Índice
“Contos de uma Jornada Musical” 6
Estágios Iniciais 7
Metodologia para Piano no Século XX 10
As Muitas Falhas do Método Posicional 12
O “Outro” Método 14
A Primeira Aula de Piano 15
Contação de Histórias 16
Escutando Música 17
Desenvolvendo a Habilidade Musical 18
Tocando de Ouvido 20
Outras Atividades Auditivas 21
Exercícios Fora do Piano 24
Postura ao Piano 28
Pulsos 29
A Posição das Mãos 32
Dedos 35
Non Legato 37
Produção do Som 39
Legato 41
Staccato 44
O Teclado 47
Métrica 48
Ritmo 49
Período Pré-leitura 50
Notação Gráfica 51
Improvisação 52
Composição 53
Arte e Expressão 53
Memória Musical 54
O Papel de um Professor de Piano 55
O Envolvimento dos Pais 56
Plano de Aula 57
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"Eu acredito verdadeiramente que o
primeiro estágio de estudo no piano é o
mais importante no desenvolvimento de
um músico. É como plantar uma
semente no solo que tanto pode crescer
e se tornar uma grande árvore ou secar
e morrer no chão.”
Anna Artobolevskaya
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“Contos de uma Jornada Musical”
Escrito na forma de uma livro com capítulos, “Contos de
uma Jornada Musical” utiliza um cenário de contos de
fadas para introduzir e desenvolver conceitos musicais.
Histórias divertidas e logicamente conectadas desenvolvem
a compreensão e apreciação da música e do ato de tocar
piano. Analogias de fácil compreensão com as personagens
e suas aventuras transformam técnicas complicadas em algo
fácil e divertido.
O método combina os princípios do desenvolvimento da
compreensão musical e uma intensa pedagogia criativa para
produzir as condições mais favoráveis não apenas para
dominar o instrumento, mas também para simultaneamente
desenvolver um ouvido musical e várias habilidades, como
improvisação, transposição e o hábito de tocar em conjunto.
O método também cobre os fundamentos da teoria musical -
uma base essencial para todas as habilidades práticas.
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Estágios iniciais
O ensino de pequenos iniciantes é uma das áreas mais
únicas, complexas e criativas na pedagogia do piano. Essa
área exige que o professor não apenas seja um grande
educador, pianista e intérprete, mas também um psicólogo
infantil, ator, contador de histórias, cantor e disciplinador.
Durante os estágios iniciais das aulas de piano, a criança se
encontra com a música, aprende a compreendê-la e adquire
habilidades técnicas iniciais.
No geral, os objetivos no primeiro estágio de estudo podem
ser organizados assim:
Formar uma relação entre o professor e o aluno;
Desenvolver a aptidão musical;
Aperfeiçoar habilidades técnicas;
Aprender a produção do som;
Aprender notação musical;
Aprender a trabalhar em uma composição musical;
A dificuldade reside em decidir quando, e em que ordem, o
professor deve trabalhar com relação a esses objetivos
quando está ensinando iniciantes com diferentes níveis de
habilidade musical.
Quase todas as crianças, exceto aquelas que são surdas de
nascença, possuem algum grau de habilidade musical e
recursos para desenvolverem-na, o que é a razão pela qual
toda criança deve receber uma oportunidade para estudar
música. Entretanto, apenas algumas crianças que começam
suas aulas de música durante a infância se tornarão músicos
profissionais.
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Infelizmente, ao trabalhar com crianças que possuem menos
habilidades musicais, muitos professores utilizam técnicas
metodológicas uniformes, e escolhem exercícios e peças
que são mais adequados para crianças musicalmente mais
bem desenvolvidas, ignorando o fato de que nem todo aluno
é um prodígio. Tal abordagem resulta em um progresso
lento. É provável que a criança em questão perca o interesse
nas aulas de piano e na música como um todo enquanto o
professor falha em trabalhar a habilidade do aluno, sem
procurar por soluções, o que poderia resolver o problema.
Em minha opinião, crianças com menos habilidades
musicais necessitam de uma abordagem de ensino feita à
mão. Enquanto a comumente chamada “falta de talento”
pode se manifestar de várias formas, por exemplo, um
ouvido musical pouco desenvolvido, falta de destreza no
ritmo, percepção lenta, memória fraca, falta de imaginação
ou interesse, alguns métodos e princípios básicos ainda
podem ser aplicados a alunos com essas características.
Alguns desses princípios básicos são:
Durante as aulas, a ênfase deve ser colocada no
desenvolvimento da imaginação rítmica e melódica
usando atividades de apreciação musical, como
tocar de ouvido, improvisar, escutar uma música e
descrevê-la através de desenhos e histórias.
A escolha de material pedagógico deve ser variada
em tamanho e grau de dificuldade; o passo das aulas
e a quantidade de tarefas deve refletir o estágio de
desenvolvimento musical do aluno.
Para manter a criança interessada, as aulas devem
ser divertidas. O professor deve experimentar uma
variedade de atividades ao piano e fora do piano.
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O professor deve ser paciente, amigável e dedicado
ao aluno.
Apesar das diferenças entre as tarefas atribuídas ao ensino
de iniciantes, o processo de aprendizagem deve combinar
esses princípios em uma abordagem global e balanceada.
Os conceitos iniciais que o aluno estará aprendendo durante
os primeiros meses de aula são bastante significativos, uma
vez que o material aprendido nesse período será a base para
um futuro sucesso no desenvolvimento.
Se, durante as fases iniciais do piano, mesmo que por pouco
tempo, um desses elementos básicos for negligenciado,
inevitavelmente o desenvolvimento de sérios problemas no
aprendizado irá ocorrer.
Como professores de piano e educadores, temos uma
responsabilidade vital de nutrir o interesse e o amor pela
música, bem como desenvolver bons hábitos técnicos em
qualquer criança que faça aulas. Mesmo que um aluno não
mostre muito desempenho no início, se ensinado
corretamente, eventualmente ele irá desenvolver seu
potencial.
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Metodologia para Piano no Século XX
É uma pena que hoje não temos muita evidência dos
métodos que foram usados para o ensino do piano antes do
século XX. Entretanto, álbuns de peças fáceis para crianças,
escritos por compositores famosos, permanecem firmes no
repertório pedagógico moderno.
Peças do “Caderno de Anna Magdalena Bach” e os
“Pequenos Prelúdios e Fugas” de Bach; Sonatinas de
Clementi, Diabelli e Kuhlau; Danças de Leopold Mozart,
Wolfgang Mozart e Beethoven; e o “Álbum para a
Juventude” de Schumann e de Tchaikovsky ainda não
perderam seu encanto, e são hoje mais populares que nunca.
Entretanto, esses livros não incluem qualquer
recomendação ou observações para professores e alunos.
Além disso, não há uma progressão lógica no nível de
dificuldade para as composições. Quando introduzindo
essas peças para os alunos, o professor só possui sua própria
experiência e conhecimento para confiar.
A chegada do século XX trouxe novas ideias para a
pedagogia do piano. Em diferentes países, os primeiros
métodos que foram surgindo traziam inovações animadoras:
Explicação lógica do material;
Formato visual e ilustrações atrativas para crianças
pequenas;
Material musical que incluísse músicas
contemporâneas e arranjos de músicas tradicionais;
Sugestões de estudo divertidas para pais e alunos,
além de recomendações para os professores;
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Período pré-leitura no piano;
Introdução fácil e divertida à notação musical;
Uma das maiores inovações do século XX foi o
desenvolvimento do sistema posicional no piano. Este
método de ensino foi apresentado pela primeira vez no
Seminário Internacional de Pedagogia por Robert Pace, e
imediatamente atraiu muitos seguidores. Com a exceção de
alguns países do leste europeu, o sistema posicional se
espalhou pelo mundo.
