorável ou
Desfavorável”, o Titular da OM deverá tecer considerações relevantes acerca da Praça
subordinada, posicionando-se de forma clara, objetiva e coerente quanto ao pleito por ela
apresentado;
II - a emissão de juízo de valor do Titular da OM e, se for o caso, de
eventual parecer do Encarregado, acerca do pleito do subordinado, deve considerar os
argumentos apresentados pela Praça e, do mesmo modo, os fatos que motivaram o parecer
desfavorável da CPP à época da avaliação em processo ordinário;
III - os referidos subsídios do Titular da OM e do Encarregado do militar
devem considerar o perfil de carreira, observando suas avaliações de desempenho (ModEAD),
atitude militar, conduta ética, seu comprometimento com a Instituição, as contravenções e
punições disciplinares e eventual envolvimento em processo administrativo, policial e/ou
judicial, dentre outros aspectos; e
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IV - caso a Praça tenha embarcado na OM há menos de três meses da
data de encaminhamento do recurso, o Titular da OM deverá tramitar o Ofício à DPMM, via OM
anterior do requerente, para que o juízo de valor possa ser emitido pelo antigo
Comandante/Diretor.
Art. 41 Na elaboração do recurso, a Praça deverá fundamentar seu
requerimento de modo a prestar informações adequadas à análise do pleito, em conformidade
com os preceitos legais e normativos vigentes e observando as seguintes considerações:
I - emprego de termos compatíveis com a hierarquia e a disciplina
militar;
II - apresentação de fatos novos e esclarecimentos relevantes à
apreciação do recurso, com base nos dados de carreira e informações pertinentes relativas à
época em que foi avaliada com Parecer Desfavorável, fundamentado nas motivações descritas no
Comunicado da CPP;
III - utilização de argumentos claros e objetivos, anexando, se necessário
à fundamentação, documentos essenciais à análise do pleito. Quando for o caso, a Praça deverá
referenciar a legislação ou a norma pertinente que ampare seu pleito;
IV - menção do número/ano do “Comunicado da CPP”, do processo
seletivo no qual obteve “Parecer Desfavorável” e da data na qual tomou conhecimento do fato;
V – os requerimentos devem atender à formatação prevista na norma
SGM-105 (NODAM), com carimbo e assinatura do Titular da OM; e
VI - os requerimentos são classificados como INFORMAÇÃO
PESSOAL, nos termos da Lei nº 12.527/2011, regulamentada pelo Decreto nº 7.724/2012.
Art. 42 Os recursos em primeira instância serão analisados pela CPP, que
emitirá parecer para assessorar a decisão do Diretor do Pessoal Militar da Marinha, à luz dos
atributos morais e profissionais do militar e de eventuais fatos novos apresentados em seu
requerimento, sempre tendo como referência o período relativo ao processo ordinário no qual a
Praça recebeu parecer desfavorável.
Capítulo VII
Das Promoções
Seção I
Dos Critérios e Quotas de Promoção
Art. 43 As promoções em que a CPP tem atuação no processo são efetuadas
pelos critérios de:
I - antiguidade; e
II - merecimento.
§ 1º Para ser promovida pelos critérios de antiguidade e de merecimento é
imprescindível que a Praça esteja incluída em Quadro de Acesso.
§ 2º Para ser incluída em Quadro de Acesso é necessário que a Praça
satisfaça os requisitos para promoção estabelecidos no PCPM.
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Art. 44 As promoções no CPA e CAP obedecerão às seguintes quotas:
I - de 3ºSG a 2ºSG - duas por merecimento e uma por antiguidade;
II - de 2ºSG a 1ºSG - três por merecimento e uma por antiguidade; e
III - de 1ºSG a SO - cinco por merecimento e uma por antiguidade.
Art. 45 No preenchimento das vagas:
I - será promovida por merecimento, na quota de merecimento, a Praça
que figurar no Quadro de Acesso por Merecimento, obedecendo-se à ordem de colocação nela
estabelecida, de acordo com a proporcionalidade fixada no art. 44;
II - será promovida por antiguidade, na respectiva quota, a Praça que
figurar no Quadro de Acesso por Antiguidade, obedecendo-se à ordem de colocação nela
estabelecida, de acordo com a proporcionalidade estabelecida no art. 44;
III - a Praça que figurar no Quadro de Acesso por Merecimento poderá ser
promovida na quota de antiguidade, sem prejuízo das quotas de merecimento subsequentes; e
IV - não ocuparão vagas as Praças que, estando agregadas, venham a ser
promovidas e continuem na mesma situação.
