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PF

Plano de Leitura
17 Dias

Polícia Federal
Cargo: Agente Administrativo
Pré-edital
2024

Samara Aparecida, [email protected]


SUMÁRIO

D i a 1 ............................................................................................................................................... 4
Constituição Federal: Arts. 1º - 5º
Resolução 1 da Comissão de Ética Pública da Presidência da República
Resolução 2 da Comissão de Ética Pública da Presidência da República

D i a 2 ............................................................................................................................................. 13
Constituição Federal: Arts. 6º - 17
Resolução 3 da Comissão de Ética Pública da Presidência da República
Resolução 6 da Comissão de Ética Pública da Presidência da República

D i a 3 .............................................................................................................................................. 20
Constituição Federal: Arts. 18 - 33
Resolução 7 da Comissão de Ética Pública da Presidência da República
Resolução 8 da Comissão de Ética Pública da Presidência da República

D i a 4 .............................................................................................................................................................................. 29
Constituição Federal: Arts. 37 - 41
Resolução 10 da Comissão de Ética Pública da Presidência da República
Resolução 11 da Comissão de Ética Pública da Presidência da República
Resolução 13 da Comissão de Ética Pública da Presidência da República

D i a 5 .............................................................................................................................................................................. 41
Constituição Federal: Arts. 76 - 88
Resolução 14 da Comissão de Ética Pública da Presidência da República
Resolução 15 da Comissão de Ética Pública da Presidência da República
Resolução 16 da Comissão de Ética Pública da Presidência da República

D i a 6 .............................................................................................................................................................................. 48
Constituição Federal: Art. 144
Resolução 17 da Comissão de Ética Pública da Presidência da República
Resolução 18 da Comissão de Ética Pública da Presidência da República

D i a 7 .............................................................................................................................................................................. 53
Resolução 19 da Comissão de Ética Pública da Presidência da República
Decreto nº 1.171 / 1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal)

D i a 8 .............................................................................................................................................. 57
Lei nº 9.784 / 1999 (Atos - Processo Administrativo)
Lei nº 12.830 / 2013 (Investigação Criminal Conduzida pelo Delegado de Polícia)

D i a 9 .............................................................................................................................................. 65
Lei nº 10.826 / 2003 (Estatuto do Desarmamento)
Lei nº 7.102 / 1983 (Segurança para Estabelecimentos Financeiros)

D i a 1 0 ........................................................................................................................................... 71
Lei nº 10.357 / 2001 (Controle e Fiscalização sobre Produtos Químicos)
Lei nº 8.112 / 1990 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas
Federais): Arts. 1º - 35

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Samara Aparecida, [email protected]
D i a 1 1 ........................................................................................................................................... 82
Lei nº 8.112 / 1990 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas
Federais): Arts. 36 – 60E
Lei nº 13.445 / 2017 (Lei de Migração): Arts. 1º - 4º
D i a 1 2 ........................................................................................................................................... 87
Lei nº 8.112 / 1990 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas
Federais): Arts. 61 – 96ª
Lei nº 13.445 / 2017 (Lei de Migração): Arts. 5º - 22

D i a 1 3 ........................................................................................................................................... 95
Lei nº 8.112 / 1990 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas
Federais): Arts. 97 – 115
Lei nº 13.445 / 2017 (Lei de Migração): Arts. 23 - 37

D i a 1 4 ......................................................................................................................................... 100
Lei nº 8.112 / 1990 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas
Federais): Arts. 116 – 142
Lei nº 13.445 / 2017 (Lei de Migração): Arts.38 - 62

D i a 1 5 ......................................................................................................................................... 107
Lei nº 8.112 / 1990 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas
Federais): Arts. 143 – 182
Lei nº 13.445 / 2017 (Lei de Migração): Arts. 63 - 80

D i a 1 6 ......................................................................................................................................... 113
Lei nº 8.112 / 1990 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas
Federais): Arts. 183 – 214
Lei nº 13.445 / 2017 (Lei de Migração): Arts. 81 - 105

D i a 1 7 ......................................................................................................................................... 120
Lei nº 8.112 / 1990 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas
Federais): Arts. 215 – 253
Lei nº 13.445 / 2017 (Lei de Migração): Arts. 106 - 125

Anexo Complementar: Área do Aluno


Lei nº 14.133 / 2021 (Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos)

O Plano de Leitura - Legislação Facilitada - é uma ferramenta indispensável para quem deseja aumentar o
rendimento nos estudos e alcançar a tão sonhada aprovação. Abordamos nessa edição toda a legislação exigida pelo último
edital do seu certame, selecionando os dispositivos que foram expressamente exigidos, buscando implementar um estudo
direcionado e objetivo.
Cada dia de leitura contempla leis e dispositivos diversos, de modo a tornar o estudo mais agradável e diversificado.
Incorporamos, ainda, ferramentas para facilitar o estudo da legislação:
• Marcações
• Súmulas
• Comentários Pontuais
Os recursos empregados variam de acordo com a legislação exigida.

Data de fechamento: 13.01.2024

Atenção: É proibido o compartilhamento desse material, ainda que sem fins lucrativos.

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Samara Aparecida, [email protected]
Horário Semanal
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab
12 am

1 am

2 am

3 am

4 am

5 am

6 am

7 am

8 am

9 am

10 am

11 am

12 pm

1 pm

2 pm

3 pm

4 pm

5 pm

6 pm

7 pm

8 pm

9 pm

10 pm

11 pm

4
Samara Aparecida, [email protected]
(Memorize: Con Ga Er Pro)

Constituição da República Federativa Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se


do Brasil de 1988 nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I - independência nacional;
PREÂMBULO II - prevalência dos direitos humanos;
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos III - autodeterminação dos povos;
em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um IV - não-intervenção;
Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício V - igualdade entre os Estados;
dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a VI - defesa da paz;
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade VII - solução pacífica dos conflitos;
e a justiça como valores supremos de uma sociedade VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na IX - cooperação entre os povos para o progresso
harmonia social e comprometida, na ordem interna e da humanidade;
internacional, com a solução pacífica das controvérsias, X - concessão de asilo político.
promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte (Memorize: A-In-D Não Co-Pre-I Re-Co-S)
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO A – autodeterminação dos povos In – independência nacional
BRASIL. D – defesa da paz Não – não intervenção Co – cooperação
entre os povos para o progresso da humanidade Pre –
STF: O preâmbulo não possui força normativa, não pode prevalência dos direitos humanos I – igualdade entre os Estados
servir de parâmetro para tornar normas inconstitucionais e não é Re – repúdio ao terrorismo e ao racismo Co – concessão de asilo
de reprodução obrigatória pelas Constituições Estaduais. Trata- político S – solução pacífica dos conflitos
se de uma síntese das intenções dos constituintes e deve ser
utilizado para fins interpretativos. Parágrafo único. A República Federativa do Brasil
buscará a integração econômica, política, social e cultural
“O fato de usar no preâmbulo a expressão ‘sob a proteção de dos povos da América Latina, visando à formação de uma
Deus’ por si não faz o Estado brasileiro um Estado religioso. O comunidade latino-americana de nações.
Brasil é um país ‘laico’ ou ‘leigo’, não possui elos de relação com
religiões, embora inclua entre suas proteções o sentimento de ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA BRASILEIRA
liberdade religiosa e de crença”.
Vitor Cruz, Constituição Federal anotada para concursos.
- FORMA DE ESTADO: FEDERAÇÃO
Na federação brasileira, o poder político é distribuído
TÍTULO I geograficamente em entidades governamentais autônomas
Dos Princípios Fundamentais (União, Estados, DF, Municípios), caracterizando-se pela
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada descentralização política. Contudo, não há direito de secessão,
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do pois se estabelece um vínculo indissolúvel.
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Características: Autogoverno (escolhem seus governantes);
Direito e tem como fundamentos: Auto-organização (criam constituições estaduais ou leis
I - a soberania; orgânicas); Autolegislação (elaboram suas próprias leis);
Autoadministração (possuem competências tributárias e
II - a cidadania
administrativas).
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre - FORMA DE GOVERNO: REPÚBLICA
iniciativa; Trata da relação entre governantes e governados e a forma de
V - o pluralismo político. distribuição do poder na sociedade.
(Memorize: So Ci Di Va Plu) Características: Prestação de contas; Transparência;
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que Temporariedade do mandato dos governantes; Eleições
o exerce por meio de representantes eleitos ou periódicas.
diretamente, nos termos desta Constituição.
- REGIME DE GOVERNO: DEMOCRACIA (SEMIDIRETA)
Refere-se à participação do povo na produção do ordenamento
Art. 2º São Poderes da União, independentes e jurídico e nas ações do governo. Prevalece a vontade da maioria,
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o protegendo-se também as minorias. No Brasil, consagrou-se a
Judiciário. Democracia Semidireta, que unifica a participação por
Sistema de Freios e Contrapesos (check and balances): Cada representatividade com a participação direta, através de
Poder irá atuar com o intuito de impedir o exercício arbitrário do referendo e plebiscito.
outro.
- SISTEMA DE GOVERNO: PRESIDENCIALISMO
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da Está ligado ao modo como se relacionam os Poderes Executivo e
Legislativo. No presidencialismo, há uma independência maior do
República Federativa do Brasil:
Poder executivo em relação ao Legislativo. O presidente da
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; república exerce as funções de Chefe de Estado (representando
II - garantir o desenvolvimento nacional; o Brasil internacionalmente) e Chefe de Governo (tratando da
III - erradicar a pobreza e a marginalização e política interna).
reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de TÍTULO II
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas Dos Direitos e Garantias Fundamentais
de discriminação. CAPÍTULO I

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Samara Aparecida, [email protected]
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E Veda-se qualquer censura de natureza política, artística e
COLETIVOS ideológica, não se podendo exigir licença de autoridade para
Direitos Fundamentais são cláusulas pétreas e normas abertas, veiculação de publicações.
sendo permitida a inclusão de novos direitos não previstos pelo X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a
constituinte originário. honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: sua violação;
Imprescritibilidade: Não desaparece com o tempo
Inalienabilidade: Não é transferível a outra pessoa STJ: Súmula 227 - Pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
Irrenunciabilidade: Não pode sofrer renúncia STF: Admite-se biografias não‐autorizadas, não se excluindo a
Inviolabilidade: Autoridades e disposições infraconstitucionais possibilidade de indenização por dano material ou moral.
devem observá-los XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo,
Universalidade: Abrange a todos ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do
Efetividade: Poder público deve garantir sua aplicação morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre,
Interdependência: Há diversas ligações entre os Direitos ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por
fundamentais determinação judicial;
Complementariedade: Devem ser interpretados de forma
STF: Casa é um termo amplo, consagrando consultório, escritório
conjunta
e qualquer lugar privado não aberto ao público. Contudo, não é
Relatividade: Direitos fundamentais não são absolutos
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, Direito Constitucional Descomplicado. um direito absoluto.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: investigação criminal ou instrução processual penal;
STF: O estrangeiro em trânsito também está resguardado pelos STF: É lícita a gravação de conversa telefônica realizada por um
direitos individuais, podendo, inclusive, utilizar-se de remédios dos interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência do outro,
constitucionais. Contudo, ele não poderá fazer uso de todos os quando há investida criminosa deste último.
direitos, a exemplo da ação popular, que é privativa de brasileiro. XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho,
I - homens e mulheres são iguais em direitos e ofício ou profissão, atendidas as qualificações
obrigações, nos termos desta Constituição; profissionais que a lei estabelecer;
Princípio da Isonomia. Determina que seja dado igual Norma de eficácia contida. O STF decidiu pela
tratamento aos que estão em situação equivalente, e tratamento inconstitucionalidade da exigência de diploma de jornalismo para
desigual os desiguais, na medida de suas desigualdades. o exercício da profissão de jornalista e pela constitucionalidade
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por
alguma coisa senão em virtude de lei; considerar que o exercício da advocacia traz um risco coletivo.
Princípio da Legalidade. Para o particular, somente a lei pode XIV - é assegurado a todos o acesso à informação
criar obrigações, assim, a inexistência de lei proibitiva implica em e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao
permissão. Para o Poder Público, por sua vez, não é permitido exercício profissional;
atuar na ausência de lei. XV - é livre a locomoção no território nacional em
III - ninguém será submetido a tortura nem a tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da
tratamento desumano ou degradante; lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem
vedado o anonimato; armas, em locais abertos ao público,
STF: A defesa da legalização de drogas em espaços públicos independentemente de autorização, desde que não
constitui legítimo exercício do direito à livre manifestação do frustrem outra reunião anteriormente convocada para o
pensamento. mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
V - é assegurado o direito de resposta, autoridade competente;
proporcional ao agravo, além da indenização por dano XVII - é plena a liberdade de associação para fins
material, moral ou à imagem; lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
STJ: Súmula 37 - São cumuláveis as indenizações por dano XVIII - a criação de associações e, na forma da lei,
material e dano moral oriundos do mesmo fato. a de cooperativas independem de autorização, sendo
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos XIX - as associações só poderão ser
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
locais de culto e a suas liturgias; suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação caso, o trânsito em julgado;
de assistência religiosa nas entidades civis e militares de Atividades Suspensas: Decisão Judicial
internação coletiva; Compulsoriamente Dissolvidas: Decisão Judicial + Trânsito em
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de Julgado
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a ou a permanecer associado;
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação XXI - as entidades associativas, quando
alternativa, fixada em lei; expressamente autorizadas, têm legitimidade para
Escusa de Consciência. Norma constitucional de eficácia contida. representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, Representação Processual: Exige expressa autorização do
artística, científica e de comunicação, associado para que seja válida, não podendo ser substituída por
independentemente de censura ou licença; autorização genérica prevista em estatutos da entidade.
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

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Samara Aparecida, [email protected]
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido,
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
por interesse social, mediante justa e prévia indenização Direito Adquirido: direitos que o seu titular, ou alguém por ele,
em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha
Constituição; termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio
XXV - no caso de iminente perigo público, a de outrem.
autoridade competente poderá usar de propriedade Ato Jurídico Perfeito: consumado segundo a lei vigente ao
tempo em que se efetuou.
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, Coisa Julgada: decisão judicial de que já não caiba recurso.
se houver dano;
Requisição administrativa da propriedade. A autoridade será LINDB – Art. 6º (Decreto-Lei nº 4.657)

competente para utilizar temporariamente o imóvel. Não haverá ---------------------------------------------------------------------------------------


indenização se não ocorrer dano. STF: Súmula 654 - A garantia da irretroatividade da lei, prevista
no art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, não é invocável
XXVI - a pequena propriedade rural, assim
pela entidade estatal que a tenha editado.
definida em lei, desde que trabalhada pela família, não
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
será objeto de penhora para pagamento de débitos (Princípio do Juiz Natural)
decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a
sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; organização que lhe der a lei, assegurados:
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de a) a plenitude de defesa;
utilização, publicação ou reprodução de suas obras, b) o sigilo das votações;
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; c) a soberania dos veredictos;
O Direito Autoral configura-se como um privilégio vitalício, d) a competência para o julgamento dos crimes
transmissível aos herdeiros apenas pelo prazo que a lei dolosos contra a vida;
determinar. Após o prazo estipulado, será de domínio público.
STF: Súmula Vinculante 45 - A competência constitucional do
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função
a) a proteção às participações individuais em obras estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual
coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, STF: Súmula 603 - A competência para o processo e julgamento
inclusive nas atividades desportivas; de latrocínio é do juiz singular, e não do Tribunal do Júri.
b) o direito de fiscalização do aproveitamento XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina,
econômico das obras que criarem ou de que participarem nem pena sem prévia cominação legal;
aos criadores, aos intérpretes e às respectivas O Princípio da Legalidade desdobra-se em dois: Princípio da
representações sindicais e associativas; Reserva Legal e Princípio da anterioridade.
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos XL - a lei penal não retroagirá, salvo para
industriais privilégio temporário para sua utilização, bem beneficiar o réu;
como proteção às criações industriais, à propriedade das STF: Súmula 711 - A lei penal mais grave aplica-se ao crime
marcas, aos nomes de empresas e a outros signos continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior
distintivos, tendo em vista o interesse social e o à cessação da continuidade ou da permanência.
desenvolvimento tecnológico e econômico do País; XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória
Os inventos industriais, diferentemente do direito autoral, são dos direitos e liberdades fundamentais;
privilégios temporários. XLII - a prática do racismo constitui crime
XXX - é garantido o direito de herança; inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros nos termos da lei;
situados no País será regulada pela lei brasileira em XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o
não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por
defesa do consumidor; eles respondendo os mandantes, os executores e os que,
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos podendo evitá-los, se omitirem; (Memorize: 3TH não tem Graça)
públicos informações de seu interesse particular, ou de XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo ação de grupos armados, civis ou militares, contra a
da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas ordem constitucional e o Estado Democrático;
cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade XLV - nenhuma pena passará da pessoa do
e do Estado; condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a
XXXIV - são a todos assegurados, decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei,
independentemente do pagamento de taxas: estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em o limite do valor do patrimônio transferido; (Princípio da
defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de intranscendência das penas)
poder; XLVI - a lei regulará a individualização da pena e
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, adotará, entre outras, as seguintes: (Princípio da
para defesa de direitos e esclarecimento de situações de individualização da pena)
interesse pessoal; a) privação ou restrição da liberdade;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder b) perda de bens;
Judiciário lesão ou ameaça a direito; (Princípio da c) multa;
Inafastabilidade de Jurisdição) d) prestação social alternativa;
Como regra, qualquer pessoa poderá acessar o Poder Judiciário e) suspensão ou interdição de direitos;
sem a necessidade de esgotar as esferas administrativas, Rol não-exaustivo, podendo a lei criar novos tipos de
ressalvadas as questões relativas à Justiça Desportiva e ao penalidades.
Habeas Data. XLVII - não haverá penas:

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a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, LXI - ninguém será preso senão em flagrante
nos termos do art. 84, XIX; delito ou por ordem escrita e fundamentada de
b) de caráter perpétuo; autoridade judiciária competente, salvo nos casos de
c) de trabalhos forçados; transgressão militar ou crime propriamente militar,
d) de banimento; definidos em lei;
e) cruéis; LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde
Quanto ao caráter perpétuo, o máximo penal legalmente se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
exequível, no ordenamento positivo nacional, é de 40 (quarenta) competente e à família do preso ou à pessoa por ele
anos. (2019) indicada;
XLVIII - a pena será cumprida em LXIII - o preso será informado de seus direitos,
estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
do delito, a idade e o sexo do apenado; assegurada a assistência da família e de advogado;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à (Direito ao silêncio e à não-autoincriminação)
integridade física e moral; LXIV - o preso tem direito à identificação dos
L - às presidiárias serão asseguradas condições responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório
para que possam permanecer com seus filhos durante o policial;
período de amamentação; LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o pela autoridade judiciária;
naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela
da naturalização, ou de comprovado envolvimento em mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da ou sem fiança;
lei; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo
LII - não será concedida extradição de estrangeiro a do responsável pelo inadimplemento voluntário e
por crime político ou de opinião; (Concessão de asilo político) inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário
LIII - ninguém será processado nem sentenciado infiel;
senão pela autoridade competente; (Princípio do Juiz Natural) O Brasil tornou-se signatário da Convenção Americana de
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus Direitos Humanos - Pacto de San Jose da Costa Rica, que
bens sem o devido processo legal; (Princípio do devido somente permite a prisão civil pelo não pagamento de obrigação
processo legal - Due process of law) alimentícia. Embora a Constituição continue prevendo a
LV - aos litigantes, em processo judicial ou possibilidade de prisão do depositário infiel, a referida
convenção, por possuir status supralegal, suspendeu a eficácia
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados de toda legislação infraconstitucional que regia essa prisão civil,
o contraditório e ampla defesa, com os meios e tornando-a inaplicável.
recursos a ela inerentes; ---------------------------------------------------------------------------------------
STF: Súmula Vinculante 5 - A falta de defesa técnica por STF: Súmula Vinculante 25 - É ilícita a prisão civil do
advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito.
Constituição. LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que
STF: Súmula Vinculante 14 - É direito do defensor, no interesse alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência
do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que,
já documentados em procedimento investigatório realizado por
ou coação em sua liberdade de locomoção, por
órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao ilegalidade ou abuso de poder;
exercício do direito de defesa. LXIX - conceder-se-á mandado de segurança
STF: Súmula Vinculante 21: É inconstitucional a exigência de para proteger direito líquido e certo, não amparado
depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável
admissibilidade de recurso administrativo. pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública
STF: Súmula Vinculante 28 - É inconstitucional a exigência de ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições
depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação do Poder Público;
judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito
tributário.
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser
impetrado por:
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas
a) partido político com representação no Congresso
obtidas por meios ilícitos;
Nacional;
Para a Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada (Fruits of the b) organização sindical, entidade de classe ou
Poisonous Tree), uma prova ilícita contamina todas as outras que
dela derivam. Essa teoria é denominada pela doutrina como
associação legalmente constituída e em funcionamento
ilicitude por derivação. há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus
--------------------------------------------------------------------------------------- membros ou associados;
STJ: Não se aplica a Teoria da Árvore dos Frutos Envenenados LXXI - conceder-se-á mandado de injunção
quando a prova considerada como ilícita é independente dos sempre que a falta de norma regulamentadora torne
demais elementos de convicção coligidos nos autos, bastantes inviável o exercício dos direitos e liberdades
para fundamentar a condenação. constitucionais e das prerrogativas inerentes à
LVII - ninguém será considerado culpado até o nacionalidade, à soberania e à cidadania;
trânsito em julgado de sentença penal condenatória; LXXII - conceder-se-á habeas data:
(Princípio da presunção de inocência) a) para assegurar o conhecimento de informações
LVIII - o civilmente identificado não será submetido relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros
a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em ou bancos de dados de entidades governamentais ou de
lei; caráter público;
LIX - será admitida ação privada nos crimes de b) para a retificação de dados, quando não se
ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos administrativo;
atos processuais quando a defesa da intimidade ou o LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para
interesse social o exigirem; propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao

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Samara Aparecida, [email protected]
patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e
ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus
da sucumbência;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica
integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de
recursos;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro _____________________________________
01
judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo
fixado na sentença; _____________________________________
02

LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente


pobres, na forma da lei: _____________________________________
03

a) o registro civil de nascimento;


b) a certidão de óbito; _____________________________________
04

LXXVII - são gratuitas as ações de habeas


corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos _____________________________________
05

necessários ao exercício da cidadania.


_____________________________________
06
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e
administrativo, são assegurados a razoável duração do _____________________________________
07
processo e os meios que garantam a celeridade de sua
tramitação. _____________________________________
08

LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito


à proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios _____________________________________
09

digitais. (2022)
_____________________________________
10
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais têm aplicação imediata. _____________________________________
11

§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta


Constituição não excluem outros decorrentes do regime e _____________________________________
12

dos princípios por ela adotados, ou dos tratados


internacionais em que a República Federativa do Brasil _____________________________________
13

seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais _____________________________________
14

sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada


Casa do Congresso Nacional, em 2 (dois) turnos, por 3/5
_____________________________________
15

(três quintos) dos votos dos respectivos membros, serão


equivalentes às emendas constitucionais.
Os tratados e convenções internacionais de direitos humanos Resolução nº 01, de 13.09.2000
que não forem aprovados de acordo com os critérios acima
mencionados terão hierarquia supralegal, situando-se abaixo Comissão de Ética Pública
da Constituição e acima da legislação interna. Os tratados
internacionais que não versem sobre direito humanos terão
status de leis ordinárias. Estabelece procedimentos para apresentação de
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal informações, sobre situação patrimonial, pelas
Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado autoridades submetidas ao Código de Conduta da Alta
adesão. Administração Federal.

Direitos e garantias fundamentais A COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA, no uso de


STF: Súmula vinculante 25 - É ilícita a prisão civil de depositário suas atribuições, e tendo em vista o disposto no art. 4o do
infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito. Código de Conduta da Alta Administração Federal,
STF: Súmula 654 - A garantia da irretroatividade da lei, prevista
no art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, não é invocável
pela entidade estatal que a tenha editado.
RESOLVE:
STJ: Súmula 444 - É vedada a utilização de inquéritos policiais e
ações penais em curso para agravar a pena-base. Art. 1º O cumprimento do disposto no art. 4º do
STJ: Súmula 2 - Não cabe o habeas data (CF, art. 5º, LXXII, Código de Conduta da Alta Administração Federal, que
letra "a") se não houve recusa de informações por parte da trata da apresentação de informações sobre a situação
autoridade administrativa. patrimonial das autoridades a ele submetidas, será
STJ: Súmula 419 - Descabe a prisão civil do depositário infiel. atendido mediante o envio à Comissão de Ética Pública -
STJ: Súmula 280 - O art. 35 do Decreto-Lei n° 7.661, de 1945, CEP de:
que estabelece a prisão administrativa, foi revogado pelos incisos
LXI e LXVII do art. 5° da Constituição Federal de 1988.
STJ: Súmula 403 - Independe de prova do prejuízo a I - lista dos bens, com identificação dos respectivos
indenização pela publicação não autorizada da imagem de valores estimados ou de aquisição, que poderá ser
pessoa com fins econômicos ou comerciais. substituída pela remessa de cópia da última declaração
de bens apresentada à Secretaria da Receita Federal do
Ministério da Fazenda;
II - informação sobre situação patrimonial
específica que, a juízo da autoridade, suscite ou possa

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Samara Aparecida, [email protected]
eventualmente suscitar conflito com o interesse público e, _____________________________________
09

se for o caso, o modo pelo qual pretende evitá-lo.


_____________________________________
10

Art. 2º As informações prestadas na forma do


artigo anterior são de caráter sigiloso e, uma vez _____________________________________
11

conferidas por pessoa designada pela CEP, serão


encerradas em envelope lacrado. _____________________________________
12

Art. 3º A autoridade deverá também comunicar à


_____________________________________
13

CEP as participações de que for titular em sociedades de _____________________________________


14
economia mista, de instituição financeira ou de empresa
que negocie com o Poder Público, conforme determina o _____________________________________
15

art. 6o do Código de Conduta.

Art. 4º O prazo de apresentação de informações


será de dez dias, contados: Resolução nº 02, de 24.10.2000
I - da data de publicação desta Resolução, para Comissão de Ética Pública
as autoridades que já se encontram no exercício do
cargo;
II - da data da posse, para as autoridades que Regula a participação de autoridade pública
vierem a ser doravante nomeadas. abrangida pelo Código de Conduta da Alta Administração
Federal em seminários e outros eventos.
Art. 5º As seguintes autoridades estão obrigadas a
prestar informações (art. 2º do Código de Conduta): A Comissão de Ética Pública, com fundamento
I - Ministros e Secretários de Estado; no art. 2º, inciso V, do Decreto de 26 de maio de 1999,
II - titulares de cargos de natureza especial, adota a presente resolução interpretativa do parágrafo
secretários-executivos, secretários ou autoridades único do art.7º do Código de Conduta da Alta
equivalentes ocupantes de cargo do Grupo-Direção e Administração Federal.
Assessoramento Superiores - DAS, nível seis;
III - presidentes e diretores de agências nacionais, 1. A participação de autoridade pública abrangida
autarquias, inclusive as especiais, fundações mantidas pelo Código de Conduta da Alta Administração Federal
pelo Poder Público, empresas públicas e sociedades de em atividades externas, tais como seminários,
economia mista. congressos, palestras e eventos semelhantes, no Brasil
ou no exterior, pode ser de interesse institucional ou
Art. 6º As informações prestadas serão mantidas pessoal.
em sigilo, como determina o § 2º do art. 5º do referido
Código. 2. Quando se tratar de participação em evento de
interesse institucional, as despesas de transporte e
Art. 7º As informações de que trata esta Resolução estada, bem como as taxas de inscrição, se devidas,
deverão ser remetidas à CEP, em envelope lacrado, correrão por conta do órgão a que pertença a autoridade,
localizada no Anexo II do Palácio do Planalto, sala 250 - observado o seguinte:
Brasília-DF. I - excepcionalmente, as despesas de transporte e
estada, bem como as taxas de inscrição, poderão ser
João Geraldo Piquet Carneiro custeadas pelo patrocinador do evento, se este for:
Presidente a) organismo internacional do qual o Brasil faça
parte;
b) governo estrangeiro e suas instituições;
c) instituição acadêmica, científica e cultural;
d) empresa, entidade ou associação de classe que
não esteja sob a jurisdição regulatória do órgão a que
pertença a autoridade, nem que possa ser beneficiária de
decisão da qual participe a referida autoridade, seja
individualmente, seja em caráter coletivo.
II - a autoridade poderá aceitar descontos de
_____________________________________
01 transporte, hospedagem e refeição, bem como de taxas
de inscrição, desde que não se refira a benefício pessoal.
_____________________________________
02

3. Quando se tratar de evento de interesse pessoal


_____________________________________
03
da autoridade, as despesas de remuneração, transporte e
estada poderão ser custeadas pelo patrocinador, desde
_____________________________________
04
que:
_____________________________________
05
I - a autoridade torne públicas as condições
aplicáveis à sua participação, inclusive o valor da
_____________________________________
06 remuneração, se for o caso;
II - o promotor do evento não tenha interesse em
_____________________________________
07 decisão que possa ser tomada pela autoridade, seja
individualmente, seja de caráter coletivo.
_____________________________________
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4. As atividades externas de interesse pessoal não
poderão ser exercidas em prejuízo das atividades normais A Resolução, para fins práticos, distinguiu a
inerentes ao cargo. participação da autoridade em dois tipos: a de
interesse institucional e a de interesse pessoal. Entende-
5. A publicidade da remuneração e das despesas se por participação de interesse institucional aquela que
de transporte e estada será assegurada mediante registro resulte de necessidade e conveniência identificada do
do compromisso na respectiva agenda de trabalho da órgão ao qual pertença a autoridade e que possa
autoridade, com explicitação das condições de sua concorrer para o cumprimento de suas atribuições legais.
participação, a qual ficará disponível para consulta pelos
interessados. Quando a participação for de interesse pessoal, a
cobertura de custos pelos promotores do evento somente
6. A autoridade não poderá aceitar o pagamento será admissível se: 1) a autoridade tornar públicas as
ou reembolso de despesa de transporte e estada, condições aplicáveis à sua participação; 2) o promotor do
referentes à sua participação em evento de interesse evento não tiver interesse em decisão da esfera de
institucional ou pessoal, por pessoa física ou jurídica com competência da autoridade; 3) a participação não resulte
a qual o órgão a que pertença mantenha relação de em prejuízo das atividades normais inerentes ao seu
negócio, salvo se o pagamento ou reembolso decorrer de cargo.
obrigação contratual previamente assumida perante
aquele órgão. Em se tratando de participação de autoridade em
evento de interesse institucional, não é permitida a
24 de outubro de 2000 cobertura das despesas de transporte e estada pelo
promotor do evento, exceto quando este for: 1) organismo
João Geraldo Piquet Carneiro internacional do qual o Brasil faça parte; 2) governo
Presidente da Comissão de Ética Pública estrangeiro e suas instituições; 3) instituição acadêmica,
científica ou cultural; 4) empresa, entidade ou associação
Nota Explicativa de classe que não tenha interesse em decisão da
autoridade. Da mesma forma, as despesas poderão ser
Participação de autoridades submetidas ao cobertas pelo promotor do evento quando decorrente de
Código de Conduta da Alta Administração Federal em obrigação contratual de empresa perante a instituição da
seminários, congressos e eventos semelhantes autoridade.

O Código de Conduta da Alta Administração Não será permitida, tampouco, a aceitação do


Federal estabeleceu os limites que devem ser observados pagamento ou reembolso de despesa de transporte e
para a participação de autoridades a ele submetidas em estada por empresa com a qual o órgão a que pertença a
seminários, congressos e eventos semelhantes (art. 7º, autoridade mantenha relação de negócio. É o caso, por
parágrafo único). exemplo, de empresa que forneça bens ou serviços ao
referido órgão, a menos que tal pagamento ou reembolso
A experiência anterior ao Código de Conduta decorra de obrigação contratual por ela assumida.
revela um tratamento não uniforme nas condições
relativas à participação das autoridades da alta A publicidade relativa à participação das
administração federal nesses eventos. Com efeito, diante autoridades em eventos externos será assegurada
das conhecidas restrições de natureza orçamentária e mediante registro na agenda de trabalho da autoridade
financeira, passou-se a admitir que as despesas de das condições de sua participação, inclusive
viagem e estada da autoridade fossem custeadas pelo remuneração, se for o caso. A agenda de trabalho ficará
promotor do seminário ou congresso. disponível para consulta por qualquer interessado. O
acesso público à agenda deve ser facilitado.
Tal prática, porém, não se coaduna com a
necessidade de prevenir situações que possam Em síntese, por meio desta resolução
comprometer a imagem do governo ou, até mesmo, interpretativa, a Comissão procurou fixar os balizamentos
colocar a autoridade em situação de constrangimento. É o mínimos a serem observados pelas autoridades
que ocorre, por exemplo, quando o patrocinador tem abrangidas pelo Código de Conduta, sem prejuízo de que
interesse em decisão específica daquela autoridade. cada órgão detalhe suas próprias normas internas sobre a
participação de seus servidores em eventos externos.
Após o advento do Código de Conduta, diversas
consultas sobre o tema chegaram à Comissão de Ética
Pública, o que demonstrou a inequívoca necessidade de
tornar mais clara e detalhada a aplicação da norma
constante do Código de Conduta.

A presente Resolução, de caráter interpretativo,


visa justamente afastar dúvidas sobre a maneira pela qual
a autoridade pública poderá participar de determinados
eventos externos, dentro dos limites éticos constantes do
Código de Conduta. Os dois princípios básicos que
orientam a resolução ora adotada são a transparência, _____________________________________
01

assegurada pela publicidade, e a inexistência de


interesse do patrocinador dos referidos eventos em
decisão da autoridade pública convidada.

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XIII - duração do trabalho normal não superior a 8
Constituição da República Federativa (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da
do Brasil de 1988 jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de
trabalho;
XIV - jornada de 6 (seis) horas para o trabalho
CAPÍTULO II realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
DOS DIREITOS SOCIAIS salvo negociação coletiva;
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a XV - repouso semanal remunerado,
alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a preferencialmente aos domingos;
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade XVI - remuneração do serviço extraordinário
e à infância, a assistência aos desamparados, na forma superior, no mínimo, em 50% (cinquenta por cento) à do
desta Constituição. normal;
Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de XVII - gozo de férias anuais remuneradas com,
vulnerabilidade social terá direito a uma renda básica pelo menos, 1/3 (um terço) a mais do que o salário
familiar, garantida pelo poder público em programa normal;
permanente de transferência de renda, cujas normas e XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do
requisitos de acesso serão determinados em lei, emprego e do salário, com a duração de 120 (cento e
observada a legislação fiscal e orçamentária. (2021) vinte) dias;
STF: Os prazos da licença-gestante não poderão ser superiores
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e aos prazos da licença-adotante.
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em
condição social: lei;
I - relação de emprego protegida contra despedida XX - proteção do mercado de trabalho da mulher,
arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
complementar, que preverá indenização compensatória, XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de
dentre outros direitos; (Eficácia limitada) serviço, sendo no mínimo de 30 (trinta) dias, nos termos
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego da lei;
involuntário; XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por
III - fundo de garantia do tempo de serviço; (FGTS) meio de normas de saúde, higiene e segurança;
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente XXIII - adicional de remuneração para as atividades
unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, XXIV - aposentadoria; (Benefício previdenciário)
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e XXV - assistência gratuita aos filhos e
previdência social, com reajustes periódicos que lhe dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua idade em creches e pré-escolas;
vinculação para qualquer fim; (Reserva legal) XXVI - reconhecimento das convenções e
STF: Súmula vinculante 6 - Não viola a Constituição o acordos coletivos de trabalho;
estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para XXVII - proteção em face da automação, na forma
as praças prestadoras de serviço militar inicial. da lei; (Eficácia limitada)
V - piso salarial proporcional à extensão e à XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a
complexidade do trabalho; cargo do empregador, sem excluir a indenização a que
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
em convenção ou acordo coletivo; XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, relações de trabalho, com prazo prescricional de 5
para os que percebem remuneração variável; (cinco) anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o
VIII - décimo terceiro salário com base na limite de 2 (dois) anos após a extinção do contrato de
remuneração integral ou no valor da aposentadoria; trabalho;
(Gratificação natalina) a) (Revogada).
IX – remuneração do trabalho noturno superior à b) (Revogada).
do diurno; XXX - proibição de diferença de salários, de
STF: Súmula 213 - É devido o adicional de serviço noturno, exercício de funções e de critério de admissão por motivo
ainda que sujeito o empregado ao regime de revezamento. de sexo, idade, cor ou estado civil;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo XXXI - proibição de qualquer discriminação no
crime sua retenção dolosa; (Natureza alimentar) tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador
XI – participação nos lucros, ou resultados, portador de deficiência;
desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, XXXII - proibição de distinção entre trabalho
participação na gestão da empresa, conforme definido em manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais
lei; (Eficácia limitada) respectivos;
XII - salário-família pago em razão do dependente XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso
do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; (Benefício ou insalubre a menores de 18 (dezoito) e de qualquer
previdenciário) trabalho a menores de 16 (dezesseis) anos, salvo na
condição de aprendiz, a partir de 14 (quatorze) anos;

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XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador Art. 9º É assegurado o direito de greve,
com vínculo empregatício permanente e o trabalhador competindo aos trabalhadores decidir sobre a
avulso. oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos devam por meio dele defender.
trabalhadores domésticos os direitos previstos nos STF: Não constitui falta grave a entrada do empregado em greve,
incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, desde que não se trate de movimento condenado pela Justiça do
XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas Trabalho e desde que o comportamento seja pacífico no
as condições estabelecidas em lei e observada a pertinente.
simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, § 1º A lei definirá os serviços ou atividades
principais e acessórias, decorrentes da relação de essenciais e disporá sobre o atendimento das
trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, necessidades inadiáveis da comunidade.
II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à § 2º Os abusos cometidos sujeitam os
previdência social. responsáveis às penas da lei.
Art. 10. É assegurada a participação dos
Art. 8º É livre a associação profissional ou trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos
sindical, observado o seguinte: públicos em que seus interesses profissionais ou
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.
para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no Art. 11. Nas empresas de mais de 200 (duzentos)
órgão competente, vedadas ao Poder Público a empregados, é assegurada a eleição de um
interferência e a intervenção na organização sindical; representante destes com a finalidade exclusiva de
II - é vedada a criação de mais de uma promover-lhes o entendimento direto com os
organização sindical, em qualquer grau, representativa empregadores.
de categoria profissional ou econômica, na mesma base
territorial, que será definida pelos trabalhadores ou CAPÍTULO III
empregadores interessados, não podendo ser inferior à DA NACIONALIDADE
área de um Município; (Princípio da unicidade sindical) Art. 12. São brasileiros:
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e I - natos:
interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive NACIONALIDADE ORIGINÁRIA
em questões judiciais ou administrativas; a) os nascidos na República Federativa do Brasil,
STF: O sindicato atua como substituto processual, não ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não
havendo necessidade de prévia autorização dos trabalhadores. estejam a serviço de seu país; (Jus solis)
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou
em se tratando de categoria profissional, será descontada mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço
em folha, para custeio do sistema confederativo da da República Federativa do Brasil; (Jus sanguinis)
representação sindical respectiva, independentemente da c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou
contribuição prevista em lei; (Contribuição confederativa) de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
Contribuição repartição brasileira competente ou venham a residir na
Contribuição Sindical
Confederativa República Federativa do Brasil e optem, em qualquer
- Art. 8º, IV, CF/88 - Art. 149, CF/88 tempo, depois de atingida a maioridade, pela
- Fixada em assembleia - Fixada em lei nacionalidade brasileira; (Jus sanguinis / Potestativa)
geral - Tem Natureza tributária II - naturalizados:
- Não tem natureza - A Reforma Trabalhista de 2017
tributária tornou o recolhimento obrigatório NACIONALIDADE DERIVADA
- Facultativa apenas quando autorizado pelo a) os que, na forma da lei, adquiram a
empregado. nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de
STF: Súmula Vinculante 40 - A contribuição confederativa de países de língua portuguesa apenas residência por 1
que trata o art. 8º, IV, da Constituição Federal, só é exigível dos (um) ano ininterrupto e idoneidade moral; (Naturalização
filiados ao sindicato respectivo ordinária)
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade,
manter-se filiado a sindicato; (Princípio da liberdade sindical) residentes na República Federativa do Brasil há mais de
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas 15 (quinze) anos ininterruptos e sem condenação penal,
negociações coletivas de trabalho; desde que requeiram a nacionalidade brasileira;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser (Naturalização extraordinária)
votado nas organizações sindicais; § 1º Aos portugueses com residência
VIII - é vedada a dispensa do empregado permanente no País, se houver reciprocidade em favor de
sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao
de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.
que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo Não há atribuição de nacionalidade aos portugueses, mas a
se cometer falta grave nos termos da lei. (Estabilidade concessão de direitos inerentes aos nacionais do Brasil. Os
sindical) portugueses permanecem com sua nacionalidade.
STF: A garantia constitucional assegurada ao empregado § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre
enquanto no cumprimento de mandato sindical não se destina a brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos
ele propriamente dito, ex intuitu personae, mas sim à previstos nesta Constituição.
representação sindical de que se investe, que deixa de existir, § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: (Rol
entretanto, se extinta a empresa empregadora. taxativo)
Parágrafo único. As disposições deste artigo I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei III - de Presidente do Senado Federal;
estabelecer. IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

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V - da carreira diplomática; V - a filiação partidária;
VI - de oficial das Forças Armadas. VI - a idade mínima de:
VII - de Ministro de Estado da Defesa a) 35 (trinta e cinco) anos para Presidente e Vice-
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do Presidente da República e Senador;
brasileiro que: b) 30 (trinta) anos para Governador e Vice-
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença Governador de Estado e do Distrito Federal;
judicial, em virtude de fraude relacionada ao processo de c) 21 (vinte e um) anos para Deputado Federal,
naturalização ou de atentado contra a ordem Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e
constitucional e o Estado Democrático; (Redação dada pela juiz de paz;
Emenda Constitucional nº 131, de 2023) d) 18 (dezoito) anos para Vereador.
II - fizer pedido expresso de perda da § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os
nacionalidade brasileira perante autoridade brasileira analfabetos.
competente, ressalvadas situações que acarretem § 5º O Presidente da República, os Governadores
apátrida. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 131, de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os
de 2023) houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos
a) revogada; (Redação dada pela Emenda poderão ser reeleitos para um único período
Constitucional nº 131, de 2023) subsequente.
b) revogada. (Redação dada pela Emenda § 6º Para concorrerem a outros cargos, o
Constitucional nº 131, de 2023)
Presidente da República, os Governadores de Estado e
§ 5º A renúncia da nacionalidade, nos termos do
do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos
inciso II do § 4º deste artigo, não impede o interessado de
respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do
readquirir sua nacionalidade brasileira originária, nos
pleito.
termos da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do
131, de 2023)
titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins,
até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da
República, de Governador de Estado ou Território, do
República Federativa do Brasil.
Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
§ 1º São símbolos da República Federativa do
substituído dentro dos 6 (seis) meses anteriores ao pleito,
Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.
salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
reeleição. (Inelegibilidade reflexa)
poderão ter símbolos próprios.
STF: Súmula vinculante 18 - A dissolução da sociedade ou do
vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a
CAPÍTULO IV inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição
DOS DIREITOS POLÍTICOS Federal
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor seguintes condições:
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - se contar menos de 10 (dez) anos de serviço,
(Democracia semidireta ou participativa)
deverá afastar-se da atividade;
I - plebiscito;
II - se contar mais de 10 (dez) anos de serviço,
Consulta a população previamente à edição do ato legislativo ou
será agregado pela autoridade superior e, se eleito,
administrativo;
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a
II - referendo; inatividade.
Consulta a população posteriormente à edição do ato legislativo § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos
ou administrativo, para que o povo ratifique ou rejeite o ato.
de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de
III - iniciativa popular. proteger a probidade administrativa, a moralidade para
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: exercício de mandato considerada vida pregressa do
(Capacidade eleitoral ativa)
candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições
I - obrigatórios para os maiores de 18 (dezoito)
contra a influência do poder econômico ou o abuso do
anos;
exercício de função, cargo ou emprego na administração
II - facultativos para:
direta ou indireta.
a) os analfabetos;
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado
b) os maiores de 70 (setenta) anos;
ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias
c) os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18
contados da diplomação, instruída a ação com provas de
(dezoito) anos.
abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
TSE: Poderão votar aqueles que, na data da eleição, tiverem
§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará
completado a idade mínima de 16 anos.
TSE: Resolução 21.920/2004 – Não estará sujeita a sanção a em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma
pessoa portadora de deficiência que torne impossível ou da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
demasiadamente oneroso o cumprimento das obrigações § 12. Serão realizadas concomitantemente às
eleitorais, relativas ao alistamento e ao exercício do voto. eleições municipais as consultas populares sobre
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os questões locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e
estrangeiros e, durante o período do serviço militar encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90 (noventa) dias
obrigatório, os conscritos. antes da data das eleições, observados os limites
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da operacionais relativos ao número de quesitos. (2021)
lei: (Capacidade eleitoral passiva) § 13. As manifestações favoráveis e contrárias às
I - a nacionalidade brasileira; questões submetidas às consultas populares nos termos
II - o pleno exercício dos direitos políticos; do § 12 ocorrerão durante as campanhas eleitorais, sem a
III - o alistamento eleitoral; utilização de propaganda gratuita no rádio e na
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; televisão. (2021)

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Samara Aparecida, [email protected]
§ 6º Os Deputados Federais, os Deputados
Art. 15. É vedada a cassação de direitos Estaduais, os Deputados Distritais e os Vereadores que
políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos se desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos
de: perderão o mandato, salvo nos casos de anuência do
I - cancelamento da naturalização por sentença partido ou de outras hipóteses de justa causa
transitada em julgado; (Perda) estabelecidas em lei, não computada, em qualquer caso,
II - incapacidade civil absoluta; (Suspensão) a migração de partido para fins de distribuição de
III - condenação criminal transitada em julgado, recursos do fundo partidário ou de outros fundos públicos
enquanto durarem seus efeitos; (Suspensão) e de acesso gratuito ao rádio e à televisão. (2021)
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta § 7º Os partidos políticos devem aplicar no mínimo
ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; (Perda) 5% (cinco por cento) dos recursos do fundo partidário na
V - improbidade administrativa, nos termos do art. criação e na manutenção de programas de promoção e
37, § 4º. (Suspensão) difusão da participação política das mulheres, de acordo
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará com os interesses intrapartidários. (2022)
em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à § 8º O montante do Fundo Especial de
eleição que ocorra até um ano da data de sua Financiamento de Campanha e da parcela do fundo
vigência. (Princípio da anterioridade eleitoral) partidário destinada a campanhas eleitorais, bem como o
tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão a
CAPÍTULO V ser distribuído pelos partidos às respectivas candidatas,
DOS PARTIDOS POLÍTICOS deverão ser de no mínimo 30% (trinta por cento),
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e proporcional ao número de candidatas, e a distribuição
extinção de partidos políticos, resguardados a soberania deverá ser realizada conforme critérios definidos pelos
nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os respectivos órgãos de direção e pelas normas
direitos fundamentais da pessoa humana e observados os estatutárias, considerados a autonomia e o interesse
seguintes preceitos: partidário. (2022)
I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos
financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de
subordinação a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a
lei.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos
autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de
seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua 01_____________________________________
organização e funcionamento e para adotar os critérios de
escolha e o regime de suas coligações nas eleições
02_____________________________________
majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições 03_____________________________________
proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação
entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, 04_____________________________________
distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer
normas de disciplina e fidelidade partidária. (2017) 05_____________________________________
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem
personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão 06_____________________________________
seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo 07_____________________________________
partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na
forma da lei, os partidos políticos que alternativamente:
08_____________________________________
(2017) (Cláusula de barreira)
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos
09_____________________________________
Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos 10_____________________________________
válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 (um terço) das
unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por 11_____________________________________
cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou (2017)
II - tiverem elegido pelo menos 15 (quinze) 12_____________________________________
Deputados Federais distribuídos em pelo menos 1/3 (um
terço) das unidades da Federação. (2017) 13_____________________________________
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos
de organização paramilitar. 14_____________________________________
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os
requisitos previstos no § 3º deste artigo é assegurado o
15_____________________________________
mandato e facultada a filiação, sem perda do
mandato, a outro partido que os tenha atingido, não
sendo essa filiação considerada para fins de distribuição Resolução nº 03, de 23.11.2000
dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao
tempo de rádio e de televisão. (2017)
Comissão de Ética Pública

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Samara Aparecida, [email protected]
Regras sobre o tratamento de presentes e brindes II – prêmio concedido em razão de concurso de
aplicáveis às autoridades públicas abrangidas pelo acesso público a trabalho de natureza acadêmica,
Código de Conduta da Alta Administração Federal. científica, tecnológica ou cultural;
III – bolsa de estudos vinculada ao
A Comissão de Ética Pública, com fundamento aperfeiçoamento profissional ou técnico da autoridade,
no art. 2º, inciso V, do Decreto de 26 de maio de 1999, e desde que o patrocinador não tenha interesse em decisão
considerando que: que possa ser tomada pela autoridade, em razão do cargo
a) de acordo com o art. 9º do Código de Conduta que ocupa.
da Alta Administração Federal, é vedada a aceitação de
presentes por autoridades públicas a ele submetidas; Brindes
b) a aplicação da mencionada norma e de suas 5. É permitida a aceitação de brindes, como tal
exceções requer orientação de caráter prático às referidas entendidos aqueles:
autoridades, I –que não tenham valor comercial ou sejam
distribuídos por entidade de qualquer natureza a título de
Resolve adotar a presente Resolução de caráter cortesia, propaganda, divulgação habitual ou por ocasião
interpretativo: de eventos ou datas comemorativas de caráter histórico
ou cultural, desde que não ultrapassem o valor unitário de
Presentes R$ 100,00 (cem reais);
1. A proibição de que trata o Código de Conduta se II – cuja periodicidade de distribuição não seja
refere ao recebimento de presentes de qualquer valor, em inferior a 12 (doze) meses; e
razão do cargo que ocupa a autoridade, quando o III – que sejam de caráter geral e, portanto, não se
ofertante for pessoa, empresa ou entidade que: destinem a agraciar exclusivamente uma determinada
I – esteja sujeita à jurisdição regulatória do órgão a autoridade.
que pertença a autoridade;
II – tenha interesse pessoal, profissional ou 6. Se o valor do brinde ultrapassar a R$ 100,00
empresarial em decisão que possa ser tomada pela (cem reais), será ele tratado como presente, aplicando-se-
autoridade, individualmente ou de caráter coletivo, em lhe a norma prevista no item 3 acima.
razão do cargo;
III – mantenha relação comercial com o órgão a 7. Havendo dúvida se o brinde tem valor comercial
que pertença a autoridade; ou de até R$ 100,00 (cem reais), a autoridade determinará
IV – represente interesse de terceiros, como sua avaliação junto ao comércio , podendo ainda, se
procurador ou preposto, de pessoas, empresas ou julgar conveniente, dar-lhe desde logo o tratamento de
entidades compreendidas nos incisos I, II e III. presente.

2. É permitida a aceitação de presentes: Divulgação e solução de dúvidas


I – em razão de laços de parentesco ou amizade, 8. A autoridade deverá transmitir a seus
desde que o seu custo seja arcado pelo próprio ofertante, subordinados as normas constantes desta Resolução, de
e não por pessoa, empresa ou entidade que se enquadre modo a que tenham ampla divulgação no ambiente de
em qualquer das hipóteses previstas no item anterior; trabalho.
II – quando ofertados por autoridades estrangeiras,
nos casos protocolares em que houver reciprocidade ou 9. A incorporação de presentes ao patrimônio
em razão do exercício de funções diplomáticas. histórico cultural e artístico, assim como a sua doação a
entidade de caráter assistencial ou filantrópico
3. Não sendo viável a recusa ou a devolução reconhecida como de utilidade pública, deverá constar da
imediata de presente cuja aceitação é vedada, a respectiva agenda de trabalho ou de registro específico
autoridade deverá adotar uma das seguintes da autoridade, para fins de eventual controle.
providências: (Redação dada pela Resolução nº 6, de 25.7.2001)
I – tratando-se de bem de valor histórico, cultural 10. Dúvidas específicas a respeito da
ou artístico, destiná-lo ao acervo do Instituto do implementação das normas sobre presentes e brindes
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN para que poderão ser submetidas à Comissão de Ética Pública,
este lhe dê o destino legal adequado; conforme o previsto no art. 19 do Código de Conduta.
II - promover a sua doação a entidade de caráter
assistencial ou filantrópico reconhecida como de utilidade Brasília, 23 de novembro de 2000
pública, desde que, tratando-se de bem não perecível, se João Geraldo Piquet Carneiro
comprometa a aplicar o bem ou o produto da sua Presidente da Comissão
alienação em suas atividades fim; ou (Redação dada pela
Resolução nº 6, de 25.7.2001)
III - determinar a incorporação ao patrimônio da
entidade ou do órgão público onde exerce a função.
(Incluído pela Resolução nº 6, de 25.7.2001)

4. Não caracteriza presente, para os fins desta


Resolução:
I – prêmio em dinheiro ou bens concedido à
autoridade por entidade acadêmica, científica ou cultural,
01_____________________________________
em reconhecimento por sua contribuição de caráter
intelectual;

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Resolução nº 06, de 25.07.2001 12_____________________________________
Comissão de Ética Pública 13_____________________________________
14_____________________________________
Dá nova redação ao item III da Resolução nº 3, de
23 de novembro de 2000. 15_____________________________________
A COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA, no uso de
suas atribuições, e tendo em vista o disposto no art. 2 o,
inciso V, do Decreto de 26 de maio de 1999, que a
instituiu, adotou a seguinte

RESOLUÇÃO:

Art. 1o O item 3 da Resolução no 3, de 23 de


novembro de 2000, passa a vigorar com a seguinte
redação:

"3. Não sendo viável a recusa ou a devolução imediata


de presente cuja aceitação é vedada, a autoridade
deverá adotar uma das seguintes providências:
I - ...............................................
II - promover a sua doação a entidade de caráter
assistencial ou filantrópico reconhecida como de utilidade
pública, desde que, tratando-se de bem não perecível, se
comprometa a aplicar o bem ou o produto da sua
alienação em suas atividades fim; ou
III - determinar a incorporação ao patrimônio da entidade
ou do órgão público onde exerce a função."

Art. 2o Esta Resolução entra em vigor na data de


sua publicação.