O sistema posicional, que a partir de agora vou me referir
como a “posição de cinco dedos”, estipula lugares fixos
para cada um dos cinco dedos durante a peça, até que o
aluno vá para uma nova posição de cinco dedos. Embora
esse sistema tenha revolucionado o ensino do piano, ao
mesmo tempo ele também trouxe muitos resultados
indesejados.
Exercícios técnicos baseados na posição de cinco dedos
existiam muito antes do início do século XX, e não eram
direcionados a alunos iniciantes. Eles eram, de fato, usados
por alunos que já haviam adquirido habilidades técnicas e
estavam trabalhando no desenvolvimento da agilidade nos
dedos e flexibilidade nos pulsos.
Além disso, essas posições de cinco dedos ou escalas
pentatônicas funcionavam como um suporte à parte teórica,
permitindo aos alunos explorar padrões de tons e semitons,
aprendendo sobre transposição.
Apesar disso, durante o século XX, a posição de cinco
dedos para pianistas iniciantes se tornou a abordagem
padrão na maioria dos países.
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As Muitas Falhas do Método Posicional
A liberdade e flexibilidade de todas as partes superiores do
corpo do pianista (dedos, pulsos, braços, cotovelos e
ombros) são os princípios mais importantes, e são a
fundação de uma técnica adequada. Nem uma única nota
pode ser tocada corretamente no piano se as articulações
estiverem rígidas e os músculos estiverem tensos.
A extensão de oitenta e oito teclas dá ao piano um amplo
som orquestral que o torna único. Portanto, usar o sistema
posicional como ponto de partida para tocar piano vai
contra as bases mais importantes da técnica pianística.
Abaixo você encontrará minha explicação em como pedir a
um aluno iniciante para deixar suas mãos na posição de
cinco dedos e tocar usando todos os cinco dedos irá criar
tensão nas mãos pequenas de uma criança.
Quando no Dó central, ou qualquer outra posição de
cinco dedos no meio do piano, as mãos ficam inclinadas
desconfortavelmente na frente do corpo, ao invés de
curvadas naturalmente, partindo do centro na direção
dos dedos menores.
12
Quando tocando na posição de cindo dedos, o aluno
precisa esticar os dedos em cima das teclas, começando
com o polegar, e quando faz isso, suas mãos ficam
restritas para fazer movimentos laterais e giratórios. A
falta de mobilidade leva à tensão nos ligamentos.
O famoso pianista e pedagogo russo Boris Berman escreveu
em seu livro “Notes from the Pianist Bench”:
‘Tocar com uma mão imóvel produz um som seco e
inflexível; também pode levar à tensão muscular e até
lesão.’
O repertório de métodos que utilizam a posição de cinco
dedos é inteiramente baseado em cinco notas. Quando
utilizado como abordagem de ensino, o aluno passa a
depender completamente da relação entre a tecla e o
número do dedo. No lugar de ler e reconhecer a nota na
pauta, a criança lê apenas o dedilhado e aperta qualquer
tecla que esteja embaixo daquele dedo.
Ao tocar padrões de cinco dedos sem imaginação e sem
naturalidade por anos, o professor estará limitando seus
alunos a usar apenas métodos, desta forma atrasando ou
até mesmo privando completamente o aluno iniciante de
desenvolver o gosto pela música clássica em geral.
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O “Outro” Método
Antes da posição de cinco dedos ganhar a atenção do
mundo, alunos iniciantes eram introduzidos ao piano
aprendendo primeiramente os movimentos dos músculos
grandes do corpo. Todas as melodias iniciais eram
executadas apenas com o terceiro dedo, usando grandes e
relaxados movimentos do braço entre os sons, o que
permitia a um pequeno pianista levantar o braço inteiro
enquanto se movia de tecla para tecla ao longo de todo o
piano, sem ficar preso no meio do teclado.
Por causa da posição do terceiro dedo localizada no final do
braço e no meio de nossa mão, esse dedo pode oferecer o
apoio necessário para ‘tocar dentro da tecla’, usando o peso
do braço.
Uma vez que a coordenação motora fina ainda não está
completamente desenvolvida em crianças pequenas de 4 a 6
anos de idade, leva um longo período, e um cuidadoso
trabalho da parte do professor, para chegar ao ponto em que
elas conseguem usar cada dedo de forma independente.
14
A Primeira Aula de Piano
A primeira aula com um aluno novo é sempre a mais difícil
para qualquer professor. Como a criança ainda não possui
qualquer habilidade no instrumento, o professor precisa
preencher em torno de trinta minutos de aula com
atividades variadas, sem que o aluno fique cansado ou
entediado.
Para evitar frustração, todo professor de piano deve ter uma
“caixa de ferramentas” de atividades para a primeira aula de
piano:
Ler ou contar histórias quando estiver apresentando
novos conceitos;
Escutar e analisar peças fáceis para piano;
Tocar de ouvido melodias simples e conhecidas;
Tocar ou bater palmas com padrões rítmicos
simples;
Cantar uma música conhecida junto com o aluno;
Exercícios de relaxamento ao piano e fora do piano.
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Contação de Histórias
A aventura de tocar piano começa no primeiro capítulo de
‘Contos de uma Jornada Musical’, com a introdução ao
mundo da música e dos sons.
Preciso mencionar que, durante minhas aulas, eu não leio as
histórias em sua totalidade. Ao invés disso, faço uma breve
introdução e apresento as personagens principais. Seguindo
minha recomendação, os pais leem as histórias para os
filhos em casa, entre uma aula e outra.
As crianças pequenas se apaixonam pelos contos de fadas, e
pedem aos pais para lerem para elas repetidas vezes.
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Escutando Música
Eu não poderia deixar de
enfatizar o quanto é importante
envolver as crianças na música
desde o início. O aluno aprende a
analisar composições musicais
quando o professor toca para ele,
ou quando escuta uma gravação
tocada na aula.
O CD incluído nos dois livros da série “Contos de uma
Jornada Musical” apresenta alguns exemplos de peças para
crianças: “O Urso”, “O Gato e o Rato”, “O Pardal”, “O
Porco-Espinho”, bem como faixas para acompanhar cada
melodia do livro.
Nós também discutimos quais formas de expressão musical
foram usadas para descrever a forma como o animal se
movimenta ou o seu tamanho. Na primeira aula, os alunos
aprendem que, assim como as pessoas e os animais, os sons
também podem ser alegres ou tristes.
Durante os primeiros meses das aulas de piano, peço a meus
alunos para fazerem desenhos para cada peça nova que
escutaram na aula como tarefa de casa.
Com o tempo, acrescento novos desafios. Peço a meus
alunos para inventarem um nome adequado para uma
música, fazer um desenho e escrever uma história sobre a
peça que estão aprendendo a tocar ou que escutaram na
aula.
17
Desenvolvendo a Habilidade Musical
Durante os estágios iniciais do aprendizado, o processo de
desenvolver a habilidade musical exige estruturar as aulas
de forma bem específica. Um desenvolvimento completo da
ampla variedade de imagens musicais se torna meu objetivo
principal desde o início. É importante compreender que
tocar piano se torna uma atividade reflexiva apenas quando
envolve o uso de uma imaginação musical.
