SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
Governador
Eduardo Figueiredo Cavalheiro Leite
Vice-governador
Gabriel Souza
Secretaria de Estado da Educação
Raquel Figueiredo Teixeira
Secretária-adjunta
Stefanie Henking Eskereski
Subsecretário da Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação
Marcelo Jerônimo Rodrigues Araujo
Subsecretária-adjunta da Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação
Caroline Assmann
Diretora do Departamento de Desenvolvimento Curricular da Educação Básica-
DECEB
Sherol dos Santos
Diretora-adjunta do Departamento de Desenvolvimento Curricular da
Educação Básica- DECEB
Paula Tatiane de Azevedo
Chefia de Divisão de Ensino Médio
Kátia Luciane Souza da Rocha
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
Responsáveis pela Elaboração do Documento na Subsecretaria de
Desenvolvimento da Educação/DECEB
Aline da Silva Santos Miotto
Ana Paula Bertol Castilho de Souza
Carolina Ferreira Noronha
Claudia Ema de Oliveira
Evelize Domingues da Silva
Ismael Plentz
Kátia Luciane Souza da Rocha
Luana Müller
Mara Susana da Rosa Souza
Michelle Inácio Tadielo Borges
Revisão Gramatical
Ana Paula Bertol Castilho de Souza
Evelize Domingues da Silva
Luana Müller
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
SUMÁRIO
Como funciona o ENEM? 5
Processo de Elaboração das Questões do ENEM 6
Etapas da Elaboração de Questões do ENEM 6
Metodologia de Correção da Prova do ENEM - TRI 7
Como está estruturado o Aprofundamento ENEM? 9
Sugestões de Metodologias para a sala de aula 11
Resolução de Problemas 11
Mapa Mental 13
Gamificação 14
Rotação por Estações 15
Estudos de Campo 15
Aprendizagem entre Pares 16
Aprendizagem Baseada em Projetos 16
Estudo de Caso 17
Aprendizagem Cooperativa 18
Aprendizagem Tecnológica 19
Como é a Matriz de Referência ENEM? 20
Eixos Cognitivos 20
Habilidades da Matriz de Referência: Ciências da Natureza e suas Tecnologias (CNT) 22
Habilidades da Matriz de Referência: Matemática e suas Tecnologias (MAT) 25
SITES para apoio pedagógico 27
Referências Bibliográficas 27
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS - FOCO NO ENEM
Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias
Como funciona o ENEM?
O ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio, criado em 1998, tem como finalidade
avaliar o rendimento escolar dos estudantes no final do ensino básico. A partir de 2009, o
exame passou por mudanças metodológicas e se tornou o principal meio de ingresso ao
ensino superior.
As pontuações do ENEM são utilizadas, no Brasil, para ingressar no Sistema de
Seleção Unificada (Sisu) e no Programa Universidade para Todos (ProUni). Além disso, mais
de 50 universidades em Portugal aceitam essas notas. Os resultados do ENEM também são
essenciais para a obtenção de financiamento estudantil por meio de programas
governamentais, como o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), e contribuem para a
elaboração de estudos e indicadores na área educacional.
Figura 1: Mapa mental visando oportunidades de ingresso no ensino superior
Fonte: Elaborado pela Assessoria Técnica da Divisão de Ensino Médio.
5
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
O ENEM está disponível a todos que concluíram ou estão cursando o Ensino Médio.
Aqueles que ainda não terminaram podem fazer o exame como "treineiros", usando os
resultados para autoavaliação.
Antes de comporem a prova do ENEM, as questões passam por um extenso processo
de criação e de revisão. Aqui explicamos esse processo e a metodologia de correção adotada
pelo exame. Descubra como as questões do ENEM são desenvolvidas e o funcionamento de
sua metodologia de correção.
Processo de Elaboração das Questões do ENEM
O ENEM abrange quatro grandes áreas do conhecimento: Linguagens, Matemática,
Ciências da Natureza e Ciências Humanas, cada uma com 45 questões de múltipla escolha.
As questões são selecionadas de um Banco Nacional de Itens (BNI), administrado pelo Inep,
e construído com a colaboração de educadores e de pesquisadores por meio de chamadas
públicas do MEC.
O procedimento para a elaboração das questões do ENEM Digital é similar ao da
versão impressa, com a diferença de serem exibidas digitalmente, exceto a redação. As
questões, independentemente da área, devem ter um texto introdutório, cinco alternativas de
resposta, sendo apenas uma correta, e são desenvolvidas para evitar ambiguidades ou
"pegadinhas".
