0% acharam este documento útil (0 voto)
30 visualizações11 páginas

Documento Literatura

Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato RTF, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
30 visualizações11 páginas

Documento Literatura

Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato RTF, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 11

Exercício de Literatura

1) Em relação ao Movimento Modernista brasileiro, analise o texto a seguir.

De 1922 a 1930, o Modernismo nos apresentou uma fase __, considerada a fase combatida, de
destruição. Na sequência de 1930 até 1950, é a vez da literatura modernista passar pela fase __.
É uma fase de profunda importância para a poesia e a prosa de ficção modernista, nesta
podemos encontrar as obras de José Lins do Rego (alagoano), Graciliano Ramos (alagoano),
Érico Veríssimo (sulista), Jorge Amado (baiano), Carlos Drummond de Andrade (mineiro),
Manuel Bandeira (recifense), Cecília Meireles (carioca) entre outros.

Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas.

A) irreverente e de nacionalismo exagerado / com construção de um ideário coerente com


espírito renovador.

B) irreverente e de nacionalismo exagerado / que enfatizava o universo da linguagem e os


conflitos da vida moderna.

C) que enfatizava o universo da linguagem e os conflitos da vida moderna para o homem


europeu / com construção de um ideário coerente com espírito renovador.

D) marcada pela reverência aos cânones europeus, estrangeirismo exagerado / com instável
construção de um ideário coerente com espírito retrógrado.

E) com construção de um ideário coerente com espírito renovador / marcada pela irreverência,
estrangeirismo latente e minimização dos autores brasileiros.

2) Considere o texto a seguir:

Oficina irritada

Eu quero compor um soneto duro

como poeta algum ousara escrever.


Eu quero pintar um soneto escuro,

seco, abafado, difícil de ler.

Quero que meu soneto, no futuro,

não desperte em ninguém nenhum prazer.

E que, no seu maligno ar imaturo,

ao mesmo tempo saiba ser, não ser.

Esse meu verbo antipático e impuro

há de pungir, há de fazer sofrer,

tendão de Vênus sob o pedicuro.

Ninguém o lembrará: tiro no muro,

cão mijando no caos, enquanto Arcturo,

claro enigma, se deixa surpreender.

Carlos Drummond de Andrade

Os gêneros literários possibilitam a classificação dos textos de acordo com suas funções e
especificidades. Pode-se dizer que “Oficina irritada”, de Carlos Drummond de Andrade,
pertence ao gênero lírico, porque

(A) no poema há um eu lírico que fala sobre suas intenções de compor um soneto e quais
efeitos ele vai provocar.

(B) no poema o eu lírico narra e descreve minuciosamente seu processo de criação poética e o
quanto ela é trabalhosa.
(C) o poema dramatiza uma situação em que o poeta enfrenta dificuldades para compor seu
poema com personagens complexos.

(D) o poema está todo em discurso direto e discurso indireto livre, mesclando a voz do narrador
com a voz das personagens.

(E) o poema disserta sobre a importância de se compor um poema difícil de ler, o que faz dele
mais argumentativo.

3) Leia o excerto e assinale a alternativa incorreta

em relação à literatura e à linguagem literária.

“Um poema abolicionista de Castro Alves atua

pela eficiência da sua organização formal, pela

qualidade do sentimento que exprime, mas também

pela natureza da sua posição política e humanitária.

Nestes casos a literatura satisfaz, em outro nível, à

necessidade de conhecer os sentimentos e a

sociedade, ajudando-nos a tomar posição em face

deles. É aí que se situa a literatura social, na qual

pensamos quase exclusivamente quando se trata

de uma realidade tão política e humanitária quanto

a dos direitos humanos, que partem de uma análise

do universo social e procuram retificar as suas

iniquidades.”