Art. 46 A promoção em ressarcimento de preterição será efetuada segundo
critério de antiguidade ou de merecimento, dependendo do Quadro de Acesso em que a Praça
estiver incluída, recebendo o número que lhe competir na escala hierárquica, como se houvesse a
promoção na época devida.
Parágrafo único. A promoção em ressarcimento de preterição não será
considerada no aproveitamento das quotas estabelecidas para antiguidade e merecimento.
Seção II
Do Processamento das Promoções
Art. 47 As promoções às graduações de SO, 1ºSG, 2ºSG, 3ºSG e CB serão
efetuadas nos dias 11 de junho e 13 de dezembro, para as vagas abertas e computadas até 10 de
maio e 10 de novembro, respectivamente.
Parágrafo único. Em situações especiais e em atendimento às necessidades
da Marinha, o Comandante da Marinha poderá determinar promoções em épocas diferentes das
acima estabelecidas.
Art. 48 As promoções serão processadas sucessivamente, uma a uma,
respeitadas as quotas de merecimento e de antiguidade, em sequência às promoções realizadas
no semestre anterior.
Seção III
Dos Quadros de Acesso
Art. 49 Os Quadros de Acesso são relações nominais de Praças, organizadas
em ordem de antiguidade em seus respectivos Corpos. O critério de promoção, por merecimento
ou antiguidade, será realizado de acordo com a seleção da CPP. Os Quadros serão elaborados
para cada uma das datas de promoção previstas no art. 47.
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Art. 50 Para elaboração dos Quadros de Acesso, no que concerne às promoções
de 11 de junho e 13 de dezembro, os Mapas de Contagem de Pontos para Promoção (MCPP)
conterão todas as informações relativas ao cumprimento das condições de acesso, com dados
computados até 31 de dezembro e 30 de junho, respectivamente. Nestes MCPP, deverão também
ser incluídas, condicionalmente, as Praças que tenham possibilidade de vir a satisfazer
efetivamente as condições de acesso até as datas de encerramento dos estudos destinados à
inclusão nos Quadros de Acesso.
§ 1º Os Quadros de Acesso serão elaborados observando o disposto no
Dec nº 4.034/2001.
§ 2º Os Quadros de Acesso, uma vez elaborados, serão submetidos à
apreciação do Diretor do Pessoal Militar da Marinha.
§ 3º Após a aprovação dos Quadros de Acesso, a DPMM informará às
Praças que não foram incluídas nos Quadros de Acesso por merecimento.
Seção IV
Da Contagem de Pontos para Promoção
Art. 51 Na contagem de pontos para promoção serão considerados os seguintes
atributos:
I - promoções anteriores por merecimento - são computadas
cumulativamente;
II - dias de mar na carreira - são computados desde a inclusão no CPA ou
no CAP;
III - Aptidão Média para a Carreira (AMC) - é computada até a Escala de
Avaliação de Desempenho (ModEAD) do último semestre;
IV - comportamento - os pontos são computados de acordo com as
Normas sobre o Controle de Comportamento e das Contravenções Disciplinares;
V - média das Recomendações para Promoção por Merecimento (RPM)
constantes das Folhas de Informações de Suboficiais e Sargentos (FIS) - é computada até a
ModEAD do último semestre;
VI - dias de embarque na carreira - são computados desde a inclusão no
CPA ou no CAP;
VII - aprovações destacadas em cursos - são computadas,
cumulativamente, as aprovações em cursos de carreira (C-Ap e C-Esp-Hab) ou Curso de
Qualificação Técnica Especial (C-QTE) realizados como SG;
VIII - Citações Meritórias - são computadas, cumulativamente, a partir da
graduação de 3ºSG;
IX - reprovações em cursos - são computadas, com valor negativo,
cumulativamente, as reprovações em cursos de carreira (C-Ap e C-Esp-Hab) ou Curso de
Qualificação Técnica Especial (C-QTE) realizados como SG;
X - condecorações - são computadas, cumulativamente, as recebidas
durante a carreira. Para as condecorações do mesmo tipo, obtidas em diferentes graus, será
considerada apenas a de maior grau;
XI - dias de instrutoria na carreira - são computados desde a inclusão no
CPA ou no CAP; e
XII - dias de manobra e exercício – são computados desde a inclusão no
CPA ou no CAP.
