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Produção e Cura do Cimento Portland

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Trabalho acerca do cimento Portland

Integrantes:

João Gabriel Stefanini Braga – RA: 800986

Felipe Volpato Rosella – RA: 804443

Introdução
O cimento é um material cerâmico com propriedades interessantes, dentre elas
temos a aglomerante, que basicamente é a capacidade do cimento de unir-se a outros
materiais; e a hidráulica, pois em contato com a água, o cimento produz uma reação
exotérmica de cristalização, ganhando resistência mecânica, mantendo suas
propriedades mesmo após longo período imerso em água
Matérias Primas do cimento de Portland
Conforme com a evolução dos processos da fabricação do cimento de Portland foi-se
identificando, materiais essenciais que levaram ao aprimoramento em sua produção,
tais como suas propriedades físicas e mecânicas
O cimento de Portland é produzido a partir de uma mistura, calcinação e moagem de
materiais calcários e argilosos, cada um com certas proporções
Principais matérias-primas usadas:
Calcário aproximadamente 90% da mistura, componente básico do cimento, fornece o
óxido de cálcio. Argila aproximadamente 10% da mistura, fornece silicatos de alumínio
e ferro
Areia, usada para corrigir o teor da sílica SiO2 da argila. Minério de ferro, usado para
corrigir o teor de óxido de ferro Fe2O3 da argila
Além dessas matérias-primas citadas, outras também são utilizadas na produção do
cimento ou sejam, o gesso, a cinza pozolânica ou escória de alto forno
Principais matérias primas
Calcário

Argila

Gesso
A fabricação do cimento Portland baseia-se em três etapas fundamentais:

• Mistura e moagem da matéria-prima (calcários, margas e brita de rochas);


• Produção do clínquer (forno rotativo a 1 400 ºC + arrefecimento rápido);
• Moagem do clínquer e mistura com gesso.

Em sentido amplo, pode-se resumir o processo de fabricação do cimento Portland


nas seguintes fases:

• 1°) Extração das matérias primas (calcário, argila e gipsita);


• 2°) Britagem (calcário);
• 4°) Moagem do cru, matéria prima crua (calcário e argila - farinha de 0,15 mm);
• 3°) Dosagem (farinha de calcário e argila);
• 5°) Clinquerização;
• 6°) Esfriamento;
• 7°) Adição final;
• 8°) Moagem final (clínquer + gipsita + outras substâncias);
• 9°) Ensacamento (Silos).
Fabricação do cimento

Sua fabricação é de acordo com as especificações da ABNT– Associação


Brasileira de Normas Técnicas.
Durante o processo de fabricação, os materiais são
analisados por diversas vezes, de forma a alcançar a
composição química desejada.

Fabricação do cimento Portland (por etapas)


Etapa 1 – Extração das matérias primas
A principal matéria prima é o calcário, extraído de jazidas e pedreiras. Ele é
extraído para logo após serem transportados por caminhões para centrais de britagem. Os
blocos de calcário obtidos habitualmente através de explosivos, que são cruciais para
extração do calcário, e transportados por meio de escavadeiras até os caminhões.

Etapa 2 – Britagem
A britagem ocorre logo após a extração, antes do transporte à fabrica.
Basicamente o material é descarregado em no britador, que é uma máquina com o
objetivo de reduzir o tamanho dos blocos de calcário a tamanhos muito pequenos,(cerca de
25 mm) para melhor eficiência na criação de pilhas e conveniência para o transporte

Etapa 3 – Transporte
Então, o calcário e as demais matérias primas como o Filito, o Quartizito e o
minério de ferro são levados à fábrica para serem estocados em silos verticais ou
armazéns horizontais.

Etapa 4 - Pré-Homogeneização, dosagem de matérias primas e


Homogeneização
No que diz respeito ao calcário, ele é transportado para pilhas de pré-
homogeneização, onde propriedades como granulometria e composição química do calcário
são analisadas, separando por camadas o calcário e a argila dosificando elas para posterior
obtenção do clínquer, outrossim, para melhor qualidade na hora da produção do clínquer, o
calcário deve receber correções complementares de:
-FILITO (argila): este material colabora com o
alumínio Al2O3;

-QUARTZITO (material arenoso): este colabora com SiO2;


-MINÉRIO DE FERRO: este colabora com Fe2O3.