As questões para cada edição do ENEM são selecionadas no final do primeiro
semestre do ano, sendo mais provável que eventos anteriores a esse período sejam abordados
no exame. Cada edição do ENEM é planejada para manter um nível de dificuldade
consistente.
Etapas da Elaboração de Questões do ENEM
1. Publicação de edital para seleção de colaboradores na criação de itens.
2. Capacitação dos colaboradores nas quatro áreas do conhecimento avaliadas pelo
ENEM, alinhando-se aos critérios das matrizes de referência e do guia de elaboração e
revisão de itens.
3. Desenvolvimento das questões conforme os padrões do ENEM e do Inep.
4. Revisão técnico-pedagógica para verificar a conformidade com os critérios.
5. Avaliação por especialistas para validar as modificações feitas.
6
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
6. Validação final das questões pelos especialistas do ENEM
7. Aplicação de um pré-teste para avaliar empiricamente os parâmetros das questões.
8. Análise psicométrica e pedagógica das respostas do pré-teste.
9. Inclusão das questões aprovadas no BNI, para uso em futuras edições do ENEM.
10. Seleção das questões para a prova com base nos índices psicométricos do pré-teste, no
conteúdo, na temática e na habilidade.
Metodologia de Correção da Prova do ENEM - TRI
As questões de múltipla escolha do ENEM seguem uma lógica de correção bem
complexa, com pesos diferentes para cada questão, análises pedagógicas que identificam os
palpites (famosos chutes) e uma análise individualizada de todos os participantes para atribuir
as notas diferentes a cada questão.
Essa é a explicação do porquê encontramos estudantes que acertaram a mesma
quantidade de questões, mas obtiveram a nota final diferente. Também é a explicação para
estudantes que estão fazendo a prova pela segunda ou terceira vez, acertaram menos questões
do que nos anos anteriores, mas obtiveram maior nota... E vice-versa.
Há várias dúvidas que permeiam o universo dos candidatos, como o porquê é
impossível zerar as provas objetivas ou porque é dificílimo tirar nota máxima nas questões
(mesmo acertando todas). O ENEM possui 180 questões objetivas, incluindo as quatro áreas
de conhecimento (Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Ciências da Natureza e Suas
Tecnologias, Linguagens e Suas Tecnologias e Matemática e Suas Tecnologias). Os
estudantes respondem as questões em cartões respostas que são lidos em computador, por
uma empresa especializada.
Os resultados obtidos pela empresa são enviados a peritos (matemáticos, estatísticos e
psicometristas) para que seja feita uma análise muito detalhada, como demonstra a figura 2.
7
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
Figura 2: Metodologia de correção das questões objetivas da prova do ENEM
Fonte: Elaborado pela Assessoria Técnica da Divisão de Ensino Médio.
Esta é a parte mais interessante e complexa da correção. Esses resultados são
submetidos a um modelo de análise que se chama Teoria da Resposta ao Item (TRI),
conforme figura 3.
Figura 3: Aspectos considerados pela Teoria da Resposta ao Item (TRI)
Fonte: Elaborado pela Assessoria Técnica da Divisão de Ensino Médio.
8
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
A TRI ajuda a mensurar o nível de conhecimento de cada estudante em cada área de
conhecimento, levando em consideração três aspectos: a dificuldade do item apresentado, a
diferenciação de conhecimentos entre os estudantes e a análise do acerto casual (o famoso
chute).
As questões não possuem o mesmo peso porque os especialistas sabem que seria
impossível atribuir a mesma nota a todas, uma vez que o objetivo principal da prova do
ENEM é avaliar os conhecimentos adquiridos durante os três anos de Ensino Médio. O
sistema é programado para entender que quanto maior o conhecimento de um estudante sobre
determinado assunto, mais chances ele tem de acertar as questões difíceis (que valem mais
pontos). E se isso for verdade, ele acertará as questões médias e as fáceis também. É por isso
que estudantes com o mesmo número de acertos obtêm pontuação diferente no ENEM. Os
que apresentam comportamentos mais coerentes, conseguem mais pontos ao final.
Embora o ENEM envolva toda uma matemática e um sistema lógico, acertar mais
questões na prova, inevitavelmente gerará uma boa nota final, pois o que o sistema faz é
aumentar ou diminuir o valor de cada item de acordo com a coerência pedagógica. De
qualquer maneira, não é possível calcular a nota ao final do exame, apenas comparando os
gabaritos. Com o seu gabarito, o estudante consegue ter uma ideia do número de acertos e
fazer estimativas simples.
Os candidatos perguntam-se por que é impossível tirar zero no ENEM, e a resposta
parece impossível, mas tem lógica. Como o sistema de avaliações atribui notas máximas e
mínimas para cada área de conhecimento, os estudantes já fazem a prova com uma nota
inicial. Além do mais, estatisticamente falando, é muito improvável errar as 180 questões, a
menos que o cartão resposta seja entregue em branco.