(CÂNDIDO, Antônio. Direito à Literatura, 2011, p.183)

a) “A literatura corresponde a uma necessidade

universal que deve ser satisfeita sob pena de


mutilar a personalidade, porque pelo fato de dar

forma aos sentimentos e à visão do mundo ela

nos organiza, nos liberta do caos e portanto nos

humaniza. Negar a fruição da literatura é mutilar

a nossa humanidade” (Antônio Cândido).

b) “A literatura satisfaz nossa necessidade de

sentirmos que somos capazes de sobreviver.

Mais do que isso: de viver e de apreciar a vida”

(Marisa Lajolo, 2017, online).

c) “(...) uma função da literatura – entre outras

tantas, mas talvez a principal delas - é mostrar

as quase infinitas maneiras de lidar com estas

necessidades e com estes medos. Com a

literatura - reino maior da fantasia e da

imaginação - experimentamos maneiras de lidar

com medos, necessidades e alegrias” (Marisa

Lajolo, 2017, online).

d) “(...) o mestre [Antônio Cândido] discute

diferentes maneiras pelas quais a literatura

cumpre essa função humanizadora. E porque

ela cumpre esta função, sua presença na escola

é fundamental. Conceber a literatura como fator

de humanização talvez ajude a refletir sobre o

sentido de sua presença na escola” (Marisa


Lajolo, 2017, online).

e) A linguagem literária é formada pela expressão

do pensamento por meio de palavras e nunca

por sinais visuais ou fonéticos. Portanto, ela não

favorece a comunicação, atuando somente nas

esferas mais amplas da população.

4) Cena

O canivete voou

E o negro comprado na cadeia

Estatelou de costas

E bateu coa cabeça na pedra

ANDRADE, O. Pau-brasil. São Paulo: Globo, 2001

O Modernismo representou uma ruptura com os padrões formais e temáticos até então
vigentes na literatura brasileira. Seguindo esses aspectos, o que caracteriza o poema Cenacomo
modernista é o(a)

A) construção linguística por meio de neologismo.

B) estabelecimento de um campo semântico inusitado.

C) configuração de um sentimentalismo conciso e irônico.

D) subversão de lugares-comuns tradicionais.

E) uso da técnica de montagem de imagens justapostas.


5) Como se vai de São Paulo a Curitiba (1928)

Guardando com a viúva as deferências devidas à idade, a moça não declinava um instante do
firme propósito de governar sua casa e dirigir suas ações como entendesse. Constava também
que Aurélia tinha um tutor; mas essa entidade era desconhecida, a julgar pelo caráter da pupila,
não devia exercer maior influência em sua vontade, do que a velha parenta.

ALENCAR, J. Senhora. São Paulo: Ática, 2006

O romance Senhora, de José de Alencar, foi publicado em 1875. No fragmento transcrito, a


presença de D. Firmina Mascarenhas como “parenta” de Aurélia Camargo assimila práticas e
convenções sociais inseridas no contexto do Romantismo, pois

A) o trabalho ficcional do narrador desvaloriza a mulher ao retratar a condição feminina na


sociedade brasileira da época.

B) o trabalho ficcional do narrador mascara os hábitos sociais no enredo de seu romance.

C) as características da sociedade em que Aurélia vivia são remodeladas na imaginação do


narrador romântico.

D) o narrador evidencia o cerceamento sexista à autoridade da mulher, financeiramente


independente.

E) o narrador incorporou em sua ficção hábitos muito avançados para a sociedade daquele
período histórico.

6) Resumo

Gerou os filhos, os netos,

Deu à casa o ar de sua graça

e vai morrer de câncer.

O modo como pousa a cabeça para um retrato


é o da que, afinal, aceitou ser dispensável.

Espera, sem uivos, a campa, a tampa, a inscrição:

1906-1970.

SAUDADE DOS SEUS, LEONORA.

PRADO, A. Bagagem. Rio de Janeiro: Record, 2007

O texto de Adélia Prado apresenta uma mulher cuja vida se “resume”. Sua expressão poética
revela

A) contradições do universo feminino infeliz.

