Profs.: Edwin F. F.
Silva
Wesley Cândido
Instituto de Engenharia
Campus Brasília -DF
Universidade Paulista - UNIP
Engenharia Básica
Mecânica da Partícula
Roteiro para realização do experimento: Queda Livre
Queda Livre – Determinação da aceleração da Gravidade
01. Objetivos
Observação do movimento de queda livre e caracterização do movimento retilíneo uniformemente
acelerado sob a influência de um campo gravitacional.
Determinação da aceleração da gravidade de um corpo próximo à superfície terrestre.
Determinação das equações que regem o movimento de um corpo em queda livre;
Caracterização da influência da massa no processo de queda livre
02. Desenvolvimento teórico
Dentre os diversos movimentos que podemos observar na natureza, sempre houve interesse no estudo
do movimento de queda livre dos corpos próximo a superfície terrestre. Ao abandonarmos um corpo de
certa altura (h) podemos notar que sua velocidade aumenta em função do tempo, a partir de uma
velocidade inicial igual a zero, sendo, portanto um movimento acelerado. As características desse
movimento foram objeto de estudo desde os tempos remotos. O grande filósofo Aristóteles (384-322 a.C.)
acreditava que havia uma dependência entre o tempo de queda dos corpos com a massa dos mesmos.
Essa crença perdurou durante quase dois mil anos, sem que houvesse uma investigação de sua
veracidade através de medidas experimentais, cujo agravante seria a grande influência dominante do
pensamento aristotélico em várias áreas do conhecimento. No entanto, Galileu Galilei (1564-1642 d.C.)
que é considerado o introdutor do método experimental na Física, reforçando a ideia de que qualquer
afirmativa a cerca das leis da física deveriam estar embasada em medidas experimentais e observações
cuidadosas, chegou a conclusão de que um corpo “leve” e um “pesado”, abandonados de uma mesma
altura, caem simultaneamente, atingindo o chão ao mesmo instante. Em outras palavras, desprezando a
resistência do ar, os corpos caem com a mesma aceleração independentemente de sua massa. O
movimento de queda livre dos corpos próximos à superfície da Terra pode ser descrito pela equação para
um movimento uniformemente acelerado (aceleração g constante) dada por:
ℎ � = ℎ + � � + �� Eq.1
Em que, h0 e v0 são a posição e velocidade iniciais (t = 0) do movimento e escrevemos h(t) tomando um
referencial vertical com sentido positivo para baixo. Com essa convenção para h(t) a aceleração g tem
sentido positivo, o que resulta no sinal positivo no termo quadrático em t. Se o corpo começar em repouso,
v0= 0 e se tomamos como origem de h a posição inicial do corpo h0 = 0, temos a seguinte relação:
ℎ � = �� Eq.2
03. Material
01 Conjunto para estudo da queda de corpos com eletroímã (Figura 1a e 1b);
02 sensores fotoelétricos;
01 cronômetro digital ligados aos sensores fotoelétricos;
01 balança
03 esferas com diferentes massas
Universidade Paulista – Campus Brasília www.unip.br
Curso de Engenharia
SGAS 913 –S/nº - Conjunto B, Asa Sul - Brasília/DF CEP: 70390-130 Tel: (61) 2192-7080
Profs.: Edwin F. F. Silva
Wesley Cândido
Instituto de Engenharia
Campus Brasília -DF
y1
y2
Figura - 02
04. Montagem
O experimento já vem montado. Cuidado com a regulagem da posição do fotosensor. Qualquer dúvida
chame o professor. Para cada coleta de valores meça as distâncias y1 e y2 mostradas na figura 02. O
cronômetro possui quatro displays, mas o tempo que valerá será o visualizado no primeiro valor (Parte
superior esquerda).
05. Procedimento Experimental e coleta de dados
Neste experimento será verificada a validade da equação (2) e determinado a aceleração gravitacional (g)
local. Serão estabelecidos percursos para esferas de aço de diferentes massas e monitorado os tempos
de queda nestes percursos. Para isso usaremos a montagem experimental mostrada na figura 1. Note que
para marcarmos o tempo de queda das esferas, serão usados sensores fotoelétricos, os quais são
responsáveis por acionar e desligar os cronômetros. A localização inicial da esfera, bem como a posição
dos sensores será ajustada através de uma régua milimetrada presa na haste do aparato experimental. A
monitoração do tempo de queda terá início quando o eletroímã o qual prende a esfera for desligado
através da chave liga-desliga. Para isso seleciona-se a função MRUV do cronômetro. Quando do preparo
do sistema para iniciar o experimento, se algum objeto passar por um dos sensores e disparar o contador
(cronômetro) antes de o experimento ter sido iniciado, aborte a contagem apertando no botão “para” e
depois aperte o botão “zeramento”. Evite manter o eletroímã ligado desnecessariamente (por mais de 30
segundos).
Universidade Paulista – Campus Brasília www.unip.br
Curso de Engenharia
SGAS 913 –S/nº - Conjunto B, Asa Sul - Brasília/DF CEP: 70390-130 Tel: (61) 2192-7080
Profs.: Edwin F. F. Silva
Wesley Cândido
Instituto de Engenharia
Campus Brasília -DF
01. Com o equipamento montado sobre uma bancada, coloque a esfera na plataforma de lançamento,
formada por um eletroímã. Ligue o interruptor para que o eletroímã “prenda” a esfera metálica.
