Cálculo Numérico - V2
Cálculo Numérico - V2
DE
CÁLCULO NUMÉRICO
ciências – uema
Elaborada por :
Raimundo Merval Morais Gonçalves
Licenciado em Matemática/UFMA
Professor Auxiliar/UEMA
Especialista em Ensino de Ciências/UEMA
São Luís – Ma
JULHO / 2006
ÍNDICE
p.
1. Zeros.de Funções Reais ................................................................. 01
– Método da Bisseção
– Método de Newton
– Método da Secante
3. Interpolação .................................................................................... 12
– Polinômio Interpolador de Lagrange
– Polinômio Interpolador de Newton
– Polinômio Interpolador de Newton–Gregory
1. INTRODUÇÃO
Nas diversas áreas das ciências exatas ocorrem freqüentemente, situações que envolvem a
resolução de uma equação do tipo ƒ( x ) = 0, ou seja, devemos encontrar um número ε tal que ƒ( ε ) = 0.
Este número ε é chamado raiz da equação ƒ( x ) = 0 ou Zero da função ƒ( x ).
As equações algébricas de 1º e 2º graus, certas classes de 3º e 4º graus e algumas equa-
ções transcendentes podem ter suas raízes computadas através de Métodos Analíticos, mas para poli-
nômios de grau superior a quatro e para a grande maioria das equações transcendentes o problema só
podem ser resolvido por Métodos Numéricos, ou seja , Métodos que aproximam as soluções.
Embora estes métodos não forneçam raízes exatas, elas podem ser calculadas com exati-
dão que o problema requeira, desde que certas condições sobre ƒ sejam satisfeitas.
2. ISOLAMENTO DE RAÍZES
Qualquer que seja o método numérico( iterativo ) utilizado para encontrar as raízes de
uma equação ƒ( x ) = 0, duas etapas devem ser seguidas :
b) Melhorar o valor da raiz aproximada, isto é, refiná-la até o grau de exatidão requerido.
Graficamente temos :
2
OBSERVAÇÃO: A raiz ε existe e é única se a derivada ƒ ' ( x ) existir e preservar o sinal dentro do
intervalo ( a, b ), isto é, se ƒ ' ( x ) > 0 ou ƒ ' ( x ) < 0 para a < x < b.
a) ƒ( x ) = x3 – 9x + 3 b) ƒ( x ) = x –5.e
–x
B
L=1+ n −k , onde B é o máximo dos valores absolutos dos coeficientes ne-
an
gativos do polinômio P( x ).
| x n − x n −1 |
a) | ƒ( x n ) | ≤ E b) | x n – x n – 1 | ≤ E c) ≤ E , onde ( E ) é o erro fornecido
| xn |
pelo exercício.
SOLUÇÃO
n an bn xn ƒ( x n ) E
0 1,00000 2,00000 1,50000 – 0,75000
1 2,00000 1,50000 1,75000 + 0,06250 0,25000
2 1,50000 1,75000 1,62500 – 0,35938 0,12500
3 1,75000 1,62500 1,68750 – 0,15234 0,06250
4 1,75000 1,68750 1,71875 – 0,04590 0,03125
5 1,75000 1,71875 1,73437 + 0,00806 0,01563
6 1,71875 1,73437 1,72656 – 0,01899 0,00781
7 1,73437 1,72656 1,73047 – 0,00549 0,00391
8 1,73437 1,73047 1,73242 + 0,00128 0,00195
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
R . ε = 2,23607
R . ε = 0,65292
R . ε = 1,77828
f (x o )
tg θ = = ƒ' ( x o ) c .
x o − x1
f (x o )
Da igualdade anterior explicitamos x 1 e temos : x 1 = x o – ; na repetição, ou seja,
f ' (x o )
uma nova interação, calculamos x 2 a partir de x 1 e assim sucessivamente.
Seja ƒ( x ) uma função contínua no intervalo [ a, b ] e ε o seu único zero neste intervalo ;
as derivadas ƒ'( x ) e ƒ''( x ) devem também ser contínuas. Encontra-se uma aproximação x n para a raiz
ε , e então utiliza-se a expressão abaixo, que é uma generalização, da expressão anterior, a para gerar as
aproximações seguintes :
f (x n )
xn+1 = xn – , para n = 0, 1, 2, . . . . O lado direito desta expressão defi-
f ' (x n )
ne a Função de Interação do Método de Newton.
As iterações param quando x n + 1 = x n , para o E( erro ) considerado.
Para podermos aplicar o método de Newton – Raphson, devemos, portanto, observar as
seguintes condições para convergência :
I – as derivadas ƒ ' ( x ) e ƒ '' ( x ) devem ser não nulas e preservar o mesmo sinal em [ a, b ] ;
II – a escolha do ponto x o deve ser tal que ƒ ( x o ) . ƒ '' ( x o ) > 0 ;
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
2. Calcular pelo menos uma raiz real das equações abaixo, com E ≤ 10 –3, usando o método de Newton.
a) ƒ( x ) = 2x – sen x + 4 = 0 b) ƒ( x ) = e x + 2x = 0 c) ƒ( x ) = x 5 – 6
f (x o ) f (x 1 )
= , onde x 2 é o ponto denotado por A na figura. Explicitando o valor
xo − x2 x1 − x 2
de x 2 teremos :
x o .f ( x 1 ) − x 1 .f ( x o )
x2 =
f (x 1 ) − f (x o )
x n −1 .f ( x n ) − x n .f ( x n −1 )
Generalizando, teremos : x n + 1 = , onde x n e x n–1 são as duas
f ( x n ) − f ( x n −1 )
aproximações iniciais para a raiz ( ε ) em um intervalo [ a, b ] e as iterações param quando x n + 1 = x n ,
para o E( erro ) considerado.
