COMO APRENDER E ENSINAR COMPETÊNCIAS
e
A PRÁTICA EDUCATIVA COMO ENSINAR
Antoni Zabala e Laia Arnau
Porto Alegre: Artmed, 2010.
Apresentação
Propostas curriculares = processo muito lento
de superação de uma visão centrada em
conteúdos temáticos para uma visão centrada
nos alunos: temas, objetivos operacionais,
objetivos por habilidades e, agora, as
competências.
O ensino por objetivos = aprendizagem
voltada para superar provas de vestibular.
• Já não é mais suficiente adquirir alguns
conhecimentos ou dominar algumas técnicas.
• É necessário que o aluno seja cognitivamente
“capaz” em outras capacidades: motoras, de
equilíbrio, de autonomia pessoal e de inserção
social.
• É necessário que o que aprenda sirva para poder
agir de forma eficiente e determinada diante de
uma situação real.
• Ensino baseado em competências = nova e
grande oportunidade para que a melhoria da
educação não seja patrimônio de alguns poucos
privilegiados.
Capítulo 1 – O termo competência surge como
resposta às limitações do ensino tradicional
• A aprendizagem da maioria dos conteúdos -
atualmente:
a simples memorização de enunciados é insuficiente
para sua compreensão;
necessidade de estratégias de aprendizagem para
transferir e aplicar o conhecimento adquirido a outras
situações diferentes.
• Pressão pelo saber teórico acadêmico:
- preponderância dos conhecimentos factuais e conceituais;
- para a maioria dos professores a expressão “conteúdos de
ensino” limita-se apenas aos conhecimentos.
- procedimentos, habilidades, estratégias, atitudes e valores
não seriam conteúdos de ensino.
Crise dos referentes tradicionais
O ensino baseado no desenvolvimento de competências vem
motivado pela crise de três fatores:
• Mudanças na própria universidade = replanejando sua
estrutura e seus conteúdos em torno de competências.
• Maior pressão social sobre a funcionalidade das
aprendizagens = desconexão entre teoria e prática.
• Função social do ensino = deve ser para todos e não apenas
para aqueles que seguirão para o ensino universitário.
A finalidade primordial da escola é formar em todas
as competências imprescindíveis para o
desenvolvimento pessoal, interpessoal, social e
profissional, superando a função propedêutica e
seletiva do ensino tradicional.
• Há três níveis de exigências que devem ser
introduzidos no ensino:
a) Conversão dos conteúdos tradicionais (acadêmico)
em competências = não existem mudanças nos
conteúdos; o que se propõe é a aprendizagem
desses conteúdos a partir de sua vertente funcional.
b) Necessidade de formação profissionalizadora em
estratégias de ensino, implícitas na aprendizagem
das competências.
c) Ensino que orienta suas finalidades em direção à
formação integral das pessoas.
Capítulo 2 – A atuação eficiente das
competências em um determinado contexto
Competências = são ações eficazes diante
de situações e problemas
necessário estar disposto a resolvê-los com uma
intenção definida - com atitudes determinadas.
necessário dominar os procedimentos, as habilidades
que a ação a ser realizada exige.
devem ser realizadas sobre objetos do
conhecimento – fatos, conceitos e sistemas
conceituais.
Tudo isso deve ser realizado de forma inter-
relacionada: atitudes, procedimentos e
conhecimentos.
Ser competente não é uma questão de
tudo ou nada
• A forma de considerar ou avaliar as atuações
das pessoas não pode limitar-se ao tudo ou
nada, mas centrar-se em um contínuo entre a
atuação menos e a mais competente.
• Cada situação é única e diferente das demais,
por mais elementos que compartilhem.
• É possível que uma pessoa demonstre
algumas competências em certas situações e
não em outras.
Capítulo 3 – A competência sempre envolve
conhecimentos inter-relacionados e
habilidades e atitudes
Escola tradicional = Escolas “ativas” =
valorização da caíram em dois erros inter-
memorização, relacionados:
a)importância desmedida do
importância ao saber saber fazer sobre o saber
enciclopédico, peso (priorização dos conteúdos
procedimentais e uma
da disciplina, relativização dos conteúdos
importância do livro conceituais);
didático, notas, b) defesa de métodos de
ensino sustentados no
informes princípio da ação pela ação
quantitativos etc. (falso ativismo )
• Para aprender conteúdos procedimentais:
- haver conteúdos conceituais sobre os quais
aplicar procedimentos;
- entender as atividades como meio para a
construção de significados;
- introduzir atividades que ajudem a recordar,
posteriormente, o que se compreendeu (uso de
estratégias de memorização).
