DEMÊNCIA CAUSADA PELO
MAL DE ALZHEIMER
Acadêmicos:
Alessandra Pedroso
Ana Paula Kopsel
Daniele Heck
Fábio Franzosi
Júlia Borges dos Santos
Juliana Eva Preis da Silva
A Doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se
manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das
atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de
alterações comportamentais.
A doença ocorre quando o sistema nervoso central possui dificuldade de processar
certas proteínas, o que progressivamente causa a perda de neurônios em partes como o
hipocampo, que é o responsável pela memória, o córtex cerebral que controla a
linguagem e raciocínio, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.
Classificação Internacional de Doenças (CID 10)
● F00 Demência na doença de Alzheimer
● F00.0 Demência na doença de Alzheimer de início precoce
Forma rara que ocorre quando a pessoa afetada possui menos de 65 anos;
● F00.1 Demência na doença de Alzheimer de início tardio
Quando a pessoa afetada possui mais de 65 anos;
● F00.2 Demência na doença de Alzheimer, forma atípica ou
mista
Inclui sintomas não típicos da doença como falha na linguagem ou problemas
de orientação;
● F00.9 Demência não especificada na doença de Alzheimer.
Diagnóstico
Informações gerais:
• O rastreamento inicial deve incluir avaliação de depressão e exames de laboratório
com ênfase especial na função da tireoide e níveis séricos de vitamina B12.
• Deve-se fazer diagnóstico diferencial com infarto cerebral, neoplasia e possíveis
coleções de líquido extracerebral.
• Deve-se identificar as modificações cognitivas específicas, pela escala CDR.
• Exames físico e neurológico cuidadosos acompanhados de avaliação do estado
mental para identificar os déficits de memória, de linguagem e visoespaciais devem
ser realizados.
Diagnóstico
Mini Exame do Estado Mental
(MEEM) com escore entre 12 e 24
para pacientes com mais de 4
anos de escolaridade ou entre 8 e
21 para pacientes com até 4 anos
de escolaridade;
Questionário de 30 pontos
usado pela área da saúde para
avaliação de perda cognitiva e
mais comumente usado para
diagnóstico de demência.
Quadro Clínico
O quadro clínico do Alzheimer é dividido em quatro fases:
1. Apresenta alterações na memória, na personalidade e nas habilidades
visuais e espaciais;
2. Dificuldade para falar, executar tarefas simples e coordenar movimentos,
além de agitação e casos de insônia;
3. Demonstra resistência à realização de tarefas diárias, incontinência urinária e
fecal, dificuldade para comer e deficiência motora progressiva;
4. Vai apresentar dor à deglutição, infecções intercorrentes, mutismo e restrição
ao leito.
Cuidados Paliativos
Quando abordar cuidados paliativos?
● Esse tema deve ser abordado desde o início do diagnóstico, assim que o
profissional sentir que há vínculo de confiança suficiente por parte dos
envolvidos.
● Perguntas como “Quando o senhor(a) estiver dependente, quem gostaria que
respondesse por você?” ou “Caso haja uma piora clínica irreversível, o
senhor(a) gostaria de continuar com os tratamentos?” devem ser feitas tão logo
exista um bom vínculo entre paciente, família e equipe.
● Assim, quando a doença estiver em fase avançada, todos saberão quais os
desejos do paciente e de sua família.
Abordagem multidisciplinar
● A Atenção Primária de Saúde (APS) tem por responsabilidade zelar pelo
cuidado, humanização e pela integralidade da assistência.
● É fundamental que os cuidados sejam em tempo integral e com uma equipe
interdisciplinar para que todos os aspectos da vida daquele paciente sejam
atendidos da melhor forma.
● O foco deve ser a utilidade do procedimento a ser aplicado, evitando
tratamentos excessivos, como a manipulação e hospitalização do paciente
de forma desnecessária.
● Os cuidados paliativos envolvem questões complexas, porém, mantêm como
diretriz a busca por melhores opções para promover o conforto, a dignidade
da pessoa e a qualidade de vida até o final.
• O esforço envolve profissionais como enfermeiros, educadores físicos,
fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais
e assistentes sociais.
• Tem como objetivo controlar o declínio cognitivo dos idosos e melhorar a
qualidade de vida deles e dos familiares/cuidadores, intervindo com
ações voltadas a realidade a qual são inseridos
• A equipe multidisciplinar pode oferecer cuidados potencialmente mais
eficazes e eficientes para as demências, pois os idosos com DA
vivenciam uma gama de sintomas que podem sobrecarregar os
familiares/cuidadores, sendo necessário buscar medidas de cuidados
que associem a redução de custos de cuidados de saúde com a máxima
eficácia possível.
