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Livro Eletrônico

Aula 08

Engenharia do Petróleo p/ PETROBRAS (Engenheiro de Petróleo Júnior) em PDF

Professor: Victor Guarnieri

00879490594 - Max Barros


ENGENHARIA DE PETRÓLEO P/ PETROBRAS
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS
Prof. Victor Guarnieri Aula 08

AULA 08 – Processamento primário de petróleo

SUMÁRIO PÁGINA
1. Introdução 01
2. Separadores 02
3. Processamento das fases 19
4. Resumo 23
5. Questões resolvidas 23
6. Lista de questões 31
7. Gabarito 36
8. Bibliografia 36

INTRODUÇÃO

Chegamos então a nossa penúltima aula. É hora de intensificar os


estudos e revisões, a prova está chegando logo.
A boa noticia é que esta aula é bem tranquila, trata de poucos
processos simples e alguns equipamentos. Aqui não temos conceitos
muito confusos. Aproveite o tempo para revisar bem os pontos que
estejam obscuros.
Durante o processo de produção, o petróleo chega à superfície
associado a uma quantidade de água proveniente da rocha reservatório,
gás (hidrocarbonetos gasosos) e outros componentes, como areia das
formações rochosas.
Uma vez que existem razões tanto econômicas (somente o petróleo
e os gases, estes em alguns casos, são financeiramente interessantes) e
operacionais (por exemplo, a água salobra causa corrosão em tubulações
e equipamentos), é realizado, na própria plataforma de produção, o
processamento primário, separando as fases que interessam para a
indústria das impurezas, que devem ser tratadas e adequadamente

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dispostas. É importante lembrar que este é somente um processamento


inicial, sendo que as operações de purificação e transformação serão
realizadas em uma refinaria.
As etapas de processamento primário realizadas dependem de
características do fluido produzido, do campo produtor e das restrições de
espaço em uma plataforma, restrição mais séria no caso de produção
marítima. Podem ser realizados desde processos básicos como a
separação trifásica até processos mais complexos, como a redução da
porcentagem de H2S nos gases.
É importante ressaltar que o processamento primário do petróleo
envolve, em sua grande maioria, separações físicas ou químicas de fases.
Qualquer etapa de modificação da estrutura da molécula (craqueamento,
etc) é uma etapa de refino, sendo realizada na refinaria.
Além disso, não é possível eliminar completamente nenhum tipo de
componente das misturas, somente reduzir sua concentração a valores
aceitáveis.
Parece bobo, mas nessas duas páginas já temos informação
suficiente para matar uns 50% das questões deste tópico.

Separadores
Como o próprio nome da seção diz, estudaremos aqui os
equipamentos principais do processamento primário de petróleo: os
separadores.
A primeira etapa a ser realizada constitui-se na separação das fases
óleo, gás e água. Tal separação, ainda que grosseira, é realizada em
equipamentos conhecidos como vasos separadores (ou somente
separadores). Existem diversas classificações de vasos separadores,
porém uma das mais relevantes é a que relaciona o número de fases que
podem ser separadas em seu interior. É conhecido como separador
bifásico o vaso que realiza a separação de gás e líquidos, enquanto o
trifásico é capaz de separar, além do gás, a água do óleo.

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Antes de entrar mais profundamente no estudo dos separadores,


observe a figura abaixo, que esquematiza os sistemas de tratamento das
fases.

De forma bem grosseira e simplificada, o que temos: os fluidos


chegam juntos à superfície (seja direto da cabeça de poço ou via
manifold, que conecta a produção de diversos poços). A primeira etapa é
a separação, que, no caso da figura, separa as três fases distintas. Cada
uma delas segue um caminho separado, sendo a água tratada e
descartada/reinjetada, o gás tratado e transportado/reinjetado ou até
queimado e o óleo tratado e armazenado ou transportado. Veremos com
mais detalhes cada um destes processamentos.
Aproveitando o ensejo, é interessante saber que a separação não
ocorre somente em um separador, sendo geralmente realizada por
separadores em série, cada um com uma pressão de operação, sendo o
primeiro o de maior pressão e o último o de menor pressão, conforme a
figura abaixo. Não se atenha em detalhes (pressões, fluxos), só quero
que você observe que a saída de um separador (o que era só óleo a uma
pressão mais alta) é transformada em bifásica (óleo + gás) em um
separador de pressão mais baixa, até que atingimos a pressão
atmosférica.

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Para finalizar esta história de separadores em série, o gráfico abaixo


mostra a recuperação de liquido em cada fase de um sistema em série.
Note que a cada separação a mais a quantidade de líquido recuperada
(saída) é menor, uma vez que a pressão é reduzida e mais gás sai da
mistura. Assim, existe um número ótimo de separadores, que pode ser
calculado.

Outra classificação importante de vasos é a sua forma de


fabricação, sendo divididos em horizontal, vertical e esférico, sendo este
último um tipo não usual.
Na figura abaixo vemos um separador horizontal. Note que o
equipamento (este cilindro deitado) está sobre uma espécie de base feita
de vigas metálicas, chamada de “skid”. A montagem em “skids” facilita
muito o transporte de grandes equipamentos (vale para bombas, etc).

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Já abaixo, temos a imagem de um separador vertical. Os processos


internos e equipamentos serão estudados posteriormente, mas são, em
resumo, idênticos.

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Para constar, segue também uma imagem de um separador


esférico.

Mas se os processos e equipamentos são iguais, qual a diferença


entre eles? Vejamos o resumo abaixo.