• Não é o simples dilema entre memorizar ou não
memorizar, mas sim quando, de que forma e por
que os alunos devem realizar atividades de
memorização.
• Para ser competente em todas as atividades da
vida é necessário:
a) dispor de conhecimentos (fatos, conceitos e
sistemas conceituais);
b) compreendê-los e ser capaz de utilizá-los;
c) dominar um grande número de procedimentos
(habilidades, técnicas, estratégias, métodos);
d) dispor da reflexão e dos meios teóricos que os
fundamentem.
• É impossível responder a qualquer problema da
vida sem utilizar, para sua resolução, estratégias e
habilidades sobre componentes factuais e
conceituais dirigidos por princípios de ação de
caráter atitudinal.
Capítulo 4 – O objetivo da educação por
competência é o pleno desenvolvimento da
pessoa
• Os sistemas educacionais devem abraçar o
desenvolvimento integral das pessoas.
• Finalidade da educação = define quais competências
devem ser ensinadas
Em função do modelo de sociedade que defendem e do
tipo de cidadão que pretendem formar.
• Educação como o pleno desenvolvimento da
personalidade humana = faz com que os governos
tomem medidas para a ação dos diferentes agentes
educacionais – formais, informais e não formais.
• Educação formal = aquela que tem caráter
intencional, planejado e regulado.
• Educação informal = aquela que se dá de forma não
intencional e não planejada.
• Educação não formal = a que se produz de maneira
intencional e planejada, mas fora do âmbito regular.
Capítulo 5 – As competências escolares devem
abarcar o âmbito social, interpessoal, pessoal e
profissional
• Formação de todos os cidadãos = está
direcionada para que sejam competentes e
capazes de responder aos problemas que uma
vida comprometida com a melhoria da
sociedade e deles mesmos exige.
• As competências que deverão aprender
podem se desenvolver nas seguintes
dimensões: social, pessoal, interpessoal e
profissional.
Das competências gerais aos conteúdos de
aprendizagem:
• O que é necessário saber? (os conhecimentos,
conteúdos conceituais)
• O que se deve saber fazer? ( as habilidades,
conteúdos procedimentais)
• De que forma se deve ser? ( as atitudes,
conteúdos atitudinais)
Competências gerais Competências específicas
Competências Saber Saber fazer Ser
Dimensão A pessoa deverá ser Conhecimentos Fazer Ativo
social competente para participar provenientes de participar Responsável
ativamente na múltiplas compreender Justo
transformação da disciplinas Valorizar Solidário
sociedade, compreendê-la, científicas intervir Democrático
valorizá-la e nela intervir crítico
de maneira crítica e
responsável, com vistas a
que seja cada vez mais
justa, solidária e
democrática.
Dimensão O indivíduo deverá ser Conhecimentos Relacionar-se Compreensivo
inter competente para se provenientes da Comunicar-se Tolerante
pessoal relacionar, se comunicar e sociologia, Cooperar solidário
viver positivamente com os psicologia, participar
demais, cooperando e sociolinguística
participando de todas as
atividades humanas desde
a compreensão, a
tolerância e solidariedade.
Competências gerais Competências específicas
Competências Saber Saber fazer Ser
Dimensão O indivíduo deverá ser Conhecimentos Atuar de forma Responsável
pessoal competente para exercer, de provenientes de autônoma Autônomo
forma responsável e crítica, a múltiplas empreender Cooperativo
autonomia, cooperação, disciplinas Resolver Criativo
criatividade e a liberdade, científicas problemas livre
por meio do conhecimento e
da compreensão de si
mesmo, da sociedade e da
natureza em que vive.
Dimensão O indivíduo deve ser Conhecimentos Habilidades gerais Responsável
profissional competente para exercer provenientes de para Flexível
uma tarefa profissional múltiplas profissionalização rigoroso
adequada às suas disciplinas
capacidades, a partir dos científicas e
conhecimentos e das profissionais
habilidades específicas da
profissão, de forma
responsável, flexível e
rigorosa que lhe permita
satisfazer suas motivações e
expectativas de
desenvolvimento
profissional e pessoal.
Capítulo 6 – A aprendizagem das
competências é sempre funcional
Competências e aprendizagens subjetivas
• Uma aprendizagem será mais ou menos
significativa quando:
significar uma memorização compreensiva;
for possível sua aplicação em contextos
diferenciados.