Entretanto, antes do professor chegar ao ponto em que
escolher um repertório adequado se torna necessário para
um maior desenvolvimento das habilidades do aluno, é
interessante compreender até que ponto a criança é capaz de
recriar uma melodia que apresente ritmo, variedade de notas
e expressão de dinâmica. Além disso, o aluno deve
desenvolver o desejo de articular essas imagens musicais
através do piano.
Abaixo estão alguns exemplos de jogos e atividades que eu
recomendo incluir nas aulas de um aluno iniciante:
Cantar um dado som (tocado ou cantado). Se o
aluno não conseguir fazer isso, o professor deve
determinar a extensão vocal do aluno e tocar uma
nota que esteja mais próxima da extensão vocal
natural do mesmo, gradualmente a expandindo;
Estabelecer um ritmo simples caminhando com a
música, batendo uma palma a cada dois passos, a
cada três passos, e assim por diante;
Recitar rimas infantis e poemas com expressão,
batendo o ritmo em um tambor ou com palmas e o
repetindo em qualquer tecla do piano;
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Reprodução de som:
a) O professor toca uma nota no piano e o
aluno a repete com a mesma duração e
intensidade;
b) O professor toca uma nota e o aluno
tenta localizá-la no piano.
Reconhecimento de tom: o professor toca a nota Dó,
seguida por outra nota qualquer. O aluno deve
identificar se a segunda nota estava acima ou
abaixo, perto ou longe da nota Dó inicial;
Reprodução de ritmo: o aluno repete um padrão
rítmico, memorizando-o usando as palavras: “Qual é
seu nome?”;
Improvisar/compor uma melodia para acompanhar
um poema/rima infantil.
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Tocando de Ouvido
Tocar de ouvido é outra atividade chave que ajuda a
desenvolver a habilidade musical em uma criança. Eu peço
a meus alunos para tocar melodias simples com o terceiro
dedo, e lembro a eles de manter os outros dedos reunidos de
maneira natural. É injusto atrasar o progresso de uma
criança por causa de imperfeições na posição das mãos e,
nesse estágio, ainda é aceitável que as mãos do aluno não
tenham adquirido um formato perfeito.
Através de uma abordagem a longo prazo, vou continuar
trabalhando nas mãos do aluno, movimentos dos braços e
relaxamento sem que o aluno perceba que está sendo
corrigido.
Ao tocar de ouvido, é fundamental manter o fraseado e
caráter autênticos da música. Também é importante
estabelecer a direção da melodia, seu início e fim.
Comece esse exercício pedindo a seus alunos para tocar de
ouvido uma melodia simples formada por duas ou três
notas, apenas nas teclas pretas. Em seguida, dê a sugestão
de tocar novamente começando em qualquer tecla,
mantendo a mesma melodia.
Mesmo que alguma coisa ainda esteja errada, não é bom
ficar muito tempo no mesmo exercício, sendo melhor
mudar para uma nova tarefa. Você sempre poderá revisitar
antigos ‘problemas’ depois.
20
Outras Atividades Auditivas
Crianças com idades entre 4 e 6 anos não conseguem focar
em uma única atividade por um período muito longo de
tempo, e é dever do professor garantir que o processo de
desenvolvimento da habilidade musical da criança não se
torne uma sobrecarga. Se você quer manter seus alunos
interessados na aula, é essencial ter uma ampla variedade de
tarefas que irão permitir à criança trocar de um exercício
para outro com algum tempo para descansar. Não há
qualquer necessidade de esperar uma perfeição imediata na
melodia e percepção rítmica, mas é importante continuar
trabalhando no processo de desenvolvimento de ambos.
Neste capítulo você encontrará sugestões para exercícios
adicionais bastante úteis, e que ao mesmo tempo deixarão
as aulas mais interessantes.
Peça ao aluno:
1) Para identificar:
a) Sons grossos e finos ou sons graves e agudos;
b) Sons curtos e longos;
c) Sons fortes e fracos.
2) Para identificar quantos sons tocados juntos ele consegue
escutar: um, dois ou três;
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3) Para adivinhar qual animal está cantando a música: um
urso, um elefante ou um leão;
4) Para descrever o caráter de uma peça tocada pelo
professor;
5) Para completar uma melodia;
6) Para identificar as notas que estão faltando na melodia;
7) Para compor uma melodia para a letra dada:
Por exemplo: “O peixinho nada sem parar.”
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8) Para responder a uma pergunta tocada no piano pelo
professor, tocando a resposta;
9) Para compor um acompanhamento simples para a
melodia.
Esses exercícios irão manter as crianças entretidas, além de
aumentar o interesse e prazer delas na aula. É importante ter
em mente que o aluno sempre deve se divertir e sentir que
tocar piano é algo fácil e confortável. Assim, o aluno irá
esperar ansiosamente pela próxima aula.
A aula que é conduzida como uma peça teatral, onde o
aluno não é um expectador passivo, mas um participante
ativo, trabalhando como co-autor e personagem principal,
será um sucesso.
23
Exercícios Fora do Piano
Nos estágios iniciais, o maior objetivo do professor deve ser
apresentar aos alunos como funciona a mecânica do
relaxamento da parte superior do corpo. O processo de tocar
piano envolve esforço físico e contração muscular. A
capacidade de trocar entre tensão e relaxamento
rapidamente é a habilidade mais essencial para qualquer
pianista. Aprender a relaxar a mão depois de uma contração
muscular é a habilidade fundamental sobre a qual todas as
outras técnicas do piano serão construídas.
A explicação de tais habilidades e técnicas de relaxamento
para alunos iniciantes deve estar de acordo com o nível de
desenvolvimento físico e mental do aluno. Além disso,
todos os exercícios devem ser executados como um jogo
divertido. Apenas assim a criança será estimulada.
Com raras exceções, a criança vai para a primeira aula de
piano com excessiva tensão nos músculos das costas,
pescoço e ombros. Tal tensão na parte superior do corpo
interfere no processo de aprender a tocar. Os exercícios que
seguem são ótimos para estabelecer uma conexão com o
corpo inteiro logo no início do estudo do piano. Eles
ajudam o aluno a aprender a sentir e a controlar os grandes
músculos da parte superior do corpo. Eu recomendo fazer
esses exercícios pelas primeiras 4-6 semanas de aula, e
então retornar a eles conforme necessário.
Exercícios fora do piano também são uma ótima forma de
diversificar atividades durante a aula, assim a criança não
fica cansada ou entediada, nem perde o foco e a
concentração. Às vezes peço ao aluno para fazer esses
exercícios ouvindo uma seleção de música clássica.
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Exercício do Salgueiro-Chorão:
O “Salgueiro-Chorão” é o
primeiro exercício em
“Contos de uma Jornada
Musical”. Os alunos adoram
a história da grande árvore
com galhos pesados cheios
de folhas. Eu peço que
imaginem que seus braços
são os galhos, pendendo
livremente do grande tronco.
O aluno fica de pé, balançando seus braços na frente
do corpo de um lado para outro. Gradualmente, ele
se inclina para frente, aumentando o movimento dos
braços. Então, lentamente retorna à posição inicial.
Exercício do Grande Pássaro:
O aluno fica de pé e lentamente move os braços para
cima e para baixo, imitando as asas de uma águia.
Você também pode pedir ao aluno para andar ao
redor da sala, com seus braços subindo e descendo
como asas.