Conseguir a pontuação de 1000 pontos na prova objetiva também é muito difícil, por
um motivo semelhante ao anterior: as notas máximas atribuídas a cada prova geralmente
ficam abaixo de 1000. Como a nota final das provas objetivas é atribuída através de média
aritmética das quatro provas, fica muito difícil alcançar a pontuação máxima.
Como está estruturado o Aprofundamento ENEM?
No ano letivo de 2023, a Subsecretaria de Desenvolvimento Curricular da Educação
promoveu a avaliação e o acompanhamento da implementação do Ensino Médio Gaúcho
(EMG) em instituições de ensino que oferecem essa etapa. Por meio do Departamento de
9
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
Desenvolvimento Curricular da Educação Básica, em específico da Divisão do Ensino Médio,
foram organizados momentos de escuta dos estudantes da 2ª série do Ensino Médio de forma
presencial e online. Com o intuito de entender o processo de implementação do Ensino Médio
Gaúcho nas escolas do Rio Grande do Sul, a equipe da Divisão do Ensino Médio analisou os
dados coletados, resultando na proposição de um novo formato para a Matriz Curricular, a
fim de atender os anseios dos estudantes, professores e equipe gestora das unidades escolares.
Assim, a Matriz Curricular estabelecida pela PORTARIA SEDUC/RS Nº 551/2023
para a 2ª e 3ª série do Ensino Médio em 2024 apresenta uma inovação significativa: a
inclusão do aprofundamento curricular denominado “Aprofundamento ENEM”, composto
por dois componentes principais: o componente curricular de Redação e o componente
curricular de Resolução de Problemas.
Nesse contexto, os componentes curriculares Redação e Resolução de Problemas
apresentam a seguinte estrutura:
● Redação (LGG e CHS): o foco desse componente curricular está em abordar
questões contemporâneas, relacionadas à habilidade da escrita, por meio de um planejamento
interdisciplinar. Busca-se não apenas o aprimoramento técnico da redação, mas também a
capacidade dos estudantes de articular ideias de maneira coesa e consistente. A proposta visa
desenvolver uma abordagem crítica diante de temas atuais, estimulando a reflexão e
promovendo a conexão entre os conhecimentos adquiridos nos componentes de Linguagens,
Códigos e suas Tecnologias (LGG) e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (CHS).
● Resolução de Problemas (MAT e CNT): esse componente curricular
concentra-se no desenvolvimento do pensamento computacional, visando preparar os
estudantes com habilidades cognitivas, lógicas e algorítmicas. A abordagem adotada busca
preparar os estudantes para resolver problemas de maneira eficiente e criativa, alinhada à
metodologia exigida pelo ENEM. Ao integrar Matemática (MAT) e Ciências da Natureza e
suas Tecnologias (CNT), busca-se uma abordagem prática e interdisciplinar que estimule o
raciocínio lógico e a aplicação de conceitos científicos na resolução de situações-problema.
Vale ressaltar que a proposta do aprofundamento curricular “Aprofundamento
ENEM” visa aprimorar as habilidades dos estudantes do Ensino Médio (EM) nas áreas de
Linguagens e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Matemática e suas
Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias, preparando-os especificamente para o
10
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
Exame Nacional do Ensino Médio e responde a um dos principais anseios dos estudantes
manifestado nas escutas realizadas.
Esses novos componentes curriculares têm como propósito não apenas a preparação
para o ENEM, mas também o desenvolvimento de competências essenciais para a vida
acadêmica e profissional dos estudantes considerando o seu Projeto de Vida e contribuindo
para uma formação integral e alinhada com as demandas contemporâneas.
Sugestões de Metodologias para a sala de aula
Resolução de Problemas
O enfoque principal na resolução de problemas como metodologia de aprendizagem,
é a aproximação com a leitura, análise do processo investigativo e a interpretação da(s)
questão(ões) proposta(s). Os estudantes necessitam entender e compreender a problemática
envolvida para posteriormente elaborar estratégias de resolução dando origem a um plano de
ação, avançando assim para execução e, por fim, a verificação do problema em questão. Uma
sugestão a ser trabalhada é o tema da poluição dos rios. A partir dessa temática o estudante
atua como protagonista identificando métodos, avaliando procedimentos com objetivo a
solucionar a problemática tanto nas esferas social quanto econômica e/ou ambiental. Para
tanto, o estudante deve relacionar conhecimentos físicos, químicos e/ ou biológicos em
conjunto com representações matemáticas, expressos em gráficos e tabelas para representar
os dados coletados, revalidando os estudos pré-existentes e possíveis tomadas de decisões.