Condições que intervêm na aprendizagem:
1. Princípios psicopedagógicos da aprendizagem significativa
(teorias construtivistas e socioconstrutivistas)
a) Esquemas de conhecimento e conhecimentos prévios = os
conhecimentos prévios são o ponto de partida para as novas
aprendizagens.
b) Vinculação profunda entre os novos conteúdos e os
conhecimentos prévios = relações não arbitrárias entre o que
já era parte das estruturas cognoscitivas dos alunos e o novo
conteúdo de aprendizagem.
c) Nível de desenvolvimento = é necessário que os alunos
possam atualizar seus esquemas de conhecimento, contrastá-
los com o que é novo, identificar semelhanças e diferenças e
integrá-las em seus esquemas.
d) Zona de desenvolvimento proximal = é a distância adequada
entre o que se sabe e o que se deseja aprender. A intervenção
pedagógica é concebida como uma ajuda ajustada ao
processo de construção do aluno.
e) Disposição para a aprendizagem = influenciam os fatores
vinculados às capacidades de equilíbrio pessoal, relação
interpessoal e inserção social.
f) Relevância e funcionalidade dos novos conteúdos = que o
aluno possa lhes atribuir sentido.
g) Atividade mental e conflito cognitivo = atividade mental que
possibilite a reelaboração dos esquemas de conhecimento - o
aluno questiona suas ideias, como passo prévio para a
construção de significados.
h) Atitude favorável, sentido e motivação = interesse manifesto
em relação aos novos conteúdos de aprendizagem.
i) Autoestima, autoconceito e expectativas = as expectativas de
êxito são determinantes para o desenvolvimento de uma
atitude favorável.
j) Reflexão sobre a metacognição = capacidade de tomar
consciência do funcionamento de como se aprende e se
compreendem os fatores que explicam que os resultados de
uma atividade sejam positivos ou negativos.
Condições que intervêm na aprendizagem:
2. Análise estrutural das competências e aprendizagem
de seus componentes
Condições que intervêm na aprendizagem:
3. As competências e a importância de seu
núcleo procedimental
• O domínio procedimental é chave no processo
de aprendizagem das competências.
• Isso leva a considerar a forma na qual os
procedimentos são aprendidos, ou seja, a
sequência: modelo, exercitação guiada com
ajuda e reflexão sobre seu uso.
Capítulo 7 – Ensinar competências significa
partir de situações e problemas reais
As competências podem ser ensinadas ou
apenas podem ser desenvolvidas?
• Argumento teórico = dado que as
competências são aplicadas em situações
reais, em um momento determinado e em
condições sempre distintas, é impossível
determinar de antemão seu ensino.
• Concepção do papel do ensino defendida no
livro = todo projeto de ensino significa uma
intencionalidade que fixa seus resultados em
uma aplicação futura e que é imprevisível.
Proposta do ensino de competências = transferir
aprendizagens que foram apresentadas
descontextualizadas a situações próximas à
realidade.
Critérios para ensinar competências:
• sua relevância;
• a complexidade da situação na qual devem ser
utilizadas;
• seu caráter procedimental;
• o fato de estarem constituídas por uma
combinação integrada de componentes que são
aprendidos a partir de sua funcionalidade e de
modo distinto.
Capítulo 8 – As disciplinas não são suficientes
para aprender competências
O caráter disciplinar, interdisciplinar e
metadisciplinar dos componentes das
competências
• Alguns conteúdos têm procedimentos claramente
disciplinares, outros dependem de uma ou mais
disciplinas (interdisciplinares) e outros não estão
sustentados por nenhuma disciplina acadêmica
(metadisciplinares).
• Agrupamento tradicional dos conteúdos em
torno das disciplinas convencionais = não
responde ao desenvolvimento de competências
para a vida se não for revisada e reformulada.
• O ponto de partida é a construção de áreas
constituídas pelo agrupamento de componentes
de disciplinas afins: Matemáticas, Língua,
Ciências Sociais e Naturais etc.
• Componentes correspondentes ao âmbito
metadisciplinar = não dependem de disciplina
alguma ou de áreas - caráter procedimental e
atitudinal.
Capítulo 9 – O núcleo comum: resposta ao
ensino de competências
• Ensino de competências = exige uma revisão
minuciosa do papel das diferentes áreas, de
seus conteúdos e da forma adequada de
ensiná-los.
• Os componentes metadisciplinares serão
classificados em uma área denominada
“comum”, que nunca poderá ser uma
disciplina ou área convencional.
• Para compreender o significado e as
características desta área comum, será necessário
revisar os processos de aprendizagem e de ensino
dos conteúdos procedimentais e atitudinais.