B) frustração relativa às obrigações cotidianas.

C) busca de identidade no universo familiar. d.subterfúgios de uma existência complexa.

D) resignação diante da condição social imposta.

7) Após estudar na Europa, Anita Malfatti retornou ao Brasil com uma mostra que abalou a
cultura nacional do início do século XX. Elogiada por seus mestres na Europa, Anita se
considerava pronta para mostrar seu trabalho no Brasil, mas enfrentou as duras críticas de
Monteiro Lobato. Com a intenção de criar uma arte que valorizasse a cultura brasileira, Anita
Malfatti e outros artistas modernistas:

A) buscaram libertar a arte brasileira das normas acadêmicas europeias, valorizando as cores, a
originalidade e os temas nacionais.

B) defenderam a liberdade limitada de uso da cor, até então utilizada de forma irrestrita,
afetando a criação artística nacional.

C) representavam a ideia de que a arte deveria copiar fielmente a natureza, tendo como
finalidade a prática educativa.
D) mantiveram de forma fiel a realidade nas figuras retratadas, defendendo uma liberdade
artística ligada à tradição acadêmica.

E) buscaram a liberdade na composição de suas figuras, respeitando limites de temas


abordados.

8) E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a


minhocar, e esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar
espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, a multiplicar-se como larvas no esterco.”

O fragmento de “O cortiço”, romance de Aluísio Azevedo, apresenta uma característica


fundamental do Naturalismo. Qual?

A) Uma compreensão psicológica do Homem.

B) Uma compreensão biológica do Mundo.

C) Uma concepção idealista do Universo.

D) Uma concepção religiosa da Vida.

E) Uma visão sentimental da Natureza.

9) No Brasil, o Classicismo é mais conhecido como Quinhentismo, abrangendo toda a produção


literária da fase renascentista no século XVI. Toda literatura desse período foi escrita por
portugueses e resume-se à:

(A) literatura de catequese, cuja principal função era doutrinar os indígenas segundo os
preceitos cristãos. São escritos, principalmente, dos padres Antônio Vieira e José de Anchieta.

(B) literatura de informação, com documentos sobre as terras descobertas, suas belezas e
habitantes, e também a literatura indígena, que foi posteriormente traduzida para o português.

(C) literatura de informação, representada principalmente pela Carta de Pero Vaz de Caminha,
cuja finalidade era a de relatar as características da terra descoberta, e a literatura jesuíta, que
produziu textos simples com a finalidade de catequizar os índios.

(D) literatura de protesto, produzida para denunciar o extermínio da população indígena e os


desmandos da coroa portuguesa no Brasil. Essa literatura foi representada por nomes como
Gonçalves Dias e Padre José de Anchieta.

(E) literatura de formação, cuja principal função era alfabetizar os indígenas para que eles
pudessem produzir a literatura brasileira independentemente da literatura portuguesa.

10) Abatidos pelo fadinho harmonioso e nostálgico dos desterrados, iam todos, até mesmo os
brasileiros, se concentrando e caindo em tristeza; mas, de repente, o cavaquinho de Porfiro,
acompanhado pelo violão do Firmo, romperam vibrantemente com um chorado baiano. Nada
mais que os primeiros acordes da música crioula para que o sangue de toda aquela gente
despertasse logo, como se alguém lhe fustigasse o corpo com urtigas bravas. E seguiram-se
outra notas, e outras, cada vez mais ardentes e mais delirantes. Já não eram dois instrumentos
que soavam, eram lúbricos gemidos e suspiros soltos em torrente, a correrem serpenteando,
como cobras numa floresta incendiada; eram ais convulsos, chorados em frenesi de amor:
música feita de beijos e soluços gostosos; carícia de fera, carícia de doer, fazendo estalar de
gozo.

AZEVEDO, A. O Cortiço . São Paulo: Ática, 1983 (fragmento).