Como forma de fundamentar a resolução de problemas, sugere-se a plataforma
Àrvore de livros, conforme figuras 4 e 5, onde diversas obras estão disponíveis aos
estudantes contendo importantes contribuições tanto na área da Matemática quanto em
Ciências da Natureza e suas tecnologias, trazendo aos leitores abordagens históricas e
reflexões importantes no processo investigativo articulado entre pesquisas científicas e
pedagógicas completando o processo de ensino -aprendizagem- avaliação de forma
satisfatória na solução de problemas.
11
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
Figura 4: “Coleções Árvore”, onde consta uma coleção para ENEM e Vestibulares
Fonte: Print retirado da plataforma Árvore dos Livros
Figura 5: Algumas obras disponíveis para o trabalho com Resolução de Problemas
Fonte: Print retirado da plataforma Árvore dos Livros
12
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
Este trabalho pode ser desenvolvido individual ou em grupos de modo que o
aprendizado seja alicerçado na Competência da área 5 da Matriz de Referência de Ciências
da Natureza e suas Tecnologias e Competência de área 1 da Matriz de Referência de
Matemática e suas Tecnologias.
Mapa Mental
O uso do Mapa Mental como Metodologia Ativa na sala de aula oferece uma
abordagem eficaz para o desenvolvimento do pensamento crítico e da resolução de
problemas. É fundamental que os estudantes reconheçam a importância de esquematizar
situações que exigem uma análise aprofundada, assim que identificam a necessidade de
compreensão mais profunda de um determinado tópico ou problema. Uma estratégia valiosa
consiste na construção de Mapas Mentais abordando o problema em questão, permitindo que
os estudantes visualizem e organizem as informações de forma concisa e nítida. Esses mapas
fornecem uma estrutura que facilita a identificação de estratégias e opções de solução,
permitindo uma avaliação mais criteriosa das possíveis abordagens diante da complexidade
da situação apresentada.
Ao envolver os estudantes na elaboração de Mapas Mentais, eles são incentivados a
pensar de forma criativa e a explorar conexões entre diferentes conceitos e ideias. Essa
abordagem não apenas promove a compreensão profunda do problema em questão, mas
também estimula a capacidade dos estudantes de desenvolver soluções inovadoras e eficazes.
Além disso, os Mapas Mentais oferecem uma ferramenta versátil que pode ser
adaptada a diferentes componentes curriculares abordando os mais diversos temas. Desde a
análise de textos literários até a resolução de problemas matemáticos complexos, os Mapas
Mentais podem ser utilizados para promover uma aprendizagem ativa e engajadora em
qualquer área do conhecimento.
Em resumo, o uso de Mapas Mentais como Metodologia Ativa na sala de aula
proporciona uma maneira eficaz de desenvolver habilidades de pensamento crítico, resolução
de problemas e criatividade, enquanto propicia aos estudantes a compreender e abordar
questões complexas de maneira estruturada e organizada. Essa metodologia de trabalho pode
13
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
ser desenvolvida individualmente ou em grupos de modo a que o aprendizado seja alicerçado
na Competência da área 3 da Matriz de Referência de Matemática e suas Tecnologias.
Gamificação
Explorar a gamificação no processo de aprendizagem é uma abordagem envolvente e
eficaz para os estudantes, proporcionando uma oportunidade única de solidificar os
conhecimentos em desenvolvimento ou já adquiridos. Ao introduzir elementos de desafio,
recompensa e competição amigável, os jogos se tornam uma ferramenta poderosa para tornar
o aprendizado mais dinâmico e divertido. Essa motivação adicional é fundamental para
cultivar um maior interesse e engajamento dos estudantes no desenvolvimento de suas
habilidades. Uma sugestão prática é utilizar a gamificação para abordar conceitos de
“Geometria em conjunto com Noções Métricas”, explorando a relação entre as dimensões de
um espaço físico e suas correspondentes medidas, incluindo transformações de unidades e
suas variações. Por meio de abordagens lúdicas, os estudantes são incentivados a participar
individualmente ou em grupo, assumindo um papel ativo e protagonista nas atividades
apresentadas nos jogos educativos.
