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Introdução
• Doença respiratória diagnosticada há mais de
125 anos que continua tendo relevância na
produção de suínos;
Pasteurelose • Causa a rinite atrófica e pasteurelose
pneumônica;
• Louis Pasteur associou a Pasteurella multocida
cólera aviária em 1880;
Prof. Leandro Nagae Kuritza
Etiologia Etiologia
• Família: Pasteurelaceae • Possui 5 sorotipos capsulares (A, B, D, E e
• Gênero: Pasteurella; F).
• Espécie: P. multocida; • Os principais são o A e o D, sendo o A
• Subespécie: multocida https://www.sciencesource.com/archive/Pasteurella-
associado a pneumonia e o D a rinite atrófica;
multocida-(LM)-SS2431429.html
• O sorotipo B é bastante relacionado com a
• Cocobacilos gram-negativos imóveis.
pneumonia, associada a septicemia.
Etiologia Riscos para saúde pública
• Também há a divisão por sorotipos • Importante zoonose!
• Contaminação ocorre principalmente através de
somáticos (de 1 a 16);
mordidas e arranhões;
• 3, 5 e 12 são os principais isolados em suínos;
• Infecção associada a pele e tecidos moles;
• A associação dos sorotipos capsulares e • Há inflanação, inchaço e exsudato purulento;
somáticos permite a identificação das • Pacientes imunocomprometidos podem apresentar
septicemia, osteomielite, endocardite, pneumonia,
cepas.
meningite e peritonite.
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Epidemiologia Resistência
• A P. multocida foi isolada ao redor do mundo • Sobrevive até 1 semana a 4oC e mantém a
em mamíferos e aves selvagens; viabilidade por vários meses se armazenado
• Em suínos, é isolada na grande maioria das a 15 a 37oC em meio de cultura;
granjas, sendo isoladas em cavidade nasal e
• Sobrevive por até 6 dias no lodo e 49 dias
tonsilas de animais sadios.
no trato respiratório de leitões;
• A epidemiologia da doença ainda não é
completamente conhecida;
Resistência Transmissão
• Inativado quando submetido a • Principalmente horizontal;
temperaturas de 60oC por 10 minutos; • Transmissão direta por contato focinho-focinho;
• Pode ocorrer transmissão via aerossois;
• Inativado pela maioria dos desinfetantes
• Também pode ocorrer pelo contato com outras
comerciais.
espécies contaminadas (como aves e roedores);
• Transmissão vertical;
• Reprodutores podem servir como reservatório.
Patogenia Patogenia
• Mecanismo da doença ainda não é bem • Depende de outros agentes infecciosos para
conhecida; causar a doença, como o Mycoplasma
•É difícil a reprodução desta doença hyopneumoniae e a Bordetella
experimentalmente; bronchiseptica;
• A fixação da P. multocida depende de lesões • A B. bronchiseptica facilita a ligação da P.
prévias no trato respiratório. multocida pela maior produção de muco e
cilioestase.
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Patogenia Rinite atrófica
• Há estímulo a infiltração de linfócitos • Associada a B. bronchiseptica;
• Produção de toxina é essencial
quando há colonização;
na patogenia;
• A morte pode ocorrer por falha respiratória e
• Há redução do focinho e atrofia
choque endotóxico;
dos ossos turbinados;
• Pode haver produção de toxinas – maior • Alta densidade, baixa higiene e
relação com a rinite atrófica. ventilação favorecem o quadro
clínico.
https://www.minipiginfo.com/mini-pig-
artophic-rhinitis.html
Pneumonia Sinais clínicos - Rinite
• Fatores de virulência não são muito bem • Espirros e sinais de nariz congestionado aparecem
conhecidos; em leitões;
• Podem ocorrer desargas mucosas a
• Associadas a infecções por M.
mucopurulentas, assim como sangramento nasal;
hyopneumoniae e a PRRS;
• Pode também haver aumento do lacrimejamento
• O Actinobacillus pleuropneumoniae abre portas
pela obstrução do ducto lacrimal;
para a multiplicação no pulmão.
• Há deformação do focinho;
Sinais clínicos - Rinite Sinais clínicos - Pneumonia
• Depende da cepa envolvida;
• Causa tosse, febre intermitente, respiração
abdominal, apatia e cianose em quadros mais
graves;
• Também causa pleurite e formação de abcessos;
• A mortalidade não é muito comum nestas
infecções.
Fonte: Diseases of swine http://www.thepigsite.com/pighealth/article/312/atrophic-rhinitis-ar-progressive-disease-par/
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Sinais clínicos - Pneumonia Lesões macroscópicas - Rinite
• Pode apresentar uma forma septicêmica;
• Animais apresentam febre alta, dispneia,
dificuldade para respirar, prostração, edema de
garganta e mandíbula, abdômen arroxeado;
• Pode levar a até 40% de mortalidade.
https://www.minipiginfo.com/mini-
pig-artophic-rhinitis.html
Fonte: Diseases of swine
Lesões macroscópicas - Pneumonia Diagnóstico - Rinite
• Consolidação pulmonar; • Baseado nos sinais clínicos da doença;
• Alterações no focinho dos animais;
• Pleurite e pericardite.
• Não pode ser considerado patognomônico;
• Isolamento da bacteria a partir de tonsilas e
suabes nasais;
• Difiícil diferenciação de toxigênicas e não
toxigênicas.
Oliveira Filho et al., 2015 Fonte: Doenças dos suínos
Diagnóstico - Pneumonia Diagnóstico
• Não há sinais patognomônicos; • Bactéria cresce bem
na maioria dos meios
• Utilizar o histórico da doença na granja;
de cultivo a 37oC;
• Isolamento da bacteria de exsudato • Em ágar sangue
traquebronqueal e de áreas afetadas do produz colônias
acinzentadas não
pulmão são importantes no diagnóstico.
hemolíticas com
cheiro adocicado. Fonte: Doenças dos suínos
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Diagnóstico diferencial Prevenção e controle - Rinite
• M. hyopneumoniae, Streptococcus suis, • Erradicação da doença do plantel:
Haemophilus parasuis, Arcanobacterium • Tratar animais doentes;
pyogenes, B. bronchiseptica, Salmonella • Sulfonamidas e tetraciclina para as matrizes;
• Ceftifour e enrofloxacina para leitões;
choleraesuis, Actinobacillus suis e A.
• Vacinar matrizes;
pleuropneumoniae.
• Controle do ambiente.
Prevenção e controle - Pneumonia
• Erradicação da doença do plantel:
• Tratar animais doentes – mais difícil;
• Oxitetraciclina, ceftifour e enrofloxacina via
parenteral para ter melhor efeito;
• Vacina contra outras doenças que aparecem
antes da Pneumonia;
• Controle do ambiente.