João Geraldo Piquet Carneiro


Presidente da Comissão

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Samara Aparecida, [email protected]
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Samara Aparecida, [email protected]
V - os recursos naturais da plataforma continental e
Constituição da República Federativa da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
do Brasil de 1988 VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
TÍTULO III X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios
Da Organização do Estado arqueológicos e pré-históricos;
CAPÍTULO I XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA índios.
Art. 18. A organização político-administrativa da § 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos
República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos participação no resultado da exploração de petróleo ou
autônomos, nos termos desta Constituição. gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de
§ 1º Brasília é a Capital Federal. energia elétrica e de outros recursos minerais no
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e respectivo território, plataforma continental, mar territorial
sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira
Estado de origem serão reguladas em lei complementar. por essa exploração. (Redação dada pela Emenda
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, Constitucional nº 102, de 2019)
subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a § 2º A faixa de até 150 (cento e cinquenta)
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios quilômetros de largura, ao longo das fronteiras
Federais, mediante aprovação da população diretamente terrestres, designada como faixa de fronteira, é
interessada, através de plebiscito, e do Congresso considerada fundamental para defesa do território
Nacional, por lei complementar. nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o lei.
desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei As competências são atribuídas de acordo com o critério da
estadual, dentro do período determinado por Lei predominância do interesse.
Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, Art. 21. Compete à União: (Competência material -
exclusiva - indelegável)
mediante plebiscito, às populações dos Municípios
I - manter relações com Estados estrangeiros e
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade
participar de organizações internacionais;
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
II - declarar a guerra e celebrar a paz;
III - assegurar a defesa nacional;
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito
IV - permitir, nos casos previstos em lei
Federal e aos Municípios:
complementar, que forças estrangeiras transitem pelo
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas,
território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e
manter com eles ou seus representantes relações de
a intervenção federal; (Elementos de estabilização
dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a constitucional)
colaboração de interesse público; VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio
II - recusar fé aos documentos públicos; de material bélico;
III - criar distinções entre brasileiros ou STF: É inconstitucional lei estadual que autoriza a utilização de
preferências entre si. armas de fogo apreendidas pelas polícias civil e militar, pois a
competência exclusiva da União para legislar sobre material
CAPÍTULO II bélico, complementada pela competência para autorizar e
DA UNIÃO fiscalizar a produção de material bélico, abrange a disciplina
Art. 20. São bens da União: sobre a destinação de armas apreendidas e em situação
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe irregular.
vierem a ser atribuídos; VII - emitir moeda;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa VIII - administrar as reservas cambiais do País e
das fronteiras, das fortificações e construções militares, fiscalizar as operações de natureza financeira,
das vias federais de comunicação e à preservação especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem
ambiental, definidas em lei; como as de seguros e de previdência privada;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água STF: É inconstitucional lei estadual que estabeleça a
em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um obrigatoriedade de utilização, pelas agências bancárias, de
Estado, sirvam de limites com outros países, ou se equipamento que atesta a autenticidade de cédulas.
estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem IX - elaborar e executar planos nacionais e
como os terrenos marginais e as praias fluviais; regionais de ordenação do território e de desenvolvimento
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas econômico e social;
limítrofes com outros países; as praias marítimas; as X - manter o serviço postal e o correio aéreo
ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as nacional;
que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas XI - explorar, diretamente ou mediante
áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental autorização, concessão ou permissão, os serviços de
federal, e as referidas no art. 26, II; telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a

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Samara Aparecida, [email protected]
organização dos serviços, a criação de um órgão b) sob regime de permissão, são autorizadas a
regulador e outros aspectos institucionais; comercialização e a utilização de radioisótopos para
STF: É inconstitucional lei estadual que obriga empresas de pesquisa e uso agrícolas e industriais; (2022)
telefonia móvel a instalarem equipamentos de bloqueio do c) sob regime de permissão, são autorizadas a
serviço de celular em presídio. produção, a comercialização e a utilização de
STF: É inconstitucional lei estadual ou distrital que proíba as
radioisótopos para pesquisa e uso médicos; (2022)
empresas de telecomunicações de cobrarem taxas para a
instalação do segundo ponto de acesso à internet. d) a responsabilidade civil por danos nucleares
independe da existência de culpa; (Teoria do risco integral do
XII - explorar, diretamente ou mediante Estado)
autorização, concessão ou permissão: XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e trabalho;
imagens; XXV - estabelecer as áreas e as condições para o
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o exercício da atividade de garimpagem, em forma
aproveitamento energético dos cursos de água, em associativa.
articulação com os Estados onde se situam os potenciais
XXVI - organizar e fiscalizar a proteção e o
hidroenergéticos;
tratamento de dados pessoais, nos termos da lei. (2022)
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-
estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário Art. 22. Compete privativamente à União legislar
entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que sobre: (Competência legislativa – privativa - delegável)
transponham os limites de Estado ou Território; I - direito civil, comercial, penal, processual,
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do
e internacional de passageiros; trabalho; (Memorize: CAPACETE PM)
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; STF: Súmula vinculante 46 - A definição dos crimes de
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de
Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a processo e julgamento são da competência legislativa privativa
da união.
Defensoria Pública dos Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia II - desapropriação;
penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do III - requisições civis e militares, em caso de
Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira iminente perigo e em tempo de guerra;
ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, IV - águas, energia, informática, telecomunicações
por meio de fundo próprio; (2019) e radiodifusão;
STF: Súmula vinculante 39 – Compete privativamente à União
V - serviço postal;
legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e VI - sistema monetário e de medidas, títulos e
militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal. garantias dos metais;
XV - organizar e manter os serviços oficiais de VII - política de crédito, câmbio, seguros e
estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito transferência de valores;
nacional; VIII - comércio exterior e interestadual;
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, IX - diretrizes da política nacional de transportes;
de diversões públicas e de programas de rádio e X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial,
televisão; marítima, aérea e aeroespacial;
XVII - conceder anistia; XI - trânsito e transporte;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e
contra as calamidades públicas, especialmente as secas metalurgia;
e as inundações; XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento XIV - populações indígenas;
de recursos hídricos e definir critérios de outorga de XV - emigração e imigração, entrada, extradição e
direitos de seu uso; expulsão de estrangeiros;
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento XVI - organização do sistema nacional de emprego
urbano, inclusive habitação, saneamento básico e e condições para o exercício de profissões;
transportes urbanos; XVII - organização judiciária, do Ministério Público
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria
sistema nacional de viação; Pública dos Territórios, bem como organização
XXII - executar os serviços de polícia marítima, administrativa destes;
aeroportuária e de fronteiras; XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de
Compete à Polícia Federal exercer as funções de polícia
geologia nacionais;
marítima, aeroportuária e de fronteiras. XIX - sistemas de poupança, captação e garantia
XXIII - explorar os serviços e instalações da poupança popular;
nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio XX - sistemas de consórcios e sorteios;
estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e STF: Súmula Vinculante 2 - É inconstitucional a lei ou ato
normativo Estadual ou Distrital que disponha sobre sistemas de
reprocessamento, a industrialização e o comércio de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.
minérios nucleares e seus derivados, atendidos os
seguintes princípios e condições: XXI - normas gerais de organização, efetivos,
material bélico, garantias, convocação, mobilização,
a) toda atividade nuclear em território nacional
inatividades e pensões das polícias militares e dos
somente será admitida para fins pacíficos e mediante
corpos de bombeiros militares. (2019)
aprovação do Congresso Nacional;
XXII - competência da polícia federal e das
polícias rodoviária e ferroviária federais;

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Samara Aparecida, [email protected]
XXIII - seguridade social;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao
XXV - registros públicos; Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; (Competência legislativa - Concorrente)
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, I - direito tributário, financeiro, penitenciário,
em todas as modalidades, para as administrações econômico e urbanístico;
públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, II - orçamento;
Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o III - juntas comerciais;
disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e IV - custas dos serviços forenses;
sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § V - produção e consumo;
1°, III; VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional; proteção do meio ambiente e controle da poluição;
XXIX - propaganda comercial. VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural,
artístico, turístico e paisagístico;
XXX - proteção e tratamento de dados
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente,
pessoais. (2022)
ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
STF: Súmula Vinculante 39 - Compete privativamente à União estético, histórico, turístico e paisagístico;
legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência,
militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal.
STF: Súmula 647 - Compete privativamente à União legislar
tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação;
sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar do X - criação, funcionamento e processo do juizado
Distrito Federal. de pequenas causas;
STJ: Súmula 19 - A fixação do horário bancário, para XI - procedimentos em matéria processual;
atendimento ao público, é da competência da União. XII - previdência social, proteção e defesa da
Parágrafo único. Lei complementar poderá saúde;
autorizar os Estados a legislar sobre questões XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
específicas das matérias relacionadas neste artigo. XIV - proteção e integração social das pessoas
portadoras de deficiência;
Art. 23. É competência comum da União, dos XV - proteção à infância e à juventude;
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: XVI - organização, garantias, direitos e deveres das
(Competência material – Comum) polícias civis.
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das § 1º No âmbito da legislação concorrente, a
instituições democráticas e conservar o patrimônio competência da União limitar-se-á a estabelecer normas
público; gerais.
II - cuidar da saúde e assistência pública, da § 2º A competência da União para legislar sobre
proteção e garantia das pessoas portadoras de normas gerais não exclui a competência suplementar
deficiência; dos Estados.
III - proteger os documentos, as obras e outros § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os
bens de valor histórico, artístico e cultural, os Estados exercerão a competência legislativa plena,
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios para atender a suas peculiaridades.
arqueológicos; § 4º A superveniência de lei federal sobre normas
IV - impedir a evasão, a destruição e a gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for
descaracterização de obras de arte e de outros bens de contrário.
valor histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à CAPÍTULO III
educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à DOS ESTADOS FEDERADOS
inovação; Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas
VI - proteger o meio ambiente e combater a Constituições e leis que adotarem, observados os
poluição em qualquer de suas formas; princípios desta Constituição.
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; § 1º São reservadas aos Estados as
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar competências que não lhes sejam vedadas por esta
o abastecimento alimentar; Constituição. (Competência residual)
IX - promover programas de construção de § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou
moradias e a melhoria das condições habitacionais e de mediante concessão, os serviços locais de gás
saneamento básico; canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida
X - combater as causas da pobreza e os fatores de provisória para a sua regulamentação.
marginalização, promovendo a integração social dos § 3º Os Estados poderão, mediante lei
setores desfavorecidos; complementar, instituir regiões metropolitanas,
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas
concessões de direitos de pesquisa e exploração de por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a
recursos hídricos e minerais em seus territórios; organização, o planejamento e a execução de funções
XII - estabelecer e implantar política de educação públicas de interesse comum.
para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
normas para a cooperação entre a União e os Estados, o I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes,
Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na
equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito forma da lei, as decorrentes de obras da União;
nacional.

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Samara Aparecida, [email protected]
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada
estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao
da União, Municípios ou terceiros; término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de
União; 200.000 (duzentos mil) eleitores;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º
as da União. de janeiro do ano subsequente ao da eleição;
IV - para a composição das Câmaras Municipais,
Art. 27. O número de Deputados à Assembleia será observado o limite máximo de:
Legislativa corresponderá ao triplo da representação do a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até
Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número 15.000 (quinze mil) habitantes;
de 36 (trinta e seis), será acrescido de tantos quantos b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais
forem os Deputados Federais acima de 12 (doze). de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta
§ 1º Será de 4 (quatro) anos o mandato dos mil) habitantes;
Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais
Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000
imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, (cinquenta mil) habitantes;
impedimentos e incorporação às Forças Armadas. d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000
fixado por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, na (oitenta mil) habitantes;
razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de
estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000
observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, (cento e vinte mil) habitantes;
II, 153, III, e 153, § 2º, I. f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de
§ 3º Compete às Assembleias Legislativas dispor mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até
sobre seu regimento interno, polícia e serviços 160.000 (cento sessenta mil) habitantes;
administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de
cargos. mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no até 300.000 (trezentos mil) habitantes;
processo legislativo estadual. h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de
mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice- 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes;
Governador de Estado, para mandato de 4 (quatro) i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de
anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil)
em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes;
segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de
do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até
6 de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes;
mais, o disposto no art. 77 desta Constituição. (2021) k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de
Emenda Constitucional nº 111 mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e
Art. 5º As alterações efetuadas nos arts. 28 e 82 da Constituição de até 900.000 (novecentos mil) habitantes;
Federal constantes do art. 1º desta Emenda Constitucional, l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de
relativas às datas de posse de Governadores, de Vice- mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de até
Governadores, do Presidente e do Vice-Presidente da República, 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes;
serão aplicadas somente a partir das eleições de 2026.
m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes
outro cargo ou função na administração pública direta ou e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil)
indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso habitantes;
público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V. n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice- mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes
Governador e dos Secretários de Estado serão fixados e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta
por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, observado mil) habitantes;
o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de
153, § 2º, I. 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil)
habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos
CAPÍTULO IV mil) habitantes;
Dos Municípios p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil)
votada em 2 (dois) turnos, com o interstício mínimo de 10 habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos
(dez) dias, e aprovada por 2/3 (dois terços) dos membros mil) habitantes;
da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios
princípios estabelecidos nesta Constituição, na de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil)
Constituição do respectivo Estado e os seguintes habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e
preceitos: quatrocentos mil) habitantes;
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios
Vereadores, para mandato de 4 (quatro) anos, mediante de mais de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil)
pleito direto e simultâneo realizado em todo o País; habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de
habitantes;

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s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos XII - cooperação das associações representativas
Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de no planejamento municipal;
habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de XIII - iniciativa popular de projetos de lei de
habitantes; interesse específico do Município, da cidade ou de
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios bairros, através de manifestação de, pelo menos, 5%
de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de (cinco por cento) do eleitorado;
até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes; XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos do art. 28, parágrafo único.
Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de
habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo
habitantes; Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e os
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios demais gastos com pessoal inativo e pensionistas, não
de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao
até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes; somatório da receita tributária e das transferências
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos previstas no § 5º do art. 153 e nos arts. 158 e 159 desta
Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de Constituição, efetivamente realizado no exercício anterior:
habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de (2021)
habitantes; e I - 7% (sete por cento) para Municípios com
x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos população de até 100.000 (cem mil) habitantes;
Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de II - 6% (seis por cento) para Municípios com
habitantes; população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos
V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos mil) habitantes;
Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da III - 5% (cinco por cento) para Municípios com
Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, população entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000
XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (quinhentos mil) habitantes;
VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por
respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para cento) para Municípios com população entre 500.001
a subsequente, observado o que dispõe esta (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de
Constituição, observados os critérios estabelecidos na habitantes;
respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos: V - 4% (quatro por cento) para Municípios com
a) em Municípios de até dez mil habitantes, o população entre 3.000.001 (três milhões e um) e
subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;
por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento)
b) em Municípios de dez mil e um a cinquenta mil para Municípios com população acima de 8.000.001 (oito
habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores milhões e um) habitantes.
corresponderá a trinta por cento do subsídio dos § 1o A Câmara Municipal não gastará mais de
Deputados Estaduais; setenta por cento de sua receita com folha de pagamento,
c) em Municípios de cinquenta mil e um a cem mil incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores.
habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores § 2o Constitui crime de responsabilidade do
corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Prefeito Municipal:
Deputados Estaduais; I - efetuar repasse que supere os limites definidos
d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil neste artigo;
habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores II - não enviar o repasse até o dia 20 (vinte) de
corresponderá a cinquenta por cento do subsídio dos cada mês; ou
Deputados Estaduais; III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada
e) em Municípios de trezentos mil e um a na Lei Orçamentária.
quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos § 3o Constitui crime de responsabilidade do
Vereadores corresponderá a sessenta por cento do Presidente da Câmara Municipal o desrespeito ao §
subsídio dos Deputados Estaduais; 1o deste artigo.
f) em Municípios de mais de quinhentos mil
habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores Art. 30. Compete aos Municípios:
corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio I - legislar sobre assuntos de interesse local;
dos Deputados Estaduais; II - suplementar a legislação federal e a estadual no
VII - o total da despesa com a remuneração dos que couber;
Vereadores não poderá ultrapassar o montante de 5% III - instituir e arrecadar os tributos de sua
(cinco por cento) da receita do Município; competência, bem como aplicar suas rendas, sem
VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar
opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na balancetes nos prazos fixados em lei;
circunscrição do Município; IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a
IX - proibições e incompatibilidades, no exercício legislação estadual;
da vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime
Constituição para os membros do Congresso Nacional e de concessão ou permissão, os serviços públicos de
na Constituição do respectivo Estado para os membros da interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem
Assembleia Legislativa; caráter essencial;
X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de VI - manter, com a cooperação técnica e financeira
Justiça; da União e do Estado, programas de educação infantil e
XI - organização das funções legislativas e de ensino fundamental;
fiscalizadoras da Câmara Municipal;

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VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira § 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo
da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde Governo do Distrito Federal, da polícia civil, da polícia
da população; penal, da polícia militar e do corpo de bombeiros militar.
VIII - promover, no que couber, adequado (2019)
ordenamento territorial, mediante planejamento e controle STF: Súmula 642 - Não cabe ação direta de
do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; inconstitucionalidade de lei do Distrito Federal derivada da sua
IX - promover a proteção do patrimônio histórico- competência legislativa municipal.
cultural local, observada a legislação e a ação
fiscalizadora federal e estadual. Seção II
STF: Súmula vinculante 38 - É competente o Município para DOS TERRITÓRIOS
fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial. Art. 33. A lei disporá sobre a organização
STF: Súmula vinculante 49 - Ofende o princípio da livre administrativa e judiciária dos Territórios.
concorrência lei municipal que impede a instalação de § 1º Os Territórios poderão ser divididos em
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o
área. disposto no Capítulo IV deste Título.
STF: Súmula 419 - Os municípios têm competência para regular § 2º As contas do Governo do Território serão
o horário do comércio local, desde que não infrinjam leis
submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio
estaduais ou federais válidas.
STF: Súmula 614 - Somente o Procurador-Geral da Justiça tem do Tribunal de Contas da União.
legitimidade para propor ação direta interventiva por § 3º Nos Territórios Federais com mais de 100.000
inconstitucionalidade de Lei Municipal. (cem mil) habitantes, além do Governador nomeado na
STF: Súmula 645 - É competente o Município para fixar o horário forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de
de funcionamento de estabelecimento comercial. primeira e segunda instância, membros do Ministério
STF: Súmula 646 - Ofende o princípio da livre concorrência lei Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre
municipal que impede a instalação de estabelecimentos as eleições para a Câmara Territorial e sua competência
comerciais do mesmo ramo em determinada área.
deliberativa.
STF: O município é competente para, dispondo sobre segurança
de sua população, impor a estabelecimentos bancários a
obrigação de instalarem portas eletrônicas, como detector de
metais, travamento e retorno automático e vidros à prova de
balas.

Art. 31. A fiscalização do Município será exercida


pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle
externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder
Executivo Municipal, na forma da lei.
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será
exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos _____________________________________
01

Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais _____________________________________


02
de Contas dos Municípios, onde houver.
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão _____________________________________
03
competente sobre as contas que o Prefeito deve
anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão _____________________________________
04

de dois terços dos membros da Câmara Municipal.


§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante 60 _____________________________________
05

(sessenta) dias, anualmente, à disposição de qualquer


contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá _____________________________________
06

questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.


§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou _____________________________________
07

órgãos de Contas Municipais. _____________________________________


08

CAPÍTULO V _____________________________________
09
DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
Seção I _____________________________________
10

DO DISTRITO FEDERAL
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em _____________________________________
11

Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em 2


(dois) turnos com interstício mínimo de 10 (dez) dias, e _____________________________________
12

aprovada por 2/3 (dois terços) da Câmara Legislativa, que


a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta
_____________________________________
13

Constituição. _____________________________________
14
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as
competências legislativas reservadas aos Estados e _____________________________________
15

Municípios.
§ 2º A eleição do Governador e do Vice-
Governador, observadas as regras do art. 77, e dos
Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e
Deputados Estaduais, para mandato de igual duração.
§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara
Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.

25
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pública, a autoridade deverá abster-se de participar
Resolução nº 07, de 14.02.2002 daquela atividade ou requerer seu afastamento do cargo.
Comissão de Ética Pública
Art. 8º Em caso de dúvida, a autoridade poderá
consultar a Comissão de Ética Pública.
Regula a participação de autoridade pública
submetida ao Código de Conduta da Alta Administração Brasília, 14 de fevereiro de 2002
Federal em atividades de natureza político-eleitoral. João Geraldo Piquet Carneiro

A Comissão de Ética Pública, com fundamento no Presidente da Comissão de Ética Pública


art. 2º, inciso V, do Decreto de 26 de maio de 1999, adota
a presente resolução interpretativa do Código de Conduta COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA
da Alta Administração Federal, no que se refere à
participação de autoridades públicas em eventos político- O Presidente da República aprovou recomendação
eleitorais. no sentido de que se regule a participação de autoridades
submetidas ao Código de Conduta da Alta Administração
Art. 1º A autoridade pública vinculada ao Código de Federal em atividades de natureza político-eleitoral.
Conduta da Alta Administração Federal (CCAAF) poderá
participar, na condição de cidadão-eleitor, de eventos de A Resolução CEP Nº 7, publicada no Diário Ofícial
natureza político-eleitoral, tais como convenções e da União de 25.2.2002, é interpretativa das normas do
reuniões de partidos políticos, comícios e manifestações Código de Conduta da Alta Administração Federal e tem
públicas autorizadas em lei. duplo objetivo. Primeiro, reconhecer o direito de qualquer
autoridade, na condição de cidadão-eleitor, de participar
Art. 2º A atividade político-eleitoral da autoridade em atividades e eventos políticos e eleitorais; segundo,
não poderá resultar em prejuízo do exercício da função mediante explicitação de normas de conduta, permitir que
pública, nem implicar o uso de recursos, bens públicos de as autoridades exerçam esse direito a salvo de críticas,
qualquer espécie ou de servidores a ela subordinados. desde que as cumpram adequadamente.

Art. 3º A autoridade deverá abster-se de: Para facilitar a compreensão do cumprimento das
I – se valer de viagens de trabalho para participar referidas normas, são prestados os esclarecimentos que
de eventos político-eleitorais; seguem.
II – expor publicamente divergências com outra
autoridade administrativa federal ou criticar-lhe a Art. 1º O dispositivo enfatiza o direito da autoridade
honorabilidade e o desempenho funcional (artigos 11 e de participar de eventos eleitorais, tais como convenções
12, inciso I, do CCAAF); partidárias, reuniões políticas e outras manifestações
III – exercer, formal ou informalmente, função de públicas que não contrariem a lei. O importante é que
administrador de campanha eleitoral. essa participação se enquadre nos princípios éticos
inerentes ao cargo ou função da autoridade.
Art. 4º Nos eventos político-eleitorais de que
participar, a autoridade não poderá fazer promessa, ainda Art. 2º A norma reproduz dispositivo legal existente,
que de forma implícita, cujo cumprimento dependa do aplicando-o de maneira específica à atividade político-
cargo público que esteja exercendo, tais como realização eleitoral. Assim, a autoridade pública, que pretenda ou
de obras, liberação de recursos e nomeação para cargos não candidatar a cargo eletivo, não poderá exercer tal
ou empregos. atividade em prejuízo da função pública, como, por
exemplo, durante o horário normal de expediente ou em
Art. 5º A autoridade, a partir do momento em que detrimento de qualquer de suas obrigações funcionais.
manifestar de forma pública a intenção de candidatar-se a
cargo eletivo, não poderá praticar ato de gestão do qual Da mesma forma, não poderá utilizar bens e serviços
resulte privilégio para pessoa física ou entidade, pública públicos de qualquer espécie, assim como servidores a
ou privada, situada em sua base eleitoral ou de seus ela subordinados. É o caso do uso de veículos, recursos
familiares. de informática, serviços de reprodução ou de publicação
de documentos, material de escritório, entre outros.
Art. 6º Para prevenir-se de situação que possa Especial atenção deve ser dada à vedação ao uso de
suscitar dúvidas quanto à sua conduta ética e ao funcionários subordinados, dentro ou fora do expediente
cumprimento das normas estabelecidas pelo CCAAF, a oficial, em atividades político-eleitorais de interesse da
autoridade deverá consignar em agenda de trabalho de autoridade. Cumpre esclarecer que esta norma não
acesso público: restringe a atividade político-eleitoral de interesse do
I – audiências concedidas, com informações sobre próprio funcionário, nos limites da lei.
seus objetivos, participantes e resultados, as quais
deverão ser registradas por servidor do órgão ou entidade Art. 3º, I O dispositivo recomenda que a autoridade
por ela designado para acompanhar a reunião; não se valha de viagem de trabalho para participar de
II eventos político-eleitorais de que participe, eventos político-eleitorais. Trata-se de norma de ordem
informando as condições de logística e financeiras da sua prática, pois seria muito difícil exercer algum controle
participação. sobre a segregação entre tais atividades e as inerentes ao
cargo público.
Art. 7º Havendo possibilidade de conflito de
interesse entre a atividade político-eleitoral e a função Esta norma não impede que a autoridade que
viajou por seus próprios meios para participar de evento

26
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político-eleitoral cumpra outros compromissos inerentes
ao seu cargo ou função.

Art. 3º, II A autoridade não deve expor publicamente


suas divergências com outra autoridade administrativa
federal, ou criticar-lhe a honorabilidade ou o desempenho
funcional. Não se trata de censurar o direito de crítica, de
modo geral, mas de adequá-lo ao fato de que, afinal, a
autoridade exerce um cargo de livre nomeação na _____________________________________
01
administração e está vinculada a deveres de fidelidade e
confiança. _____________________________________
02

Art. 3º, III A autoridade não poderá aceitar encargo _____________________________________


03

de administrador de campanha eleitoral, diante da


dificuldade de compatibilizar essa atividade com suas _____________________________________
04

atribuições funcionais. Não haverá restrição se a


autoridade se licenciar do cargo, sem vencimentos. _____________________________________
05

_____________________________________
06
Art. 4º É fundamental que a autoridade não faça
promessa, de forma explícita ou implícita, cujo _____________________________________
07
cumprimento dependa do uso do cargo público, como
realização de obras, liberação de recursos e nomeação _____________________________________
08

para cargo ou emprego. Essa restrição decorre da


necessidade de se manter a dignidade da função pública _____________________________________
09

e de se demonstrar respeito à sociedade e ao eleitor.


_____________________________________
10

Art. 5º A lei já determina que a autoridade que


pretenda se candidatar a cargo eletivo peça exoneração _____________________________________
11

até seis meses antes da respectiva eleição. Porém, se ela


_____________________________________
12
antes disso manifestar publicamente sua pretensão
eleitoral, não poderá mais praticar ato de gestão que _____________________________________
13
resulte em algum tipo de privilégio para qualquer pessoa
ou entidade que esteja em sua base eleitoral. É _____________________________________
14

importante enfatizar que se trata apenas de ato que gere


privilégio, e não atos normais de gestão. _____________________________________
15

Art. 6º Durante o período pré-eleitoral, a autoridade


deve tomar cautelas específicas para que seus contatos
funcionais com terceiros não se confundam com suas Resolução nº 08, de 25.09.2003
atividades político-eleitorais. A forma adequada é fazer-se Comissão de Ética Pública
acompanhar de outro servidor em audiências, o qual fará
o registro dos participantes e dos assuntos tratados na
agenda de trabalho da autoridade. Identifica situações que suscitam conflito de
O mesmo procedimento de registro em agenda deve interesses e dispõe sobre o modo de preveni-los.
ser adotado com relação aos compromissos político-
eleitorais da autoridade. E, ambos os casos os registros A COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA, com o objetivo
são de acesso público, sendo recomendável também que de orientar as autoridades submetidas ao Código de
a agenda seja divulgada pela internet. Conduta da Alta Administração Federal na identificação
de situações que possam suscitar conflito de interesses,
Art. 7º Se por qualquer motivo se verificar a esclarece o seguinte:
possibilidade de conflito de interesse entre a atividade
político-eleitoral e a função pública, a autoridade deverá 1. Suscita conflito de interesses o exercício de
escolher entre abster-se de participar daquela atividade atividade que:
ou requerer o seu afastamento do cargo. a) em razão da sua natureza, seja incompatível com
as atribuições do cargo ou função pública da autoridade,
Art. 8º A Comissão de Ética Pública esclarecerá as como tal considerada, inclusive, a atividade desenvolvida
dúvidas que eventualmente surjam na efetiva aplicação em áreas ou matérias afins à competência funcional;
das normas. b) viole o princípio da integral dedicação pelo
ocupante de cargo em comissão ou função de confiança,
João Geral Piquet Carneiro – Presidente que exige a precedência das atribuições do cargo ou
Adhemar Palladini Ghisi função pública sobre quaisquer outras atividades;
Celina Vargas do Amaral Peixoto c) implique a prestação de serviços a pessoa física
João Camilo Pena ou jurídica ou a manutenção de vínculo de negócio com
Lourdes Sola
pessoa física ou jurídica que tenha interesse em decisão
Miguel Reale Júnior
individual ou coletiva da autoridade;
d) possa, pela sua natureza, implicar o uso de
informação à qual a autoridade tenha acesso em razão do
cargo e não seja de conhecimento público;

27
Samara Aparecida, [email protected]
e) possa transmitir à opinião pública dúvida a
respeito da integridade, moralidade, clareza de posições e
decoro da autoridade.
_____________________________________
01

2. A ocorrência de conflito de interesses independe


do recebimento de qualquer ganho ou retribuição pela _____________________________________
02

autoridade.
_____________________________________
03

3. A autoridade poderá prevenir a ocorrência de


conflito de interesses ao adotar, conforme o caso, uma ou _____________________________________
04

mais das seguintes providências:


a) abrir mão da atividade ou licenciar-se do cargo,
_____________________________________
05

enquanto perdurar a situação passível de suscitar conflito _____________________________________


06
de interesses;
b) alienar bens e direitos que integram o seu _____________________________________
07

patrimônio e cuja manutenção possa suscitar conflito de


interesses; _____________________________________
08

c) transferir a administração dos bens e direitos que


possam suscitar conflito de interesses a instituição _____________________________________
09

financeira ou a administradora de carteira de valores


mobiliários autorizada a funcionar pelo Banco Central ou _____________________________________
10

pela Comissão de Valores Mobiliários, conforme o caso,


mediante instrumento contratual que contenha cláusula
_____________________________________
11

que vede a participação da autoridade em qualquer _____________________________________


12
decisão de investimento assim como o seu prévio
conhecimento de decisões da instituição administradora _____________________________________
13

quanto à gestão dos bens e direitos;


d) na hipótese de conflito de interesses específico e _____________________________________
14

transitório, comunicar sua ocorrência ao superior


hierárquico ou aos demais membros de órgão colegiado _____________________________________
15

de que faça parte a autoridade, em se tratando de decisão


coletiva, abstendo-se de votar ou participar da discussão
do assunto;
e) divulgar publicamente sua agenda de
compromissos, com identificação das atividades que não
sejam decorrência do cargo ou função pública.

4. A Comissão de Ética Pública deverá ser informada


pela autoridade e opinará, em cada caso concreto, sobre
a suficiência da medida adotada para prevenir situação
que possa suscitar conflito de interesses.

5. A participação de autoridade em conselhos de


administração e fiscal de empresa privada, da qual a
União seja acionista, somente será permitida quando
resultar de indicação institucional da autoridade pública
competente. Nestes casos, é-lhe vedado participar de
deliberação que possa suscitar conflito de interesses com
o Poder Público.

6. No trabalho voluntário em organizações do


terceiro setor, sem finalidade de lucro, também deverá ser
observado o disposto nesta Resolução.

7. As consultas dirigidas à Comissão de Ética


Pública deverão estar acompanhadas dos elementos
pertinentes à legalidade da situação exposta.

Brasília, 25 de setembro de 2003


João Geraldo Piquet Carneiro
Presidente

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Samara Aparecida, [email protected]
STF: Súmula vinculante 13 - A nomeação de cônjuge,
Constituição da República Federativa companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade,
até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de
do Brasil de 1988 servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de
direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em
comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na
administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes
CAPÍTULO VII da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a
Seção I Constituição Federal.
DISPOSIÇÕES GERAIS VI - é garantido ao servidor público civil o direito à
Art. 37. A administração pública direta e indireta livre associação sindical;
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do VII - o direito de greve será exercido nos termos e
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos nos limites definidos em lei específica;
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, VIII - a lei reservará percentual dos cargos e
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: empregos públicos para as pessoas portadoras de
(Memorize: LIMPE) deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
I - os cargos, empregos e funções públicas são IX - a lei estabelecerá os casos de contratação
acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos por tempo determinado para atender a necessidade
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na temporária de excepcional interesse público;
forma da lei; X - a remuneração dos servidores públicos e o
II - a investidura em cargo ou emprego público subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão
depende de aprovação prévia em concurso público de ser fixados ou alterados por lei específica, observada a
provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão
a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de
em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em índices;
comissão declarado em lei de livre nomeação e STF: Súmula 679 - A fixação de vencimentos dos servidores
exoneração; públicos não pode ser objeto de convenção coletiva.
STF: Súmula 683 - O limite de idade para a inscrição em STF: Súmula 681 - É inconstitucional a vinculação de
concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da CF, vencimentos de servidores estaduais e municipais a índices
quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do federais de correção monetária.
cargo a ser preenchido. XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes
STF: Súmula 684 - É inconstitucional o veto não motivado à
de cargos, funções e empregos públicos da administração
participação de candidato a concurso público.
STF: Súmula 685 - É inconstitucional toda modalidade de
direta, autárquica e fundacional, dos membros de
provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato
cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
STF: Súmula 686 - Só por lei se pode sujeitar a exame pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos
psicotécnico a habilitação de candidato a concurso público. cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais
III - o prazo de validade do concurso público será ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o
de até 2 (dois) anos, prorrogável uma vez, por igual subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
período; Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos
IV - durante o prazo improrrogável previsto no Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no
edital de convocação, aquele aprovado em concurso Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no
público de provas ou de provas e títulos será convocado âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados
com prioridade sobre novos concursados para assumir Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o
cargo ou emprego, na carreira; subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça,
STF: Os candidatos aprovados em concurso público têm direito limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por
subjetivo à nomeação para a posse que vier a ser dada nos cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
cargos vagos existentes ou nos que vierem a vagar no prazo de Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário,
validade do concurso. A recusa da Administração Pública em aplicável este limite aos membros do Ministério Público,
prover cargos vagos, quando existentes candidatos aprovados aos Procuradores e aos Defensores Públicos;
em concurso público, deve ser motivada, e esta motivação é
suscetível de apreciação pelo Poder Judiciário. XII - os vencimentos dos cargos do Poder
Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
V - as funções de confiança, exercidas
superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos
quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
por servidores de carreira nos casos, condições e
remuneração de pessoal do serviço público;
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por
apenas às atribuições de direção, chefia e
servidor público não serão computados nem acumulados
assessoramento;
para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (Vedação
ao efeito cascata)

29
Samara Aparecida, [email protected]
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes III - a disciplina da representação contra o exercício
de cargos e empregos públicos são irredutíveis, negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na
ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e administração pública.
nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. § 4º - Os atos de improbidade administrativa
XVI - é vedada a acumulação remunerada de importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da
cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade função pública, a indisponibilidade dos bens e o
de horários, observado em qualquer caso o disposto no ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas
inciso XI: em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
a) a de dois cargos de professor; § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou
científico; não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as
c) a de dois cargos ou empregos privativos de respectivas ações de ressarcimento.
profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as
XVII - a proibição de acumular estende-se a de direito privado prestadoras de serviços públicos
empregos e funções e abrange autarquias, fundações, responderão pelos danos que seus agentes, nessa
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou regresso contra o responsável nos casos de dolo ou
indiretamente, pelo poder público; culpa.
XVIII - a administração fazendária e seus Teoria do Risco Administrativo. O Estado deverá ser
servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de responsabilizado pelos danos causados por seus agentes,
competência e jurisdição, precedência sobre os demais independentemente de dolo ou culpa. Responsabilidade Objetiva.
setores administrativos, na forma da lei; § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições
XIX – somente por lei específica poderá ser ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta
criada autarquia e autorizada a instituição de empresa e indireta que possibilite o acesso a informações
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, privilegiadas.
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e
áreas de sua atuação; (Administração pública indireta) financeira dos órgãos e entidades da administração direta
XX - depende de autorização legislativa, em cada e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser
caso, a criação de subsidiárias das entidades firmado entre seus administradores e o poder público, que
mencionadas no inciso anterior, assim como a tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para
participação de qualquer delas em empresa privada; o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
XXI - ressalvados os casos especificados na I - o prazo de duração do contrato;
legislação, as obras, serviços, compras e alienações II - os controles e critérios de avaliação de
serão contratados mediante processo de licitação desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos
pública que assegure igualdade de condições a todos os dirigentes;
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações III - a remuneração do pessoal."
de pagamento, mantidas as condições efetivas da § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as públicas e às sociedades de economia mista, e suas
exigências de qualificação técnica e econômica subsidiárias, que receberem recursos da União, dos
indispensáveis à garantia do cumprimento das Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para
obrigações. pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em
XXII - as administrações tributárias da União, dos geral.
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades § 10. É vedada a percepção simultânea de
essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou
servidores de carreiras específicas, terão recursos dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo,
prioritários para a realização de suas atividades e atuarão emprego ou função pública, ressalvados os cargos
de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos
cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de
convênio. livre nomeação e exoneração.
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, § 11. Não serão computadas, para efeito dos
serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput
caráter educativo, informativo ou de orientação social, deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório
dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens previstas em lei.
que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput
servidores públicos. deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às
III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite
responsável, nos termos da lei. único, o subsídio mensal dos Desembargadores do
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros
usuário na administração pública direta e indireta, e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal
regulando especialmente: dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se
I - as reclamações relativas à prestação dos aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos
serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação § 13. O servidor público titular de cargo efetivo
periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; poderá ser readaptado para exercício de cargo cujas
II - o acesso dos usuários a registros atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a
administrativos e a informações sobre atos de governo, limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou
observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que

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Samara Aparecida, [email protected]
possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo
para o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV,
de origem. (2019) XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei
§ 14. A aposentadoria concedida com a utilização estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando
de tempo de contribuição decorrente de cargo, emprego a natureza do cargo o exigir.
ou função pública, inclusive do Regime Geral de § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato
Previdência Social, acarretará o rompimento do vínculo eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais
que gerou o referido tempo de contribuição. (2019) e Municipais serão remunerados exclusivamente por
§ 15. É vedada a complementação de subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo
aposentadorias de servidores públicos e de pensões por de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba
morte a seus dependentes que não seja decorrente do de representação ou outra espécie remuneratória,
disposto nos §§ 14 a 16 do art. 40 ou que não seja obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e
prevista em lei que extinga regime próprio de previdência XI.
social. (2019) § 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal
§ 16. Os órgãos e entidades da administração e dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a
pública, individual ou conjuntamente, devem realizar maior e a menor remuneração dos servidores públicos,
avaliação das políticas públicas, inclusive com divulgação obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI.
do objeto a ser avaliado e dos resultados alcançados, na § 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
forma da lei. (2021) publicarão anualmente os valores do subsídio e da
remuneração dos cargos e empregos públicos.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal
autárquica e fundacional, no exercício de mandato e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: orçamentários provenientes da economia com despesas
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para
ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade
função; e produtividade, treinamento e desenvolvimento,
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado modernização, reaparelhamento e racionalização do
do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou
pela sua remuneração; prêmio de produtividade.
III - investido no mandato de Vereador, havendo § 8º A remuneração dos servidores públicos
compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do
seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da § 4º.
remuneração do cargo eletivo, e, não havendo § 9º É vedada a incorporação de vantagens de
compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; caráter temporário ou vinculadas ao exercício de
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para função de confiança ou de cargo em comissão à
o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será remuneração do cargo efetivo. (2019)
contado para todos os efeitos legais, exceto para
promoção por merecimento; Art. 40. O regime próprio de previdência social
V - na hipótese de ser segurado de regime próprio dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter
de previdência social, permanecerá filiado a esse regime, contributivo e solidário, mediante contribuição do
no ente federativo de origem. (2019) respectivo ente federativo, de servidores ativos, de
aposentados e de pensionistas, observados critérios que
Seção II preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. (2019)
DOS SERVIDORES PÚBLICOS § 1º O servidor abrangido por regime próprio de
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os previdência social será aposentado: (2019)
Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, I - por incapacidade permanente para o trabalho,
regime jurídico único e planos de carreira para os no cargo em que estiver investido, quando insuscetível de
servidores da administração pública direta, das autarquias readaptação, hipótese em que será obrigatória a
e das fundações públicas. (ADIN nº 2.135-4) realização de avaliações periódicas para verificação da
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os continuidade das condições que ensejaram a concessão
Municípios instituirão conselho de política de da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente
administração e remuneração de pessoal, integrado por federativo; (2019)
servidores designados pelos respectivos Poderes. II - compulsoriamente, com proventos
(Cautelarmente suspenso) proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta)
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade,
demais componentes do sistema remuneratório na forma de lei complementar;
observará: III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois)
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco)
complexidade dos cargos componentes de cada carreira; anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do
II - os requisitos para a investidura; Distrito Federal e dos Municípios, na idade mínima
III - as peculiaridades dos cargos. estabelecida mediante emenda às respectivas
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal Constituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de
manterão escolas de governo para a formação e o contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei
aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se complementar do respectivo ente federativo. (2019)
a participação nos cursos um dos requisitos para a § 2º Os proventos de aposentadoria não poderão
promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração ser inferiores ao valor mínimo a que se refere o § 2º do
de convênios ou contratos entre os entes federados. art. 201 ou superiores ao limite máximo estabelecido para

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Samara Aparecida, [email protected]
o Regime Geral de Previdência Social, observado o ao montante resultante da adição de proventos de
disposto nos §§ 14 a 16. (2019) inatividade com remuneração de cargo acumulável na
§ 3º As regras para cálculo de proventos de forma desta Constituição, cargo em comissão declarado
aposentadoria serão disciplinadas em lei do respectivo em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo
ente federativo. (2019) eletivo.
§ 4º É vedada a adoção de requisitos ou § 12. Além do disposto neste artigo, serão
critérios diferenciados para concessão de benefícios observados, em regime próprio de previdência social, no
em regime próprio de previdência social, ressalvado o que couber, os requisitos e critérios fixados para o
disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º. (2019) Regime Geral de Previdência Social. (2019)
§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei § 13. Aplica-se ao agente público ocupante,
complementar do respectivo ente federativo idade e exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei
tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de livre nomeação e exoneração, de outro cargo
de servidores com deficiência, previamente submetidos a temporário, inclusive mandato eletivo, ou de emprego
avaliação biopsicossocial realizada por equipe público, o Regime Geral de Previdência Social. (2019)
multiprofissional e interdisciplinar. (2019) § 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei Municípios instituirão, por lei de iniciativa do respectivo
complementar do respectivo ente federativo idade e Poder Executivo, regime de previdência complementar
tempo de contribuição diferenciados para para servidores públicos ocupantes de cargo efetivo,
aposentadoria de ocupantes do cargo de agente observado o limite máximo dos benefícios do Regime
penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial Geral de Previdência Social para o valor das
dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art. 51, aposentadorias e das pensões em regime próprio de
o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do previdência social, ressalvado o disposto no § 16. (2019)
caput do art. 144. (2019) § 15. O regime de previdência complementar de
§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei que trata o § 14 oferecerá plano de benefícios somente na
complementar do respectivo ente federativo idade e modalidade contribuição definida, observará o disposto no
tempo de contribuição diferenciados para art. 202 e será efetivado por intermédio de entidade
aposentadoria de servidores cujas atividades sejam fechada de previdência complementar ou de entidade
exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, aberta de previdência complementar. (2019)
físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou § 16. Somente mediante sua prévia e expressa
associação desses agentes, vedada a caracterização por opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao
categoria profissional ou ocupação. (2019) servidor que tiver ingressado no serviço público até a data
§ 5º Os ocupantes do cargo de professor terão da publicação do ato de instituição do correspondente
idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos em relação às regime de previdência complementar.
idades decorrentes da aplicação do disposto no inciso III § 17. Todos os valores de remuneração
do § 1º, desde que comprovem tempo de efetivo exercício considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3°
das funções de magistério na educação infantil e no serão devidamente atualizados, na forma da lei.
ensino fundamental e médio fixado em lei complementar § 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de
do respectivo ente federativo. (2019) aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes trata este artigo que superem o limite máximo
dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é estabelecido para os benefícios do regime geral de
vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à previdência social de que trata o art. 201, com percentual
conta de regime próprio de previdência social, igual ao estabelecido para os servidores titulares de
aplicando-se outras vedações, regras e condições para a cargos efetivos.
acumulação de benefícios previdenciários estabelecidas § 19. Observados critérios a serem estabelecidos
no Regime Geral de Previdência Social. (2019) em lei do respectivo ente federativo, o servidor titular de
§ 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, cargo efetivo que tenha completado as exigências para a
quando se tratar da única fonte de renda formal auferida aposentadoria voluntária e que opte por permanecer em
pelo dependente, o benefício de pensão por morte será atividade poderá fazer jus a um abono de permanência
concedido nos termos de lei do respectivo ente federativo, equivalente, no máximo, ao valor da sua contribuição
a qual tratará de forma diferenciada a hipótese de morte previdenciária, até completar a idade para aposentadoria
dos servidores de que trata o § 4º-B decorrente de compulsória. (2019)
agressão sofrida no exercício ou em razão da função. § 20. É vedada a existência de mais de um
(2019) regime próprio de previdência social e de mais de um
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios órgão ou entidade gestora desse regime em cada ente
para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, federativo, abrangidos todos os poderes, órgãos e
conforme critérios estabelecidos em lei. entidades autárquicas e fundacionais, que serão
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual, responsáveis pelo seu financiamento, observados os
distrital ou municipal será contado para fins de critérios, os parâmetros e a natureza jurídica definidos na
aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do lei complementar de que trata o § 22. (2019)
art. 201, e o tempo de serviço correspondente será § 21. (Revogado). (2019)
contado para fins de disponibilidade. (2019) § 22. Vedada a instituição de novos regimes
§ 10 A lei não poderá estabelecer qualquer forma próprios de previdência social, lei complementar federal
de contagem de tempo de contribuição fictício. estabelecerá, para os que já existam, normas gerais de
§ 11 Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma organização, de funcionamento e de responsabilidade em
total dos proventos de inatividade, inclusive quando sua gestão, dispondo, entre outros aspectos, sobre: (2019)
decorrentes da acumulação de cargos ou empregos I - requisitos para sua extinção e consequente
públicos, bem como de outras atividades sujeitas a migração para o Regime Geral de Previdência Social;
contribuição para o regime geral de previdência social, e

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Samara Aparecida, [email protected]
II - modelo de arrecadação, de aplicação e de 06_____________________________________
utilização dos recursos;
III - fiscalização pela União e controle externo e 07_____________________________________
social;
IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial; 08_____________________________________
V - condições para instituição do fundo com
finalidade previdenciária de que trata o art. 249 e para 09_____________________________________
vinculação a ele dos recursos provenientes de
contribuições e dos bens, direitos e ativos de qualquer
10_____________________________________
natureza; 11_____________________________________
VI - mecanismos de equacionamento
do deficit atuarial; 12_____________________________________
VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do
regime, observados os princípios relacionados com 13_____________________________________
governança, controle interno e transparência;
VIII - condições e hipóteses para 14_____________________________________
responsabilização daqueles que desempenhem
atribuições relacionadas, direta ou indiretamente, com a 15_____________________________________
gestão do regime;
IX - condições para adesão a consórcio público;
X - parâmetros para apuração da base de cálculo e
definição de alíquota de contribuições ordinárias e Resolução nº 10, de 29.09.2008
extraordinárias.
Comissão de Ética Pública
Art. 41. São estáveis após 3 (três) anos de efetivo
exercício os servidores nomeados para cargo de Estabelece as normas de funcionamento e de rito
provimento efetivo em virtude de concurso público. processual para as Comissões de Ética instituídas pelo
§ 1º O servidor público estável só perderá o Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994, e disciplinadas
cargo: pelo Decreto nº 6.029, de 1º de fevereiro de 2007.
I - em virtude de sentença judicial transitada em
julgado; A COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA, no uso de
II - mediante processo administrativo em que lhe suas atribuições conferidas pelo art. 1º do Decreto de 26
seja assegurada ampla defesa; de maio de 1999 e pelos arts. 1º, inciso III, e 4º, inciso IV,
III - mediante procedimento de avaliação periódica do Decreto nº 6.029, de 1º de fevereiro de 2007, nos
de desempenho, na forma de lei complementar, termos dos Decretos nos 1.171, de 22 de junho de 1994,
assegurada ampla defesa. Decreto nº 4.553, de 27 de dezembro de 2002 e tendo em
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão vista a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999,
do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual
ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de RESOLVE
origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro
cargo ou posto em disponibilidade com remuneração Art. 1º Ficam aprovadas, na forma desta
proporcional ao tempo de serviço. Resolução, as normas de funcionamento e de rito
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua processual, delimitando competências, atribuições,
desnecessidade, o servidor estável ficará em procedimentos e outras providências no âmbito das
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo Comissões de Ética instituídas pelo Decreto nº 1.171, de
de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro 22 de junho de 1994, com as alterações estabelecidas
cargo. pelo Decreto nº 6.029, de 1º de fevereiro de 2007.
§ 4º Como condição para a aquisição da
estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de CAPÍTULO I
desempenho por comissão instituída para essa finalidade. DAS COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES
Art. 2º Compete às Comissões de Ética:
I - atuar como instância consultiva do dirigente
máximo e dos respectivos servidores de órgão ou de
entidade federal;
II - aplicar o Código de Ética Profissional do
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal,
aprovado pelo Decreto nº 1.171, de 1994, devendo:
a) submeter à Comissão de Ética Pública - CEP
propostas de aperfeiçoamento do Código de Ética
_____________________________________
01
Profissional;
b) apurar, de ofício ou mediante denúncia, fato ou
_____________________________________
02
conduta em desacordo com as normas éticas pertinentes;
c) recomendar, acompanhar e avaliar o
_____________________________________
03 desenvolvimento de ações objetivando a disseminação,
capacitação e treinamento sobre as normas de ética e
_____________________________________
04 disciplina;
_____________________________________
05

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III - representar o órgão ou a entidade na Rede de XXV - indicar por meio de ato interno,
Ética do Poder Executivo Federal a que se refere o art. 9º representantes locais da Comissão de Ética, que serão
do Decreto nº 6.029, de 2007; designados pelos dirigentes máximos dos órgãos ou
IV - supervisionar a observância do Código de entidades, para contribuir nos trabalhos de educação e de
Conduta da Alta Administração Federal e comunicar à comunicação.
CEP situações que possam configurar descumprimento
de suas normas; CAPÍTULO II
V - aplicar o código de ética ou de conduta próprio, DA COMPOSIÇÃO
se couber; Art. 3º A Comissão de Ética do órgão ou entidade
VI - orientar e aconselhar sobre a conduta ética do será composta por três membros titulares e respectivos
servidor, inclusive no relacionamento com o cidadão e no suplentes, servidores públicos ocupantes de cargo efetivo
resguardo do patrimônio público; ou emprego do seu quadro permanente, designados por
VII - responder consultas que lhes forem dirigidas; ato do dirigente máximo do correspondente órgão ou
VIII - receber denúncias e representações contra entidade.
servidores por suposto descumprimento às normas éticas, § 1º Não havendo servidores públicos no órgão ou
procedendo à apuração; na entidade em número suficiente para instituir a
IX - instaurar processo para apuração de fato ou Comissão de Ética, poderão ser escolhidos servidores
conduta que possa configurar descumprimento ao padrão públicos ocupantes de cargo efetivo ou emprego do
ético recomendado aos agentes públicos; quadro permanente da Administração Pública.
X - convocar servidor e convidar outras pessoas a §2º A atuação na Comissão de Ética é considerada
prestar informação; prestação de relevante serviço público e não enseja
XI - requisitar às partes, aos agentes públicos e qualquer remuneração, devendo ser registrada nos
aos órgãos e entidades federais informações e assentamentos funcionais do servidor.
documentos necessários à instrução de expedientes; §3º O dirigente máximo de órgão ou entidade não
XII - requerer informações e documentos poderá ser membro da Comissão de Ética.
necessários à instrução de expedientes a agentes §4º O Presidente da Comissão será substituído
públicos e a órgãos e entidades de outros entes da pelo membro mais antigo, em caso de impedimento ou
federação ou de outros Poderes da República; vacância.
XIII - realizar diligências e solicitar pareceres de §5º No caso de vacância, o cargo de Presidente da
especialistas; Comissão será preenchido mediante nova escolha
XIV - esclarecer e julgar comportamentos com efetuada pelos seus membros.
indícios de desvios éticos; §6º Na ausência de membro titular, o respectivo
XV - aplicar a penalidade de censura ética ao suplente deve imediatamente assumir suas atribuições.
servidor e encaminhar cópia do ato à unidade de gestão §7º Cessará a investidura de membros das
de pessoal, podendo também: Comissões de Ética com a extinção do mandato, a
a) sugerir ao dirigente máximo a exoneração de renúncia ou por desvio disciplinar ou ético reconhecido
ocupante de cargo ou função de confiança; pela Comissão de Ética Pública.
b) sugerir ao dirigente máximo o retorno do
servidor ao órgão ou entidade de origem; Art. 4º A Comissão de Ética contará com uma
c) sugerir ao dirigente máximo a remessa de Secretaria-Executiva, que terá como finalidade contribuir
expediente ao setor competente para exame de eventuais para a elaboração e o cumprimento do plano de trabalho
transgressões de naturezas diversas; da gestão da ética e prover apoio técnico e material
d) adotar outras medidas para evitar ou sanar necessário ao cumprimento das atribuições.
desvios éticos, lavrando, se for o caso, o Acordo de §1º O encargo de secretário-executivo recairá em
Conduta Pessoal e Profissional - ACPP; detentor de cargo efetivo ou emprego permanente na
XVI - arquivar os processos ou remetê-los ao administração pública, indicado pelos membros da
órgão competente quando, respectivamente, não seja Comissão de Ética e designado pelo dirigente máximo do
comprovado o desvio ético ou configurada infração cuja órgão ou da entidade.
apuração seja da competência de órgão distinto; §2º Fica vedado ao Secretário-Executivo ser
XVII - notificar as partes sobre suas decisões; membro da Comissão de Ética.
XVIII - submeter ao dirigente máximo do órgão ou §3º A Comissão de Ética poderá designar
entidade sugestões de aprimoramento ao código de representantes locais que auxiliarão nos trabalhos de
conduta ética da instituição; educação e de comunicação.
XIX - dirimir dúvidas a respeito da interpretação §4º Outros servidores do órgão ou da entidade
das normas de conduta ética e deliberar sobre os casos poderão ser requisitados, em caráter transitório, para
omissos, observando as normas e orientações da CEP; realização de atividades administrativas junto à
XX - elaborar e propor alterações ao código de Secretaria-Executiva.
ética ou de conduta próprio e ao regimento interno da
respectiva Comissão de Ética; CAPÍTULO III
XXI - dar ampla divulgação ao regramento ético; DO FUNCIONAMENTO
XXII - dar publicidade de seus atos, observada a Art. 5º As deliberações da Comissão de Ética
restrição do art. 14 desta Resolução; serão tomadas por votos da maioria de seus membros.
XXIII - requisitar agente público para prestar
serviços transitórios técnicos ou administrativos à Art. 6º As Comissões de Ética se reunirão
Comissão de Ética, mediante prévia autorização do ordinariamente pelo menos uma vez por mês e, em
dirigente máximo do órgão ou entidade; caráter extraordinário por iniciativa do Presidente, dos
XXIV - elaborar e executar o plano de trabalho de seus membros ou do Secretário-Executivo.
gestão da ética; e