Um exemplo notável é o Tangram, um jogo educativo que estimula o pensamento
lógico e o raciocínio espacial, contribuindo para o desenvolvimento das habilidades
cognitivas, espaciais e matemáticas dos estudantes, ao mesmo tempo que alimenta a
criatividade e a imaginação. Além disso, a disponibilidade de aplicativos gratuitos, como
Coquinhos, Geogebra e MinecraftEdu, oferece aos estudantes uma maneira interativa e
envolvente de aprender e testar seus conhecimentos enquanto se divertem. Essas ferramentas
digitais não apenas melhoram o processo de aprendizagem, mas também incentivam a
exploração ativa e a descoberta autônoma, promovendo assim uma abordagem mais holística
e imersiva para a educação. É interessante ao estudante conhecer e explorar os jogos no
processo de aprendizagem como forma de consolidar os conhecimentos ainda em construção
ou já adquiridos. Essa é uma maneira de introduzir desafios, recompensas e uma competição
amigável entre os estudantes de um modo divertido. A proposta da gamificação deve estar
14
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
consolidada na Competência de área 2 da Matriz de Referência de Matemática e suas
Tecnologias.
Rotação por Estações
A metodologia da Rotação por Estações, fundamentada nos princípios das
metodologias ativas, estabelece um percurso dinâmico que oferece uma variedade de
ferramentas de aprendizagem, muitas vezes de maneira lúdica. Essas ferramentas podem
incluir jogos educativos, atividades digitais, oficinas práticas e outras formas de interação,
visando o desenvolvimento de diversas habilidades e competências tecnológicas, enquanto
fortalecem a capacidade dos estudantes de trabalhar de forma colaborativa e protagonista em
suas atividades de aprendizagem. Uma sugestão de tema para ser explorado por meio dessa
metodologia é a “Sustentabilidade”. Os estudantes são organizados em pequenos grupos de 4
a 5 pessoas e percorrem um circuito de atividades em estações, abordando diferentes aspectos
relacionados ao tema durante o período de aula. Cada estação oferece uma atividade única,
mas todas relacionadas ao mesmo tema central, garantindo uma abordagem abrangente.
É essencial que pelo menos uma das estações incorpore tecnologia digital,
proporcionando aos estudantes a oportunidade de utilizar recursos digitais para aprofundar
seu entendimento sobre a sustentabilidade. O objetivo principal dessa metodologia é
promover a rotação dos estudantes entre as estações, incentivando a pesquisa, o debate
coletivo sobre as práticas adotadas e a reflexão sobre as diversas aprendizagens realizadas,
com o intuito de consolidar as habilidades desenvolvidas ao longo do processo. O trabalho
deve estar embasado nas Competências das áreas 1 e 7 da Matriz de Referência de Ciências
da Natureza e suas Tecnologias e na Competência de área 5 da Matriz de Referência de
Matemática e suas Tecnologias.
Estudos de Campo
As pesquisas de campo são práticas excelentes, pois possibilitam que o
ensino-aprendizagem aconteça fora do ambiente escolar, exercitando assim, pensamento
15
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
analítico sobre qualquer tipo de temática. A água pode ser um tema desenvolvido durante a
pesquisa de campo podendo destacar a coleta de dados e uma posterior análise
quantitativamente e qualitativamente levando em consideração as propriedades
físico-químicas pertencentes à ela . O objetivo é exercitar o processo investigativo e
experimental para que em cumplicidade com o ambiente externo a sala de aula construa-se
informações que complementam os estudos anteriores e sirvam de propulsores a novas
descobertas elucidando essa temática. Esse trabalho pode ser desenvolvido individualmente
ou em grupos de modo a que o aprendizado seja alicerçado nas Competências das áreas 7 e
8 da Matriz de Referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
Aprendizagem entre Pares
É uma metodologia que incentiva o debate e a reflexão em conjunto valorizando a
troca de experiências entre os estudantes. Uma estratégia colaborativa que permite interação
entre colegas motivados por questões conceituais. Para a prática dessa metodologia sugere-se
trabalhar com a cinemática na Física. O professor deve organizar a turma em pares ou times,
no entanto essa divisão não pode ser feita de forma aleatória, pois a dupla ou time deve ter
habilidades e competências que se complementam, daí em diante cada par ou time escolhe
um tipo de movimento a ser estudado dentro da temática analisando os tipos a trajetória
descrita e como essas formas podem ser representadas graficamente. Dessa maneira é
possível trabalhar sob os pontos essenciais, como liderança, empatia, delegação de tarefas
entre outros aspectos relevantes para potencializar a aprendizagem. A estratégia deste
trabalho está fundamentada na Competência da área 6 da Matriz de Referência de Ciências
da Natureza e suas Tecnologias.
Aprendizagem Baseada em Projetos
Metodologia vinculada ao ensino problematizador, ela possui a intenção de aproximar
o estudante do tema a ser analisado. Uma sugestão de trabalho é o tema “Saúde do Corpo”.