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Horizontal
 Vantagens – Maior área de interface gás-líquido (seção transversal
do vaso), o que possibilita uma melhor separação, tornando-os
mais eficientes. Melhor controle de espuma. Mais baratos.
 Desvantagens: Maior área ocupada pelo equipamento, o que pode
ser problemático em uma plataforma marítima.
 Usos: Sistemas com alta razão gás/óleo de produção.
Vertical
 Vantagens – Melhor controle de sólidos presentes na corrente,
sendo retirados pelo fundo do vaso. Mais compacto. Maior
capacidade de lidar com golfadas (variações bruscas da razão
gás/óleo produzida).
 Desvantagens – Mais caro de ser produzido. Necessita de vazões
constantes para operar próximo de seu ponto de eficiência.
 Usos: Sistemas com baixa razão gás/óleo ou com grande
quantidade de sólidos produzidos.
Qual a lógica disso? As discussões sobre espaço são bem tranquilas de
entender. Agora as vantagens que envolvem o processo serão estudadas
mais abaixo.
Já os esféricos tentam unir as vantagens de um horizontal com um
vertical. Como tudo que é muito ambicioso, esta ideia também não é
muito bem sucedida, unindo a falta de um espaço para lidar com golfadas
com dificuldades de fabricação, sendo muito raramente empregados.
Antes de estudar o que está dentro destes equipamentos e suas seções
internas, acho melhor que estudemos brevemente os mecanismos que
são utilizados nesta etapa do processamento primário. Cabe comentar
que, diferentemente de outras áreas da engenharia de petróleo, aqui
geralmente não há componentes químicos, térmicos, etc. O
funcionamento destes equipamentos é basicamente mecânico.
O funcionamento de um vaso bifásico é simples, baseando-se em
poucos mecanismos físicos para a separação:

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 Gravidade e diferença de densidades: o fluido mais denso (no


caso, o líquido) tende a ir para o fundo do vaso, sendo separado
por decantação.
 Separação inercial: uma mudança de direção e velocidade do
fluxo é imposta aos fluidos o que permite a separação do gás por
inércia.
 Aglutinação: Realizada pelo contato de gotículas de óleo em uma
superfície, o que facilita sua coalescência, aglutinação (formação
de gotas maiores) e decantação.
 Força centrifuga: neste tipo, a separação é realizada pela
diferença de densidades.
Todos estes mecanismos estão presentes dentro do mesmo separador,
sendo mais ou menos atuante dependendo da seção em questão do
equipamento.
Falando nas seções, acho que é um momento oportuno para estuda-
las, facilitando tudo. Para isso, veja a figura a seguir, que representa um
separador horizontal em corte.

Conforme podemos ver na figura, um vaso é didaticamente dividido


em algumas seções, que serão explicadas abaixo.
 Seção de separação primária: o fluido que entra no separador
choca-se com um defletor ou é canalizado para um difusor que
impõe um movimento giratório (separação por força centrifuga),

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o que faz com que o líquido se precipite para o fundo do vaso.


Nesta seção é realizada a maior parte da separação.
 Seção de acumulo de líquido: aqui ocorre a separação das bolhas
de gás que permaneceram no líquido após a separação primária.
Esta separação ocorre pela diferença de densidades, sendo
necessária a permanência do liquido por um certo período de
tempo, calculado por fatores como o tamanho do separador e as
vazões de gás/líquido, conhecido como tempo de retenção. O
tempo de retenção necessário para a separação de líquidos é
maior que o que envolve somente gás/óleo.
 Seção de separação secundária: as gotículas menores de líquido
que são carregadas pelo gás são separadas nesta seção, por um
mecanismo idêntico ao que ocorre na seção de acumulo de
liquido.
 Seção aglutinadora: as gotículas de liquido (menores que 100 –
140 mícrons) ainda presentes no gás são aglutinadas em
materiais com alta área superficial, como materiais porosos. O
equipamento utilizado se chama extratores de névoa.
Falando nos extratores, vamos estudar cada um dos equipamentos
internos ao separador, brevemente. Dessa maneira, acho que as seções e
funções ficam mais fáceis de ser entendidas (ou decoradas).
Ao entrar no separador, o primeiro equipamento que o fluido
encontra (ou se choca violentamente, melhor dizendo) é o defletor. A
ideia do defletor é, por meio de uma alteração brusca na direção de
movimentos dos fluidos, separar grosseiramente o óleo do gás. Existem
dois tipos básicos de defletores, os que utilizam a força centrifuga para
realizar a separação, e os que utilizam a colisão do fluido com o
equipamento para a separação. Abaixo, temos a figura de um destes
últimos em funcionamento.

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Além disso, existem equipamentos chamados de “wave breakers”,


ou algo como quebra ondas. A função dele é bem essa mesmo, evitar a
formação de ondas de fluido dentro do separador. Estas ondas são
indesejáveis pois o controle de nível dos fluidos do separador deve ser
muito bem mantido, uma vez que a eficiência de separação e a segurança
do equipamento dependem disto. São, em resumo, placas perfuradas
fixadas na direção longitudinal de um separador horizontal. Veremos em
uma imagem posteriormente.
Outro equipamento presente é o “vortex breaker” ou quebra
redemoinho, que, instalado sobre a saída de líquidos do separador
horizontal, evita que a baixa pressão forme um redemoinho de liquido,
sugando pelo centro uma quantidade indesejada de gás. A figura abaixo
mostra um destes equipamentos e sua posição de instalação.

