Paulo Rogério Ferreira
Perito Criminal
Instituto de Criminalística de Alagoas
A partir do século XIX (início da fase técnico-científica),
cabia a uma ciência a busca pelo entendimento do evento
morte, através do estudo do corpo (ferimentos), instrumento
(armas) bem como, elementos extrínsecos ao cadáver.
Medicina Legal
1560 – França, Ambroise Paré – Ferimentos produzidos por arma de fogo;
1563 – Portugal, João de Barros – Papiloscopia – China (Registro de
Transações Comerciais);
1651 – Itália, Paolo Zachias – “Questões Médico Legais”, da Pai da
Medicina Legal;
1665 – Itália, Marcelo Malpighi – Metodologia Cientifica, papilas dérmicas;
1753 – França, Boucher - Realiza estudos sobre Balística – Balística
Forense;
1805 – Áustria – Ensino da Medicina Legal;
1808 – França, François Vidocq – Fundação da Sûretê Nationale;
1840 – Espanha, Mathieu Orfila – Toxicologia;
1858 – Inglaterra, William James Herschel: Observa a Imutabilidade da
Impressões Digitais;
1882 – França, Alfonso Bertillión – Sistema Antropométrico;
1891 – Argentina, Juan Vucetich: Icnofalangometria (Antropométrico e
Papiloscopia).
1892 – Áustria, Hans Gross:
Manual do Juiz de Instrução.
Antropometria;
Contabilidade;
Papiloscopia;
Criptografia;
Documentoscopia;
Grafologia;
Balística;
Medicina Legal;
Etc...
Pai da Criminalística
Hans Gross – 1893: É o estudo da fenomenologia do
crime e dos métodos práticos de sua investigação.
José Del Picchia – 1947: Disciplina que tem por
objetivo o reconhecimento e interpretação dos
indícios materiais extrínsecos, relativos ao crime ou à
identidade do criminoso. Os exames dos vestígios
intrínsecos (na pessoa) são da alçada da Medicina
Legal.
Hilário Veiga de Carvalho – 1966: Parte das ciências
criminais que, ao lado da medicina legal, tem por finalidade os
estudos técnicos e científicos dos indícios materiais do delito e
da identificação do seu autor, colaborando também com outros
campos do direito que dela careçam.
José Lopes Zarzuela – 1995: Conjunto de conhecimentos
científicos, técnicos, artísticos etc, destinados à apreciação,
interpretação e descrição escrita dos elementos de ordem
material encontrados no local do fato, no instrumento de crime
e na peça de exame, de modo a relacionar uma ou mais
pessoas envolvidas em um evento, às circunstâncias que
deram margem a uma ocorrência, de presumível ou de
evidente interesse judiciário.
Eraldo Rabello – 1996: Disciplina autônoma, integrada
pelos diferentes ramos do conhecimento técnico-
científico, auxiliar e informativa das atividades
policiais e judiciárias de investigação criminal, tendo
por objetivo o estudo dos vestígios materiais
extrínsecos à pessoa física, no que tiver de útil à
elucidação e à prova das infrações penais e, ainda, à
identificação dos autores respectivos;
Alberi Espíndula – 2012: É uma ciência que se utiliza
também do conhecimento de outras ciências para
poder realizar o seu mister, qual seja, o de extrair
informações de qualquer vestígio encontrado em
local de infração penal, que propiciem a obtenção de
conclusões acerca deste fato ocorrido, reconstituindo
os gestos do agente da infração e, se possível,
identificando-o.
O QUE?
POR
QUEM?
QUE?
COM O
COMO?
QUE?
Professor de oratória e ONDE QUANDO
advogado
• Análise dos vestígios materiais EXTRÍNSECOS relativos ao
local de crime periciado.
• Áreas do conhecimento humano.
Engenharia Física
Biologia Geologia
Artes Geografia
Economia Informática
História Química
Matemática Medicina
Agronomia Farmácia
Merceologia Ciências Contábeis
Etc, Etc, Etc...