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Art. 7º A pauta das reuniões da Comissão de Ética § 2º Poderá ser reconduzido uma única vez ao
será composta a partir de sugestões do presidente, dos cargo de membro da Comissão de ética o servidor público
membros ou do Secretário-Executivo, sendo admitida a que for designado para cumprir o mandato complementar,
inclusão de novos assuntos no início da reunião. caso o mesmo tenha se iniciado antes do transcurso da
metade do período estabelecido no mandato originário.
CAPÍTULO IV § 3º Na hipótese de o mandato complementar ser
DAS ATRIBUIÇÕES exercido após o transcurso da metade do período
Art. 8º Compete ao presidente da Comissão de estabelecido no mandato originário, o membro da
Ética: Comissão de Ética que o exercer poderá ser conduzido
I - convocar e presidir as reuniões; imediatamente ao posterior mandato regular de 3 (três)
II - determinar a instauração de processos para a anos, permitindo-lhe uma única recondução ao mandado
apuração de prática contrária ao código de ética ou de regular.
conduta do órgão ou entidade, bem como as diligências e
convocações; CAPÍTULO VI
III - designar relator para os processos; DAS NORMAS GERAIS DO PROCEDIMENTO
IV - orientar os trabalhos da Comissão de Ética, Art. 12. As fases processuais no âmbito das
ordenar os debates e concluir as deliberações; Comissões de Ética serão as seguintes:
V - tomar os votos, proferindo voto de qualidade, e I - Procedimento Preliminar, compreendendo:
proclamar os resultados; e a) juízo de admissibilidade;
VI - delegar competências para tarefas específicas b) instauração;
aos demais integrantes da Comissão de Ética. c) provas documentais e, excepcionalmente,
Parágrafo único. O voto de qualidade de que trata manifestação do investigado e realização de diligências
o inciso V somente será adotado em caso de desempate. urgentes e necessárias;
d) relatório;
Art. 9º Compete aos membros da Comissão de e) proposta de ACPP;
Ética: f) decisão preliminar determinando o arquivamento
I - examinar matérias, emitindo parecer e voto; ou a conversão em Processo de Apuração Ética;
II - pedir vista de matéria em deliberação; II - Processo de Apuração Ética, subdividindo-se
III - fazer relatórios; e em: a) instauração;
IV - solicitar informações a respeito de matérias b) instrução complementar, compreendendo:
sob exame da Comissão de Ética. 1. a realização de diligências;
2. a manifestação do investigado; e
Art. 10. Compete ao Secretário-Executivo: 3. a produção de provas;
I - organizar a agenda e a pauta das reuniões; c) relatório; e
II - proceder ao registro das reuniões e à d) deliberação e decisão, que declarará
elaboração de suas atas; improcedência, conterá sanção, recomendação a ser
III - instruir as matérias submetidas à deliberação aplicada ou proposta de ACPP.
da Comissão de Ética;
IV - desenvolver ou supervisionar a elaboração de Art. 13. A apuração de infração ética será
estudos e subsídios ao processo de tomada de decisão formalizada por procedimento preliminar, que deverá
da Comissão de Ética; observar as regras de autuação, compreendendo
V - coordenar o trabalho da Secretaria-Executiva, numeração, rubrica da paginação, juntada de documentos
bem como dos representantes locais; em ordem cronológica e demais atos de expediente
VI - fornecer apoio técnico e administrativo à administrativo.
Comissão de Ética;
VII - executar e dar publicidade aos atos de Art. 14. Até a conclusão final, todos os expedientes
competência da Secretaria-Executiva; de apuração de infração ética terão a chancela de
VIII - coordenar o desenvolvimento de ações “reservado”, nos termos do Decreto nº 4.553, de 27 de
objetivando a disseminação, capacitação e treinamento dezembro 2002, após, estarão acessíveis aos
sobre ética no órgão ou entidade; e interessados conforme disposto na Lei nº 9.784, de 29 de
IX - executar outras atividades determinadas pela janeiro de 1999.
Comissão de Ética.
§ 1º Compete aos demais integrantes da Art. 15. Ao denunciado é assegurado o direito de
Secretaria-Executiva fornecer o suporte administrativo conhecer o teor da acusação e ter vista dos autos no
necessário ao desenvolvimento ou exercício de suas recinto da Comissão de Ética, bem como de obter cópias
funções. de documentos. Parágrafo único. As cópias deverão ser
§ 2º Aos representantes locais compete contribuir solicitadas formalmente à Comissão de Ética.
com as atividades de educação e de comunicação.
Art. 16. As Comissões de Ética, sempre que
CAPÍTULO V constatarem a possível ocorrência de ilícitos penais, civis,
DOS MANDATOS de improbidade administrativa ou de infração disciplinar,
Art. 11. Os membros da Comissão de Ética encaminhará cópia dos autos às autoridades competentes
cumprirão mandatos, não coincidentes, de três anos, para apuração de tais fatos, sem prejuízo da adoção das
permitida uma única recondução. demais medidas de sua competência.
§ 1º Os mandatos dos primeiros membros e dos
respectivos suplentes serão de um, dois e três anos, Art. 17. A decisão final sobre investigação de
estabelecidos em portaria designatória. conduta ética que resultar em sanção, em recomendação
ou em Acordo de Conduta Pessoal e Profissional será

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resumida e publicada em ementa, com a omissão dos II - indicação da autoria, caso seja possível; e
nomes dos envolvidos e de quaisquer outros dados que III - apresentação dos elementos de prova ou
permitam a identificação. indicação de onde podem ser encontrados.
Parágrafo único. A decisão final contendo nome e Parágrafo único. Quando o autor da demanda não
identificação do agente público deverá ser remetida à se identificar, a Comissão de Ética poderá acolher os
Comissão de Ética Pública para formação de banco de fatos narrados para fins de instauração, de ofício, de
dados de sanções, para fins de consulta pelos órgãos ou procedimento investigatório, desde que contenha indícios
entidades da administração pública federal, em casos de suficientes da ocorrência da infração ou, em caso
nomeação para cargo em comissão ou de alta relevância contrário, determinar o arquivamento sumário.
pública.
Art. 22. A representação, denúncia ou qualquer
Art. 18. Os setores competentes do órgão ou outra demanda será dirigida à Comissão de Ética,
entidade darão tratamento prioritário às solicitações de podendo ser protocolada diretamente na sede da
documentos e informações necessárias à instrução dos Comissão ou encaminhadas pela via postal, correio
procedimentos de investigação instaurados pela eletrônico ou fax.
Comissão de Ética, conforme determina o Decreto nº § 1º A Comissão de Ética expedirá comunicação
6.029, de 2007. oficial divulgando os endereços físico e eletrônico para
§ 1º A inobservância da prioridade determinada atendimento e apresentação de demandas.
neste artigo implicará a responsabilidade de quem lhe der § 2º Caso a pessoa interessada em denunciar ou
causa. representar compareça perante a Comissão de Ética, esta
§ 2º No âmbito do órgão ou da entidade e em poderá reduzir a termo as declarações e colher a
relação aos respectivos agentes públicos a Comissão de assinatura do denunciante, bem como receber eventuais
Ética terá acesso a todos os documentos necessários aos provas.
trabalhos, dando tratamento específico àqueles § 3º Será assegurada ao denunciante a
protegidos por sigilo legal. comprovação do recebimento da denúncia ou
representação por ele encaminhada.
CAPÍTULO VII
DO RITO PROCESSUAL Art. 23. Oferecida a representação ou denúncia, a
Art. 19. Qualquer cidadão, agente público, pessoa Comissão de Ética deliberará sobre sua admissibilidade,
jurídica de direito privado, associação ou entidade de verificando o cumprimento dos requisitos previstos nos
classe poderá provocar a atuação da Comissão de Ética, incisos do art. 21.
visando a apuração de transgressão ética imputada ao § 1º A Comissão de Ética poderá determinar a
agente público ou ocorrida em setores competentes do colheita de informações complementares ou de outros
órgão ou entidade federal. elementos de prova que julgar necessários.
Parágrafo único. Entende-se por agente público § 2º A Comissão de Ética, mediante decisão
todo aquele que por força de lei, contrato ou qualquer ato fundamentada, arquivará representação ou denúncia
jurídico, preste serviços de natureza permanente, manifestamente improcedente, cientificando o
temporária, excepcional ou eventual, ainda que sem denunciante.
retribuição financeira, a órgão ou entidade da § 3º É facultado ao denunciado a interposição de
Administração Pública Federal direta e indireta. pedido de reconsideração dirigido à própria Comissão de
Ética, no prazo de dez dias, contados da ciência da
Art. 20. O Procedimento Preliminar para apuração decisão, com a competente fundamentação.
de conduta que, em tese, configure infração ao padrão § 4º A juízo da Comissão de Ética e mediante
ético será instaurado pela Comissão de Ética, de ofício ou consentimento do denunciado, poderá ser lavrado Acordo
mediante representação ou denúncia formulada por de Conduta Pessoal e Profissional.
quaisquer das pessoas mencionadas no caput do art. 19. § 5º Lavrado o Acordo de Conduta Pessoal e
§ 1º A instauração, de ofício, de expediente de Profissional, o Procedimento Preliminar será sobrestado,
investigação deve ser fundamentada pelos integrantes da por até dois anos, a critério da Comissão de Ética,
Comissão de Ética e apoiada em notícia pública de conforme o caso.
conduta ou em indícios capazes de lhe dar sustentação. § 6º Se, até o final do prazo de sobrestamento, o
§ 2º Se houver indícios de que a conduta Acordo de Conduta Pessoal e Profissional for cumprido,
configure, a um só tempo, falta ética e infração de outra será determinado o arquivamento do feito.
natureza, inclusive disciplinar, a cópia dos autos deverá § 7º Se o Acordo de Conduta Pessoal e
ser encaminhada imediatamente ao órgão competente. Profissional for descumprido, a Comissão de Ética dará
§ 3º Na hipótese prevista no § 2º, o denunciado seguimento ao feito, convertendo o Procedimento
deverá ser notificado sobre a remessa do expediente ao Preliminar em Processo de Apuração Ética.
órgão competente. § 8º Não será objeto de Acordo de Conduta
§ 4º Havendo dúvida quanto ao enquadramento da Pessoal e Profissional o descumprimento ao disposto no
conduta, se desvio ético, infração disciplinar, ato de inciso XV do Anexo ao Decreto nº 1.171, de 1994.
improbidade, crime de responsabilidade ou infração de
natureza diversa, a Comissão de Ética, em caráter Art. 24. Ao final do Procedimento Preliminar, será
excepcional, poderá solicitar parecer reservado junto à proferida decisão pela Comissão de Ética do órgão ou
unidade responsável pelo assessoramento jurídico do entidade determinando o arquivamento ou sua conversão
órgão ou da entidade. em Processo de Apuração Ética.

Art. 21. A representação, a denúncia ou qualquer Art. 25. Instaurado o Processo de Apuração Ética,
outra demanda deve conter os seguintes requisitos: a Comissão de Ética notificará o investigado para, no
I - descrição da conduta; prazo de dez dias, apresentar defesa prévia, por escrito,

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listando eventuais testemunhas, até o número de quatro, Art. 31. Cópia da decisão definitiva que resultar em
e apresentando ou indicando as provas que pretende penalidade a detentor de cargo efetivo ou de emprego
produzir. permanente na Administração Pública, bem como a
Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo ocupante de cargo em comissão ou função de confiança,
poderá ser prorrogado por igual período, a juízo da será encaminhada à unidade de gestão de pessoal, para
Comissão de Ética, mediante requerimento justificado do constar dos assentamentos do agente público, para fins
investigado. exclusivamente éticos.
§ 1º O registro referido neste artigo será cancelado
Art. 26. O pedido de inquirição de testemunhas após o decurso do prazo de três anos de efetivo exercício,
deverá ser justificado. contados da data em que a decisão se tornou definitiva,
§ 1º Será indeferido o pedido de inquirição, desde que o servidor, nesse período, não tenha praticado
quando: nova infração ética.
I - formulado em desacordo com este artigo; § 2º Em se tratando de prestador de serviços sem
II - o fato já estiver suficientemente provado por vínculo direto ou formal com o órgão ou entidade, a cópia
documento ou confissão do investigado ou quaisquer da decisão definitiva deverá ser remetida ao dirigente
outros meios de prova compatíveis com o rito descrito máximo, a quem competirá a adoção das providências
nesta Resolução; ou cabíveis.
III - o fato não possa ser provado por testemunha. § 3º Em relação aos agentes públicos listados no §
§ 2º As testemunhas poderão ser substituídas 2º, a Comissão de Ética expedirá decisão definitiva
desde que o investigado formalize pedido à Comissão de elencando as condutas infracionais, eximindo-se de
Ética em tempo hábil e em momento anterior à audiência aplicar ou de propor penalidades, recomendações ou
de inquirição. Acordo de Conduta Pessoal e Profissional.

Art. 27. O pedido de prova pericial deverá ser CAPÍTULO VIII


justificado, sendo lícito à Comissão de Ética indeferi-lo DOS DEVERES E RESPONSABILIDADES DOS
nas seguintes hipóteses: INTEGRANTES DA COMISSÃO
I - a comprovação do fato não depender de Art. 32. São princípios fundamentais no trabalho
conhecimento especial de perito; ou desenvolvido pelos membros da Comissão de Ética:
II - revelar-se meramente protelatório ou de I - preservar a honra e a imagem da pessoa
nenhum interesse para o esclarecimento do fato. investigada;
II - proteger a identidade do denunciante;
Art. 28. Na hipótese de o investigado não requerer III - atuar de forma independente e imparcial;
a produção de outras provas, além dos documentos IV - comparecer às reuniões da Comissão de
apresentados com a defesa prévia, a Comissão de Ética, Ética, justificando ao presidente da Comissão, por escrito,
salvo se entender necessária a inquirição de eventuais ausências e afastamentos;
testemunhas, a realização de diligências ou de exame V - em eventual ausência ou afastamento, instruir
pericial, elaborará o relatório. o substituto sobre os trabalhos em curso;
Parágrafo único. Na hipótese de o investigado, VI - declarar aos demais membros o impedimento
comprovadamente notificado ou citado por edital público, ou a suspeição nos trabalhos da Comissão de Ética; e
não se apresentar, nem enviar procurador legalmente VII - eximir-se de atuar em procedimento no qual
constituído para exercer o direito ao contraditório e à tenha sido identificado seu impedimento ou suspeição.
ampla defesa, a Comissão de Ética designará um
defensor dativo preferencialmente escolhido dentre os Art. 33. Dá-se o impedimento do membro da
servidores do quadro permanente para acompanhar o Comissão de Ética quando:
processo, sendo-lhe vedada conduta contrária aos I - tenha interesse direto ou indireto no feito;
interesses do investigado. II - tenha participado ou venha a participar, em
outro processo administrativo ou judicial, como perito,
Art. 29. Concluída a instrução processual e testemunha ou representante legal do denunciante,
elaborado o relatório, o investigado será notificado para denunciado ou investigado, ou de seus respectivos
apresentar as alegações finais no prazo de dez dias. cônjuges, companheiros ou parentes até o terceiro grau;
III - esteja litigando judicial ou administrativamente
Art. 30. Apresentadas ou não as alegações finais, com o denunciante, denunciado ou investigado, ou com
a Comissão de Ética proferirá decisão. os respectivos cônjuges, companheiros ou parentes até o
§ 1º Se a conclusão for pela culpabilidade do terceiro grau; ou
investigado, a Comissão de Ética poderá aplicar a IV - for seu cônjuge, companheiro ou parente até o
penalidade de censura ética prevista no Decreto nº 1.171, terceiro grau o denunciante, denunciado ou investigado.
de 1994, e, cumulativamente, fazer recomendações, bem
como lavrar o Acordo de Conduta Pessoal e Profissional, Art. 34. Ocorre a suspeição do membro quando:
sem prejuízo de outras medidas a seu cargo. I - for amigo íntimo ou notório desafeto do
§ 2º Caso o Acordo de Conduta Pessoal e denunciante, denunciado ou investigado, ou de seus
Profissional seja descumprido, a Comissão de Ética dará respectivos cônjuges, companheiros ou parentes até o
seguimento ao Processo de Apuração Ética. terceiro grau; ou
§ 3º É facultada ao investigado pedir a II - for credor ou devedor do denunciante,
reconsideração acompanhada de fundamentação à denunciado ou investigado, ou de seus respectivos
própria Comissão de Ética, no prazo de dez dias, contado cônjuges, companheiros ou parentes até o terceiro grau.
da ciência da respectiva decisão.
CAPÍTULO IX
DISPOSIÇÕES FINAIS

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Art. 35. As situações omissas serão resolvidas por
deliberação da Comissão de Ética, de acordo com o Resolução nº 11, de 11.11.2017
previsto no Código de Ética próprio, no Código de Ética Comissão de Ética Pública
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal, no Código de Conduta da Alta Administração
Federal, bem como em outros atos normativos Dispõe sobre a divulgação da agenda de
pertinentes. compromissos públicos dos Agentes Públicos
mencionados nos incisos I a IV do art.2º da Lei 12.813, de
Art. 36. O Regimento Interno de cada Comissão de 16 de maio de 2013.
Ética poderá estabelecer normas complementares a esta
Resolução. A COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA, no uso das
atribuições que lhe confere o art. 8°, I, II, III e VIII, da Lei
Art. 37. Fica estabelecido o prazo de seis meses n.° 12.813, de 16 de maio de 2013, e tendo em vista o
para que as Comissões de Ética dos órgãos e entidades disposto no art. 11 da referida lei,
do Poder Executivo Federal possam se adequar ao
disposto nesta Resolução. RESOLVE:
Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo
poderá ser prorrogado, mediante envio de justificativas, Art. 1° Esta Resolução dispõe sobre a divulgação
nos trinta dias que antecedem o termo final, para da agenda de compromissos públicos pelos agentes
apreciação e autorização da Comissão de Ética Pública. públicos mencionados nos incisos I a IV do art. 2° da Lei
n.° 12.813, de 16 de maio de 2013.
Art. 38. Esta Resolução entra em vigor na data de
sua publicação. Art. 2° Para fins desta Resolução, considera-se:
I - agenda de compromissos públicos: registro
JOSÉ PAULO SEPÚLVEDA PERTENCE publicado em transparência ativa na página do órgão ou
Presidente da Comissão de Ética Pública
entidade em que devem constar todas as audiências,
eventos públicos e' reuniões governamentais de que
participe a autoridade, ainda que realizadas por meios
não presenciais;
II - particular: todo aquele que solicite audiência
para tratar de interesse privado seu ou de terceiros,
mesmo que ocupante de posto, cargo, emprego ou função
pública;
III- agente político: detentor de cargo eletivo, eleito
por mandatos transitórios, como os Chefes de Poder
_____________________________________
01 Executivo e membros do Poder Legislativo, além de
cargos de Ministros de Estado e de Secretários nas
_____________________________________
02
Unidades da Federação;
IV - audiência: encontro entre particular e agente
_____________________________________
03
público, ou entre agentes públicos e políticos, para tratar
_____________________________________
04
de assunto inerente à atividade do órgão ou entidade;
V - evento público: atividade aberta ao público,
_____________________________________
05 geral ou específico, tais como congressos, seminários,
convenções, solenidades, fóruns, conferências e
_____________________________________
06 similares;
VI - reunião governamental: encontro entre
_____________________________________
07 agentes públicos de diferentes órgãos ou entidades;
VII - despacho interno: encontro entre agentes
_____________________________________
08
públicos do próprio órgão ou entidade para tratar de
assuntos internos; e
_____________________________________
09
VIII - eventos político-eleitorais: eventos de
_____________________________________
10
natureza político-eleitoral dos quais participe a autoridade
na condição de cidadão-eleitor, tais como convenções e
_____________________________________
11 reuniões de partidos políticos, comícios e manifestações
públicas autorizadas em lei.
_____________________________________
12

Art. 3° Os agentes públicos mencionados nos


_____________________________________
13 incisos I a IV do art. 2° da Lei n° 12.813, de 2013, deverão
divulgar agendas de compromissos públicos com todas as
_____________________________________
14
audiências, eventos públicos e reuniões governamentais
de que participem, ainda que realizadas por meios não
_____________________________________
15
presenciais.
§ 1° Deverão ser divulgadas na agenda de
compromissos públicos as informações relativas à
participação da autoridade em eventos e atividades
custeadas por terceiros, nos termos da Orientação
Normativa Conjunta CGU/CEP n.° 1, de 6 de maio de
2016.

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Samara Aparecida, [email protected]
§ 2° Não são consideradas audiências as 07_____________________________________
atividades finalísticas de atendimento ao público.
§ 3° Os agentes públicos deverão registrar em 08_____________________________________
suas agendas quando não houver compromissos públicos
ou informar os períodos utilizados para despachos 09_____________________________________
internos.
§ 4° Os eventos político-eleitorais de que participe 10_____________________________________
a autoridade deverão ser registrados em sua agenda de
compromissos públicos, informando-se as condições de
11_____________________________________
logística e financeiras de sua participação. 12_____________________________________
Art. 4° Para cada compromisso divulgado na 13_____________________________________
agenda, deverão ser informados o nome do solicitante da
audiência ou reunião governamental e o órgão ou 14_____________________________________
entidade que representa, a descrição dos assuntos
tratados, o local, a data, o horário e a lista de 15_____________________________________
participantes, com exceção deste último requisito no caso
dos eventos públicos.
§ 1° A agenda de compromissos públicos deverá
ser divulgada diariamente, na rede mundial de Resolução nº 13, de 18/12/2018
computadores -internet.
§ 2° No caso de haver informações sujeitas a Comissão de Ética Pública
restrição de acesso, nos termos da Lei n.° 12.527, de 18
de novembro de 2011, ou a sigilo legal, a autoridade
Dispõe sobre o envio de informações, pelas Comissões
deverá registrá-las na agenda de compromissos públicos
de Ética, para compor o banco de dados de sanções
como “Informação protegida por sigilo legal ou restrição
previsto no art. 22 do Decreto nº 6.029, de 1º de fevereiro
de acesso”, divulgando a parte não sigilosa.
de 2007.
§ 3° Os compromissos previamente agendados e
que não ocorrerem deverão constar da agenda com a
A COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA, com
anotação de cancelamento.
fundamento nos arts. 4º, IV, e 22 do Decreto nº 6.029, de
§ 4° Compromissos realizados sem prévio
1º de fevereiro de 2007,
agendamento e as alterações ocorridas nos
compromissos previamente agendados, inclusive as
RESOLVE:
relativas aos assuntos tratados, deverão ser registrados
na agenda de compromissos públicos em até dois dias
Art. 1º Para fins do disposto no art. 22 do Decreto
úteis após a sua realização.
n.º 6.029, de 1º de fevereiro de 2007, que dispõe sobre o
§ 5° Todos os registros de compromissos deverão
banco de dados de sanções éticas, as Comissões de
permanecer disponíveis para visualização, em
Ética de que trata o Decreto n.º 1.171, de 22 de junho de
transparência ativa, pelo período de dois anos.
1994, deverão observar o disposto nesta Resolução.
§ 6° Vencido o prazo previsto no § 5°, todos os
registros de compromissos deverão compor banco de
Art. 2º No caso de aplicação de sanção, as
dados acessível e em formato aberto.
Comissões de Ética deverão encaminhar à Comissão de
Ética Pública (CEP), no prazo de 30 dias após a decisão
Art. 5° Esta Resolução entra em vigor após
final, as seguintes informações:
decorridos sessenta dias de sua publicação.
I - nome completo do agente público;
Mauro de Azevedo Menezes II - número de inscrição do agente público no
Presidente Cadastro de Pessoas Físicas — CPF;
IlI - fundamento legal da aplicação da sanção; e
IV - data da aplicação da sanção.
Parágrafo único. As informações de que trata o
caput deverão ser encaminhadas para o endereço
eletrônico [email protected] ou para o
endereço Palácio do Planalto, Anexo I-B, sala 102, CEP
70.150-900 - Brasília — DF, anexando-se cópia da
decisão final, devidamente assinada.

Art. 3º O banco de dados de que trata esta


_____________________________________
01
Resolução deverá ser utilizado para fins de consulta pelos
_____________________________________
02
órgãos ou entidades da administração pública federal, em
casos de nomeação para cargo em comissão ou de alta
_____________________________________
03 relevância pública.

_____________________________________
04 Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de
sua publicação.
_____________________________________
05

LUIZ AUGUSTO FRAGA NAVARRO DE BRITTO FILHO


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06 Presidente

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Samara Aparecida, [email protected]
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Samara Aparecida, [email protected]
Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do
Constituição da República Federativa Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.
do Brasil de 1988 Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-
Presidente da República, far-se-á eleição 90 (noventa)
dias depois de aberta a última vaga.
CAPÍTULO II § 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos 2 (dois)
DO PODER EXECUTIVO anos do período presidencial, a eleição para ambos os
Seção I cargos será feita 30 (trinta) dias depois da última vaga,
DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
REPÚBLICA § 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo completar o período de seus antecessores.
Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de
Estado. Art. 82. O mandato do Presidente da República é
de 4 (quatro) anos e terá início em 5 de janeiro do ano
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice- seguinte ao de sua eleição. (2021)
Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, Emenda Constitucional nº 111
no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no Art. 5º As alterações efetuadas nos arts. 28 e 82 da Constituição
último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, Federal constantes do art. 1º desta Emenda Constitucional,
relativas às datas de posse de Governadores, de Vice-
do ano anterior ao do término do mandato presidencial
Governadores, do Presidente e do Vice-Presidente da República,
vigente. serão aplicadas somente a partir das eleições de 2026.
§ 1º A eleição do Presidente da República
importará a do Vice-Presidente com ele registrado.
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da
§ 2º Será considerado eleito Presidente o candidato
República não poderão, sem licença do Congresso
que, registrado por partido político, obtiver a maioria
Nacional, ausentar-se do País por período superior a 15
absoluta de votos, não computados os em branco e os
(quinze) dias, sob pena de perda do cargo.
nulos.
§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria
Seção II
absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em
Das Atribuições do Presidente da República
até 20 (vinte) dias após a proclamação do resultado,
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da
concorrendo os dois candidatos mais votados e
República:
considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
votos válidos.
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado,
§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno,
a direção superior da administração federal;
ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos
candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de
casos previstos nesta Constituição;
maior votação.
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis,
§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores,
bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel
remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato
execução;
com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.
Os decretos e regulamentos que visam dar fiel execução às leis
são atos infralegais (normas secundárias), que não podem criar
Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da nem modificar direitos. O objetivo é pormenorizar as disposições
República tomarão posse em sessão do Congresso gerais e abstratas da lei.
Nacional, prestando o compromisso de manter, defender V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Decreto
bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a autônomo)
integridade e a independência do Brasil. a) organização e funcionamento da administração
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data federal, quando não implicar aumento de despesa nem
fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, criação ou extinção de órgãos públicos;
salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, b) extinção de funções ou cargos públicos, quando
este será declarado vago. vagos;
Os Decretos autônomos possuem força de lei (normas
Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de primárias).
impedimento, e suceder- lhe-á, no de vaga, o Vice- VII - manter relações com Estados estrangeiros e
Presidente. acreditar seus representantes diplomáticos;
Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, VIII - celebrar tratados, convenções e atos
além de outras atribuições que lhe forem conferidas por internacionais, sujeitos a referendo do Congresso
lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por Nacional;
ele convocado para missões especiais. IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
X - decretar e executar a intervenção federal;
Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e XI - remeter mensagem e plano de governo ao
do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão
serão sucessivamente chamados ao exercício da

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Samara Aparecida, [email protected]
legislativa, expondo a situação do País e solicitando as I - a existência da União;
providências que julgar necessárias; II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder
XII - conceder indulto e comutar penas, com Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes
audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; constitucionais das unidades da Federação;
XIII - exercer o comando supremo das Forças III - o exercício dos direitos políticos, individuais e
Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do sociais;
Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais- IV - a segurança interna do País;
generais e nomeá-los para os cargos que lhes são V - a probidade na administração;
privativos; VI - a lei orçamentária;
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado VII - o cumprimento das leis e das decisões
Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos judiciais.
Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em
Procurador-Geral da República, o presidente e os lei especial, que estabelecerá as normas de processo e
diretores do banco central e outros servidores, quando julgamento.
determinado em lei;
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente
Ministros do Tribunal de Contas da União; da República, por 2/3 (dois terços) da Câmara dos
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o
nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União; Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais
XVII - nomear membros do Conselho da República, comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de
nos termos do art. 89, VII; responsabilidade.
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República § 1º O Presidente ficará suspenso de suas
e o Conselho de Defesa Nacional; (Órgãos consultivos) funções:
XIX - declarar guerra, no caso de agressão I - nas infrações penais comuns, se recebida a
estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;
referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das II - nos crimes de responsabilidade, após a
sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, instauração do processo pelo Senado Federal.
total ou parcialmente, a mobilização nacional; § 2º Se, decorrido o prazo de 180 (cento e oitenta)
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o
do Congresso Nacional; afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular
XXI - conferir condecorações e distinções prosseguimento do processo.
honoríficas; § 3º Enquanto não sobrevier sentença
XXII - permitir, nos casos previstos em lei condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da
complementar, que forças estrangeiras transitem pelo República não estará sujeito a prisão.
território nacional ou nele permaneçam temporariamente; § 4º O Presidente da República, na vigência de seu
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano mandato, não pode ser responsabilizado por atos
plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as estranhos ao exercício de suas funções.
propostas de orçamento previstos nesta Constituição;
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Seção IV
Nacional, dentro de 60 (sessenta) dias após a abertura da DOS MINISTROS DE ESTADO
sessão legislativa, as contas referentes ao exercício Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos
anterior; dentre brasileiros maiores de 21 (vinte e um) anos e no
XXV - prover e extinguir os cargos públicos exercício dos direitos políticos.
federais, na forma da lei; Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado,
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, além de outras atribuições estabelecidas nesta
nos termos do art. 62; Constituição e na lei:
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta I - exercer a orientação, coordenação e supervisão
Constituição. dos órgãos e entidades da administração federal na área
XXVIII - propor ao Congresso Nacional a de sua competência e referendar os atos e decretos
decretação do estado de calamidade pública de âmbito assinados pelo Presidente da República;
nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, II - expedir instruções para a execução das leis,
167-F e 167-G desta Constituição. (2021) decretos e regulamentos;
Parágrafo único. O Presidente da República poderá III - apresentar ao Presidente da República relatório
delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e anual de sua gestão no Ministério;
XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que
Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da
da União, que observarão os limites traçados nas República.
respectivas delegações.
O Presidente da República poderá delegar: Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de
- Decreto autônomo Ministérios e órgãos da administração pública.
- Concessão de indulto e comutação de penas
- Provimento cargos públicos

Seção III
Da Responsabilidade do Presidente da República
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos
do Presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal e, especialmente, contra:

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Samara Aparecida, [email protected]
I - consultas sobre conflito de interesses;
II - denúncias;
_____________________________________
01 III - dúvidas a respeito da aplicação do Código de
Conduta da Alta Administração Federal e deliberação
_____________________________________
02
sobre interpretação de normas;
IV - matérias administrativas.
_____________________________________
03
§ 2º Os processos poderão ser submetidos a
julgamento em listas organizadas por matéria com os
_____________________________________
04
processos originários relacionados, permitindo a
_____________________________________
05
visualização do inteiro teor dos autos pelos demais
conselheiros.
_____________________________________
06 § 3º As listas indicarão o número do processo, o
resumo do objeto, a proposta de decisão e a data de
_____________________________________
07 prolação do voto do conselheiro relator.
§ 4º Iniciado o julgamento, os demais conselheiros
_____________________________________
08
terão até 5 (cinco) dias úteis para se manifestar.
_____________________________________
09
Art. 2º Após a prolação do voto, a Secretaria-
Executiva da Comissão de Ética Pública deverá
_____________________________________
10
disponibilizá-lo aos demais conselheiros por me io do
_____________________________________
11
SEI!.
§ 1º Os conselheiros poderão:
_____________________________________
12 I - acompanhar o relator;
II - acompanhar o relator com ressalva de
_____________________________________
13 entendimento;
III - divergir do relator;
_____________________________________
14
IV - acompanhar a divergência;
V - solicitar a inclusão em sessão de que trata o
_____________________________________
15
art. 4º; ou
VI - pedir vista, com eficácia imediata em relação à
suspensão da deliberação.
§ 2º Nos casos de que tratam os incisos II ou III do
Resolução nº 14, de 25/03/2020 § 1º, os conselheiros proferirão seu voto no próprio
sistema.
Comissão de Ética Pública § 3º Considerar-se-á ausente da votação o
conselheiro relator que não se manifestar no prazo
Dispõe sobre a realização de sessões da Comissão de previsto no § 4º do art. 1º.
Ética Pública - CEP em ambiente virtual e sobre o § 4º Considerar-se-á concluído o julgamento em
julgamento de processos em lista. ambiente eletrônico quando houver manifestação
conclusiva da maioria dos membros em exercício no
A COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA, tendo em colegiado, após transcorrido o prazo previsto no § 4º do
vista o disposto no art. 1º do Decreto de 26 de maio de art. 1º.
1999, no art. 1º,caput, inciso II, e no art. 4º do Decreto nº § 5º Quando, em virtude de ausências, não for
6.029, de 1º de fevereiro de 2007, e nos arts. 4º a 6º e 8º possível a decisão por maioria, o procedimento deverá ser
da Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013, e incluído na pauta da reunião subsequente da Comissão
de Ética Pública, para ulterior deliberação.
considerando a necessidade de adoção de
medidas para enfrentamento da emergência de saúde Art. 3º O Conselheiro Relator poderá retirar de
pública de importância internacional decorrente do deliberação qualquer lista ou processo antes de iniciado o
coronavírus (COVID-19); respectivo julgamento.

considerando a disponibilidade da plataforma do Art. 4º A CEP poderá realizar sessão por meio de
Sistema Eletrônico de Informações - SEI!, à disposição da teleconferência ou de videoconferência.
Comissão de Ética Pública; e § 1º Os processos de que trata o inciso II do § 1º
do art. 1º somente poderão ser deliberados por meio de
considerando as medidas adotadas pela videoconferência na hipótese de a comunicação ocorrer
Secretaria-Executiva da Comissão de Ética Pública, no por infraestrutura segura da Presidência da República.
âmbito das orientações sobre a execução de trabalho § 2º A deliberação durante a sessão de que trata
remoto no âmbito da Secretaria-Geral da Presidência da ocaputdispensa a declaração de voto de que trata o § 1º
República; do art. 2º.

R E S O L V E: Art. 5º O art. 5º da Resolução nº 4, de 7 de junho


de 2001, da Comissão de Ética Pública, passa a vigorar
Art. 1º O Conselheiro Relator poderá submeter a com a seguinte redação:
"Art. 5º As reuniões colegiadas da CEP serão instauradas
julgamento processos em ambiente eletrônico.
mediante a presença, física ou remota, da maioria absoluta de
§ 1º A critério do relator, poderão ser submetidos a seus membros.
julgamento em ambiente eletrônico, processos que
versem sobre:

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Samara Aparecida, [email protected]
Parágrafo único. As deliberações da CEP serão tomadas
por maioria simples, cabendo ao Presidente o voto de qualidade." A COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA, com
fundamento no art. 1º, V, do Decreto de 26 de maio de
Art. 6º O Presidente da CEP decidirá sobre os 1999, no art. 9º, I, da Lei nº 12.813, de 16 de maio de
casos omissos. 2013, nos arts. 7º, IV, e 23, do Decreto nº 6.029, de 1º de
fevereiro de 2007, e considerando o disposto nos arts. 9º,
Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de 10 e 15, II, do Decreto nº 10.571, de 9 de dezembro de
sua publicação. 2020, resolve:
HENRIQUE DOS SANTOS LUCON Da abrangência e âmbito de aplicação
Presidente
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre os
ERICK BIILL VIDIGAL
Conselheiro procedimentos relativos à apresentação e análise das
ANDRÉ RAMOS TAVARES declarações de conflito de interesses, de que tratam os
Conselheiro arts. 1º e 10 do Decreto nº 10.571, de 2020, apresentadas
RUY MARTINS ALTENFELDER DA SILVA pelos agentes públicos civis da Administração Pública
Conselheiro federal indicados no art. 9º do mesmo Decreto, quais
GUSTAVO DO VALE ROCHA sejam:
Conselheiro I - Ministros de Estado;
MILTON RIBEIRO
II - ocupantes de cargo em comissão ou função de
Conselheiro
confiança de nível igual ou superior a 5 do Grupo-Direção
e Assessoramento Superiores - DAS; e
III - presidentes, vice-presidentes e diretores, ou
equivalentes, de entidades da Administração Pública
federal indireta.

Art. 2º A declaração de conflito de interesses de


que tratam os arts. 1º e 10 do Decreto nº 10.571, de 2020,
deverá ser registrada e submetida à Comissão de Ética
Pública, de acordo com sua competência, exclusivamente
_____________________________________
01 por meio do Sistema Eletrônico de Informações
Patrimoniais e de Conflito de Interesses - e-Patri.
_____________________________________
02

Das informações que possam gerar conflito de


_____________________________________
03
interesses
Art. 3º A declaração de conflito de interesses
_____________________________________
04
conterá dados pessoais e profissionais do agente público,
_____________________________________
05
contemplados em dois grupos de informações:
I - patrimoniais; e
_____________________________________
06 II - que possam gerar conflito de interesses.
§ 1º As informações patrimoniais de que trata o
_____________________________________
07 inciso I serão registradas e submetidas diretamente no
Sistema e-Patri, por meio da declaração de bens e
_____________________________________
08
atividades econômicas ou profissionais de que trata o art.
1º do Decreto nº 10.571, de 9 de dezembro de 2020,
_____________________________________
09
podendo o agente público, alternativamente, aderir à
autorização, em meio eletrônico, de acesso às
_____________________________________
10
declarações anuais de Imposto sobre a Renda e
_____________________________________
11
Proventos de Qualquer Natureza - DIRPF, conforme
previsto no art. 3º, §1º, do Decreto nº 10.571, de 2020.
_____________________________________
12 § 2º As informações de conflito de interesses de
que trata o inciso II deverão ser registradas e
_____________________________________
13 apresentadas diretamente no Sistema e-Patri,
independentemente da autorização de que trata o
_____________________________________
14
parágrafo anterior.
§ 3º Caso o agente público preste suas
_____________________________________
15
informações patrimoniais por meio da autorização de que
trata o § 1º, deverá complementar as informações sobre
conflito de interesses de que trata o inciso II, por meio da
Resolução nº 15, de 01/02/2022 declaração de conflito de interesses
retificadora/complementar.
Comissão de Ética Pública
Art. 4º As informações que possam gerar conflito
de interesses devem ser atualizadas na Declaração de
Dispõe sobre os procedimentos relativos à
acordo com a data de atualização desta no Sistema e-
apresentação e à análise das declarações de situações
Patri, devendo conter dados sobre:
que possam gerar conflito de interesses por agentes
I - o desempenho de cargos e empregos públicos
públicos civis da Administração Pública federal de que
pelo declarante;
trata o Decreto nº 10.571, de 9 de dezembro de 2020.

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Samara Aparecida, [email protected]
II - o exercício de atividade privada pelo IV - na data da exoneração, da rescisão contratual,
declarante; da dispensa, da devolução à origem ou da aposentadoria,
III - a existência de cônjuge, de companheiro ou de no caso de o agente público federal deixar o cargo, o
parente, por consanguinidade ou por afinidade, em linha emprego ou a função que estiver ocupando ou exercendo;
reta ou colateral, até o terceiro grau, no exercício de e
atividades que possam suscitar conflito de interesses; e V - anualmente.
IV - situação patrimonial específica que suscite ou § 1º Nas situações mencionadas nos incisos I, II e
possa eventualmente suscitar conflito de interesses. III do caput, a declaração deverá ser apresentada no
§ 1º Na hipótese do inciso II do caput, o agente Sistema e-Patri, nos prazos ali tratados, por todos os
público deverá informar a natureza e o tipo de ocupação agentes públicos que forem nomeados ou designados
exercida. para os cargos previstos no art. 1º, I a III, a partir de 9 de
§ 2º Na hipótese do inciso III do caput, o agente dezembro de 2021, ou que retornem ao serviço, a partir
público deverá informar os dados do cônjuge, dessa data.
companheiro ou parente; o grau de parentesco; e a § 2º Nas situações previstas nos incisos IV e V, a
atividade e/ou ocupação econômica exercida. declaração deverá ser apresentada conforme calendário a
§ 3º Na hipótese do inciso IV do caput, o ser divulgado pela Comissão de Ética Pública, em
declarante deverá informar o item patrimonial envolvido e consonância com as diretrizes e orientações da
a situação apta a suscitar conflito de interesses. Controladoria-Geral da União.
§ 4º O agente público deverá informar, além do § 3º O agente público somente deverá submeter a
disposto nos §§ 1º a 3º, se realizou pedido de autorização declaração de conflito de interesses via Sistema e-Patri a
ou consulta à Comissão de Ética Pública sobre possível partir do início dos prazos previstos nos incisos do caput.
situação de conflito de interesses, e registrar o respectivo § 4º No caso de adesão à autorização de que trata
número de protocolo e a data de submissão, quando as o art. 3º, II, §1º, na hipótese de não apresentação da
situações previstas nos incisos II a IV do caput ocorrerem DIRPF à Receita Federal, ainda que por motivo de
em período coincidente com a ocupação dos cargos isenção às normas tributárias, o agente público deverá
relacionados nos incisos I a III do art. 1º, caso seja registrar e submeter as informações patrimoniais de que
identificado risco de conflito de interesses, nos termos do trata o inciso I, do art. 3º, diretamente no Sistema e-Patri.
art. 10, II e parágrafo único, do Decreto nº 10.571, de § 5º O agente público que ingressar nos cargos
2020. previstos no art. 1º, I a III, e que ainda não tinha vínculo
§ 5º Sempre que for identificada a situação com a Administração Pública federal, deverá apresentar
prevista no parágrafo anterior, o declarante deverá sua primeira declaração diretamente no sistema e-Patri,
descrever a situação e as providências adotadas ou a passando a autorização de que trata o art. 3º, II, §1º, a
serem adotadas para mitigar possíveis riscos de conflito valer para o cumprimento das obrigações anuais,
de interesses informados na declaração. conforme consta no parágrafo único do art. 4º do Decreto
§ 6º Na hipótese prevista no parágrafo anterior, nº 10.571, de 2020.
caso não tenham sido realizados o pedido de autorização
ou a consulta à Comissão de Ética Pública em relação à Do monitoramento do registro e da apresentação fora
possível situação de conflito de interesses, o declarante do prazo
deverá apresentar o respectivo pedido de autorização ou Art. 6º A Comissão de Ética Pública poderá, a
consulta, no prazo de 10 (dez) dias úteis a partir da qualquer momento, notificar os agentes públicos de que
submissão da declaração no Sistema. trata o art. 1º, I a III, para prestarem informações
§ 7º O exercício de atividade privada de magistério complementares no âmbito de suas declarações.
prescinde de pedido de autorização ou de consulta à
Comissão de Ética Pública, excetuadas situações que Art. 7º A Comissão de Ética Pública irá monitorar o
possam suscitar conflito de interesses. cumprimento da apresentação da declaração de conflito
§ 8º A data de atualização de que trata o caput de interesses dos agentes públicos previstos nesta
deve corresponder à data em que recai a obrigação de o Resolução.
agente público apresentar a declaração de conflito de Parágrafo único. Conforme previsto no art. 6º do
interesses, conforme situações elencadas no art. 4º do Decreto nº 10.571, de 2020, poderá ser instaurado
Decreto nº 10.571, de 2020. processo ético contra o agente público que se recusar a
apresentar ou apresentar falsamente a sua declaração.
Do momento da apresentação
Art. 5º Os agentes públicos de que trata o art. 1º, I Disposições finais
a III, deverão apresentar declaração de conflito de Art. 8º Os representantes das Comissões de Ética
interesses nas seguintes situações, conforme o disposto Setoriais de que trata o Decreto nº 1.171, de 22 de junho
no art. 4º do Decreto nº 10.571, de 2020: de 1994, prestarão apoio ao cumprimento do disposto
I - no ato da posse ou da contratação em cargo, nesta Resolução, orientando as autoridades mencionadas
função ou emprego nos órgãos ou nas entidades do no art. 1º, I a III, e auxiliando na divulgação das
Poder Executivo federal; orientações sobre o Sistema e-Patri.
II - no prazo de 10 (dez) dias úteis, contado da
data da designação, quando se tratar de função de Art. 9º Os casos omissos e dúvidas suscitadas na
confiança; aplicação desta Resolução serão dirimidas pela Comissão
III - no prazo de 10 (dez) dias úteis, contado da de Ética Pública.
data do efetivo retorno ao serviço, no caso de agente
público federal que se encontrava, a qualquer título, Art. 10 Fica revogada a Resolução nº 12, de 19 de
afastado ou licenciado, sem remuneração, do serviço, por novembro de 2018.
período igual ou superior a um ano; Art. 11 Esta Resolução entra em vigor na data de
sua publicação no Diário Oficial da União.

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Samara Aparecida, [email protected]
II - as normas atinentes à acumulação de cargos e
empregos públicos; e
III - a legislação específica aplicável ao regime
jurídico do cargo ou emprego público ocupado.
§ 1º Por magistério, para fins desta Resolução,
compreendem-se as seguintes atividades, ainda que
exercidas de forma esporádica ou não remunerada:
I - docência em instituições de ensino, de pesquisa
ou de ciência e tecnologia, públicas ou privadas,
nacionais ou estrangeiras;
_____________________________________
01
II - capacitação ou treinamento, mediante cursos,
_____________________________________
02
palestras ou conferências, para público específico ou não;
e
_____________________________________
03 III - outras correlatas ou de suporte às previstas
nos incisos I e II deste parágrafo, tais como: funções de
_____________________________________
04 coordenador, monitor, avaliador, integrante de banca
examinadora de discente, redator ou debatedor.
_____________________________________
05 § 2º Não se considera como atividade de
magistério a prestação de serviços de consultoria.
_____________________________________
06
§ 3º A autoridade deve se abster de atuar, direta
ou indiretamente, em processo de interesse da entidade
_____________________________________
07
em que exerça a atividade de magistério.
_____________________________________
08
Art. 3º Quando a atividade de magistério ocorrer no
_____________________________________
09 interesse institucional do órgão ou entidade no qual o
agente público ocupe o cargo ou emprego, é vedado o
_____________________________________
10 recebimento de remuneração de origem privada,
ressalvada a possibilidade de indenização por transporte,
_____________________________________
11 alimentação e hospedagem paga, total ou parcialmente,
pela instituição promotora, observadas as regras de
_____________________________________
12
conduta para a alta administração federal.
Parágrafo único. Quando possível, eventuais
_____________________________________
13
valores que seriam pagos a título de remuneração de
_____________________________________
14
palestrante ou de painelista serão revertidos pelo
organizador do evento em inscrições para a capacitação
_____________________________________
15 de agentes públicos da administração pública federal, nos
termos do art. 20, parágrafo único do Decreto nº 10.889,
de 9 de dezembro de 2021.

Art. 4º Na hipótese de magistério em assuntos


Resolução nº 16, de 14/02/2022 relacionados a concursos, processos seletivos ou
Comissão de Ética Pública similares do órgão ou entidade do cargo ou emprego
ocupado pelo agente público, é vedada a atuação, direta
ou indireta, em qualquer atividade relacionada à
Dispõe sobre o exercício de atividades de preparação ou definição do cronograma ou do conteúdo
magistério pelos agentes públicos ocupantes dos cargos e programático do certame ou relacionada à elaboração,
empregos mencionados nos incisos I a IV, do art. 2º, da aplicação e correção de provas e testes de qualquer fase,
Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013. incluindo-se a fase do curso de formação.

A COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA, com Art. 5º Nas atividades de magistério tratadas nesta
fundamento no art. 1º, do Decreto de 26 de maio de 1999, Resolução é vedada a divulgação de informação
nos arts. 8º, V e Parágrafo único, e 9º, II, da Lei nº 12.813, classificada ou de acesso restrito, bem como de assuntos
de 16 de maio de 2013, bem como no art. 4º, do Decreto de caráter interno que não sejam passíveis de divulgação
nº 6.029, de 1º de fevereiro de 2007, resolve: ao público em geral, ainda que a título exemplificativo,
para fins didáticos, nos termos do inciso II do art. 3º da Lei
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre o exercício de nº 12.813, de 2013.
atividades de magistério pelos agentes públicos
ocupantes dos cargos e empregos mencionados nos Art. 6º As atividades referidas nesta Resolução
incisos I a IV, do art. 2º, da Lei nº 12.813, de 16 de maio dispensam a consulta prévia acerca da existência de
de 2013. conflito de interesses e o pedido de autorização para o
exercício de atividade privada à Comissão de Ética
Art. 2º É permitido o exercício de atividades de Pública da Presidência da República, nos termos
magistério pelos agentes públicos ocupantes dos cargos e previstos no art. 8º, V e Parágrafo único, c/c art. 9º, II, da
empregos mencionados nos incisos I a IV, do art. 2º, da Lei nº 12.813, de 2013.
Lei nº 12.813/13, respeitadas, além do disposto na Lei nº § 1º O exercício das atividades de capacitação e
12.813, de 2013: treinamento mencionadas no art. 2º, §1º, inciso II, para
I - as normas atinentes à compatibilidade de público específico, que possam configurar hipótese de
horários; conflito de interesses, nos termos do art. 3º, inciso I, da

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Samara Aparecida, [email protected]
Lei nº 12.813, de 2013, deve ser precedido de consulta à
Comissão de Ética Pública.
§ 2º Dentre as hipóteses previstas no §1º, incluem-
se o exercício das atividades de capacitação e
treinamento para público específico que tenha interesse
em decisão do agente público ou do colegiado do qual ele
participe, bem como para pessoa jurídica que seja
controlada, fiscalizada ou regulada pelo órgão ou entidade
onde o agente ocupe o cargo ou emprego.

Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de


sua publicação no Diário Oficial da União.

_____________________________________
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Samara Aparecida, [email protected]
federativa a que pertencem, cabe a segurança dos
Constituição da República Federativa estabelecimentos penais. (2019)
do Brasil de 1988 § 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros
militares, forças auxiliares e reserva do Exército
subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as
polícias penais estaduais e distrital, aos Governadores
CAPÍTULO III dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. (2019)
DA SEGURANÇA PÚBLICA § 7º A lei disciplinará a organização e o
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança
direito e responsabilidade de todos, é exercida para a pública, de maneira a garantir a eficiência de suas
preservação da ordem pública e da incolumidade das atividades.
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: § 8º Os Municípios poderão constituir guardas
(Rol taxativo) municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços
I - polícia federal; e instalações, conforme dispuser a lei.
II - polícia rodoviária federal; STF: Guardas Municipais podem exercer poder de polícia de
III - polícia ferroviária federal; trânsito, aplicando sanções administrativas - multas - aos
IV - polícias civis; infratores.
V - polícias militares e corpos de bombeiros § 9º A remuneração dos servidores policiais
militares. integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. fixada na forma do § 4º do art. 39.
(2019)
§ 10. A segurança viária, exercida para a
STF: A atividade de policiamento naval é uma atividade
secundária da Marinha de Guerra, possuindo caráter meramente
preservação da ordem pública e da incolumidade das
administrativo. Não se pode atribuir a essa função natureza pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:
militar, apesar de ser desempenhada pela Marinha de Guerra. I - compreende a educação, engenharia e
§ 1º A POLÍCIA FEDERAL, instituída por lei como fiscalização de trânsito, além de outras atividades
órgão permanente, organizado e mantido pela União e previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à
estruturado em carreira, destina-se a: mobilidade urbana eficiente; e
I - apurar infrações penais contra a ordem política e II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito
social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou
União ou de suas entidades autárquicas e empresas entidades executivos e seus agentes de trânsito,
públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha estruturados em Carreira, na forma da lei.
repercussão interestadual ou internacional e exija
repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o
descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros
órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
III - exercer as funções de polícia marítima,
aeroportuária e de fronteiras;
IV - exercer, com exclusividade, as funções de
polícia judiciária da União. _____________________________________
01
§ 2º A POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL, órgão
permanente, organizado e mantido pela União e _____________________________________
02

estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao


patrulhamento ostensivo das rodovias federais. _____________________________________
03

§ 3º A POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL, órgão


permanente, organizado e mantido pela União e _____________________________________
04

estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao


patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. _____________________________________
05

§ 4º Às POLÍCIAS CIVIS, dirigidas por delegados


de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a
_____________________________________
06

competência da União, as funções de polícia judiciária e a _____________________________________


07
apuração de infrações penais, exceto as militares.
§ 5º Às POLÍCIAS MILITARES cabem a polícia _____________________________________
08

ostensiva e a preservação da ordem pública; aos


CORPOS DE BOMBEIROS MILITARES, além das _____________________________________
09

atribuições definidas em lei, incumbe a execução de


atividades de defesa civil. _____________________________________
10

STF: A polícia militar, embora não seja polícia judiciária, pode


realizar flagrantes ou participar da busca e apreensão _____________________________________
11

determinada por ordem judicial.


§ 5º-A. Às POLÍCIAS PENAIS, vinculadas ao
_____________________________________
12

órgão administrador do sistema penal da unidade

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Samara Aparecida, [email protected]
_____________________________________
13 XII - manifestar-se nos processos de consultas
sobre conflito de interesses e de pedidos de autorização
_____________________________________
14 de exercício de atividade privada, com ou sem imposição
de quarentena, nos termos da competência prevista na
_____________________________________
15 Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013;
XIII - analisar as declarações de conflito de
interesses de que trata o Decreto nº 10.571, de 9 de
dezembro de 2020, no âmbito de sua competência; e
Resolução nº 17, de 13/10/2022 XIV - estabelecer parcerias com órgãos de outros
poderes, com entes subnacionais e instituições
Comissão de Ética Pública internacionais, com vistas à promoção da ética pública.

CAPÍTULO II
Dispõe sobre o Regimento Interno da Comissão de
DA COMPOSIÇÃO
Ética Pública.
Art. 3º A CEP é composta por sete membros
designados pelo Presidente da República, com mandato
A COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA, com
de três anos, permitida uma única recondução.
fundamento no art. 1º do Decreto de 26 de maio de 1999,
§ 1º Os membros da CEP não receberão
e no art. 4º, V, do Decreto nº 6.029, de 1º de fevereiro de
remuneração e os trabalhos por eles desenvolvidos são
2007, resolve:
considerados prestação de relevante serviço público.
Art. 1º Fica aprovado, na forma desta Resolução, o
§ 2º As despesas com viagens e estada dos
Regimento Interno da Comissão de Ética Pública.
membros da CEP serão custeadas por sua Secretaria-
Executiva, quando relacionadas com as atividades
CAPÍTULO I
institucionais.
DA COMPETÊNCIA
Art. 2º Compete à Comissão de Ética Pública -
CAPÍTULO III
CEP:
DO FUNCIONAMENTO
I - assegurar a observância das normas de ética e
Art. 4º Os membros da CEP elegerão o seu
conduta do integrante da Alta Administração federal, pelas
Presidente para mandato de um ano, permitida a
autoridades públicas federais por ele abrangidas;
recondução.
II - submeter ao Presidente da República
§ 1º No mês anterior ao final do mandato do
sugestões de aprimoramento das normas de ética e
Presidente, deverá ser realizada reunião para eleição do
conduta, das normas de conflito de interesses e das
próximo Presidente ou recondução do atual.
demais regras e princípios no âmbito de competência da
§ 2º O Presidente escolherá o seu substituto para
CEP;
as suas ausências e impedimentos legais, entre os
III - dar subsídios ao Presidente da República e
demais membros do colegiado.
aos Ministros de Estado para a tomada de decisão
concernente a atos de autoridade que possam implicar
Art. 5º As deliberações da CEP somente ocorrerão
descumprimento das normas de ética e conduta do
com a participação da maioria absoluta de seus membros
integrante da Alta Administração federal, das normas de
e serão tomadas por, pelo menos, voto da maioria
conflito de interesses e das demais regras e princípios no
simples, cabendo ao Presidente o voto de qualidade.
âmbito de competência da CEP;
IV - apurar, de ofício ou em razão de denúncia ou
Art. 6º A CEP terá um Secretário-Executivo, que
representação, condutas que possam configurar violação
lhe prestará apoio técnico e administrativo.
às normas de ética e conduta, às normas de conflito de
interesses e às demais regras e princípios no âmbito de
Art. 7º O Secretário-Executivo submeterá à CEP
competência da CEP;
proposta de plano de trabalho anual que contemple as
V - dirimir dúvidas a respeito da aplicação das
atividades a serem desenvolvidas, apresente as metas e
normas de ética e conduta e deliberar sobre os casos
os indicadores a serem atingidos e dimensione os
omissos;
recursos necessários para a sua realização.
VI - colaborar com órgãos e entidades da
§ 1º Nas reuniões ordinárias da CEP, o Secretário-
Administração federal, estadual e municipal, ou dos
Executivo prestará informações sobre o estágio de
Poderes Legislativo e Judiciário;
execução das atividades constantes no plano de trabalho
VII - dar ampla divulgação das normas de ética e
e seus resultados, ainda que parciais.
conduta e demais entendimentos relacionados ao
§ 2º Por deliberação do colegiado, o plano de
exercício da ética no Poder Executivo federal;
trabalho anual será aprovado e poderá ser alterado
VIII - exercer as competências previstas na Lei nº
durante sua execução, em casos de revisão ou
12.813, de 16 de maio de 2013, que dispõe sobre as
estabelecimento de novas ações.
situações que possam configurar conflito de interesses
envolvendo ocupantes de cargo ou emprego no Poder
Art. 8º As reuniões da CEP ocorrerão, em caráter
Executivo federal;
ordinário, preferencialmente uma vez ao mês e,
IX - coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema
extraordinariamente, sempre que necessário, por iniciativa
de Gestão da Ética Pública do Poder Executivo Federal;
de qualquer de seus membros.
X - aprovar o Plano de Trabalho de sua Secretaria-
Parágrafo único. A pauta das reuniões da CEP
Executiva;
será composta a partir de sugestões de qualquer de seus
XI - eleger seu Presidente, nos termos deste
membros ou por iniciativa do Secretário-Executivo,
Regimento Interno;
admitindo-se no início de cada reunião a inclusão de
novos assuntos.

