0% acharam este documento útil (0 voto)
13 visualizações20 páginas

Hábitos Alimentares e SOP: Impactos e Tratamentos

Enviado por

Renato Cirelli
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
13 visualizações20 páginas

Hábitos Alimentares e SOP: Impactos e Tratamentos

Enviado por

Renato Cirelli
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 20

Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v3,

2021/02
ISSN 2178-6925

INTERFERÊNCIA DOS HÁBITOS ALIMENTARES EM MULHERES


PORTADORAS DA SÍNDROME DE OVÁRIOS POLICÍSTICOS

INTERFERENCE OF EATING HABITS IN WOMEN WITH POLYCYSTIC OVARY


SYNDROME

Paula Vilela Gonçalves


Acadêmica de nutrição, Faculdade de Rio Verde- Unibras, Brasil
E-mail: [email protected]

Katiuscya Gonçalves Pereira


Acadêmica de nutrição, Faculdade de Rio Verde- Unibras, Brasil
E-mail: [email protected]

Raíssa de Melo Matos Ferreira


Nutricionista. Doutoranda em nutrição e Saúde UFOP. Docente na Faculdade de Rio
Verde- Unibras, Brasil
E-mail: [email protected]

Recebido: 29/09/2021 – Aceito: 10/10/2021

Resumo

A pretensão desse estudo é demonstrar por meio de referencial teórico como hábitos alimentares
tem influência no quadro clínico de mulheres portadoras da síndrome de ovários policísticos.
Esclarecer que essa síndrome não é apenas um processo metabólico de causas genéticas.
Relatar como a importância de hábitos alimentares nutricionalmente corretos e a prática de
exercícios físicos contribuem para o tratamento da síndrome. A presente pesquisa tem como
objetivo investigar como a qualidade de vida pode beneficiar mulheres com síndrome de ovários
policísticos. Trata-se de um estudo de revisão narrativa da literatura, com publicações conclusivas
de que a nutrição é aliada ao tratamento da SOP. Esclarecer que através da prática de exercícios
físicos e estratégias nutricionais ocorre o controle da obesidade, diabetes, hipertensão, esteatose
hepática e, comorbidades associadas a SOP. E, por fim, concluir que o perfil nutricional adequado
1
Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v3,
2021/02
ISSN 2178-6925

é um importante aliado ao tratamento da síndrome, auxiliando na qualidade de vida e até


prevenindo à ocorrência da Síndrome de Ovários Policísticos.

Palavras-chave: Síndrome de Ovários Policísticos (SOP); estratégias nutricionais; alimentação

saudável.

Abstract

The aim of this study is to demonstrate through theoretical framework how eating habits have an
influence on the clinical condition of women with polycystic ovary syndrome. Clarify that this
syndrome is not just a metabolic process of genetic causes. Report the importance of nutritionally
correct eating habits and the practice of physical exercises contribute to the treatment of the
syndrome. This research aims to investigate how quality of life can benefit women with polycystic
ovary syndrome. It is a study of narrative review of the literature, with conclusive publications that
the correct nutrition is combined with the treatment of PCOS. Clarify that through the practice of
physical exercises and nutritional strategies, obesity, diabetes, hypertension and fatty liver are
controlled and comorbidities associated with PCOS. And, finally, conclude that the adequate
nutritional profile is an important ally to the treatment of the syndrome, helping in the quality of life
and even preventing the occurrence of Polycystic Ovary Syndrome.

Keywords: Polycystic Ovary Syndrome (PCOS); nutritional strategies; healthy eating.

1. Introdução

A síndrome de ovários policísticos (SOP) é um distúrbio metabólico


que interfere no processo normal de ovulação em virtude de desequilíbrio
hormonal. A SOP é considerada a endocrinopatia mais comum durante a vida
reprodutiva da mulher, com prevalência que varia entre 5 e 10% das mulheres em
idade fértil (AZEVEDO, 2008).
Essa síndrome leva à formação de cistos, e ao aumento dos níveis do
hormônio androgênio no organismo, que pode ser identificado com o auxílio de
exames laboratoriais, o que se manifesta em quantidade elevada de pelos nas
mulheres, queda de cabelo, manchas na pele, acne, irregularidade menstrual e
infertilidade (AZEVEDO, 2008).
Neste aspecto, o hiperandrogenismo (aumento dos níveis de hormônios
androgênios no organismo) é essencial na compreensão da síndrome, porém, além
de não estar presente em todos os casos, não é o único mecanismo envolvido na
2
Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v3,
2021/02
ISSN 2178-6925