• Comprovando um fato criminoso ou não, embasado pela
prova material, auxiliando a Justiça, Ministério Público,
Defensoria Pública, etc.
Locais de Crime;
Medicina Legal;
Balística Forense;
Papiloscopia;
Documentoscopia;
Odontologia Legal;
Química Forense;
Biologia Forense;
Informática Forense;
Et coetera forense...
Materialidade
Análise dos Vestígios
Criminalística
Meios e Modos
Autoria
Materialidade – é
tudo aquilo que é
tangível, evidente
aos sentidos,
encontrados ou não
no local do crime. “É
o conjunto de
vestígios materiais
produzidos pelo
crime, ou seja, é a
sua materialidade”,
(Bitencourt, 2011).
Análise dos Vestígios – estudo criterioso, por
meio de práticas científicas, com o objetivo de
estabelecer vinculação entre as circunstancias de
um mesmo ato.
Meios e Modos –
definição, por
meio das análises
dos vestígios
expostos em
considerações
técnicas, da
dinâmica do
eventos.
Autoria – determinação, quando possível, do
responsável pela ação delituosa.
1º - Conteúdo do laudo pericial – Invariável em
relação aos perito que o produziu. Trabalho
alicerçado em bases e procedimentos científicos
comprovados.
2º - Conclusão pericial – As conclusões de uma
análise pericial são independentes dos meios
utilizados para alcançá-la.
3º - Tempo – Os resultados periciais serão
imutáveis ao longo do tempo.
Elementos norteadores para a elaboração de regras
ou normas que devem ser seguidos no desempenho
de um atividade.
Princípio da Observação
Princípio da Análise
Princípio da Interpretação
Princípio da Descrição
Princípio da Documentação
Princípio da Observação - “Quando dois objetos
entram em contato, há uma transferência de
materiais de um para o outro.”
Edmond Locard (1877-1966, Lyon)
Princípio da Análise – Os estudos aplicados em
uma análise pericial devem respeitar um método
científico.
Observo Problema Hipóteses Experimentos Resultados Concluo
Princípio da Interpretação – “Dois objetos podem
ser indistinguíveis, mas nunca idênticos”, LUIZ
EDUARDO DOREA.
Princípio da Descrição - O resultado de um exame
pericial deve ser exposto em linguagem ética e
juridicamente perfeita.
Princípio da Documentação - Toda prova deve ser
documentada, desde a sua coleta no local de crime
até sua análise e descrição final, de forma a se
estabelecer um histórico completo e fiel de sua
origem. – Cadeia de Custódia
Prova – “O conjunto de meios idôneos, visando a afirmação da existência
positiva ou negativa de um fato, destinado a fornecer ao juiz o conhecimento
da verdade, afim de gerar a sua convicção quanto a existência ou
inexistência dos fatos deduzidos em juízo” (Dorea 2010).
Demonstração da certeza ou verdade de um fato, afim de que se legitime a
pretensão trazida a juízo ou o direito que se quer defender.
Podem ser:
Testemunhais
Documentais
Materiais
Objeto da Prova – Comprovação de um fato
Todo objeto ou material bruto constatado e/ou recolhido em local de crime
ou presente em uma situação a ser periciada.
“São elementos materiais encontrados em local de crime ou que compõe um
exame pericial, e que podem estar ou não relacionados com o crime ou,
com o fato em apuração” (Velho, 2013).
Vestígios Orgânicos
Amostras de sangue, saliva, sêmen, cabelo, unhas, pele,
etc.
Fluidos corporais.
Marcas de mordida.
Material genético – DNA.
Vestígios Inorgânicos
Impressões digitais.
Pegadas e marcas de calçados.
Impressões de ferramentas ou instrumentos.
Projéteis e Estojos.
Cartas, contratos, notas.
Verdadeiro
Tem relação com os fatos;
Ilusório
Não tem relação com os fatos;
Fruto do acaso;
Forjado
Não tem relação com os fatos;
Foi “plantado”;
“É todo e qualquer fato sinal, marca ou vestígio, conhecido e provado, que,
por sua relação necessária ou possível com outro fato, que se desconhece,
prova ou leva a presumir a existência deste último.” (Dorea, 2010).