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Samara Aparecida, [email protected]
deste Regimento, bem como outras determinadas pelo
CAPÍTULO IV Presidente da Comissão, no exercício de suas
DAS ATRIBUIÇÕES atribuições.
Art. 9º Ao Presidente da CEP compete:
I - convocar e presidir as reuniões da Comissão; CAPÍTULO V
II - orientar os trabalhos da Comissão, ordenar os DAS DELIBERAÇÕES
debates, iniciar e concluir as deliberações; Art. 12. As deliberações da CEP relativas ao
III - orientar e supervisionar os trabalhos da Código de Conduta compreenderão:
Secretaria-Executiva; I - homologação das informações prestadas em
IV - tomar os votos e proclamar os resultados; cumprimento às obrigações nele previstas;
V - autorizar a presença nas reuniões de pessoas II - adoção de orientações complementares:
que, por si ou por entidades que representem, possam a) mediante resposta a consultas formuladas por
contribuir para os trabalhos da CEP; autoridade a ele submetida;
VI - proferir voto de qualidade; b) de ofício, em caráter geral ou particular,
VII - determinar a publicação de sua agenda; mediante comunicação às autoridades abrangidas, por
VIII - determinar ao Secretário-Executivo, ouvida a meio de resolução, ou, ainda, pela divulgação periódica
Comissão, a instauração de processos de apuração de de relação de perguntas e respostas aprovada pela
prática de ato em desrespeito ao preceituado no Código Comissão;
de Conduta da Alta Administração Federal, a execução de III - elaboração de sugestões ao Presidente da
diligências e a expedição de comunicados à autoridade República de atos normativos complementares ao Código
pública para que se manifeste na forma prevista neste de Conduta, além de propostas para sua eventual
Regimento; alteração;
IX - decidir os casos de urgência, no âmbito de sua IV - instauração de procedimento para apuração
competência, ad referendum da CEP, submetendo ao de ato que possa configurar descumprimento ao Código
colegiado na reunião subsequente; e de Conduta;
X - delegar competência ao Secretário-Executivo, V - expedição de recomendações às autoridades
ouvida a Comissão, para arquivamento de representações sob sua competência; e
e denúncias, inclusive anônimas, que não sejam de VI - adoção de uma das seguintes providências em
atribuição da CEP, e encaminhamento de atos de mero caso de infração ética:
expediente, que não importem em decisões de mérito. a) advertência, quando se tratar de autoridade no
exercício do cargo;
Art. 10. Aos membros da CEP compete: b) censura ética, na hipótese de autoridade que já
I - examinar as matérias que lhes forem tiver deixado o cargo; e
submetidas, emitindo pareceres e manifestações; c) encaminhamento de sugestão de exoneração à
II - pedir vista de matéria em deliberação pela autoridade hierarquicamente superior, quando se tratar de
Comissão; infração grave ou de reincidência.
III - solicitar informações a respeito de matérias de § 1º Nos julgamentos de processos éticos será
sua competência; assegurado direito à sustentação oral ao interessado ou
IV - representar a Comissão em atos públicos, por seu representante legal, pelo tempo máximo de 15
delegação de seu Presidente; e (quinze) minutos.
V - decidir os casos de urgência, nas matérias de § 2º A solicitação para sustentação oral deverá ser
sua competência, submetendo ao colegiado na reunião formulada até o horário previsto para início da sessão de
subsequente. julgamento.
Parágrafo único. O pedido de vista deverá ser
submetido à deliberação do colegiado em até duas Art. 13. As deliberações da CEP relativas às
reuniões ordinárias. consultas sobre conflito de interesses e aos pedidos de
autorização de exercício de atividade privada, nos termos
Art. 11. Ao Secretário-Executivo compete: da competência prevista na Lei nº 12.813, de 16 de maio
I - organizar a agenda das reuniões e assegurar o de 2013, compreenderão:
apoio logístico à CEP; I - autorização para realização de atividade
II - secretariar as reuniões da CEP; privada, com ou sem imposição de condicionantes;
III - proceder ao registro das reuniões e à II - imposição de quarentena; e
elaboração de suas atas; III - estabelecimento de medidas mitigatórias para
IV - dar apoio à CEP e aos seus integrantes no prevenção de conflito de interesses.
cumprimento das atividades que lhes sejam próprias;
V - instruir as matérias submetidas à deliberação; Art. 14. As deliberações da CEP relativas à análise
VI - providenciar, previamente à instrução de das declarações de conflito de interesses de que trata o
matéria para deliberação pela CEP, nos casos em que Decreto nº 10.571, de 9 de dezembro de 2020,
houver necessidade, parecer sobre a legalidade de ato a compreenderão recomendações para prevenção de
ser por ela exarado; situações que possam gerar conflito de interesses.
VII - desenvolver ou supervisionar a elaboração de
estudos e pareceres como subsídios ao processo de Art. 15. As deliberações relacionadas ao Sistema
tomada de decisão da CEP; de Gestão da Ética Pública do Poder Executivo federal,
VIII - solicitar às autoridades submetidas ao compreenderão:
Código de Conduta informações e subsídios para instruir I - expedição de orientações acerca do
assunto sob apreciação da CEP; e funcionamento e estruturação das comissões de ética
IX - tomar as providências necessárias ao setoriais que compõem o Sistema de Gestão da Ética do
cumprimento do disposto nos arts. 9o, inciso VIII, e 12 Poder Executivo Federal;

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Samara Aparecida, [email protected]
II - autorização para criação de comissões de ética Art. 23. Fica revogada a Resolução nº 04, de 7 de
setoriais; junho de 2001.
III - determinações às comissões de ética setoriais
para cumprimento das normas que regulamentam a Art. 24. Esta Resolução entra em vigor na data de
gestão da ética pública; sua publicação.
IV - outras competências relacionadas ao Sistema
de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal.

CAPÍTULO VI
DAS NORMAS DE PROCEDIMENTO
Art. 16. O procedimento de apuração de infração
ao Código de Conduta será instaurado pela CEP, de
ofício ou em razão de denúncia fundamentada, desde que
haja indícios suficientes, observado o seguinte:
I - a autoridade será oficiada para manifestar-se
por escrito no prazo de dez dias úteis; _____________________________________
01
II - o eventual denunciante, a própria autoridade
pública, bem como a CEP, de ofício, poderão produzir _____________________________________
02

prova documental;
III - a CEP poderá promover as diligências que _____________________________________
03

considerar necessárias, assim como solicitar parecer de


especialista quando julgar imprescindível; _____________________________________
04

IV - concluídas as diligências mencionadas no


inciso anterior, a CEP oficiará à autoridade para nova _____________________________________
05

manifestação, no prazo de dez dias úteis;


_____________________________________
06
V - se a CEP concluir pela procedência da
denúncia, uma das providências previstas no inciso VI do _____________________________________
07
art. 12 será adotada, com comunicação ao denunciado.
_____________________________________
08

CAPÍTULO VII
DOS DEVERES E RESPONSABILIDADE DOS _____________________________________
09

MEMBROS DA COMISSÃO
Art. 17. Os membros da CEP obrigam-se a _____________________________________
10

apresentar no Sistema e-Patri declarações de conflito de


interesses, nos termos dos arts. 1º e 9º do Decreto nº _____________________________________
11

10.571, de 9 de dezembro de 2020, nas datas e prazos ali


_____________________________________
12
previstos, c/c o disposto na Resolução nº 15 da CEP, de
1º de fevereiro de 2022. _____________________________________
13

Art. 18. Eventuais conflitos de interesse, efetivos _____________________________________


14

ou potenciais, que possam surgir em função do exercício


das atividades profissionais de membro da Comissão, _____________________________________
15

deverão ser informados aos demais membros.


§ 1º Aplica-se aos membros da CEP, no exercício
de suas funções, as hipóteses de impedimento e
suspeição previstas na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de
1999.
Resolução nº 18, de 06/03/2023
Comissão de Ética Pública
Art. 19. As matérias examinadas nas reuniões da
CEP são consideradas de caráter sigiloso até sua Aprova a disponibilização de Painéis Gerenciais,
deliberação final, quando a Comissão decidirá sua forma construídos por meio de ferramenta de tecnologia da
de encaminhamento. informação, para publicação dos resultados do trabalho
da Comissão de Ética Pública, nos termos dos arts. 1º, 3º
Art. 20. Os membros da CEP não poderão e 8º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.
manifestar-se publicamente sobre situação específica que
possa vir a ser objeto de deliberação formal do Colegiado. A COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA, com
fundamento no art. 4º, IV, do Decreto de 26 de maio de
Art. 21. Os membros da CEP deverão justificar 1999, e nos arts. 1º, 3º e 8º da Lei nº 12.527, de 18 de
eventual impossibilidade de comparecer às reuniões. novembro de 2011, resolve:

CAPÍTULO VIII Art. 1º Aprovar a divulgação de informações


DAS DISPOSIÇÕES GERAIS constantes nas bases de dados mantidas pela Comissão
Art. 22. Caberá à CEP dirimir qualquer dúvida de Ética Pública, considerando sua atuação na prevenção
relacionada a este Regimento Interno, bem como de conflito de interesses, análise e julgamento de
promover as modificações que julgar necessárias. processos éticos e coordenação do Sistema de Gestão da
Parágrafo único. Os casos omissos serão Ética do Poder Executivo Federal, nos termos da Lei nº
resolvidos pelo colegiado. 12.813, de 16 de maio de 2013, e do Decreto nº 6.029, de
1º de fevereiro de 2007.

51
Samara Aparecida, [email protected]
_____________________________________
01

Art. 2º As informações serão divulgadas por meio


de plataforma digital construída com ferramentas de _____________________________________
02

tecnologia da informação e painéis gerenciais.


Parágrafo único. Será disponibilizado um Painel _____________________________________
03

Gerencial da CEP para cada linha de atuação da


Comissão de Ética Pública, considerando suas _____________________________________
04

competências definidas na Lei nº 12.813, de 2013, que


dispõe sobre as situações que possam configurar conflito
_____________________________________
05

de interesses envolvendo ocupantes de cargo ou _____________________________________


06
emprego no Poder Executivo Federal; e no Decreto nº
6.029, de 2007, que trata sobre apuração de infração _____________________________________
07

ética e coordenação e supervisão do Sistema de Gestão


da Ética do Poder Executivo Federal. _____________________________________
08

Art. 3º No Painel Gerencial de Conflito de _____________________________________


09

Interesses, serão divulgadas informações gerenciais


referentes às decisões sobre consultas e declarações de _____________________________________
10

conflito de interesses encaminhadas pelos agentes


públicos mencionados no art. 2º da Lei nº 12.813, de 16
_____________________________________
11

de maio de 2013, e no art. 9º do Decreto nº 10.571, de 9 _____________________________________


12
de dezembro de 2020.
Parágrafo único. Serão divulgadas somente _____________________________________
13

informações de processos já concluídos.


_____________________________________
14

Art. 4º No Painel Gerencial de Processos Éticos,


serão divulgadas informações gerenciais referentes às _____________________________________
15

apurações de infrações éticas realizadas pela CEP em


função de denúncias e representações recebidas em
desfavor de autoridades citadas no art. 2º do Código de
Conduta da Alta Administração Federal.
Parágrafo único. Serão divulgadas apenas as
informações dos processos concluídos, nos termos do art.
13 do Decreto nº 6.029, de 2007.

Art. 5º No Painel Gerencial do Sistema de Gestão


da Ética, serão divulgadas informações gerenciais
referentes à gestão da ética nos órgãos e entidades
públicas federais, especialmente em relação à atuação
das comissões de ética setoriais integrantes do Sistema
de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, conforme
art. 4º, IV, do Decreto nº 6.029, de 2007.

Art. 6º Esta Resolução entra em vigor em 3 de abril


de 2023

52
Samara Aparecida, [email protected]
Resolução nº 19, de 24/03/2023
_____________________________________
01
Comissão de Ética Pública
_____________________________________
02

Dispõe sobre a divulgação de informações _____________________________________


03

registradas no Banco de Sanções Éticas do Poder


Executivo Federal, mantido pela Comissão de Ética _____________________________________
04

Pública, nos termos do art. 22 do Decreto nº 6.029, de 1º


de fevereiro de 2007. _____________________________________
05

A COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA, com _____________________________________


06

fundamento no art. 1º do Decreto de 26 de maio de 1999,


no art. 22 do Decreto nº 6.029, de 1º de fevereiro de 2007,
_____________________________________
07

bem como nos arts. 1º, 3º e 8º da Lei nº 12.527, de 18 de _____________________________________


08
novembro de 2011, resolve:
_____________________________________
09

Art. 1º Aprovar a divulgação, em transparência


ativa, de informações registradas no Banco de Sanções _____________________________________
10

Éticas do Poder Executivo federal, mantido pela


Comissão de Ética Pública, nos termos do artigo 22 do _____________________________________
11

Decreto nº 6.029, de 1º de fevereiro de 2007.


_____________________________________
12

Art. 2º Serão divulgadas as sanções de natureza


ética constantes no Banco de Sanções Éticas do Poder
_____________________________________
13

Executivo Federal aplicadas a qualquer dos agentes _____________________________________


14
públicos mencionados no art. 11, parágrafo único, do
Decreto nº 6.029, de 2007, pela Comissão de Ética _____________________________________
15

Pública e pelas Comissões de Ética de que trata o artigo


2º, II e III, do Decreto nº 6.029, de 2007.
§ 1º As informações serão publicadas no sítio
eletrônico da Comissão de Ética Pública e atualizadas
mensalmente. Decreto nº 1.171 / 1994
§ 2º As sanções de natureza ética serão Código de Ética Profissional do
divulgadas somente no período de sua vigência, nos
termos do artigo 31, § 1º, da Resolução CEP nº 10, de 29
Servidor Público Civil do Poder
de setembro de 2008. Executivo Federal
Art. 3º Para fins de consulta pelos órgãos ou
entidades da Administração Pública federal, serão O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das
disponibilizadas informações constantes no Banco de atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e
Sanções Éticas do Poder Executivo Federal relativas a: ainda tendo em vista o disposto no art. 37 da
I - identificação do agente penalizado, composta Constituição, bem como nos arts. 116 e 117 da Lei n°
pelo nome completo e numeração parcial do CPF; 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e
II - identificação do órgão responsável pela 12 da Lei n° 8.429, de 2 de junho de 1992,
aplicação da penalidade ética;
III - sanção aplicada; DECRETA:
IV - fundamento legal; Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional
V - data da aplicação; do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que
VI - data de vigência da penalidade; e com este baixa.
VII - conduta censurada.
Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor no dia 2 de Pública Federal direta e indireta implementarão, em
maio de 2023 sessenta dias, as providências necessárias à plena
vigência do Código de Ética, inclusive mediante a
Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada
por três servidores ou empregados titulares de cargo
efetivo ou emprego permanente.
Parágrafo único. A constituição da Comissão de
Ética será comunicada à Secretaria da Administração
Federal da Presidência da República, com a indicação
dos respectivos membros titulares e suplentes.

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Samara Aparecida, [email protected]
Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do
publicação. erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam
até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma
ANEXO Nação.
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o
do Poder Executivo Federal tempo dedicados ao serviço público caracterizam o
CAPÍTULO I esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga
Seção I seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe
Das Regras Deontológicas dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o,
consciência dos princípios morais são primados por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma
maiores que devem nortear o servidor público, seja no ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado,
exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram
o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus
atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para esforços para construí-los.
a preservação da honra e da tradição dos serviços X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à
públicos. espera de solução que compete ao setor em que exerça
II - O servidor público não poderá jamais suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou
desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço,
não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de
justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos
oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o usuários dos serviços públicos.
honesto e o desonesto, consoante as regras contidas XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às
no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal. ordens legais de seus superiores, velando atentamente
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da
ao seguinte:[...]
função pública.
§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a
XII - Toda ausência injustificada do servidor de
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma seu local de trabalho é fator de desmoralização do
e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. serviço público, o que quase sempre conduz à desordem
III - A moralidade da Administração Pública não se nas relações humanas.
limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a
acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada
comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na concidadão, colabora e de todos pode receber
conduta do servidor público, é que poderá consolidar a colaboração, pois sua atividade pública é a grande
moralidade do ato administrativo. oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da
IV- A remuneração do servidor público é custeada Nação.
pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até
por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, Seção II
que a moralidade administrativa se integre no Direito, Dos Principais Deveres do Servidor Público
como elemento indissociável de sua aplicação e de sua XIV - São deveres fundamentais do servidor
finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de público:
legalidade. a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo,
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público função ou emprego público de que seja titular;
perante a comunidade deve ser entendido como b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição
acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como e rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente
cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho resolver situações procrastinatórias, principalmente diante
pode ser considerado como seu maior patrimônio. de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na
VI - A função pública deve ser tida como exercício prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas
profissional e, portanto, se integra na vida particular de atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;
cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda
na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando
acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida estiver diante de duas opções, a melhor e a mais
funcional. vantajosa para o bem comum;
VII - Salvo os casos de segurança nacional, d) jamais retardar qualquer prestação de contas,
investigações policiais ou interesse superior do Estado e condição essencial da gestão dos bens, direitos e
da Administração Pública, a serem preservados em serviços da coletividade a seu cargo;
processo previamente declarado sigiloso, nos termos da e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços
lei, a publicidade de qualquer ato administrativo aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com
constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando o público;
sua omissão comprometimento ético contra o bem f) ter consciência de que seu trabalho é regido por
comum, imputável a quem a negar. princípios éticos que se materializam na adequada
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O prestação dos serviços públicos;
servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e
contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou atenção, respeitando a capacidade e as limitações
da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer individuais de todos os usuários do serviço público, sem

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Samara Aparecida, [email protected]
qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, f) permitir que perseguições, simpatias,
sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem
posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes pessoal interfiram no trato com o público, com os
dano moral; jurisdicionados administrativos ou com colegas
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum hierarquicamente superiores ou inferiores;
temor de representar contra qualquer comprometimento g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber
indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal; qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio,
i) resistir a todas as pressões de superiores comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para
hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da
visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens sua missão ou para influenciar outro servidor para o
indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou mesmo fim;
aéticas e denunciá-las; h) alterar ou deturpar o teor de documentos que
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas deva encaminhar para providências;
exigências específicas da defesa da vida e da segurança i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que
coletiva; necessite do atendimento em serviços públicos;
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de j) desviar servidor público para atendimento a
que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, interesse particular;
refletindo negativamente em todo o sistema; l) retirar da repartição pública, sem estar
m) comunicar imediatamente a seus superiores legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem
todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, pertencente ao patrimônio público;
exigindo as providências cabíveis; m) fazer uso de informações privilegiadas
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício
trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;
organização e distribuição; n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora
o) participar dos movimentos e estudos que se dele habitualmente;
relacionem com a melhoria do exercício de suas funções, o) dar o seu concurso a qualquer instituição que
tendo por escopo a realização do bem comum; atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas pessoa humana;
adequadas ao exercício da função; p) exercer atividade profissional aética ou ligar o
q) manter-se atualizado com as instruções, as seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso.
normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão
onde exerce suas funções; CAPÍTULO II
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e DAS COMISSÕES DE ÉTICA
as instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou XVI - Em todos os órgãos e entidades da
função, tanto quanto possível, com critério, segurança e Administração Pública Federal direta, indireta
rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem. autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder
por quem de direito; público, deverá ser criada uma Comissão de Ética,
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética
funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê- profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e
lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer
do serviço público e dos jurisdicionados administrativos; concretamente de imputação ou de procedimento
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua susceptível de censura.
função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao XVII - (Revogado)
interesse público, mesmo que observando as XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos
formalidades legais e não cometendo qualquer violação organismos encarregados da execução do quadro de
expressa à lei; carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e
classe sobre a existência deste Código de Ética, para todos os demais procedimentos próprios da carreira
estimulando o seu integral cumprimento. do servidor público.
XIX - (Revogado)
Seção III XX - (Revogado)
Das Vedações ao Servidor Público XXI - (Revogado)
XV - E VEDADO ao servidor público; XXII - A pena aplicável ao servidor público pela
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação
tempo, posição e influências, para obter qualquer constará do respectivo parecer, assinado por todos os
favorecimento, para si ou para outrem; seus integrantes, com ciência do faltoso.
b) prejudicar deliberadamente a reputação de XXIII - (Revogado)
outros servidores ou de cidadãos que deles dependam; XXIV - Para fins de apuração do comprometimento
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, ético, entende-se por servidor público todo aquele que,
conivente com erro ou infração a este Código de Ética por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico,
ou ao Código de Ética de sua profissão; preste serviços de natureza permanente, temporária ou
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde
o exercício regular de direito por qualquer pessoa, que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do
causando-lhe dano moral ou material; poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas,
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e as entidades paraestatais, as empresas públicas e as
científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para sociedades de economia mista, ou em qualquer setor
atendimento do seu mister; onde prevaleça o interesse do Estado.

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XXV -(Revogado)

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VI - adequação entre meios e fins, vedada a
Lei nº 9.784 / 1999 imposição de obrigações, restrições e sanções em
Processo Administrativo no Âmbito medida superior àquelas estritamente necessárias ao
atendimento do interesse público; (Princípio da
da Administração Pública Federal Razoabilidade e Proporcionalidade)
VII - indicação dos pressupostos de fato e de
direito que determinarem a decisão; (Princípio da
Regula o processo administrativo no âmbito da Motivação)
Administração Pública Federal. VIII – observância das formalidades essenciais à
garantia dos direitos dos administrados; (Princípio da
CAPÍTULO I Segurança Jurídica)
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS IX - adoção de formas simples, suficientes para
Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito
o processo administrativo no âmbito da aos direitos dos administrados; (Princípio da Segurança
Administração Federal direta e indireta, visando, em Jurídica e Informalismo)
especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao X - garantia dos direitos à comunicação, à
melhor cumprimento dos fins da Administração. apresentação de alegações finais, à produção de
§ 1o Os preceitos desta Lei também se aplicam provas e à interposição de recursos, nos processos de
aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da que possam resultar sanções e nas situações de litígio;
(Princípio da Ampla Defesa e Contraditório)
União, quando no desempenho de função administrativa.
XI - proibição de cobrança de despesas
§ 2o Para os fins desta Lei, consideram-se:
processuais, ressalvadas as previstas em lei; (Princípio
I - órgão - a unidade de atuação integrante da
da Gratuidade dos Processos Administrativos)
estrutura da Administração direta e da estrutura da
XII - impulsão, de ofício, do processo
Administração indireta;
administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados;
II - entidade - a unidade de atuação dotada de (Princípio da Oficialidade)
personalidade jurídica; XIII - interpretação da norma administrativa da
III - autoridade - o servidor ou agente público forma que melhor garanta o atendimento do fim público a
dotado de poder de decisão. que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova
interpretação. (Princípio da Segurança Jurídica)
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre
outros, aos princípios da legalidade, finalidade, CAPÍTULO II
motivação, razoabilidade, proporcionalidade, DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos
jurídica, interesse público e eficiência. perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe
PRINCÍPIOS sejam assegurados:
EXPRESSOS IMPLÍCITOS
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e
Legalidade Boa-fé
Publicidade
servidores, que deverão facilitar o exercício de seus
Finalidade
Motivação Imparcialidade direitos e o cumprimento de suas obrigações;
Razoabilidade Formalismo moderado II - ter ciência da tramitação dos processos
Proporcionalidade Impessoalidade administrativos em que tenha a condição de interessado,
Moralidade Gratuidade ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles
Ampla defesa Oficialidade contidos e conhecer as decisões proferidas;
Contraditório III - formular alegações e apresentar documentos
Segurança jurídica antes da decisão, os quais serão objeto de consideração
Interesse público
pelo órgão competente;
Eficiência
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por
Parágrafo único. Nos processos administrativos
advogado, salvo quando obrigatória a representação, por
serão observados, entre outros, os critérios de:
força de lei.
I - atuação conforme a lei e o Direito; (Princípio da
Legalidade)
II - atendimento a fins de interesse geral (Princípio CAPÍTULO III
da Impessoalidade / Finalidade), vedada a renúncia total DOS DEVERES DO ADMINISTRADO
ou parcial de poderes ou competências, salvo Art. 4o São deveres do administrado perante a
autorização em lei; (Princípio da Indisponibilidade do Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato
interesse público) normativo:
III - objetividade no atendimento do interesse I - expor os fatos conforme a verdade;
público, vedada a promoção pessoal de agentes ou II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
autoridades; (Princípio da Impessoalidade) III - não agir de modo temerário;
IV - atuação segundo padrões éticos de IV - prestar as informações que lhe forem
probidade, decoro e boa-fé; (Princípio da Moralidade) solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.
V - divulgação oficial dos atos administrativos,
ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na CAPÍTULO IV
Constituição; (Princípio da Publicidade) DO INÍCIO DO PROCESSO

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Art. 5o O processo administrativo pode iniciar-se
de ofício ou a pedido de interessado. Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
I - a edição de atos de caráter normativo;
Art. 6o O requerimento inicial do interessado, II - a decisão de recursos administrativos;
salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve III - as matérias de competência exclusiva do
ser formulado por escrito e conter os seguintes órgão ou autoridade.
dados:
I - órgão ou autoridade administrativa a que se Art. 14. O ato de delegação e sua revogação
dirige; deverão ser publicados no meio oficial.
II - identificação do interessado ou de quem o § 1o O ato de delegação especificará as matérias e
represente; poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a
III - domicílio do requerente ou local para duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível,
recebimento de comunicações; podendo conter ressalva de exercício da atribuição
IV - formulação do pedido, com exposição dos delegada.
fatos e de seus fundamentos; § 2o O ato de delegação é revogável a qualquer
V - data e assinatura do requerente ou de seu tempo pela autoridade delegante.
representante. § 3o As decisões adotadas por delegação devem
Parágrafo único. É vedada à Administração a mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-
recusa imotivada de recebimento de documentos, ão editadas pelo delegado.
devendo o servidor orientar o interessado quanto ao
suprimento de eventuais falhas. Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e
por motivos relevantes devidamente justificados, a
Art. 7o Os órgãos e entidades administrativas avocação temporária de competência atribuída a órgão
deverão elaborar modelos ou formulários padronizados hierarquicamente inferior.
para assuntos que importem pretensões equivalentes.
Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas
Art. 8o Quando os pedidos de uma pluralidade de divulgarão publicamente os locais das respectivas sedes
interessados tiverem conteúdo e fundamentos e, quando conveniente, a unidade fundacional competente
idênticos, poderão ser formulados em um único em matéria de interesse especial.
requerimento, salvo preceito legal em contrário.
Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o
CAPÍTULO V processo administrativo deverá ser iniciado perante a
DOS INTERESSADOS autoridade de menor grau hierárquico para decidir.
Art. 9o São legitimados como interessados no
processo administrativo: CAPÍTULO VII
I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO
como titulares de direitos ou interesses individuais ou no Art. 18. É impedido de atuar em processo
exercício do direito de representação; administrativo o servidor ou autoridade que:
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, (Impedimento)
têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;
decisão a ser adotada; II - tenha participado ou venha a participar como
III - as organizações e associações perito, testemunha ou representante, ou se tais situações
representativas, no tocante a direitos e interesses ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e
coletivos; afins até o 3º (terceiro) grau;
IV - as pessoas ou as associações legalmente III - esteja litigando judicial ou administrativamente
constituídas quanto a direitos ou interesses difusos. com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro.

Art. 10. São capazes, para fins de processo Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em
administrativo, os maiores de 18 (dezoito) anos, impedimento deve comunicar o fato à autoridade
ressalvada previsão especial em ato normativo próprio. competente, abstendo-se de atuar.
Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar
CAPÍTULO VI o impedimento constitui falta grave, para efeitos
DA COMPETÊNCIA disciplinares.
Art. 11. A competência é irrenunciável e se
exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída Art. 20. Pode ser arguida a suspeição de
como própria, salvo os casos de delegação e avocação autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou
legalmente admitidos. inimizade notória com algum dos interessados ou com os
respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular o 3º (terceiro) grau. (Suspeição)
poderão, se não houver impedimento legal, delegar
parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição
ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo.
subordinados, quando for conveniente, em razão de
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, CAPÍTULO VIII
jurídica ou territorial. DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo PROCESSO
aplica-se à delegação de competência dos órgãos
colegiados aos respectivos presidentes.

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Art. 22. Os atos do processo administrativo não Art. 27. O desatendimento da intimação não
dependem de forma determinada senão quando a lei importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a
expressamente a exigir. (Princípio do Informalismo) renúncia a direito pelo administrado.
§ 1o Os atos do processo devem ser produzidos Parágrafo único. No prosseguimento do processo,
por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua será garantido direito de ampla defesa ao interessado.
realização e a assinatura da autoridade responsável.
§ 2o Salvo imposição legal, o reconhecimento de Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do
firma somente será exigido quando houver dúvida de processo que resultem para o interessado em imposição
autenticidade. de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de
§ 3o A autenticação de documentos exigidos em direitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu
cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo. interesse.
§ 4o O processo deverá ter suas páginas
numeradas sequencialmente e rubricadas. CAPÍTULO X
DA INSTRUÇÃO
Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em Art. 29. As atividades de instrução destinadas a
dias úteis, no horário normal de funcionamento da averiguar e comprovar os dados necessários à tomada de
repartição na qual tramitar o processo. decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do
Parágrafo único. Serão concluídos depois do órgão responsável pelo processo, sem prejuízo do direito
horário normal os atos já iniciados, cujo adiamento dos interessados de propor atuações probatórias.
prejudique o curso regular do procedimento ou cause § 1o O órgão competente para a instrução fará
dano ao interessado ou à Administração. constar dos autos os dados necessários à decisão do
processo.
Art. 24. Inexistindo disposição específica, os § 2o Os atos de instrução que exijam a atuação
atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos interessados devem realizar-se do modo menos
dos administrados que dele participem devem ser oneroso para estes.
praticados no prazo de 5 (cinco) dias, salvo motivo de
força maior. Art. 30. São inadmissíveis no processo
Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos.
pode ser dilatado até o dobro, mediante comprovada
justificação. Art. 31. Quando a matéria do processo envolver
assunto de interesse geral, o órgão competente poderá,
Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se mediante despacho motivado, abrir período de consulta
preferencialmente na sede do órgão, cientificando-se o pública para manifestação de terceiros, antes da decisão
interessado se outro for o local de realização. do pedido, se não houver prejuízo para a parte
interessada.
CAPÍTULO IX § 1o A abertura da consulta pública será objeto de
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS divulgação pelos meios oficiais, a fim de que pessoas
Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita físicas ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se
o processo administrativo determinará a intimação do prazo para oferecimento de alegações escritas.
interessado para ciência de decisão ou a efetivação de § 2o O comparecimento à consulta pública não
diligências. confere, por si, a condição de interessado do processo,
§ 1o A intimação deverá conter: mas confere o direito de obter da Administração resposta
I - identificação do intimado e nome do órgão ou fundamentada, que poderá ser comum a todas as
entidade administrativa; alegações substancialmente iguais.
II - finalidade da intimação;
III - data, hora e local em que deve comparecer; Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da
IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, autoridade, diante da relevância da questão, poderá ser
ou fazer-se representar; realizada audiência pública para debates sobre a matéria
V - informação da continuidade do processo do processo.
independentemente do seu comparecimento;
VI - indicação dos fatos e fundamentos legais Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em
pertinentes. matéria relevante, poderão estabelecer outros meios de
§ 2o A intimação observará a antecedência participação de administrados, diretamente ou por meio
mínima de 3 (três) dias úteis quanto à data de de organizações e associações legalmente reconhecidas.
comparecimento.
§ 3o A intimação pode ser efetuada por ciência no Art. 34. Os resultados da consulta e audiência
processo, por via postal com aviso de recebimento, por pública e de outros meios de participação de
telegrama ou outro meio que assegure a certeza da administrados deverão ser apresentados com a indicação
ciência do interessado. do procedimento adotado.
§ 4o No caso de interessados indeterminados,
desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação Art. 35. Quando necessária à instrução do
deve ser efetuada por meio de publicação oficial. processo, a audiência de outros órgãos ou entidades
§ 5o As intimações serão nulas quando feitas administrativas poderá ser realizada em reunião conjunta,
sem observância das prescrições legais, mas o com a participação de titulares ou representantes dos
comparecimento do administrado supre sua falta ou órgãos competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser
irregularidade. juntada aos autos.

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Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos
que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao Art. 45. Em caso de risco iminente, a
órgão competente para a instrução e do disposto no art. Administração Pública poderá motivadamente adotar
37 desta Lei. (Ônus da prova) providências acauteladoras sem a prévia manifestação do
interessado.
Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e
dados estão registrados em documentos existentes na Art. 46. Os interessados têm direito à vista do
própria Administração responsável pelo processo ou em processo e a obter certidões ou cópias reprográficas dos
outro órgão administrativo, o órgão competente para a dados e documentos que o integram, ressalvados os
instrução proverá, de ofício, à obtenção dos documentos dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou
ou das respectivas cópias. pelo direito à privacidade, à honra e à imagem.

Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória Art. 47. O órgão de instrução que não for
e antes da tomada da decisão, juntar documentos e competente para emitir a decisão final elaborará relatório
pareceres, requerer diligências e perícias, bem como indicando o pedido inicial, o conteúdo das fases do
aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo. procedimento e formulará proposta de decisão,
§ 1o Os elementos probatórios deverão ser objetivamente justificada, encaminhando o processo à
considerados na motivação do relatório e da decisão. autoridade competente.
§ 2o Somente poderão ser recusadas, mediante
decisão fundamentada, as provas propostas pelos CAPÍTULO XI
interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, DO DEVER DE DECIDIR
desnecessárias ou protelatórias. Art. 48. A Administração tem o dever de
explicitamente emitir decisão nos processos
Art. 39. Quando for necessária a prestação de administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em
informações ou a apresentação de provas pelos matéria de sua competência.
interessados ou terceiros, serão expedidas intimações
para esse fim, mencionando-se data, prazo, forma e Art. 49. Concluída a instrução de processo
condições de atendimento. administrativo, a Administração tem o prazo de até 30
Parágrafo único. Não sendo atendida a intimação, (trinta) dias para decidir, salvo prorrogação por igual
poderá o órgão competente, se entender relevante a período expressamente motivada.
matéria, suprir de ofício a omissão, não se eximindo de
proferir a decisão. CAPÍTULO XI-A
DA DECISÃO COORDENADA
Art. 40. Quando dados, atuações ou documentos (2021)
solicitados ao interessado forem necessários à apreciação Art. 49-A. No âmbito da Administração Pública
de pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado federal, as decisões administrativas que exijam a
pela Administração para a respectiva apresentação participação de 3 (três) ou mais setores, órgãos ou
implicará arquivamento do processo. entidades poderão ser tomadas mediante decisão
coordenada, sempre que: (2021)
Art. 41. Os interessados serão intimados de prova I - for justificável pela relevância da matéria;
ou diligência ordenada, com antecedência mínima de 3 e (2021)
(três) dias úteis, mencionando-se data, hora e local de II - houver discordância que prejudique a
realização. celeridade do processo administrativo
decisório. (2021)
Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido § 1º Para os fins desta Lei, considera-se decisão
um órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido no coordenada a instância de natureza interinstitucional ou
prazo máximo de 15 (quinze) dias, salvo norma especial intersetorial que atua de forma compartilhada com a
ou comprovada necessidade de maior prazo. finalidade de simplificar o processo administrativo
§ 1o Se um parecer obrigatório e vinculante deixar mediante participação concomitante de todas as
de ser emitido no prazo fixado, o processo não terá autoridades e agentes decisórios e dos responsáveis pela
seguimento até a respectiva apresentação, instrução técnico-jurídica, observada a natureza do objeto
responsabilizando-se quem der causa ao atraso. e a compatibilidade do procedimento e de sua
§ 2o Se um parecer obrigatório e não vinculante formalização com a legislação pertinente. (2021)
deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá § 2º (VETADO). (2021)
ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem § 3º (VETADO). (2021)
prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no § 4º A decisão coordenada não exclui a
atendimento. responsabilidade originária de cada órgão ou autoridade
envolvida. (2021)
Art. 43. Quando por disposição de ato normativo § 5º A decisão coordenada obedecerá aos
devam ser previamente obtidos laudos técnicos de órgãos princípios da legalidade, da eficiência e da transparência,
administrativos e estes não cumprirem o encargo no com utilização, sempre que necessário, da simplificação
prazo assinalado, o órgão responsável pela instrução do procedimento e da concentração das instâncias
deverá solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de decisórias. (2021)
qualificação e capacidade técnica equivalentes. § 6º Não se aplica a decisão coordenada aos
processos administrativos: (2021)
Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado I - de licitação; (2021)
terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de 10 II - relacionados ao poder sancionador;
(dez) dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado. ou (2021)

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Samara Aparecida, [email protected]
III - em que estejam envolvidas autoridades de I - neguem, limitem ou afetem direitos ou
Poderes distintos. (2021) interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou
Art. 49-B. Poderão habilitar-se a participar da sanções;
decisão coordenada, na qualidade de ouvintes, os III - decidam processos administrativos de
interessados de que trata o art. 9º desta Lei. (2021) concurso ou seleção pública;
Parágrafo único. A participação na reunião, que IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de
poderá incluir direito a voz, será deferida por decisão processo licitatório;
irrecorrível da autoridade responsável pela convocação da V - decidam recursos administrativos;
decisão coordenada. (2021) VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada
Art. 49-C. (VETADO). (2021) sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos,
propostas e relatórios oficiais;
Art. 49-D. Os participantes da decisão coordenada VIII - importem anulação, revogação, suspensão
deverão ser intimados na forma do art. 26 desta ou convalidação de ato administrativo.
Lei. (2021) § 1o A motivação deve ser explícita, clara e
congruente, podendo consistir em declaração de
Art. 49-E. Cada órgão ou entidade participante é concordância com fundamentos de anteriores pareceres,
responsável pela elaboração de documento específico informações, decisões ou propostas, que, neste caso,
sobre o tema atinente à respectiva competência, a fim de serão parte integrante do ato.
subsidiar os trabalhos e integrar o processo da decisão § 2o Na solução de vários assuntos da mesma
coordenada. (2021) natureza, pode ser utilizado meio mecânico que
Parágrafo único. O documento previsto reproduza os fundamentos das decisões, desde que não
no caput deste artigo abordará a questão objeto da prejudique direito ou garantia dos interessados.
decisão coordenada e eventuais precedentes. (2021) § 3o A motivação das decisões de órgãos
colegiados e comissões ou de decisões orais constará da
Art. 49-F. Eventual dissenso na solução do objeto respectiva ata ou de termo escrito.
da decisão coordenada deverá ser manifestado durante
as reuniões, de forma fundamentada, acompanhado das CAPÍTULO XIII
propostas de solução e de alteração necessárias para a DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO
resolução da questão. (2021) DO PROCESSO
Parágrafo único. Não poderá ser arguida matéria Art. 51. O interessado poderá, mediante
estranha ao objeto da convocação. (2021) manifestação escrita, desistir total ou parcialmente do
pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos
Art. 49-G. A conclusão dos trabalhos da decisão disponíveis.
coordenada será consolidada em ata, que conterá as § 1o Havendo vários interessados, a desistência ou
seguintes informações: (2021) renúncia atinge somente quem a tenha formulado.
I - relato sobre os itens da pauta; (2021) § 2o A desistência ou renúncia do interessado,
II - síntese dos fundamentos aduzidos; (2021) conforme o caso, não prejudica o prosseguimento do
III - síntese das teses pertinentes ao objeto da processo, se a Administração considerar que o interesse
convocação; (2021) público assim o exige.
IV - registro das orientações, das diretrizes, das
soluções ou das propostas de atos governamentais Art. 52. O órgão competente poderá declarar
relativos ao objeto da convocação; (2021) extinto o processo quando exaurida sua finalidade ou o
V - posicionamento dos participantes para objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou
subsidiar futura atuação governamental em matéria prejudicado por fato superveniente.
idêntica ou similar; e (2021)
VI - decisão de cada órgão ou entidade relativa à CAPÍTULO XIV
matéria sujeita à sua competência. (2021) DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO
§ 1º Até a assinatura da ata, poderá ser Art. 53. A Administração deve anular seus próprios
complementada a fundamentação da decisão da atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode
autoridade ou do agente a respeito de matéria de revogá-los por motivo de conveniência ou
competência do órgão ou da entidade oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
representada. (2021)
§ 2º (VETADO). (2021) Art. 54. O direito da Administração de anular os
§ 3º A ata será publicada por extrato no Diário atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis
Oficial da União, do qual deverão constar, além do para os destinatários decai em 5 (cinco) anos, contados
registro referido no inciso IV do caput deste artigo, os da data em que foram praticados, salvo comprovada má-
dados identificadores da decisão coordenada e o órgão e fé.
o local em que se encontra a ata em seu inteiro teor, para § 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o
conhecimento dos interessados. (2021) prazo de decadência contar-se-á da percepção do
primeiro pagamento.
CAPÍTULO XII § 2o Considera-se exercício do direito de anular
DA MOTIVAÇÃO qualquer medida de autoridade administrativa que importe
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser impugnação à validade do ato.
motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos
jurídicos, quando: Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não
acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a

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Samara Aparecida, [email protected]
terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de
poderão ser convalidados pela própria Administração. requerimento no qual o recorrente deverá expor os
DESCONSTITUIÇÃO fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os
Revogação: só pela Administração Pública, em razão da documentos que julgar convenientes.
oportunidade e conveniência, sem efeitos retroativos (ex nunc).
Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o
Anulação (invalidação): pelo Judiciário ou pela Administração
recurso não tem efeito suspensivo.
Pública, por motivo de ilegalidade e com efeitos retroativos (ex
tunc). Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo
de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a
Cassação: pelo descumprimento de alguma condição relativa ao autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá,
ato. de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.

Caducidade: pelo término do prazo do ato ou superveniência de Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competente
norma de vedação. para dele conhecer deverá intimar os demais interessados
para que, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, apresentem
Convalidação: saneamento do ato com vício na competência ou
forma.
alegações.

Reforma: novo ato que visa ampliar, reduzir ou converter o Art. 63. O recurso não será conhecido quando
original interposto:
I - fora do prazo;
Curso de Direito Administrativo; Alex Muniz Barreto; 2019
II - perante órgão incompetente;
III - por quem não seja legitimado;
CAPÍTULO XV IV - após exaurida a esfera administrativa.
DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO § 1o Na hipótese do inciso II, será indicada ao
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido
recurso, em face de razões de legalidade e de mérito. o prazo para recurso.
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que § 2o O não conhecimento do recurso não impede a
proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que
prazo de 5 (cinco) dias, o encaminhará à autoridade não ocorrida preclusão administrativa.
superior.
§ 2o Salvo exigência legal, a interposição de Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso
recurso administrativo independe de caução. poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou
§ 3o Se o recorrente alegar que a decisão parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua
administrativa contraria enunciado da súmula competência.
vinculante, caberá à autoridade prolatora da decisão Parágrafo único. Se da aplicação do disposto
impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de neste artigo puder decorrer gravame à situação do
encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões da recorrente, este deverá ser cientificado para que formule
aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o suas alegações antes da decisão.
caso.
Art. 64-A. Se o recorrente alegar violação de
Art. 57. O recurso administrativo tramitará no enunciado da súmula vinculante, o órgão competente
máximo por 3 (três) instâncias administrativas, salvo para decidir o recurso explicitará as razões da
disposição legal diversa. aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o
caso.
Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso
administrativo: Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal
I - os titulares de direitos e interesses que forem a reclamação fundada em violação de enunciado da
parte no processo; súmula vinculante, dar-se-á ciência à autoridade prolatora
II - aqueles cujos direitos ou interesses forem e ao órgão competente para o julgamento do recurso, que
indiretamente afetados pela decisão recorrida; deverão adequar as futuras decisões administrativas em
III - as organizações e associações casos semelhantes, sob pena de responsabilização
representativas, no tocante a direitos e interesses pessoal nas esferas cível, administrativa e penal.
coletivos;
IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos Art. 65. Os processos administrativos de que
ou interesses difusos. resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo,
a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou
Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de 10 circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a
(dez) dias o prazo para interposição de recurso inadequação da sanção aplicada.
administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação Parágrafo único. Da revisão do processo não
oficial da decisão recorrida. poderá resultar agravamento da sanção.
§ 1o Quando a lei não fixar prazo diferente, o
recurso administrativo deverá ser decidido no prazo CAPÍTULO XVI
máximo de 30 (trinta) dias, a partir do recebimento dos DOS PRAZOS
autos pelo órgão competente. Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da
§ 2o O prazo mencionado no parágrafo anterior data da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o
poderá ser prorrogado por igual período, ante justificativa dia do começo e incluindo-se o do vencimento.
explícita. § 1o Considera-se prorrogado o prazo até o
primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em

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Samara Aparecida, [email protected]
que não houver expediente ou este for encerrado antes STF: Súmula 383 - A prescrição em favor da Fazenda Pública
da hora normal. recomeça a correr, por dois anos e meio, a partir do ato
§ 2o Os prazos expressos em dias contam-se de interruptivo, mas não fica reduzida aquém de cinco anos, embora
o titular do direito a interrompa durante a primeira metade do
modo contínuo.
prazo.
§ 3o Os prazos fixados em meses ou anos contam- STF: Súmula 443 - A prescrição das prestações anteriores ao
se de data a data. Se no mês do vencimento não houver o período previsto em lei não ocorre, quando não tiver sido negado,
dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como antes daquele prazo, o próprio direito reclamado, ou a situação
termo o último dia do mês. jurídica de que ele resulta.

Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente SÚMULAS STJ


comprovado, os prazos processuais não se suspendem. STJ: Súmula 85 - Nas relações jurídicas de trato sucessivo em
que a Fazenda Pública figure como devedora, quando não tiver
sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge
CAPÍTULO XVII apenas as prestações vencidas
DAS SANÇÕES STJ: Súmula 312 - No processo administrativo para imposição
Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por de multa de trânsito, são necessárias as notificações da
autoridade competente, terão natureza pecuniária ou autuação e da aplicação da pena decorrente da infração.
consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, STJ: Súmula 373 - É ilegítima a exigência de depósito prévio
assegurado sempre o direito de defesa. para admissibilidade de recurso administrativo.
STJ: Súmula 434 - O pagamento da multa por infração de
trânsito não inibe a discussão judicial do débito.
CAPÍTULO XVIII
STJ: Súmula 510 - A liberação de veículo retido apenas por
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS transporte irregular de passageiros não está condicionada ao
Art. 69. Os processos administrativos específicos pagamento de multas e despesas.
continuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes STJ: Súmula 591 - É permitida a “prova emprestada” no
apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei. processo administrativo disciplinar, desde que devidamente
autorizada pelo juízo competente e respeitados o contraditório e
Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em a ampla defesa.
qualquer órgão ou instância, os procedimentos STJ: Súmula 592 - O excesso de prazo para a conclusão do
processo administrativo disciplinar só causa nulidade se houver
administrativos em que figure como parte ou interessado:
demonstração de prejuízo à defesa.
I - pessoa com idade igual ou superior a 60 STJ: Súmula 611 - Desde que devidamente motivada e com
(sessenta) anos; amparo em investigação ou sindicância, é permitida a
II - pessoa portadora de deficiência, física ou instauração de processo administrativo disciplinar com base em
mental; denúncia anônima, em face do poder-dever de autotutela imposto
III – (VETADO) à Administração.
IV - pessoa portadora de tuberculose ativa,
esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase,
paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave,
doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante,
nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados
da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação
por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, ou
outra doença grave, com base em conclusão da medicina
especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída
após o início do processo.
§ 1o A pessoa interessada na obtenção do
_____________________________________
01

benefício, juntando prova de sua condição, deverá _____________________________________


02
requerê-lo à autoridade administrativa competente, que
determinará as providências a serem cumpridas. _____________________________________
03

§ 2o Deferida a prioridade, os autos receberão


identificação própria que evidencie o regime de tramitação _____________________________________
04

prioritária.
§ 3o (VETADO) _____________________________________
05

§ 4o (VETADO)
_____________________________________
06

Art. 70. Esta Lei entra em vigor na data de sua


publicação.
_____________________________________
07

_____________________________________
08

SÚMULAS STF
STF: Súmula vinculante 5 - A falta de defesa técnica por _____________________________________
09
advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a
Constituição. _____________________________________
10
STF: Súmula vinculante 21 - É inconstitucional a exigência de
depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para _____________________________________
11
admissibilidade de recurso administrativo.
STF: Súmula 18 - Pela falta residual, não compreendida na _____________________________________
12
absolvição pelo juízo criminal, é admissível a punição
administrativa do servidor público. _____________________________________
13
STF: Súmula 19 - É inadmissível segunda punição de servidor
público, baseada no mesmo processo em que se fundou a
primeira.

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Samara Aparecida, [email protected]
_____________________________________
14 Art. 3º O cargo de delegado de polícia é privativo
de bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispensado o
_____________________________________
15 mesmo tratamento protocolar que recebem os
magistrados, os membros da Defensoria Pública e do
Ministério Público e os advogados.
Lei nº 12.830 / 2013 Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua
Investigação Criminal Conduzida publicação.
pelo Delegado de Polícia

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a investigação


criminal conduzida pelo delegado de polícia.

Art. 2º As funções de polícia judiciária e a


apuração de infrações penais exercidas pelo delegado
de polícia são de natureza jurídica, essenciais e
exclusivas de Estado. _____________________________________
01

As funções de polícia judiciária se traduzem em funções


investigativas, exercidas pela Polícia Civil e Polícia Federal. O _____________________________________
02

objetivo da polícia judiciária é angariar provas para subsidiar as


ações penais a serem promovidas, em especial, pelo Ministério _____________________________________
03

Público.
§ 1º Ao delegado de polícia, na qualidade de _____________________________________
04

autoridade policial, cabe a condução da investigação


criminal por meio de inquérito policial ou outro
_____________________________________
05

procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a _____________________________________


06
apuração das circunstâncias, da materialidade e da
autoria das infrações penais. _____________________________________
07

§ 2º Durante a investigação criminal, cabe ao


delegado de polícia a requisição de perícia, informações, _____________________________________
08

documentos e dados que interessem à apuração dos


fatos. _____________________________________
09

§ 3º (VETADO).
§ 4º O inquérito policial ou outro procedimento _____________________________________
10

previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou


redistribuído por superior hierárquico, mediante
_____________________________________
11

despacho fundamentado, por motivo de interesse público _____________________________________


12
ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos
previstos em regulamento da corporação que prejudique a _____________________________________
13

eficácia da investigação.
§ 5º A remoção do delegado de polícia dar-se-á _____________________________________
14

somente por ato fundamentado.


§ 6º O indiciamento, privativo do delegado de _____________________________________
15

polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise


técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria,
materialidade e suas circunstâncias.

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Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito
Lei nº 10.826 / 2003 serão registradas no Comando do Exército, na forma do
Estatuto do Desarmamento regulamento desta Lei.

Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o


Dispõe sobre registro, posse e comercialização interessado deverá, além de declarar a efetiva
de armas de fogo e munição, sobre o Sistema necessidade, atender aos seguintes requisitos:
Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá I - comprovação de idoneidade, com a apresentação
outras providências. de certidões negativas de antecedentes criminais
fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e
CAPÍTULO I Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial
DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS ou a processo criminal, que poderão ser fornecidas por
Art. 1o O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, meios eletrônicos;
instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia II – apresentação de documento comprobatório de
Federal, tem circunscrição em todo o território nacional. ocupação lícita e de residência certa;
III – comprovação de capacidade técnica e de
Art. 2o Ao Sinarm compete: aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo,
I – identificar as características e a propriedade de atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei.
armas de fogo, mediante cadastro; § 1o O Sinarm expedirá autorização de compra de
II – cadastrar as armas de fogo produzidas, arma de fogo após atendidos os requisitos anteriormente
importadas e vendidas no País; estabelecidos, em nome do requerente e para a arma
III – cadastrar as autorizações de porte de arma de indicada, sendo intransferível esta autorização.
fogo e as renovações expedidas pela Polícia Federal; § 2o A aquisição de munição somente poderá ser
IV – cadastrar as transferências de propriedade, feita no calibre correspondente à arma registrada e na
extravio, furto, roubo e outras ocorrências suscetíveis de quantidade estabelecida no regulamento desta Lei.
alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de § 3o A empresa que comercializar arma de fogo em
fechamento de empresas de segurança privada e de território nacional é obrigada a comunicar a venda à
transporte de valores; autoridade competente, como também a manter banco de
V – identificar as modificações que alterem as dados com todas as características da arma e cópia dos
características ou o funcionamento de arma de fogo; documentos previstos neste artigo.
VI – integrar no cadastro os acervos policiais já § 4o A empresa que comercializa armas de fogo,
existentes; acessórios e munições responde legalmente por essas
VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo, mercadorias, ficando registradas como de sua
inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e propriedade enquanto não forem vendidas.
judiciais; § 5o A comercialização de armas de fogo, acessórios
VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, e munições entre pessoas físicas somente será efetivada
bem como conceder licença para exercer a atividade; mediante autorização do Sinarm.
IX – cadastrar mediante registro os produtores, § 6o A expedição da autorização a que se refere o §
atacadistas, varejistas, exportadores e importadores 1o será concedida, ou recusada com a devida
autorizados de armas de fogo, acessórios e munições; fundamentação, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, a
X – cadastrar a identificação do cano da arma, as contar da data do requerimento do interessado.
características das impressões de raiamento e de § 7o O registro precário a que se refere o §
o
microestriamento de projétil disparado, conforme 4 prescinde do cumprimento dos requisitos dos incisos I,
marcação e testes obrigatoriamente realizados pelo II e III deste artigo.
fabricante; § 8o Estará dispensado das exigências constantes
XI – informar às Secretarias de Segurança Pública do inciso III do caput deste artigo, na forma do
dos Estados e do Distrito Federal os registros e regulamento, o interessado em adquirir arma de fogo de
autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos uso permitido que comprove estar autorizado a portar
territórios, bem como manter o cadastro atualizado para arma com as mesmas características daquela a ser
consulta. adquirida.
Parágrafo único. As disposições deste artigo não
alcançam as armas de fogo das Forças Armadas e Art. 5o O certificado de Registro de Arma de Fogo,
Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus com validade em todo o território nacional, autoriza o seu
registros próprios. proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no
interior de sua residência ou domicílio, ou dependência
As armas de fogo que são utilizadas pelas Forças Armadas e
Auxiliares e pelas Forças Auxiliares possuem regramento próprio. desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que
Relacionam-se com o Sistema de Gerenciamento Militar de seja ele o titular ou o responsável legal pelo
Armas - Sigma. estabelecimento ou empresa.
§ 1o O certificado de registro de arma de fogo será
CAPÍTULO II expedido pela Polícia Federal e será precedido de
DO REGISTRO autorização do Sinarm.
Art. 3o É obrigatório o registro de arma de fogo no § 2o Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III
órgão competente. do art. 4o deverão ser comprovados periodicamente, em

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Samara Aparecida, [email protected]
período não inferior a 3 (três) anos, na conformidade do regulamento desta Lei, observando-se, no que couber, a
estabelecido no regulamento desta Lei, para a renovação legislação ambiental.
do Certificado de Registro de Arma de Fogo. Porte autorizado somente no momento em que a competição é
§ 3o O proprietário de arma de fogo com certificados realizada.
RHC 34.579-RS, julgado em 24/4/2014
de registro de propriedade expedido por órgão estadual
ou do Distrito Federal até a data da publicação desta Lei X - integrantes das Carreiras de Auditoria da
que não optar pela entrega espontânea prevista no art. 32 Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do
desta Lei deverá renová-lo mediante o pertinente registro Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário.
federal, até o dia 31 de dezembro de 2008, ante a XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no
apresentação de documento de identificação pessoal e art. 92 da Constituição Federal e os Ministérios Públicos
comprovante de residência fixa, ficando dispensado do da União e dos Estados, para uso exclusivo de servidores
pagamento de taxas e do cumprimento das demais de seus quadros pessoais que efetivamente estejam no
exigências constantes dos incisos I a III do caput do art. exercício de funções de segurança, na forma de
4o desta Lei. regulamento a ser emitido pelo Conselho Nacional de
§ 4o Para fins do cumprimento do disposto no § Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério
3o deste artigo, o proprietário de arma de fogo poderá Público - CNMP.
obter, no Departamento de Polícia Federal, certificado de § 1o As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI
registro provisório, expedido na rede mundial de do caput deste artigo terão direito de portar arma de fogo
computadores - internet, na forma do regulamento e de propriedade particular ou fornecida pela respectiva
obedecidos os procedimentos a seguir: corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, nos
I - emissão de certificado de registro provisório pela termos do regulamento desta Lei, com validade em
internet, com validade inicial de 90 (noventa) dias; e âmbito nacional para aquelas constantes dos incisos I, II,
II - revalidação pela unidade do Departamento de V e VI.
Polícia Federal do certificado de registro provisório pelo § 1o-A (Revogado)
prazo que estimar como necessário para a emissão § 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes
definitiva do certificado de registro de propriedade. e guardas prisionais poderão portar arma de fogo de
§ 5º Aos residentes em área rural, para os fins do propriedade particular ou fornecida pela respectiva
disposto no caput deste artigo, considera-se residência ou corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, desde
domicílio toda a extensão do respectivo imóvel rural. (2019) que estejam:
I - submetidos a regime de dedicação exclusiva;
CAPÍTULO III II - sujeitos à formação funcional, nos termos do
DO PORTE regulamento; e
Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo III - subordinados a mecanismos de fiscalização e
o território nacional, salvo para os casos previstos em de controle interno.
legislação própria e para: § 1º-C. (VETADO).
I – os integrantes das Forças Armadas; § 2o A autorização para o porte de arma de fogo aos
II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, integrantes das instituições descritas nos incisos V, VI, VII
II, III, IV e V do caput do art. 144 da Constituição Federal e X do caput deste artigo está condicionada à
e os da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP); comprovação do requisito a que se refere o inciso III
(2017) do caput do art. 4o desta Lei nas condições estabelecidas
Polícia Federal; Polícia Rodoviária Federal; Polícia Ferroviária no regulamento desta Lei.
Federal; Polícias Civis; Polícias Militares; Corpos de Bombeiros § 3o A autorização para o porte de arma de fogo das
Militares; Força Nacional de Segurança Pública. guardas municipais está condicionada à formação
III – os integrantes das guardas municipais das funcional de seus integrantes em estabelecimentos de
capitais dos Estados e dos Municípios com mais de ensino de atividade policial, à existência de mecanismos
500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas condições de fiscalização e de controle interno, nas condições
estabelecidas no regulamento desta Lei; estabelecidas no regulamento desta Lei, observada a
IV - os integrantes das guardas municipais dos supervisão do Ministério da Justiça.
Municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos § 4o Os integrantes das Forças Armadas, das
de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em polícias federais e estaduais e do Distrito Federal, bem
serviço; como os militares dos Estados e do Distrito Federal, ao
V – os agentes operacionais da Agência Brasileira exercerem o direito descrito no art. 4o, ficam dispensados
de Inteligência e os agentes do Departamento de do cumprimento do disposto nos incisos I, II e III do
Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da mesmo artigo, na forma do regulamento desta Lei.
Presidência da República; (2019) § 5o Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25
VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos (vinte e cinco) anos que comprovem depender do
no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal; emprego de arma de fogo para prover sua subsistência
Polícia do Senado Federal e a Polícia da Câmara dos alimentar familiar será concedido pela Polícia Federal o
Deputados. porte de arma de fogo, na categoria caçador para
VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro
guardas prisionais, os integrantes das escoltas de simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de
presos e as guardas portuárias; calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o
VIII – as empresas de segurança privada e de interessado comprove a efetiva necessidade em
transporte de valores constituídas, nos termos desta Lei; requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes
IX – para os integrantes das entidades de desporto documentos:
legalmente constituídas, cujas atividades esportivas I - documento de identificação pessoal;
demandem o uso de armas de fogo, na forma do II - comprovante de residência em área rural; e
III - atestado de bons antecedentes.

