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Funções e Mecanismos do Sistema Respiratório

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Dafne Bojarski
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Sistema respiratório

Introdução
- As funções do sistema respiratório incluem a troca de gases, a
regulação do pH, a vocalização e a proteção contra substâncias
estranhas;
- As trocas de gases necessárias exigem uma larga e fina superfície de
troca, uma bomba para movimentar o ar e um sistema circulatório
para transportar os gases para as células.

Funções primárias do sistema respiratório


1. Troca de gases entre a atmosfera e o sangue;
2. Regulação homeostática do pH do corpo. Os pulmões podem
alterar o pH corporal retendo ou eliminando seletivamente o CO2;
3. Proteção contra patógenos e substâncias irritantes inaladas. O
epitélio respiratório é bem suprido com mecanismos de defesa que
aprisionam e destroem substâncias potencialmente nocivas antes que elas possam entrar no corpo;
4. Vocalização. O ar move-se através das pregas vocais, criando vibrações usadas para falar, cantar e outras
formas de comunicação.

➢ O sistema respiratório também é uma fonte significativa de perda de água e de calor do corpo. Essas
perdas devem ser balanceadas com o uso de compensações homeostáticas.

Fluxo global
- Ocorre a partir de regiões de pressão mais alta para regiões de pressão mais baixa;
- Uma bomba muscular cria gradientes de pressão;
- A resistência é influenciada pelo diâmetro dos tubos pelos quais o ar está fluindo.

Alvéolos pulmonares
- Local de realização de trocas gasosas;
- Envolvidos por uma densa rede de capilares pulmonares.

1. Células alveolares tipo I


- São maiores e muito finas de modo a permitir a difusão gasosa.
- Apresentam macrogafos: células de defesa do organismo, pois sua principal função é fagocitar células
danificadas e envelhecidas, restos celulares, agentes estranhos e partículas inertes.

2. Células alveolares tipo II


- São menores e sintetizam e secretam um composto químico conhecido como surfactante;
- O surfactante mistura-se com o fluido do alvéolo para facilitar a expansão dos pulmões durante a
respiração;
- O surfactante diminui a tensão superficial do fluido que recobre os alvéolos. Isto impede que os alvéolos
menores colapsem.
Fluxo de sangue nos pulmões
- O fluxo de sangue através dos pulmões se iguala ao débito cardíaco;
- A resistência ao fluxo do sangue na circulação pulmonar é baixa;
- A pressão arterial pulmonar é em torno de 25 / 8 mmHg.

Lei dos gases


1. A pressão total de uma mistura de gases é a soma das pressões individuais dos gases que a compõem
(lei de Dalton);
2. Os gases, simples ou em mistura,movimentam-se de áreas de alta pressão para áreas de baixa pressão;
3. Se o volume de um recipiente de gás muda, a pressão do gás irá mudar de modo inverso (lei de
Boyle);
4. A quantidade de um gás que irá se dissolver em um líquido é determinada pela pressão parcial do
gás e pela solubilidade do gás no líquido (lei de Henry).

Pressão parcial
- É a pressão contribuída por um único gás;
- Determinada somente pela quantidade relativa na mistura;
- No ar seco:

Ventilação
- O fluxo de ar no sistema respiratório é diretamente proporcional ao gradiente de pressão, e inversamente
relacionado com a resistência das vias aéreas.

Ciclo respiratório
- Um ciclo respiratório simples consiste em uma inspiração e uma expiração.

inspiração
1. Contração (abaixamento) do diafragma;
2. Elevação da caixa torácica por meio da contração dos músculos escalenos e dos intercostais externos;
3. Ação da musculatura acessória elevando e expandindo a caixa torácica.

Expiração
1. Redução passiva do tórax e dos pulmões, em consequência da gravidade e da própria elasticidade;
2. Os músculos da parede abdominal pressionam o diafragma para cima;
3. Contração dos intercostais internos(expiração ativa).

Pressão intrapleural
- É sempre subatmosférica, porque a cavidade pleural é um compartimento vedado;
- Uma ruptura na membrana pleural provoca aumento da pressão intrapleural, o que cria uma condição
chamada pneumotórax.

Complacência
- Facilidade com que a parede do tórax e os pulmões se expandem. A perda da complacência aumenta o
trabalho respiratório.

Elasticidade
- Capacidade do pulmão estirar-se e voltar ao seu volume normal.

Resistência ao fluxo de ar
- Neurônios parassimpáticos provocam broncoconstrição;
- Não há inervação simpática, mas a adrenalina provoca broncodilatação.

Volume pulmonar
- O ar movido nos pulmões durante a respiração pode ser dividido em 4 volumes:

1. Volume corrente
- Quantidade de ar tomada durante uma inspiração normal simples;
- No homem adulto de 70 kg é cerca de 500ml;
- Na mulher os valores são normalmente menores em cerca de 20 - 25 %
2. Volume inspiratório de reserva
- O máximo volume que pode ser inspirado além do volume corrente;
- Cerca de 3000 ml.
3. Volume expiratório de reserva
- Quantidade de ar exalada após a expiração normal;
- Em média, cerca de 1100 ml.
4. Volume residual
- Quantidade de ar que resta nos pulmões no final de uma expiração máxima;
- Cerca de 1200 ml.