Note que é apenas um equipamento que impede a entrada vertical


do fluido, sem grandes segredos.
Temos também as “defoaming plates” ou placas para a quebra de
espuma, formada quando as bolhas de gás saem do liquido. Podem ser
injetados produtos químicos na entrada do separador, mas é mais
eficiente forçar a passagem da espuma por placas paralelas e inclinadas

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como as que podem ser vistas abaixo. Estas placas possuem grande área
superficial, facilitando a quebra da espuma e a separação dos fluidos.

Mais um componente dos separadores, principalmente dos


horizontais, são os “sand jets” e os “sand drains”, algo como jatos e
drenos de areia. Estes equipamentos servem para remover os sólidos que
se acumulam no fundo do separador, periodicamente e de maneira
controlada. Podemos ver estes equipamentos na figura abaixo.

Assim, em uma operação de limpeza do fundo do separador,


devemos abrir os drenos (permitindo a saída dos sólidos) e ligar os jatos,
que injetam um fluido a alta pressão (geralmente água) para causar uma
agitação e movimentar os sólidos, facilitando sua remoção.
No caso de separadores verticais, os sólidos já se acumulam de
uma maneira melhor no fundo, sendo removidos por um acesso especial.
Abaixo vemos uma imagem com alguns destes equipamentos já
comentados em um separador. O fluxo, neste caso, vem da esquerda
para a direita.

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Por fim, vamos estudar um componente essencial do separador, o


extrator de névoa (mist extractor). Estes equipamentos servem para
remover as gotículas de líquido e sólidos que ainda estão em suspensão
no gás, antes de sua saída do separador.
==e59a9==

Em resumo, existem diversos tipos de arranjos e equipamentos que


podem ser utilizados como extrator de névoa, mas a lógica deles é
sempre a mesma: são placas ou malhas metálicas que, com sua grande
área superficial e construção geométrica, fazem com que o gás perca um
pouco de sua velocidade e permita o coalescimento das gotículas, que
caem para a fase liquida pela ação da gravidade. Abaixo temos um
esquema de um destes tipos de extrator.

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As variações na direção do gás favorecem o contato entre as


gotículas, que aumentam de tamanho e, assim, caem para a massa
liquida abaixo deste equipamento.
Para finalizar o estudo de separadores bifásicos, vamos ver alguns
tipos diferentes de separadores e variações dos já estudados.
Existem também os separadores centrífugos, como o visto na
imagem abaixo. Estes equipamentos utilizam a aplicação de uma força
centrifuga no fluido para facilitar sua separação.

Assim, o fluido entra tangencialmente do equipamento e, com sua


própria energia, são submetidos a uma aceleração radial que permite a
separação do fluido por sua densidade: o mais leve (gás) acaba tomando
o centro do equipamento, enquanto o mais pesado (fluido) ocupa as
paredes. O gás livre então sobe e é removido, enquanto o liquido escorre
para o fundo e sai por uma tubulação baixa.
As vantagens deste tipo de separador são seu baixo custo e
manutenção além de serem compactos. Como desvantagem, temos sua
grande sensibilidade à variação de vazões (reduzindo sua eficiência) e a
grande queda de pressão na separação.
Já o “double-barrel horizontal separator”, algo como separador
horizontal de tambor duplo (não encontrei tradução), é uma variação do
separador horizontal, visto abaixo.

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Veja que sua diferença está neste tambor abaixo, que serve para
controlar melhor as possíveis golfadas de fluido que o poço pode fornecer.
Assim, são utilizados em poços com grande produção de gás, mas que
também estejam sujeitos a uma golfada de fluidos periódica.
Para casos em que a vazão de gás seja muito maior que a de óleo,
podemos utilizar dois tipos específicos de separadores: os separadores
filtro (filter separator) e os scrubbers, ou depuradores de gás.
O separador filtro pode ser horizontal ou vertical, sendo projetado
para remover as gotículas de óleo e sólidos da corrente de gás.

Como podemos ver acima, o gás é injetado no equipamento, passa


por diversos filtros cilíndricos no interior do separador e posteriormente
passa por placas coalescentes para remover as gotículas que não
puderam ser removidas pelos filtros.

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Já os depuradores, por sua vez, costumam ser verticais, projetados


para remover os gotículas de líquido formadas pela queda de pressão ou
resfriamento do gás.
Por fim, temos os “slug catchers”, algo como “apanha golfadas”.
Este equipamento tem como função principal a tarefa de lidar com as
golfadas de liquido que podem ocorrer durante a produção e/ou
manutenção do poço. Isto implica em um volume maior de tratamento
dos fluidos em seu interior, assumindo diversas formas para isso. Abaixo
temos um dos modelos possíveis deste equipamento. Note o espaço
ampliado para o liquido em seu interior, evitando o risco de
transbordamento durante uma golfada.

Já um vaso trifásico possui o funcionamento muito similar ao


bifásico, sendo que as diferenças estão na capacidade de separar a água
livre (água que decanta por gravidade, uma vez que sua densidade é
maior que a do óleo) do óleo, na fase liquida. Na imagem abaixo, vemos
um separador trifásico vertical.

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Para que essa separação seja realizada, é necessário aumentar o


tempo de retenção – geralmente pelo aumento de comprimento do vaso -
formando três camadas liquidas: no topo uma camada de óleo com pouca
água associada; no meio, uma camada de emulsão água-óleo; e no
fundo, uma camada de água com pouco óleo. Isto é importante: a
separação realizada não elimina a presença de água no óleo, ou vice
versa, mas sim reduz a quantidade a níveis aceitáveis.
A saída da água é realizada pelas partes mais baixas do separador,
enquanto a saída do óleo é feita acima da interface óleo-água.