Essas matérias primas dosadas são levadas para o moinho de rolos. Após isso,
inicia-se o processo de mistura íntima e secagem, formando-se a farinha crua, material
localizado nos moinhos de cru que receberá gases quentes do forno, que realizam a
secagem e homogeneização da farinha de cru, a homogeneização prepara a farinha
crua por meio de processos pneumáticos e por gravidade para posteriormente formar
um clínquer de qualidade
No transporte do calcário dentro da fabrica, existem detectores de metais para
impedirem qualquer metal de ser levado aos moinhos de cru
Etapa 5 – Pré-Calcinação
Após a secagem e homogeneização, a farinha crua fica armazenada em um silo
para ir para a etapa de pré-aquecimento e pré-calcinação na torre de ciclones para
tornar o processo no forno mais fácil, no pré-aquecimento, a temperatura chega a
850°C. Nem todo material que está no topo da torre sai dela, por volta de 62,5% do
material chega ao fundo para ir ao forno, o resto é transformado em CO2

Etapa 6 – Produção do Clínquer (clinquerização)


Imediatamente após sair da torre de ciclones, a farinha vai para o forno (onde a
chama chega a 2000°) e passa por um aquecimento até atingir 1450°C, temperatura de
fusão incipiente. No forno, as características do material são alteradas, tornando-se o
clínquer (o principal componente da fabricação do cimento), que é direcionado para os
arrefecedores, que têm a função de resfriar o clínquer até os 150°C para ganhar
características físico-químicas cruciais para o clínquer e ao cimento. Para um bom
rendimento térmico do processo, o calor transportado pelo clínquer é transferido para o
ar que é recuperado.

Para controlar a qualidade do clínquer, é medido o peso de um litro do material;


também se utiliza da cal livre e da composição química. O clínquer tem aspecto de
bolinhas escuras.
Etapa 7 – Moagem e adição
O cimento resulta da moagem da mistura de clínquer, gesso e matérias
alternativos como cinzas volantes das centras térmicas e escórias de siderurgia. O
clínquer e essas adições são dosados por balanças de alta precisão e colocados juntos
nos moinhos para reduzir o tamanho de suas partículas. Diferentes tipos de cimento
recebem diferentes dosagens de adições e adições, o gesso está relacionado com o
tempo de início de endurecimento do cimento (o tempo de início de pega).
A mistura da moagem é levada a moinhos de bolas, que tritura o material para
atingir proporções desejadas, em cada moinho, existe um separador de partículas, que
separa as partículas conforme o tipo de cimento.
O tipo de cimento Portland determina a composição da mistura, sendo quase
sempre o clínquer maioritário
Depois de todos esses processos, o cimento é armazenado no estoque e
distribuído.

Processo de cura
Em suma a cura do concreto é o conjunto de medidas que devem ser tomadas,
para que assim seja evitada a evaporação da água de amassamento utilizada no
concreto aplicado. Sendo está água indispensável para hidratação do cimento
A cura do concreto é um processo essencial para que se garanta que as
características desejadas no concreto em seu estado endurecido sejam obtidas. O papel
fundamental da cura é evitar fissuras de retração e trincas nas estruturas de uma obra
Portanto, uma boa cura apresentará ganho de resistência mecânica das
estruturas, no qual alguns testes de laboratórios mostram que concretos em ambientes
secos podem ter resistência até 30% mais baixa, além de ser muito vulnerável aos
agentes agressivos, quando comparados com aqueles que passaram pelo processo de
cura. Outro benefício da boa cura do concreto é a prevenção contra ataques de agentes
externos, aumentando a durabilidade da estrutura, pois esta se encontra mais
impermeável, assim aumentando sua vida útil

A cura do concreto como deve ser feita?