OBSERVAÇÃO : A diferença entre o Método de N–R e o das Secantes está em substituir a derivada
ƒ'( x n ) pela secante, ou seja :
f ( x n ) − f ( x n −1 )
ƒ'( x n ) ≈ .
x n − x n −1
EXERCÍCIO PROPOSTO : Encontre uma raiz para a equação 2x3 – 5x2 – 10x + 20 = 0, onde ε ∈ [ 3 ; 4 ]
e E ≤ 10 – 3 .
R. 3,0672
6
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
R . ε = 2,09455
R . ε = 0,37055
3. Calcular pelo menos uma raiz real das equações abaixo, com E ≤ 10 – 3 , usando o método da se-
cante.
a) ƒ( x ) = x2 – 10 ln x – 5 = 0 b) ƒ( x ) = 2x3 + x2 – 2 = 0
R. : a) ε = 4,4690 ; b) ε = 0,8581
4. Calcular pelo menos uma raiz real da equação abaixo, com E ≤ 10 – 4 , utilizando o método da se-
cante.
2
e − x – cos x = 0 , ε ∈ [ 1, 2 ] .
R . ε = 1,4474
5. Calcular pelo menos uma raiz real das equações abaixo, utilizando o método sugerido.
a) x3 – 9x + 3 = 0 , ε ∈ [ 0,1 ] , E ≤ 10 – 4 ( Newton )
x
d) – tg x = 0 , x o = – 0,5 , E ≤ 10 – 4 ( Newton )
2
3 5
a) 7 b) 28 c) 4 18 d) 30
7
SISTEMAS LINEARES
1. INTRODUÇÃO
Um problema de grande interesse prático que aparece, por exemplo, em cálculo de estru-
turas e redes elétricas e soluções de equações diferenciais, é o da resolução numérica de um sistema
linear S n de n equações com n incógnitas :
⎧ a 11 x 1 + a 12 x 2 + L + a 1n x n = b1
⎪a x + a x + L + a x = b
⎪
S n = ⎨ 21 1 22 2 2n n 2
⎪ L L L L L L L L L L L L
⎪⎩a n1 x 1 + a n 2 x 2 + L + a nn x n = b n
2. TRANSFORMAÇÕES ELEMENTARES
Denominam-se transformações elementares às seguintes operações sobre as equações de
um sistema linear :
3. MÉTODOS DIRETOS
São métodos que determinam a solução de um sistema linear com um número finito de
operações.
⎧ 2x 1 + 3x 2 − x 3 = 5
⎪
S = ⎨ 4x 1 + 4x 2 − 3x 3 = 3
⎪ 2x − 3x + x = −1
⎩ 1 2 3
8
O dispositivo prático dado a seguir torna mais compacta a triangulação da matriz aumen-
tada do sistema. Nas linhas ( 1 ), ( 2 ) e ( 3 ) colocam-se os coeficientes das incógnitas e os termos
independentes do sistema em suas respectivas colunas, calculando-se, na coluna Multiplicador, os
multiplicadores da linha ( 1 ) que serão usados na eliminação dos primeiros elementos das linhas ( 2 )
e ( 3 ). Nas linhas ( 4 ) e ( 5 ) colocam-se as transformadas das linhas ( 2 ) e ( 3 ), indicando-se as res-
pectivas transformações na coluna Transformações ; calcula-se, também , o multiplicador da linha
( 4 ) a ser usado na eliminação do primeiro elemento não nulo da linha ( 5 ). Na linha ( 6 ) coloca-se a
transformada da linha ( 5 ) indicando a transformação na coluna Transformações :
OBSERVAÇÃO : Se o pivô for Nulo ou próximo de Zero, devemos escolher para pivô o elemento de
maior módulo entre os coeficientes.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
⎧3x 1 + 2x 2 + 4x 3 = 1
⎪
S = ⎨ x 1 + x 2 + 2x 3 = 2
⎪4x + 3x − 2 x = 3
⎩ 1 2 3
R.S={(–3;5;0)}
2. Resolver pelo método de Gauss retendo, durante os cálculos, duas casas decimais, se necessário.
⎧ 4 x1 − x 2 − x 4 = 6
⎪ x − 2x + x = 8
⎪ 1 2 3
⎨
⎪ 4 x 2 − 4 x 3 + x 4 = −7
⎪⎩5 x1 + 5 x 3 − 10 x 4 = −40
R. S = { ( 2 ; – 3 ; 0 ; 5 )}
9
4. MÉTODOS ITERATIVOS
Sistemas lineares de grande porte são em geral esparsos.
Dizemos que um sistema linear é Esparso quando a matriz ( A ) dos coeficientes possui
uma grande percentagem de elementos Nulos.
Para tais sistemas, a resolução através do método de Eliminação de Gauss não é aconse-
lhável porque este método não preserva esparsidade, ou seja, durante o processo de eliminação muitos
elementos nulos poderão se tornar não nulos.
Existem alguns métodos que fazem uso apenas dos elementos da matriz ( A ) original. Esses
métodos consistem de algoritmos simples para converter qualquer vetor x ( k ) em outro, x ( k + 1 ), que
dependem de x( k ), A e b, e preservam a esparsidade de A pois os elementos desta matriz não são
alterados. Eles pertencem à classe dos métodos Iterativos para resolver um sistema linear.
1
x1 ( k + 1 ) = [ b1 – a12.x2 ( k ) – a13.x3( k ) – . . . – a1n.x n ( k ) ]
a 11
1
x2 ( k + 1 ) = [ b2 – a21.x1 ( k + 1 ) – a23.x3( k ) – . . . – a2n.x n ( k ) ]
a 22
1
x3 ( k + 1 ) = [ b3 – a31.x1 ( k + 1 ) – a32.x2( k + 1 ) – . . . – a3n.x n ( k ) ]
a 33
.