Art. 239 CPP: A circunstância conhecida e provada que, tendo relação com
o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras
circunstâncias.
Vestígio Indício
“O vestígio encaminha; o indício aponta.”
Crime: “em termos jurídicos, é toda conduta típica, antijurídica
(ou ilícita) e culpável, praticada por um ser humano” (Velho JA,
Costa KA e Damasceno CTM, 2013).
É uma ação que vai de encontro a um conjunto de valores
morais (leis). Na consumação da violação destas normas
(crime), o espaço físico e a conduta delituosa, passam a figurar
no ordenamento jurídico (definição legal).
“Toda área onde tenha ocorrido um fato que assuma a
configuração de delito e que, portanto, exija providências da
polícia” (Khedy, 1963).
“Porção do espaço compreendida num raio que, tendo por
origem um ponto no qual é constatado um fato, se estenda de
modo a abranger todos os lugares em que hajam sido
praticados pelo(s) criminoso(os) os atos materiais do delito”
(Rabello, 1996);
Quanto à Natureza do Fato
Morte Violenta
Patrimônio
Acidentes de Tráfego
Meio Ambiente
Incêndio
Explosão
Quanto à Área
Extensão – Imediato, Mediato e Relacionado
Tipo – Interno e Externo
Quanto à Preservação
Idôneo
Inidôneo
A Lição de Anatomia do Dr. Tulp. Rembrandt, 1632
“O corpo de delito é o conjunto de vestígios materiais que a
infração penal (delito ou contravenção) deixa no mundo. É o
conjunto de elementos sensíveis deixados pelo fato no mundo,
sendo chamados „sensíveis‟ pelo fato de serem recuperáveis e
analisáveis” (Santos W.D., Krymchantowski e Duque F.G.,
2001).
“É qualquer elemento material relacionado a um crime,
passível de um exame pericial, considerando o
conjunto da produção delituosa (Espíndula, 2010).
É o estudo do corpo de delito, ou seja, o estudo do
conjunto dos elementos materiais e sensíveis do fato
delituoso.
DIRETO – estudo aplicado nos vestígios deixados
pelo fato criminoso.
INDIRETO – exame realizados nos registros desses
vestígios.
- Provas Testemunhais
- Provas Documentais
- Reproduções Simuladas
Perícia vem do latim peritia – habilidade, saber,
conhecimento.
Conjunto de conhecimentos técnicos e científicos
adquiridos que podem ser aplicados no
entendimento e na resolução de um problema.
“A pesquisa, o exame, a verificação, acerca da
verdade ou da realidade de certos fatos por pessoas
que tenham reconhecido saber ou experiência em
matéria atinente à Ciência Forense” (Miranda, 2014).
“ Segundo Arbenz (1988), a perícia compreende toda
operação ordenada por autoridade, policial ou
judiciária, que se destina a prestar esclarecimentos
técnicos científicos a justiça” (Miranda, 2014).
“Almeida Jr & Costa Jr. (1998) Conceituam-na como
toda atuação de técnicos, promovida pela autoridade
competente, com o escopo de prestar
esclarecimentos à Justiça” (Miranda, 2014).
Código de Processo Penal – Disciplina, de forma
correta e perfeita, o funcionamento do mecanismo
processual brasileiro. Determina quem são seus
“atores” e definindo o papel de cada um no sistema
brasileiro de normas penais.
- Onde estamos?
- Quando somos mencionados?
- Como podemos ajudar?
Título II – Do Inquérito Policial
Art. 6º - Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal,
a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o
estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos
criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após
liberados pelos peritos criminais;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de
delito e a quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo
datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de
antecedentes.
Título II – Do Inquérito Policial
Art. 7º - Para verificar a possibilidade de haver a infração sido
praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá
proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não
contrarie a moralidade ou a ordem pública.