• diminui o acesso a diversos tipos de serviços ou terapias ineficazes.
Tratamento
● Por ser uma doença degenerativa, ela não possui cura, seu tratamento tem o
objetivo de estabilizar o funcionamento cognitivo, comportamentos e facilitar a
vida diária, minimizando o sofrimento causado pelos sintomas.
● Os fármacos considerados de primeira linha para o tratamento e que são
recomendados para a doença leve ou moderada, são os inibidores da
acetilcolinesterase, os fármacos colinérgicos donepezila, galantamina e
rivastigmina.
Somente um destes fármacos poderá ser utilizado de cada vez. Portanto, não
poderão ser co-administrados:
Rivastigmina com Donepezil;
Rivastigmina com Galantamina;
Donepezil com Galantamina.
Tratamento
Suporte as famílias e cuidadores
O impacto da DA sobre as relações familiares mostrou-se muito forte, decorrente das
inevitáveis alterações que envolvem afeto, carinho, amor, paciência, tolerância, relações
de poder e outras variáveis. A doença promove um processo de reorganização familiar
para suprir a tarefa de cuidar. Mesmo nos casos em que a tarefa de cuidador é
compartilhada por diferentes membros da família, o que é bastante comum, a
responsabilidade maior é exercida por uma única pessoa, o cuidador principal.
Ressalta-se a importância da implantação de programas de orientação e apoio ao
cuidador que envolvam a família e a comunidade, para esclarecer dúvidas sobre a
patologia, acompanhar o tratamento, prestar apoio psicológico e social para atenuar o
esgotamento e o estresse gerados pela convivência com o idoso doente.
A implantação de grupos de apoio aos cuidadores surge como instrumento para orientar
esses sujeitos quanto aos cuidados que devem ser prestados, um espaço de troca de
vivências entre cuidadores para redução do estresse e ansiedade, contribuindo para a
estabilidade emocional do cuidador, que aprende a conviver com os problemas de forma
realista.
Considerações Finais
Informações DATASUS
Número de portadores da doenças:
● O Alzheimer é o principal tipo de demência no mundo e é responsável por
cerca de 70% dos casos da doença.
● A estimativa é que cerca de 50 milhões de pessoas vivem com demência,
número que deve aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento
da população.
● No Brasil, o Alzheimer afeta 1,2 milhão de pessoas e 100 mil novos casos
são diagnosticados por ano.
Número de mortes por ano:
● Taxa de mortalidade por doença de Alzheimer (por 1 milhão de habitantes)
no Brasil, segundo faixa etária, no período 2000-2019.
Agradecemos pela atenção!
Questão para discussão
● De que forma os profissionais da psicologia podem aliviar o sofrimento de
familiares e/ou cuidadores de pacientes portadores do Mal de Alzheimer?
REFERÊNCIAS
BERTAZONE, Thaís Mara Alexandre et.al. Ações multidisciplinares/interdisciplinares no cuidado
ao idoso com Doença de Alzheimer. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, vol. 17,
núm. 1, pp. 144-153, 2016 - Universidade Federal do Ceará
DE FARIA, E. andrade; DE ARAÚJO, LF; GUZZO, C.; CRUZ, IP da C.; BERTHOLDE, GD; SCHONS, C.;
STEIL, NCL; PILAN, N. Cuidados paliativos em idosos com Doenças Neurodegenerativas: ênfase
na doença de Alzheimer / cuidados paliativos em idosos com Doenças Neurodegenerativas:
ênfase na doença de Alzheimer. Revista Brasileira de Desenvolvimento , [S. l.] , v. 6, pág.
47448–47472, 2022. DOI: 10.34117/bjdv8n6-309. Disponível em:
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/49580. Acesso em: 16 maio.
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PASCHALIDIS, Mayara et al . Tendência de mortalidade por doença de Alzheimer no Brasil, 2000
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SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Saúde. Protocolos da Rede de Atenção
Psicossocial de Santa Catarina. (Org.: Serrano, A.I.). ISBN 978-85-62522-13-0. Florianópolis:
Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, 2016.
Artista norte-americano
William Utermohlen foi
diagnosticado com o
mal de Alzheimer,
em 1995.