.
.
1
xn (k+1) = [ b n – an1.x1 ( k + 1 ) – an2.x2( k + 1 ) – . . . – a n, n – 1.x n – 1 ( k +1 ) ]
a nn
OBSERVAÇÕES :
1. Para que haja convergência do Método de Gauss – Seidel vamos estabelecer uma condição sufici-
ente, ou seja, temos que ter β < 1 onde β = máx βj e :
1≤j≤n
| a 12 | + | a 13 | + L + | a 1n | | a j1 | .β 1 + | a j2 | .β 2 + L + | a jj−1 | .β j−1 + L + | a jn |
β1 = e βj =
| a 11 | | a jj |
2. O critério de parada nos cálculos deve satisfazer a condição abaixo, assim como o Erro( E ) :
| x ( k +1) − x ( k ) |
| x ( k + 1 ) – x ( k ) | < E ou < E , onde E é o erro a considerado .
| x ( k +1) |
10
⎧ 4 x1 + 0,24 x2 − 0,08 x3 = 8
EXERCÍCIO RESOLVIDO : Resolver o sistema ⎪⎨ 0,09 x1 + 3 x2 − 0,15 x3 = 9 , pelo método de Gauss – Sei-
⎪0,04 x − 0,08 x + 4 x = 20
⎩ 1 2 3
(0)
del, onde x = ( 0, 0, 0 ) e E < 0,001.
n X1 X2 x3
1 2,00000 2,94000 5,03880
2 1,92437 3,19421 5,04464
3 1,90924 3,19496 5,04481
4 1,90920 3,19496 5,04481
EXERCÍCIOS PROPOSTOS :
⎧ 5x 1 + x 2 + x 3 = 5
⎪
⎨ 3x 1 + 4x 2 + x 3 = 6
⎪3x + 3x + 6x = 0
⎩ 1 2 3
R. S = { ( 1,00 ; 0,99; – 1,00 ) }
⎧ 2x 1 − x 2 = 1
⎨
⎩x 1 + 2 x 2 = 3
R. S = { ( 0,99 ; 1,00 ) }
⎧ 8 x1 + x 2 − x 3 = 8
⎪
⎨ x1 − 7 x 2 + 2 x 3 = −4
⎪ 2 x + x + 9 x = 12
⎩ 1 2 3
⎧ 10 x1 − x 2 = 9
⎪
⎨− x1 + 10 x 2 − 2 x 3 = 7
⎪ − 4 x + 10 x = 6
⎩ 2 3
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
⎧x 1 + 2 x 2 + 3x 3 + 4 x 4 = 10
⎪ 2x + x + 2x + 3x = 7 ⎧ 10x 1 + 2 x 2 + x 3 = 7
⎪ ⎪
a) ⎨ 1 2 3 4
b) ⎨ x 1 + 5x 2 + x 3 = −8
⎪ 13 x + 2 x 2 + x 3 + 2 x 4 =6 ⎪2 x + 3x + 10 x = 6
⎪⎩ 4 x 1 + 3x 2 + 2x 3 + x 4 = 5 ⎩ 1 2 3
⎧ 1 1
⎧ 2 x1 + 3x 2 + x 3 − x 4 = 6,9 ⎪ x1 + 2 x 2 + 3 x 3 = 1
⎪ − x + x − 4 x + x = −6,6 ⎪⎪ 1
⎪ 1 1
c) ⎨ 1 2 3 4
d) ⎨ x 1 + x 2 + x 3 = 0
⎪ 1 x + x 2 + x 3 + x 4 = 10,2 ⎪ 2 3 4
⎪⎩4 x1 − 5 x 2 + x 3 − 2 x 4 = −12,3 ⎪1 x + 1 x + 1 x = 0
1 2 3
⎩⎪ 3 4 5
2. Resolva os sistemas lineares abaixo, utilizando o método de Gauss – Seidel, onde E ≤ 0,01 e x( 0 )
é dado.
⎧ x 1 − 0,25x 2 − 0,25x 3 = 0
⎪ − 0,25x + x − 0,25x = 0
⎪
a) ⎨ 1 2 4
, onde x( 0 ) = ( 0, 0, 0, 0 )
⎪ − 0, 25 x 1 + x 3 − 0, 25 x 4 = 0, 25
⎪⎩ − 0,25x 2 + x 4 = 0,25
⎧ 4x 1 + x 2 + x 3 + x 4 = 7 ⎧ − 3x 1 + 2 x 2 = 1
⎪2 x − 8x + x − x = −6 ⎪ x − 4x + x = 0
⎪ ⎪
b) ⎨ 1 2 3 4
, onde x( 0 ) = ( 0, 0, 0, 0 ) c) ⎨ 1 2 3
, onde x ( 0 ) = ( 0, 0, 0, 0 )
x
⎪ 1 + 2 x 2 − 5 x 3 + x 4 = − 1 x
⎪ 2 − 5 x 3 + x 4 = 0
⎪⎩ x 1 + x 2 + x 3 − 4 x 4 = −1 ⎪⎩ x 3 − 2x 4 = 0
INTERPOLAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
Interpolar uma função consiste em "substituir " esta função ƒ( x ), por outra função g( x )
com o objetivo de se realizar ou facilitar certas operações.
A necessidade de se efetuar esta "substituição " surge em várias situações, como por exemplo :
a) quando são conhecidos somente os valores numéricos da função para um conjunto de pontos e é
necessário calcular o valor da função em um ponto não tabelado ;
b) quando a função em estudo tem uma expressão tal que operações como a diferenciação e a integra-
ção são difíceis( ou mesmo impossíveis ) de serem realizadas.