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Art. 52 Para enquadrar as Praças nos critérios de promoção por merecimento
ou antiguidade, deverão ser adotados os seguintes procedimentos:
I - pontos obtidos da tabela do art. 54, empregando-se apenas a média das
RPM constantes da FIS:
a) menor que 30 pontos – a Praça será inabilitada à promoção por
Merecimento;
b) igual a 30 pontos – serão utilizados os seguintes critérios:
1. pontuação total obtida para promoção, segundo a tabela do art. 54,
maior ou igual à média aproximada de pontos: a princípio poderá figurar no Quadro de Acesso
para promoção por Merecimento (QAM);
2. pontuação total obtida para promoção, segundo a tabela do art. 54,
inferior à média aproximada de pontos: a princípio será incluída no Quadro de Acesso por
Antiguidade (QAA); e
3. entende-se, por média aproximada de pontos, valores que atinjam até
dez por cento abaixo da média de pontos obtidos pelas Praças concorrentes, na mesma
graduação, dentro de cada Corpo (CPA ou CAP).
c) maior que 30 pontos – a princípio, poderá figurar no Quadro de Acesso
para promoção por Merecimento (QAM).
II - os critérios estabelecidos nas alíneas b e c, do inciso I, deste artigo,
não impedirão que as Praças tenham seus atributos morais e profissionais avaliados pela CPP, a
qual ratificará ou não o direcionamento para promoção, especificado pelos referidos critérios; e
III - as Praças direcionadas para o Quadro de Acesso por Antiguidade
poderão requerer ao Diretor do Pessoal Militar da Marinha, em grau de recurso, a sua inclusão
no Quadro de Acesso por Merecimento, utilizando o procedimento previsto na Seção III do
Capítulo VI.
Art. 53 O total de pontos obtidos pela Praça constará dos MCPP a serem
remetidos à CPP, sendo levado em consideração na organização dos Quadros de Acesso.
Art. 54 A pontuação para a promoção às graduações de 2ºSG, 1ºSG e SO será
obtida empregando-se a tabela de atributos abaixo discriminada:
TABELA DE PONTOS PARA PROMOÇÃO DE SG
ATRIBUTOS PONTOS
Ponto negativo de Comportamento -5
AMC menor que 5,00 -50
AMC de 5,00 a 5,90 0
AMC de 6,00 a 7,90 30
AMC de 8,00 a 8,90 100
- 13 de 20 -
OSTENSIVO RCPP
AMC igual ou superior a 9,00 150
Média das RPM menor que 5,0 -50
Média das RPM de 5,0 a 5,9 0
Média das RPM de 6,0 a 7,9 30
Média das RPM de 8,0 a 8,9 100
Média das RPM igual ou superior a 9,0 150
Aprovação destacada em Cursos na Carreira como SG 50
Elogio 15
Louvor 12
Referência Elogiosa 10
Promoção Anterior por Merecimento 15
Reprovação em Curso de Carreira -30
Medalha Militar de Bronze – 10 anos 10
Medalha Militar de Prata – 20 anos 60
Medalha Militar de Ouro – 30 anos 100
Medalha Mérito Anfíbio – 1 âncora 50
Medalha Mérito Anfíbio – 2 âncoras 100
Medalha Mérito Anfíbio – 3 âncoras 150
Medalha Mérito Anfíbio – 4 âncoras 200
Medalha Mérito Anfíbio com Passador de Prata 250
Medalha Mérito Anfíbio com Passador de Ouro 300
Medalha Mérito Marinheiro – 1 âncora 100
Medalha Mérito Marinheiro – 2 âncoras 200
Medalha Mérito Marinheiro – 3 âncoras 300
Medalha Mérito Marinheiro – 4 âncoras 400
Medalha Mérito Marinheiro com Passador de Prata 500
Medalha Mérito Marinheiro com Passador de Ouro 600
Medalha de Distinção – 1ª Classe 200
Medalha de Distinção – 2ª Classe 100
Medalha Mérito Tamandaré 60
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OSTENSIVO RCPP
Ordem do Mérito Naval 150
Ordem do Mérito da Defesa 150
Outras Condecorações 30
Para cada cinco Dias de Embarque na Carreira 1
Para cada cinco Dias de Instrutoria na Carreira 1
Capítulo VIII
Da Avaliação da CPP
Seção I
Da Emissão de Parecer
Art. 55 Na emissão de parecer pela CPP, devem ser observados os seguintes
aspectos inerentes ao exercício da vida militar na Marinha:
I - Os cargos, funções e incumbências são dispostos de modo a
compatibilizar as obrigações e prerrogativas inerentes a cada posto ou graduação, observando-se
a qualificação, a autoridade e a responsabilidade, que crescem, proporcionalmente, aos graus
hierárquicos; e
II - Os militares da Marinha do Brasil devem primar pelo
profissionalismo e se empenhar no cumprimento das disposições legais, regulamentares e
normativas vigentes, portando-se de modo compatível com a referida condição, em todas as
circunstâncias.