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Samara Aparecida, [email protected]
§ 6o O caçador para subsistência que der outro uso Polícia Federal eventual perda, furto, roubo ou outras
à sua arma de fogo, independentemente de outras formas de extravio de armas de fogo, acessórios e
tipificações penais, responderá, conforme o caso, por munições que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24
porte ilegal ou por disparo de arma de fogo de uso (vinte e quatro) horas depois de ocorrido o fato.
permitido.
§ 7o Aos integrantes das guardas municipais dos Art. 8o As armas de fogo utilizadas em entidades
Municípios que integram regiões metropolitanas será desportivas legalmente constituídas devem obedecer às
autorizado porte de arma de fogo, quando em serviço. condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo
órgão competente, respondendo o possuidor ou o
Art. 7o As armas de fogo utilizadas pelos autorizado a portar a arma pela sua guarda na forma do
empregados das empresas de segurança privada e de regulamento desta Lei.
transporte de valores, constituídas na forma da lei, serão
de propriedade, responsabilidade e guarda das Art. 9o Compete ao Ministério da Justiça a
respectivas empresas, somente podendo ser utilizadas autorização do porte de arma para os responsáveis pela
quando em serviço, devendo essas observar as segurança de cidadãos estrangeiros em visita ou
condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo sediados no Brasil e, ao Comando do Exército, nos
órgão competente, sendo o certificado de registro e a termos do regulamento desta Lei, o registro e a
autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em concessão de porte de trânsito de arma de fogo para
nome da empresa. colecionadores, atiradores e caçadores e de
§ 1o O proprietário ou diretor responsável de representantes estrangeiros em competição internacional
empresa de segurança privada e de transporte de valores oficial de tiro realizada no território nacional.
responderá pelo crime previsto no parágrafo único do art.
13 desta Lei, sem prejuízo das demais sanções Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo
administrativas e civis, se deixar de registrar ocorrência de uso permitido, em todo o território nacional, é de
policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, competência da Polícia Federal e somente será
roubo ou outras formas de extravio de armas de fogo, concedida após autorização do Sinarm.
acessórios e munições que estejam sob sua guarda, nas § 1o A autorização prevista neste artigo poderá ser
primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de ocorrido o concedida com eficácia temporária e territorial limitada,
fato. nos termos de atos regulamentares, e dependerá de o
§ 2o A empresa de segurança e de transporte de requerente:
valores deverá apresentar documentação comprobatória I – demonstrar a sua efetiva necessidade por
do preenchimento dos requisitos constantes do art. exercício de atividade profissional de risco ou de ameaça
4o desta Lei quanto aos empregados que portarão arma à sua integridade física;
de fogo. II – atender às exigências previstas no art. 4 o desta
§ 3o A listagem dos empregados das empresas Lei;
referidas neste artigo deverá ser atualizada III – apresentar documentação de propriedade de
semestralmente junto ao Sinarm. arma de fogo, bem como o seu devido registro no órgão
competente.
Art. 7o-A. As armas de fogo utilizadas pelos § 2o A autorização de porte de arma de fogo, prevista
servidores das instituições descritas no inciso XI do art. neste artigo, perderá automaticamente sua eficácia caso
6o serão de propriedade, responsabilidade e guarda das o portador dela seja detido ou abordado em estado de
respectivas instituições, somente podendo ser utilizadas embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou
quando em serviço, devendo estas observar as condições alucinógenas.
de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão
competente, sendo o certificado de registro e a Art. 11. Fica instituída a cobrança de taxas, nos
autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em valores constantes do Anexo desta Lei, pela prestação de
nome da instituição. serviços relativos:
§ 1o A autorização para o porte de arma de fogo de I – ao registro de arma de fogo;
que trata este artigo independe do pagamento de taxa. II – à renovação de registro de arma de fogo;
§ 2o O presidente do tribunal ou o chefe do III – à expedição de segunda via de registro de arma
Ministério Público designará os servidores de seus de fogo;
quadros pessoais no exercício de funções de segurança IV – à expedição de porte federal de arma de fogo;
que poderão portar arma de fogo, respeitado o limite V – à renovação de porte de arma de fogo;
máximo de 50% (cinquenta por cento) do número de VI – à expedição de segunda via de porte federal de
servidores que exerçam funções de segurança. arma de fogo.
§ 3o O porte de arma pelos servidores das § 1o Os valores arrecadados destinam-se ao custeio
instituições de que trata este artigo fica condicionado à e à manutenção das atividades do Sinarm, da Polícia
apresentação de documentação comprobatória do Federal e do Comando do Exército, no âmbito de suas
preenchimento dos requisitos constantes do art. 4o desta respectivas responsabilidades.
Lei, bem como à formação funcional em estabelecimentos § 2o São isentas do pagamento das taxas previstas
de ensino de atividade policial e à existência de neste artigo as pessoas e as instituições a que se referem
mecanismos de fiscalização e de controle interno, nas os incisos I a VII e X e o § 5o do art. 6o desta Lei.
condições estabelecidas no regulamento desta Lei.
§ 4o A listagem dos servidores das instituições de Art. 11-A. O Ministério da Justiça disciplinará a
que trata este artigo deverá ser atualizada forma e as condições do credenciamento de profissionais
semestralmente no Sinarm. pela Polícia Federal para comprovação da aptidão
§ 5o As instituições de que trata este artigo são psicológica e da capacidade técnica para o manuseio de
obrigadas a registrar ocorrência policial e a comunicar à arma de fogo.

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§ 1o Na comprovação da aptidão psicológica, o segurança coletiva, não podem ser igualados aos crimes que
valor cobrado pelo psicólogo não poderá exceder ao valor acarretam lesão ou ameaça de lesão à vida ou à propriedade.
médio dos honorários profissionais para realização de
avaliação psicológica constante do item 1.16 da tabela do Disparo de arma de fogo
Conselho Federal de Psicologia. Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição
§ 2o Na comprovação da capacidade técnica, o em lugar habitado ou em suas adjacências, em via
valor cobrado pelo instrutor de armamento e tiro não pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não
poderá exceder R$ 80,00 (oitenta reais), acrescido do tenha como finalidade a prática de outro crime:
custo da munição. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e
§ 3o A cobrança de valores superiores aos previstos multa.
nos §§ 1o e 2o deste artigo implicará o descredenciamento Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é
do profissional pela Polícia Federal. inafiançável.
- Declarado INCOSTITUCIONAL. ADI 3112 – Informativo 465
CAPÍTULO IV STF
DOS CRIMES E DAS PENAS
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de restrito
fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer,
desacordo com determinação legal ou regulamentar, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
no interior de sua residência ou dependência desta, ou, gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter
ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou
o responsável legal do estabelecimento ou empresa: munição de uso restrito, sem autorização e em
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. desacordo com determinação legal ou regulamentar:
(2019)
Omissão de cautela Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Art. 13. Deixar de observar as cautelas § 1º Nas mesmas penas incorre quem:
necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer
anos ou pessoa portadora de deficiência mental se sinal de identificação de arma de fogo ou artefato;
apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou II – modificar as características de arma de fogo, de
que seja de sua propriedade: forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou
proprietário ou diretor responsável de empresa de juiz;
segurança e transporte de valores que deixarem de III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato
registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia explosivo ou incendiário, sem autorização ou em
Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio desacordo com determinação legal ou regulamentar;
de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer
sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro
de ocorrido o fato. sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, explosivo a criança ou adolescente; e
ter em depósito, transportar, ceder, ainda que VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou
sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou explosivo.
munição, de uso permitido, sem autorização e em § 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º
desacordo com determinação legal ou regulamentar: deste artigo envolverem arma de fogo de uso proibido,
Para os Tribunais Superiores, o crime de porte de arma de fogo a pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
consuma-se independentemente de estar a arma municiada. (2019)
Porém, segundo o STJ, se o laudo pericial reconhecer a
ineficácia total da arma de fogo e das munições, a conduta será Comércio ilegal de arma de fogo
atípica. Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar,
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar,
multa. remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no
inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver exercício de atividade comercial ou industrial, arma de
registrada em nome do agente. fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em
- Declarado INCOSTITUCIONAL. desacordo com determinação legal ou regulamentar:
ADI 3112 – Informativo 465 do STF Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e
Relativamente aos parágrafos únicos dos artigos 14 e 15 da Lei multa. (2019)
10.826/2003, que proíbem o estabelecimento de fiança, § 1º Equipara-se à atividade comercial ou industrial,
respectivamente, para os crimes de porte ilegal de arma de fogo para efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de
de uso permitido e de disparo de arma de fogo, considerou-se serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino,
desarrazoada a vedação, ao fundamento de que tais delitos não
inclusive o exercido em residência.
poderiam ser equiparados a terrorismo, prática de tortura, tráfico
ilícito de entorpecentes ou crimes hediondos (CF, art. 5º, XLIII). § 2º Incorre na mesma pena quem vende ou
Asseverou-se, ademais, cuidar-se, na verdade, de crimes de entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem
mera conduta que, embora impliquem redução no nível de autorização ou em desacordo com a determinação legal
ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando

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presentes elementos probatórios razoáveis de conduta Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o
criminal preexistente. (2019) art. 2º desta Lei, compete ao Comando do Exército
autorizar e fiscalizar a produção, exportação, importação,
desembaraço alfandegário e o comércio de armas de fogo
Tráfico internacional de arma de fogo e demais produtos controlados, inclusive o registro e o
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou porte de trânsito de arma de fogo de colecionadores,
saída do território nacional, a qualquer título, de arma atiradores e caçadores.
de fogo, acessório ou munição, sem autorização da
autoridade competente: Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos,
multa. (2019) quando não mais interessarem à persecução penal serão
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do
vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, Exército, no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas,
em operação de importação, sem autorização da para destruição ou doação aos órgãos de segurança
autoridade competente, a agente policial disfarçado, pública ou às Forças Armadas, na forma do regulamento
quando presentes elementos probatórios razoáveis de desta Lei. (2019)
conduta criminal preexistente. (2019) § 1o As armas de fogo encaminhadas ao Comando
do Exército que receberem parecer favorável à doação,
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a obedecidos o padrão e a dotação de cada Força Armada
pena é aumentada da metade se a arma de fogo, ou órgão de segurança pública, atendidos os critérios de
acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito. prioridade estabelecidos pelo Ministério da Justiça e
ouvido o Comando do Exército, serão arroladas em
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, relatório reservado trimestral a ser encaminhado àquelas
17 e 18, a pena é aumentada da metade se: (2019) instituições, abrindo-se-lhes prazo para manifestação de
I - forem praticados por integrante dos órgãos e interesse.
empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou (2019) § 1º-A. As armas de fogo e munições apreendidas
II - o agente for reincidente específico em crimes em decorrência do tráfico de drogas de abuso, ou de
dessa natureza. (2019) qualquer forma utilizadas em atividades ilícitas de
produção ou comercialização de drogas abusivas, ou,
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são ainda, que tenham sido adquiridas com recursos
insuscetíveis de liberdade provisória. provenientes do tráfico de drogas de abuso, perdidas em
- Declarado INCOSTITUCIONAL. ADI 3112-1 STF favor da União e encaminhadas para o Comando do
Exército, devem ser, após perícia ou vistoria que atestem
CAPÍTULO V seu bom estado, destinadas com prioridade para os
DISPOSIÇÕES GERAIS órgãos de segurança pública e do sistema
Art. 22. O Ministério da Justiça poderá celebrar penitenciário da unidade da federação responsável pela
convênios com os Estados e o Distrito Federal para o apreensão. (2019)
cumprimento do disposto nesta Lei. § 2o O Comando do Exército encaminhará a relação
das armas a serem doadas ao juiz competente, que
Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem determinará o seu perdimento em favor da instituição
como a definição das armas de fogo e demais produtos beneficiada.
controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou § 3o O transporte das armas de fogo doadas será de
obsoletos e de valor histórico serão disciplinadas em ato responsabilidade da instituição beneficiada, que
do chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta procederá ao seu cadastramento no Sinarm ou no Sigma.
do Comando do Exército. § 4o (VETADO)
§ 1o Todas as munições comercializadas no País § 5o O Poder Judiciário instituirá instrumentos para o
deverão estar acondicionadas em embalagens com encaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma, conforme se
sistema de código de barras, gravado na caixa, visando trate de arma de uso permitido ou de uso restrito,
possibilitar a identificação do fabricante e do adquirente, semestralmente, da relação de armas acauteladas em
entre outras informações definidas pelo regulamento juízo, mencionando suas características e o local onde se
desta Lei. encontram.
§ 2o Para os órgãos referidos no art. 6o, somente
serão expedidas autorizações de compra de munição com Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a
identificação do lote e do adquirente no culote dos comercialização e a importação de brinquedos, réplicas
projéteis, na forma do regulamento desta Lei. e simulacros de armas de fogo, que com estas se
§ 3o As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) possam confundir.
ano da data de publicação desta Lei conterão dispositivo Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as
intrínseco de segurança e de identificação, gravado no réplicas e os simulacros destinados à instrução, ao
corpo da arma, definido pelo regulamento desta Lei, adestramento, ou à coleção de usuário autorizado, nas
exclusive para os órgãos previstos no art. 6o. condições fixadas pelo Comando do Exército.
§ 4o As instituições de ensino policial e as
guardas municipais referidas nos incisos III e IV Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar,
do caput do art. 6o desta Lei e no seu § 7o poderão excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso
adquirir insumos e máquinas de recarga de munição para restrito.
o fim exclusivo de suprimento de suas atividades, Parágrafo único. O disposto neste artigo não se
mediante autorização concedida nos termos definidos em aplica às aquisições dos Comandos Militares.
regulamento.

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Samara Aparecida, [email protected]
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) necessárias para evitar o embarque de passageiros
anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes armados.
das entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X
do caput do art. 6o desta Lei. Art. 34-A. Os dados relacionados à coleta de
registros balísticos serão armazenados no Banco
Art. 29. As autorizações de porte de armas de fogo já Nacional de Perfis Balísticos. (2019)
concedidas expirar-se-ão 90 (noventa) dias após a § 1º O Banco Nacional de Perfis Balísticos tem como
publicação desta Lei. objetivo cadastrar armas de fogo e armazenar
Parágrafo único. O detentor de autorização com características de classe e individualizadoras de projéteis
prazo de validade superior a 90 (noventa) dias poderá e de estojos de munição deflagrados por arma de fogo.
renová-la, perante a Polícia Federal, nas condições dos (2019)
arts. 4o, 6o e 10 desta Lei, no prazo de 90 (noventa) dias § 2º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será
após sua publicação, sem ônus para o requerente. constituído pelos registros de elementos de munição
deflagrados por armas de fogo relacionados a crimes,
Art. 30. Os possuidores e proprietários de arma de para subsidiar ações destinadas às apurações criminais
fogo de uso permitido ainda não registrada deverão federais, estaduais e distritais. (2019)
solicitar seu registro até o dia 31 de dezembro de 2008, § 3º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será
mediante apresentação de documento de identificação gerido pela unidade oficial de perícia criminal. (2019)
pessoal e comprovante de residência fixa, acompanhados § 4º Os dados constantes do Banco Nacional de
de nota fiscal de compra ou comprovação da origem lícita Perfis Balísticos terão caráter sigiloso, e aquele que
da posse, pelos meios de prova admitidos em direito, ou permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos
declaração firmada na qual constem as características da previstos nesta Lei ou em decisão judicial responderá
arma e a sua condição de proprietário, ficando este civil, penal e administrativamente. (2019)
dispensado do pagamento de taxas e do cumprimento § 5º É vedada a comercialização, total ou parcial, da
das demais exigências constantes dos incisos I a III base de dados do Banco Nacional de Perfis Balísticos.
(2019)
do caput do art. 4o desta Lei.
§ 6º A formação, a gestão e o acesso ao Banco
Parágrafo único. Para fins do cumprimento do
Nacional de Perfis Balísticos serão regulamentados em
disposto no caput deste artigo, o proprietário de arma de
ato do Poder Executivo federal. (2019)
fogo poderá obter, no Departamento de Polícia Federal,
certificado de registro provisório, expedido na forma do §
CAPÍTULO VI
4o do art. 5o desta Lei.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 35. É proibida a comercialização de arma de
Art. 31. Os possuidores e proprietários de armas de
fogo e munição em todo o território nacional, salvo
fogo adquiridas regularmente poderão, a qualquer tempo,
para as entidades previstas no art. 6o desta Lei.
entregá-las à Polícia Federal, mediante recibo e
§ 1o Este dispositivo, para entrar em vigor,
indenização, nos termos do regulamento desta Lei.
dependerá de aprovação mediante referendo popular, a
ser realizado em outubro de 2005.
Art. 32. Os possuidores e proprietários de arma de
§ 2o Em caso de aprovação do referendo popular, o
fogo poderão entregá-la, espontaneamente, mediante
disposto neste artigo entrará em vigor na data de
recibo, e, presumindo-se de boa-fé, serão indenizados,
publicação de seu resultado pelo Tribunal Superior
na forma do regulamento, ficando extinta a punibilidade
Eleitoral.
de eventual posse irregular da referida arma.
Parágrafo único.
Art. 36. É revogada a Lei no 9.437, de 20 de fevereiro
de 1997.
Art. 33. Será aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem
mil reais) a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), conforme
Art. 37. Esta Lei entra em vigor na data de sua
especificar o regulamento desta Lei:
publicação.
I – à empresa de transporte aéreo, rodoviário,
ferroviário, marítimo, fluvial ou lacustre que
deliberadamente, por qualquer meio, faça, promova,
facilite ou permita o transporte de arma ou munição sem a
devida autorização ou com inobservância das normas de
segurança;
II – à empresa de produção ou comércio de
armamentos que realize publicidade para venda,
estimulando o uso indiscriminado de armas de fogo,
exceto nas publicações especializadas.

Art. 34. Os promotores de eventos em locais _____________________________________


01

fechados, com aglomeração superior a 1000 (um mil)


pessoas, adotarão, sob pena de responsabilidade, as _____________________________________
02

providências necessárias para evitar o ingresso de


pessoas armadas, ressalvados os eventos garantidos _____________________________________
03

pelo inciso VI do art. 5o da Constituição Federal.


Parágrafo único. As empresas responsáveis pela _____________________________________
04

prestação dos serviços de transporte internacional e _____________________________________


05
interestadual de passageiros adotarão as providências

70
Samara Aparecida, [email protected]
_____________________________________
06
autorização da autoridade central para funcionamento. Vale
destacar que, apesar de as unidades lotéricas prestarem
_____________________________________
07
alguns serviços também oferecidos pelas agências
bancárias, isso não as torna instituições financeiras
_____________________________________
08
submetidas aos ditames da Lei 7.102/1983. Nesse contexto,
fica afastada a responsabilidade civil da CEF sobre eventuais
prejuízos sofridos pela unidade lotérica, aplicando-se o disposto
_____________________________________
09
no art. 2º, IV, da Lei 8.987/1995, segundo o qual o permissionário
deve demonstrar capacidade para o desempenho da prestação
_____________________________________
10
dos serviços públicos que lhe foram delegados por sua conta e
risco. Precedente citado: REsp 1.317.472-RJ, Terceira Turma,
_____________________________________
11
DJe 8/3/2013.
REsp 1.224.236-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 11/3/2014.
_____________________________________
12
§ 2o O Poder Executivo estabelecerá,
considerando a reduzida circulação financeira, requisitos
_____________________________________
13
próprios de segurança para as cooperativas
_____________________________________
14
singulares de crédito e suas dependências que
contemplem, entre outros, os seguintes
_____________________________________
15
procedimentos:
I – dispensa de sistema de segurança para o
estabelecimento de cooperativa singular de crédito que se
situe dentro de qualquer edificação que possua estrutura
de segurança instalada em conformidade com o art.
2o desta Lei;
Lei nº 7.102 / 1983 II – necessidade de elaboração e aprovação de
Segurança para Estabelecimentos apenas um único plano de segurança por cooperativa
Financeiros singular de crédito, desde que detalhadas todas as suas
dependências;
III – dispensa de contratação de vigilantes, caso
Dispõe sobre segurança para estabelecimentos isso inviabilize economicamente a existência do
financeiros, estabelece normas para constituição e estabelecimento.
funcionamento das empresas particulares que exploram § 3o Os processos administrativos em curso no
serviços de vigilância e de transporte de valores, e dá âmbito do Departamento de Polícia Federal observarão os
outras providências. requisitos próprios de segurança para as cooperativas
singulares de crédito e suas dependências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Art. 2º - O sistema de segurança referido no
lei: artigo anterior inclui pessoas adequadamente preparadas,
assim chamadas vigilantes; alarme capaz de permitir,
Art. 1º É vedado o funcionamento de qualquer com segurança, comunicação entre o estabelecimento
estabelecimento financeiro onde haja guarda de financeiro e outro da mesma instituição, empresa de
valores ou movimentação de numerário, que não vigilância ou órgão policial mais próximo; e, pelo menos,
possua sistema de segurança com parecer favorável à mais um dos seguintes dispositivos:
sua aprovação, elaborado pelo Ministério da Justiça, na I - equipamentos elétricos, eletrônicos e de
forma desta lei. filmagens que possibilitem a identificação dos assaltantes;
§ 1o Os estabelecimentos financeiros referidos II - artefatos que retardem a ação dos criminosos,
neste artigo compreendem bancos oficiais ou privados, permitindo sua perseguição, identificação ou captura; e
caixas econômicas, sociedades de crédito, III - cabina blindada com permanência ininterrupta
associações de poupança, suas agências, postos de de vigilante durante o expediente para o público e
atendimento, subagências e seções, assim como as enquanto houver movimentação de numerário no interior
cooperativas singulares de crédito e suas respectivas do estabelecimento.
dependências. Parágrafo único. (Revogado)
DIREITO ADMINISTRATIVO E CIVIL. RESPONSABILIDADE
DA CEF PELA SEGURANÇA DE CASA LOTÉRICA. Art. 2º-A As instituições financeiras e demais
A Caixa Econômica Federal – CEF não tem responsabilidade instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
pela segurança de agência com a qual tenha firmado Brasil, que colocarem à disposição do público caixas
contrato de permissão de loterias. Isso porque as regras de eletrônicos, são obrigadas a instalar equipamentos que
segurança previstas na Lei 7.102/1983, que dispõe sobre inutilizem as cédulas de moeda corrente depositadas no
segurança para estabelecimentos financeiros, não alcançam as interior das máquinas em caso de arrombamento,
unidades lotéricas. De acordo com o art. 17 da Lei 4.595/1964, movimento brusco ou alta temperatura. (2018)
são consideradas instituições financeiras as pessoas jurídicas
públicas ou privadas que tenham como atividade principal ou
§ 1º Para cumprimento do disposto no caput deste
acessória a captação, intermediação ou aplicação de recursos artigo, as instituições financeiras poderão utilizar-se de
financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou qualquer tipo de tecnologia existente para inutilizar as
estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros. cédulas de moeda corrente depositadas no interior dos
Ademais, nos termos do art. 18 da Lei 4.595/1964, essas seus caixas eletrônicos, tais como: (2018)
instituições apenas podem funcionar no país mediante prévia I – tinta especial colorida; (2018)
autorização do Banco Central da República do Brasil. Assim, II – pó químico; (2018)
forçoso reconhecer que as unidades lotéricas não possuem como III – ácidos insolventes; (2018)
atividade principal ou acessória, a captação, intermediação e
aplicação de recursos financeiros, tampouco dependem de

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IV – pirotecnia, desde que não coloque em perigo Parágrafo único. Para a execução da competência
os usuários e funcionários que utilizam os caixas prevista no inciso I, o Ministério da Justiça poderá
eletrônicos; (2018) celebrar convênio com as Secretarias de Segurança
V – qualquer outra substância, desde que não Pública dos respectivos Estados e Distrito Federal.
coloque em perigo os usuários dos caixas eletrônicos.
(2018) Art. 7º O estabelecimento financeiro que infringir
§ 2º Será obrigatória a instalação de placa de disposição desta lei ficará sujeito às seguintes
alerta, que deverá ser afixada de forma visível no caixa penalidades, conforme a gravidade da infração e
eletrônico, bem como na entrada da instituição bancária levando-se em conta a reincidência e a condição
que possua caixa eletrônico em seu interior, informando a econômica do infrator:
existência do referido dispositivo e seu I - advertência;
funcionamento. (2018) II - multa, de mil a vinte mil Ufirs;
§ 3º O descumprimento do disposto acima III - interdição do estabelecimento.
sujeitará as instituições financeiras infratoras às
penalidades previstas no art. 7º desta Lei. (2018) Art 8º - Nenhuma sociedade seguradora poderá
§ 4º As exigências previstas neste artigo poderão emitir, em favor de estabelecimentos financeiros, apólice
ser implantadas pelas instituições financeiras de maneira de seguros que inclua cobertura garantindo riscos de
gradativa, atingindo-se, no mínimo, os seguintes roubo e furto qualificado de numerário e outros valores,
percentuais, a partir da entrada em vigor desta Lei: (2018) sem comprovação de cumprimento, pelo segurado, das
I – nos municípios com até 50.000 (cinquenta mil) exigências previstas nesta Lei.
habitantes, 50% (cinquenta por cento) em 9 (nove) Parágrafo único - As apólices com infringência do
meses e os outros 50% (cinquenta por cento) em 18 disposto neste artigo não terão cobertura de resseguros
(dezoito) meses; (2018) pelo Instituto de Resseguros do Brasil.
II – nos municípios com mais de 50.000 (cinquenta Em 1º de outubro de 2013, o Instituto de Resseguros do Brasil
mil) até 500.000 (quinhentos mil) habitantes, 100% (cem (IRB) foi privatizado.
por cento) em até 24 (vinte e quatro) meses; (2018)
III – nos municípios com mais de 500.000 Art. 9º - Nos seguros contra roubo e furto
(quinhentos mil) habitantes, 100% (cem por cento) em qualificado de estabelecimentos financeiros, serão
até 36 (trinta e seis) meses. (2018) concedidos descontos sobre os prêmios aos segurados
que possuírem, além dos requisitos mínimos de
Art. 3º A vigilância ostensiva e o transporte de segurança, outros meios de proteção previstos nesta
valores serão executados: Lei, na forma de seu regulamento.
I - por empresa especializada contratada;
ou Art. 10. São considerados como segurança privada
II - pelo próprio estabelecimento financeiro, desde as atividades desenvolvidas em prestação de serviços
que organizado e preparado para tal fim, com pessoal com a finalidade de:
próprio, aprovado em curso de formação de vigilante I - proceder à vigilância patrimonial das instituições
autorizado pelo Ministério da Justiça e cujo sistema de financeiras e de outros estabelecimentos, públicos ou
segurança tenha parecer favorável à sua aprovação privados, bem como a segurança de pessoas físicas;
emitido pelo Ministério da Justiça. II - realizar o transporte de valores ou garantir o
Parágrafo único. Nos estabelecimentos financeiros transporte de qualquer outro tipo de carga.
estaduais, o serviço de vigilância ostensiva poderá ser § 1º Os serviços de vigilância e de transporte de
desempenhado pelas Polícias Militares, a critério do valores poderão ser executados por uma mesma
Governo da respectiva Unidade da Federação. empresa.
§ 2º As empresas especializadas em prestação de
Art. 4º O transporte de numerário em montante serviços de segurança, vigilância e transporte de valores,
superior a vinte mil Ufir, para suprimento ou recolhimento constituídas sob a forma de empresas privadas, além das
do movimento diário dos estabelecimentos financeiros, hipóteses previstas nos incisos do caput deste artigo,
será obrigatoriamente efetuado em veículo especial da poderão se prestar ao exercício das atividades de
própria instituição ou de empresa especializada. segurança privada a pessoas; a estabelecimentos
Embora ainda haja previsão legal quanto à Unidade Fiscal de comerciais, industriais, de prestação de serviços e
Referência (Ufir), está foi extinta em 2000. residências; a entidades sem fins lucrativos; e órgãos e
empresas públicas.
Art. 5º O transporte de numerário entre sete mil e § 3º Serão regidas por esta lei, pelos regulamentos
vinte mil Ufirs poderá ser efetuado em veículo comum, dela decorrentes e pelas disposições da legislação civil,
com a presença de dois vigilantes. comercial, trabalhista, previdenciária e penal, as
empresas definidas no parágrafo anterior.
Art. 6º Além das atribuições previstas no art. 20, § 4º As empresas que tenham objeto econômico
compete ao Ministério da Justiça: diverso da vigilância ostensiva e do transporte de valores,
I - fiscalizar os estabelecimentos financeiros que utilizem pessoal de quadro funcional próprio, para
quanto ao cumprimento desta lei; execução dessas atividades, ficam obrigadas ao
II - encaminhar parecer conclusivo quanto ao cumprimento do disposto nesta lei e demais legislações
prévio cumprimento desta lei, pelo estabelecimento pertinentes.
financeiro, à autoridade que autoriza o seu § 5º (Vetado)
funcionamento; § 6º (Vetado).
III - aplicar aos estabelecimentos financeiros as
penalidades previstas nesta lei.

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Samara Aparecida, [email protected]
Art. 11 - A propriedade e a administração das convênio com as Secretarias de Segurança Pública dos
empresas especializadas que vierem a se constituir são Estados e Distrito Federal:
vedadas a estrangeiros. I - conceder autorização para o funcionamento:
STJ: É permitida a participação de capital estrangeiro em a) das empresas especializadas em serviços de
empresas de segurança, mas as sociedades precisam ser vigilância;
constituídas no Brasil e se sujeitarem às leis brasileiras. b) das empresas especializadas em transporte de
valores; e
Art. 12 - Os diretores e demais empregados das c) dos cursos de formação de vigilantes;
empresas especializadas não poderão ter antecedentes II - fiscalizar as empresas e os cursos
criminais registrados. mencionados no inciso anterior;
Ill - aplicar às empresas e aos cursos a que se
Art. 13. O capital integralizado das empresas refere o inciso I deste artigo as penalidades previstas no
especializadas não pode ser inferior a cem mil art. 23 desta Lei;
Ufirs. IV - aprovar uniforme;
V - fixar o currículo dos cursos de formação de
Art. 14 - São condições essenciais para que as vigilantes;
empresas especializadas operem nos Estados, Territórios VI - fixar o número de vigilantes das empresas
e Distrito Federal: especializadas em cada unidade da Federação;
I - autorização de funcionamento concedida VII - fixar a natureza e a quantidade de armas de
conforme o art. 20 desta Lei; e propriedade das empresas especializadas e dos
II - comunicação à Secretaria de Segurança estabelecimentos financeiros;
Pública do respectivo Estado, Território ou Distrito VIII - autorizar a aquisição e a posse de armas e
Federal. munições; e
IX - fiscalizar e controlar o armamento e a
Art. 15. Vigilante, para os efeitos desta lei, é o munição utilizados.
empregado contratado para a execução das atividades X - rever anualmente a autorização de
definidas nos incisos I e II do caput e §§ 2º, 3º e 4º do art. funcionamento das empresas elencadas no inciso I deste
10. artigo.
Parágrafo único. As competências previstas nos
Art. 16 - Para o exercício da profissão, o vigilante incisos I e V deste artigo não serão objeto de
preencherá os seguintes requisitos: convênio.
I - ser brasileiro;
II - ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos; Art. 21 - As armas destinadas ao uso dos
III - ter instrução correspondente à quarta série vigilantes serão de propriedade e responsabilidade:
do primeiro grau; I - das empresas especializadas;
IV - ter sido aprovado, em curso de formação de II - dos estabelecimentos financeiros quando
vigilante, realizado em estabelecimento com dispuserem de serviço organizado de vigilância, ou
funcionamento autorizado nos termos desta lei. mesmo quando contratarem empresas especializadas.
V - ter sido aprovado em exame de saúde física,
mental e psicotécnico; Art. 22 - Será permitido ao vigilante, quando em
VI - não ter antecedentes criminais registrados; e serviço, portar revólver calibre 32 ou 38 e utilizar
VII - estar quite com as obrigações eleitorais e cassetete de madeira ou de borracha.
militares. Parágrafo único - Os vigilantes, quando
Parágrafo único - O requisito previsto no inciso III empenhados em transporte de valores, poderão também
deste artigo não se aplica aos vigilantes admitidos até a utilizar espingarda de uso permitido, de calibre 12, 16 ou
publicação da presente Lei 20, de fabricação nacional.

Art. 17. O exercício da profissão de vigilante Art. 23 - As empresas especializadas e os


requer prévio registro no Departamento de Polícia cursos de formação de vigilantes que infringirem
Federal, que se fará após a apresentação dos disposições desta Lei ficarão sujeitos às seguintes
documentos comprobatórios das situações enumeradas penalidades, aplicáveis pelo Ministério da Justiça, ou,
no art. 16. mediante convênio, pelas Secretarias de Segurança
Pública, conforme a gravidade da infração, levando-se em
Art. 18 - O vigilante usará uniforme somente conta a reincidência e a condição econômica do infrator:
quando em efetivo serviço. I - advertência;
Cabe ao Ministério da Justiça aprovar o modelo do uniforme. II - multa de quinhentas até cinco mil
Ufirs:
Art. 19 - É assegurado ao vigilante: III - proibição temporária de funcionamento; e
I - uniforme especial às expensas da empresa a IV - cancelamento do registro para funcionar.
que se vincular; Parágrafo único - Incorrerão nas penas previstas
II - porte de arma, quando em serviço; neste artigo as empresas e os estabelecimentos
III - prisão especial por ato decorrente do serviço; financeiros responsáveis pelo extravio de armas e
IV - seguro de vida em grupo, feito pela empresa munições.
empregadora. PENALIDADES
Advertência
Art. 7º - Estabelecimento
Art. 20. Cabe ao Ministério da Justiça, por Multa, de mil a vinte mil Ufirs
Financeiro
Interdição do estabelecimento
intermédio do seu órgão competente ou mediante
Art. 23 - Empresas Advertência

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Especializadas / Cursos de Multa de quinhentas até cinco
Formação de Vigilantes mil UFIRs
Proibição temporária de
funcionamento
Cancelamento do registro para
funcionar
Incorrerão nas penas previstas
neste artigo as empresas e os
estabelecimentos financeiros
responsáveis pelo extravio de
armas e munições.

Art. 24 - As empresas já em funcionamento


deverão proceder à adaptação de suas atividades aos
preceitos desta Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias,
a contar da data em que entrar em vigor o regulamento da
presente Lei, sob pena de terem suspenso seu
funcionamento até que comprovem essa adaptação.

Art. 25 - O Poder Executivo regulamentará esta Lei


no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data de sua
publicação.

Art. 26 - Esta Lei entra em vigor na data de sua


publicação.

Art. 27 - Revogam-se os Decretos-leis nº 1.034, de


21 de outubro de 1969, e nº 1.103, de 6 de abril de 1970,
e as demais disposições em contrário.

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§ 1o As pessoas jurídicas já cadastradas, que
Lei nº 10.357 / 2001 estejam exercendo atividade sujeita a controle e
fiscalização, deverão providenciar seu recadastramento
Controle e Fiscalização sobre junto ao Departamento de Polícia Federal, na forma a ser
Produtos Químicos estabelecida em regulamento.
§ 2o A pessoa física ou jurídica que, em caráter
eventual, necessitar exercer qualquer uma das atividades
Estabelece normas de controle e fiscalização sobre sujeitas a controle e fiscalização, deverá providenciar o
produtos químicos que direta ou indiretamente possam seu cadastro junto ao Departamento de Polícia Federal
ser destinados à elaboração ilícita de substâncias e requerer autorização especial para efetivar as suas
entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem operações.
dependência física ou psíquica, e dá outras providências.
Art. 5o A pessoa jurídica referida no caput do art.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o 4o deverá requerer, anualmente, a Renovação da Licença
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: de Funcionamento para o prosseguimento de suas
atividades.
Art. 1o Estão sujeitos a controle e fiscalização, na
forma prevista nesta Lei, em sua fabricação, produção, Art. 6o Todas as partes envolvidas deverão possuir
armazenamento, transformação, embalagem, compra, licença de funcionamento, exceto quando se tratar de
venda, comercialização, aquisição, posse, doação, quantidades de produtos químicos inferiores aos limites a
empréstimo, permuta, remessa, transporte, distribuição, serem estabelecidos em portaria do Ministro de Estado da
importação, exportação, reexportação, cessão, Justiça.
reaproveitamento, reciclagem, transferência e utilização,
todos os produtos químicos que possam ser Art. 7o Para importar, exportar ou reexportar os
utilizados como insumo na elaboração de substâncias produtos químicos sujeitos a controle e fiscalização, nos
entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem termos dos arts. 1o e 2o, será necessária autorização
dependência física ou psíquica. prévia do Departamento de Polícia Federal, nos casos
§ 1o Aplica-se o disposto neste artigo às substâncias previstos em portaria, sem prejuízo do disposto no art.
entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem 6o e dos procedimentos adotados pelos demais órgãos
dependência física ou psíquica que não estejam sob competentes.
controle do órgão competente do Ministério da Saúde.
§ 2o Para efeito de aplicação das medidas de Art. 8o A pessoa jurídica que realizar qualquer uma
controle e fiscalização previstas nesta Lei, considera-se das atividades a que se refere o art. 1 o desta Lei é
produto químico as substâncias químicas e as obrigada a fornecer ao Departamento de Polícia
formulações que as contenham, nas concentrações Federal, periodicamente, as informações sobre suas
estabelecidas em portaria, em qualquer estado físico, operações.
independentemente do nome fantasia dado ao produto e Parágrafo único. Os documentos que
do uso lícito a que se destina. consubstanciam as informações a que se refere este
artigo deverão ser arquivados pelo prazo de 5 (cinco)
Art. 2o O Ministro de Estado da Justiça, de ofício anos e apresentados ao Departamento de Polícia Federal
ou em razão de proposta do Departamento de Polícia quando solicitados.
Federal, da Secretaria Nacional Antidrogas ou da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária, definirá, em portaria, os Art. 9o Os modelos de mapas e formulários
produtos químicos a serem controlados e, quando necessários à implementação das normas a que se
necessário, promoverá sua atualização, excluindo ou referem os artigos anteriores serão publicados em portaria
incluindo produtos, bem como estabelecerá os critérios e ministerial.
as formas de controle.
O Ministro da Justiça faz a edição da portaria, que atualmente é a Art. 10. A pessoa física ou jurídica que, por
de nº 1.274/2003. A Polícia Federal, por sua vez, fiscaliza e puni. qualquer motivo, suspender o exercício de atividade
sujeita a controle e fiscalização ou mudar de atividade
Art. 3o Compete ao Departamento de Polícia controlada deverá comunicar a paralisação ou
Federal o controle e a fiscalização dos produtos alteração ao Departamento de Polícia Federal, no prazo
químicos a que se refere o art. 1o desta Lei e a aplicação de 30 (trinta) dias a partir da data da suspensão ou da
das sanções administrativas decorrentes. mudança de atividade.

Art. 4o Para exercer qualquer uma das atividades Art. 11. A pessoa física ou jurídica que exerça
sujeitas a controle e fiscalização relacionadas no art. atividade sujeita a controle e fiscalização deverá informar
1o , a pessoa física ou jurídica deverá se cadastrar e ao Departamento de Polícia Federal, no prazo máximo de
requerer licença de funcionamento ao Departamento 24 (vinte e quatro) horas, qualquer suspeita de desvio de
de Polícia Federal, de acordo com os critérios e as produto químico a que se refere esta Lei.
formas a serem estabelecidas na portaria a que se refere
o art. 2o, independentemente das demais exigências Art. 12. Constitui infração administrativa:
legais e regulamentares.

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Samara Aparecida, [email protected]
I – deixar de cadastrar-se ou licenciar-se no prazo § 3o Das sanções aplicadas caberá recurso ao
legal; Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal, na
II – deixar de comunicar ao Departamento de forma e prazo estabelecidos em regulamento.
Polícia Federal, no prazo de 30 (trinta) dias, qualquer
alteração cadastral ou estatutária a partir da data do ato Art. 15. A pessoa física ou jurídica que cometer
aditivo, bem como a suspensão ou mudança de atividade qualquer uma das infrações previstas nesta Lei terá prazo
sujeita a controle e fiscalização; de 30 (trinta) dias, a contar da data da fiscalização, para
III – omitir as informações a que se refere o art. sanar as irregularidades verificadas, sem prejuízo da
8o desta Lei, ou prestá-las com dados incompletos ou aplicação de medidas administrativas previstas no art. 14.
inexatos; § 1o Sanadas as irregularidades, os produtos
IV – deixar de apresentar ao órgão fiscalizador, químicos eventualmente apreendidos serão devolvidos
quando solicitado, notas fiscais, manifestos e outros ao seu legítimo proprietário ou representante legal.
documentos de controle; § 2o Os produtos químicos que não forem
V – exercer qualquer das atividades sujeitas a regularizados e restituídos no prazo e nas condições
controle e fiscalização, sem a devida Licença de estabelecidas neste artigo serão destruídos, alienados
Funcionamento ou Autorização Especial do órgão ou doados pelo Departamento de Polícia Federal a
competente; instituições de ensino, pesquisa ou saúde pública, após
VI – exercer atividade sujeita a controle e trânsito em julgado da decisão proferida no respectivo
fiscalização com pessoa física ou jurídica não processo administrativo.
autorizada ou em situação irregular, nos termos desta Lei; § 3o Em caso de risco iminente à saúde pública ou
VII – deixar de informar qualquer suspeita de desvio ao meio ambiente, o órgão fiscalizador poderá dar
de produto químico controlado, para fins ilícitos; destinação imediata aos produtos químicos apreendidos.
VIII – importar, exportar ou reexportar produto
químico controlado, sem autorização prévia; Art. 16. Fica instituída a Taxa de Controle e
IX – alterar a composição de produto químico Fiscalização de Produtos Químicos, cujo fato gerador é o
controlado, sem prévia comunicação ao órgão exercício do poder de polícia conferido ao Departamento
competente; de Polícia Federal para controle e fiscalização das
X – adulterar laudos técnicos, notas fiscais, rótulos e atividades relacionadas no art. 1o desta Lei.
embalagens de produtos químicos controlados visando a
burlar o controle e a fiscalização; Art. 17. São sujeitos passivos da Taxa de Controle
XI – deixar de informar no laudo técnico, ou nota e Fiscalização de Produtos Químicos as pessoas físicas e
fiscal, quando for o caso, em local visível da embalagem e jurídicas que exerçam qualquer uma das atividades
do rótulo, a concentração do produto químico controlado; sujeitas a controle e fiscalização de que trata o art.
XII – deixar de comunicar ao Departamento de 1o desta Lei.
Polícia Federal furto, roubo ou extravio de produto
químico controlado e documento de controle, no prazo de Art. 18. São isentos do pagamento da Taxa de
quarenta e oito horas; e Controle e Fiscalização de Produtos Químicos, sem
XIII – dificultar, de qualquer maneira, a ação do prejuízo das demais obrigações previstas nesta Lei:
órgão de controle e fiscalização. I – os órgãos da Administração Pública direta
federal, estadual e municipal;
Art. 13. Os procedimentos realizados no exercício II – as instituições públicas de ensino, pesquisa e
da fiscalização deverão ser formalizados mediante a saúde;
elaboração de documento próprio. III – as entidades particulares de caráter
assistencial, filantrópico e sem fins lucrativos que
Art. 14. O descumprimento das normas comprovem essa condição na forma da lei específica em
estabelecidas nesta Lei, independentemente de vigor.
responsabilidade penal, sujeitará os infratores às
seguintes medidas administrativas, aplicadas Art. 19. A Taxa de Controle e Fiscalização de
cumulativa ou isoladamente: Produtos Químicos é devida pela prática dos seguintes
I – advertência formal; atos de controle e fiscalização:
II – apreensão do produto químico encontrado em I – no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) para:
situação irregular; a. emissão de Certificado de Registro Cadastral;
III – suspensão ou cancelamento de licença de b. emissão de segunda via de Certificado de
funcionamento; Registro Cadastral; e
IV – revogação da autorização especial; e c. alteração de Registro Cadastral;
V – multa de R$ 2.128,20 (dois mil, cento e vinte e II – no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) para:
oito reais e vinte centavos) a R$ 1.064.100,00 (um milhão, a. emissão de Certificado de Licença de
sessenta e quatro mil e cem reais). Funcionamento;
§ 1o Na dosimetria da medida administrativa, serão b. emissão de segunda via de Certificado de Licença
consideradas a situação econômica, a conduta do infrator, de Funcionamento; e
a reincidência, a natureza da infração, a quantidade dos c. renovação de Licença de Funcionamento;
produtos químicos encontrados em situação irregular e as III – no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais) para:
circunstâncias em que ocorreram os fatos. a. emissão de Autorização Especial; e
§ 2o A critério da autoridade competente, o b. emissão de segunda via de Autorização Especial.
recolhimento do valor total da multa arbitrada poderá ser Parágrafo único. Os valores constantes dos incisos I
feito em até 5 (cinco) parcelas mensais e consecutivas. e II deste artigo serão reduzidos de:
I - quarenta por cento, quando se tratar de empresa
de pequeno porte;

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II - cinquenta por cento, quando se tratar de filial de
empresa já cadastrada; Lei nº 8.112 / 1990
III - setenta por cento, quando se tratar de
microempresa. Regime Jurídico dos Servidores
Públicos Civis da União, das
Art. 20. A Taxa de Controle e Fiscalização de Autarquias e das Fundações
Produtos Químicos será recolhida nos prazos e nas
condições estabelecidas em ato do Departamento de Públicas Federais
Polícia Federal.

Art. 21. Os recursos relativos à cobrança da Taxa de Título I


Controle e Fiscalização de Produtos Químicos, à Capítulo Único
aplicação de multa e à alienação de produtos químicos Das Disposições Preliminares
previstas nesta Lei constituem receita do Fundo Nacional Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurídico dos
Antidrogas – FUNAD. Servidores Públicos Civis da União, das autarquias,
Parágrafo único. O Fundo Nacional Antidrogas inclusive as em regime especial, e das fundações
destinará 80% (oitenta por cento) dos recursos relativos à públicas federais.
cobrança da Taxa, à aplicação de multa e à alienação de
produtos químicos, referidos no caput deste artigo, ao Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa
Departamento de Polícia Federal, para o legalmente investida em cargo público.
reaparelhamento e custeio das atividades de controle e
fiscalização de produtos químicos e de repressão ao Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e
tráfico ilícito de drogas. responsabilidades previstas na estrutura organizacional
que devem ser cometidas a um servidor.
Art. 22. Esta Lei entra em vigor na data de sua Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a
publicação. todos os brasileiros, são criados por lei, com
denominação própria e vencimento pago pelos cofres
Art. 23. Ficam revogados os arts. 1o a 13 e 18 públicos, para provimento em caráter efetivo ou em
da Lei no 9.017, de 30 de março de 1995. comissão.

Art. 4o É proibida a prestação de serviços


gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

Título II
Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e
Substituição
Capítulo I
Do Provimento
Seção I
_____________________________________
01
Disposições Gerais
Art. 5o São requisitos básicos para investidura em
_____________________________________
02
cargo público:
_____________________________________
03
I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos políticos;
_____________________________________
04 III - a quitação com as obrigações militares e
eleitorais;
_____________________________________
05 IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício
do cargo;
_____________________________________
06
V - a idade mínima de 18 (dezoito) anos;
VI - aptidão física e mental.
_____________________________________
07
§ 1o As atribuições do cargo podem justificar a
exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.
_____________________________________
08
STF: Súmula Vinculante 44 - Só por lei se pode sujeitar a
_____________________________________
09
exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.
STF: Súmula 14 - Não é admissível, por ato administrativo,
_____________________________________
10
restringir, em razão da idade, inscrição em concurso para cargo
público.
STF: Súmula 683 - O limite de idade para a inscrição em
_____________________________________
11
concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da
Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das
_____________________________________
12
atribuições do cargo a ser preenchido.
_____________________________________
13
§ 2o Às pessoas portadoras de deficiência é
assegurado o direito de se inscrever em concurso público
_____________________________________
14 para provimento de cargo cujas atribuições sejam
compatíveis com a deficiência de que são portadoras;
_____________________________________
15 para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por
cento) das vagas oferecidas no concurso.

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Samara Aparecida, [email protected]
CF, art. 37, VIII: a lei reservará percentual dos cargos e mediante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar
empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e as diretrizes do sistema de carreira na Administração
definirá os critérios de sua admissão. Pública Federal e seus regulamentos.
§ 3o As universidades e instituições de pesquisa
científica e tecnológica federais poderão prover seus Seção III
cargos com professores, técnicos e cientistas Do Concurso Público
estrangeiros, de acordo com as normas e os Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e
procedimentos desta Lei. títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme
dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de
Art. 6o O provimento dos cargos públicos far-se-á carreira, condicionada a inscrição do candidato ao
mediante ato da autoridade competente de cada Poder. pagamento do valor fixado no edital, quando
indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses
Art. 7o A investidura em cargo público ocorrerá com de isenção nele expressamente previstas.
a posse.
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2
Art. 8o São formas de provimento de cargo público: (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por
I - nomeação; igual período.
II - promoção; § 1o O prazo de validade do concurso e as
III – (Revogado) condições de sua realização serão fixados em edital, que
IV - (Revogado) será publicado no Diário Oficial da União e em jornal
V - readaptação; diário de grande circulação.
VI - reversão; § 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver
VII - aproveitamento; candidato aprovado em concurso anterior com prazo de
VIII - reintegração; validade não expirado.
IX - recondução. STF: Súmula 15 - Dentro do prazo de validade do concurso, o
(Memorize: Rei Re-P-A-Re No Reco) candidato aprovado tem direito à nomeação, quando o cargo for
Provimento é ato administrativo por meio do qual se preenche preenchido sem observância da classificação.
um cargo público, designando-se o seu titular. As formas de STF: Súmula 16 - Funcionário nomeado por concurso tem direito
provimento são tradicionalmente classificadas em: à posse.
-- Originário: Há o preenchimento de classe inicial do cargo, não STF: Súmula 17 - A nomeação de funcionário sem concurso
decorrendo de vínculo anterior entre o servidor e a pode ser desfeita antes da posse.
administração. (Nomeação) STF: Súmula 684 - É inconstitucional o veto não motivado à
-- Derivado: O preenchimento do cargo decorre de vínculo participação de candidato a concurso público.
anterior entre o servidor e a administração.
(Promoção, Readaptação, Reversão, Aproveitamento, Seção IV
Reintegração, Recondução)
Da Posse e do Exercício
---------------------------------------------------------------------------------------
STF: Súmula Vinculante 43 - É inconstitucional toda modalidade
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do
de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições,
aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes
cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados
unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os
Seção II atos de ofício previstos em lei.
Da Nomeação A posse é um ato bilateral, que investe o servidor nas atribuições
Art. 9o A nomeação far-se-á: e responsabilidade inerentes ao seu cargo. Somente há posse
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo nos casos de provimento por nomeação.
isolado de provimento efetivo ou de carreira; § 1o A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias
II - em comissão, inclusive na condição de interino, contados da publicação do ato de provimento.
para cargos de confiança vagos. § 2o Em se tratando de servidor, que esteja na data
Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em de publicação do ato de provimento, em licença prevista
comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses
para ter exercício, interinamente, em outro cargo de dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e
confiança, sem prejuízo das atribuições do que X do art. 102, o prazo será contado do término do
atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela impedimento.
remuneração de um deles durante o período da § 3o A posse poderá dar-se mediante procuração
interinidade. específica.
A nomeação é um “ato administrativo unilateral que não gera, § 4o Só haverá posse nos casos de provimento de
por si só, qualquer obrigação para o nomeado, mas sim o direito cargo por nomeação.
subjetivo de formalizar o vínculo funcional com a administração § 5o No ato da posse, o servidor apresentará
pública, por meio da posse, tornando-se, então, servidor público.” declaração de bens e valores que constituem seu
Direito Administrativo Descomplicado, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de
outro cargo, emprego ou função pública.
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou § 6o Será tornado sem efeito o ato de provimento
cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia se a posse não ocorrer no prazo previsto no § 1o deste
habilitação em concurso público de provas ou de provas artigo.
e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo
de sua validade. Art. 14. A posse em cargo público dependerá de
Parágrafo único. Os demais requisitos para o prévia inspeção médica oficial.
ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira,

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Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto
que for julgado apto física e mentalmente para o exercício de avaliação para o desempenho do cargo, observados
do cargo. os seguinte fatores: (vide EMC nº 19)
I - assiduidade;
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das II - disciplina;
atribuições do cargo público ou da função de confiança. III - capacidade de iniciativa;
§ 1o É de 15 (quinze) dias o prazo para o servidor IV - produtividade;
empossado em cargo público entrar em exercício, V- responsabilidade.
contados da data da posse. Apesar de ainda constar na Lei 8.112/1990 o prazo de 24 meses,
§ 2o O servidor será exonerado do cargo ou será o STF e o STJ possuem entendimento consolidado de que este
tornado sem efeito o ato de sua designação para função prazo é de 3 (três) anos.
de confiança, se não entrar em exercício nos prazos § 1o 4 (quatro) meses antes de findo o período do
previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18. estágio probatório, será submetida à homologação da
§ 3o À autoridade competente do órgão ou entidade autoridade competente a avaliação do desempenho do
para onde for nomeado ou designado o servidor compete servidor, realizada por comissão constituída para essa
dar-lhe exercício. finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o
§ 4o O início do exercício de função de confiança regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo
coincidirá com a data de publicação do ato de da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos
designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou incisos I a V do caput deste artigo.
afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que § 2o O servidor não aprovado no estágio
recairá no primeiro dia útil após o término do probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido
impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no
publicação. parágrafo único do art. 29.
§ 3o O servidor em estágio probatório poderá
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou
reinício do exercício serão registrados no assentamento funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão
individual do servidor. ou entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza
apresentará ao órgão competente os elementos Especial, cargos de provimento em comissão do Grupo-
necessários ao seu assentamento individual. Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6,
5 e 4, ou equivalentes.
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de § 4o Ao servidor em estágio probatório somente
exercício, que é contado no novo posicionamento na poderão ser concedidas as licenças e os afastamentos
carreira a partir da data de publicação do ato que previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem
promover o servidor. assim afastamento para participar de curso de formação
decorrente de aprovação em concurso para outro cargo
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro na Administração Pública Federal.
município em razão de ter sido removido, redistribuído, § 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as
requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, §
no mínimo, 10 (dez) e, no máximo, 30 (trinta) dias de 1o, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em
prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do curso de formação, e será retomado a partir do término do
efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído impedimento.
nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento
para a nova sede. Seção V
§ 1o Na hipótese de o servidor encontrar-se em Da Estabilidade
licença ou afastado legalmente, o prazo a que se refere Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e
este artigo será contado a partir do término do empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá
impedimento. estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos
§ 2o É facultado ao servidor declinar dos prazos de efetivo exercício. (prazo 3 anos - vide EMC nº 19)
estabelecidos no caput. De acordo com a Constituição Federal, art. 41, são estáveis
após 3 (três) anos de efetivo exercício os servidores nomeados
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos
respectivos cargos, respeitada a duração máxima do Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em
trabalho semanal de 40 (quarenta) horas e observados virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de
os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas processo administrativo disciplinar no qual lhe seja
diárias, respectivamente. assegurada ampla defesa.
§ 1o O ocupante de cargo em comissão ou função Além das hipóteses previstas acima, há outras na Constituição
de confiança submete-se a regime de integral Federal que podemos mencionar:
dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, - insuficiência de desempenho, verificada mediante avaliação
podendo ser convocado sempre que houver interesse da periódica, na forma de lei complementar, assegurada ampla
Administração. defesa.
- excesso de despesa com pessoal, nos termos do art. 169,
§ 2o O disposto neste artigo não se aplica a duração
§4º.1
de trabalho estabelecida em leis especiais.

Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado Seção VI


para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio Da Transferência
probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, Art. 23. (Revogado)

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direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou,
Seção VII ainda, posto em disponibilidade.
Da Readaptação
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor Seção X
em cargo de atribuições e responsabilidades Da Recondução
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua Art. 29. Recondução é o retorno do servidor
capacidade física ou mental verificada em inspeção estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá
médica. de:
§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro
readaptando será aposentado. cargo;
§ 2o A readaptação será efetivada em cargo de II - reintegração do anterior ocupante.
atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de
escolaridade e equivalência de vencimentos e, na origem, o servidor será aproveitado em outro, observado
hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor o disposto no art. 30.
exercerá suas atribuições como excedente, até a STF / STJ: O servidor estável também poderá ser reconduzido
ocorrência de vaga. caso desista do estágio probatório.

Seção VIII Seção XI


Da Reversão Da Disponibilidade e do Aproveitamento
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de Art. 30. O retorno à atividade de servidor em
servidor aposentado: disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos
insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou (reversão compatíveis com o anteriormente ocupado.
compulsória)
II - no interesse da administração, desde Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil
que: (reversão a pedido) determinará o imediato aproveitamento de servidor em
a) tenha solicitado a reversão; disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; entidades da Administração Pública Federal.
c) estável quando na atividade; Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3o do art.
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos 5 (cinco) anos 37, o servidor posto em disponibilidade poderá ser
anteriores à solicitação; mantido sob responsabilidade do órgão central do
e) haja cargo vago. Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal -
§ 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no SIPEC, até o seu adequado aproveitamento em outro
cargo resultante de sua transformação. órgão ou entidade.
§ 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício
será considerado para concessão da aposentadoria. Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e
§ 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em
cargo, o servidor exercerá suas atribuições como exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por
excedente, até a ocorrência de vaga. junta médica oficial.
§ 4o O servidor que retornar à atividade por
interesse da administração perceberá, em substituição Capítulo II
aos proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo Da Vacância
que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:
natureza pessoal que percebia anteriormente à I - exoneração;
aposentadoria. II - demissão; (Caráter punitivo)
§ 5o O servidor de que trata o inciso II somente terá III - promoção; (Vacância e Provimento)
os proventos calculados com base nas regras atuais se IV - (Revogado)
permanecer pelo menos cinco anos no cargo. V - (Revogado)
§ 6o O Poder Executivo regulamentará o disposto VI - readaptação; (Vacância e Provimento)
neste artigo. VII - aposentadoria;
VIII - posse em outro cargo inacumulável; (Vacância e
Art. 26. (Revogado) Provimento)
IX - falecimento. (Fato administrativo)
Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já
tiver completado 70 (setenta) anos de idade. Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a
pedido do servidor, ou de ofício.
Seção IX Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:
Da Reintegração I - quando não satisfeitas as condições do estágio
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do probatório;
servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no II - quando, tendo tomado posse, o servidor não
cargo resultante de sua transformação, quando entrar em exercício no prazo estabelecido.
invalidada a sua demissão por decisão administrativa
ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a
§ 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o dispensa de função de confiança dar-se-á:
servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto I - a juízo da autoridade competente; (Exoneração ad
nos arts. 30 e 31. nutum)
§ 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual II - a pedido do próprio servidor.
ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem Parágrafo único – (Revogado)

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§ 1o A redistribuição ocorrerá ex officio para
Lei nº 8.112 / 1990 ajustamento de lotação e da força de trabalho às
necessidades dos serviços, inclusive nos casos de
Regime Jurídico dos Servidores reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade.
Públicos Civis da União, das § 2o A redistribuição de cargos efetivos vagos se
Autarquias e das Fundações dará mediante ato conjunto entre o órgão central do
SIPEC e os órgãos e entidades da Administração Pública
Públicas Federais Federal envolvidos.
§ 3o Nos casos de reorganização ou extinção de
órgão ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua
Capítulo III desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável
Da Remoção e da Redistribuição que não for redistribuído será colocado em
Seção I disponibilidade, até seu aproveitamento na forma dos arts.
Da Remoção 30 e 31.
Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, § 4o O servidor que não for redistribuído ou colocado
a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com em disponibilidade poderá ser mantido sob
ou sem mudança de sede. responsabilidade do órgão central do SIPEC, e ter
A remoção não é forma de provimento. Trata-se do exercício provisório, em outro órgão ou entidade, até seu
deslocamento do servidor para exercer as suas atividades em adequado aproveitamento.
outra unidade do mesmo quadro de pessoal, permanecendo no
mesmo cargo, sem alteração no vínculo funcional. Capítulo IV
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, Da Substituição
entende-se por modalidades de remoção: Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou
I - de ofício, no interesse da Administração; função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo
II - a pedido, a critério da Administração; de Natureza Especial terão substitutos indicados no
III - a pedido, para outra localidade, regimento interno ou, no caso de omissão, previamente
independentemente do interesse da Administração: designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade.
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, § 1o O substituto assumirá automática e
também servidor público civil ou militar, de qualquer dos cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de
Municípios, que foi deslocado no interesse da Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos
Administração; legais ou regulamentares do titular e na vacância do
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração
companheiro ou dependente que viva às suas expensas e de um deles durante o respectivo período.
conste do seu assentamento funcional, condicionada à § 2o O substituto fará jus à retribuição pelo exercício
comprovação por junta médica oficial; do cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de
c) em virtude de processo seletivo promovido, na Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou
hipótese em que o número de interessados for superior ao impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias
número de vagas, de acordo com normas consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva
preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles substituição, que excederem o referido período.
estejam lotados.
Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos
Seção II titulares de unidades administrativas organizadas em nível
Da Redistribuição de assessoria.
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de
cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito Título III
do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade Dos Direitos e Vantagens
do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central Capítulo I
do SIPEC, observados os seguintes preceitos: Do Vencimento e da Remuneração
A redistribuição também não é forma de provimento. Ocorre o Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária
deslocamento do cargo para outro órgão ou entidade, e não o pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.
preenchimento de um cargo preexistente. Cumpre observar, Parágrafo único. (Revogado)
ainda, que a redistribuição somente existe ex officio.
I - interesse da administração; Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo
II - equivalência de vencimentos; efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias
III - manutenção da essência das atribuições do permanentes estabelecidas em lei.
cargo; § 1o A remuneração do servidor investido em função
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e ou cargo em comissão será paga na forma prevista no art.
complexidade das atividades; 62.
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou § 2o O servidor investido em cargo em comissão de
habilitação profissional; órgão ou entidade diversa da de sua lotação receberá a
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e remuneração de acordo com o estabelecido no § 1o do
as finalidades institucionais do órgão ou entidade. art. 93.

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§ 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das reposição será feita imediatamente, em uma única
vantagens de caráter permanente, é irredutível. parcela.
§ 4o É assegurada a isonomia de vencimentos para § 3o Na hipótese de valores recebidos em
cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo decorrência de cumprimento a decisão liminar, a tutela
Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas antecipada ou a sentença que venha a ser revogada ou
as vantagens de caráter individual e as relativas à rescindida, serão eles atualizados até a data da
natureza ou ao local de trabalho. reposição.
§ 5o Nenhum servidor receberá remuneração inferior
ao salário mínimo. Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for
STF: Súmula Vinculante 4 - Salvo nos casos previstos na demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou
Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou para quitar o débito.
de empregado, nem ser substituído por decisão judicial. Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo
STF: Súmula Vinculante 16 - Os arts. 7º, IV, e 39, § 3º (redação previsto implicará sua inscrição em dívida ativa.
da EC 19/1998), da Constituição referem-se ao total da
remuneração percebida pelo servidor público.
STF: Súmula Vinculante 15 - O cálculo de gratificações e outras Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento
vantagens do servidor público não incide sobre o abono utilizado não serão objeto de arresto, sequestro ou penhora,
para se atingir o salário mínimo. exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de
STF: Súmula Vinculante 37 - Não cabe ao poder Judiciário, que decisão judicial.
não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores
públicos sob o fundamento de isonomia. Capítulo II
STF: Súmula 679 - A fixação de vencimentos dos servidores Das Vantagens
públicos não pode ser objeto de convenção coletiva.
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao
servidor as seguintes vantagens:
Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, I - indenizações;
mensalmente, a título de remuneração, importância II - gratificações;
superior à soma dos valores percebidos como III - adicionais.
remuneração, em espécie, a qualquer título, no âmbito § 1o As indenizações não se incorporam ao
dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por vencimento ou provento para qualquer efeito.
membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo § 2o As gratificações e os adicionais incorporam-se
Tribunal Federal. ao vencimento ou provento, nos casos e condições
Parágrafo único. Excluem-se do teto de indicados em lei.
remuneração as vantagens previstas nos incisos II a VII
do art. 61. Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão
computadas, nem acumuladas, para efeito de concessão
Art. 43. (Revogado) de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores,
sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
Art. 44. O servidor perderá:
I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, Ajuda de custo
sem motivo justificado; Diárias
II - a parcela de remuneração diária, proporcional Indenizações
Indenização de transporte
aos atrasos, ausências justificadas, ressalvadas as Auxílio-moradia
concessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas, Função de confiança
salvo na hipótese de compensação de horário, até o mês Gratificação natalina
subsequente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela Vantagens Adicional de insalubridade
chefia imediata. Gratificações Adicional de serviço
Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes e extraordinário
de caso fortuito ou de força maior poderão ser Adicionais Adicional noturno
compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim Adicional de férias
consideradas como efetivo exercício. Gratificação por encargo de curso
ou concurso
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado
judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração Seção I
ou provento. Das Indenizações
§ 1o (Revogado) (2022) Art. 51. Constituem indenizações ao servidor:
§ 2o (Revogado) (2022) I - ajuda de custo;
II - diárias;
Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, III – transporte;
atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente IV - auxílio-moradia.
comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao
pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas
dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado. nos incisos I a III do art. 51, assim como as condições
§ 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior para a sua concessão, serão estabelecidos em
ao correspondente a 10% (dez por cento) da regulamento.
remuneração, provento ou pensão.
§ 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido Subseção I
no mês anterior ao do processamento da folha, a Da Ajuda de Custo

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Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as Art. 59. O servidor que receber diárias e não se
despesas de instalação do servidor que, no interesse do afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a
serviço, passar a ter exercício em nova sede, com restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.
mudança de domicílio em caráter permanente, vedado Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar
o duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo, no à sede em prazo menor do que o previsto para o seu
caso de o cônjuge ou companheiro que detenha também afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso,
a condição de servidor, vier a ter exercício na mesma no prazo previsto no caput.
sede. (Deslocamento permanente)
§ 1o Correm por conta da administração as Subseção III
despesas de transporte do servidor e de sua família, Da Indenização de Transporte
compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais. Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao
§ 2o À família do servidor que falecer na nova sede servidor que realizar despesas com a utilização de meio
são assegurados ajuda de custo e transporte para a próprio de locomoção para a execução de serviços
localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, externos, por força das atribuições próprias do cargo,
contado do óbito. conforme se dispuser em regulamento.
§ 3o Não será concedida ajuda de custo nas
hipóteses de remoção previstas nos incisos II e III do Subseção IV
parágrafo único do art. 36. Do Auxílio-Moradia
Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no
Art. 54. A ajuda de custo é calculada sobre a ressarcimento das despesas comprovadamente
remuneração do servidor, conforme se dispuser em realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com
regulamento, não podendo exceder a importância meio de hospedagem administrado por empresa
correspondente a 3 (três) meses. hoteleira, no prazo de 1 (um) mês após a comprovação
da despesa pelo servidor.
Art. 55. Não será concedida ajuda de custo ao
servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor
virtude de mandato eletivo. se atendidos os seguintes requisitos:
I - não exista imóvel funcional disponível para uso
Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, pelo servidor;
não sendo servidor da União, for nomeado para cargo em II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe
comissão, com mudança de domicílio. imóvel funcional;
Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não
do art. 93, a ajuda de custo será paga pelo órgão seja ou tenha sido proprietário, promitente comprador,
cessionário, quando cabível. cessionário ou promitente cessionário de imóvel no
Município aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese
Art. 57. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de lote edificado sem averbação de construção, nos doze
de custo quando, injustificadamente, não se apresentar na meses que antecederem a sua nomeação;
nova sede no prazo de 30 (trinta) dias. IV - nenhuma outra pessoa que resida com o
servidor receba auxílio-moradia;
Subseção II V - o servidor tenha se mudado do local de
Das Diárias residência para ocupar cargo em comissão ou função
Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da de confiança do Grupo-Direção e Assessoramento
sede em caráter eventual ou transitório para outro Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial,
ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a de Ministro de Estado ou equivalentes;
passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de VI - o Município no qual assuma o cargo em
despesas extraordinária com pousada, alimentação e comissão ou função de confiança não se enquadre nas
locomoção urbana, conforme dispuser em regulamento. hipóteses do art. 58, § 3o, em relação ao local de
(Deslocamento temporário) residência ou domicílio do servidor;
§ 1o A diária será concedida por dia de afastamento, VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha
sendo devida pela metade quando o deslocamento não residido no Município, nos últimos doze meses, aonde for
exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, exercer o cargo em comissão ou função de confiança,
por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro
por diárias. desse período; e
§ 2o Nos casos em que o deslocamento da sede VIII - o deslocamento não tenha sido por força de
constituir exigência permanente do cargo, o servidor não alteração de lotação ou nomeação para cargo efetivo.
fará jus a diárias. IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho
§ 3o Também não fará jus a diárias o servidor que de 2006.
se deslocar dentro da mesma região metropolitana, Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será
aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando
municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em outro cargo em comissão relacionado no inciso V.
áreas de controle integrado mantidas com países
limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, Art. 60-C. (Revogado)
entidades e servidores brasileiros considera-se estendida,
salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses em que Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é
as diárias pagas serão sempre as fixadas para os limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo
afastamentos dentro do território nacional. em comissão, função comissionada ou cargo de Ministro
de Estado ocupado.

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§ 1o O valor do auxílio-moradia não poderá superar II - imigrante: pessoa nacional de outro país ou
25% (vinte e cinco por cento) da remuneração de Ministro apátrida que trabalha ou reside e se estabelece
de Estado. temporária ou definitivamente no Brasil;
§ 2o Independentemente do valor do cargo em III - emigrante: brasileiro que se estabelece
comissão ou função comissionada, fica garantido a todos temporária ou definitivamente no exterior;
os que preencherem os requisitos o ressarcimento até o IV - residente fronteiriço: pessoa nacional de
valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais). país limítrofe ou apátrida que conserva a sua residência
§ 3o (MP nº 805, de 2017 - Vigência encerrada) habitual em município fronteiriço de país vizinho;
§ 4o (MP nº 805, de 2017 - Vigência encerrada) V - visitante: pessoa nacional de outro país ou
apátrida que vem ao Brasil para estadas de curta
Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, duração, sem pretensão de se estabelecer temporária ou
colocação de imóvel funcional à disposição do servidor ou definitivamente no território nacional;
aquisição de imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo VI - apátrida: pessoa que não seja considerada
pago por um mês. como nacional por nenhum Estado, segundo a sua
legislação, nos termos da Convenção sobre o Estatuto
dos Apátridas, de 1954, promulgada pelo Decreto nº
4.246, de 22 de maio de 2002 , ou assim reconhecida
pelo Estado brasileiro.
§ 2º (VETADO).
A Lei de Migração substituiu o Estatuto do Estrangeiro.

Art. 2º Esta Lei não prejudica a aplicação de


normas internas e internacionais específicas sobre
refugiados, asilados, agentes e pessoal diplomático ou
_____________________________________
01
consular, funcionários de organização internacional e
_____________________________________
02
seus familiares.

_____________________________________
03 Seção II
Dos Princípios e das Garantias
_____________________________________
04 Art. 3º A política migratória brasileira rege-se pelos
seguintes princípios e diretrizes:
_____________________________________
05 I - universalidade, indivisibilidade e
interdependência dos direitos humanos;
_____________________________________
06
II - repúdio e prevenção à xenofobia, ao racismo e
a quaisquer formas de discriminação;
_____________________________________
07
III - não criminalização da migração;
_____________________________________
08
IV - não discriminação em razão dos critérios ou
dos procedimentos pelos quais a pessoa foi admitida em
_____________________________________
09 território nacional;
V - promoção de entrada regular e de
_____________________________________
10 regularização documental;
VI - acolhida humanitária;
_____________________________________
11 VII - desenvolvimento econômico, turístico, social,
cultural, esportivo, científico e tecnológico do Brasil;
_____________________________________
12
VIII - garantia do direito à reunião familiar;
IX - igualdade de tratamento e de oportunidade ao
_____________________________________
13
migrante e a seus familiares;
_____________________________________
14
X - inclusão social, laboral e produtiva do migrante
por meio de políticas públicas;
_____________________________________
15 XI - acesso igualitário e livre do migrante a
serviços, programas e benefícios sociais, bens públicos,
educação, assistência jurídica integral pública, trabalho,
moradia, serviço bancário e seguridade social;
Lei nº 13.445 / 2017 XII - promoção e difusão de direitos, liberdades,
garantias e obrigações do migrante;
Lei de Migração XIII - diálogo social na formulação, na execução e
na avaliação de políticas migratórias e promoção da
participação cidadã do migrante;
CAPÍTULO I XIV - fortalecimento da integração econômica,
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES política, social e cultural dos povos da América Latina,
Seção I mediante constituição de espaços de cidadania e de livre
Disposições Gerais circulação de pessoas;
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os direitos e os XV - cooperação internacional com Estados de
deveres do migrante e do visitante, regula a sua entrada origem, de trânsito e de destino de movimentos
e estada no País e estabelece princípios e diretrizes para migratórios, a fim de garantir efetiva proteção aos direitos
as políticas públicas para o emigrante. humanos do migrante;
§ 1º Para os fins desta Lei, considera-se: XVI - integração e desenvolvimento das regiões de
I - (VETADO); fronteira e articulação de políticas públicas regionais

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Samara Aparecida, [email protected]
capazes de garantir efetividade aos direitos do residente prorrogação de estada ou de transformação de visto em
fronteiriço; autorização de residência; e
XVII - proteção integral e atenção ao superior XVI - direito do imigrante de ser informado sobre
interesse da criança e do adolescente migrante; as garantias que lhe são asseguradas para fins de
XVIII - observância ao disposto em tratado; regularização migratória.
XIX - proteção ao brasileiro no exterior; § 1º Os direitos e as garantias previstos nesta Lei
XX - migração e desenvolvimento humano no local serão exercidos em observância ao disposto na
de origem, como direitos inalienáveis de todas as Constituição Federal, independentemente da situação
pessoas; migratória, observado o disposto no § 4º deste artigo, e
XXI - promoção do reconhecimento acadêmico e não excluem outros decorrentes de tratado de que o
do exercício profissional no Brasil, nos termos da lei; e Brasil seja parte.
XXII - repúdio a práticas de expulsão ou de § 2º (VETADO).
deportação coletivas. § 3º (VETADO).
§ 4º (VETADO).
Art. 4º Ao migrante é garantida no território
nacional, em condição de igualdade com os nacionais,
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade,
à segurança e à propriedade, bem como são
assegurados:
I - direitos e liberdades civis, sociais, culturais e
econômicos;
II - direito à liberdade de circulação em território
nacional;
III - direito à reunião familiar do migrante com seu
cônjuge ou companheiro e seus filhos, familiares e
dependentes;
IV - medidas de proteção a vítimas e testemunhas
01_____________________________________
de crimes e de violações de direitos; 02_____________________________________
V - direito de transferir recursos decorrentes de
sua renda e economias pessoais a outro país, observada 03_____________________________________
a legislação aplicável;
VI - direito de reunião para fins pacíficos; 04_____________________________________
VII - direito de associação, inclusive sindical, para
fins lícitos; 05_____________________________________
VIII - acesso a serviços públicos de saúde e de
assistência social e à previdência social, nos termos da 06_____________________________________
lei, sem discriminação em razão da nacionalidade e da
condição migratória;
07_____________________________________
IX - amplo acesso à justiça e à assistência jurídica 08_____________________________________
integral gratuita aos que comprovarem insuficiência de
recursos; 09_____________________________________
X - direito à educação pública, vedada a
discriminação em razão da nacionalidade e da condição 10_____________________________________
migratória;
XI - garantia de cumprimento de obrigações legais 11_____________________________________
e contratuais trabalhistas e de aplicação das normas de
proteção ao trabalhador, sem discriminação em razão da 12_____________________________________
nacionalidade e da condição migratória;
XII - isenção das taxas de que trata esta Lei,
13_____________________________________
mediante declaração de hipossuficiência econômica, na 14_____________________________________
forma de regulamento;
XIII - direito de acesso à informação e garantia de 15_____________________________________
confidencialidade quanto aos dados pessoais do
migrante, nos termos da Lei nº 12.527, de 18 de
novembro de 2011 ;
XIV - direito a abertura de conta bancária;
XV - direito de sair, de permanecer e de
reingressar em território nacional, mesmo enquanto
pendente pedido de autorização de residência, de

86
Samara Aparecida, [email protected]
Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20
Lei nº 8.112 / 1990 (vinte) do mês de dezembro de cada ano.
Parágrafo único. (Vetado)
Regime Jurídico dos Servidores
Públicos Civis da União, das Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua
Autarquias e das Fundações gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de
exercício, calculada sobre a remuneração do mês da
Públicas Federais exoneração.

Art. 66. A gratificação natalina não será considerada


Seção II para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
Das Gratificações e Adicionais
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens Subseção III
previstas nesta Lei, serão deferidos aos servidores as Do Adicional por Tempo de Serviço
seguintes retribuições, gratificações e adicionais: (Rol Art. 67. (Revogado)
não taxativo)
I - retribuição pelo exercício de função de direção, Subseção IV
chefia e assessoramento; Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou
II - gratificação natalina; Atividades Penosas
III – (Revogado) Art. 68. Os servidores que trabalhem com
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, habitualidade em locais insalubres ou em contato
perigosas ou penosas; permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou
V - adicional pela prestação de serviço com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o
extraordinário; vencimento do cargo efetivo.
VI - adicional noturno; § 1o O servidor que fizer jus aos adicionais de
VII - adicional de férias; insalubridade e de periculosidade deverá optar por um
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do deles. (Não cumulativos)
trabalho. § 2o O direito ao adicional de insalubridade ou
IX - gratificação por encargo de curso ou concurso. periculosidade cessa com a eliminação das condições
ou dos riscos que deram causa a sua concessão.
Subseção I
Da Retribuição pelo Exercício de Função de Direção, Art. 69. Haverá permanente controle da atividade de
Chefia e Assessoramento servidores em operações ou locais considerados
Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo penosos, insalubres ou perigosos.
investido em função de direção, chefia ou Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante
assessoramento, cargo de provimento em comissão será afastada, enquanto durar a gestação e a lactação,
ou de Natureza Especial é devida retribuição pelo seu das operações e locais previstos neste artigo, exercendo
exercício. suas atividades em local salubre e em serviço não penoso
Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a e não perigoso.
remuneração dos cargos em comissão de que trata o
inciso II do art. 9o. Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades
penosas, de insalubridade e de periculosidade, serão
Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal observadas as situações estabelecidas em legislação
Nominalmente Identificada - VPNI a incorporação da específica.
retribuição pelo exercício de função de direção, chefia ou
assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido
Natureza Especial a que se referem os arts. 3o e 10 da Lei aos servidores em exercício em zonas de fronteira ou em
no 8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3 o da Lei localidades cujas condições de vida o justifiquem, nos
no 9.624, de 2 de abril de 1998. termos, condições e limites fixados em regulamento.
Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput deste
artigo somente estará sujeita às revisões gerais de Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que
remuneração dos servidores públicos federais. operam com Raios X ou substâncias radioativas serão
mantidos sob controle permanente, de modo que as
Subseção II doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível
Da Gratificação Natalina máximo previsto na legislação própria.
Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 Parágrafo único. Os servidores a que se refere este
(um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer artigo serão submetidos a exames médicos a cada 6
jus no mês de dezembro, por mês de exercício no (seis) meses.
respectivo ano.
Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 -- O adicional de insalubridade é devido ao servidor que, em
(quinze) dias será considerada como mês integral. razão de suas funções, está em constante contato com as
substâncias ou elementos que podem, o longo prazo, provocar

87
Samara Aparecida, [email protected]
deterioração de sua saúde, a exemplo do servidor que trabalha I - o valor da gratificação será calculado em horas,
com raios X. observadas a natureza e a complexidade da atividade
-- O adicional de periculosidade é pago ao servidor que coloca exercida;
em risco sua integridade física em razão do exercício de suas
II - a retribuição não poderá ser superior ao
funções, tal como o agente que trabalha em redes de alta tensão
-- O adicional penosidade está relacionado à localidade em que equivalente a 120 (cento e vinte) horas de trabalho
o servidor é lotado. anuais, ressalvada situação de excepcionalidade,
devidamente justificada e previamente aprovada pela
Direito Administrativo Descomplicado, Marcelo Alexandrino e Vivente Paulo
autoridade máxima do órgão ou entidade, que poderá
autorizar o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de
Subseção V trabalho anuais;
Do Adicional por Serviço Extraordinário III - o valor máximo da hora trabalhada
Art. 73. O serviço extraordinário será remunerado corresponderá aos seguintes percentuais, incidentes
com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) em relação sobre o maior vencimento básico da administração
à hora normal de trabalho. pública federal:
a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em
Art. 74. Somente será permitido serviço se tratando de atividades previstas nos incisos I e II do
extraordinário para atender a situações excepcionais e caput deste artigo;
temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se
horas por jornada. tratando de atividade prevista nos incisos III e IV do caput
deste artigo.
Subseção VI § 2o A Gratificação por Encargo de Curso ou
Do Adicional Noturno Concurso somente será paga se as atividades referidas
Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário nos incisos do caput deste artigo forem exercidas sem
compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 prejuízo das atribuições do cargo de que o servidor for
(cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido titular, devendo ser objeto de compensação de carga
de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada horária quando desempenhadas durante a jornada de
hora como cinquenta e dois minutos e trinta segundos. trabalho, na forma do § 4o do art. 98 desta Lei.
Parágrafo único. Em se tratando de serviço § 3o A Gratificação por Encargo de Curso ou
extraordinário, o acréscimo de que trata este artigo Concurso não se incorpora ao vencimento ou salário do
incidirá sobre a remuneração prevista no art. 73. servidor para qualquer efeito e não poderá ser utilizada
como base de cálculo para quaisquer outras vantagens,
Subseção VII inclusive para fins de cálculo dos proventos da
Do Adicional de Férias aposentadoria e das pensões.
Art. 76. Independentemente de solicitação, será
pago ao servidor, por ocasião das férias, um adicional Capítulo III
correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do Das Férias
período das férias. Art. 77. O servidor fará jus a 30 (trinta) dias de
Parágrafo único. No caso de o servidor exercer férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois
função de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas
cargo em comissão, a respectiva vantagem será as hipóteses em que haja legislação específica.
considerada no cálculo do adicional de que trata este § 1o Para o primeiro período aquisitivo de férias
artigo. serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
§ 2o É vedado levar à conta de férias qualquer falta
Subseção VIII ao serviço.
Da Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso § 3o As férias poderão ser parceladas em até três
Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no
Concurso é devida ao servidor que, em caráter eventual: interesse da administração pública.
I - atuar como instrutor em curso de formação, de
desenvolvimento ou de treinamento regularmente Art. 78. O pagamento da remuneração das férias
instituído no âmbito da administração pública federal; será efetuado até 2 (dois) dias antes do início do
II - participar de banca examinadora ou de respectivo período, observando-se o disposto no
comissão para exames orais, para análise curricular, para § 1o deste artigo.
correção de provas discursivas, para elaboração de § 1° e § 2° (Revogado)
questões de provas ou para julgamento de recursos § 3o O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em
intentados por candidatos; comissão, perceberá indenização relativa ao período das
III - participar da logística de preparação e de férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de
realização de concurso público envolvendo atividades um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração
de planejamento, coordenação, supervisão, execução e superior a quatorze dias.
avaliação de resultado, quando tais atividades não § 4o A indenização será calculada com base na
estiverem incluídas entre as suas atribuições remuneração do mês em que for publicado o ato
permanentes; exoneratório.
IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar § 5o Em caso de parcelamento, o servidor receberá
provas de exame vestibular ou de concurso público ou o valor adicional previsto no inciso XVII do art. 7 o da
supervisionar essas atividades. Constituição Federal quando da utilização do primeiro
§ 1o Os critérios de concessão e os limites da período.
gratificação de que trata este artigo serão fixados em
regulamento, observados os seguintes parâmetros: Art. 79. O servidor que opera direta e
permanentemente com Raios X ou substâncias

88
Samara Aparecida, [email protected]
radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, ultrapassar os limites estabelecidos nos incisos I e II do §
por semestre de atividade profissional, proibida em 2 o.
qualquer hipótese a acumulação.
Parágrafo único. (Revogado) Seção III
Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge
Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor
por motivo de calamidade pública, comoção interna, para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi
convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por deslocado para outro ponto do território nacional, para o
necessidade do serviço declarada pela autoridade exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos
máxima do órgão ou entidade. Poderes Executivo e Legislativo.
Parágrafo único. O restante do período interrompido § 1o A licença será por prazo indeterminado e sem
será gozado de uma só vez, observado o disposto no art. remuneração.
77. § 2o No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou
companheiro também seja servidor público, civil ou militar,
Capítulo IV de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Das Licenças Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver exercício
Seção I provisório em órgão ou entidade da Administração
Disposições Gerais Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que para
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença: o exercício de atividade compatível com o seu cargo.
I - por motivo de doença em pessoa da família;
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou Seção IV
companheiro; Da Licença para o Serviço Militar
III - para o serviço militar; Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar
IV - para atividade política; será concedida licença, na forma e condições previstas na
V - para capacitação; legislação específica.
VI - para tratar de interesses particulares; Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o
VII - para desempenho de mandato classista. servidor terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para
§ 1o A licença prevista no inciso I do caput deste reassumir o exercício do cargo.
artigo bem como cada uma de suas prorrogações serão
precedidas de exame por perícia médica oficial, Seção V
observado o disposto no art. 204 desta Lei. Da Licença para Atividade Política
§ 2o (Revogado) Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem
§ 3o É vedado o exercício de atividade remunerada remuneração, durante o período que mediar entre a sua
durante o período da licença prevista no inciso I deste escolha em convenção partidária, como candidato a cargo
artigo. eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura
perante a Justiça Eleitoral.
Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) § 1o O servidor candidato a cargo eletivo na
dias do término de outra da mesma espécie será localidade onde desempenha suas funções e que exerça
considerada como prorrogação. cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação
ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia
Seção II imediato ao do registro de sua candidatura perante a
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito.
Família § 2o A partir do registro da candidatura e até o
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à
por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo,
pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, somente pelo período de 3 (três) meses.
ou dependente que viva a suas expensas e conste do
seu assentamento funcional, mediante comprovação por Seção VI
perícia médica oficial. Da Licença para Capacitação
§ 1o A licença somente será deferida se a Art. 87. Após cada quinquênio de efetivo exercício,
assistência direta do servidor for indispensável e não o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-
puder ser prestada simultaneamente com o exercício do se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva
cargo ou mediante compensação de horário, na forma do remuneração, por até 3 (três) meses, para participar de
disposto no inciso II do art. 44. curso de capacitação profissional.
§ 2o A licença de que trata o caput, incluídas as Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata
prorrogações, poderá ser concedida a cada período de o caput não são acumuláveis.
12 (doze) meses nas seguintes condições:
I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou Art. 88. (Revogado)
não, mantida a remuneração do servidor; e Art. 89. (Revogado)
II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, Art. 90. (Vetado)
sem remuneração.
§ 3o O início do interstício de 12 (doze) meses Seção VII
será contado a partir da data do deferimento da primeira Da Licença para Tratar de Interesses Particulares
licença concedida. Art. 91. A critério da Administração, poderão ser
§ 4o A soma das licenças remuneradas e das concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde
licenças não remuneradas, incluídas as respectivas que não esteja em estágio probatório, licenças para o
prorrogações, concedidas em um mesmo período de 12 trato de assuntos particulares pelo prazo de até 3 (três)
(doze) meses, observado o disposto no § 3o, não poderá anos consecutivos, sem remuneração.

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Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, folha de pagamento de pessoal, independem das
a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do disposições contidas nos incisos I e II e §§ 1º e 2º deste
serviço. artigo, ficando o exercício do empregado cedido
condicionado a autorização específica do Ministério do
Seção VIII Planejamento, Orçamento e Gestão, exceto nos casos de
Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista ocupação de cargo em comissão ou função gratificada.
Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença § 7° O Ministério do Planejamento, Orçamento e
sem remuneração para o desempenho de mandato em Gestão, com a finalidade de promover a composição da
confederação, federação, associação de classe de âmbito força de trabalho dos órgãos e entidades da
nacional, sindicato representativo da categoria ou Administração Pública Federal, poderá determinar a
entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para lotação ou o exercício de empregado ou servidor,
participar de gerência ou administração em sociedade independentemente da observância do constante no
cooperativa constituída por servidores públicos para inciso I e nos §§ 1º e 2º deste artigo.
prestar serviços a seus membros, observado o disposto
na alínea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme Seção II
disposto em regulamento e observados os seguintes Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo
limites: Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo
I - para entidades com até 5.000 (cinco mil) aplicam-se as seguintes disposições:
associados, 2 (dois) servidores; I - tratando-se de mandato federal, estadual ou
II - para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a distrital, ficará afastado do cargo;
30.000 (trinta mil) associados, 4 (quatro) servidores; II - investido no mandato de Prefeito, será afastado
III - para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua
associados, 8 (oito) servidores. remuneração;
§ 1o Somente poderão ser licenciados os III - investido no mandato de vereador:
servidores eleitos para cargos de direção ou de a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as
representação nas referidas entidades, desde que vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do
cadastradas no órgão competente. cargo eletivo;
§ 2o A licença terá duração igual à do mandato, b) não havendo compatibilidade de horário, será
podendo ser renovada, no caso de reeleição. afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua
remuneração.
Capítulo V § 1o No caso de afastamento do cargo, o servidor
Dos Afastamentos contribuirá para a seguridade social como se em exercício
Seção I estivesse.
Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou § 2o O servidor investido em mandato eletivo ou
Entidade classista não poderá ser removido ou redistribuído de
Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter ofício para localidade diversa daquela onde exerce o
exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da mandato.
União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos
Municípios, nas seguintes hipóteses: (Vide Decreto nº 9.144, Seção III
de 2017) Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior
I - para exercício de cargo em comissão ou função Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País
de confiança; para estudo ou missão oficial, sem autorização do
II - em casos previstos em leis específicas. Presidente da República, Presidente dos Órgãos do
§ 1o Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal
órgãos ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou Federal.
dos Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou § 1o A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e
entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos finda a missão ou estudo, somente decorrido igual
demais casos. período, será permitida nova ausência.
§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa § 2o Ao servidor beneficiado pelo disposto neste
pública ou sociedade de economia mista, nos termos das artigo não será concedida exoneração ou licença para
respectivas normas, optar pela remuneração do cargo tratar de interesse particular antes de decorrido período
efetivo ou pela remuneração do cargo efetivo acrescida igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de
de percentual da retribuição do cargo em comissão, a ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.
entidade cessionária efetuará o reembolso das despesas § 3o O disposto neste artigo não se aplica aos
realizadas pelo órgão ou entidade de origem. servidores da carreira diplomática.
§ 3o A cessão far-se-á mediante Portaria publicada § 4o As hipóteses, condições e formas para a
no Diário Oficial da União. autorização de que trata este artigo, inclusive no que se
§ 4o Mediante autorização expressa do Presidente refere à remuneração do servidor, serão disciplinadas em
da República, o servidor do Poder Executivo poderá ter regulamento.
exercício em outro órgão da Administração Federal direta
que não tenha quadro próprio de pessoal, para fim Art. 96. O afastamento de servidor para servir em
determinado e a prazo certo. organismo internacional de que o Brasil participe ou com
§ 5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração.
ou servidor por ela requisitado, as disposições dos §§ 1º e
2º deste artigo. Seção IV
§ 6º As cessões de empregados de empresa pública Do Afastamento para Participação em
ou de sociedade de economia mista, que receba recursos Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu no País
de Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da sua

90
Samara Aparecida, [email protected]
Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da 06_____________________________________
Administração, e desde que a participação não possa
ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou 07_____________________________________
mediante compensação de horário, afastar-se do
exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, 08_____________________________________
para participar em programa de pós-graduação stricto
sensu em instituição de ensino superior no País. 09_____________________________________
§ 1o Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade
definirá, em conformidade com a legislação vigente, os
10_____________________________________
programas de capacitação e os critérios para participação 11_____________________________________
em programas de pós-graduação no País, com ou sem
afastamento do servidor, que serão avaliados por um 12_____________________________________
comitê constituído para este fim.
§ 2o Os afastamentos para realização de 13_____________________________________
programas de mestrado e doutorado somente serão
concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no 14_____________________________________
respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos
para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, 15_____________________________________
incluído o período de estágio probatório, que não tenham
se afastado por licença para tratar de assuntos
particulares para gozo de licença capacitação ou com
fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores à Lei nº 13.445 / 2017
data da solicitação de afastamento. Lei de Migração
§ 3o Os afastamentos para realização de
programas de pós-doutorado somente serão concedidos
aos servidores titulares de cargos efetivo no respectivo CAPÍTULO II
órgão ou entidade há pelo menos quatro anos, incluído o DA SITUAÇÃO DOCUMENTAL DO MIGRANTE E DO
período de estágio probatório, e que não tenham se VISITANTE
afastado por licença para tratar de assuntos particulares Seção I
ou com fundamento neste artigo, nos quatro anos Dos Documentos de Viagem
anteriores à data da solicitação de afastamento. Art. 5º São documentos de viagem:
§ 4o Os servidores beneficiados pelos I - passaporte;
afastamentos previstos nos §§ 1o, 2o e 3o deste artigo II - laissez-passer ;
terão que permanecer no exercício de suas funções III - autorização de retorno;
após o seu retorno por um período igual ao do IV - salvo-conduto;
afastamento concedido. V - carteira de identidade de marítimo;
§ 5o Caso o servidor venha a solicitar exoneração VI - carteira de matrícula consular;
do cargo ou aposentadoria, antes de cumprido o período VII - documento de identidade civil ou documento
de permanência previsto no § 4o deste artigo, deverá estrangeiro equivalente, quando admitidos em tratado;
ressarcir o órgão ou entidade, na forma do art. 47 da Lei VIII - certificado de membro de tripulação de
no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, dos gastos com transporte aéreo; e
seu aperfeiçoamento. IX - outros que vierem a ser reconhecidos pelo
§ 6o Caso o servidor não obtenha o título ou grau Estado brasileiro em regulamento.
que justificou seu afastamento no período previsto, aplica- § 1º Os documentos previstos nos incisos I, II, III,
se o disposto no § 5o deste artigo, salvo na hipótese IV, V, VI e IX, quando emitidos pelo Estado brasileiro, são
comprovada de força maior ou de caso fortuito, a critério de propriedade da União, cabendo a seu titular a posse
do dirigente máximo do órgão ou entidade. direta e o uso regular.
§ 7o Aplica-se à participação em programa de pós- § 2º As condições para a concessão dos
graduação no Exterior, autorizado nos termos do art. 95 documentos de que trata o § 1º serão previstas em
desta Lei, o disposto nos §§ 1o a 6o deste artigo. regulamento.

Seção II
Dos Vistos
Subseção I
Disposições Gerais
Art. 6º O visto é o documento que dá a seu titular
expectativa de ingresso em território nacional.
Parágrafo único. (VETADO).

Art. 7º O visto será concedido por embaixadas,


_____________________________________
01
consulados-gerais, consulados, vice-consulados e,
quando habilitados pelo órgão competente do Poder
_____________________________________
02
Executivo, por escritórios comerciais e de
_____________________________________
03
representação do Brasil no exterior.
Parágrafo único. Excepcionalmente, os vistos
_____________________________________
04 diplomático, oficial e de cortesia poderão ser
concedidos no Brasil.
_____________________________________
05

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Samara Aparecida, [email protected]
Art. 8º Poderão ser cobrados taxas e duração, sem intenção de estabelecer residência, nos
emolumentos consulares pelo processamento do visto. seguintes casos:
I - turismo;
Art. 9º Regulamento disporá sobre: II - negócios;
I - requisitos de concessão de visto, bem como de III - trânsito;
sua simplificação, inclusive por reciprocidade; IV - atividades artísticas ou desportivas; e
II - prazo de validade do visto e sua forma de V - outras hipóteses definidas em regulamento.
contagem; § 1º É vedado ao beneficiário de visto de visita
III - prazo máximo para a primeira entrada e para a exercer atividade remunerada no Brasil.
estada do imigrante e do visitante no País; § 2º O beneficiário de visto de visita poderá
IV - hipóteses e condições de dispensa recíproca receber pagamento do governo, de empregador
ou unilateral de visto e de taxas e emolumentos brasileiro ou de entidade privada a título de diária, ajuda
consulares por seu processamento; e de custo, cachê, pró-labore ou outras despesas com a
V - solicitação e emissão de visto por meio viagem, bem como concorrer a prêmios, inclusive em
eletrônico. dinheiro, em competições desportivas ou em concursos
Parágrafo único. A simplificação e a dispensa artísticos ou culturais.
recíproca de visto ou de cobrança de taxas e § 3º O visto de visita não será exigido em caso
emolumentos consulares por seu processamento poderão de escala ou conexão em território nacional, desde que
ser definidas por comunicação diplomática. o visitante não deixe a área de trânsito internacional.

Art. 10. Não se concederá visto: Subseção IV


I - a quem não preencher os requisitos para o tipo Do Visto Temporário
de visto pleiteado; Art. 14. O visto temporário poderá ser concedido
II - a quem comprovadamente ocultar condição ao imigrante que venha ao Brasil com o intuito de
impeditiva de concessão de visto ou de ingresso no País; estabelecer residência por tempo determinado e que
ou se enquadre em pelo menos uma das seguintes
III - a menor de 18 (dezoito) anos hipóteses:
desacompanhado ou sem autorização de viagem por I - o visto temporário tenha como finalidade:
escrito dos responsáveis legais ou de autoridade a) pesquisa, ensino ou extensão acadêmica;
competente. b) tratamento de saúde;
c) acolhida humanitária;
Art. 11. Poderá ser denegado visto a quem se d) estudo;
enquadrar em pelo menos um dos casos de impedimento e) trabalho;
definidos nos incisos I, II, III, IV e IX do art. 45. f) férias-trabalho;
I - anteriormente expulsa do País, enquanto os efeitos da g) prática de atividade religiosa ou serviço
expulsão vigorarem; voluntário;
II - condenada ou respondendo a processo por ato de terrorismo h) realização de investimento ou de atividade com
ou por crime de genocídio, crime contra a humanidade, crime de relevância econômica, social, científica, tecnológica ou
guerra ou crime de agressão, nos termos definidos pelo Estatuto cultural;
de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 1998, promulgado
pelo Decreto nº 4.388, de 25 de setembro de 2002 ;
i) reunião familiar;
III - condenada ou respondendo a processo em outro país por j) atividades artísticas ou desportivas com contrato
crime doloso passível de extradição segundo a lei brasileira; por prazo determinado;
IV - que tenha o nome incluído em lista de restrições por ordem II - o imigrante seja beneficiário de tratado em
judicial ou por compromisso assumido pelo Brasil perante matéria de vistos;
organismo internacional; III - outras hipóteses definidas em regulamento.
IX - que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos § 1º O visto temporário para pesquisa, ensino ou
dispostos na Constituição Federal. extensão acadêmica poderá ser concedido ao
Parágrafo único. A pessoa que tiver visto brasileiro imigrante com ou sem vínculo empregatício com a
denegado será impedida de ingressar no País enquanto instituição de pesquisa ou de ensino brasileira, exigida, na
permanecerem as condições que ensejaram a hipótese de vínculo, a comprovação de formação superior
denegação. compatível ou equivalente reconhecimento científico.
§ 2º O visto temporário para tratamento de saúde
Subseção II poderá ser concedido ao imigrante e a seu
Dos Tipos de Visto acompanhante, desde que o imigrante comprove possuir
Art. 12. Ao solicitante que pretenda ingressar ou meios de subsistência suficientes.
permanecer em território nacional poderá ser concedido § 3º O visto temporário para acolhida humanitária
visto: poderá ser concedido ao apátrida ou ao nacional de
I - de visita; qualquer país em situação de grave ou iminente
II - temporário; instabilidade institucional, de conflito armado, de
III - diplomático; calamidade de grande proporção, de desastre ambiental
IV - oficial; ou de grave violação de direitos humanos ou de direito
V - de cortesia. internacional humanitário, ou em outras hipóteses, na
forma de regulamento.
Subseção III § 4º O visto temporário para estudo poderá ser
Do Visto de Visita concedido ao imigrante que pretenda vir ao Brasil para
Art. 13. O visto de visita poderá ser concedido ao frequentar curso regular ou realizar estágio ou intercâmbio
visitante que venha ao Brasil para estada de curta de estudo ou de pesquisa.

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Samara Aparecida, [email protected]
§ 5º Observadas as hipóteses previstas em Parágrafo único. O titular de visto diplomático,
regulamento, o visto temporário para trabalho poderá ser oficial ou de cortesia será responsável pela saída de seu
concedido ao imigrante que venha exercer atividade empregado do território nacional.
laboral, com ou sem vínculo empregatício no Brasil, desde
que comprove oferta de trabalho formalizada por pessoa Seção III
jurídica em atividade no País, dispensada esta exigência Do Registro e da Identificação Civil do Imigrante e dos
se o imigrante comprovar titulação em curso de ensino Detentores de Vistos Diplomático, Oficial e de
superior ou equivalente. Cortesia
§ 6º O visto temporário para férias-trabalho poderá Art. 19. O registro consiste na identificação civil por
ser concedido ao imigrante maior de 16 (dezesseis) anos dados biográficos e biométricos, e é obrigatório a todo
que seja nacional de país que conceda idêntico benefício imigrante detentor de visto temporário ou de
ao nacional brasileiro, em termos definidos por autorização de residência.
comunicação diplomática. § 1º O registro gerará número único de
§ 7º Não se exigirá do marítimo que ingressar no identificação que garantirá o pleno exercício dos atos da
Brasil em viagem de longo curso ou em cruzeiros vida civil.
marítimos pela costa brasileira o visto temporário de que § 2º O documento de identidade do imigrante será
trata a alínea “e” do inciso I do caput , bastando a expedido com base no número único de identificação.
apresentação da carteira internacional de marítimo, nos § 3º Enquanto não for expedida identificação civil,
termos de regulamento. o documento comprobatório de que o imigrante a solicitou
§ 8º É reconhecida ao imigrante a quem se tenha à autoridade competente garantirá ao titular o acesso aos
concedido visto temporário para trabalho a possibilidade direitos disciplinados nesta Lei.
de modificação do local de exercício de sua atividade
laboral. Art. 20. A identificação civil de solicitante de
§ 9º O visto para realização de investimento refúgio, de asilo, de reconhecimento de apátrida e de
poderá ser concedido ao imigrante que aporte recursos acolhimento humanitário poderá ser realizada com a
em projeto com potencial para geração de empregos apresentação dos documentos de que o imigrante
ou de renda no País. dispuser.
§ 10. (VETADO).
Art. 21. Os documentos de identidade emitidos até
Subseção V a data de publicação desta Lei continuarão válidos até
Dos Vistos Diplomático, Oficial e de Cortesia sua total substituição.
Art. 15. Os vistos diplomático, oficial e de
cortesia serão concedidos, prorrogados ou dispensados Art. 22. A identificação civil, o documento de
na forma desta Lei e de regulamento. identidade e as formas de gestão da base cadastral dos
Parágrafo único. Os vistos diplomático e oficial detentores de vistos diplomático, oficial e de cortesia
poderão ser transformados em autorização de atenderão a disposições específicas previstas em
residência, o que importará cessação de todas as regulamento.
prerrogativas, privilégios e imunidades decorrentes do
respectivo visto.

Art. 16. Os vistos diplomático e oficial poderão


ser concedidos a autoridades e funcionários
estrangeiros que viajem ao Brasil em missão oficial de
caráter transitório ou permanente, representando Estado
estrangeiro ou organismo internacional reconhecido.
§ 1º Não se aplica ao titular dos vistos referidos
no caput o disposto na legislação trabalhista brasileira. 01_____________________________________
§ 2º Os vistos diplomático e oficial poderão ser
estendidos aos dependentes das autoridades referidas 02_____________________________________
no caput.
03_____________________________________
Art. 17. O titular de visto diplomático ou oficial
somente poderá ser remunerado por Estado 04_____________________________________
estrangeiro ou organismo internacional, ressalvado o
disposto em tratado que contenha cláusula específica 05_____________________________________
sobre o assunto.
06_____________________________________
Parágrafo único. O dependente de titular de visto
diplomático ou oficial poderá exercer atividade 07_____________________________________
remunerada no Brasil, sob o amparo da legislação
trabalhista brasileira, desde que seja nacional de país que 08_____________________________________
assegure reciprocidade de tratamento ao nacional
brasileiro, por comunicação diplomática. 09_____________________________________
Art. 18. O empregado particular titular de visto de 10_____________________________________
cortesia somente poderá exercer atividade
remunerada para o titular de visto diplomático, oficial 11_____________________________________
ou de cortesia ao qual esteja vinculado, sob o amparo da
12_____________________________________
legislação trabalhista brasileira.

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_____________________________________
13

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14

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15

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Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita
Lei nº 8.112 / 1990 em dias, que serão convertidos em anos, considerado o
ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.
Regime Jurídico dos Servidores Parágrafo único. (Revogado)
Públicos Civis da União, das
Autarquias e das Fundações Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas
no art. 97, são considerados como de efetivo exercício
Públicas Federais os afastamentos em virtude de:
I - férias;
II - exercício de cargo em comissão ou equivalente,
Capítulo VI em órgão ou entidade dos Poderes da União, dos
Das Concessões Estados, Municípios e Distrito Federal;
Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor III - exercício de cargo ou função de governo ou
ausentar-se do serviço: administração, em qualquer parte do território nacional,
I - por 1 (um) dia, para doação de sangue; por nomeação do Presidente da República;
II - pelo período comprovadamente necessário para IV - participação em programa de treinamento
alistamento ou recadastramento eleitoral, limitado, em regularmente instituído ou em programa de pós-
qualquer caso, a 2 (dois) dias; graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o
III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de : regulamento;
a) casamento; V - desempenho de mandato eletivo federal,
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, estadual, municipal ou do Distrito Federal, exceto para
madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda promoção por merecimento;
ou tutela e irmãos. VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
VII - missão ou estudo no exterior, quando
Art. 98. Será concedido horário especial ao autorizado o afastamento, conforme dispuser o
servidor estudante, quando comprovada a regulamento;
incompatibilidade entre o horário escolar e o da VIII - licença:
repartição, sem prejuízo do exercício do cargo. a) à gestante, à adotante e à paternidade;
§ 1o Para efeito do disposto neste artigo, será b) para tratamento da própria saúde, até o limite de
exigida a compensação de horário no órgão ou entidade vinte e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de
que tiver exercício, respeitada a duração semanal do serviço público prestado à União, em cargo de provimento
trabalho. efetivo;
§ 2o Também será concedido horário especial ao c) para o desempenho de mandato classista ou
servidor portador de deficiência, quando comprovada a participação de gerência ou administração em sociedade
necessidade por junta médica oficial, independentemente cooperativa constituída por servidores para prestar
de compensação de horário. serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção
§ 3o As disposições constantes do § 2o são por merecimento;
extensivas ao servidor que tenha cônjuge, filho ou d) por motivo de acidente em serviço ou doença
dependente com deficiência. (2016) profissional;
§ 4o Será igualmente concedido horário especial, e) para capacitação, conforme dispuser o
vinculado à compensação de horário a ser efetivada no regulamento;
prazo de até 1 (um) ano, ao servidor que desempenhe f) por convocação para o serviço militar;
atividade prevista nos incisos I e II do caput do art. 76-A IX - deslocamento para a nova sede de que trata o
desta Lei. art. 18;
X - participação em competição desportiva nacional
Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede ou convocação para integrar representação desportiva
no interesse da administração é assegurada, na nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei
localidade da nova residência ou na mais próxima, específica;
matrícula em instituição de ensino congênere, em XI - afastamento para servir em organismo
qualquer época, independentemente de vaga. internacional de que o Brasil participe ou com o qual
Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se coopere.
ao cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do
servidor que vivam na sua companhia, bem como aos Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de
menores sob sua guarda, com autorização judicial. aposentadoria e disponibilidade:
I - o tempo de serviço público prestado aos Estados,
Capítulo VII Municípios e Distrito Federal;
Do Tempo de Serviço II - a licença para tratamento de saúde de pessoal da
Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo família do servidor, com remuneração, que exceder a 30
de serviço público federal, inclusive o prestado às (trinta) dias em período de 12 (doze) meses.
Forças Armadas. III - a licença para atividade política, no caso do art.
86, § 2o;

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Samara Aparecida, [email protected]
IV - o tempo correspondente ao desempenho de II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos,
mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, salvo quando outro prazo for fixado em lei.
anterior ao ingresso no serviço público federal; Parágrafo único. O prazo de prescrição será
V - o tempo de serviço em atividade privada, contado da data da publicação do ato impugnado ou da
vinculada à Previdência Social; data da ciência pelo interessado, quando o ato não for
VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra; publicado.
VII - o tempo de licença para tratamento da própria
saúde que exceder o prazo a que se refere a alínea "b" do Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso,
inciso VIII do art. 102. quando cabíveis, interrompem a prescrição.
§ 1o O tempo em que o servidor esteve aposentado
será contado apenas para nova aposentadoria. Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não
§ 2o Será contado em dobro o tempo de serviço podendo ser relevada pela administração.
prestado às Forças Armadas em operações de guerra.
§ 3o É vedada a contagem cumulativa de tempo de Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é
serviço prestado concomitantemente em mais de um assegurada vista do processo ou documento, na
cargo ou função de órgão ou entidades dos Poderes da repartição, ao servidor ou a procurador por ele
União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, constituído.
fundação pública, sociedade de economia mista e
empresa pública. Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a
qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.
Capítulo VIII
Do Direito de Petição Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos
Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de estabelecidos neste Capítulo, salvo motivo de força maior.
requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou
interesse legítimo.

Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade


competente para decidi-lo e encaminhado por
intermédio daquela a que estiver imediatamente
subordinado o requerente.

Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à


autoridade que houver expedido o ato ou proferido a _____________________________________
01
primeira decisão, não podendo ser renovado.
Parágrafo único. O requerimento e o pedido de _____________________________________
02

reconsideração de que tratam os artigos anteriores


deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e _____________________________________
03

decididos dentro de 30 (trinta) dias.


_____________________________________
04

Art. 107. Caberá recurso:


I - do indeferimento do pedido de reconsideração; _____________________________________
05

II - das decisões sobre os recursos sucessivamente


interpostos.
_____________________________________
06

§ 1o O recurso será dirigido à autoridade _____________________________________


07
imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou
proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala _____________________________________
08

ascendente, às demais autoridades.


§ 2o O recurso será encaminhado por intermédio da _____________________________________
09

autoridade a que estiver imediatamente subordinado o


requerente. _____________________________________
10

Art. 108. O prazo para interposição de pedido de _____________________________________


11

reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a


contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da
_____________________________________
12

decisão recorrida. _____________________________________


13

Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito _____________________________________


14

suspensivo, a juízo da autoridade competente.


Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido _____________________________________
15

de reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão


retroagirão à data do ato impugnado.

Art. 110. O direito de requerer prescreve:


I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e
de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que
afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das
relações de trabalho;

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Samara Aparecida, [email protected]
§ 5º O processo de reconhecimento da condição
Lei nº 13.445 / 2017 de apátrida tem como objetivo verificar se o solicitante é
Lei de Migração considerado nacional pela legislação de algum Estado e
poderá considerar informações, documentos e
declarações prestadas pelo próprio solicitante e por
CAPÍTULO III órgãos e organismos nacionais e internacionais.
DA CONDIÇÃO JURÍDICA DO MIGRANTE E DO § 6º Reconhecida a condição de apátrida, nos
VISITANTE termos do inciso VI do § 1º do art. 1º, o solicitante será
Seção I consultado sobre o desejo de adquirir a nacionalidade
Do Residente Fronteiriço brasileira.
Art. 23. A fim de facilitar a sua livre circulação, § 7º Caso o apátrida opte pela naturalização, a
poderá ser concedida ao residente fronteiriço, mediante decisão sobre o reconhecimento será encaminhada ao
requerimento, autorização para a realização de atos da órgão competente do Poder Executivo para publicação
vida civil. dos atos necessários à efetivação da naturalização no
Parágrafo único. Condições específicas poderão prazo de 30 (trinta) dias, observado o art. 65.
ser estabelecidas em regulamento ou tratado. § 8º O apátrida reconhecido que não opte pela
Fronteiriço é a pessoa nacional residente de país limítrofe a qual naturalização imediata terá a autorização de residência
conserva a sua residência habitual em município fronteiriço de outorgada em caráter definitivo.
país vizinho. § 9º Caberá recurso contra decisão negativa de
reconhecimento da condição de apátrida.
Art. 24. A autorização referida no caput do art. 23 § 10. Subsistindo a denegação do reconhecimento
indicará o Município fronteiriço no qual o residente estará da condição de apátrida, é vedada a devolução do
autorizado a exercer os direitos a ele atribuídos por esta indivíduo para país onde sua vida, integridade pessoal
Lei. ou liberdade estejam em risco.
§ 1º O residente fronteiriço detentor da autorização § 11. Será reconhecido o direito de reunião familiar
gozará das garantias e dos direitos assegurados pelo a partir do reconhecimento da condição de apátrida.
regime geral de migração desta Lei, conforme § 12. Implica perda da proteção conferida por
especificado em regulamento. esta Lei:
§ 2º O espaço geográfico de abrangência e de I - a renúncia;
validade da autorização será especificado no documento II - a prova da falsidade dos fundamentos
de residente fronteiriço. invocados para o reconhecimento da condição de
apátrida; ou
Art. 25. O documento de residente fronteiriço será III - a existência de fatos que, se fossem
cancelado, a qualquer tempo, se o titular: conhecidos por ocasião do reconhecimento, teriam
I - tiver fraudado documento ou utilizado ensejado decisão negativa.
documento falso para obtê-lo;
II - obtiver outra condição migratória; Seção III
III - sofrer condenação penal; ou Do Asilado
IV - exercer direito fora dos limites previstos na Art. 27. O asilo político, que constitui ato
autorização. discricionário do Estado, poderá ser diplomático ou
territorial e será outorgado como instrumento de
Seção II proteção à pessoa.
Da Proteção do Apátrida e da Redução da Apatridia Parágrafo único. Regulamento disporá sobre as
Apátrida é a pessoa que não é considerada como nacional por condições para a concessão e a manutenção de asilo.
nenhum Estado.
Art. 26. Regulamento disporá sobre instituto Art. 28. Não se concederá asilo a quem tenha
protetivo especial do apátrida, consolidado em processo cometido crime de genocídio, crime contra a
simplificado de naturalização. humanidade, crime de guerra ou crime de agressão,
§ 1º O processo de que trata o caput será iniciado nos termos do Estatuto de Roma do Tribunal Penal
tão logo seja reconhecida a situação de apátrida. Internacional, de 1998, promulgado pelo Decreto nº 4.388,
§ 2º Durante a tramitação do processo de de 25 de setembro de 2002 .
reconhecimento da condição de apátrida, incidem todas
as garantias e mecanismos protetivos e de facilitação da Art. 29. A saída do asilado do País sem prévia
inclusão social relativos à Convenção sobre o Estatuto comunicação implica renúncia ao asilo.
dos Apátridas de 1954, promulgada pelo Decreto nº
4.246, de 22 de maio de 2002 , à Convenção relativa ao Seção IV
Estatuto dos Refugiados, promulgada pelo Decreto nº Da Autorização de Residência
50.215, de 28 de janeiro de 1961 , e à Lei nº 9.474, de 22 Art. 30. A residência poderá ser autorizada,
de julho de 1997 . mediante registro, ao imigrante, ao residente
§ 3º Aplicam-se ao apátrida residente todos os fronteiriço ou ao visitante que se enquadre em uma das
direitos atribuídos ao migrante relacionados no art. 4º. seguintes hipóteses:
§ 4º O reconhecimento da condição de apátrida I - a residência tenha como finalidade:
assegura os direitos e garantias previstos na Convenção a) pesquisa, ensino ou extensão acadêmica;
sobre o Estatuto dos Apátridas, de 1954, promulgada b) tratamento de saúde;
pelo Decreto nº 4.246, de 22 de maio de 2002 , bem como c) acolhida humanitária;
outros direitos e garantias reconhecidos pelo Brasil. d) estudo;
e) trabalho;
f) férias-trabalho;

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g) prática de atividade religiosa ou serviço § 3º O requerimento de nova autorização de
voluntário; residência após o vencimento do prazo da autorização
h) realização de investimento ou de atividade com anterior implicará aplicação da sanção prevista no inciso II
relevância econômica, social, científica, tecnológica ou do art. 109.
cultural; Art. 109. Constitui infração, sujeitando o infrator às seguintes
i) reunião familiar; sanções: (...) Sanção: multa por dia de excesso e deportação,
II - a pessoa: caso não saia do País ou não regularize a situação migratória no
a) seja beneficiária de tratado em matéria de prazo fixado;
residência e livre circulação; § 4º O solicitante de refúgio, de asilo ou de
b) seja detentora de oferta de trabalho; proteção ao apátrida fará jus a autorização provisória de
c) já tenha possuído a nacionalidade brasileira e residência até a obtenção de resposta ao seu pedido.
não deseje ou não reúna os requisitos para readquiri-la; § 5º Poderá ser concedida autorização de
d) (VETADO); residência independentemente da situação migratória.
e) seja beneficiária de refúgio, de asilo ou de
proteção ao apátrida; Art. 32. Poderão ser cobradas taxas pela
f) seja menor nacional de outro país ou apátrida, autorização de residência.
desacompanhado ou abandonado, que se encontre nas
fronteiras brasileiras ou em território nacional; Art. 33. Regulamento disporá sobre a perda e o
g) tenha sido vítima de tráfico de pessoas, de cancelamento da autorização de residência em razão de
trabalho escravo ou de violação de direito agravada por fraude ou de ocultação de condição impeditiva de
sua condição migratória; concessão de visto, de ingresso ou de permanência
h) esteja em liberdade provisória ou em no País, observado procedimento administrativo que
cumprimento de pena no Brasil; garanta o contraditório e a ampla defesa.
III - outras hipóteses definidas em regulamento.
§ 1º Não se concederá a autorização de Art. 34. Poderá ser negada autorização de
residência a pessoa condenada criminalmente no residência com fundamento nas hipóteses previstas nos
Brasil ou no exterior por sentença transitada em julgado, incisos I, II, III, IV e IX do art. 45.
desde que a conduta esteja tipificada na legislação penal I - anteriormente expulsa do País, enquanto os efeitos da
brasileira, ressalvados os casos em que: expulsão vigorarem;
I - a conduta caracterize infração de menor II - condenada ou respondendo a processo por ato de terrorismo
potencial ofensivo; ou por crime de genocídio, crime contra a humanidade, crime de
guerra ou crime de agressão, nos termos definidos pelo Estatuto
Infrações de menor potencial ofensivo são as contravenções de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 1998, promulgado
penais e os crimes a que lei comine pena máxima não superior a pelo Decreto nº 4.388, de 25 de setembro de 2002 ;
2 (dois) anos, cumulada ou não com multa (art. 61 da Lei III - condenada ou respondendo a processo em outro país por
9.099/95). crime doloso passível de extradição segundo a lei brasileira;
II - (VETADO); ou IV - que tenha o nome incluído em lista de restrições por ordem
III - a pessoa se enquadre nas hipóteses previstas judicial ou por compromisso assumido pelo Brasil perante
nas alíneas “b”, “c” e “i” do inciso I e na alínea “a” do organismo internacional;
inciso II do caput deste artigo. IX - que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos
dispostos na Constituição Federal.
b) tratamento de saúde;
c) acolhida humanitária;
i) reunião familiar; Art. 35. A posse ou a propriedade de bem no
a) seja beneficiária de tratado em matéria de residência e livre Brasil não confere o direito de obter visto ou autorização
circulação; de residência em território nacional, sem prejuízo do
§ 2º O disposto no § 1º não obsta progressão de disposto sobre visto para realização de investimento.
regime de cumprimento de pena, nos termos da Lei nº
7.210, de 11 de julho de 1984 , ficando a pessoa Art. 36. O visto de visita ou de cortesia poderá ser
autorizada a trabalhar quando assim exigido pelo novo transformado em autorização de residência, mediante
regime de cumprimento de pena. requerimento e registro, desde que satisfeitos os
§ 3º Nos procedimentos conducentes ao requisitos previstos em regulamento.
cancelamento de autorização de residência e no recurso
contra a negativa de concessão de autorização de Seção V
residência devem ser respeitados o contraditório e a Da Reunião Familiar
ampla defesa. Art. 37. O visto ou a autorização de residência
para fins de reunião familiar será concedido ao imigrante:
Art. 31. Os prazos e o procedimento da I - cônjuge ou companheiro, sem discriminação
autorização de residência de que trata o art. 30 serão alguma;
dispostos em regulamento, observado o disposto nesta II - filho de imigrante beneficiário de autorização de
Lei. residência, ou que tenha filho brasileiro ou imigrante
§ 1º Será facilitada a autorização de residência nas beneficiário de autorização de residência;
hipóteses das alíneas “a” e “e” do inciso I do art. 30 desta III - ascendente, descendente até o 2º (segundo
Lei, devendo a deliberação sobre a autorização ocorrer grau) ou irmão de brasileiro ou de imigrante beneficiário
em prazo não superior a 60 (sessenta) dias, a contar de de autorização de residência; ou
sua solicitação. IV - que tenha brasileiro sob sua tutela ou guarda.
a) pesquisa, ensino ou extensão acadêmica; Parágrafo único. (VETADO).
e) trabalho;
§ 2º Nova autorização de residência poderá ser
concedida, nos termos do art. 30, mediante requerimento.

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I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem
Lei nº 8.112 / 1990 prévia autorização do chefe imediato; (Advertência)
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade
Regime Jurídico dos Servidores competente, qualquer documento ou objeto da
Públicos Civis da União, das repartição; (Advertência)
Autarquias e das Fundações III - recusar fé a documentos públicos; (Advertência)
IV - opor resistência injustificada ao andamento de
Públicas Federais documento e processo ou execução de serviço;
(Advertência)
V - promover manifestação de apreço ou desapreço
Título IV no recinto da repartição; (Advertência)
Do Regime Disciplinar VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos
Capítulo I casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que
Dos Deveres seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
(Advertência)
A inobservância dos deveres legais constitui infração funcional e
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de
acarreta para o servidor sanções disciplinares. A Lei 8.112/1990,
todavia, não relaciona uma penalidade específica para o filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a
descumprimento de cada um dos deveres arrolados no art. 116. partido político; (Advertência)
Genericamente, ela estatui, no seu art. 129, que será aplicada a VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou
advertência no caso de “inobservância de dever funcional função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente
previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não até o segundo grau civil; (Advertência)
justifique imposição de penalidade mais grave” IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou
Direito Administrativo Descomplicado, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
Art. 116. São deveres do servidor: (Demissão) + (5 anos de incompatibilidade para nova investidura)
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do X - participar de gerência ou administração de
cargo; sociedade privada, personificada ou não personificada,
II - ser leal às instituições a que servir; exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista,
III - observar as normas legais e regulamentares; cotista ou comanditário; (Demissão)
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a
manifestamente ilegais; repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
V - atender com presteza: previdenciários ou assistenciais de parentes até o
a) ao público em geral, prestando as informações segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; (Demissão) +
(5 anos de incompatibilidade para nova investidura)
requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
XII - receber propina, comissão, presente ou
b) à expedição de certidões requeridas para defesa
vantagem de qualquer espécie, em razão de suas
de direito ou esclarecimento de situações de interesse
atribuições; (Demissão)
pessoal;
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
estado estrangeiro; (Demissão)
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior (Demissão)
ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao Usura significa conceder empréstimos cobrando juros
conhecimento de outra autoridade competente para exorbitantes.
apuração; XV - proceder de forma desidiosa; (Demissão)
VII - zelar pela economia do material e a
Proceder de forma desidiosa é atuar com negligência, preguiça.
conservação do patrimônio público;
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da
IX - manter conduta compatível com a moralidade repartição em serviços ou atividades particulares;
(Demissão)
administrativa; XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas
X - ser assíduo e pontual ao serviço; ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência
XI - tratar com urbanidade as pessoas; e transitórias; (Suspensão)
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam
abuso de poder. incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com
Parágrafo único. A representação de que trata o o horário de trabalho; (Suspensão)
inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais
apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é quando solicitado. (Advertência)
formulada, assegurando-se ao representando ampla Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X
defesa. do caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos:
I - participação nos conselhos de administração e
Capítulo II fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha,
Das Proibições direta ou indiretamente, participação no capital social ou
As proibições são vedações específicas, às quais se aplicam em sociedade cooperativa constituída para prestar
penalidades disciplinares determinadas, diferentemente dos
serviços a seus membros; e
deveres.
Art. 117. Ao servidor é proibido:

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II - gozo de licença para o trato de interesses § 2o Tratando-se de dano causado a terceiros,
particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em
legislação sobre conflito de interesses. ação regressiva.
§ 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos
Capítulo III sucessores e contra eles será executada, até o limite do
Da Acumulação valor da herança recebida.
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na A responsabilidade civil dos agentes públicos é do tipo
Constituição, é vedada a acumulação remunerada de subjetiva, por culpa comum, isto é, eles só respondem pelos
cargos públicos. danos que causarem, por ação o por omissão, se o Estado
§ 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, provar que houve culpa ou dolo (intenção) do servidor. A ação do
empregos e funções em autarquias, fundações públicas, Estado contra o agente público é denominada ação regressiva.
empresas públicas, sociedades de economia mista da Direito Administrativo Descomplicado, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo

União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e ---------------------------------------------------------------------------------------


dos Municípios. Constituição Federal, art. 37, § 6º: As pessoas jurídicas de
direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
§ 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
condicionada à comprovação da compatibilidade de qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
horários. regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
§ 3o Considera-se acumulação proibida a
percepção de vencimento de cargo ou emprego público Art. 123. A responsabilidade penal abrange os
efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa
cargos de que decorram essas remunerações forem qualidade.
acumuláveis na atividade.
Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa
Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no
um cargo em comissão, exceto no caso previsto no desempenho do cargo ou função.
parágrafo único do art. 9o, nem ser remunerado pela
participação em órgão de deliberação coletiva. Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se poderão cumular-se, sendo independentes entre si.
aplica à remuneração devida pela participação em
conselhos de administração e fiscal das empresas Art. 126. A responsabilidade administrativa do
públicas e sociedades de economia mista, suas servidor será afastada no caso de absolvição criminal
subsidiárias e controladas, bem como quaisquer que negue a existência do fato ou sua autoria.
empresas ou entidades em que a União, direta ou STF: Súmula 18 - Pela falta residual, não compreendida na
indiretamente, detenha participação no capital social, absolvição pelo juízo criminal, é admissível a punição
observado o que, a respeito, dispuser legislação administrativa do servidor público.
específica.
Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser
Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, responsabilizado civil, penal ou administrativamente por
que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando dar ciência à autoridade superior ou, quando houver
investido em cargo de provimento em comissão, ficará suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade
afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese competente para apuração de informação concernente à
em que houver compatibilidade de horário e local com o prática de crimes ou improbidade de que tenha
exercício de um deles, declarada pelas autoridades conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de
máximas dos órgãos ou entidades envolvidos. cargo, emprego ou função pública.
Capítulo IV Capítulo V
Das Responsabilidades Das Penalidades
Art. 121. O servidor responde civil, penal e Art. 127. São penalidades disciplinares:
administrativamente pelo exercício irregular de suas I - advertência;
atribuições. II - suspensão;
O servidor público sujeita-se à responsabilidade civil, penal e III - demissão;
administrativa decorrente do exercício do cargo, emprego ou IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
função. Por
outras palavras, ele pode praticar atos ilícitos no âmbito civil,
V - destituição de cargo em comissão;
penal e administrativo. Hoje existe também a responsabilidade VI - destituição de função comissionada.
por atos de improbidade administrativa que, embora Previamente à aplicação de qualquer penalidade devem ser
processada e julgada na área cível, produz efeitos mais amplos sempre, sem exceção, assegurados ao servidor o contraditório
do que estritamente patrimoniais, porque pode levar à suspensão e a ampla defesa (CF, art. 5º, LV).
dos direitos políticos e à perda do cargo, com fundamento no Direito Administrativo Descomplicado, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo
artigo 37, § 4º, da Constituição.
Direito Administrativo, Maria Sylvia Zanella Di Pietro
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato consideradas a natureza e a gravidade da infração
omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte cometida, os danos que dela provierem para o serviço
em prejuízo ao erário ou a terceiros. público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e
§ 1o A indenização de prejuízo dolosamente os antecedentes funcionais.
causado ao erário somente será liquidada na forma Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade
prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem mencionará sempre o fundamento legal e a causa da
a execução do débito pela via judicial. sanção disciplinar.

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III - julgamento.
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, § 1o A indicação da autoria de que trata o inciso I
nos casos de violação de proibição constante do art. 117, dar-se-á pelo nome e matrícula do servidor, e a
incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever materialidade pela descrição dos cargos, empregos ou
funcional previsto em lei, regulamentação ou norma funções públicas em situação de acumulação ilegal, dos
interna, que não justifique imposição de penalidade mais órgãos ou entidades de vinculação, das datas de
grave. ingresso, do horário de trabalho e do correspondente
regime jurídico.
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de § 2o A comissão lavrará, até 3 (três) dias após a
reincidência das faltas punidas com advertência e de publicação do ato que a constituiu, termo de indiciação
violação das demais proibições que não tipifiquem em que serão transcritas as informações de que trata o
infração sujeita a penalidade de demissão, não parágrafo anterior, bem como promoverá a citação
podendo exceder de 90 (noventa) dias. pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de sua
§ 1o Será punido com suspensão de até 15 chefia imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar
(quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar- defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na
se a ser submetido a inspeção médica determinada pela repartição, observado o disposto nos arts. 163 e 164.
autoridade competente, cessando os efeitos da § 3o Apresentada a defesa, a comissão elaborará
penalidade uma vez cumprida a determinação. relatório conclusivo quanto à inocência ou à
§ 2o Quando houver conveniência para o serviço, a responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças
penalidade de suspensão poderá ser convertida em principais dos autos, opinará sobre a licitude da
multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo
vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado legal e remeterá o processo à autoridade instauradora,
a permanecer em serviço. para julgamento.
§ 4o No prazo de 5 (cinco) dias, contados do
Art. 131. As penalidades de advertência e de recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá
suspensão terão seus registros cancelados, após o a sua decisão, aplicando-se, quando for o caso, o
decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, disposto no § 3o do art. 167.
respectivamente, se o servidor não houver, nesse § 5o A opção pelo servidor até o último dia de prazo
período, praticado nova infração disciplinar. para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não converterá automaticamente em pedido de exoneração do
surtirá efeitos retroativos. outro cargo.
§ 6o Caracterizada a acumulação ilegal e provada a
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou
casos: cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação
I - crime contra a administração pública; aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de
II - abandono de cargo; acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou
III - inassiduidade habitual; entidades de vinculação serão comunicados.
IV - improbidade administrativa; § 7o O prazo para a conclusão do processo
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não
repartição; excederá trinta dias, contados da data de publicação do
VI - insubordinação grave em serviço; ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a por até 15 (quinze) dias, quando as circunstâncias o
particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; exigirem.
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; § 8o O procedimento sumário rege-se pelas
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em disposições deste artigo, observando-se, no que lhe for
razão do cargo; aplicável, subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do e V desta Lei.
patrimônio nacional;
XI - corrupção; Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou disponibilidade do inativo que houver praticado, na
funções públicas; atividade, falta punível com a demissão.
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
Art. 135. A destituição de cargo em comissão
Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada
ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a nos casos de infração sujeita às penalidades de
autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, suspensão e de demissão.
por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata
opção no prazo improrrogável de 10 (dez) dias, contados este artigo, a exoneração efetuada nos termos do art. 35
da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará será convertida em destituição de cargo em comissão.
procedimento sumário para a sua apuração e
regularização imediata, cujo processo administrativo Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo
disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases: em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do
I - instauração, com a publicação do ato que art. 132, implica a indisponibilidade dos bens e o
constituir a comissão, a ser composta por dois servidores ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal
estáveis, e simultaneamente indicar a autoria e a cabível.
materialidade da transgressão objeto da apuração; -- improbidade administrativa;
II - instrução sumária, que compreende indiciação, -- aplicação irregular de dinheiros públicos;
defesa e relatório; -- lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;

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-- corrupção I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis
com demissão, cassação de aposentadoria ou
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em disponibilidade e destituição de cargo em comissão;
comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à
cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. advertência.
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço § 1o O prazo de prescrição começa a correr da data
público federal o servidor que for demitido ou destituído em que o fato se tornou conhecido.
do cargo em comissão por infringência do art. 132, § 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal
incisos I, IV, VIII, X e XI. aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também
-- crime contra a administração pública; como crime.
-- improbidade administrativa; § 3o A abertura de sindicância ou a instauração de
-- aplicação irregular de dinheiros públicos; processo disciplinar interrompe a prescrição, até a
-- lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; decisão final proferida por autoridade competente.
-- corrupção § 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo
começará a correr a partir do dia em que cessar a
Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência interrupção.
intencional do servidor ao serviço por mais de 30 (trinta) Cumpre observar que a ação civil de ressarcimento ao erário é
dias consecutivos. imprescritível, de acordo com o §5º do art. 37 da Constituição
Federal.
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a
falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 (sessenta)
dias, interpoladamente, durante o período de 12 (doze)
meses.

Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou


inassiduidade habitual, também será adotado o
procedimento sumário a que se refere o art. 133,
observando-se especialmente que:
I - a indicação da materialidade dar-se-á:
a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação
01_____________________________________
precisa do período de ausência intencional do servidor ao 02_____________________________________
serviço superior a trinta dias;
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação 03_____________________________________
dos dias de falta ao serviço sem causa justificada, por
período igual ou superior a sessenta dias 04_____________________________________
interpoladamente, durante o período de doze meses;
II - após a apresentação da defesa a comissão 05_____________________________________
elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à
responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças 06_____________________________________
principais dos autos, indicará o respectivo dispositivo
legal, opinará, na hipótese de abandono de cargo, sobre a
07_____________________________________
intencionalidade da ausência ao serviço superior a trinta 08_____________________________________
dias e remeterá o processo à autoridade instauradora
para julgamento. 09_____________________________________
Art. 141. As penalidades disciplinares serão 10_____________________________________
aplicadas:
I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes 11_____________________________________
das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais
e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar 12_____________________________________
de demissão e cassação de aposentadoria ou
disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder,
13_____________________________________
órgão, ou entidade; 14_____________________________________
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia
imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso 15_____________________________________
anterior quando se tratar de suspensão superior a 30
(trinta) dias;
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na
forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos Lei nº 13.445 / 2017
casos de advertência ou de suspensão de até 30
(trinta) dias;
Lei de Migração
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação,
quando se tratar de destituição de cargo em comissão.
CAPÍTULO IV
DA ENTRADA E DA SAÍDA DO TERRITÓRIO
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
NACIONAL
Seção I
Da Fiscalização Marítima, Aeroportuária e de Fronteira

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Art. 38. As funções de polícia marítima, Internacional, de 1998, promulgado pelo Decreto nº 4.388,
aeroportuária e de fronteira serão realizadas pela Polícia de 25 de setembro de 2002 ;
Federal nos pontos de entrada e de saída do território III - condenada ou respondendo a processo em
nacional. outro país por crime doloso passível de extradição
Parágrafo único. É dispensável a fiscalização de segundo a lei brasileira;
passageiro, tripulante e estafe de navio em passagem IV - que tenha o nome incluído em lista de
inocente, exceto quando houver necessidade de descida restrições por ordem judicial ou por compromisso
de pessoa a terra ou de subida a bordo do navio. assumido pelo Brasil perante organismo internacional;
V - que apresente documento de viagem que:
Art. 39. O viajante deverá permanecer em área de a) não seja válido para o Brasil;
fiscalização até que seu documento de viagem tenha sido b) esteja com o prazo de validade vencido; ou
verificado, salvo os casos previstos em lei. c) esteja com rasura ou indício de falsificação;
VI - que não apresente documento de viagem ou
Art. 40. Poderá ser autorizada a admissão documento de identidade, quando admitido;
excepcional no País de pessoa que se encontre em uma VII - cuja razão da viagem não seja condizente
das seguintes condições, desde que esteja de posse de com o visto ou com o motivo alegado para a isenção de
documento de viagem válido: visto;
I - não possua visto; VIII - que tenha, comprovadamente, fraudado
II - seja titular de visto emitido com erro ou documentação ou prestado informação falsa por ocasião
omissão; da solicitação de visto; ou
III - tenha perdido a condição de residente por ter IX - que tenha praticado ato contrário aos
permanecido ausente do País na forma especificada em princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal.
regulamento e detenha as condições objetivas para a Parágrafo único. Ninguém será impedido de
concessão de nova autorização de residência; ingressar no País por motivo de raça, religião,
IV - (VETADO); ou nacionalidade, pertinência a grupo social ou opinião
V - seja criança ou adolescente desacompanhado política.
de responsável legal e sem autorização expressa para
viajar desacompanhado, independentemente do CAPÍTULO V
documento de viagem que portar, hipótese em que haverá DAS MEDIDAS DE RETIRADA COMPULSÓRIA
imediato encaminhamento ao Conselho Tutelar ou, em Seção I
caso de necessidade, a instituição indicada pela Disposições Gerais
autoridade competente. Art. 46. A aplicação deste Capítulo observará o
Parágrafo único. Regulamento poderá dispor sobre disposto na Lei nº 9.474, de 22 de julho de 1997 , e nas
outras hipóteses excepcionais de admissão, observados disposições legais, tratados, instrumentos e mecanismos
os princípios e as diretrizes desta Lei. que tratem da proteção aos apátridas ou de outras
situações humanitárias.
Art. 41. A entrada condicional, em território
nacional, de pessoa que não preencha os requisitos de Art. 47. A repatriação, a deportação e a
admissão poderá ser autorizada mediante a expulsão serão feitas para o país de nacionalidade ou de
assinatura, pelo transportador ou por seu agente, de procedência do migrante ou do visitante, ou para outro
termo de compromisso de custear as despesas com a que o aceite, em observância aos tratados dos quais o
permanência e com as providências para a repatriação do Brasil seja parte.
viajante.
Art. 48. Nos casos de deportação ou expulsão, o
Art. 42. O tripulante ou o passageiro que, por chefe da unidade da Polícia Federal poderá representar
motivo de força maior, for obrigado a interromper a perante o juízo federal, respeitados, nos procedimentos
viagem em território nacional poderá ter seu desembarque judiciais, os direitos à ampla defesa e ao devido processo
permitido mediante termo de responsabilidade pelas legal.
despesas decorrentes do transbordo.
Seção II
Art. 43. A autoridade responsável pela fiscalização Da Repatriação
contribuirá para a aplicação de medidas sanitárias em Art. 49. A repatriação consiste em medida
consonância com o Regulamento Sanitário Internacional e administrativa de devolução de pessoa em situação de
com outras disposições pertinentes impedimento ao país de procedência ou de nacionalidade.
§ 1º Será feita imediata comunicação do ato
Seção II fundamentado de repatriação à empresa transportadora e
Do Impedimento de Ingresso à autoridade consular do país de procedência ou de
Art. 44. (VETADO). nacionalidade do migrante ou do visitante, ou a quem o
representa.
Art. 45. Poderá ser impedida de ingressar no § 2º A Defensoria Pública da União será
País, após entrevista individual e mediante ato notificada, preferencialmente por via eletrônica, no caso
fundamentado, a pessoa: do § 4º deste artigo ou quando a repatriação imediata não
I - anteriormente expulsa do País, enquanto os seja possível.
efeitos da expulsão vigorarem; § 3º Condições específicas de repatriação podem
II - condenada ou respondendo a processo por ato ser definidas por regulamento ou tratado, observados os
de terrorismo ou por crime de genocídio, crime contra a princípios e as garantias previstos nesta Lei.
humanidade, crime de guerra ou crime de agressão, nos § 4º Não será aplicada medida de repatriação à
termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal pessoa em situação de refúgio ou de apatridia, de fato ou

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de direito, ao menor de 18 (dezoito) anos I - crime de genocídio, crime contra a humanidade,
desacompanhado ou separado de sua família, exceto nos crime de guerra ou crime de agressão, nos termos
casos em que se demonstrar favorável para a garantia de definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal
seus direitos ou para a reintegração a sua família de Internacional, de 1998, promulgado pelo Decreto nº 4.388,
origem, ou a quem necessite de acolhimento humanitário, de 25 de setembro de 2002 ; ou
nem, em qualquer caso, medida de devolução para país II - crime comum doloso passível de pena privativa
ou região que possa apresentar risco à vida, à integridade de liberdade, consideradas a gravidade e as
pessoal ou à liberdade da pessoa. possibilidades de ressocialização em território nacional.
§ 5º (VETADO). § 2º Caberá à autoridade competente resolver
sobre a expulsão, a duração do impedimento de
Seção III reingresso e a suspensão ou a revogação dos efeitos da
Da Deportação expulsão, observado o disposto nesta Lei.
Art. 50. A deportação é medida decorrente de § 3º O processamento da expulsão em caso de
procedimento administrativo que consiste na retirada crime comum não prejudicará a progressão de regime, o
compulsória de pessoa que se encontre em situação cumprimento da pena, a suspensão condicional do
migratória irregular em território nacional. processo, a comutação da pena ou a concessão de pena
§ 1º A deportação será precedida de notificação alternativa, de indulto coletivo ou individual, de anistia ou
pessoal ao deportando, da qual constem, de quaisquer benefícios concedidos em igualdade de
expressamente, as irregularidades verificadas e prazo condições ao nacional brasileiro.
para a regularização não inferior a 60 (sessenta) dias, § 4º O prazo de vigência da medida de
podendo ser prorrogado, por igual período, por impedimento vinculada aos efeitos da expulsão será
despacho fundamentado e mediante compromisso de a proporcional ao prazo total da pena aplicada e nunca
pessoa manter atualizadas suas informações domiciliares. será superior ao dobro de seu tempo.
§ 2º A notificação prevista no § 1º não impede a
livre circulação em território nacional, devendo o Art. 55. Não se procederá à expulsão quando:
deportando informar seu domicílio e suas atividades. I - a medida configurar extradição inadmitida pela
§ 3º Vencido o prazo do § 1º sem que se regularize legislação brasileira;
a situação migratória, a deportação poderá ser executada. II - o expulsando:
§ 4º A deportação não exclui eventuais direitos a) tiver filho brasileiro que esteja sob sua guarda
adquiridos em relações contratuais ou decorrentes da lei ou dependência econômica ou socioafetiva ou tiver
brasileira. pessoa brasileira sob sua tutela;
§ 5º A saída voluntária de pessoa notificada para b) tiver cônjuge ou companheiro residente no
deixar o País equivale ao cumprimento da notificação de Brasil, sem discriminação alguma, reconhecido judicial ou
deportação para todos os fins. legalmente;
§ 6º O prazo previsto no § 1º poderá ser reduzido c) tiver ingressado no Brasil até os 12 (doze) anos
nos casos que se enquadrem no inciso IX do art. 45. de idade, residindo desde então no País;
IX - que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos d) for pessoa com mais de 70 (setenta) anos que
dispostos na Constituição Federal. resida no País há mais de 10 (dez) anos, considerados a
gravidade e o fundamento da expulsão; ou
Art. 51. Os procedimentos conducentes à e) (VETADO).
deportação devem respeitar o contraditório e a ampla
defesa e a garantia de recurso com efeito suspensivo. Art. 56. Regulamento definirá procedimentos para
§ 1º A Defensoria Pública da União deverá ser apresentação e processamento de pedidos de suspensão
notificada, preferencialmente por meio eletrônico, para e de revogação dos efeitos das medidas de expulsão e de
prestação de assistência ao deportando em todos os impedimento de ingresso e permanência em território
procedimentos administrativos de deportação. nacional.
§ 2º A ausência de manifestação da Defensoria
Pública da União, desde que prévia e devidamente Art. 57. Regulamento disporá sobre condições
notificada, não impedirá a efetivação da medida de especiais de autorização de residência para viabilizar
deportação. medidas de ressocialização a migrante e a visitante em
cumprimento de penas aplicadas ou executadas em
Art. 52. Em se tratando de apátrida, o território nacional.
procedimento de deportação dependerá de prévia
autorização da autoridade competente. Art. 58. No processo de expulsão serão garantidos
o contraditório e a ampla defesa.
Art. 53. Não se procederá à deportação se a § 1º A Defensoria Pública da União será
medida configurar extradição não admitida pela legislação notificada da instauração de processo de expulsão, se
brasileira. não houver defensor constituído.
§ 2º Caberá pedido de reconsideração da decisão
Seção IV sobre a expulsão no prazo de 10 (dez) dias, a contar da
Da Expulsão notificação pessoal do expulsando.
Art. 54. A expulsão consiste em medida
administrativa de retirada compulsória de migrante ou Art. 59. Será considerada regular a situação
visitante do território nacional, conjugada com o migratória do expulsando cujo processo esteja pendente
impedimento de reingresso por prazo determinado. de decisão, nas condições previstas no art. 55.
§ 1º Poderá dar causa à expulsão a condenação
com sentença transitada em julgado relativa à prática Art. 60. A existência de processo de expulsão não
de: impede a saída voluntária do expulsando do País.

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Samara Aparecida, [email protected]
Seção V
Das Vedações
Art. 61. Não se procederá à repatriação, à
deportação ou à expulsão coletivas.
Parágrafo único. Entende-se por repatriação,
deportação ou expulsão coletiva aquela que não
individualiza a situação migratória irregular de cada
pessoa.

Art. 62. Não se procederá à repatriação, à


deportação ou à expulsão de nenhum indivíduo quando
subsistirem razões para acreditar que a medida poderá
colocar em risco a vida ou a integridade pessoal.

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instaurar diretamente o processo disciplinar, se presentes
elementos que caracterizem infração de natureza grave.
Lei nº 8.112 / 1990
Regime Jurídico dos Servidores Capítulo II
Públicos Civis da União, das Do Afastamento Preventivo
Autarquias e das Fundações Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o
servidor não venha a influir na apuração da irregularidade,
Públicas Federais a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá
determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo
prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da
Título V remuneração.
Do Processo Administrativo Disciplinar Parágrafo único. O afastamento poderá ser
Capítulo I prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus
Disposições Gerais efeitos, ainda que não concluído o processo.
Art. 143. A autoridade que tiver ciência de
irregularidade no serviço público é obrigada a Capítulo III
promover a sua apuração imediata, mediante Do Processo Disciplinar
sindicância ou processo administrativo disciplinar, Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento
assegurada ao acusado ampla defesa. destinado a apurar responsabilidade de servidor por
§ 1o (Revogado) infração praticada no exercício de suas atribuições, ou
§ 2o (Revogado) que tenha relação com as atribuições do cargo em que se
§ 3o A apuração de que trata o caput, por solicitação encontre investido.
da autoridade a que se refere, poderá ser promovida
por autoridade de órgão ou entidade diverso daquele Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por
em que tenha ocorrido a irregularidade, mediante comissão composta de 3 (três) servidores estáveis
competência específica para tal finalidade, delegada em designados pela autoridade competente, observado o
caráter permanente ou temporário pelo Presidente da disposto no § 3o do art. 143, que indicará, dentre eles, o
República, pelos presidentes das Casas do Poder seu presidente, que deverá ser ocupante de cargo efetivo
Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador- superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade
Geral da República, no âmbito do respectivo Poder, órgão igual ou superior ao do indiciado.
ou entidade, preservadas as competências para o § 1o A Comissão terá como secretário servidor
julgamento que se seguir à apuração. designado pelo seu presidente, podendo a indicação
recair em um de seus membros.
Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão § 2o Não poderá participar de comissão de
objeto de apuração, desde que contenham a sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou
identificação e o endereço do denunciante e sejam parente do acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta
formuladas por escrito, confirmada a autenticidade. ou colateral, até o 3º (terceiro) grau.
Parágrafo único. Quando o fato narrado não
configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, Art. 150. A Comissão exercerá suas atividades com
a denúncia será arquivada, por falta de objeto. independência e imparcialidade, assegurado o sigilo
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse
Art. 145. Da sindicância poderá resultar: da administração.
I - arquivamento do processo; Parágrafo único. As reuniões e as audiências das
II - aplicação de penalidade de advertência ou comissões terão caráter reservado.
suspensão de até 30 (trinta) dias;
III - instauração de processo disciplinar. Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas
Parágrafo único. O prazo para conclusão da seguintes fases:
sindicância não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser I - instauração, com a publicação do ato que
prorrogado por igual período, a critério da autoridade constituir a comissão;
superior. II - inquérito administrativo, que compreende
instrução, defesa e relatório;
Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor III - julgamento.
ensejar a imposição de penalidade de suspensão por
mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de Art. 152. O prazo para a conclusão do processo
aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de disciplinar não excederá 60 (sessenta) dias, contados da
cargo em comissão, será obrigatória a instauração de data de publicação do ato que constituir a comissão,
processo disciplinar. admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as
A sindicância é um meio mais célere de apurar as circunstâncias o exigirem.
irregularidades praticadas por servidores, sendo utilizada, § 1o Sempre que necessário, a comissão dedicará
sobretudo, para infrações mais leves; Caso se conclua pela tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus membros
existência de infração mais grave, o processo administrativo dispensados do ponto, até a entrega do relatório final.
disciplinar (PAD) deverá ser instaurado. Cumpre observar que a § 2o As reuniões da comissão serão registradas em
sindicância não é uma etapa do PAD, podendo a autoridade atas que deverão detalhar as deliberações adotadas.

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Samara Aparecida, [email protected]
Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a
comissão promoverá o interrogatório do acusado,
STF: O prazo de 60 (sessenta) dias, prorrogáveis por mais 60 observados os procedimentos previstos nos arts. 157 e
(sessenta), não inclui o prazo de 20 (vinte) dias para 158.
julgamento, previsto no art. 167. O prazo total do Processo
Disciplinar será, então, de até 140 dias: 60 + 60 + 20.
§ 1o No caso de mais de um acusado, cada um
deles será ouvido separadamente, e sempre que
divergirem em suas declarações sobre fatos ou
Seção I
circunstâncias, será promovida a acareação entre eles.
Do Inquérito
§ 2o O procurador do acusado poderá assistir ao
Art. 153. O inquérito administrativo obedecerá ao
interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas,
princípio do contraditório, assegurada ao acusado
sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas,
ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos
facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do
admitidos em direito.
presidente da comissão.
Art. 154. Os autos da sindicância integrarão o
Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade
processo disciplinar, como peça informativa da instrução.
mental do acusado, a comissão proporá à autoridade
Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da
competente que ele seja submetido a exame por junta
sindicância concluir que a infração está capitulada como
médica oficial, da qual participe pelo menos um médico
ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia
psiquiatra.
dos autos ao Ministério Público, independentemente da
Parágrafo único. O incidente de sanidade mental
imediata instauração do processo disciplinar.
será processado em auto apartado e apenso ao processo
principal, após a expedição do laudo pericial.
Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão
promoverá a tomada de depoimentos, acareações,
Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será
investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta
formulada a indiciação do servidor, com a especificação
de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e
dos fatos a ele imputados e das respectivas provas.
peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos
§ 1o O indiciado será citado por mandado expedido
fatos.
pelo presidente da comissão para apresentar defesa
escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe
Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de
vista do processo na repartição.
acompanhar o processo pessoalmente ou por
§ 2o Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será
intermédio de procurador, arrolar e reinquirir
comum e de 20 (vinte) dias.
testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular
§ 3o O prazo de defesa poderá ser prorrogado
quesitos, quando se tratar de prova pericial.
pelo dobro, para diligências reputadas indispensáveis.
STF: Súmula Vinculante 5 - A falta de defesa técnica por § 4o No caso de recusa do indiciado em apor o
advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a
Constituição.
ciente na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-
á da data declarada, em termo próprio, pelo membro da
§ 1o O presidente da comissão poderá denegar
comissão que fez a citação, com a assinatura de 2 (duas)
pedidos considerados impertinentes, meramente
testemunhas.
protelatórios, ou de nenhum interesse para o
esclarecimento dos fatos.
Art. 162. O indiciado que mudar de residência fica
§ 2o Será indeferido o pedido de prova pericial,
obrigado a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser
quando a comprovação do fato independer de
encontrado.
conhecimento especial de perito.
Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e
Art. 157. As testemunhas serão intimadas a depor
não sabido, será citado por edital, publicado no Diário
mediante mandado expedido pelo presidente da
Oficial da União e em jornal de grande circulação na
comissão, devendo a segunda via, com o ciente do
localidade do último domicílio conhecido, para apresentar
interessado, ser anexado aos autos.
defesa.
Parágrafo único. Se a testemunha for servidor
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo
público, a expedição do mandado será imediatamente
para defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última
comunicada ao chefe da repartição onde serve, com a
publicação do edital.
indicação do dia e hora marcados para inquirição.
Art. 164. Considerar-se-á revel o indiciado que,
Art. 158. O depoimento será prestado oralmente e
regularmente citado, não apresentar defesa no prazo
reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo
legal.
por escrito.
§ 1o A revelia será declarada, por termo, nos autos
§ 1o As testemunhas serão inquiridas
do processo e devolverá o prazo para a defesa.
separadamente.
§ 2o Para defender o indiciado revel, a autoridade
§ 2o Na hipótese de depoimentos contraditórios ou
instauradora do processo designará um servidor como
que se infirmem, proceder-se-á à acareação entre os
defensor dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo
depoentes.
superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade
Na acareação, as testemunhas cujos depoimentos conflitaram
igual ou superior ao do indiciado.
serão novamente ouvidas, postas frente a frente, cara a cara (daí
“acareação”), para que se procure identificar qual delas diz a
verdade. Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará
relatório minucioso, onde resumirá as peças principais
Direito Administrativo Descomplicado, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo dos autos e mencionará as provas em que se baseou
para formar a sua convicção.

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Samara Aparecida, [email protected]
§ 1o O relatório será sempre conclusivo quanto à desabonadora da conduta do servidor, então, poderá ser
inocência ou à responsabilidade do servidor. realizada pela Administração, como o registro dos fatos nos
§ 2o Reconhecida a responsabilidade do servidor, a assentamentos individuais.
comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar
transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou Art. 171. Quando a infração estiver capitulada como
atenuantes. crime, o processo disciplinar será remetido ao
Ministério Público para instauração da ação penal,
Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da ficando trasladado na repartição.
comissão, será remetido à autoridade que determinou a
sua instauração, para julgamento. Art. 172. O servidor que responder a processo
disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou
Seção II aposentado voluntariamente, após a conclusão do
Do Julgamento processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.
Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata
recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá o parágrafo único, inciso I do art. 34, o ato será convertido
a sua decisão. em demissão, se for o caso.
§ 1o Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada
da autoridade instauradora do processo, este será Art. 173. Serão assegurados transporte e diárias:
encaminhado à autoridade competente, que decidirá em I - ao servidor convocado para prestar depoimento
igual prazo. fora da sede de sua repartição, na condição de
§ 2o Havendo mais de um indiciado e diversidade testemunha, denunciado ou indiciado;
de sanções, o julgamento caberá à autoridade II - aos membros da comissão e ao secretário,
competente para a imposição da pena mais grave. quando obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos
§ 3o Se a penalidade prevista for a demissão ou para a realização de missão essencial ao esclarecimento
cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o dos fatos.
julgamento caberá às autoridades de que trata o inciso I
do art. 141. Seção III
-- Presidente da República Da Revisão do Processo
-- Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto,
Federais a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se
-- Procurador-Geral da República aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de
§ 4o Reconhecida pela comissão a inocência do justificar a inocência do punido ou a inadequação da
servidor, a autoridade instauradora do processo penalidade aplicada.
determinará o seu arquivamento, salvo se § 1o Em caso de falecimento, ausência ou
flagrantemente contrária à prova dos autos. desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família
poderá requerer a revisão do processo.
Art. 168. O julgamento acatará o relatório da § 2o No caso de incapacidade mental do servidor, a
comissão, salvo quando contrário às provas dos autos. revisão será requerida pelo respectivo curador.
Parágrafo único. Quando o relatório da comissão
contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova
poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, cabe ao requerente.
abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade.
Art. 176. A simples alegação de injustiça da
Art. 169. Verificada a ocorrência de vício insanável, penalidade não constitui fundamento para a revisão, que
a autoridade que determinou a instauração do processo requer elementos novos, ainda não apreciados no
ou outra de hierarquia superior declarará a sua nulidade, processo originário.
total ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a
constituição de outra comissão para instauração de Art. 177. O requerimento de revisão do processo
novo processo. será dirigido ao Ministro de Estado ou autoridade
Vício insanável não pode ser convalidado. equivalente, que, se autorizar a revisão, encaminhará o
§ 1o O julgamento fora do prazo legal não implica pedido ao dirigente do órgão ou entidade onde se originou
nulidade do processo. o processo disciplinar.
§ 2o A autoridade julgadora que der causa à Parágrafo único. Deferida a petição, a autoridade
prescrição de que trata o art. 142, § 2o, será competente providenciará a constituição de comissão, na
responsabilizada na forma do Capítulo IV do Título IV. forma do art. 149.
O prazo de julgamento é um prazo impróprio, assim, ainda que
o julgamento não observe o lapso temporal previsto, não haverá Art. 178. A revisão correrá em apenso ao processo
nulidade. Contudo, a autoridade julgadora que der causa à originário.
prescrição será responsabilizada. Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente
pedirá dia e hora para a produção de provas e inquirição
Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrição, a das testemunhas que arrolar.
autoridade julgadora determinará o registro do fato nos
assentamentos individuais do servidor. Art. 179. A comissão revisora terá 60 (sessenta)
STF: O art. 170 da Lei 8.112/1990 é inconstitucional. dias para a conclusão dos trabalhos.
“Reconhecida a prescrição da pretensão punitiva, há
impedimento absoluto de ato decisório condenatório ou de Art. 180. Aplicam-se aos trabalhos da comissão
formação de culpa definitiva por atos imputados ao investigado revisora, no que couber, as normas e procedimentos
no período abrangido pelo PAD”. Nenhuma consequência próprios da comissão do processo disciplinar.

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Samara Aparecida, [email protected]
Seção I
Art. 181. O julgamento caberá à autoridade que Da Opção de Nacionalidade
aplicou a penalidade, nos termos do art. 141. Art. 63. O filho de pai ou de mãe brasileiro nascido
Parágrafo único. O prazo para julgamento será de no exterior e que não tenha sido registrado em repartição
20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, no consular poderá, a qualquer tempo, promover ação de
curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar opção de nacionalidade.
diligências. Parágrafo único. O órgão de registro deve informar
periodicamente à autoridade competente os dados
Art. 182. Julgada procedente a revisão, será relativos à opção de nacionalidade, conforme
declarada sem efeito a penalidade aplicada, regulamento.
restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
em relação à destituição do cargo em comissão, que será Art. 12. São brasileiros:
convertida em exoneração. I - natos: (...)
Parágrafo único. Da revisão do processo não c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe
poderá resultar agravamento de penalidade. brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira
competente ou venham a residir na República Federativa do
Da revisão não pode resultar agravamento da penalidade, isto é, Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a
não se admite a denominada reformatio in pejus. Trata-se de maioridade, pela nacionalidade brasileira;
uma relevante exceção ao princípio da verdade material, por
força do qual a regra geral é a possibilidade da reformatio in
pejus nos processos administrativos. Seção II
Das Condições da Naturalização
Direito Administrativo Descomplicado, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo
Art. 64. A naturalização pode ser:
I - ordinária;
II - extraordinária;
III - especial; ou
IV - provisória.

Art. 65. Será concedida a naturalização ordinária


àquele que preencher as seguintes condições:
I - ter capacidade civil, segundo a lei brasileira;
II - ter residência em território nacional, pelo prazo
_____________________________________
01
mínimo de 4 (quatro) anos;
III - comunicar-se em língua portuguesa,
_____________________________________
02 consideradas as condições do naturalizando; e
IV - não possuir condenação penal ou estiver
_____________________________________
03 reabilitado, nos termos da lei.

_____________________________________
04 Art. 66. O prazo de residência fixado no inciso II
do caput do art. 65 será reduzido para, no mínimo, 1
_____________________________________
05
(um) ano se o naturalizando preencher quaisquer das
seguintes condições:
_____________________________________
06
I - (VETADO);
_____________________________________
07
II - ter filho brasileiro;
III - ter cônjuge ou companheiro brasileiro e não
_____________________________________
08 estar dele separado legalmente ou de fato no momento de
concessão da naturalização;
_____________________________________
09 IV - (VETADO);
V - haver prestado ou poder prestar serviço
_____________________________________
10 relevante ao Brasil; ou
VI - recomendar-se por sua capacidade
_____________________________________
11
profissional, científica ou artística.
Parágrafo único. O preenchimento das condições
_____________________________________
12
previstas nos incisos V e VI do caput será avaliado na
_____________________________________
13
forma disposta em regulamento.

_____________________________________
14 Art. 67. A naturalização extraordinária será
concedida a pessoa de qualquer nacionalidade fixada no
_____________________________________
15 Brasil há mais de 15 (quinze) anos ininterruptos e sem
condenação penal, desde que requeira a nacionalidade
brasileira.