2. INTERPOLAÇÃO POLINOMIAL
Dados os pontos ( x o, ƒ( x o) ) , ( x1, ƒ( x1 ) ) , . . . , ( x n, ƒ( x n ) ), portanto ( n + 1 ) pontos,
queremos aproximar ƒ( x ) por um Polinômio de grau ≤ n , p n( x ) tal que :
ƒ( x k ) = p n( x k ) , para k = 0, 1, 2, 3, . . ., n
OBSERVAÇÃO : Sempre existe um polinômio p n( x ) que satisfaz as condições acima e este polinô-
mio é único.
3. FORMAS DE SE OBTER p n( x )
Conforme a observação acima, o polinômio que interpola ƒ( x ) em x o, x1, . . ., x n é úni-
co, porém existem várias formas para se obter tal polinômio. Entre estas formas veremos as forma de
Lagrange e a de Newton.
OBSERVAÇÕES :
1. Podemos utilizar o seguinte dispositivo prático para cálculo dos L k( x ).
Dados i = 0, 1, 2, 3, . . . , n , temos :
x – xo xo – x1 xo – x2 xo – x3 xo – x4 . . . xo – xn = Do
x1 – xo x – x1 x1 – x2 x1 – x3 x1 – x4 . . . x1 – xn = D1
x2 – xo x2 – x1 x – x2 x2 – x3 x2 – x4 . . . x2 – xn = D2
x3 – xo x3 – x1 x3 – x2 x – x3 x3 – x4 . . . x3 – xn = D3
. . . . . . .
. . . . . . .
. . . . . . .
xn – xo xn – x1 xn – x2 xn – x3 xn – x4 . . . x1 – xn–1 = Dn
N( x i ) = ( x – x o ) . ( x – x 1 ) . ( x – x 2 ) . ( x – x 3 ) . . . . . ( x – x n )
Di = ( xi – xo ) . ( xi – x1 ) . ( xi – x2 ) . ( xi – x3 ) . . . . . ( xi – xn )
2. Toda vez que realizamos uma interpolação, cometemos um Erro ( E ), que pode ser de Arredonda-
mento ( E A ) ou de Truncamento( E T ). Sempre que for possível encontrar este erro, o mesmo é i-
gual a :
E n ( x ) = ƒ( x ) – P n ( x ) .
3. Se não for possível determinar o erro, então podemos fazer uma estimativa para o mesmo através
da expressão :
M n +1
| En ( x ) | ≤ | ( x – xo ) . ( x – x1 ) . . . . . ( x – xn ) | . , onde M n + 1 = máx | ƒ ( n + 1 ) ( ε ) | e ε ∈ ( a, b )
(n + 1)!
SOLUÇÃO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
X 1 2 3 4
Y 2 5 10 17
R. P( 2,5 ) = 7,25
x –1 0 2
ƒ( x ) 4 1 –1
7 2 2
R. : p 2( x ) = 1 − x + x 2 ; p 2 ( 1 ) = – ; p 2( 1,5 ) = – 1
3 3 3
R . a) p 3 ( x ) = x3 + 10x ; b ) 3,207
5. Seja uma função ƒ( x ), onde são conhecidos apenas os pontos tabelados, encontre um valor apro-
ximado para ƒ( 0,2 ).
R. : ƒ( 0,2 ) = 3,008
p n( x ) = d o + d 1 . ( x – x o ) + d 2 . ( x – x o )( x – x 1 ) + . . . + d n. ( x – x o )( x – x 1 ) . . . . . ( x – x n – 1 ),
onde d k , k = 0, 1, 2, . . . , n são chamados de operador diferenças divididas.
15
ƒ[ x o] = ƒ( x o )
f [x1 ] − f [x o ] f (x1 ) − f (x o )
ƒ[ x o, x1] = = ( Ordem 1 )
x1 − x o x1 − x o
f [x1 , x 2 ] − f [x o , x1 ]
ƒ[ x o, x1, x2 ] = ( Ordem 2 )
x2 − xo
f [x 1 , x 2 , x 3 ] − f [x o , x1 , x 2 ]
ƒ[ x o, x1, x2, x3 ] = ( Ordem 3 )
x3 − xo
f [ x 1 , x 2 , x 3 , L , x n ] − f [ x o , x 1 , x 2 , L , x n −1 ]
ƒ[ x o, x1, x2, . . ., x n ] = ( Ordem n )
xn − xo
x
◭0 yo ◭1 yo ◭2 yo ◭3 yo ◭n yo
xo ƒ[ x o ] ƒ[ x o, x 1 ] ƒ[ x o, x 1, x 2 ] ƒ[ x o, x 1, x 2, x 3 ] ƒ[ x o , x1, x2, . . ., x n ]
x1 ƒ[ x 1 ] ƒ[ x 1, x 2 ] ƒ[ x 1, x 2, x 3 ] ƒ[ x 1, x 2, x 3, x 4 ]
x2 ƒ[ x 2 ] ƒ[ x 2, x 3 ] ƒ[ x 2, x 3, x 4 ] .
x3 ƒ[ x 3 ] ƒ[ x 3, x 4 ] . .
x4 ƒ[ x 4 ] . . .
. . . . ƒ[ x n – 3, x n – 2, x n – 1, x n ]
. . . ƒ[ x n – 2, x n – 1, x n ]
. . ƒ[ x n – 1, x n ]
xn ƒ[ x n ]
p n( x ) = ƒ( x o ) + ( x – x o ) . ƒ[ x o, x 1] + ( x – x o )( x – x 1 ) . ƒ[ x o, x 1, x 2 ] + . . . +
SOLUÇÃO
xi yi
◭1 yi ◭2 yi
0,9 3,211 – 2,01 0,62
1,1 2,809 – 1,328 –
2,0 1,614 – –
P 2 ( 1, 2 ) = y o + ◭ y o ( x – x o ) + ◭ 2 y o ( x – x o ) . ( x – x 1 )
P 2 ( 1, 2 ) = 2,4592
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Obter, utilizando a forma de Newton o polinômio p 2( x ) , que interpola ƒ( x ) nos pontos dados
abaixo e calcule p( 1, 2 ) .
x –1 0 2
y 3 1 1
2 2 4
R : p2( x ) = x − x + 1 ; p 2 ( 1, 2 ) = 0,36
3 3
2. Seja a tabela abaixo. Utilize polinômios interpoladores de Newton, para calcular P 3 ( 0,2 ) e P 4 ( 0,5 ) .
x i – x i – 1 = h , onde h é constante .