Art. 56 Na avaliação das Praças para emissão de pareceres favoráveis ou
desfavoráveis, a CPP analisará todo o histórico dos militares estudados, a partir de seus atributos
morais e profissionais, sua aptidão para realização de cursos de carreira, preenchimento de
requisitos para as promoções e a participação nos demais processos avaliativos previstos, além
dos aspectos da carreira militar, relacionados aos princípios éticos e de caráter, adaptação e
dedicação ao Serviço Naval, capacidade técnico-profissional e pendor para acesso à graduação
superior, dentre outros parâmetros.
Art. 57 A participação das Praças nos processos avaliativos da CPP estará
condicionada ao atendimento prévio de todos os requisitos mínimos exigidos, previstos nas
normas em vigor; porém, estes, por si só, não asseguram a obtenção de parecer favorável, uma
vez que a indicação dentro dos referidos processos depende, especialmente, da análise dos
atributos morais e profissionais dos militares.
Seção II
Da Avaliação em Processo Ordinário
Art. 58 As Comissões Relatoras e o Colegiado da CPP, ao emitirem pareceres
em Processos Ordinários, não devem pautar suas análises apenas em fato ou característica
particular acerca das Praças avaliadas, mas no conjunto do perfil individual de cada militar, a
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OSTENSIVO RCPP
partir da apreciação dos respectivos atributos morais e profissionais verificados ao longo da
carreira, tais como:
I - histórico e natureza de contravenções e punições disciplinares na
carreira;
II - dados de carreira: dias de mar, tempo de embarque, cursos de carreira,
medalhas, citações meritórias etc.;
III - histórico de AC (EAD/ModEAD);
IV - histórico de pendor para acesso à graduação superior;
V - histórico das Recomendações para Oficialato, Instrutoria, SOMor e
Promoção por Merecimento (EAD/ModEAD);
VI - envolvimento em procedimento administrativo ou processo judicial,
levando em consideração a natureza do fato ocorrido e suas implicações; e
VII - conduta que contrarie os valores militares ou a ética militar.
Seção III
Da Avaliação em Grau de Recurso
Art. 59 A análise do recurso impetrado pela Praça deve se pautar no conjunto
de atributos morais e profissionais outrora apreciados e que fundamentaram o “Parecer
Desfavorável” da CPP, por ocasião da Sessão Plenária Ordinária. Os dados e informações
atinentes a esses atributos serão computados até a data da realização da referida Reunião
Plenária.
§ 1º Na avaliação da Praça, em grau de recurso, a Comissão Relatora e o
Colegiado devem verificar se o pleito do requerente apresenta fato novo relevante e
esclarecimentos que justifiquem a alteração do parecer exarado anteriormente pela CPP, em
processo ordinário, para posicionamento favorável.
§ 2º A análise do recurso apreciará as fundamentações do juízo de valor do
Titular da OM do requerente e, quando for o caso, as considerações constantes do parecer do
Encarregado do requerente. Adicionalmente, deverão ser analisados os argumentos do militar,
bem como seu perfil de carreira e os fatos que motivaram o “Parecer Desfavorável” da CPP à
época da sessão ordinária.
Capítulo IX
Dos Processos Avaliativos da CPP
Seção I
Do Concurso de Admissão ao Quadro de Oficiais Auxiliares da Armada
Art. 60 Na avaliação dos candidatos ao Concurso de Admissão ao Quadro de
Oficiais Auxiliares da Armada, além da análise dos atributos morais e profissionais ao longo da
carreira, conforme descrito no art. 56, 57 e 58, será considerada, especialmente, a média das
Recomendações para o Oficialato (ROf), consignadas individualmente na FIS.
Art. 61 Ficarão sujeitos à não indicação os militares que obtiverem, nos últimos
cinco anos, nota(s) de zero a quatro de ROf, consecutivas ou não, do seu avaliador direto.
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OSTENSIVO RCPP
Art. 62 Somente serão apreciados pela CPP aqueles SO e SG que
apresentarem, na média das ROf ao longo da carreira, grau superior ou igual a 7,5 e os demais
requisitos previstos nas normas em vigor para a inscrição no concurso.