Título VII – Da Prova
Capítulo II - Do exame de corpo de delito e das perícias em
geral
Art. 158º - Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o
exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a
confissão do acusado.
Título VII – Da Prova
Capítulo II - Do exame de corpo de delito e das perícias em
geral
Art. 158º - Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o
exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a
confissão do acusado.
Caso dos Irmãos Naves – Tido como maior erro judiciário
brasileiro.
Título VII – Da Prova
Capítulo II - Do exame de corpo de delito, da cadeia de custódia e
das perícias em geral
Art. 158º - Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o
exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a
confissão do acusado.
Parágrafo único.
Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando
se tratar de crime que envolva:
I - violência doméstica e familiar contra mulher;
II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com
deficiência.
Art. 158º- A
Art. 158º- B
Art. 158º- C
Art. 158º- D Cadeia de Custódia
Art. 158º- E
Art. 158º- F
Art. 159º - O exame de corpo de delito e outras perícias serão
realizados por perito oficial, portador de diploma de curso
superior.
§ 1º - o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas,
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na
área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica
relacionada com a natureza do exame.
§ 2º - Prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo
Art. 159º:
§ 3º - Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de
acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a
formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.
§ 4º - O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo
juiz e após a conclusão dos exames e elaboração do laudo
pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão.
Art. 159º:
§ 5º - Durante o curso do processo judicial, é permitido às
partes, quanto à perícia:
I - requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou
para responderem a quesitos, desde que o mandado de
intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas
sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez)
dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II - Indicar assistentes técnicos que poderão apresentar
pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em
audiência.
Art. 159º:
§ 6º - Havendo requerimento das partes, o material probatório
que serviu de base à perícia será disponibilizado no ambiente do
órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença de
perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for
impossível a sua conservação.
§ 7º - Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma
área de conhecimento especializado, poder-se-á designar a
atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de
um assistente técnico.
Art. 160º - Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde
descreverão minuciosamente o que examinarem e responderão
aos quesitos formulados.
Parágrafo único - O laudo pericial será elaborado no prazo
máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em
casos excepcionais, a requerimento dos peritos.
Art. 161º - O exame de corpo de delito poderá ser feito em
qualquer dia e a qualquer hora.
Art. 162º - A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do
óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte,
julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que
declararão no auto.
Art. 163º - Em caso de exumação para exame cadavérico, a
autoridade providenciará para que, em dia e hora previamente
marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto
circunstanciado.
Parágrafo único - O administrador de cemitério público ou
particular indicará o lugar da sepultura, sob pena de
desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem indique a
sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado
a inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias,
o que tudo constará do auto.
Art. 164º - Os cadáveres serão sempre fotografados na
posição em que forem encontrados, bem como, na medida do
possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local
do crime.
Art. 165º - Para representar as lesões encontradas no cadáver,
os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame
provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente
rubricados.
Art. 166º - Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver
exumado, proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de
Identificação e Estatística ou repartição congênere ou pela
inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o
cadáver, com todos os sinais e indicações.
Parágrafo único - Em qualquer caso, serão arrecadados e
autenticados todos os objetos encontrados, que possam ser
úteis para a identificação do cadáver.
Art. 167º - Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem
desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
Art. 168º - Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver
sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da
autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério
Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.
§ 1º. No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de
delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo.
§ 2º. Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, §
1o, I, do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias,
contado da data do crime.
§ 3º. A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova
testemunhal.
Art. 169º - Para o efeito de exame do local onde houver sido
praticada a infração, a autoridade providenciará imediatamente
para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos
peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias,
desenhos ou esquemas elucidativos.
Parágrafo único - Os peritos registrarão, no laudo, as alterações
do estado das coisas e discutirão, no relatório, as consequências
dessas alterações na dinâmica dos fatos.
Art. 170º - Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão
material suficiente para a eventualidade de nova perícia. Sempre
que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas
fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas.
Art. 171º - Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento
de obstáculo a subtração da coisa, ou por meio de escalada, os
peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que
instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido
o fato praticado.