No romance O Cortiço (1890), de Aluísio Azevedo, as personagens são observadas como


elementos coletivos caracterizados por condicionantes de origem social, sexo e etnia. Na
passagem transcrita, o confronto entre brasileiros e portugueses revela prevalência do
elemento brasileiro, pois

A) destaca o nome de personagens brasileiras e omite o de personagens portuguesas.

B) exalta a força do cenário natural brasileiro e considera o do português inexpressivo.

C) mostra o poder envolvente da música brasileira, que cala o fado português.

D) destaca o sentimentalismo brasileiro, contrário à tristeza dos portugueses.

E) atribui aos brasileiros uma habilidade maior com instrumentos musicais.


11) Abatidos pelo fadinho harmonioso e nostálgico dos desterrados, iam todos, até mesmo os
brasileiros, se concentrando e caindo em tristeza; mas, de repente, o cavaquinho de Porfiro,
acompanhado pelo violão do Firmo, romperam vibrantemente com um chorado baiano. Nada
mais que os primeiros acordes da música crioula para que o sangue de toda aquela gente
despertasse logo, como se alguém lhe fustigasse o corpo com urtigas bravas. E seguiram-se
outras notas, e outras, cada vez mais ardentes e mais delirantes. Já não eram dois instrumentos
que soavam, eram lúbricos gemidos e suspiros soltos em torrente, a correrem serpenteando,
como cobras numa floresta incendiada; eram ais convulsos, chorados em frenesi de amor:
música feita de beijos e soluços gostosos; carícia de fera, carícia de doer, fazendo estalar de
gozo.

AZEVEDO, A. O Cortiço. São Paulo: Ática, 1983 (fragmento)

No romance O Cortiço (1890), de Aluízio Azevedo, as personagens são observadas como


elementos coletivos caracterizados por condicionantes de origem social, sexo e etnia. Na
passagem transcrita, o confronto entre brasileiros e portugueses revela prevalência do
elemento brasileiro, pois:

(A) destaca o nome de personagens brasileiras e omite o de personagens portuguesas.

(B) exalta a força do cenário natural brasileiro e considera o do português inexpressivo.

(C) mostra o poder envolvente da música brasileira, que cala o fado português.

(D) destaca o sentimentalismo brasileiro, contrário à tristeza dos portugueses.

(E) atribui aos brasileiros uma habilidade maior com instrumentos musicais.

12) Assinale a alternativa correta.

“Mas Luísa, a Luisinha, saiu muito boa dona de casa; tinha cuidados muito simpáticos nos seus
arranjos; era asseada, alegre como um passarinho, como um passarinho amiga do ninho e das
carícias do macho; e aquele serzinho louro e meigo veio dar à sua casa um encanto sério. (…)

Estavam casados havia três anos. Que bom que tinha sido! Ele próprio melhorara; achava-se
mais inteligente, mais alegre … E recordando aquela existência fácil e doce, soprava o fumo do
charuto, a perna traçada, a alma dilatada, sentindo-se tão bem na vida como no seu jaquetão
de flanela!”

(Eça de Queirós, O primo Basílio)

A) A prosa realista, com intuito moralizador, desmascara o casamento por interesse, tão comum
no século XIX, para defender uma relação amorosa autêntica, segundo princípios filosóficos do
platonismo.

B) A prosa romântica analisa mais profundamente a natureza humana, evitando a apresentação


de caracteres padronizados em termos de paixões, virtudes e defeitos.

C) A prosa realista põe em cena personagens tipificados que, metamorfoseados em heróis


valorosos, correspondem à expressão da consciência e valores coletivos.

D) A prosa realista, apoiando-se em teorias cientificistas do século XIX, empreende a análise de


instituições burguesas, como o casamento, por exemplo, denunciando as bases frágeis dessa
união.

E) A prosa romântica recria o passado histórico com o intuito de ironizar os mitos nacionais.

Você também pode gostar