Seção II
Da Inscrição no EA-HSG e da Matrícula no C-Esp-HabSG e Est-HabSG
Art. 63 Na avaliação dos CB candidatos ao C-Esp-HabSG e Est-HabSG, além
da análise dos atributos morais e profissionais ao longo da carreira, conforme descrito no art. 56,
57 e 58, serão consideradas, de modo especial, a média do pendor para promoção a SG e a AMC,
consignadas individualmente na Escala de Avaliação de Desempenho de CB (EAD/ModEAD-
CB).
Art. 64 Ficarão sujeitos à não indicação os militares que apresentarem, nas
últimas cinco EAD/ModEAD-CB, declínio nas avaliações de AC, bem como aqueles que
apresentarem, no referido período, nota(s) de zero a quatro, consecutivas ou não, em seu pendor
para acesso à graduação de 3ºSG.
Art. 65 Somente serão apreciados pela CPP aqueles CB que preencherem todos
os requisitos previstos nas normas em vigor, para participação nos referidos processos seletivos.
Seção III
Da Matrícula no C-Espc
Art. 66 Na avaliação dos MN candidatos ao C-Espc, além da análise dos
atributos morais e profissionais ao longo da carreira, conforme descrito nos arts. 56, 57 e 58, será
considerada, de modo especial, a AMC consignada individualmente na Escala de Avaliação de
Desempenho de MN (EAD/ModEAD-MN).
Art. 67 Ficarão sujeitos à não indicação os militares que apresentarem, nas
últimas três EAD/ModEAD-MN, declínio nas avaliações de AC.
Art. 68 Somente serão apreciados pela CPP aqueles MN que preencherem
todos os requisitos previstos nas normas em vigor para matrícula no C-Espc.
Seção IV
Da Transferência do QTPA para o QPAS
Art. 69 Na seleção de 3oSG do QTPA para transferência ao QPAS e
consequente permanência no Serviço Ativo da Marinha (SAM), além da análise dos atributos
morais e profissionais ao longo da carreira, conforme descrito no art. 56, 57 e 58, será
considerada, especialmente, a média das RPM, consignadas individualmente na FIS.
Art. 70 Ficarão sujeitos à não indicação os militares que obtiverem do seu
avaliador direto, nos últimos cinco anos, nota(s) de zero a quatro, consecutivas ou não, no
supracitado quesito RPM.
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OSTENSIVO RCPP
Art. 71 Somente serão apreciados pela CPP aqueles SG que preencherem todos
os requisitos previstos nas normas em vigor para a referida transferência de Quadro,
especialmente, os seguintes atributos morais e profissionais:
I - ter AMC igual ou superior a 8,5 pontos, consolidada nas
EAD/ModEAD; e
II - possuir média das RPM igual ou superior a seis pontos nas
EAD/ModEAD consolidadas ao longo da carreira.
Seção V
Da Seleção para o Magistério Militar Naval
Art. 72 Na avaliação de candidatos ao Processo Seletivo para o Magistério
Militar Naval, além da análise dos atributos morais e profissionais ao longo da carreira,
conforme descrito no art. 56, 57 e 58, será considerada, especialmente, a média das
Recomendações para Instrutoria (RPI), consignadas individualmente na FIS.
Art. 73 Ficarão sujeitos a não indicação os militares que obtiverem do seu
avaliador direto, nos últimos cinco anos, nota(s) de zero a quatro, consecutivas ou não, no
supracitado quesito RPI.
Art. 74 Somente serão apreciados pela CPP aqueles SO e SG que preencherem
todos os requisitos previstos nas normas em vigor para participação no referido processo
seletivo, especialmente, os seguintes atributos morais e profissionais:
I - no caso de SO, 1ºSG ou 2ºSG, ter sido promovido por merecimento às
respectivas graduações;
II - possuir média das seis últimas EAD/ModEAD consolidadas igual ou
superior a oito pontos;
III - possuir média das RPI igual ou superior a oito pontos nas EAD/ModEAD
consolidadas ao longo da carreira, bem como nas seis últimas avaliações relativas a esse quesito;
IV - ter obtido “Recomendação com Empenho” para Oficialato e para
instrutoria, nas duas últimas FIS;
V - não ter perdido mais de dez pontos de comportamento ao longo da carreira
e, por ocasião do processo seletivo, possuir cem pontos no referido quesito;
VI - não ter incidido em contravenções disciplinares atentatórias à honra
pessoal, ao pundonor militar ou ao decoro da classe, previstas nos itens 21, 23, 33, 34 e 76 do art.