25
Exercício do Moinho de Vento:
O aluno começa movendo um
braço de cada vez, ao lado do
corpo. Gradualmente ele
aumenta o movimento, até que
o braço passe a fazer grandes
movimentos circulares. Repita
o exercício com o outro braço.
Exercícios dos Braços Flutuantes:
O professor pede ao
aluno para fazer de
conta que está na
água, usando boias
de braço.
O professor pode acrescentar mais exercícios, baseados em
outras analogias, além de outras demonstrações, às aulas.
26
Exercício da Marionete:
Primeiro, o professor estica os braços do aluno e os
levanta paralelamente ao chão. Explique ao aluno
que ele deve manter os cotovelos na mesma posição
durante todo o exercício. Então, gradualmente solte
os dedos, as mãos e os antebraços do aluno. No final
do exercício, o aluno solta os braços como uma
marionete.
27
Postura ao Piano
Eu sempre digo a meus alunos e a seus pais que a
verdadeira produção de som depende muito da postura.
A altura da banqueta, a distância da banqueta até o piano, a
posição do corpo na banqueta e a posição dos pés no
chão/suporte para os pés irá afetar a liberdade dos
movimentos da parte superior do corpo do aluno.
Eu enfatizo a importância de uma boa postura para os pais e
passo por vários pontos cruciais com eles, garantindo que as
crianças continuarão a desenvolver uma boa postura
enquanto estudam em casa.
A altura da banqueta deve
ser ajustada conforme a
altura da criança, de
forma que os braços e
cotovelos estejam na
altura das teclas ou
levemente acima delas.
O aluno deve sentar na
parte da frente da
banqueta.
Os braços não devem ficar pressionados contra o
corpo, mas flutuar confortavelmente no ar,
formando uma curvatura natural.
Os pés devem estar firmemente parados no chão, no
adaptador de pedal ou em um suporte para os pés.
A coluna não deve ficar completamente reta, mas
em uma posição relaxada, se inclinando bem de leve
na direção das teclas.
28
Pulsos
Nosso pulso é o elemento mais importante na aparelhagem
pianística, e é responsável por múltiplas funções. O pulso
muda e corrige os movimentos das mãos e dos dedos, bem
como executa várias funções independentes. O pulso
executa a função de respirar do braço inteiro. Como
consequência, se o pulso fica fixo em uma posição estática,
o braço é impedido de ‘respirar’ livremente, assim causando
tensão em todo o aparato pianístico.
Uma criança pequena pode não estar familiarizada com os
mecanismos de como relaxar os pulsos, e o professor
precisará demonstrar e explicar como isso funciona, usando
exercícios de fácil compreensão.
Exercícios iniciais para desenvolver a flexibilidade nos
pulsos envolvem movimentos simples, como sacudir as
mãos para cima e para baixo (como se estivesse acenando),
de um lado para outro e com movimentos giratórios.
A criança levanta os braços na frente do corpo,
fecha as mãos e começa a movê-las em um
movimento circular. Observe que os cotovelos
devem se mexer o mínimo possível.
Movimento vertical do pulso – ‘respirando’:
29
A mão do aluno é colocada gentilmente no piano. O aluno
‘inspira’ com o pulso, levantando-o até que apenas o
terceiro dedo toque a tecla, então move o pulso para baixo,
‘expirando’ até chegar à posição inicial. Ao apoiar
gentilmente os cotovelos do aluno, o professor irá ajudá-lo a
adquirir movimentos mais precisos.
Movimento horizontal do braço/pulso:
Em meu livro, comparo os movimentos que são usados
neste exercício com macacos que balançam nas árvores - ‘o
balanço do macaco’.
Para realizar este exercício, você deve colocar os braços do
macaco de pelúcia em volta do antebraço do aluno, usando
o velcro. Peça ao aluno para colocar o terceiro dedo em
qualquer tecla e gentilmente mover o pulso de um lado para
o outro.
30
O objetivo do exercício do ‘balanço do macaco’ é criar uma
fundação para o trabalho de fraseados que será realizado
mais tarde, produzindo um som que de fato cante a nota.
Para alunos de transferência com pulsos rígidos e
inflexíveis, costumo fazer um exercício usando outro item:
Uma faixa de cabelo (qualquer faixa de cabelo elástica
funciona) é usada para levantar a mão do aluno pelo
pulso, assim o aluno pode experimentar a sensação de
uma mão relaxada.
31
A Posição das Mãos
O processo de construir as habilidades iniciais do
instrumento, por exemplo, moldar as mãos do aluno em um
formato perfeito, deve começar a partir da primeira aula e
continuar sob constante supervisão da parte do professor.
A posição das mãos não é uma estrutura rígida, mas um
formato flexível e em constante mudança. O movimento
natural dos dedos, mãos e braços ajudam a desenvolver
certos músculos, e isso molda a mão do pianista.
Devido à forma única de nossa mão, e especialmente à
posição do polegar dentro dela, somos capazes de agarrar e
segurar vários objetos. Esta ação não causa tensão, e nos
permite criar um arco, como o formato necessário para tocar
piano.
32
Para ajudar meus alunos a compreender esse conceito, uso
bolinhas de espuma com cerca de 5 centímetros de
diâmetro.
Enquanto deixo o
aluno gentilmente
segurar a bolinha,
faço uma
comparação com
uma suculenta maçã
(veja o capítulo “O
Pomar” no livro 1).
Eu explico que se o
aluno tencionar os
músculos, sua mão
irá espremer a bola,
ou seja, espremer o suco para fora da maçã. A analogia da
fruta funciona muito bem para ajudar a prevenir tensão e
estimular um bom formato da mão.
Os exercícios abaixo também podem contribuir para o aluno
compreender como estabelecer a liberdade nos músculos e
manter as mãos relaxadas. Por exemplo:
Durante alguns segundos, o aluno aperta um brinquedo
de formato redondo, e então relaxa a mão. O aluno leva
um momento para comparar sensações entre os músculos
de sua mão ‘tensos’ e ‘relaxados’.
Para ajudar meus alunos a de fato compreenderem como a
qualidade do som depende de mãos relaxadas ou tensas,
faço o seguinte jogo com eles:
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Com os olhos fechados, o aluno escuta uma melodia. Eu
toco a primeira versão com minhas mãos tensas de
propósito, em seguida repito, desta vez com mãos
relaxadas. O aluno deve escolher qual ficou melhor, e
geralmente, a versão correta é escolhida.
Para que o aluno compreenda como o melhor resultado
foi atingido, toco a melodia uma terceira vez. Antes de
começar, peço ao aluno para prestar bastante atenção em
como minhas mãos e dedos de movimentam nas teclas.
Para um melhor resultado na compreensão do trabalho
desta técnica específica, às vezes sugiro que o aluno
levemente segure minha mão enquanto estou tocando.
Nas as primeiras aulas, costumo segurar as mãos do aluno
nas minhas na maior parte do tempo, para mantê-las
relaxadas e arredondadas. Também quando uma nova peça
é lida, direciono e apoio as mãos e dedos do aluno para
assegurar que eles se movimentem de forma naturalmente
relaxada e flexível.
Quando chega a hora de o aluno começar a tocar de forma
independente, continuo a observar de perto, para evitar
qualquer tensão em suas mãos.
34
Dedos
Com frequência, alunos iniciantes
não conseguem manter os dedos
arredondados, e como resultado,
os dedos cedem na primeira junta.
É necessário um trabalho
meticuloso tanto do aluno quando
do professor para desenvolver
uma das habilidades mais
complexas na construção do
aparato pianístico: consciência e sensibilidade nas pontas
dos dedos.