∆ ƒ( x ) = ƒ( x + h ) – ƒ( x )
∆² ƒ( x ) = ∆ ƒ( x + h ) – ∆ ƒ( x )
∆³ ƒ( x ) = ∆² ƒ( x + h ) – ∆² ƒ( x )
.
.
.
∆ n ƒ( x ) = ∆ n – 1 ƒ( x + h ) – ∆ n – 1 ƒ( x ) e ∆ 0 ƒ( x ) = ƒ( x )
Do mesmo modo que construímos uma tabela para as diferenças dividida, podemos cons-
truir para as diferenças finitas
x yo ∆ yo ∆ 2 yo ∆ 3 yo ∆ n yo
xo ƒ( x o ) ∆ƒ( x o ) ∆ 2ƒ( x o ) ∆ 3ƒ( x o ) ∆ nƒ( x o )
x1 ƒ( x 1 ) ∆ƒ( x 1 ) ∆ 2ƒ( x 1 ) ∆ 3ƒ( x 1 )
x2 ƒ( x 2 ) ∆ƒ( x 2 ) ∆ 2ƒ( x 2 ) .
x3 ƒ( x 3 ) ∆ƒ( x 3 ) . .
x4 ƒ( x 4 ) . . .
3
. . . . ∆ ƒ( x n – 3 )
. . . ∆ 2ƒ( x n – 2 )
. . ∆ƒ( x n – 1 )
xn ƒ( x n )
∆n f ( x o )
TEOREMA : Se x i = x o + i . h , com i = 0, 1, 2, . . . , n então : ƒ [ x o , x 1 , x 2 , . . . , x n ] = .
h n . n!
∆f ( x o ) ∆2 f ( x o )
p n( x ) = ƒ( x o ) + ( x – x o ) . + ( x – x o )( x – x 1 ) . +...+
h 2h 2
∆n f ( x o )
+ ( x – x o )( x – x 1 ) . . . . . ( x – x n – 1 ) . c , que é a forma para polinômio interpo-
h n . n!
lador de Newton – Gregory .
18
SOLUÇÃO
xi yi ∆1 yi ∆2 yi
110 2,041 0,038 – 0,003
120 2,079 0,035 –
130 2,114 – –
1
P 2 ( 115 ) = P 2 ( 0,5 ) = y o + ∆ y o . z + ∆2 yo . z . ( z – 1 )
2!
1
P 2 ( 0,5 ) = 2,041 + 0,038 . 0,5 – . 0,003 . 0,5 . ( 0,5 – 1 ) ⇒ P 2 ( 0,5 ) = 2,0603
2
19
EXERCÍCIOS PROPOSTOS :
1. Na tabela abaixo está discriminado o número de habitantes da Alto Paraíso nos último quatro censos
4x − 7
2. Seja a tabela abaixo, gerada pela função g( x ) = .
x−2
x 1,6 1,7 1,8 1,9
y 1,500 0,667 – 1,00 – 6,00
c) Encontre o erro cometido nos itens ( a ) e ( b ) e faça uma comparação entre eles.
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
b) calcular P 3( 0,32 ) ;
x 1 2 3 4
ln 0 0,6931 1,0986 1,3863
R. a) 1,30226 ; b) 0,00607
x 0 0,5 1 1,5 2
y 0,0 1,1487 2,7183 4,9811 8,3890
4. Seja ƒ( x ) dada na forma tabelar abaixo. Determine ƒ( 0,47 ) usando um polinômio de grau dois,
utilizando a forma de Newton e faça uma estimativa para o erro.
R. p 2( x ) = 0,278 ; E( x ) = 0,008303
21
5. A tabela abaixo relaciona o calor específico da água em função da temperatura. Calcular o calor
específico da água a uma temperatura de 25ºC, usando um polinômio de 3º grau e :
Temperatura( ºC) 20 30 45 55
C. Específico 0,99907 0,99826 0,99849 0,99919
R. a) P 3( 25 ) = 0,99854 ; b) P 3( 25 ) = 0,99854
6. Determinar um polinômio interpolador de grau 4 de Newton– Gregory que tome os valores abaixo :
x 2 4 6 8 10
y 0 0 1 0 0
1
R. z.(z–1).(2–z).(z–5)
4
7. Utilizar a fórmula de Lagrange para obter um polinômio de terceiro grau que verifica os pares ( x, y )
da tabela seguinte e calcule os valores p( 2 ), p( 3 ) e p( 5 ).
x 0 1 4 6
y 1 –1 1 –1
R. p( 2 ) = –1 ; p( 3 ) = 0 p( 5 ) = 1
8. Na tabela abaixo, d é a distância, em metros, que uma bala percorre ao longo do cano de um ca-
nhão em t segundos. Encontrar a distância percorrida pela bala 5 segundos após ter sido disparada,
utilizando um polinômio de Newton– Gregory de grau 4 .
t( s ) 0 2 4 6 8
D( m ) 0 0,049 0,070 0,087 0,103
x F( x ) X G( x )
1,00 0,00 0,00 1,001
1,10 0,21 0,20 1,083
1,30 0,69 0,40 1,645
1,60 1,56 0,60 3,167
2,00 3,00 0,80 6,129
R. 0,3451 ; 0,2806
22
INTEGRAÇÃO NUMÉRICA
1. INTRODUÇÃO
Se uma função ƒ( x ) é contínua em um intervalo [ a, b ] e sua primitiva F( x ) é conheci-
da, então a integral definida desta função neste intervalo é dada por :
∫ f (x)dx = F( b ) – F( a )
a
n , onde F'( x ) = ƒ( x ).
a) os métodos de Newton - Cotes, que empregam os valores de ƒ( x ) , onde os valores estão unifor-
memente espaçados ;
Nesta unidade daremos ênfase ao primeiro dos métodos, ou seja as fórmulas de Newton -
Cotes.