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Em resumo, os mecanismos de separação e as seções em um


separador trifásico são os mesmos do bifásico, porém existem arranjos e
equipamentos diferentes, neste caso. A figura acima mostra um
separador trifásico. O que podemos verificar de diferente é um controle
de nível extra (separando um para água e um para o óleo), uma
tubulação de saída extra e um compartimento no final do vaso, que nada
mais é que uma placa que, com o controle de nível, permite a passagem
do óleo por cima dela, separando os dois líquidos.
O equipamento mais importante para nosso estudo são as placas
coalescentes, que servem para ajudar a coalescer (aglutinar) as gotículas
de água presentes no óleo (e as de óleo presentes na água), aumentando
seu tamanho e, assim, facilitando a ação da gravidade no intuito de
separar estas fases. Mas cabe a ressalva que diversos problemas podem
ocorrer nestas placas, como o acumulo de areia, parafinas e até corrosão,
o que dificulta seu uso.
Por fim, devemos explicar que o separador trifásico recebe este
nome quando é utilizado para separar uma quantidade relevante de gás.
Se o caso for mais da separação de óleo e água, recebe o nome de FWKO
(Free Water Knockout), algo como eliminador de água livre.
Durante a operação de um separador (seja ele de qualquer tipo ou
configuração), diversos problemas podem ocorrer. Os mais relevantes
são:
 Espuma: Causada por impurezas no liquido que chega ao
separador, ela dificulta o controle de nível interno, além de

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reduzir a capacidade do vaso, uma vez que um tempo de


retenção maior é necessário para que a espuma seja
quebrada, seja por placas coalescentes seja por produtos
químicos.
 Parafinas: O óleo produzido pode conter moléculas de cadeia
mais longa, conhecidas como parafinas. Tais parafinas
possuem um ponto de nuvem mais alto, o que propicia sua
solidificação em equipamentos sensíveis como as placas
coalescentes, o que reduz sua eficiência. Para a solução deste
problema, podem ser utilizadas bocas de visita para a
inserção de químicos ou a adição de calor, evitando que o
ponto de nuvem seja atingido.
 Sólidos e sal: Geralmente na forma de areia ou sais
precipitados e ou dissolvidos, podem ser removidos por
gravidade (caso da areia) ou por lavagem com água (caso do
sal).
 Arraste: Gás pode ser arrastado pela corrente de líquido, o
que pode indicar problemas no controle de nível do vaso.
Líquido também pode ser arrastado pelo gás, o que pode
indicar nível de liquido alto ou vazão muito alta de gás, dentre
outros.
Conectando o que estudamos aqui com as outras aulas, existem
diversos fatores que afetam o design e a eficiência de um separador,
como:
 As vazões de cada fluido (tanto suas médias quanto suas
variabilidades)
 Temperaturas e pressões de operação desejadas.
 Ocorrência de golfadas (ou até intermitência severa)
 Propriedades do fluido
 Presença de impurezas
 Grau de separação desejado
 Tendência de formação de emulsões

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 Tendências corrosivas do óleo/gás.

Processamento das fases

Agora que já estudamos melhor o equipamento que é o ponto


principal da aula, veremos o processamento de cada fase em separado,
estudando os processos e equipamentos conforme vão aparecendo.
Iniciaremos com o gás.
O gás natural, após ser separado, possui em sua composição alguns
e
diluentes como o nitrogênio e vapor d’água, além de contaminantes como
o gás sulfídrico, dentre outros. Para que o gás possa ser posteriormente
transportado e refinado, é necessário que tais componentes sejam
reduzidos a valores aceitáveis.
Alguns dos processos comumente empregados são:
 Desidratação: A remoção do vapor de água do gás pode ser por
absorção com glicol ou adsorção em materiais com grande área
superficial, facilitando sua remoção.
Na imagem abaixo temos uma unidade de desidratação por glicol.

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Não se preocupe com os detalhes. O importante é entender os fluxos


dentro deste equipamento: o gás é injetado pela parte inferior e sobe
(gravidade), saindo pela parte superior. Em seu caminho ascendente, o
gás encontra uma corrente de glicol que desce, pois é um liquido e é
injetado na parte alta da coluna. Existem equipamentos que facilitam o
contato entre os dois fluidos, permitindo que o glicol “roube” a água do
gás, descendo e sendo removido do equipamento. Posteriormente é
encaminhado para unidades específicas de regeneração do glicol,
removendo esta água e reabilitando o glicol para ser reutilizado.

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 Dessulfurização: É a remoção de gases ácidos (principalmente o


H2S, mas também outros, como CO2) por absorção física ou
química, geralmente utilizando soluções contendo aminas.
Após estes processos, geralmente é realizada uma separação de
frações mais pesadas (mais interessantes economicamente), por meio de
redução da temperatura ou pressão, liquefazendo-os. Esta etapa é
conhecida como estabilização do condensado (estas frações mais pesadas
são conhecidas como condensado).
Agora, passamos ao óleo.
A quantidade de contaminantes no óleo, dentre eles a água, varia,
9
sendo função de diversos fatores como:
 Características iniciais do campo (reservatório e fluidos)
 Idade dos poços (tempo de produção)
 Método de recuperação avançada usado
 A remoção da água associada ao óleo é importante pois provoca
diversos problemas nas etapas de produção, transporte e refino,
como:
 Necessidade de aumento da capacidade de processamento e
transporte.
 Corrosão, entupimento da linha por incrustação de sais.
A água que está presente no óleo está em forma de uma emulsão, não
podendo ser removida por processos de decantação (como a água livre).
Assim, são utilizados processos térmicos, elétricos ou químicos para
enfraquecer e romper a película que envolve as gotículas de água,
facilitando seu coalescimento e decantação.
É importante lembrar que não é sempre possível separar totalmente a
água do óleo, sendo que o resto do processamento será realizado na
refinaria.
As quantidades de contaminantes tradicionalmente aceitas pela
refinaria são (valores retirados de Thomas):
 Água: 1%
 Sais dissolvidos: 285 mg/l

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Por fim, temos o processamento da água. Vemos no fluxograma


abaixo os principais processos.