Art. 172º - Proceder-se-á, quando necessário, à avaliação de
coisas destruídas, deterioradas ou que constituam produto do
crime.
Art. 173º - No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa
e o lugar em que houver começado, o perigo que dele tiver
resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a extensão
do dano e o seu valor e as demais circunstâncias que
interessarem à elucidação do fato.
Art. 174º - No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de
letra, observar-se-á o seguinte:
I – a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada
para o ato, se for encontrada;
II – para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita
pessoa reconhecer ou já tiverem sido judicialmente reconhecidos como de seu
punho, ou sobre cuja autenticidade não houver dúvida;
III – a autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os
documentos que existirem em arquivos ou estabelecimentos públicos, ou
nestes realizará a diligência, se daí não puderem ser retirados;
IV – quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os
exibidos, a autoridade mandará que a pessoa escreva o que lhe for ditado. Se
estiver ausente a pessoa, mas em lugar certo, esta última diligência poderá
ser feita por precatória, em que se consignarão as palavras que a pessoa será
intimada a escrever.
Art. 175º - Serão sujeitos a exame os instrumentos
empregados para a prática da infração, a fim de se lhes
verificar a natureza e a eficiência.
Art. 180º - Se houver divergência entre os peritos, serão
consignadas no auto do exame as declarações e respostas de
um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu
laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de
ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame
por outros peritos.
Art. 182º - O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo
ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
Art. 184º - Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou
a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes,
quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.
Profissional detentor de conhecimento especifico e técnico,
que, quando solicitado seus serviços, aplicará seu saber com o
objetivo de analisar conjunto de informações e tecer
conclusões sobre a análise. “Perito é o especialista em
determinado assunto” (Nucci, 2020).
ESFERA CRIMINAL
- Perito Oficial
- Perito Ad Hoc
- Assistente Técnico
ESFERA CÍVEL
- Perito Judicial
Lei 12030/2009 – Reconhecimento por lei federal de quem são
os peritos oficiais de natureza criminal, sua investidura no
cargo através de concurso público e sua formação superior.
Perito Criminal Odontolegista
Médico legista
CPP – Art. 159º – São as duas pessoas idôneas – reputações
ilibadas – que em situações nas quais não houver perito oficial
estas podem proceder ao exame pericial. Detentoras de
formação em curso superior, nomeadas pelo juiz.
Lei 11690/2008 – É o perito de caráter privado ou particular, ou
seja, também não é concursado, profissionais com formação
superior. São os “peritos” das partes. Valores de honorários são
acertados com a parte que o contratou. Sua atuação se inicia
com sua admissão pelo juiz e com a finalização do trabalho
pericial pelo perito oficial (Laudo Pericial).
CPC Art. 464 ao 480 – É o único da esfera cível e também não
é concursado. Necessita de diploma de curso superior e se
inscreve no tribunal que quer atuar. As bases legais para sua
atuação e honorários estão descritos no Código de Processo
Civil (art. 464 ao 480).
É uma peça técnico-formal escrita, capaz de exprimir o
universo de determinada perícia.
É o resultado final de um complexo e detalhado trabalho
técnico-científico, feito pelo perito, com o objetivo de
subsidiar a justiça (cível ou criminal) em assuntos que
ensejaram dúvidas no processo.
O perito não deve se restringir ao que lhe for perguntado,
mas estar sempre atento para outros fatos que possam
surgir no transcorrer de um exame e, a partir daí, também
fazer constar essa parte suplementar no respectivo laudo.
Materialidade do Ilícito
Solução de Crimes
Garantia de Justiça
Prevenção de Crimes
Evolução das Investigações
Contribuição às Ciências Forenses
Fortalecimento Segurança Pública
Papel fundamental na investigação, resolução e prevenção de
crimes, contribuindo para a justiça e a segurança da sociedade
como um todo. Ela combina a ciência com a aplicação da lei
para garantir que os culpados sejam responsabilizados e os
inocentes protegidos.