Para começar, o professor pode pedir ao aluno para coçar a
ponta do nariz ou puxar a pele de cima da mão sem
escorregar, usando apenas a ponta do dedo para isso. Ao
fazê-lo, a junta mais próxima da unha forma um ângulo
obtuso, firmemente mantendo a posição.
O exercício deve ser realizado com cada dedo, usando um
dedo de cada vez. Se em algum ponto a junta ceder, o
professor deve chamar a atenção do aluno para isso.
35
É aconselhável começar a tocar as primeiras
notas/melodias/exercícios com o terceiro dedo, por ser o
dedo mais estável. A força desse dedo, bem como sua
posição central, proporciona a firmeza e o conforto
necessários para a mão.
Eu digo às crianças que os dedos são como cinco irmãos em
uma grande família, que é a mão. O filho mais velho é o
terceiro dedo. Ele fica no meio da mão, é o mais comprido,
e tem a responsabilidade de tocar piano primeiro.
Quando o aluno se sente confortável e sua mão está bem
equilibrada, o segundo e o quarto dedo podem ser
acrescentados. Os últimos dedos a serem incluídos são o
polegar e o quinto dedo.
Se um aluno apresenta um progresso constante, ele não vai
ter dificuldades em usar o primeiro e o quinto dedo. Porém,
se hábitos ruins devido a um treinamento anterior estiverem
atrasando o aluno, exercícios adicionais podem ser
acrescentados para solucionar o problema.
36
Non Legato
O non legato envolve um movimento relaxado e flexível
através de todo o braço. Começa com o suave levantar do
antebraço e do pulso (um pequeno movimento ascendente);
em seguida um afundar da mão no teclado com a ponta do
dedo firme e um ligeiro mergulho do pulso, sem bater na
tecla; por fim, o aluno suavemente solta a mão (movimento
de flutuar ascendente), envolvendo o antebraço e o pulso.
A articulação em non legato evolui naturalmente a partir
dos movimentos de respirar verticalmente do pulso e
permite que o professor e o aluno se concentrem no
mecanismo de relaxamento da mão em sua forma mais pura
e simplificada. Isso pode ser chamado de tocar no ‘expirar’.
O pulso ‘inspira’ logo acima da tecla, enquanto o dedo
continuamente permanece na superfície da tecla e ‘expira’
pressionando a tecla para baixo. Respirar de verdade
enquanto executa o non legato é um ótimo modo de sentir o
movimento natural do antebraço e da mão.
Depois de mergulhar na tecla com o peso do braço,
suportando-o com o terceiro dedo, precisamos escutar o
som tocado, e então levantar o dedo da tecla e ir para a
próxima tecla. Devemos escutar pequenas pausas entre os
sons ao tocar o non legato.
O objetivo desses exercícios preparatórios é desenvolver o
hábito de relaxar a mão ao soltar a tecla. Se a mão é flexível
e livre nesse momento, seu próprio peso irá fazer com que
ela penda naturalmente do pulso. Enquanto desnecessária
em níveis mais avançados, essa posição ‘pendente’ com o
tempo irá diminuir para um mínimo, mas o hábito de
37
relaxar a mão imediatamente após tocar a nota
permanecerá.
O non legato permite uma movimentação livre ao longo de
todo o teclado. Quando a mão do aluno solta a tecla e flutua
para fora dela, o braço se move na direção da próxima tecla.
Isso é uma importante ferramenta no aprendizado da
geografia do piano.
Alguns exercícios extras, como “O Arco-Íris” e “A
Borboleta” (capítulos 6 e 9 do livro 1, respectivamente) irão
ajudar o aluno a executar o non legato corretamente. Uma
boa execução desses exercícios encoraja o aluno a imaginar
que suas mãos estão leves, flexíveis e elegantes.
Tocar o non legato com grandes movimentos do braço
permite ao aluno controlar o peso de seu braço caindo no
teclado e a trabalhar na qualidade do som. Também, ao usar
um dedo de cada vez, o professor poderá focar no formato e
na força de cada dedo.
38
Produção do Som
Assim que o aluno começa a tocar suas primeiras melodias,
o professor deve prestar especial atenção ao toque e
produção do som.
É recomendável começar a trabalhar na produção do som
desde os mais simples exercícios em non legato. Para
organizar a mão, atingir sua liberdade, e administrar a
sustentação dos dedos - bem como aprender a ouvir a
duração e intensidade do som de forma geral - é melhor
começar com sons separados. O professor demonstra
diferentes exemplos musicais, que podem ser tocados com
diferentes expressões e articulações: melodiosa e suave ou
áspera e dura. Então a atenção é voltada para como as notas
dos exemplos irão soar em partes diferentes do teclado.
Nas histórias, eu uso a imagem de mergulhar os dedos da
criança em sua geleia favorita. Para visualizar essa imagem,
trago para a aula um pote de geleca, que é incluído no kit
complementar. A sensação gerada ao pressionar o dedo
dentro da geleca ajuda o aluno a atingir uma entrada mais
lenta e mais constante na tecla, e previne o hábito de
cutucar ou simplesmente apertar as teclas. Esse método irá
ajudar a produzir um melodioso molto cantabile.
39
Mestres do piano sempre enfatizaram o papel da produção
do som na hora de tocar piano:
“Os dedos devem criar raízes no teclado”,
S. Rachmaninoff
“O som deve ser produzido como se houvesse um morango
maduro sobre a tecla, e você tivesse que tocar através
dele”,
J. Hoffman.
É essencial monitorar a qualidade do som a cada estágio.
Cada som tem que ser claro, contínuo e cheio. Treinar os
alunos para ‘escutar’ é uma das muitas incumbências das
aulas de piano durante os estágios iniciais.
A fim de produzir um som de boa qualidade e desenvolver
o controle auditivo, peço a meus alunos para dintinguir três
estágios da produção do som:
1) Início do som.
2) Duração do som.
3) Esvanecimento do som.
Segue um exemplo de exercício:
A criança localiza com os olhos a tecla a tecla que irá
tocar e gentilmente a pressiona com a ponta do terceiro
dedo. Os outros dedos ficam juntos em uma posição
relaxada e natural. O dedo deve ficar estável; a
articulação não deve ceder nas juntas. A tarefa mais
importante aqui é aprender a escutar o som antes que ele
acabe; apenas quando o som desaparece o aluno deve
retirar a mão do teclado e gentilmente repousá-la no
colo. O braço deve funcionar como um mecanismo
sólido e permanecer relaxado em todas as articulações.
40
Legato
Uma vez que o piano é um instrumento percussivo, o
processo de tocar em legato envolve um complexo conjunto
de habilidades. Portanto, deve-se tomar bastante cuidado na
hora de ensinar essa importante articulação.
Por isso, o livro 1 de “Contos de uma Jornada Musical” é
completamente dedicado à técnica do non legato. O período
de tempo dedicado apenas ao non legato varia de algumas
semanas a alguns meses. Quando o livro termina e o non
legato é dominado, passamos ao aprendizado do legato.
O som em legato pode ser executado quando os dedos,
devidamente relaxados, dão passos conectados de uma tecla
para outra. Uma boa articulação deve estar presente de
forma constante em todos os exercícios em legato. Isso
envolve não apenas suficiente movimento dos dedos, mas
saber também a hora certa de soltar as teclas. Além disso,
uma boa execução do legato só é possível quando o aluno já
aprendeu o uso de seus pulsos, mãos e a técnica de usar o
peso do braço sem precisar ser lembrado. E o mais
importante, o aluno precisa ser um bom ouvinte.