• Componentes procedimentais das competências
(trabalhar em equipe, classificar, observar) só se
aprendem exercendo as ações.
• A aprendizagem dos conteúdos procedimentais
exige um processo de ensino que deve ser longo
no tempo e não se situar em uma área apenas.
• Aprendizagem dos componentes atitudinais = por
meio da participação de múltiplas experiências
(exemplo, exercido pela pessoa admirada, vivências
em grupo, o compromisso para com o próprio grupo,
a reflexão e o compromisso pessoal) .
• Para que as atitudes sejam aprendidas, não podem
ser reduzidas a somente uma unidade temática, em
tempo limitado, nem tão somente a uma disciplina.
Capítulo 10 – Os métodos para o ensino das
competências devem ter um enfoque
globalizador
• A limitação dos métodos expositivos gerou uma busca por
métodos alternativos – pesquisa do meio, projetos de
trabalho, análise de caso, resolução de problemas etc.
• Não existe um método único - Será necessário empregar
a cada caso a estratégia metodológica apropriada:
às particularidades da competência a ser desenvolvida;
às características dos alunos.
• O professor poderá utilizar uma metodologia variada com
sequências didáticas focadas, sob o método de projetos,
convivendo com análise de casos, pesquisas do meio etc. e
com intervenções expositivas convencionais.
Variáveis metodológicas que configuram a prática educacional
1. As atividades ou tarefas determinadas;
2. Uma forma de agrupá-las e articulá-las em sequências de
atividades (aula expositiva, por descoberta, por projetos
etc.);
3. As relações e situações comunicativas que permitem
identificar o papel dos professores e dos alunos (diretivos,
participativos, cooperativos etc.);
4. As formas de agrupamento ou organização social da aula (
grande grupo, equipes fixas, grupos móveis etc.);
5. Uma maneira de distribuir o espaço e o tempo (cantos,
oficinas, aulas de área etc.);
6. Um sistema de organização dos conteúdos (disciplinar,
interdisciplinar, globalizador etc.);
7. Um uso de materiais curriculares (livro didático, ensino com
auxílio do computador, fichas autocorrigíveis etc.);
8. Um procedimento para a avaliação (de resultados,
formativa, sancionadora etc.).
Organização dos conteúdos
• A melhor estratégia é a centrada em modelos
globais ou integradores.
• Enfoque globalizador = toda unidade de
intervenção deve partir de uma situação
próxima à realidade do aluno, que lhe seja
interessante e que lhe proponha questões a
serem respondidas.
• É possível organizar os conteúdos por disciplinas
• as atividades de aprendizagem se estruturam de
acordo com a lógica das matérias,
• mas na apresentação aos alunos a justificativa
dos conteúdos disciplinares não é unicamente
uma consequência da lógica disciplinar,
• é o resultado de ter de responder a questões ou
problemas oriundos de uma situação que o
aluno pode considerar próxima.
• Por exemplo: Uma sequência didática em Ciências
Naturais cuja situação da realidade seja os problemas
relacionados à falta de aceitação da paternidade e os
meios para reconhecê-la.
• Cada professor deve seguir em sua área o
esquema:
• situação da realidade;
• proposição de questões;
• utilização de instrumentos e recursos
disciplinares;
• formalização segundo os critérios científicos
da disciplina;
• aplicação a outras situações para facilitar o
domínio dos conceitos e das habilidades
aprendidas.
• Metodologia globalizadora = quando é um mesmo
professor que ministra todas as áreas a forma mais
efetiva de realizar um enfoque globalizador é o emprego
de uma metodologia globalizadora
• Existem diversos métodos que podem ser considerados
globalizantes, a diferença entre eles está na intenção do
trabalho que deve ser realizado e nas fases que devem
ser seguidas:
centros de interesse de Decroly; ( grupos de aprendizado
organizados segundo faixas de idade dos estudantes)
os complexos de interesse de Freinet; (cantos na sala de aula,
jornal, estudo do meio)
o sistema de projetos de Kilpatrick;
a pesquisa do meio;
os projetos de trabalho.
Capitulo 11 – Avaliar competências é avaliar
processos na resolução de situações- problema
A avaliação na escola deve se dirigir a todo o
processo de ensino e de aprendizagem e,
portanto, não apenas aos resultados que os
alunos obtiveram, mas a qualquer uma das
três variáveis fundamentais que intervêm
nesse processo:
as atividades que os professores promovem;
as experiências que os alunos realizam;
os conteúdos de aprendizagem.