Entre as fórmulas de Newton - Cotes, veremos as seguintes : a regra dos trapézios( sim-
ples e repetida ) e as regras de Simpson( simples e repetida ).
Para a utilização dos métodos de Newton - Cotes, faremos uso do polinômio interpolador
de Newton – Gregory para aproximar a função do integrando, ou seja :
x − xo 1
Temos que : z = ⇒ dz = dx ⇒ dx = h . dz e fazendo-se a = xo e b = x 1 obte-
h h
b
mos z o = 0 e z 1 = 1 , substituindo-se estes dados na integral I = ∫ f (x)dx
a
e resolvendo os mesma,
b 1 1
⎛ z2 ⎞ ⎛ 1 ⎞
I= ∫a
f ( x )dx = ∫
0
( y o + z . ∆ y o ) . h . dz = h . ⎜⎜ y o .z + ∆y o ⎟⎟ = h . ⎜ y o + ∆y o ⎟
⎝ 2 ⎠0 ⎝ 2 ⎠
⎡ 1 ⎤ ⎡1 1 ⎤ h
I = h . ⎢ y o + (y1 − y o )⎥ = h . ⎢ y o + y1 ⎥ ⇒ I = . (y o + y 1 ), onde h é amplitude do intervalo
⎣ 2 ⎦ ⎣2 2 ⎦ 2
[ a, b ]( intervalo de integração ) .
b 1
z.(z − 1).h 2 .f '' (ε) h 3 . f ' ' (ε )
ET = ∫
a
R 1 dx = ∫
0
2!
. h . dz ⇒ E T = –
12
,a≤ε≤b.
3, 6
dx
EXERCÍCIO RESOLVIDO : Calcular a integral I = ∫
3
x
pela regra dos trapézios e encontre o valor do erro.
SOLUÇÃO :
3,6
dx 0,6
I= ∫
3
x
=
2
. ( 3 – 1 + 3,6 – 1 ) = 0,3 . 0,6111 ⇒ I = 0,1833
EXERCÍCIO PROPOSTO
4 1
∫ ∫
dx dx
a) b) 2
1
x
0
1 + 3 xe x
R. 1,875 ; 0,5546
h
I TR = { ƒ( x o ) + 2.[ ƒ( x 1 ) + ƒ( x 2 ) + . . . + ƒ( x m – 1 ) ] + ƒ( x m ) } e o erro é dado por :
2
( b − a ) 3 f ' ' (ε )
E TR = – e h é a amplitude dos subintervalos.
12n 2
24
OBSERVAÇÃO : Quando não for possível calcular exatamente ƒ"( ε ), visto que não conhecemos o
ponto ε , então calculamos um limitante superior para o erro( a ≤ ε ≤ b ).
1
EXERCÍCIO RESOLVIDO : Seja
∫ e dx . Calcule uma aproximação para a integral utilizando 10 su-
x
0
bintervalos e a regra dos Trapézios repetida e estime o erro cometido.
SOLUÇÃO :
∫ e dx = 0,05 . [ e
0
I= x
+ 2 . (e 0,1 + e 0,2 + e 0,3 + e 0,4 + e 0,5 + e 0,6 + e 0,7 + e 0,8 + e 0,9 ) + e 1 ]
0
1
I= ∫ e dx = 1,7197
x
EXERCÍCIO PROPOSTO : Resolver as integrais abaixo, utilizando a regra dos trapézios repetida, com
n = 6 subintervalos.
4 1
∫ ∫
dx dx
a) b) 2
1
x
0
1 + 3 xe x
R. 1,4054 ; 0,4064
1
4. REGRA DE SIMPSON ( n = 2, [ a, b ] = [ x o, x 2 ] )
3
Para encontrarmos a regra de Simpson podemos utilizar um polinômio de Newton – Gre-
gory de grau 2. Seja p 2( x ) o polinômio que interpola ƒ( x ) nos pontos x o = a , x 1 e x 2 = b. Então a
fórmula de integração para Simpson é :
h
IS = [ ƒ( x o ) + 4.ƒ( x 1 ) + ƒ( x 2 ) ] e h é a amplitude dos subintervalos
3
4
dx
EXERCÍCIO RESOLVIDO : Seja ∫x
1
. Calcule uma aproximação para a integral utilizando a 1ª regra
de Simpson.
SOLUÇÃO :
4
dx 1 2 1
I= ∫x
1
=
2
.[1+4.
5
+
4
] ⇒ I = 0,5 . 2,85 ⇒ I = 1,425
25
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
∫e
x
1. Seja dx . Calcule uma aproximação para a integral utilizando a 1ª regra de Simpson .
0
R.1,7189
1
4
2. Seja ∫1+ x
0
2
dx . Calcule uma aproximação para a integral utilizando a 1ª regra de Simpson .