Tocar em legato exige apurada percepção auditiva, pois é
preciso escutar o momento de transição de um som para
outro. O professor pode ensinar o aluno a distinguir entre
um “bom” e um “mau” legato, por exemplo, cantando uma
melodia e depois a tocando no piano. O aluno deve
aprender que é inaceitável tocar as notas sem completa
ligação ou com ligação excessiva, o que leva um som a se
sobrepor a outro. É de suma importância ensinar o aluno a
fazer pequenas mudanças de um som para outro desde cedo.
41
Aprender a tocar em legato deve começar com exercícios
de apenas duas notas: os pares de legato. O objetivo desses
exercícios é ensinar o aluno a sincronizar o início da
segunda nota com o final da primeira. Deve ficar claro que
uma linha melódica com notas tocadas na mesma
intensidade não produz notas ligadas. A ligação ocorre
apenas se uma relação dinâmica e rítmica entre os sons está
presente.
Os pares de legato funcionam como um passo intermediário
para a execução do legato em si. Eles também são uma
articulação essencial na música, especialmente em peças do
Período Clássico. Mesmo nos estágios iniciais, o aluno deve
aprender a escutar atenciosamente os finais das ligaduras.
Esse é o primeiro passo no desenvolvimento da
sensibilidade musical, o que no futuro irá possibilitar ao
aluno dar forma e frasear uma melodia de forma bela.
Os pares de legato são tocados inicialmente com os dedos 2
e 3, por serem estes os mais estáveis. A primeira nota do par
deve ser tocada profundamente, em um movimento
descendente (o mesmo movimento do non legato). Então o
aluno deve lentamente caminhar para a tecla ao lado de
forma que a segunda nota seja tocada mais leve e
suavemente, seguida pelo movimento de levantar o pulso. A
42
mão e o pulso devem estar flexíveis, possibilitando sentir o
deslocamento do peso de um dedo para o outro.
É bastante útil praticar pares de legato respirando. Inspire -
se prepare, verifique se o pulso está levantado. Expire -
solte o braço na primeira nota, mantendo o pulso para
baixo. Inspire novamente - pressione a segunda tecla
levemente, agarrando a tecla com a ponta do dedo e um
movimento de flutuar do pulso levantado.
É importante não tentar levantar o pulso entre as duas notas,
o que pode fazer a segunda nota sair acentuada. Para
enfatizar a execução correta de pares de legato, é
aconselhável usar palavras conhecidas ou nomes de pessoas
em que a primeira sílaba seja a sílaba forte (usando uma
sílaba para cada nota). Quando o aluno domina pares de
legato, vamos para três, quatro e mais notas ligadas.
Tocar mais notas em legato é apenas uma modificação dos
pares de legato. Em grupos de três notas, o dedo que toca a
nota do meio funciona como uma ponte entre os dedos da
primeira e da última nota. Da mesma forma, certo peso é
usado para apertar a primeira nota; bem menos é usado na
segunda, já que a mão começa seu movimento ascendente
de relaxamento, e ainda menos peso é usado na terceira
nota, que é tocada levemente e com mais relaxamento da
mão.
Ao longo do caminho, o aluno aprende a tocar posições de 5
dedos com um movimento do pulso, em que o pulso se
move levemente na direção do último dedo do grupo. Esses
movimentos são necessários para uma execução suave do
legato e para sentir as mãos “respirando”. A mão deve se
mover de forma livre e flexível, ligando as notas.
43
Staccato
Em geral não leva muito tempo para a criança dominar a
técnica, uma vez que, quando começa a tocar em staccato,
já existe considerável controle da musculatura.
Durante os estágios iniciais, a técnica do staccato é
apresentada como um movimento de empurrar (ou
impulsionar), que vai na direção oposta do non legato.
Ainda, semelhante ao non legato, é executada na
‘expiração’. Quando tocando em staccato, a mão deve
relaxar imediatamente após o impulso da nota tocada.
No livro, um dos personagens, o sapo
Faísca, ensina os animais a pular no
trampolim. Isso permite à criança uma
rápida compreensão do movimento de
impulso do pulso relaxado e a
importância de um toque preciso e
destacado.
Um ponto importante na execução
de notas em staccato é a preparação
do dedo na tecla. Um movimento
vigoroso, embora flexível da mão,
produz simultaneamente duas reações: a tecla vai para
baixo, produzindo um curto som em staccato, e a mão,
relaxada, faz um impulso. A forma correta de tocar staccato
envolve um flexível movimento de impulso do pulso.
Primeiro o aluno deve aprender o staccato de braço, em que
o braço inteiro pressiona a tecla e dá um impulso para cima
ao soltá-la. Mais tarde, quando isso é dominado, eu ensino
movimentos menores da musculatura - o staccato de dedo.
44
A execução do staccato consiste de duas fases:
1. Preparação
Para conseguir um movimento de impulso correto, o dedo
deve estar o mais perto possível da tecla. Se o exercício é
praticado nas teclas do piano, o dedo vai ter essa
proximidade simplesmente pelo encostar na superfície das
teclas. A distância vertical da tecla a seu fundo irá criar a
distância adequada para o movimento de impulso.
2. Impulso
Com esse rápido movimento, o dedo salta do fundo da tecla,
enquanto o pulso imediatamente levanta, desempenhando a
função de uma mola. O braço sobe, relaxando
imediatamente e se apoiando gentilmente na próxima tecla.
Para começar, esses exercícios devem ser praticados com o
terceiro dedo. Eles podem ser feitos posteriormente com
45
outros dedos quando o aluno estiver pronto. Tocar em
staccato com o primeiro e o quinto dedo deve ser
trabalhado com cuidado, e apenas depois que a técnica do
staccato for totalmente compreendida e dominada pelo
segundo, terceiro e quarto dedo. Ao tocar em staccato com
o primeiro e o quinto dedo, o pulso deve seguir a direção
desses dedos, respectivamente.
No caso de dificuldade na execução desse exercício, o
professor pode ajudar segurando a ponta do dedo do aluno
na superfície de uma tecla com uma das mãos, enquanto
direciona o pulso do aluno para cima com a outra.
46
O Teclado
É muito importante fazer o esquema do teclado de forma
amigável e compreensível para a criança. Usando um
personagem para cada nota musical, criei diferentes
histórias sobre as teclas.
Eu uso um teclado impresso com gravuras de cada animal
atribuído às teclas, que se encaixa perfeitamente nas teclas
do piano (incluído no kit complementar nos países de língua
inglesa). Os alunos rapidamente memorizam a ordem das
notas e aprendem a geografia do piano enquanto tocamos
essas notas em diferentes oitavas, usando cada uma das
mãos.
Cada personagem também possui sua própria música no CD
com acompanhamentos. Ao tocar cada nota com um dedo, a
criança também trabalha a produção do som enquanto
aprende a localização das teclas.
47
Métrica
Enquanto trabalhamos habilidades técnicas e o esquema do
teclado, também apresento aos alunos o conceito de pulso
rítmico constante, e um pouco mais tarde, o ritmo em si.
A compreensão do conceito de
tempo vem através da mistura de
música e movimento. Nós
marchamos, cantamos e pulamos
com o metrônomo e/ou com
exemplos do CD.
Em minhas histórias, eu
apresento o Metrônomo como
uma das personagens. Ele
aparece nos contos de fadas e
mantém o ritmo constante para
nós.