Lei nº 13.445 / 2017 Art. 68. A naturalização especial poderá ser


Lei de Migração concedida ao estrangeiro que se encontre em uma das
seguintes situações:
I - seja cônjuge ou companheiro, há mais de 5
(cinco) anos, de integrante do Serviço Exterior Brasileiro
CAPÍTULO VI
em atividade ou de pessoa a serviço do Estado brasileiro
DA OPÇÃO DE NACIONALIDADE E DA
no exterior; ou
NATURALIZAÇÃO

110
Samara Aparecida, [email protected]
II - seja ou tenha sido empregado em missão Art. 12. (...)
diplomática ou em repartição consular do Brasil por mais § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
de 10 (dez) anos ininterruptos. II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei
estrangeira;
Art. 69. São requisitos para a concessão da b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao
naturalização especial: brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para
I - ter capacidade civil, segundo a lei brasileira; permanência em seu território ou para o exercício de direitos
II - comunicar-se em língua portuguesa, civis;
consideradas as condições do naturalizando; e
III - não possuir condenação penal ou estiver CAPÍTULO VII
reabilitado, nos termos da lei. DO EMIGRANTE
Seção I
Art. 70. A naturalização provisória poderá ser Das Políticas Públicas para os Emigrantes
concedida ao migrante criança ou adolescente que Art. 77. As políticas públicas para os emigrantes
tenha fixado residência em território nacional antes de observarão os seguintes princípios e diretrizes:
completar 10 (dez) anos de idade e deverá ser requerida I - proteção e prestação de assistência consular
por intermédio de seu representante legal. por meio das representações do Brasil no exterior;
Parágrafo único. A naturalização prevista II - promoção de condições de vida digna, por
no caput será convertida em definitiva se o meio, entre outros, da facilitação do registro consular e da
naturalizando expressamente assim o requerer no prazo prestação de serviços consulares relativos às áreas de
de 2 (dois) anos após atingir a maioridade. educação, saúde, trabalho, previdência social e cultura;
III - promoção de estudos e pesquisas sobre os
Art. 71. O pedido de naturalização será emigrantes e as comunidades de brasileiros no exterior, a
apresentado e processado na forma prevista pelo órgão fim de subsidiar a formulação de políticas públicas;
competente do Poder Executivo, sendo cabível recurso IV - atuação diplomática, nos âmbitos bilateral,
em caso de denegação. regional e multilateral, em defesa dos direitos do
§ 1º No curso do processo de naturalização, o emigrante brasileiro, conforme o direito internacional
naturalizando poderá requerer a tradução ou a adaptação V - ação governamental integrada, com a
de seu nome à língua portuguesa. participação de órgãos do governo com atuação nas
§ 2º Será mantido cadastro com o nome traduzido áreas temáticas mencionadas nos incisos I, II, III e IV,
ou adaptado associado ao nome anterior. visando a assistir as comunidades brasileiras no exterior;
e
Art. 72. No prazo de até 1 (um) ano após a VI - esforço permanente de desburocratização,
concessão da naturalização, deverá o naturalizado atualização e modernização do sistema de atendimento,
comparecer perante a Justiça Eleitoral para o devido com o objetivo de aprimorar a assistência ao emigrante.
cadastramento.
Seção II
Seção III Dos Direitos do Emigrante
Dos Efeitos da Naturalização Art. 78. Todo emigrante que decida retornar ao
Art. 73. A naturalização produz efeitos após a Brasil com ânimo de residência poderá introduzir no
publicação no Diário Oficial do ato de naturalização. País, com isenção de direitos de importação e de taxas
aduaneiras, os bens novos ou usados que um viajante,
Art. 74. (VETADO). em compatibilidade com as circunstâncias de sua viagem,
puder destinar para seu uso ou consumo pessoal e
Seção IV profissional, sempre que, por sua quantidade, natureza
Da Perda da Nacionalidade ou variedade, não permitam presumir importação ou
Art. 75. O naturalizado perderá a nacionalidade em exportação com fins comerciais ou industriais.
razão de condenação transitada em julgado por
atividade nociva ao interesse nacional, nos termos Art. 79. Em caso de ameaça à paz social e à
do inciso I do § 4º do art. 12 da Constituição Federal . ordem pública por grave ou iminente instabilidade
Parágrafo único. O risco de geração de situação institucional ou de calamidade de grande proporção na
de apatridia será levado em consideração antes da natureza, deverá ser prestada especial assistência ao
efetivação da perda da nacionalidade. emigrante pelas representações brasileiras no exterior.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Art. 12. (...) Art. 80. O tripulante brasileiro contratado por
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: embarcação ou armadora estrangeira, de cabotagem ou
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em
a longo curso e com sede ou filial no Brasil, que explore
virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
economicamente o mar territorial e a costa brasileira terá
direito a seguro a cargo do contratante, válido para
Seção V todo o período da contratação, conforme o disposto no
Da Reaquisição da Nacionalidade Registro de Embarcações Brasileiras (REB), contra
Art. 76. O brasileiro que, em razão do previsto acidente de trabalho, invalidez total ou parcial e morte,
no inciso II do § 4º do art. 12 da Constituição Federal , sem prejuízo de benefícios de apólice mais favorável
houver perdido a nacionalidade, uma vez cessada a vigente no exterior.
causa, poderá readquiri-la ou ter o ato que declarou a
perda revogado, na forma definida pelo órgão
competente do Poder Executivo.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

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Parágrafo único. Os benefícios serão concedidos
Lei nº 8.112 / 1990 nos termos e condições definidos em regulamento,
observadas as disposições desta Lei.
Regime Jurídico dos Servidores
Públicos Civis da União, das Art. 185. Os benefícios do Plano de Seguridade
Autarquias e das Fundações Social do servidor compreendem:
I - quanto ao servidor:
Públicas Federais a) aposentadoria;
b) auxílio-natalidade;
c) salário-família;
Título VI d) licença para tratamento de saúde;
Da Seguridade Social do Servidor e) licença à gestante, à adotante e licença-
Capítulo I paternidade;
Disposições Gerais f) licença por acidente em serviço;
Art. 183. A União manterá Plano de Seguridade g) assistência à saúde;
Social para o servidor e sua família. h) garantia de condições individuais e ambientais de
§ 1o O servidor ocupante de cargo em comissão trabalho satisfatórias;
que não seja, simultaneamente, ocupante de cargo ou II - quanto ao dependente:
emprego efetivo na administração pública direta, a) pensão vitalícia e temporária;
autárquica e fundacional não terá direito aos benefícios b) auxílio-funeral;
do Plano de Seguridade Social, com exceção da c) auxílio-reclusão;
assistência à saúde. d) assistência à saúde.
O servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo § 1o As aposentadorias e pensões serão
efetivo com a União, autarquias e fundações públicas federais, concedidas e mantidas pelos órgãos ou entidades aos
contribui obrigatoriamente para o Regime Geral de Previdência quais se encontram vinculados os servidores, observado
Social. o disposto nos arts. 189 e 224.
(Nota Técnica 495/2011/CGNOR/DENOP SRH/MP). § 2o O recebimento indevido de benefícios havidos
§ 2o O servidor afastado ou licenciado do cargo por fraude, dolo ou má-fé, implicará devolução ao
efetivo, sem direito à remuneração, inclusive para servir erário do total auferido, sem prejuízo da ação penal
em organismo oficial internacional do qual o Brasil seja cabível.
membro efetivo ou com o qual coopere, ainda que
contribua para regime de previdência social no exterior, Capítulo II
terá suspenso o seu vínculo com o regime do Plano Dos Benefícios
de Seguridade Social do Servidor Público enquanto Seção I
durar o afastamento ou a licença, não lhes assistindo, Da Aposentadoria
neste período, os benefícios do mencionado regime de Art. 186. O servidor será aposentado:
previdência. I - por invalidez permanente, sendo os proventos
§ 3o Será assegurada ao servidor licenciado ou integrais quando decorrente de acidente em serviço,
afastado sem remuneração a manutenção da vinculação moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou
ao regime do Plano de Seguridade Social do Servidor incurável, especificada em lei, e proporcionais nos demais
Público, mediante o recolhimento mensal da respectiva casos;
contribuição, no mesmo percentual devido pelos II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de
servidores em atividade, incidente sobre a remuneração idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;
total do cargo a que faz jus no exercício de suas Nos termos da EC 88/2015 e da Lei Complementar 152/2015,
atribuições, computando-se, para esse efeito, inclusive, as atualmente, a aposentadoria compulsória do servidor público
vinculado ao regime próprio de previdência social ocorre aos 75
vantagens pessoais.
(setenta e cinco) anos de idade.
§ 4o O recolhimento de que trata o § 3o deve ser
efetuado até o 2º (segundo) dia útil após a data do III - voluntariamente:
pagamento das remunerações dos servidores públicos, a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se
aplicando-se os procedimentos de cobrança e execução homem, e aos 30 (trinta) se mulher, com proventos
dos tributos federais quando não recolhidas na data de integrais;
vencimento. b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em
funções de magistério se professor, e 25 (vinte e cinco)
Art. 184. O Plano de Seguridade Social visa a dar se professora, com proventos integrais;
cobertura aos riscos a que estão sujeitos o servidor e c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos
sua família, e compreende um conjunto de benefícios e 25 (vinte e cinco) se mulher, com proventos proporcionais
ações que atendam às seguintes finalidades: a esse tempo;
I - garantir meios de subsistência nos eventos de d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se
doença, invalidez, velhice, acidente em serviço, homem, e aos 60 (sessenta) se mulher, com proventos
inatividade, falecimento e reclusão; proporcionais ao tempo de serviço.
II - proteção à maternidade, à adoção e à § 1o Consideram-se doenças graves, contagiosas
paternidade; ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo,
III - assistência à saúde. tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla,

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neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no
serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Art. 194. Ao servidor aposentado será paga a
Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, gratificação natalina, até o dia 20 (vinte) do mês de
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados dezembro, em valor equivalente ao respectivo provento,
avançados do mal de Paget (osteíte deformante), deduzido o adiantamento recebido.
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e outras
que a lei indicar, com base na medicina especializada. Art. 195. Ao ex-combatente que tenha efetivamente
§ 2o Nos casos de exercício de atividades participado de operações bélicas, durante a Segunda
consideradas insalubres ou perigosas, bem como nas Guerra Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de
hipóteses previstas no art. 71, a aposentadoria de que setembro de 1967, será concedida aposentadoria com
trata o inciso III, "a" e "c", observará o disposto em lei provento integral, aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço
específica. efetivo.
§ 3o Na hipótese do inciso I o servidor será
submetido à junta médica oficial, que atestará a invalidez Seção II
quando caracterizada a incapacidade para o desempenho Do Auxílio-Natalidade
das atribuições do cargo ou a impossibilidade de se Art. 196. O auxílio-natalidade é devido à servidora
aplicar o disposto no art. 24. por motivo de nascimento de filho, em quantia
equivalente ao menor vencimento do serviço público,
Art. 187. A aposentadoria compulsória será inclusive no caso de natimorto.
automática, e declarada por ato, com vigência a partir do § 1o Na hipótese de parto múltiplo, o valor será
dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade- acrescido de 50% (cinquenta por cento), por nascituro.
limite de permanência no serviço ativo. § 2o O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro
servidor público, quando a parturiente não for servidora.
Art. 188. A aposentadoria voluntária ou por invalidez
vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato. Seção III
§ 1o A aposentadoria por invalidez será precedida Do Salário-Família
de licença para tratamento de saúde, por período não Art. 197. O salário-família é devido ao servidor
excedente a 24 (vinte e quatro) meses. ativo ou ao inativo, por dependente econômico.
§ 2o Expirado o período de licença e não estando em Parágrafo único. Consideram-se dependentes
condições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o econômicos para efeito de percepção do salário-família:
servidor será aposentado. I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os
§ 3o O lapso de tempo compreendido entre o término enteados até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se
da licença e a publicação do ato da aposentadoria será estudante, até 24 (vinte e quatro) anos ou, se inválido, de
considerado como de prorrogação da licença. qualquer idade;
§ 4o Para os fins do disposto no § 1o deste artigo, II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante
serão consideradas apenas as licenças motivadas pela autorização judicial, viver na companhia e às expensas do
enfermidade ensejadora da invalidez ou doenças servidor, ou do inativo;
correlacionadas. III - a mãe e o pai sem economia própria.
§ 5o A critério da Administração, o servidor em
licença para tratamento de saúde ou aposentado por Art. 198. Não se configura a dependência
invalidez poderá ser convocado a qualquer momento, econômica quando o beneficiário do salário-família
para avaliação das condições que ensejaram o perceber rendimento do trabalho ou de qualquer outra
afastamento ou a aposentadoria. fonte, inclusive pensão ou provento da aposentadoria, em
valor igual ou superior ao salário-mínimo.
Art. 189. O provento da aposentadoria será
calculado com observância do disposto no § 3o do art. 41, Art. 199. Quando o pai e mãe forem servidores
e revisto na mesma data e proporção, sempre que se públicos e viverem em comum, o salário-família será pago
modificar a remuneração dos servidores em atividade. a um deles; quando separados, será pago a um e outro,
Parágrafo único. São estendidos aos inativos de acordo com a distribuição dos dependentes.
quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam-se o
concedidas aos servidores em atividade, inclusive padrasto, a madrasta e, na falta destes, os representantes
quando decorrentes de transformação ou reclassificação legais dos incapazes.
do cargo ou função em que se deu a aposentadoria.
Art. 200. O salário-família não está sujeito a
Art. 190. O servidor aposentado com provento qualquer tributo, nem servirá de base para qualquer
proporcional ao tempo de serviço se acometido de contribuição, inclusive para a Previdência Social.
qualquer das moléstias especificadas no § 1 o do art. 186
desta Lei e, por esse motivo, for considerado inválido por Art. 201. O afastamento do cargo efetivo, sem
junta médica oficial passará a perceber provento integral, remuneração, não acarreta a suspensão do pagamento
calculado com base no fundamento legal de concessão do salário-família.
da aposentadoria.
Seção IV
Art. 191. Quando proporcional ao tempo de serviço, Da Licença para Tratamento de Saúde
o provento não será inferior a 1/3 (um terço) da Art. 202. Será concedida ao servidor licença para
remuneração da atividade. tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base
em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que
Art. 192. (Revogado) fizer jus.
Art. 193. (Revogado)

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Art. 203. A licença de que trata o art. 202 desta Lei § 2o No caso de nascimento prematuro, a licença
será concedida com base em perícia oficial. terá início a partir do parto.
§ 1o Sempre que necessário, a inspeção médica § 3o No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta)
será realizada na residência do servidor ou no dias do evento, a servidora será submetida a exame
estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado. médico, e se julgada apta, reassumirá o exercício.
§ 2o Inexistindo médico no órgão ou entidade no § 4o No caso de aborto atestado por médico oficial,
local onde se encontra ou tenha exercício em caráter a servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso
permanente o servidor, e não se configurando as remunerado.
hipóteses previstas nos parágrafos do art. 230, será
aceito atestado passado por médico particular. Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o
§ 3o No caso do § 2o deste artigo, o atestado servidor terá direito à licença-paternidade de 5 (cinco)
somente produzirá efeitos depois de recepcionado pela dias consecutivos.
unidade de recursos humanos do órgão ou entidade.
§ 4o A licença que exceder o prazo de 120 (cento e Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a
vinte) dias no período de 12 (doze) meses a contar do idade de 6 (seis) meses, a servidora lactante terá direito,
primeiro dia de afastamento será concedida mediante durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso,
avaliação por junta médica oficial. que poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora.
§ 5o A perícia oficial para concessão da licença de
que trata o caput deste artigo, bem como nos demais Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda
casos de perícia oficial previstos nesta Lei, será efetuada judicial de criança até 1 (um) ano de idade, serão
por cirurgiões-dentistas, nas hipóteses em que abranger o concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada.
campo de atuação da odontologia. Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda
judicial de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o
Art. 204. A licença para tratamento de saúde prazo de que trata este artigo será de 30 (trinta) dias.
inferior a 15 (quinze) dias, dentro de 1 (um) ano, poderá STF: Os prazos da licença adotante não podem ser inferiores
ser dispensada de perícia oficial, na forma definida em ao prazo da licença gestante, o mesmo valendo para as
regulamento. respectivas prorrogações. Em relação à licença adotante, não é
possível fixar prazos diversos em função da idade da criança
adotada.
Art. 205. O atestado e o laudo da junta médica não STF – RE 778.889
se referirão ao nome ou natureza da doença, salvo
quando se tratar de lesões produzidas por acidente em Seção VI
serviço, doença profissional ou qualquer das doenças Da Licença por Acidente em Serviço
especificadas no art. 186, § 1o. Art. 211. Será licenciado, com remuneração
integral, o servidor acidentado em serviço.
Art. 206. O servidor que apresentar indícios de
lesões orgânicas ou funcionais será submetido a Art. 212. Configura acidente em serviço o dano
inspeção médica. físico ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione,
mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo
Art. 206-A. O servidor será submetido a exames exercido.
médicos periódicos, nos termos e condições definidos em Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em
regulamento. serviço o dano:
Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput, I - decorrente de agressão sofrida e não
a União e suas entidades autárquicas e fundacionais provocada pelo servidor no exercício do cargo;
poderão: II - sofrido no percurso da residência para o
I - prestar os exames médicos periódicos trabalho e vice-versa.
diretamente pelo órgão ou entidade à qual se encontra
vinculado o servidor; Art. 213. O servidor acidentado em serviço que
II - celebrar convênio ou instrumento de necessite de tratamento especializado poderá ser tratado
cooperação ou parceria com os órgãos e entidades da em instituição privada, à conta de recursos públicos.
administração direta, suas autarquias e fundações; Parágrafo único. O tratamento recomendado por
III - celebrar convênios com operadoras de plano junta médica oficial constitui medida de exceção e
de assistência à saúde, organizadas na modalidade de somente será admissível quando inexistirem meios e
autogestão, que possuam autorização de funcionamento recursos adequados em instituição pública.
do órgão regulador, na forma do art. 230; ou
IV - prestar os exames médicos periódicos Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de
mediante contrato administrativo, observado o disposto na 10 (dez) dias, prorrogável quando as circunstâncias o
Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e demais normas exigirem.
pertinentes.

Seção V
Da Licença à Gestante, à Adotante e da Licença-
Paternidade
Art. 207. Será concedida licença à servidora
gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem
prejuízo da remuneração.
§ 1o A licença poderá ter início no primeiro dia do
nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição
médica.

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III - o Brasil for competente, segundo suas leis,
para julgar o crime imputado ao extraditando;
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01 IV - a lei brasileira impuser ao crime pena de
prisão inferior a 2 (dois) anos;
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02
V - o extraditando estiver respondendo a processo
ou já houver sido condenado ou absolvido no Brasil pelo
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03
mesmo fato em que se fundar o pedido;
VI - a punibilidade estiver extinta pela prescrição,
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04
segundo a lei brasileira ou a do Estado requerente;
_____________________________________
05
VII - o fato constituir crime político ou de opinião;
VIII - o extraditando tiver de responder, no Estado
_____________________________________
06 requerente, perante tribunal ou juízo de exceção; ou
IX - o extraditando for beneficiário de refúgio, nos
_____________________________________
07 termos da Lei nº 9.474, de 22 de julho de 1997 , ou de
asilo territorial.
_____________________________________
08
§ 1º A previsão constante do inciso VII
do caput não impedirá a extradição quando o fato
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09
constituir, principalmente, infração à lei penal comum ou
quando o crime comum, conexo ao delito político,
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10
constituir o fato principal.
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11
§ 2º Caberá à autoridade judiciária competente a
apreciação do caráter da infração.
_____________________________________
12 § 3º Para determinação da incidência do disposto
no inciso I, será observada, nos casos de aquisição de
_____________________________________
13 outra nacionalidade por naturalização, a anterioridade do
fato gerador da extradição.
_____________________________________
14
§ 4º O Supremo Tribunal Federal poderá deixar
de considerar crime político o atentado contra chefe de
_____________________________________
15
Estado ou quaisquer autoridades, bem como crime
contra a humanidade, crime de guerra, crime de
genocídio e terrorismo.
§ 5º Admite-se a extradição de brasileiro
Lei nº 13.445 / 2017 naturalizado, nas hipóteses previstas na Constituição
Lei de Migração Federal.

Art. 83. São condições para concessão da


CAPÍTULO VIII extradição:
DAS MEDIDAS DE COOPERAÇÃO I - ter sido o crime cometido no território do Estado
Seção I requerente ou serem aplicáveis ao extraditando as leis
Da Extradição penais desse Estado; e
Extradição: É entregar um indivíduo a outro país, no qual II - estar o extraditando respondendo a processo
praticou determinado crime, para que seja lá julgado, com a investigatório ou a processo penal ou ter sido condenado
aplicação das leis desse país. pelas autoridades judiciárias do Estado requerente a pena
Deportação: Consiste em devolver o estrangeiro ao exterior, por privativa de liberdade.
meio de medida compulsória adotada pelo Brasil, quando o
estrangeiro entra ou permanece irregularmente no território. Art. 84. Em caso de urgência, o Estado
Expulsão: É a medida coercitiva tomada pelo Estado, para retirar
interessado na extradição poderá, previamente ou
forçadamente de seu território um estrangeiro que praticou
atentado à ordem jurídica do país em que se encontra. conjuntamente com a formalização do pedido
Direito Constitucional Descomplicado – Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino extradicional, requerer, por via diplomática ou por meio
Art. 81. A extradição é a medida de cooperação de autoridade central do Poder Executivo, prisão
internacional entre o Estado brasileiro e outro Estado cautelar com o objetivo de assegurar a executoriedade
pela qual se concede ou solicita a entrega de pessoa da medida de extradição que, após exame da presença
sobre quem recaia condenação criminal definitiva ou dos pressupostos formais de admissibilidade exigidos
para fins de instrução de processo penal em curso. nesta Lei ou em tratado, deverá representar à autoridade
§ 1º A extradição será requerida por via judicial competente, ouvido previamente o Ministério
diplomática ou pelas autoridades centrais designadas Público Federal.
para esse fim. § 1º O pedido de prisão cautelar deverá conter
§ 2º A extradição e sua rotina de comunicação informação sobre o crime cometido e deverá ser
serão realizadas pelo órgão competente do Poder fundamentado, podendo ser apresentado por correio, fax,
Executivo em coordenação com as autoridades mensagem eletrônica ou qualquer outro meio que
judiciárias e policiais competentes. assegure a comunicação por escrito.
§ 2º O pedido de prisão cautelar poderá ser
Art. 82. Não se concederá a extradição quando: transmitido à autoridade competente para extradição no
I - o indivíduo cuja extradição é solicitada ao Brasil Brasil por meio de canal estabelecido com o ponto focal
for brasileiro nato; da Organização Internacional de Polícia Criminal
II - o fato que motivar o pedido não for (Interpol) no País, devidamente instruído com a
considerado crime no Brasil ou no Estado requerente; documentação comprobatória da existência de ordem de
prisão proferida por Estado estrangeiro, e, em caso de

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ausência de tratado, com a promessa de reciprocidade elementos formais de admissibilidade dos processos
recebida por via diplomática. preparatórios para encaminhamento ao Estado requerido.
§ 3º Efetivada a prisão do extraditando, o pedido § 2º Compete aos órgãos do sistema de Justiça
de extradição será encaminhado à autoridade judiciária vinculados ao processo penal gerador de pedido de
competente. extradição a apresentação de todos os documentos,
§ 4º Na ausência de disposição específica em manifestações e demais elementos necessários para o
tratado, o Estado estrangeiro deverá formalizar o pedido processamento do pedido, inclusive suas traduções
de extradição no prazo de 60 (sessenta) dias, contado da oficiais.
data em que tiver sido cientificado da prisão do § 3º O pedido deverá ser instruído com cópia
extraditando. autêntica ou com o original da sentença condenatória ou
§ 5º Caso o pedido de extradição não seja da decisão penal proferida, conterá indicações precisas
apresentado no prazo previsto no § 4º, o extraditando sobre o local, a data, a natureza e as circunstâncias do
deverá ser posto em liberdade, não se admitindo novo fato criminoso e a identidade do extraditando e será
pedido de prisão cautelar pelo mesmo fato sem que a acompanhado de cópia dos textos legais sobre o crime, a
extradição tenha sido devidamente requerida. competência, a pena e a prescrição.
§ 6º A prisão cautelar poderá ser prorrogada até § 4º O encaminhamento do pedido de extradição
o julgamento final da autoridade judiciária competente ao órgão competente do Poder Executivo confere
quanto à legalidade do pedido de extradição. autenticidade aos documentos.

Art. 85. Quando mais de um Estado requerer a Art. 89. O pedido de extradição originado de
extradição da mesma pessoa, pelo mesmo fato, terá Estado estrangeiro será recebido pelo órgão competente
preferência o pedido daquele em cujo território a do Poder Executivo e, após exame da presença dos
infração foi cometida. pressupostos formais de admissibilidade exigidos nesta
§ 1º Em caso de crimes diversos, terá preferência, Lei ou em tratado, encaminhado à autoridade judiciária
sucessivamente: competente.
I - o Estado requerente em cujo território tenha Parágrafo único. Não preenchidos os pressupostos
sido cometido o crime mais grave, segundo a lei referidos no caput, o pedido será arquivado mediante
brasileira; decisão fundamentada, sem prejuízo da possibilidade de
II - o Estado que em primeiro lugar tenha pedido renovação do pedido, devidamente instruído, uma vez
a entrega do extraditando, se a gravidade dos crimes for superado o óbice apontado.
idêntica;
III - o Estado de origem, ou, em sua falta, o Art. 90. Nenhuma extradição será concedida sem
domiciliar do extraditando, se os pedidos forem prévio pronunciamento do Supremo Tribunal Federal
simultâneos. sobre sua legalidade e procedência, não cabendo recurso
§ 2º Nos casos não previstos nesta Lei, o órgão da decisão.
competente do Poder Executivo decidirá sobre a
preferência do pedido, priorizando o Estado requerente Art. 91. Ao receber o pedido, o relator designará
que mantiver tratado de extradição com o Brasil. dia e hora para o interrogatório do extraditando e,
§ 3º Havendo tratado com algum dos Estados conforme o caso, nomear-lhe-á curador ou advogado, se
requerentes, prevalecerão suas normas no que diz não o tiver.
respeito à preferência de que trata este artigo. § 1º A defesa, a ser apresentada no prazo de 10
(dez) dias contado da data do interrogatório, versará
Art. 86. O Supremo Tribunal Federal, ouvido o sobre a identidade da pessoa reclamada, defeito de forma
Ministério Público, poderá autorizar prisão albergue ou de documento apresentado ou ilegalidade da extradição.
domiciliar ou determinar que o extraditando responda ao § 2º Não estando o processo devidamente
processo de extradição em liberdade, com retenção do instruído, o Tribunal, a requerimento do órgão do
documento de viagem ou outras medidas cautelares Ministério Público Federal correspondente, poderá
necessárias, até o julgamento da extradição ou a entrega converter o julgamento em diligência para suprir a falta.
do extraditando, se pertinente, considerando a situação § 3º Para suprir a falta referida no § 2º, o Ministério
administrativa migratória, os antecedentes do extraditando Público Federal terá prazo improrrogável de 60
e as circunstâncias do caso. (sessenta) dias, após o qual o pedido será julgado
independentemente da diligência.
Art. 87. O extraditando poderá entregar-se § 4º O prazo referido no § 3º será contado da data
voluntariamente ao Estado requerente, desde que o de notificação à missão diplomática do Estado requerente.
declare expressamente, esteja assistido por advogado e
seja advertido de que tem direito ao processo judicial de Art. 92. Julgada procedente a extradição e
extradição e à proteção que tal direito encerra, caso em autorizada a entrega pelo órgão competente do Poder
que o pedido será decidido pelo Supremo Tribunal Executivo, será o ato comunicado por via diplomática
Federal. ao Estado requerente, que, no prazo de 60 (sessenta)
dias da comunicação, deverá retirar o extraditando do
Art. 88. Todo pedido que possa originar processo território nacional.
de extradição em face de Estado estrangeiro deverá ser
encaminhado ao órgão competente do Poder Art. 93. Se o Estado requerente não retirar o
Executivo diretamente pelo órgão do Poder Judiciário extraditando do território nacional no prazo previsto no art.
responsável pela decisão ou pelo processo penal que a 92, será ele posto em liberdade, sem prejuízo de outras
fundamenta. medidas aplicáveis.
§ 1º Compete a órgão do Poder Executivo o papel
de orientação, de informação e de avaliação dos

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Art. 94. Negada a extradição em fase judicial, não Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto
se admitirá novo pedido baseado no mesmo fato. no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
(Código Penal) , a transferência de execução da pena
Art. 95. Quando o extraditando estiver sendo será possível quando preenchidos os seguintes requisitos:
processado ou tiver sido condenado, no Brasil, por crime I - o condenado em território estrangeiro for
punível com pena privativa de liberdade, a extradição nacional ou tiver residência habitual ou vínculo pessoal no
será executada somente depois da conclusão do Brasil;
processo ou do cumprimento da pena, ressalvadas as II - a sentença tiver transitado em julgado;
hipóteses de liberação antecipada pelo Poder Judiciário e III - a duração da condenação a cumprir ou que
de determinação da transferência da pessoa condenada. restar para cumprir for de, pelo menos, 1 (um) ano, na
§ 1º A entrega do extraditando será igualmente data de apresentação do pedido ao Estado da
adiada se a efetivação da medida puser em risco sua vida condenação;
em virtude de enfermidade grave comprovada por laudo IV - o fato que originou a condenação constituir
médico oficial. infração penal perante a lei de ambas as partes; e
§ 2º Quando o extraditando estiver sendo V - houver tratado ou promessa de reciprocidade.
processado ou tiver sido condenado, no Brasil, por
infração de menor potencial ofensivo, a entrega poderá Art. 101. O pedido de transferência de execução
ser imediatamente efetivada. da pena de Estado estrangeiro será requerido por via
diplomática ou por via de autoridades centrais.
Art. 96. Não será efetivada a entrega do § 1º O pedido será recebido pelo órgão
extraditando sem que o Estado requerente assuma o competente do Poder Executivo e, após exame da
compromisso de: presença dos pressupostos formais de admissibilidade
I - não submeter o extraditando a prisão ou exigidos nesta Lei ou em tratado, encaminhado ao
processo por fato anterior ao pedido de extradição; Superior Tribunal de Justiça para decisão quanto à
II - computar o tempo da prisão que, no Brasil, homologação.
foi imposta por força da extradição; § 2º Não preenchidos os pressupostos referidos no
III - comutar a pena corporal, perpétua ou de § 1º, o pedido será arquivado mediante decisão
morte em pena privativa de liberdade, respeitado o fundamentada, sem prejuízo da possibilidade de
limite máximo de cumprimento de 30 (trinta) anos; renovação do pedido, devidamente instruído, uma vez
IV - não entregar o extraditando, sem superado o óbice apontado.
consentimento do Brasil, a outro Estado que o reclame;
V - não considerar qualquer motivo político Art. 102. A forma do pedido de transferência de
para agravar a pena; e execução da pena e seu processamento serão definidos
VI - não submeter o extraditando a tortura ou a em regulamento.
outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou Parágrafo único. Nos casos previstos nesta Seção,
degradantes. a execução penal será de competência da Justiça
Federal.
Art. 97. A entrega do extraditando, de acordo com
as leis brasileiras e respeitado o direito de terceiro, será Seção III
feita com os objetos e instrumentos do crime encontrados Da Transferência de Pessoa Condenada
em seu poder. Art. 103. A transferência de pessoa condenada
Parágrafo único. Os objetos e instrumentos poderá ser concedida quando o pedido se fundamentar
referidos neste artigo poderão ser entregues em tratado ou houver promessa de reciprocidade.
independentemente da entrega do extraditando. § 1º O condenado no território nacional poderá ser
transferido para seu país de nacionalidade ou país em
Art. 98. O extraditando que, depois de entregue ao que tiver residência habitual ou vínculo pessoal, desde
Estado requerente, escapar à ação da Justiça e homiziar- que expresse interesse nesse sentido, a fim de cumprir
se no Brasil, ou por ele transitar, será detido mediante pena a ele imposta pelo Estado brasileiro por sentença
pedido feito diretamente por via diplomática ou pela transitada em julgado.
Interpol e novamente entregue, sem outras § 2º A transferência de pessoa condenada no
formalidades. Brasil pode ser concedida juntamente com a aplicação de
medida de impedimento de reingresso em território
Art. 99. Salvo motivo de ordem pública, poderá ser nacional, na forma de regulamento.
permitido, pelo órgão competente do Poder Executivo, o
trânsito no território nacional de pessoa extraditada por Art. 104. A transferência de pessoa condenada
Estado estrangeiro, bem como o da respectiva guarda, será possível quando preenchidos os seguintes
mediante apresentação de documento comprobatório de requisitos:
concessão da medida. I - o condenado no território de uma das partes for
nacional ou tiver residência habitual ou vínculo pessoal no
Seção II território da outra parte que justifique a transferência;
Da Transferência de Execução da Pena II - a sentença tiver transitado em julgado;
Art. 100. Nas hipóteses em que couber solicitação III - a duração da condenação a cumprir ou que
de extradição executória, a autoridade competente poderá restar para cumprir for de, pelo menos, 1 (um) ano, na
solicitar ou autorizar a transferência de execução da pena, data de apresentação do pedido ao Estado da
desde que observado o princípio do non bis in idem. condenação;
Princípio do non bis in idem veda a dupla punição pelo mesmo IV - o fato que originou a condenação constituir
fato. infração penal perante a lei de ambos os Estados;

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Samara Aparecida, [email protected]
V - houver manifestação de vontade do condenado
ou, quando for o caso, de seu representante; e
VI - houver concordância de ambos os Estados.

Art. 105. A forma do pedido de transferência de


pessoa condenada e seu processamento serão definidos
em regulamento.
§ 1º Nos casos previstos nesta Seção, a execução
penal será de competência da Justiça Federal.
§ 2º Não se procederá à transferência quando
inadmitida a extradição.
§ 3º (VETADO).

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§ 2o (Revogado)
Lei nº 8.112 / 1990 § 3o (Revogado)
Regime Jurídico dos Servidores Art. 219. A pensão por morte será devida ao
Públicos Civis da União, das conjunto dos dependentes do segurado que falecer,
Autarquias e das Fundações aposentado ou não, a contar da data: (2019)
I - do óbito, quando requerida em até 180 (cento e
Públicas Federais oitenta dias) após o óbito, para os filhos menores de 16
(dezesseis) anos, ou em até 90 (noventa) dias após o
óbito, para os demais dependentes; (2019)
Seção VII II - do requerimento, quando requerida após o
Da Pensão prazo previsto no inciso I do caput deste artigo; ou (2019)
Art. 215. Por morte do servidor, os seus III - da decisão judicial, na hipótese de morte
dependentes, nas hipóteses legais, fazem jus à pensão presumida. (2019)
por morte, observados os limites estabelecidos no inciso § 1º A concessão da pensão por morte não será
XI do caput do art. 37 da Constituição Federal e no art. 2º protelada pela falta de habilitação de outro possível
da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004. (2019) dependente e a habilitação posterior que importe em
exclusão ou inclusão de dependente só produzirá efeito a
Art. 216. (Revogado) partir da data da publicação da portaria de concessão da
pensão ao dependente habilitado. (2019)
Art. 217. São beneficiários das pensões: § 2º Ajuizada a ação judicial para reconhecimento
I - o cônjuge; da condição de dependente, este poderá requerer a sua
a) (Revogada); habilitação provisória ao benefício de pensão por morte,
b) (Revogada); exclusivamente para fins de rateio dos valores com outros
c) (Revogada); dependentes, vedado o pagamento da respectiva cota até
d) (Revogada); o trânsito em julgado da respectiva ação, ressalvada a
e) (Revogada); existência de decisão judicial em contrário. (2019)
II - o cônjuge divorciado ou separado judicialmente § 3º Nas ações em que for parte o ente público
ou de fato, com percepção de pensão alimentícia responsável pela concessão da pensão por morte, este
estabelecida judicialmente; poderá proceder de ofício à habilitação excepcional da
a) (Revogada); referida pensão, apenas para efeitos de rateio,
b) (Revogada); descontando-se os valores referentes a esta habilitação
c) Revogada); das demais cotas, vedado o pagamento da respectiva
d) (Revogada); cota até o trânsito em julgado da respectiva ação,
III - o companheiro ou companheira que comprove ressalvada a existência de decisão judicial em contrário.
união estável como entidade familiar; (2019)
IV - o filho de qualquer condição que atenda a um § 4º Julgada improcedente a ação prevista no § 2º
dos seguintes requisitos: ou § 3º deste artigo, o valor retido será corrigido pelos
a) seja menor de 21 (vinte e um) anos; índices legais de reajustamento e será pago de forma
b) seja inválido; proporcional aos demais dependentes, de acordo com as
c) tenha deficiência grave; ou suas cotas e o tempo de duração de seus benefícios.
(2019)
d) tenha deficiência intelectual ou mental; (2019)
§ 5º Em qualquer hipótese, fica assegurada ao
V - a mãe e o pai que comprovem dependência
órgão concessor da pensão por morte a cobrança dos
econômica do servidor; e
valores indevidamente pagos em função de nova
VI - o irmão de qualquer condição que comprove
habilitação. (2019)
dependência econômica do servidor e atenda a um dos
requisitos previstos no inciso IV.
Art. 220. Perde o direito à pensão por morte:
§ 1o A concessão de pensão aos beneficiários de
I - após o trânsito em julgado, o beneficiário
que tratam os incisos I a IV do caput exclui os
condenado pela prática de crime de que tenha
beneficiários referidos nos incisos V e VI.
dolosamente resultado a morte do servidor;
§ 2o A concessão de pensão aos beneficiários de
II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira se
que trata o inciso V do caput exclui o beneficiário referido
comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no
no inciso VI.
casamento ou na união estável, ou a formalização desses
§ 3o O enteado e o menor tutelado equiparam-se a
com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário,
filho mediante declaração do servidor e desde que
apuradas em processo judicial no qual será assegurado o
comprovada dependência econômica, na forma
direito ao contraditório e à ampla defesa.
estabelecida em regulamento.
§ 4º (VETADO). (2019)
Art. 221. Será concedida pensão provisória por
morte presumida do servidor, nos seguintes casos:
Art. 218. Ocorrendo habilitação de vários titulares à
I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária
pensão, o seu valor será distribuído em partes iguais
competente;
entre os beneficiários habilitados.
§ 1o (Revogado)

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Samara Aparecida, [email protected]
II - desaparecimento em desabamento, inundação, do caput, em ato do Ministro de Estado do Planejamento,
incêndio ou acidente não caracterizado como em serviço; Orçamento e Gestão, limitado o acréscimo na
III - desaparecimento no desempenho das comparação com as idades anteriores ao referido
atribuições do cargo ou em missão de segurança. incremento.
Parágrafo único. A pensão provisória será § 4o O tempo de contribuição a Regime Próprio de
transformada em vitalícia ou temporária, conforme o caso, Previdência Social (RPPS) ou ao Regime Geral de
decorridos 5 (cinco) anos de sua vigência, ressalvado o Previdência Social (RGPS) será considerado na
eventual reaparecimento do servidor, hipótese em que o contagem das 18 (dezoito) contribuições mensais
benefício será automaticamente cancelado. referidas nas alíneas “a” e “b” do inciso VII do caput.
§ 5º Na hipótese de o servidor falecido estar, na
Art. 222. Acarreta perda da qualidade de data de seu falecimento, obrigado por determinação
beneficiário: judicial a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge, ex-
I - o seu falecimento; companheiro ou ex-companheira, a pensão por morte
II - a anulação do casamento, quando a decisão será devida pelo prazo remanescente na data do óbito,
ocorrer após a concessão da pensão ao cônjuge; caso não incida outra hipótese de cancelamento anterior
III - a cessação da invalidez, em se tratando de do benefício. (2019)
beneficiário inválido, ou o afastamento da deficiência, em § 6º O beneficiário que não atender à convocação
se tratando de beneficiário com deficiência, respeitados de que trata o § 1º deste artigo terá o benefício suspenso,
os períodos mínimos decorrentes da aplicação das observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 95
alíneas a e b do inciso VII do caput deste artigo; (2019) da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. (2019)
IV - o implemento da idade de 21 (vinte e um) anos, § 7º O exercício de atividade remunerada, inclusive
pelo filho ou irmão; na condição de microempreendedor individual, não
V - a acumulação de pensão na forma do art. 225; impede a concessão ou manutenção da cota da pensão
VI - a renúncia expressa; e de dependente com deficiência intelectual ou mental ou
VII - em relação aos beneficiários de que tratam os com deficiência grave. (2019)
incisos I a III do caput do art. 217: § 8º No ato de requerimento de benefícios
a) o decurso de 4 (quatro) meses, se o óbito previdenciários, não será exigida apresentação de termo
ocorrer sem que o servidor tenha vertido 18 (dezoito) de curatela de titular ou de beneficiário com deficiência,
contribuições mensais ou se o casamento ou a união observados os procedimentos a serem estabelecidos em
estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos regulamento. (2019)
antes do óbito do servidor;
b) o decurso dos seguintes períodos, estabelecidos Art. 223. Por morte ou perda da qualidade de
de acordo com a idade do pensionista na data de óbito do beneficiário, a respectiva cota reverterá para os
servidor, depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições cobeneficiários.
mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do I - (Revogado);
casamento ou da união estável: II - (Revogado).
1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um)
anos de idade; Art. 224. As pensões serão automaticamente
2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e atualizadas na mesma data e na mesma proporção dos
seis) anos de idade; reajustes dos vencimentos dos servidores, aplicando-se o
3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte disposto no parágrafo único do art. 189.
e nove) anos de idade;
4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 Art. 225. Ressalvado o direito de opção, é vedada a
(quarenta) anos de idade; percepção cumulativa de pensão deixada por mais de um
5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 cônjuge ou companheiro ou companheira e de mais de 2
(quarenta e três) anos de idade; (duas) pensões.
6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais
anos de idade. Seção VIII
§ 1o A critério da administração, o beneficiário de Do Auxílio-Funeral
pensão cuja preservação seja motivada por invalidez, por Art. 226. O auxílio-funeral é devido à família do
incapacidade ou por deficiência poderá ser convocado a servidor falecido na atividade ou aposentado, em valor
qualquer momento para avaliação das referidas equivalente a 1 (um) mês da remuneração ou provento.
condições. § 1o No caso de acumulação legal de cargos, o
§ 2o Serão aplicados, conforme o caso, a regra auxílio será pago somente em razão do cargo de maior
contida no inciso III ou os prazos previstos na alínea “b” remuneração.
do inciso VII, ambos do caput, se o óbito do servidor § 2o (Vetado)
decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença § 3o O auxílio será pago no prazo de 48 (quarenta e
profissional ou do trabalho, independentemente do oito) horas, por meio de procedimento sumaríssimo, à
recolhimento de 18 (dezoito) contribuições mensais ou pessoa da família que houver custeado o funeral.
da comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de
união estável. Art. 227. Se o funeral for custeado por terceiro, este
§ 3o Após o transcurso de pelo menos 3 (três) será indenizado, observado o disposto no artigo anterior.
anos e desde que nesse período se verifique o
incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional Art. 228. Em caso de falecimento de servidor em
única, para ambos os sexos, correspondente à serviço fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as
expectativa de sobrevida da população brasileira ao despesas de transporte do corpo correrão à conta de
nascer, poderão ser fixadas, em números inteiros, novas recursos da União, autarquia ou fundação pública.
idades para os fins previstos na alínea “b” do inciso VII

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Seção IX autogestões, a ser publicada pelo mesmo órgão
Do Auxílio-Reclusão regulador, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias da
Art. 229. À família do servidor ativo é devido o vigência desta Lei, normas essas também aplicáveis aos
auxílio-reclusão, nos seguintes valores: convênios existentes até 12 de fevereiro de 2006;
I – 2/3 (dois terços) da remuneração, quando II - contratar, mediante licitação, na forma da Lei
afastado por motivo de prisão, em flagrante ou no 8.666, de 21 de junho de 1993, operadoras de planos e
preventiva, determinada pela autoridade competente, seguros privados de assistência à saúde que possuam
enquanto perdurar a prisão; autorização de funcionamento do órgão regulador;
II - metade da remuneração, durante o III – (Vetado)
afastamento, em virtude de condenação, por sentença § 4o (Vetado)
definitiva, a pena que não determine a perda de cargo. § 5o O valor do ressarcimento fica limitado ao total
§ 1o Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o despendido pelo servidor ou pensionista civil com plano
servidor terá direito à integralização da remuneração, ou seguro privado de assistência à saúde.
desde que absolvido.
§ 2o O pagamento do auxílio-reclusão cessará a Capítulo IV
partir do dia imediato àquele em que o servidor for posto Do Custeio
em liberdade, ainda que condicional. Art. 231. (Revogado)
§ 3o Ressalvado o disposto neste artigo, o auxílio-
reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão Título VII
por morte, aos dependentes do segurado recolhido à Capítulo Único
prisão. Da Contratação Temporária de Excepcional Interesse
Público
Capítulo III Art. 232. (Revogado)
Da Assistência à Saúde Art. 233. (Revogado)
Art. 230. A assistência à saúde do servidor, ativo ou Art. 234. (Revogado)
inativo, e de sua família compreende assistência médica, Art. 235. (Revogado)
hospitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica, terá
como diretriz básica o implemento de ações preventivas Título VIII
voltadas para a promoção da saúde e será prestada pelo Capítulo Único
Sistema Único de Saúde – SUS, diretamente pelo órgão Das Disposições Gerais
ou entidade ao qual estiver vinculado o servidor, ou Art. 236. O Dia do Servidor Público será
mediante convênio ou contrato, ou ainda na forma de comemorado a 28 (vinte e oito) de outubro.
auxílio, mediante ressarcimento parcial do valor
despendido pelo servidor, ativo ou inativo, e seus Art. 237. Poderão ser instituídos, no âmbito dos
dependentes ou pensionistas com planos ou seguros Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, os seguintes
privados de assistência à saúde, na forma estabelecida incentivos funcionais, além daqueles já previstos nos
em regulamento. respectivos planos de carreira:
§ 1o Nas hipóteses previstas nesta Lei em que seja I - prêmios pela apresentação de ideias, inventos ou
exigida perícia, avaliação ou inspeção médica, na trabalhos que favoreçam o aumento de produtividade e a
ausência de médico ou junta médica oficial, para a sua redução dos custos operacionais;
realização o órgão ou entidade celebrará, II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao
preferencialmente, convênio com unidades de mérito, condecoração e elogio.
atendimento do sistema público de saúde, entidades sem
fins lucrativos declaradas de utilidade pública, ou com o Art. 238. Os prazos previstos nesta Lei serão
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. contados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo
§ 2o Na impossibilidade, devidamente justificada, da e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado, para
aplicação do disposto no parágrafo anterior, o órgão ou o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em
entidade promoverá a contratação da prestação de que não haja expediente.
serviços por pessoa jurídica, que constituirá junta médica
especificamente para esses fins, indicando os nomes e Art. 239. Por motivo de crença religiosa ou de
especialidades dos seus integrantes, com a comprovação convicção filosófica ou política, o servidor não poderá
de suas habilitações e de que não estejam respondendo a ser privado de quaisquer dos seus direitos, sofrer
processo disciplinar junto à entidade fiscalizadora da discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do
profissão. cumprimento de seus deveres.
§ 3o Para os fins do disposto no caput deste artigo,
ficam a União e suas entidades autárquicas e Art. 240. Ao servidor público civil é assegurado, nos
fundacionais autorizadas a: termos da Constituição Federal, o direito à livre
I - celebrar convênios exclusivamente para associação sindical e os seguintes direitos, entre outros,
a prestação de serviços de assistência à saúde para os dela decorrentes:
seus servidores ou empregados ativos, aposentados, a) de ser representado pelo sindicato, inclusive como
pensionistas, bem como para seus respectivos grupos substituto processual;
familiares definidos, com entidades de autogestão por b) de inamovibilidade do dirigente sindical, até um
elas patrocinadas por meio de instrumentos jurídicos ano após o final do mandato, exceto se a pedido;
efetivamente celebrados e publicados até 12 de fevereiro c) (Revogado)
de 2006 e que possuam autorização de funcionamento do d) (Revogado)
órgão regulador, sendo certo que os convênios e) (Revogado)
celebrados depois dessa data somente poderão sê-lo na
forma da regulamentação específica sobre patrocínio de

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Art. 241. Consideram-se da família do servidor, além
do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas Art. 245. A licença especial disciplinada pelo art. 116
expensas e constem do seu assentamento individual. da Lei nº 1.711, de 1952, ou por outro diploma legal, fica
Parágrafo único. Equipara-se ao cônjuge a transformada em licença-prêmio por assiduidade, na
companheira ou companheiro, que comprove união forma prevista nos arts. 87 a 90.
estável como entidade familiar.
Art. 246. (Vetado)
Art. 242. Para os fins desta Lei, considera-se sede o
município onde a repartição estiver instalada e onde o Art. 247. Para efeito do disposto no Título VI desta
servidor tiver exercício, em caráter permanente. Lei, haverá ajuste de contas com a Previdência Social,
correspondente ao período de contribuição por parte dos
Título IX servidores celetistas abrangidos pelo art. 243.
Capítulo Único
Das Disposições Transitórias e Finais Art. 248. As pensões estatutárias, concedidas até a
Art. 243. Ficam submetidos ao regime jurídico vigência desta Lei, passam a ser mantidas pelo órgão ou
instituído por esta Lei, na qualidade de servidores entidade de origem do servidor.
públicos, os servidores dos Poderes da União, dos ex-
Territórios, das autarquias, inclusive as em regime Art. 249. Até a edição da lei prevista no § 1o do art.
especial, e das fundações públicas, regidos pela Lei nº 231, os servidores abrangidos por esta Lei contribuirão na
1.711, de 28 de outubro de 1952 - Estatuto dos forma e nos percentuais atualmente estabelecidos para o
Funcionários Públicos Civis da União, ou pela servidor civil da União conforme regulamento próprio.
Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada
pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, exceto Art. 250. O servidor que já tiver satisfeito ou vier a
os contratados por prazo determinado, cujos contratos satisfazer, dentro de 1 (um) ano, as condições
não poderão ser prorrogados após o vencimento do prazo necessárias para a aposentadoria nos termos do inciso II
de prorrogação. do art. 184 do antigo Estatuto dos Funcionários Públicos
§ 1o Os empregos ocupados pelos servidores Civis da União, Lei n° 1.711, de 28 de outubro de 1952,
incluídos no regime instituído por esta Lei ficam aposentar-se-á com a vantagem prevista naquele
transformados em cargos, na data de sua publicação. dispositivo. (Mantido pelo Congresso Nacional)
§ 2o As funções de confiança exercidas por pessoas
não integrantes de tabela permanente do órgão ou Art. 251. (Revogado)
entidade onde têm exercício ficam transformadas em
cargos em comissão, e mantidas enquanto não for Art. 252. Esta Lei entra em vigor na data de sua
implantado o plano de cargos dos órgãos ou entidades na publicação, com efeitos financeiros a partir do primeiro dia
forma da lei. do mês subsequente.
§ 3o As Funções de Assessoramento Superior -
FAS, exercidas por servidor integrante de quadro ou Art. 253. Ficam revogadas a Lei nº 1.711, de 28 de
tabela de pessoal, ficam extintas na data da vigência outubro de 1952, e respectiva legislação complementar,
desta Lei. bem como as demais disposições em contrário.
§ 4o (Vetado)
§ 5o O regime jurídico desta Lei é extensivo aos
serventuários da Justiça, remunerados com recursos da
União, no que couber.
§ 6o Os empregos dos servidores estrangeiros com
estabilidade no serviço público, enquanto não adquirirem
a nacionalidade brasileira, passarão a integrar tabela em
extinção, do respectivo órgão ou entidade, sem prejuízo
dos direitos inerentes aos planos de carreira aos quais se
encontrem vinculados os empregos.
§ 7o Os servidores públicos de que trata _____________________________________
01

o caput deste artigo, não amparados pelo art. 19 do Ato


das Disposições Constitucionais Transitórias, poderão, no
_____________________________________
02

interesse da Administração e conforme critérios _____________________________________


03
estabelecidos em regulamento, ser exonerados mediante
indenização de um mês de remuneração por ano de _____________________________________
04

efetivo exercício no serviço público federal.


§ 8o Para fins de incidência do imposto de renda na _____________________________________
05

fonte e na declaração de rendimentos, serão


considerados como indenizações isentas os pagamentos _____________________________________
06

efetuados a título de indenização prevista no parágrafo


anterior. _____________________________________
07

§ 9o Os cargos vagos em decorrência da aplicação


do disposto no § 7o poderão ser extintos pelo Poder
_____________________________________
08

Executivo quando considerados desnecessários. _____________________________________


09

Art. 244. Os adicionais por tempo de serviço, já _____________________________________


10

concedidos aos servidores abrangidos por esta Lei, ficam


transformados em anuênio. _____________________________________
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_____________________________________
12 IV - deixar o imigrante de se registrar, para efeito
de autorização de residência, dentro do prazo de 30
_____________________________________
13 (trinta) dias, quando orientado a fazê-lo pelo órgão
competente:
_____________________________________
14 Sanção: multa por dia de atraso;
V - transportar para o Brasil pessoa que esteja
_____________________________________
15
sem documentação migratória regular:
Sanção: multa por pessoa transportada;
VI - deixar a empresa transportadora de atender a
compromisso de manutenção da estada ou de promoção
Lei nº 13.445 / 2017 da saída do território nacional de quem tenha sido
Lei de Migração autorizado a ingresso condicional no Brasil por não
possuir a devida documentação migratória:
Sanção: multa;
CAPÍTULO IX VII - furtar-se ao controle migratório, na entrada ou
DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES saída do território nacional:
ADMINISTRATIVAS Sanção: multa.
Art. 106. Regulamento disporá sobre o
procedimento de apuração das infrações administrativas e Art. 110. As penalidades aplicadas serão objeto de
seu processamento e sobre a fixação e a atualização das pedido de reconsideração e de recurso, nos termos de
multas, em observância ao disposto nesta Lei. regulamento.
Parágrafo único. Serão respeitados o contraditório,
Art. 107. As infrações administrativas previstas a ampla defesa e a garantia de recurso, assim como a
neste Capítulo serão apuradas em processo situação de hipossuficiência do migrante ou do visitante.
administrativo próprio, assegurados o contraditório e a
ampla defesa e observadas as disposições desta Lei. CAPÍTULO X
§ 1º O cometimento simultâneo de duas ou mais DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
infrações importará cumulação das sanções cabíveis, Art. 111. Esta Lei não prejudica direitos e
respeitados os limites estabelecidos nos incisos V e VI do obrigações estabelecidos por tratados vigentes no Brasil e
art. 108. que sejam mais benéficos ao migrante e ao visitante, em
§ 2º A multa atribuída por dia de atraso ou por particular os tratados firmados no âmbito do Mercosul.
excesso de permanência poderá ser convertida em
redução equivalente do período de autorização de estada Art. 112. As autoridades brasileiras serão
para o visto de visita, em caso de nova entrada no País. tolerantes quanto ao uso do idioma do residente
fronteiriço e do imigrante quando eles se dirigirem a
Art. 108. O valor das multas tratadas neste órgãos ou repartições públicas para reclamar ou
Capítulo considerará: reivindicar os direitos decorrentes desta Lei.
I - as hipóteses individualizadas nesta Lei;
II - a condição econômica do infrator, a Art. 113. As taxas e emolumentos consulares são
reincidência e a gravidade da infração; fixados em conformidade com a tabela anexa a esta Lei.
III - a atualização periódica conforme estabelecido § 1º Os valores das taxas e emolumentos
em regulamento; consulares poderão ser ajustados pelo órgão competente
IV - o valor mínimo individualizável de R$ 100,00 da administração pública federal, de forma a preservar o
(cem reais); interesse nacional ou a assegurar a reciprocidade de
V - o valor mínimo de R$ 100,00 (cem reais) e o tratamento.
máximo de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para infrações § 2º Não serão cobrados emolumentos
cometidas por pessoa física; consulares pela concessão de:
VI - o valor mínimo de R$ 1.000,00 (mil reais) e o I - vistos diplomáticos, oficiais e de cortesia; e
máximo de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) para II - vistos em passaportes diplomáticos, oficiais ou
infrações cometidas por pessoa jurídica, por ato de serviço, ou equivalentes, mediante reciprocidade de
infracional. tratamento a titulares de documento de viagem similar
brasileiro.
Art. 109. Constitui infração, sujeitando o infrator às § 3º Não serão cobrados taxas e emolumentos
seguintes sanções: consulares pela concessão de vistos ou para a obtenção
I - entrar em território nacional sem estar de documentos para regularização migratória aos
autorizado: integrantes de grupos vulneráveis e indivíduos em
Sanção: deportação, caso não saia do País ou condição de hipossuficiência econômica.
não regularize a situação migratória no prazo fixado; § 4º (VETADO).
II - permanecer em território nacional depois de
esgotado o prazo legal da documentação migratória: Art. 114. Regulamento poderá estabelecer
Sanção: multa por dia de excesso e deportação, competência para órgãos do Poder Executivo
caso não saia do País ou não regularize a situação disciplinarem aspectos específicos desta Lei.
migratória no prazo fixado;
III - deixar de se registrar, dentro do prazo de 90 Art. 115. O Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
(noventa) dias do ingresso no País, quando for obrigatória dezembro de 1940 (Código Penal) , passa a vigorar
a identificação civil: acrescido do seguinte art. 232-A:
Sanção: multa; “ Promoção de migração ilegal

124
Samara Aparecida, [email protected]
Art. 232-A. Promover, por qualquer meio, com o II - a Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980
fim de obter vantagem econômica, a entrada ilegal de (Estatuto do Estrangeiro) .
estrangeiro em território nacional ou de brasileiro em país
estrangeiro: Art. 125. Esta Lei entra em vigor após decorridos
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e 180 (cento e oitenta) dias de sua publicação oficial.
multa.
§ 1º Na mesma pena incorre quem promover, por
qualquer meio, com o fim de obter vantagem econômica,
a saída de estrangeiro do território nacional para ingressar
ilegalmente em país estrangeiro.
§ 2º A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 1/3
(um terço) se:
I - o crime é cometido com violência; ou
II - a vítima é submetida a condição desumana ou
degradante. _____________________________________
01
§ 3º A pena prevista para o crime será aplicada
sem prejuízo das correspondentes às infrações conexas.” _____________________________________
02

Art. 116. (VETADO). _____________________________________


03

Art. 117. O documento conhecido por Registro _____________________________________


04

Nacional de Estrangeiro passa a ser denominado Registro


Nacional Migratório. _____________________________________
05

_____________________________________
06
Art. 118. (VETADO).
_____________________________________
07
Art. 119. O visto emitido até a data de entrada em
vigor desta Lei poderá ser utilizado até a data prevista de _____________________________________
08

expiração de sua validade, podendo ser transformado ou


ter seu prazo de estada prorrogado, nos termos de _____________________________________
09

regulamento.
_____________________________________
10

Art. 120. A Política Nacional de Migrações,


Refúgio e Apatridia terá a finalidade de coordenar e _____________________________________
11

articular ações setoriais implementadas pelo Poder


_____________________________________
12
Executivo federal em regime de cooperação com os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, com _____________________________________
13
participação de organizações da sociedade civil,
organismos internacionais e entidades privadas, conforme _____________________________________
14

regulamento.
§ 1º Ato normativo do Poder Executivo federal _____________________________________
15

poderá definir os objetivos, a organização e a estratégia


de coordenação da Política Nacional de Migrações,
Refúgio e Apatridia.
§ 2º Ato normativo do Poder Executivo federal
poderá estabelecer planos nacionais e outros
instrumentos para a efetivação dos objetivos desta Lei e a
coordenação entre órgãos e colegiados setoriais.
§ 3º Com vistas à formulação de políticas públicas,
deverá ser produzida informação quantitativa e qualitativa,
de forma sistemática, sobre os migrantes, com a criação
de banco de dados.

Art. 121. Na aplicação desta Lei, devem ser


observadas as disposições da Lei nº 9.474, de 22 de julho
de 1997 , nas situações que envolvam refugiados e
solicitantes de refúgio.

Art. 122. A aplicação desta Lei não impede o


tratamento mais favorável assegurado por tratado em que
a República Federativa do Brasil seja parte.

Art. 123. Ninguém será privado de sua liberdade


por razões migratórias, exceto nos casos previstos
nesta Lei.

Art. 124. Revogam-se:


I - a Lei nº 818, de 18 de setembro de 1949 ; e

125
Samara Aparecida, [email protected]

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