7º do RDM; e
VII - não estar impedido de acesso à graduação superior nem, tampouco, sub
judice, respondendo a Inquérito Policial Militar ou Sindicância.
Seção VI
Da Matrícula no C-Esp-SOMor
Art. 75 Na avaliação dos SO candidatos ao C-Esp-SOMor, além da análise dos
atributos morais e profissionais ao longo da carreira, conforme descrito no art. 56, 57 e 58, será
considerada, especialmente, a média das Recomendações para Suboficial-Mor (RSM),
consignadas individualmente na FIS.
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OSTENSIVO RCPP
Art. 76 Ficarão sujeitos à não indicação os militares que obtiverem do seu
avaliador direto, nos últimos cinco anos, nota(s) de zero a quatro, consecutivas ou não, no
supracitado quesito RSM.
Art. 77 Somente serão apreciados pela CPP aqueles SO e SG que preencherem
todos os requisitos previstos nas normas em vigor para realização do referido curso,
especialmente, os seguintes atributos morais e profissionais:
I - ter obtido indicação do Titular da OM para candidatar-se a SOMor da
OM;
II - ter sido promovido por merecimento às graduações de 2ºSG, 1ºSG e
SO;
III - ter AC igual ou superior a nove e AMC igual ou superior a 9,5;
IV - ter obtido “Recomendação com Empenho” para Oficialato nas duas
últimas FIS;
V - não ter sido punido disciplinarmente nos últimos cinco anos;
VI - não ter sido condenado por crime, ou punido pela prática de
contravenções disciplinares atentatórias à honra pessoal, ao pundonor militar ou ao decoro da
classe, previstas nos itens 21, 23, 33, 34 e 76 do art. 7º do RDM; e
VII - não estar sub judice ou respondendo a Inquérito Policial Militar ou
Sindicância.
Seção VII
Da Matrícula no C-ASEMSO
Art. 78 Na avaliação dos SO e 1°SG candidatos ao C-ASEMSO, além da
análise dos atributos morais e profissionais ao longo da carreira, conforme descrito no art. 56, 57
e 58, serão consideradas, especialmente, as médias das Recomendações para o Oficialato e
Suboficial-Mor, consignadas individualmente na FIS.
Art. 79 Ficarão sujeitos à não indicação os militares que obtiverem do seu
avaliador direto, nos últimos cinco anos, nota(s) de zero a quatro, consecutivas ou não, nos
supracitados quesitos ROf e RSM.
Art. 80 Somente serão apreciados pela CPP aqueles SO e 1ºSG que
preencherem todos os requisitos previstos nas normas em vigor para realização do referido curso,
especialmente, os seguintes atributos morais e profissionais:
I - ter sido sempre promovido por merecimento a partir de 2ºSG;
II - possuir AC igual ou superior a nove e AMC igual ou superior a 9,5
pontos, consolidadas nas EAD/ModEAD;
III - ter obtido “Recomendação com Empenho” para Oficialato e
Suboficial-Mor, nas quatro últimas FIS;
IV - não ter sido punido disciplinarmente nos últimos cinco anos;
V - possuir cem pontos de comportamento, por ocasião do processo
seletivo;
VI - não ter incidido em contravenções disciplinares atentatórias à honra
pessoal, ao pundonor militar ou ao decoro da classe, previstas nos itens 21, 23, 33, 34 e 76 do art.
7º do RDM; e
VII - não estar impedido de acesso à graduação superior nem, tampouco,
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OSTENSIVO RCPP
sub judice, respondendo a Inquérito Policial Militar ou Sindicância.
Capítulo X
Das Disposições Gerais
Art. 81 Os casos não previstos neste Regulamento serão submetidos ao Diretor
do Pessoal Militar da Marinha.
Parágrafo único - Serão submetidos ao Diretor-Geral do Pessoal da
Marinha, via DPMM, os casos que impliquem nos dispositivos da lei a que se fundamenta este
instrumento ou ainda aqueles que se configurem de segunda instância com base neste
Regulamento.
Art. 82 As alterações deste Regulamento deverão ser propostas pelo Diretor do
Pessoal Militar da Marinha.
CELSO LUIZ NAZARETH
Almirante de Esquadra
Diretor-Geral
JONATHAN KEPLER BULHÕES DE MORAIS
Capitão de Corveta
Assistente
AUTENTICADO DIGITALMENTE
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