Diante da diversidade que circunda essa temática, o estudante deve planejar mecanismos que
16
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
identifiquem a situação que não necessariamente possa ser um problema, mas que em algum
momento possa ser melhorada, criando soluções a partir de uma linha de raciocínio traçada
de modo a organizar e propor soluções para determinada situação resultando no
desdobramento de procedimentos e atitudes. Uma vantagem dessa metodologia deve-se ao
aperfeiçoamento da responsabilidade individual, organização do tempo e tarefas a serem
trabalhadas, bem como o compromisso com o grupo ao realizar ações em equipe
aproximando dessa forma o mundo real à sala de aula. Esse trabalho pode ser desenvolvido
individualmente ou em grupos de modo a que o aprendizado seja alicerçado nas
Competências das áreas 4 e 8 da Matriz de Referência de Ciências da Natureza e suas
Tecnologias.
Estudo de Caso
Essa estratégia de aprendizagem representa uma abordagem profunda e investigativa
em torno de um estudo específico, proporcionando uma compreensão mais abrangente do
tema e fornecendo uma base sólida para futuras pesquisas. Uma temática sugestiva para
aplicação dessa metodologia é a exploração dos Biomas, onde o professor pode apresentar
um caso real ou fictício que envolva esses ecossistemas. Ao abordar a temática “Biomas”, é
crucial aprofundar os conhecimentos em diferentes vertentes, que podem ser classificadas em
três tipos principais: exploratórios, descritivos e analíticos. Essas diferentes abordagens
oferecem perspectivas diversas sobre o mesmo tema, permitindo uma compreensão mais
ampla e multifacetada.
Essa metodologia envolve uma sequência de etapas bem definidas, começando pela
identificação do problema central ou questão a ser investigada. Em seguida, os estudantes são
guiados na análise dos dados relevantes e das variáveis significativas relacionadas ao estudo
de caso. Com base nessa análise, são propostas soluções ou abordagens para o problema, com
o objetivo de estimular discussões e reflexões entre os estudantes.
Ao adotar essa abordagem, os estudantes são incentivados a desenvolver habilidades
de pensamento crítico, análise de dados e resolução de problemas, além de promoverem uma
compreensão mais profunda do assunto em questão. Essa metodologia também estimula a
17
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
colaboração e o diálogo entre os estudantes, criando um ambiente propício para a troca de
ideias e a consolidação ds aprendizagens. Esta tarefa pode ser desenvolvida individual, em
grupos ou no coletivo de modo que o aprendizado seja embasado nas Competências das
áreas 5 e 8 da Matriz de Referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e
Competências das áreas 6 e 7 da Matriz de Referência de Matemática e suas Tecnologias.
Aprendizagem Cooperativa
Trata-se de uma proposta pedagógica inovadora que busca fomentar o engajamento
dos estudantes por meio da interação e colaboração, promovendo a autonomia e a construção
ativa do conhecimento. Para implementar essa metodologia, sugere-se ao professor adotar
uma abordagem que envolva a organização da turma em grupos heterogêneos, explorando a
temática desafiadora das "As Grandezas que me Rodeiam". Nesse contexto, o professor
apresenta aos grupos uma variedade de problemas relacionados ao tema, incentivando os
estudantes a aplicarem o raciocínio matemático para estimar, medir e comparar diferentes
grandezas, utilizando tanto unidades de medida convencionais quanto não padronizadas, além
de uma gama diversificada de instrumentos de medição disponíveis. Cada membro do grupo
é encorajado a contribuir com suas habilidades e conhecimentos individuais para a resolução
dos problemas propostos, promovendo assim a colaboração e o compartilhamento de ideias
entre os colegas. Durante o processo, os estudantes têm a oportunidade de discutir estratégias,
confrontar diferentes pontos de vista e construir soluções de forma conjunta.
É importante destacar que essa abordagem de aprendizagem colaborativa em grupo
coloca os estudantes no centro do processo de aprendizagem, onde desenvolvem as atividades
coletivamente em direção a um objetivo comum. Nesse contexto, o sucesso de cada indivíduo
contribui para o sucesso do grupo como um todo, promovendo uma dinâmica de apoio mútuo
e aprendizado compartilhado. Assim, ao adotar essa metodologia, o professor não apenas
estimula o desenvolvimento das habilidades cognitivas dos estudantes, mas também promove
valores fundamentais como trabalho em equipe, respeito às diferenças e valorização da
diversidade de conhecimentos e perspectivas dentro da sala de aula com foco no
18
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
desenvolvimento das habilidades socioemocionais. Esta metodologia está sedimentada na
Competência de área 4 da Matriz de Referência de Matemática e suas Tecnologias.