Embora alguns professores de piano sejam contrários ao uso
do metrônomo nas aulas, acredito que ele seja uma
ferramenta funcional e necessária para ajudar os alunos a
aprender a controlar o tempo estabelecido, bem como o
ritmo. Tocar com o metrônomo irá prevenir o afastamento
do ritmo e do tempo.
Todavia, tenha em mente que o metrônomo não será de
muita ajuda com relação a senso de tempo/pulso rítmico do
aluno. Se um aluno toca com o metrônomo o tempo todo,
ele poderá ter problemas em observar e corrigir erros.
48
Ritmo
Eu apresento valores de tempo através de várias atividades
que envolvem círculos brancos e pretos (incluídos no kit
complementar). Os círculos brancos representam sons
longos, e os círculos pretos representam sons curtos.
As crianças gostam de brincar com eles. Elas batem palmas,
pulam, escutam e copiam os padrões rítmicos que toco, e
então tentam criar seus próprios padrões. Até chegamos a
tentar compor melodias simples usando os padrões rítmicos,
para depois tocá-las no piano. Quando o aluno está
preparado, passo a usar semínimas para os sons curtos e
mínimas para os sons longos.
Como o conceito de ritmo é uma das áreas mais difíceis de
desenvolver, recomendo que os exercícios continuem sendo
feitos até que o aluno esteja completamente seguro e seja
capaz de ler padrões rítmicos com facilidade.
49
Período Pré-leitura
Enquanto se está trabalhando com habilidades instrumentais
específicas e ritmo, é importante não sobrecarregar o aluno
com a leitura de notas. Antes de explicar a notação musical,
eu peço a uma criança pequena para tocar melodias simples
e conhecidas de ouvido, o que também funciona como uma
ótima ferramenta no treinamento auditivo. No início, prefiro
que meus alunos toquem essas primeiras melodias apenas
nas teclas pretas, pois isso ajuda com que se acostumem a
manter os braços flutuando acima do teclado.
O espaço de tempo para o período pré-leitura pode variar de
duas semanas a vários meses, e em alguns casos, pode ser
ainda mais longo. Essa duração depende da idade do aluno,
habilidade e progresso.
Não há necessidade de o professor apressar a leitura de
notas, uma vez que trata-se de uma atividade complexa e,
para a maioria das crianças, entediante no início. Eu
recomendo que o professor tenha calma antes de ensinar o
aluno a ler notas, esperando até que o aluno consiga tocar
um razoável número de melodias simples de ouvido
primeiro.
50
Notação Gráfica
O processo de aprender a ler notas deve acontecer de forma
constante. Desde o começo, a imagem da nota deve ser
trabalhada como um link para ler as notas e pressionar as
teclas, com a intensidade e duração corretas.
Em minhas aulas, eu explico a lógica da leitura de notas
através do uso de uma única linha. Para exemplificar, peço
ao aluno para tocar diversas melodias em diferentes partes
do piano, usando teclas aleatórias. Depois, seguimos com a
leitura da melodia impressa, com as notas escritas embaixo
da linha, na linha e em cima da linha.
Quando o aluno se sente seguro com curtas melodias, gosto
de usar uma pauta com um total de 11 linhas, com o Dó
Central na 11ª linha, entre a pauta de cima e a de baixo.
Descobri que muitas crianças, ao invés de contar as linhas
de ambas as pautas de baixo para cima, acabam por contar
as linhas a partir do Dó Central, para cima na pauta de cima
e para baixo na pauta de baixo, aplicando um efeito espelho.
O professor deve estar atento para que o aluno aprenda a
contagem correta.
Em meu livro, a pauta é um Castelo Mágico, construído
com cinco andares acima do solo e cinco andares no
subsolo. Apresento uma nota de cada vez, e as personagens
da família real, o rei Métrico, o príncipe Ritmo e a princesa
Melodia, fazem o papel de notas de referência.
51
Improvisação
A improvisação é uma habilidade humana natural, portanto,
elementos de improvisação devem ser incluídos em quase
qualquer tipo de atividade desde a primeira aula, por
exemplo, na hora de trabalhar o ritmo, entonação,
performance e muito mais.
Simplicidade e acessibilidade de exercícios de improvisação
são benéficos no trabalho com iniciantes. Esses exercícios
permitem ao professor desenvolver a habilidade melódica e
rítmica do aluno, o que por sua vez, leva ao domínio do
instrumento e contribui para o desenvolvimento da escuta
harmônica interna.
A improvisação transforma a aula em um jogo
emocionante. Oferece ao aluno uma oportunidade de
explorar a extensão do piano, expressar sua imaginação e,
acima de tudo, faz com que o aluno se sinta como um
músico de verdade.
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Composição
Compor melodias para versinhos conhecidos é um dos
métodos mais naturais de composição. O melhor jeito de
começar é criar um padrão rítmico para um versinho. Mais
tarde, a imitação dos sons de animais, diferentes
instrumentos musicais e personagens de desenhos animados
favoritos podem ser incluídos nas aulas.
Arte e Expressão
Trabalhar em uma performance expressiva e imaginativa é
necessário desde as primeiras aulas. O professor deve se
empenhar no desenvolvimento de uma abordagem criativa
para qualquer atividade musical com cada aluno. A chave
para esse tipo de trabalho é deixar a iniciativa criativa nas
mãos da criança. Toda aula deve conter material que possa
ser usado para desenvolver a sensibilidade musical. Embora
as peças musicais usadas nos estágios iniciais sejam mais
simples, devemos trabalhar em uma boa produção de som,
dinâmica, formato das mãos e diferentes articulações.
53
Memória Musical
Tocar de memória permite ao aluno maior fluência e
liberdade, e possibilita à criança focar em qualidades
musicais e perfeição técnica. Trabalhar a memória musical
deve estar no roteiro do professor desde a primeira aula,
assim tocar de memória se tornará uma parte natural do
trabalho de qualquer peça.
A memória de uma criança é bastante flexível e possui um
grande potencial para ser desenvolvida. Entretanto, se
durante os primeiros anos de estudo o aluno não é
acostumado a tocar e se apresentar de memória, fazer isso
poderá ser um grande problema mais tarde.
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O Papel de um Professor de Piano
Para tornar a aula de piano uma atividade interessante e
emocionante, o professor precisa encontrar uma forma de
apelar para a imaginação e criatividade da criança, usando
contos de fadas, ilustrações coloridas, canções e brinquedos,
bem como analogias do dia a dia. Tudo isso irá ajudar o
aluno a visualizar imagens musicais e a descobrir os
movimentos físicos necessários para expressá-las.
Um ensino de sucesso é baseado em um conhecimento
profundo de psicologia infantil. As aulas só serão bem
sucedidas em um ambiente criativo e livre de estresse. Um
professor duro, chato e monótono pode destruir o amor pela
música em uma criança pequena. Até o tom de voz do
professor pode ter efeito no processo de aprendizagem do
aluno.
Desde o início, meu alvo é criar uma atmosfera calorosa e
natural na aula, o que vai me ajudar a ganhar a confiança do
aluno. Eu demonstro o quanto estou entusiasmada por poder
ensiná-lo. Demonstro meu interesse na vida da criança ao
conversar com ela por alguns minutos sobre sua família,
amigos, animais de estimação e brinquedos, e qualquer
outra coisa que a deixe triste ou alegre.
55
O Envolvimento dos Pais
Uma das condições mais importantes para um ensino bem
sucedido é uma colaboração constante dos pais do aluno.