Geralmente, a água que sai do separador é enviada para um vaso


desgaseificador, seguindo para outro separador água/óleo e
posteriormente para o descarte.
O desgaseificador é, em resumo, um separador de baixa pressão,
utilizado para remover os traços de gases que ainda estão presentes,
para a futura queima controlada.
Para a separação água/óleo, são utilizados equipamentos como
hidrociclones, que separa as fases com a utilização de força centrifuga,
utilizando a diferença de densidade, ou células de flotação, que se
baseiam na separação gravitacional.
O descarte da água só pode ser realizado dentro de normas
ambientais, limitando a quantidade de poluentes em sua composição.
Além disso, existem restrições volumétricas para seu descarte.
Em campos marítimos, a Conama autoriza o lançamento ao mar
quando o teor de óleo na água é inferior a 20 mg/l (retirado de Thomas).
Além disso, como também realizada em campos terrestres, a reinjeção da
água no reservatório, por meio de poços injetores, possibilita redução da
queda de pressão no campo, decorrente da produção, o que permite a
obtenção de um fator de recuperação maior.

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Note que a resolução CONAMA 393/2007 mostra valores


ligeiramente diferentes para o teor, a saber:
Art. 5° O descarte de água produzida deverá obedecer à
concentração média aritmética simples mensal de óleos e graxas de
até 29 mg/L, com valor máximo diário de 42 mg/L.

Resumo

O principal nesta aula é entender o que pode ser realizado na


plataforma e o que é processo de refinaria. O examinador vai tentar
confundir vocês com processos malucos.
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Outro ponto importante é entender bem a seção dos separadores.

QUESTÕES RESOLVIDAS

1. PETROBRÁS – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO – 2014


Durante o processamento primário do petróleo, geralmente realizado nos
campos de produção, a primeira etapa normalmente refere-se à
separação gás-óleo-água livre, realizada em separadores trifásicos.
A etapa seguinte do processamento primário pode envolver o processo de
(A) refino para desparafinização do óleo
(B) remoção máxima da água emulsionada no óleo
(C) redução dos teores de enxofre dissolvido no óleo
(D) craqueamento de moléculas pesadas do óleo
(E) clareamento do óleo para eliminar poluentes
RESOLUÇÃO:
A: Conforme comentado em aula, a remoção de parafinas realizada
no processamento primário envolve somenta a sua eliminação no caso de
tais componentes estarem causando problemas operacionais aos
equipamentos. Não é uma atividade corriqueira, sendo realizada
esporadicamente. Além disso, todo refino é na refinaria, não na planta de
produção. Item errado.

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B: Tendo por base que o interesse principal da planta é a produção


de óleo, a etapa posterior à separação primaria do óleo é a remoção
máxima da água, até níveis aceitáveis para transporte e refino. Item
correto.
C: A dessulfurização (redução do teor de enxofre) do óleo é uma
etapa realizada na refinaria. Item errado
D: Craqueamento de moléculas pesadas (quebra térmica, para a
produção de produtos mais leves e com maior valor de venda) é uma
operação de refino, não de produção. Item errado.
E: A eliminação de poluentes do óleo (metais pesados, enxofre, etc)
é uma etapa de refino, não de produção. Item errado.
RESPOSTA: B

2. PETROBRÁS – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO – 2012


Quando da produção, o petróleo apresenta diversos tipos de
contaminantes, devendo ser tratado de modo que possa ficar estabilizado,
com contaminantes em nível aceitável.
O processamento primário para estabilização do petróleo utiliza um
tanque trifásico, onde se separam as fases gasosa, oleosa e aquosa,
sendo a parte oleosa a de interesse, e as demais, contaminantes.
No processamento primário,
(A) o teor de água máximo na fase oleosa deve ser de 2% e, junto com a
fase aquosa, são eliminados sais dissolvidos e resíduos sólidos.
(B) a fase oleosa deve conter, no máximo, 300 mg/L de sais e, no
máximo, 1% de água.
(C) há eliminação de gases do petróleo através da fase gasosa,
permitindo que o óleo estabilizado seja mais inflamável e menos
corrosivo.
(D) eliminam-se gases como CO2, H2S e hidrocarbonetos aromáticos,
garantindo que o óleo estabilizado seja menos corrosivo e menos tóxico.

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(E) elimina-se totalmente a água, fazendo com que o processamento na


refinaria possa ser mais fácil, evitando problemas de incrustação e
corrosão.
RESOLUÇÃO:
A: Conforme visto na aula, o teor máximo de água é de 1%, já
invalidando a questão. Porém, há outro erro que não envolve a decoreba
da porcentagem: no processamento primário há a redução dos sais
dissolvidos a um nível aceitável, não sua eliminação. Item errado.
B: Os valores estão corretos. Item correto.
C: A eliminação dos gases, de maneira geral, do petróleo não o
torna menos corrosivo ou mais inflamável. Item errado.
D: Tais etapas podem até ser realizadas, mas em uma refinaria.
Além disso, hidrocarbonetos aromáticos não são gasosos. Item errado.
E: Não se elimina totalmente a água, mas é realizada uma redução
a níveis aceitáveis. Item errado
RESPOSTA: B