• Avaliação tradicional = traz em sua história
aspectos implícitos e imexíveis:
provas convencionais são apropriadas para
todo tipo de conteúdos de ensino;
abriga os princípios de uma escola seletiva
orientada para a universidade;
uso generalizado da nota como incentivo
básico para o estudo.
• Quando se projeta um ensino baseado em
objetivos educacionais os quais pretendem a
formação em competências, está-se fazendo
um exercício de prospecção: pensar nos
problemas que a vida vai apresentar para os
alunos no futuro e formá-los com a intenção
de que sejam capazes de responder da forma
mais eficaz possível a situações dificilmente
previsíveis e de natureza diversificada.
• As atividades de avaliação das competências
consistirão na realização de diferentes tarefas
que permitam conhecer o grau de domínio de
seus diferentes componentes e, por meio
deles, da própria competência.
• Cada uma das atividades que o aluno deve
realizar corresponderá a indicadores de
obtenção relativos à competência específica.
Avaliação das competências em função das
características diferenciais de seus componentes
Para verificar o grau de conhecimento que um aluno
tem sobre :
A pergunta simples oral ou escrita é uma estratégia
Conteúdos apropriada.
factuais Provas escritas simples e provas objetivas são bons
instrumentos de avaliação.
As atividades mais apropriadas consistem na
resolução de conflitos ou problemas a partir do uso
dos conceitos.
Conteúdos
Provas escritas nas quais devem resolver problemas,
conceituais trabalhos em equipe, debates, exposições e diálogos
nos quais os alunos devam definir o conceito com
suas próprias palavras são exemplos para esta
avaliação.
A prova escrita é muito limitada: reflete apenas o
domínio de procedimentos de cálculo, escrita ou
desenho, ou outros mais cognitivos como
Conteúdos classificar ou deduzir.
Procedimentais
Expressão oral, trabalho em equipe, observação
etc - em atividades abertas as quais permitam
verificar a funcionalidade deles para os alunos.
Exigem situar o aluno diante de situações
conflituosas sabendo que não está sendo
observado.
Conteúdos
Atitudinais A observação sistemática das opiniões e das
ações nas atividades grupais, nos debates nos
grandes grupos, nas manifestações dentro e fora
da escola, nas excursões etc.
Uma síntese da avaliação de competências
• A competência é um constructo complexo e os processos
de avaliação também são complexos;
• Avaliar competências significa avaliar sua aplicação em
situações reais, portanto, os meios para avaliar
competências na aula são aproximações a essa realidade;
• Para avaliar competências é necessário ter dados
fidedignos sobre o nível de aprendizagem de cada aluno em
relação à competência em questão – requer o uso de
instrumentos e meios variados;
• É necessário identificar os indicadores de obtenção
integrados para cada um dos conteúdos conceituais,
procedimentais, atitudinais que constituem as
competências;
• O meio para conhecer o grau de aprendizagem de uma
competência será a intervenção do aluno ante uma
situação-problema, que seja reflexo das situações reais.
Competências, formação de professores e desenvolvimento
profissional
Formação dos professores: inicial
• realizada por meio de um currículo centrado nas atividades
profissionais da docência;
• objetivo de estudo baseado em boas práticas e nas soluções
dos problemas próprios do ensino;
• conhecimentos teóricos relacionados às atividades reais de
aula;
• conhecimento de estratégias metodológicas para um ensino
de competências - pesquisa do meio, projetos de trabalho,
análise de caso, resolução de problemas , aula expositiva
Formação contínua:
• reflexão e análise compartilhada sobre a prática educacional;
• conhecimentos e troca de experiências de aula;
• aprendizagem de estratégias metodológicas.
Estrutura, organização e gestão da escola
organização centrada em equipes pedagógicas
que incentive uma cultura de reflexão e uma
análise compartilhada da prática educacional;
espaços e tempos que facilitem a tomada de
decisões a partir de um trabalho colaborativo
de todos os professores.
gestão da escola centrada nos processos de
ensino-aprendizagem de todos e cada um dos
alunos.
Competências, família e sociedade.
Corresponsabilidade de todos os agentes
educacionais
• Ensinar competências, com a finalidade de obter
uma sociedade mais participativa, livre e justa,
não pode ser uma tarefa desligada da educação
familiar.
• A formação integral dos alunos deve ser
responsabilidade da educação, fazendo-se
necessária a participação de toda a sociedade.
• Para coordenar o desafio educacional, a escola é
a instituição pedagógica mais indicada.
• A escola deve ser o órgão que projete, coordene
e supervisione as ações educacionais realizadas
nos âmbitos formal, informal e não formal.