Durante a entrevista inicial com a família da criança, antes
do início das aulas, enfatizo a importância do envolvimento
dos pais no processo de aprendizagem. Isso inclui
supervisão diária, auxílio na hora de estudar e organização
do material da criança em casa, um piano acústico de
qualidade, banqueta, suporte para os pés ou adaptador de
pedal ajustável para crianças pequenas.
Idealmente, eu aconselharia você a convidar os pais para
estarem presentes em todas as aulas, pelo menos no
primeiro ano de estudo e, se possível, filmar trechos da
aula, fazer anotações e tirar dúvidas. Acredito
verdadeiramente que um responsável bem informado será
capaz de impedir que a criança cometa erros desnecessários
durante uma semana inteira de estudo.
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Plano de Aula
Este plano de aula é projetado para o período pré-leitura de
estudo, para crianças entre 4 e 6 anos. Devido a diferenças
no nível de desenvolvimento e habilidade, cada plano pode
ser ajustado para um aluno em específico.
As atividades durante o período pré-leitura devem ser
focadas nos seguintes objetivos:
1) Desenvolvimento do ouvido musical e memória.
2) Aprendizado de conceitos básicos de teoria
musical.
3) Ouvir música.
4) Desenvolvimento de bons hábitos técnicos.
Para treinar tocar de ouvido, o professor não deve usar
peças que são usadas no livro. Ao invés disso, escolha
melodias simples, formadas por duas ou três notas. Faça a
melodia caminhar de uma nota para outra nota vizinha.
Por exemplo:
A dona Aranha subiu pela parede,
Veio a chuva forte e a derrubou!
Nas primeiras tentativas de tocar de ouvido do aluno, o
professor deve prestar atenção à expressão, tempo e caráter
do que está sendo tocado.
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Aula 1
1. Apresentação do professor/aluno (pp. 7-8)
2. Síntese do capítulo 1 (p. 9)
3. Introdução ao piano (pp. 10-11)
4. Postura ao piano (p. 11)
5. Tocar de ouvido (use uma melodia simples, com
uma ou duas notas, e peça ao aluno para tocar notas
diferentes com o terceiro dedo).
6. Exercícios fora do piano (capítulos 4 e 5)
7. Capítulo 3. Síntese do conceito de sons graves e
agudos (altura), bem como direção da melodia.
8. Exercícios de treinamento auditivo para estabelecer
o reconhecimento de sons graves e agudos e direção
da melodia.
9. Escutar música (CD Faixa #1 - “O Gato e o Rato”,
de Rybizky e #2 - “O Porco Espinho”, de
Kabalevsky).
a) Apresentar as peças;
b) Analisar/descrever/comparar os sons.
10. Outras atividades auditivas.
Tarefa de casa:
1. Desenhar um porco espinho e um urso.
2. Praticar a melodia aprendida de ouvido com o
professor durante a aula.
3. Praticar os exercícios fora do piano.
4. Aprender a localização no piano dos sons graves,
médios e agudos.
58
Aula 2
1. Tocar de memória uma melodia aprendida
anteriormente. Tentar tocar a mesma melodia
começando em teclas diferentes.
2. Aprender uma nova melodia no mesmo nível de
dificuldade ou uma que seja levemente mais difícil.
3. Escutar exemplos musicais e escolher o desenho do
urso ou do porco espinho para descrever o caráter da
música.
4. Escutar um novo exemplo musical do CD ou uma
peça tocada pelo professor.
5. Exercícios fora do piano.
6. Capítulo 6. Aprender sobre os grupos de duas ou
três teclas pretas. Tocar duas melodias simples nas
teclas pretas.
7. Exercício do “Arco-Íris”, p. 18. O professor ajuda o
aluno a sentir o peso do braço. Movimentos livres
do braço por cima do teclado.
8. Capítulo 7. Mão esquerda (ME), mão direita (MD) e
números dos dedos. Exercícios para reconhecer cada
mão e cada dedo.
Tarefa de casa:
1. Fazer um desenho para a nova peça tocada pelo
professor na aula, ou para uma música escolhida do
CD.
2. Praticar todas as melodias aprendidas de ouvido.
3. Revisar novos conceitos: teclado, MD, ME, números
dos dedos.
4. Tocar melodias da página 17 nos grupos de duas e
três teclas pretas.
5. Exercícios fora do piano.
59
Aula 3
O professor inicia a aula perguntando ao aluno quais
atividades ele gostaria de fazer primeiro. Dependendo da
resposta, o professor poderá ver de que tipo de atividade o
aluno mais gosta, e poderá mudar a ordem da aula para que
esta tenha melhor fluidez.
1. Exercícios fora do piano.
2. Atividades auditivas, tocar novas e velhas melodias
de ouvido, escutar uma nova peça tocada pelo
professor, reconhecer outras peças tocadas nas
aulas anteriores.
3. Verificar a tarefa de casa.
4. Capítulos 8 e 9. Exercícios de dedo. Aprender a
tocar “No Sítio do Seu Lobato” e “O Pãozinho”,
das páginas 21 e 23.
5. Tocar de ouvido “Maria tinha um Carneirinho”.
6. Capítulo 10. Aprender os nomes e a localização
das teclas brancas. Dependendo da idade e nível de
desenvolvimento do aluno, isso pode ser feito em
uma ou várias aulas. Praticar com o CD as faixas
#9-15 e nomear cada tecla.
7. Tocar a “Escala-Valsa”, nomeando as teclas, com o
CD na faixa #16 e sem o CD.
Tarefa de casa:
1. Fazer um desenho para a peça nova tocada pelo
professor na aula.
2. Exercícios fora do piano.
3. Exercícios ao piano (posição das mãos,
“Salgueiro-Chorão”, “Arco-Íris”, exercícios de
dedo).
4. Praticar tocar melodias de ouvido e com o livro.
5. Praticar tocar com o CD faixas #9-16.
60
6. Memorizar os nomes e a localização das teclas
brancas.
Aula 4
O aluno escolhe a primeira atividade da aula a fim de
revisar os conceitos já aprendidos e habilidades técnicas.
1. Exercícios fora do piano e ao piano.
2. Atividades auditivas - o professor toca variadas
peças.
3. Verificar a tarefa de casa (desenhos, melodias
tocadas de ouvido), nomear e tocar nas teclas
brancas (com o CD).
4. Enquanto o aluno toca a melodia de ouvido, o
professor deve se atentar para a diferença entre
sons curtos e longos.
5. Capítulo 11. Conhecer o rei Métrico e o Mágico
Metrônomo. Atividades com o metrônomo.
6. O professor continua tocando peças novas,
pedindo ao aluno para sugerir um nome para
cada peça.
7. Tocar nas teclas brancas com o terceiro e com o
segundo dedo.
8. Capítulo 12. Apresentar o príncipe Ritmo e
círculos brancos e pretos como sons longos e
curtos.
9. Atividades com os círculos brancos e pretos.
Tarefa de casa:
1. Fazer um desenho para a peça nova tocada pelo
professor na aula.
61
2. Exercícios fora do piano.
3. Exercícios ao piano (posição das mãos,
“Salgueiro-Chorão”, “Arco-Íris”, exercícios de
dedo).
4. Praticar tocar melodias de ouvido e com o livro.
5. Praticar tocar com o CD faixas #9-16.
6. Atividades com o metrônomo.
7. Exercícios com os círculos brancos e pretos.
Continue com as atividades em um passo razoável,
determinado pela idade, habilidade e hábitos de estudo
do aluno. Preste bastante atenção no desenvolvimento
físico e musical.
62