3. PETROBRÁS – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO - 2011


Ao longo da vida produtiva de um campo de petróleo, ocorre, geralmente,
a produção simultânea de gás, óleo e água. Como o interesse econômico
é somente na produção de óleo e gás, instalações de produção são
projetadas para efetuar, sob condições controladas, o processamento
primário desses fluidos. Esse processamento consiste na redução da
pressão do petróleo oriundo do “manifold de produção” e na separação
física desses fluidos.
Em relação a esse processamento, afirma-se que a(o)
(A) água, por não formar uma mistura homogênea com o óleo, é
totalmente separada nos separadores trifásicos, devido à diferença de
densidades entre essas substâncias.
(B) água produzida nos separadores é, na realidade, uma salmoura, pois
contém uma concentração elevada de sais orgânicos, pode ser reinjetada

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nos campos de produção para aumento da produção e ser descartada


como um efluente.
(C) petróleo efluente dessas instalações é transportado para as refinarias
ainda com um teor residual de água e de hidrocarbonetos mais leves.
(D) gás produzido nessa instalação é conhecido como gás natural e é
enviado para os distribuidores, a fim de atender aos usos industrial,
doméstico e veicular.
(E) gás produzido é formado por hidrocarbonetos de menos de 4 átomos
de carbono, pois esses são gases nas condições de temperatura e pressão
dos vasos de separação.
RESOLUÇÃO:
A: Vimos na aula que não existe uma separação perfeita entre o
óleo e água, sendo necessários procedimentos adicionais para remover a
níveis aceitáveis a parcela remanescente em cada fase. Item errado.
B: Sais orgânicos? Errado, são sais inorgânicos. Pode ser reinjetada,
mas o descarte depende de tratamento.
C: Exato, a separação realizada é ainda bem grosseira. A refinaria
realizará processos mais sofisticados, removendo ainda mais a água e
gás. Correto
D: O gás natural não é o gás que é separado no processamento
primário. Errado.
E: Um vaso de separação pode ter diversas configurações de
temperatura e pressão, logo é errado afirmar que somente o metano,
etano e propano estarão presentes, uma vez que o butano também está
frequentemente na forma gasosa. Item errado.
RESPOSTA: C

4. PETROBRÁS – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO - 2010


No processamento primário de petróleo, o fluxo de um determinado glicol,
feito em contracorrente com o gás natural produzido, tem como objetivo
(A) possibilitar a eliminação de H2S.
(B) possibilitar a retirada do gás carbônico presente no gás natural.

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(C) reduzir o teor de água do gás natural produzido.


(D) eliminar os sólidos em suspensão no gás natural.
(E) aumentar o poder calorífico do gás natural.
RESOLUÇÃO:
Conforme vimos em aula, o glicol é um dessecante, que remove
uma boa parcela do teor de água do gás
RESPOSTA: C

5. CEPERJ – DRM – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO - 2010


Os fluidos produzidos por um poço de petróleo passam por separadores
que podem ser bifásicos ou trifásicos e que podem atuar em série ou
paralelo. Os vasos separadores baseiam-se nos seguintes mecanismos
para separar o líquido do gás:
A) ação da gravidade, separação inercial, aglutinação de partículas,
desidratação e absorção refrigerada
B) ação da gravidade, separação inercial, aglutinação de partículas e força
centrífuga
C) desidratação, dessulfurização, absorção refrigerada e turbo-expansão
D) desidratação, separação inercial, aglutinação de partículas e
dessulfurização
E) separação inercial, aglutinação de partículas, absorção refrigerada e
turboexpansão
RESOLUÇÃO:
Estudamos todos estes mecanismos em aula. Questão boa para
relembrar.
RESPOSTA: B

6. EPE – ANALISTA DE PESQUISA ENERGÉTICA – PETRÓLEO


EXPLORAÇÃO - 2014
Durante sua vida produtiva, um campo de petróleo produz gás, óleo e
água, junto com impurezas. Como o interesse é somente na produção de

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óleo e gás, há a necessidade de existirem instalações destinadas a


realizar o Processamento Primário de Petróleo.
É um objetivo do Processamento Primário a(o)
(A) produção de derivados que serão utilizados na própria unidade de
produção.
(B) separação de óleo, gás e água.
(C) produção de gás natural e de gás liquefeito de petróleo.
(D) tratamento das frações de petróleo para transferência
às refinarias.
(E) tratamento da água para ser utilizada como água de
resfriamento.
RESOLUÇÃO:
Pergunta bem simples essa, não podemos errar.. é ponto de graça.
RESPOSTA: B

7. EPE – ANALISTA DE PESQUISA ENERGÉTICA – PETRÓLEO


EXPLORAÇÃO - 2010
No processo de produção de um campo de petróleo há a necessidade de
separar o petróleo, normalmente o produto de maior interesse, do gás, da
água e de outras impurezas que são simultaneamente produzidas. Esse
processo compreende o processamento primário dos fluidos que,
dependendo das condições do reservatório e de produção, pode ser
simples ou complexo. Nesse processo, um dos componentes mais
indesejados é a água, uma vez que a quantidade de água produzida,
associada aos hidrocarbonetos, é variável pelo fato de o óleo e a água
formarem emulsões. Nesse contexto, um agente emulsificante frequente
é(são) o(s)
(A) metano.
(B) dióxido de carbono.
(C) propanos.
(D) butanos.
(E) asfaltenos.