R. R. 3,1333
1
5. REGRA DE SIMPSON REPETIDA
3
Se aplicarmos repetidas vezes a regra de Simpson no intervalo [ a, b ], ou seja se dividir-
mos o intervalo [ a, b ] em n subintervalos de mesma amplitude e aplicarmos a regra de Simpson em
cada um dos subintervalos, então teremos a seguinte fórmula para integração :
h
I SR = {[ƒ( x o ) + ƒ( x m )] + 4[ƒ( x 1 ) + ƒ( x 3 ) + . . . + ƒ( x m – 1 )] + 2[ƒ( x 2 ) + ƒ( x 4 ) + . . . ƒ( x m – 2 )]}
3
(b − a ) 5 f iv ( ε )
e h é a amplitude dos subintervalos e E sR = –
180n 4
∫e
x
EXERCÍCIO RESOLVIDO : Seja dx . Calcule uma aproximação para a integral utilizando a regra
0
de Simpson repetida utilizando 10 subintervalos.
SOLUÇÃO :
0,1
I= [ e 0 + e 1 + 4 . [ e 0,1 + e 0,3 + e 0,5 + e 0,7 + e 0,9 ] + 2 . [ e 0,2 + e 0,4 + e 0,6 + e 0,8 ] }
2
0,1
I= . ( 1 + 2,7183 + 34,3084 + 13,5218 ) ⇒ I = 1,7183
2
π 4 2
∫ senx ∫ ∫ x.
dx
a) dx , para n = 6 b) , para n = 6 c) x 2 + 1 dx , n = 4
x
0 1 0
6. EXTRAPOLAÇÃO DE RICHARDSON
A extrapolação de Richardson é um método utilizado para melhoria do resultado obtido na
aplicação das fórmulas de integração de Newton – Cotes e baseia-se na aplicação repetidas de tais
fórmulas.
n 1p
I = I2 + ( I 2 – I 1 ), onde :
n p2 − n 1p
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
π
1. Calcular o valor da integral I = ∫ senx dx , aplicando a regra dos trapézios, para
0
n=2e n=4,
∫ (x
2
2. Calcular o valor da integral I = + 2 x + 1)dx , aplicando a regra dos trapézios, para n = 4 e n =
1
8 , respectivamente. Após este cálculo aplicar a extrapolação de Richardson.
∫ x. cos x
2
3. Resolva a integral dx , aplicando pela regra de Simpson repetida, para n = 4 e n = 6.
0
7. INTEGRAIS MÚLTIPLAS
O cálculo numérico de integral de uma função de mais de uma variável, que também é
denominada integral múltipla( duplas e triplas ), é uma extensão natural do que foi abordado para o
caso da integral de função a uma variável.
b d
A determinação do valor de uma integral dupla definida ( I = ∫∫
a c
ƒ( x , y ) dy dx ) c é
de grande valia na solução de problemas de diversas áreas. De modo similar à integração simples, a
função integrando ƒ( x, y ) pode ser aproximada por um polinômio interpolador, e a integral deste
polinômio é, então, obtida analiticamente.
A resolução da integral c pode ser calculada através de integrações sucessivas, utilizan-
do as fórmula já conhecidas( Trapézios e Simpson ).
27
b d
h.k
I= ∫∫
a c
ƒ( x , y ) dy dx =
4
. [ ƒ( a, c ) + ƒ( a, d ) + ƒ( b, c ) + ƒ( b, d ) ], onde h = b – a e k = d – c .
b d
h.k
I= ∫∫
a c
ƒ( x , y ) dy dx =
9
. { ƒ( x 0 , y 0 ) + ƒ( x 0 , y 2 ) + ƒ( x 2 , y 0 ) + ƒ( x 2 , y 2 ) +4[ ƒ( x 0 , y 1 )
+ ƒ( x 1 , y 0 ) + ƒ( x 1 , y 2 ) + ƒ( x 2 , y 1 ) ] + 16. ƒ( x 1 , y 1 ) }
b d
h.k
I= ∫∫
a c
ƒ( x , y ) dy dx =
9
. [ ƒ 0, 0 + ƒ 0, 2 + ƒ 2, 0 + ƒ 2, 2 + 4.( ƒ 0, 1 + ƒ 1, 0 + ƒ 1, 2 + ƒ 2, 1 ) + 16. ƒ 1, 1 ]
EXERCÍCIOS PROPOSTOS : Resolva as integrais abaixo, utilizando a regra dos trapézios e a regra de
Simpson simples.
π π
2 4 2 2
⎛x⎞
a) ∫∫
0 0
sen( x + y ) dy dx b) ∫∫
1 1
cos ⎜⎜ ⎟⎟ dy dx
⎝y⎠
π π
2 4 1 1
a) ∫∫
0 0
sen( x + y ) dy dx ( trapézio ; n x = 3 e n y = 4 ) b) ∫∫ (e
0 0
x2 + y2
) dx dy( Simpson ; n x = n y = 4 )
4 2 10 1
1 x2
c) ∫ ∫ ( x + y)
3 1
2
dx dy ( Simpson ; n x = n y = 4 ) d) ∫ ∫ 1+ y
1 0
2
dx dy ( trapézio ; n x = n y = 4 )
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
1. Calcule as integrais abaixo pela regra dos Trapézios e pela de Simpson, utilizando quatro e seis
divisões de [ a, b ] e compare os resultados.