Aprendizagem Tecnológica
A integração de tecnologias digitais da informação e comunicação na educação,
também conhecida como metodologia ativa, está se tornando cada vez mais proeminente nas
práticas pedagógicas atuais. Esse modelo, denominado Aprendizagem Tecnológica Ativa,
representa um novo paradigma educacional que se apoia na combinação de tecnologias
digitais e metodologias ativas. Como uma ferramenta digital sugerida para potencializar essa
abordagem, destaca-se a plataforma Classroom, a qual oferece ao professor a oportunidade de
incorporar dispositivos móveis, como smartphones e tablets, no planejamento das suas aulas.
Isso permite que os estudantes acessem conteúdo educacional de forma flexível e autônoma,
a qualquer hora e em qualquer lugar, enriquecendo sua experiência de aprendizagem. Um
exemplo prático da aplicação desta metodologia é o estudo dos "Vegetais Fotossintetizantes".
Esse tópico proporciona uma valiosa oportunidade para os estudantes aprofundarem seu
entendimento sobre os processos vitais das plantas. Ao integrá-lo como uma alternativa
complementar aos estudos tradicionais, os estudantes são incentivados a explorar os
complexos mecanismos por trás da fotossíntese, um processo crucial para a vida em nosso
planeta.
Nessa abordagem, os estudantes não apenas absorvem passivamente informações,
mas são estimulados a se engajar ativamente na investigação e compreensão desses processos
bioquímicos. Eles têm a liberdade de explorar os diferentes pigmentos envolvidos na
fotossíntese, compreender como a luz é transformada em energia química e analisar as
variáveis que influenciam sua eficiência em diversos ambientes. Além disso, os professores
têm a oportunidade de conectar os conceitos teóricos à sua aplicação prática, permitindo que
os estudantes investiguem exemplos específicos de plantas adaptadas a diferentes condições
ambientais. Isso os possibilita a compreender como as adaptações fotossintéticas se refletem
na estrutura foliar e no ciclo global de carbono, ampliando assim não apenas seu
19
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
conhecimento sobre biologia vegetal, mas também suas habilidades de investigação,
pensamento crítico e aplicação prática do conhecimento científico.
Ao adotar essa abordagem, o professor fomenta a pesquisa, participação e interação
dos estudantes com as tecnologias disponíveis, promovendo uma aprendizagem descritiva,
interpretativa e dedutiva. O desenvolvimento dessa prática pode ocorrer de forma individual,
em duplas ou em grupos, proporcionando uma experiência educacional enriquecedora e
colaborativa. Esta aprendizagem está sustentada na Competência de área 2 da Matriz de
Referência de Matemática e suas Tecnologias.
Como é a Matriz de Referência ENEM?
O ENEM é organizado com base em cinco competências, que são entendidas como
formas estruturais da inteligência, envolvendo ações e processos utilizados para interagir com
objetos, situações, fenômenos e pessoas que buscamos compreender. Além disso, o ENEM
inclui vite e uma habilidades, que são consideradas como resultado das competências
desenvolvidas. Estas habilidades dizem respeito à capacidade prática do "saber fazer", sendo
expressas através de diversas ações e procedimentos.
Eixos Cognitivos
Os cinco eixos cognitivos da matriz de referência constituem os fundamentos
essenciais do atual ENEM. Esses elementos são cruciais para embasar a noção de
transdisciplinaridade, caracterizando este novo estágio do exame. Os eixos cognitivos
representam conjuntos de habilidades abrangentes que só podem ser plenamente
desenvolvidas por meio da interligação entre diversas áreas do conhecimento e suas
especialidades. Assim, o domínio desses eixos requer uma predisposição para uma
perspectiva integradora da realidade, destacando a importância de enxergar as conexões entre
os diferentes campos do saber.
Dominar linguagens (DL): Dominar a norma culta da língua portuguesa e fazer
uso da linguagem matemática, artística e científica.
20
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
Compreender fenômenos (CF): Construir e aplicar conceitos das várias áreas do
conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos,
da produção tecnológica e das manifestações artísticas.
Enfrentar situações-problema (SP): Selecionar, organizar, relacionar, interpretar
dados e informações representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar
situações-problema.
Construir argumentação (CA): Relacionar informações, representadas em
diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir
argumentação consistente.
Elaborar respostas (EP): Recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola
para elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os direitos
humanos e considerando a diversidade sociocultural.
Figura 6- Matriz de Referência ENEM
Fonte: Figura elaborada pela equipe da Divisão do Ensino Médio
21
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
Habilidades da Matriz de Referência: Ciências da Natureza e suas
Tecnologias (CNT)
Competência de área 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas
como construções humanas, percebendo seus papéis nos processos de produção e no
desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 – Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios,
relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 – Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o
correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 – Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao
longo do tempo ou em diferentes culturas.