O concreto fresco quando exposto ao sol e ao vento acaba por perder a água da
mistura muito rapidamente por evaporação, antes do seu endurecimento. A água é
essencial, sem ela o concreto fica fraco.
De tal forma faz-se necessário a tomadas de medidas que visam impedir com
que a água da mistura seja evaporada antes da cura do concreto. O fator mais
importante na cura é promover uma ação que garanta água suficiente para que todo o
processo de reação do cimento se complete. Quanto mais tempo a cura demorar,
melhor será para o concreto
Existem 3 tipos de cura, Cura úmida, cura química e cura térmica. Cada um tendo
as devidas características e importância para o processo alcançar resultados favoráveis

Cura úmida
Jeito tradicional, mais comum em obras no dia a dia. A técnica trata de manter a
superfície do concreto com água, justamente para conservar a umidade esperada.
Idealmente é providenciar uma câmara para o desenvolvimento da cura com
equipamento para nebulizar a água sobre blocos, não podendo ocorrer gotejamento da
água, evitando a cavitação. A utilização de uma manta geotêxtil também contribui. O
geotêxtil é responsável na retenção da água nos vazios capilares. A vantagem da manta
é a redução na frequência de molhagem da superfície do concreto. E, mesmo assim,
garantir a cessão progressiva da quantidade de água necessária para a hidratação do
cimento

Cura Química
É aplicado uma película sobre a superfície do concreto fresco, objetivando
impedir a evaporação. A composição da película são parafinas, ceras ou resinas
acrílicas.
Exemplos: barragens, estruturas de obra de arte, parede de contenção, canais
com paredes, argamassa entre outros

Cura térmica
O objetivo é acelerar o processo da cura, assim obtendo uma resistência
mecânica mínima desejada em um menor período. Submetendo-se a peça de concreto
a altas temperaturas de forma programada
Muito usado em empresas que trabalham com concreto pré-moldado. Pois a
redução do tempo de cura permite com que seja usados moldes, leitos de protensão e
equipamentos de cura a intervalos mais frequentes, o que reduz as áreas de estocagem.
E permite colocar peças em serviço em um período menor do que se fosse utilizada a
cura convencional.

Tempo de cura
O tempo de cura é subjetivo e depende muito de outros fatores, ou seja tem-se
situações baseadas de acordo com cada necessidade para clima, ambiente e processo
As normas brasileiras recomendam uma duração de 7 dias para a cura, podendo ser
estendida por até 14 dias. Os tempos mínimos de cura recomendados em função do
tipo de cimento usado e da relação água/cimento empregada.
OBS: Geralmente para que se tenha uma boa cura para uma boa cura do
concreto, geralmente eles devem ser molhados ao menos 3 vezes ao dia,
também devendo ser molhados sempre que demonstrarem algum tipo de secura

O tempo de pega do cimento


A pega é a perda de plasticidade das pastas, caldas, argamassas e concretos
de cimento, que é causada pela hidratação seletiva dos compostos do cimento e
seguida da fase de endurecimento, aonde o aglomerante (cimento) passa a oferecer
resistência a esforços mecânicos.
Logo, é importante diferenciar pega de endurecimento, já que a pega é o
fenômeno físico-químico que ocorre com a pasta de cimento antes do endurecimento
É importante controlar o tempo de paga do cimento, pois uma pega mal feita
pode afetar negativamente as propriedades de resistência da pasta de cimento
O tempo de início de pega é quando ocorre a adição de água de amassamento
até o início das reações do cimento, aumentando a viscosidade da pasta e elevando
sua temperatura
O tempo de fim de pega é quando a pasta deixa de ser deformável de se torna
um bloco rígido.
Cada cimento Portland tem um tempo de início de pega ideal sendo uns mais
rápidos (cerca de 8 minutos ou menos) e outros muito lentos (acima de 6 horas)

Referências utilizadas

https://www.tecnosilbr.com.br/o-que-e-cura-de-concreto-e-como-fazer-uma-
cura-eficiente/
https://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/cura-concreto-como-fazer/
http://aquarius.ime.eb.br/~webde2/prof/ethomaz/cimentos_concretos/fab_cim_p
ortland.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5546930/mod_resource/content/0/capit
ulo%206%20Cimento%20A%20Battagin.pdf
https://docs.ufpr.br/~gazda/CIMENTO2.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cimento_Portland#Processo_de_fabricação
https://www.unochapeco.edu.br/static/data/portal/downloads/1276.pdf
https://www.cimentoitambe.com.br/processo-fabricacao-cimento/video.php
http://sobrinhopicui.blogspot.com/2016/11/etapas-do-processo-de-fabricacao-
de.html
https://www.guiadaengenharia.com/pega-endurecimento-cimento/

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