Solte a esfera (Figura 3) marcando assim o tempo de queda. Repita o processo três vezes para
cada altura.
Figura 03
02. Meça as distâncias y1 e y2 em metros, indicadas na figura 2. Note que essas distâncias devem ser
medidas da base da plataforma de lançamento até os sensores, pois é essa base coincide com a
base da bola que é responsável pela inicialização e finalização da medida de tempo.
03. Mova a chave liga-desliga para a posição D e anote o tempo marcado no cronômetro digital,
completando a tabela 1.
04. Repita o procedimento 3 mais duas vezes, medindo o tempo de queda para as alturas fixas y1 e
y2.
05. Varie as alturas y1 e y2 e meça-as novamente.
06. Volte a bola para a plataforma de lançamento e meça o novo tempo t para as alturas y1 e y2
diferentes.
07. Repita os procedimentos 2,3 e 4 duas vezes ou três vezes mais, completando corretamente a
tabela abaixo.
Universidade Paulista – Campus Brasília www.unip.br
Curso de Engenharia
SGAS 913 –S/nº - Conjunto B, Asa Sul - Brasília/DF CEP: 70390-130 Tel: (61) 2192-7080
Profs.: Edwin F. F. Silva
Wesley Cândido
Instituto de Engenharia
Campus Brasília -DF
Valor de
h (y1 – y2
em
metros)
t1(s)
t2(s)
t3 (s)
Tempo
Médio
Tabela 01 – Valores experimentais para o tempo de queda para diversas alturas
Valor de h
(mm)
Substituind
o-se as
médias dos
respectivos
tempos,
obtemos g
iguais
Tabela 02 – Valores experimentais para g em diversas alturas
06. Atividades
01. Com cálculos simples é possível provar que:
(√� − √� )
� =2.
∆�
02. Prove, então, que o valor de g no experimento pode ser determinado com a equação acima.
03. Após a coleta dos tempos, calcule o tempo médio de queda para cada altura e finalize o
preenchimento da tabela 01.
04. Em uma folha de papel milimetrado, construa o gráfico altura x tempo h = f(t).
05. Usando a equação 02 determine o valor experimental de g, para as cinco alturas preenchendo a
tabela 02.
06. Calcule o valor de g e compare com o valor teórico. Anote os valores encontrados na tabela 1.
�
07. Calcule o erro entre o valor experimental e o valor teórico, sendo este dado por, em que 9,
�2
é o valor teórico de g1, calculado levando em conta a latitude e o movimento de rotação da Terra.
1
Valor calculado teoricamente levando em consideração o movimento de rotação da Terra, bem como a latitude onde
Brasília se encontra no mapa, que é aproximadamente 15° ao sul do Equador.
Universidade Paulista – Campus Brasília www.unip.br
Curso de Engenharia
SGAS 913 –S/nº - Conjunto B, Asa Sul - Brasília/DF CEP: 70390-130 Tel: (61) 2192-7080
Profs.: Edwin F. F. Silva
Wesley Cândido
Instituto de Engenharia
Campus Brasília -DF
valor exp erimental 9,76
erro x100 %
9,76
08. Qual o tipo de movimento descreve melhor o movimento da esfera? Escreva as equações de
movimento para a mesma, nas duas situações.
09. Faça um desenho da situação física referente ao experimento, indicando corretamente a
disposição de cada uma das variáveis físicas envolvidas no mesmo, bem como o referencial
utilizado.
10. Retire suas conclusões.
11. Como melhorar a precisão deste experimento?
07. Questões
01. Explique as aproximações realizadas para a simplificação de um sistema de queda real de um
corpo em um sistema de queda livre.
02. Descreva detalhadamente as condições físicas envolvidas em um corpo em queda livre,
utilizando-se de um esquema detalhado da principal força que atua sobre o sistema.
03. Equacione a força envolvida e desenvolva as equações matemáticas que regem o comportamento
de um corpo em queda livre.
08. Bibliografia
1. Bibliografia básica
1. HALLIDAY, D.: Fundamentos de Física, - Mecânica. Vol. 1. 8ª ed. LTC, 2009.
2. TIPLER, P. A.: Física para Cientistas e Engenheiros. 5ª edição. LTC, 2006.
2. Bibliografia complementar
1. ALONSO, M.: Física - Um Curso Universitário. Vol. 1. Edgard Blücher, 2004.
2. HALLIDAY, D.; KRANE, K. S.; RESNICK, R.: Física. 1. LTC, 2004.
3. YOUNG, H. D.; FEEDMAN, R. A.: Física I. 10ª edição. Pearson, 2003.
Obs.: As normas de segurança e regras do laboratório serão observadas a todo momento, mesmo
fora do período regular de aula. Espera-se do aluno um comportamento ético compatível com a sua
situação de um estudante de curso superior. Desvios desse comportamento serão encaminhados às
instâncias administrativas adequadas para providências regimentais cabíveis.
Universidade Paulista – Campus Brasília www.unip.br
Curso de Engenharia
SGAS 913 –S/nº - Conjunto B, Asa Sul - Brasília/DF CEP: 70390-130 Tel: (61) 2192-7080