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RESOLUÇÃO:
Que o óleo e a água formam emulsões, isto foi visto em aula. Agora
esta tendência de formação de emulsões depende de alguns componentes
presentes nestes fluidos.
Assim, componentes como as argilas e lama de perfuração na água,
e parafinas e asfaltenos no óleo podem aumentar a tendência de
formação de emulsões.
RESPOSTA: E

8. EPE – ANALISTA DE PESQUISA ENERGÉTICA – PETRÓLEO


EXPLORAÇÃO - 2007
Na produção, o processamento primário dos fluidos destina-se
inicialmente à separação dos diferentes fluidos e, secundariamente, ao
condicionamento preliminar dos hidrocarbonetos e ao tratamento da água
destinada à reinjeção ou ao descarte. Um vaso separador bifásico destina-
se à separação dos líquidos do gás. Já um vaso separador trifásico
destina-se, também, à separação:
(A) da água do óleo.
(B) do óleo leve do pesado.
(C) do enxofre.
(D) dos gases úmidos dos secos.
(E) dos líquidos dos sólidos
RESOLUÇÃO:
Qual a função extra do separador trifásico? Separar a água do óleo.
RESPOSTA: A

9. EPE – TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR – PETRÓLEO EXPLORAÇÃO


- 2006
Na fase de produção, o processamento primário do petróleo é a seqüência
de operações que tem por objetivo separar o petróleo de outras
substâncias, juntamente com ele produzidas nas jazidas, condicionando-o

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para o armazenamento, o transporte e a entrega. Em condições normais,


além do gás natural, quais são estas substâncias?
(A) Água e sedimentos.
(B) Fluido de perfuração e água.
(C) Asfaltenos e fluido de completação.
(D) Gás residual e asfaltenos.
(E) Emulsões e hidratos.
RESOLUÇÃO:
O processamento primário lida com óleo, gás, água e sedimentos.
RESPOSTA: A

10. ANP – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO ÁREA III - 2012


Ao final do processamento primário de petróleo, são obtidos fluxos
separados de petróleo, de gás e de água.
RESOLUÇÃO:
Correto, é o que buscamos.
RESPOSTA: Verdadeiro

11. ANP – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO ÁREA III - 2012


O processamento primário do petróleo possibilita a obtenção do máximo
de componentes leves no petróleo a ser transportado para os terminais e
para as refinarias.
RESOLUÇÃO:
O processamento primário não está interessado em componentes
leves ou não, só busca remover grosseiramente as outras fases do óleo e
coloca-las para transporte. Falso
RESPOSTA: Falso

12. ANP – INTERNO - 2008


Os tratadores utilizados nas plantas de processamento primário de
petróleo são equipamentos destinados principalmente a:
(A) separação da fase líquida da fase gasosa.

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(B) separação de agentes contaminantes produzidos com o gás.


(C) separação da água, sal e sólidos produzidos com o petróleo.
(D) eliminação do H2S da corrente de gás natural produzido.
(E) eliminação de parafinas que eventualmente sejam produzidas com o
petróleo
RESOLUÇÃO:
Qual é a ideia principal do processamento primário? A separação
das três fases que vem do poço, além da retirada da areia produzida. Por
isso, o item C é o mais correto.
RESPOSTA: C

Lista de questões

1. PETROBRÁS – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO – 2014


Durante o processamento primário do petróleo, geralmente realizado nos
campos de produção, a primeira etapa normalmente refere-se à
separação gás-óleo-água livre, realizada em separadores trifásicos.
A etapa seguinte do processamento primário pode envolver o processo de
(A) refino para desparafinização do óleo
(B) remoção máxima da água emulsionada no óleo
(C) redução dos teores de enxofre dissolvido no óleo
(D) craqueamento de moléculas pesadas do óleo
(E) clareamento do óleo para eliminar poluentes

2. PETROBRÁS – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO – 2012


Quando da produção, o petróleo apresenta diversos tipos de
contaminantes, devendo ser tratado de modo que possa ficar estabilizado,
com contaminantes em nível aceitável.
O processamento primário para estabilização do petróleo utiliza um
tanque trifásico, onde se separam as fases gasosa, oleosa e aquosa,
sendo a parte oleosa a de interesse, e as demais, contaminantes.

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TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS
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No processamento primário,
(A) o teor de água máximo na fase oleosa deve ser de 2% e, junto com a
fase aquosa, são eliminados sais dissolvidos e resíduos sólidos.
(B) a fase oleosa deve conter, no máximo, 300 mg/L de sais e, no
máximo, 1% de água.
(C) há eliminação de gases do petróleo através da fase gasosa,
permitindo que o óleo estabilizado seja mais inflamável e menos
corrosivo.
(D) eliminam-se gases como CO2, H2S e hidrocarbonetos aromáticos,
garantindo que o óleo estabilizado seja menos corrosivo e menos tóxico.
(E) elimina-se totalmente a água, fazendo com que o processamento na
refinaria possa ser mais fácil, evitando problemas de incrustação e
corrosão.

3. PETROBRÁS – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO - 2011


Ao longo da vida produtiva de um campo de petróleo, ocorre, geralmente,
a produção simultânea de gás, óleo e água. Como o interesse econômico
é somente na produção de óleo e gás, instalações de produção são
projetadas para efetuar, sob condições controladas, o processamento
primário desses fluidos. Esse processamento consiste na redução da
pressão do petróleo oriundo do “manifold de produção” e na separação
física desses fluidos.
Em relação a esse processamento, afirma-se que a(o)
(A) água, por não formar uma mistura homogênea com o óleo, é
totalmente separada nos separadores trifásicos, devido à diferença de
densidades entre essas substâncias.
(B) água produzida nos separadores é, na realidade, uma salmoura, pois
contém uma concentração elevada de sais orgânicos, pode ser reinjetada
nos campos de produção para aumento da produção e ser descartada
como um efluente.
(C) petróleo efluente dessas instalações é transportado para as refinarias
ainda com um teor residual de água e de hidrocarbonetos mais leves.