2 14
dx
∫e ∫
x
a) dx b)
1 2
x
RESPOSTAS :
a) IT4 = 4,6950759 ; IT6 = 4,6815792 ; IS4 = 4,670873 e IS6 = 4,6707894
0, 6
dx
2. Calcule o valor aproximado de ∫1+ x
0
com três casas decimais de precisão usando
a) Simpson b) Trapézios
R. a) 0,4700171 ; b) 0,4702288
2
3. Dada a função y = ƒ( x ) através da tabela abaixo, calcular o valor de I = ∫ f ( x)dx .
0
x 0 0,5 1 1,5 2
y 0,0 1,1487 2,7183 4,9811 8,3890
∫
x2
Ι= x 2 . e− dx
0
R. 0,2536411
2
5. A partir dos dados da tabela abaixo, estimar o valor de ∫ f (x)dx .
0
x 0 0,25 0,5 0,75 1,0 1,25 1,5 1,75 2
y 1 1,284 1,649 2,117 2,718 3,49 4,482 5,755 7,389
29
5
6. A partir dos dados da tabela abaixo, estimar o valor de ∫ f (x)dx .
1
7. Calcule as integrais abaixo, utilizando para isto a regra dos trapézios repetida.
1 4 ,5
cos x 1
a) ∫
0
1+ x
dx , para n = 4 b) ∫4
x2
dx , para n = 5
3
8. Dada a função y = ƒ( x ) através da tabela abaixo, calcule a valor de I = ∫ f (x)dx .
0
3 −1
x2
∫ ∫
–3
a) I = ln( x + 1)dx , com E ≤ 10 b) I = dx
1 −2
( x − 1) 2
1,6
10. Dada a função y = ƒ( x ) através da tabela abaixo, calcule a valor de I = f ( x )dx , aplicando : ∫ 1
1 1
dx
a) I = ∫
0
senx 2 dx ; 1ª regra de Simpson, com n = 6 b) I = ∫0
1+ x2
, trapézios repetida com n = 6
5, 2
c) I = ∫ ln x dx , trapézios ; 1ª regra de Simpson
4
e 2ª regra de Simpson , com n = 4
30
AJUSTE DE CURVAS
1. INTRODUÇÃO
Já vimos, que uma forma de se trabalhar com uma função definida por uma tabela de va-
lores é a interpolação polinomial. Contudo a interpolação não é aconselhável quando é preciso obter
um valor aproximado da função em algum ponto fora do intervalo de tabelamento, ou seja, quando se
quer extrapolar.
Surge então a necessidade de se ajustar a estas funções tabeladas, uma função que seja
uma '' uma boa aproximação '' para os valores tabelados, e que nos permita extrapolar com certa mar-
gem de segurança.
Ao se tentar ajustar as funções tabeladas à alguma função já conhecida, deve-se inicial-
mente fazer um gráfico dos dados(diagrama de dispersão ) pois ele fornece uma idéia da forma da
relação exibida por eles.
EXERCÍCIO PROPOSTO : Construir o diagrama de dispersão relativo aos pontos da tabela abaixo:
n.∑ x i .y i − ∑ x i .∑ y i ∑ y i − (∑ x i ). A
A= B=
n.∑ x i2 − (∑ x i ) 2 n
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Ajuste os dados da tabela do exemplo anterior a uma reta de modo que D seja o menor possível.
R. Y = 2,01 + 0,522X
b)
xi 0,5 1,2 2,1 3,5 5,4
yi 5,1 3,2 2,8 1,0 0,4
3. AJUSTE POLINOMIAL
Podemos ajustar dados de uma tabela utilizando um polinômio de grau dois, ou seja, atra-
vés de uma curva do tipo :
⎡ n ∑ xi ∑ x i ⎤ ⎡C⎤ ⎡ ∑ y i ⎤
2
⎢ 2 3⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢∑ xi ∑ xi ∑ x i ⎥.⎢ B ⎥ = ⎢ ∑ x i .y i ⎥
⎢∑ x 2 3
∑ xi ∑ x i ⎥⎦ ⎢⎣A ⎥⎦ ⎢⎣∑ x i .y i ⎥⎦
4 2
⎣ i
EXERCÍCIO PROPOSTO : Dada a tabela de dispersão determine a parábola que melhor se ajusta aos
pontos da tabela.
X 1 2 3 4 5 6 7 8
Y 0,5 0,6 1,0 1,2 1,6 2,0 2,5 3,0
4. TRANSFORMAÇÕES
Quando é feito o diagrama de dispersão é possível que os pontos não se ajustem a nenhum
modelo linear, então através de uma transformação adequada é possível transformar alguns modelos
não lineares nos parâmetros em modelos lineares por substituição de uma ou mais variáveis por fun-
ções destas variáveis.
As transformações que podemos utilizar caso os pontos não se ajustem em modelo linear
podem ser :
a) Y = b . e aX → ln Y = ln b + aX → Z = B + A . X
b) Y = b . a X → ln Y = ln b + ln ( a ) . X → Z = B + A . X
R. Y = 1,741 + 0,263X
32
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
2. A tabela abaixo mostra as alturas e pesos de uma amostra de nove homens entre as idades de 25 a
29 anos, extraída ao acaso entre funcionários de uma grande indústria :
Altura(cm) 183 173 168 188 158 163 193 163 178
Peso(kg) 79 69 70 81 61 63 79 71 73
b) Estime o peso de um funcionário com 175cm de altura ; e estime a altura de um funcionário com 80kg
3. Dada a tabela abaixo, faça um gráfico de dispersão dos dados e ajuste uma curva da melhor manei-
ra possível :
x 1 2 3 4
y 60 30 20 15
5. O número de bactérias , por unidade de volume , existente em uma cultura após x horas é apre-
sentado na tabela abaixo :
x 0 1 2 3 4 5 6
y 32 47 65 92 132 190 275
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CAMPOS, Frederico Ferreira – ALGORITMOS NUMÉRICOS, Editora LTC. 2001, Rio de Janeiro
SCHEID, Francis – ANÁLISE NUMÉRICA, Editora Mc Graw-Hill, 1991, 2ª Edição, Lisboa, Por-
tugal
SPERANDIO, Décio/ MENDES, João Teixeira e SILVA, Luiz Henry Monken e – CÁLCULO
NUMÉRICO : CARACTERÍSTICAS MATEMÁTICAS E COMPUTACIONAIS DOS MÉ-
TODOS NUMÉRICOS, Editora Prentice Hall – Makron, 2003, São Paulo