Capacidade vital (CV)


- volume corrente mais o volume inspiratório e o volume expiratório de reserva;
- Em média: 500 + 3000 + 1100 = 4600 ml;
- A capacidade vital diminui com a idade;
- A soma da CV com o volume residual representa a capacidade pulmonar total CPT = 4600 +1200 = 5800
ml.
Ventilação pulmonar total (VPT)
- VPT = Freqüência da ventilação x Vc; - VPT = 12 x 500 = 6 l/min

Ventilação alveolar
- Quantidade de ar fresco que efetivamente chega aos alvéolos a cada minuto;
- A ventilação alveolar pode ainda ser afetada por mudanças na frequência e na profundidade da respiração.

Padrões de ventilação
- Eupnéia: respiração normal (repouso);
-Hiperpnéia: aumento da profundidade da respiração no aumento do metabolismo (exercício);
- Taquipnéia: respiração rápida (ofegar);
- Dispnéia: dificuldade de respiração (falta de ar);
- Apnéia - parada respiratória.

● Hipoventilação: diminuição da ventilação alveolar (doenças pulmonares)


- Aumenta a pCO2 e diminui a pO2;
- Acidose respiratória
● Hiperventilação: aumento da freqüência ou do volume respiratório sem aumento do
metabolismo (hiperventilação emocional)
- Aumenta a pO2 e diminui a pCO2;
- Alcalose respiratória.

Fluxo de ar X fluxo sanguíneo


- O aumento da pCO2 dilata os brônquios e contrai as arteríolas pulmonares;
- A diminuição da pCO2 contrai os brônquios e dilata as arteríolas pulmonares;
- A pO2 age no sentido contrário.

Trocas gasosas
- O O2 e o CO2 difundem-se para dentro e fora do sangue;
- Mudanças na superfície alveolar, na espessura da membrana e na distância intersticial;
- A troca de gases nos tecidos depende dos gradientes de pressão entre o sangue e as células.

➢ Enfisema: destruição dos alvéolos significando menor área de superfície para as trocas gasosas;
➢ Doença fibrótica pulmonar: engrossamento da membrana alveolar, diminui as trocas gasosas;
➢ Edema pulmonar: o fluido do espaço intersticial aumenta a distância da fusão;
➢ Asma: aumento da resistência das vias aéreas diminui a ventilação - brônquios contraídos;

O transporte de gases no sangue


- O oxigênio e o dióxido de carbono se dissolvem primeiro no plasma. Sua solubilidade é limitada, de modo
que as células vermelhas do sangue auxiliam o transporte dos gases;
- Mais de 98% do oxigênio do sangue está ligado com a hemoglobina;
- A pO2 do plasma determina quanto de oxigênio irá ligar-se à hemoglobina;
- A ligação oxigênio-hemoglobina é afetada pelo pH, pela temperatura, e pela substância 2,3-
difosfoglicerato;
- O sangue venoso transporta 7% do seu dióxido de carbono dissolvido no plasma, 23% em forma de
carbaminoemoglobina, e 70% como íons bicarbonato no plasma;
- O dióxido de carbono é convertido em ácido carbônico pela ação da anidrase carbônica que fica dentro das
hemácias;
- O ácido carbônico dissocia-se em íons H e HCO3. Os íons H ligam-se à hemoglobina. O HCO3 sai das
hemácias trocado por Cl (troca por cloreto). O HCO3 no plasma funciona como tampão.

Remoção de CO2
- Uma elevada PCO2 (hipercapnia) causa um distúrbio no pH conhecido como acidose. Níveis de PCO2
muito altos também deprimem o funcionamento do sistema nervoso central, causando confusão, coma ou
morte;
- O dióxido de carbono é produzido como um produto da respiração celular. O CO2 é mais solúvel nos
fluidos corporais do que o O2, mas as células produzem mais CO2 do que pode
ser dissolvido no plasma. Daí a necessidade de eliminar o CO2 por várias vias.

Regulação da ventilação
- O controle respiratório ocorre no padrão gerador central que é formado por uma rede de neurônios
localizados na ponte e no bulbo;
- O dióxido de carbono é o estímulo principal para mudanças na ventilação. Os quimiorreceptores centrais
no bulbo respondem a mudanças da PCO2;
- Os quimiorreceptores periféricos nos corpos carotídeos e aórticos monitoram a PO2, a pCO2 e o pH do
sangue. A ventilação aumenta com a diminuição no pH, o aumento na PCO2, ou se a PO2 cai abaixo de
60mmHg;
- Reflexos protetores monitorados por mecanorreceptores periféricos impedem danos nos pulmões devido à
hiperinflação ou à presença de substâncias irritantes;
- Processos conscientes e inconscientes podem afetar a atividade respiratória.

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