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TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS
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(D) gás produzido nessa instalação é conhecido como gás natural e é


enviado para os distribuidores, a fim de atender aos usos industrial,
doméstico e veicular.
(E) gás produzido é formado por hidrocarbonetos de menos de 4 átomos
de carbono, pois esses são gases nas condições de temperatura e pressão
dos vasos de separação.

4. PETROBRÁS – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO - 2010


No processamento primário de petróleo, o fluxo de um determinado glicol,
feito em contracorrente com o gás natural produzido, tem como objetivo
(A) possibilitar a eliminação de H2S.
(B) possibilitar a retirada do gás carbônico presente no gás natural.
(C) reduzir o teor de água do gás natural produzido.
(D) eliminar os sólidos em suspensão no gás natural.
(E) aumentar o poder calorífico do gás natural.

5. CEPERJ – DRM – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO - 2010


Os fluidos produzidos por um poço de petróleo passam por separadores
que podem ser bifásicos ou trifásicos e que podem atuar em série ou
paralelo. Os vasos separadores baseiam-se nos seguintes mecanismos
para separar o líquido do gás:
A) ação da gravidade, separação inercial, aglutinação de partículas,
desidratação e absorção refrigerada
B) ação da gravidade, separação inercial, aglutinação de partículas e força
centrífuga
C) desidratação, dessulfurização, absorção refrigerada e turbo-expansão
D) desidratação, separação inercial, aglutinação de partículas e
dessulfurização
E) separação inercial, aglutinação de partículas, absorção refrigerada e
turboexpansão

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EXPLORAÇÃO - 2014
Durante sua vida produtiva, um campo de petróleo produz gás, óleo e
água, junto com impurezas. Como o interesse é somente na produção de
óleo e gás, há a necessidade de existirem instalações destinadas a
realizar o Processamento Primário de Petróleo.
É um objetivo do Processamento Primário a(o)
(A) produção de derivados que serão utilizados na própria unidade de
produção.
(B) separação de óleo, gás e água.
(C) produção de gás natural e de gás liquefeito de petróleo.
(D) tratamento das frações de petróleo para transferência
às refinarias.
(E) tratamento da água para ser utilizada como água de
resfriamento.

7. EPE – ANALISTA DE PESQUISA ENERGÉTICA – PETRÓLEO


EXPLORAÇÃO - 2010
No processo de produção de um campo de petróleo há a necessidade de
separar o petróleo, normalmente o produto de maior interesse, do gás, da
água e de outras impurezas que são simultaneamente produzidas. Esse
processo compreende o processamento primário dos fluidos que,
dependendo das condições do reservatório e de produção, pode ser
simples ou complexo. Nesse processo, um dos componentes mais
indesejados é a água, uma vez que a quantidade de água produzida,
associada aos hidrocarbonetos, é variável pelo fato de o óleo e a água
formarem emulsões. Nesse contexto, um agente emulsificante frequente
é(são) o(s)
(A) metano.
(B) dióxido de carbono.
(C) propanos.
(D) butanos.

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(E) asfaltenos.

8. EPE – ANALISTA DE PESQUISA ENERGÉTICA – PETRÓLEO


EXPLORAÇÃO - 2007
Na produção, o processamento primário dos fluidos destina-se
inicialmente à separação dos diferentes fluidos e, secundariamente, ao
condicionamento preliminar dos hidrocarbonetos e ao tratamento da água
destinada à reinjeção ou ao descarte. Um vaso separador bifásico destina-
se à separação dos líquidos do gás. Já um vaso separador trifásico
destina-se, também, à separação:
(A) da água do óleo.
(B) do óleo leve do pesado.
(C) do enxofre.
(D) dos gases úmidos dos secos.
(E) dos líquidos dos sólidos

9. EPE – TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR – PETRÓLEO EXPLORAÇÃO


- 2006
Na fase de produção, o processamento primário do petróleo é a seqüência
de operações que tem por objetivo separar o petróleo de outras
substâncias, juntamente com ele produzidas nas jazidas, condicionando-o
para o armazenamento, o transporte e a entrega. Em condições normais,
além do gás natural, quais são estas substâncias?
(A) Água e sedimentos.
(B) Fluido de perfuração e água.
(C) Asfaltenos e fluido de completação.
(D) Gás residual e asfaltenos.
(E) Emulsões e hidratos.

10. ANP – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO ÁREA III - 2012


Ao final do processamento primário de petróleo, são obtidos fluxos
separados de petróleo, de gás e de água.

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11. ANP – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO ÁREA III - 2012


O processamento primário do petróleo possibilita a obtenção do máximo
de componentes leves no petróleo a ser transportado para os terminais e
para as refinarias.

12. ANP – INTERNO - 2008


Os tratadores utilizados nas plantas de processamento primário de
petróleo são equipamentos destinados principalmente a:
(A) separação da fase líquida da fase gasosa.
(B) separação de agentes contaminantes produzidos com o gás.
(C) separação da água, sal e sólidos produzidos com o petróleo.
(D) eliminação do H2S da corrente de gás natural produzido.
(E) eliminação de parafinas que eventualmente sejam produzidas com o
petróleo

01 B 02 B 03 C 04 C 05 B 06 B 07 E

08 A 09 A 10 V 11 F 12 C

BIBLIOGRAFIA

 THOMAS, José Eduardo. Fundamentos da engenharia de petróleo.


 ARNOLD, Ken et all. Surface Production Operations (Vol 1 & 2)

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