H4 – Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida
humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável da biodiversidade.
Competência de área 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências
naturais em diferentes contextos.
H5 – Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 – Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de
aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
H7 – Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e
produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do trabalhador ou a qualidade de
vida.
Competência de área 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação
ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicos.
H8 – Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de
recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando processos biológicos,
químicos ou físicos neles envolvidos.
22
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
H9 – Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida,
ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações nesses processos.
H10 – Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos
poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
H11 – Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando
estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnológicos.
H12 – Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou
econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência de área 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular
aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos
culturais e características individuais.
H13 – Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a
manifestação de características dos seres vivos.
H14 – Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como
manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade, entre outros.
H15 – Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos
em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 – Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na
organização taxonômica dos seres vivos.
Competência de área 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e
aplicá-los em diferentes contextos.
H17 – Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e
representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo,
gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 – Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou
procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
H19 – Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam
para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental.
23
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
Competência de área 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações
problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
H20 – Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou
corpos celestes.
H21 – Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos
inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
H22 – Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas
manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas implicações biológicas,
sociais, econômicas ou ambientais.
H23 – Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes
específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou econômicas.
Competência de área 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações
problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
H24 – Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou
transformações químicas.
H25 – Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou produção.
H26 – Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo
de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações químicas ou de energia
envolvidas nesses processos.
H27 – Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos
químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência de área 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações
problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
H28 – Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com
seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em ambientes brasileiros.
H29 – Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações
para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas ou produtos industriais.
24
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
H30 – Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à
preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do ambiente.
Habilidades da Matriz de Referência: Matemática e suas Tecnologias
(MAT)
Competência de área 1 - Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e
reais.
H1 - Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e
operações - naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 - Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 - Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 - Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre
afirmações quantitativas.
H5 - Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Competência de área 2 - Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a
representação da realidade e agir sobre ela.
H6 - Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional
e sua representação no espaço bidimensional.
H7 - Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 - Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 - Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos
propostos como solução de problemas do cotidiano.
Competência de área 3 - Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da
realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H10 - Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.
H11 - Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano.
25
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
H12 - Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.
H13 - Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.
H14 - Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos
relacionados a grandezas e medidas.
Competência de área 4 - Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da
realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H15 - Identificar a relação de dependência entre grandezas.
H16 - Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou
inversamente proporcionais.
H17 - Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a
construção de argumentação.
H18 - Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.
Competência de área 5 - Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis
socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações algébricas.
H19 - Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.
H20 - Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.
H21 - Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 - Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de
argumentação.
H23 - Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.
Competência de área 6 - Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da
leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de tendência, extrapolação, interpolação e
interpretação.
H24 - Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
H25 - Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
26
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
H26 - Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção
de argumentos.
Competência de área 7 - Compreender o caráter aleatório e não-determinístico dos fenômenos
naturais e sociais e utilizar instrumentos adequados para medidas, determinação de amostras e
cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em uma
distribuição estatística.
H27 - Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados
expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados (não em classes) ou em gráficos.
H28 - Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 - Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção
de argumentação.
H30 - Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e
probabilidade.
SITES para apoio pedagógico
Ensino Médio Gaúcho: http://ensinomediogaucho.educacao.rs.gov.br/
A Secretaria da Educação Oferece um curso online completo para o ENEM
https://cursoenemgratuito.com.br/
Parceiros da SEDUC/RS para apoio pedagógico para o ENEM:
Rede ENEM: https://redeenem.com.br/
Pré-ENEM TVE:
https://www.youtube.com/@TVSeducRS/playlists?view=50&sort=dd&shelf_id=3
Pré-ENEM Uninter: https://www.uninter.com/enem/
Referências Bibliográficas
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. Brasília: MEC/Secretaria de
Educação Básica, 2018a. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/.
27
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/DECEB
DIVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
BRASIL. Portaria MEC Nº. 1.432, de 28 de dezembro de 2018b. Estabelece os referenciais
para elaboração dos itinerários formativos conforme preveem as Diretrizes Nacionais do
Ensino Médio.
https://www.in.gov.br/materia//asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/70268199.
Matriz de Referência ENEM.
https://download.inep.gov.br/download/enem/matriz_referencia.pdf
Morin, E. (1990). Introducción al Pensamiento Complejo. España: Gedisa Editorial.
Referencial Curricular Gaúcho do Ensino Médio. Porto Alegre: Secretaria de Educação
Básica, 2021a.
https://educacao.rs.gov.br/upload/arquivos/202111/24135335-referencial-curricular-gaucho-e
m.pdf
28