fisiopatologia da doença. Pode ocorrer também, um defeito na ação da insulina, o


que predispõe à hiperinsulinemia e à Resistência Insulínica (AZEVEDO, 2008).
Além disso, foi constatado que a obesidade também é um fator
predisponente ao desenvolvimento da SOP (MESSINIS, 2015). Sendo que, estes
fatores não são condições obrigatórias da síndrome.
Isto indica a presença de outros mecanismos capazes de gerar o quadro
clínico e as complicações metabólicas características nestas pacientes e, por isso
acredita-se que a SOP seja um conjunto de várias doenças, com diferentes
fisiopatologias, mas que culminam num quadro clínico semelhante (MESSINIS,
2015).
Esta síndrome pode ser controlada com auxílio de medicamentos,
principalmente por meio do uso de anticoncepcionais orais, e com uma dieta
balanceada de acordo com as necessidades diárias individuais. Alimentação
adequada e exercícios físicos são o tratamento de primeira linha, melhorando a
resistência insulínica e retornando os ciclos ovulatórios (ROCHA, 2011).
Metabolicamente, mulheres com SOP manifestam com frequência
hiperinsulinismo, resistência insulínica (RI), síndrome metabólica (SM), obesidade,
anormalidades no perfil lipídico, predisposição para diabetes tipo 2 (DM II) e
doença cardiovascular (DCV). E ainda, são verificados maiores valores séricos de
glicemia em jejum, triglicerídeos, LDL, e menores valores de HDL, se comparadas
a mulheres não portadoras da síndrome (MOTTA, 2012).
Diante disso, os objetivos do tratamento da SOP não são apenas
relacionados aos fatores reprodutivos, mas também, à prevenção de comorbidades
associadas (MOTTA, 2012).
Portanto, algumas medidas não-farmacológicas, como dieta e atividade
física, têm papel fundamental no tratamento dessa doença. Buscando melhorar a
alimentação das portadoras da síndrome, com dieta hipocalórica, rica em proteínas
e com baixo índice glicêmico, podemos encontrar resultados benéficos para
redução do peso corporal e, consequentemente, melhora dos sintomas e das
alterações associadas com a síndrome (AZEVEDO, 2008).

3
Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v3,
2021/02
ISSN 2178-6925

2. Revisão Bibliográfica

A síndrome de ovários policísticos (SOP) é uma desordem hormonal que


acomete mulheres na idade reprodutiva, sendo mais comum em cerca de 15 a 20%
das mulheres com infertilidade (CARMO RS PARDINI DP KATER CE, 2013).
Essa síndrome interfere nas funções reprodutiva, endocrinológica,
dermatológica, ginecológica, cardíaca e psicológica, e apresenta sintomas tanto de
infertilidade por disfunção ovulatória, distúrbios menstruais ou sintomas
androgênicos (PONTOS FILHO, 2016). A Síndrome de Ovários Policísticos são
uma das desordens endocrinológicas mais frequentes em mulheres na idade
reprodutiva, com cerca de 6 a 10% (CARMO RS PARDINI DP KATER CE, 2013).
Pesquisas mostram uma associação entre SOP, obesidade e resistência à
insulina, incluindo características da insensibilidade à insulina, como dislipidemia
(anormalidade do metabolismo das gorduras) e hipertensão (SASAKI 2011).
Existem inclusive, estudos afim de relacionar a obesidade à infertilidade
nessas pacientes (PONTOS FILHO, 2016).
Quando não tratadas, mulheres com SOP apresentam frequentemente
manifestações clínicas graves, como excesso de pêlos faciais e corporais, acne
adulta e depressão (DIAMANTI-KANDARAKIS, 2008).
Mulheres com SOP também apresentam um risco significativamente maior
de desenvolver doenças cardiovasculares e câncer endometrial (CHITTENDEN et
al, 2009).
Atualmente, o critério mais usado no diagnóstico é o consenso de Rotterdam
(2004), como explica Januszewki (2019) onde, deve ser realizada a exclusão de
outras desordens relacionadas com a não ovulação e hiperandrogenismo. E, o
diagnóstico é feito quando a mulher possui pelo menos dois dos três seguintes
critérios: oligoanovulação (menstruação com espaçamento de mais de 35 dias) ou
anovulação (ausência da menstruação); hiperandrogenismo clínico e/ou bioquímico
(aferido por exame bioquímico) e morfologia ovariana policística (os cistos nos
ovários) (MARTINS, 2009).
Embora ainda não haja uma forma efetiva de reverter a SOP , existe uma
4
Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v3,
2021/02
ISSN 2178-6925

série de tratamentos que podem reduzir e minimizar os sintomas. O tratamento


convencional implica na utilização de anticoncepcionais orais combinados e com
medicamentos hipoglicemiantes. Contudo, atualmente existe uma facilidade maior
no acesso à informações, por isso o uso de anticoncepcionais vem diminuindo,
devido às contraindicações que existem com relação a estes medicamentos
(MARTINS, 2009).
Para Martins (2009), existem outras alternativas também eficazes e que
dispensam o uso da carga hormonal dos anticoncepcionais. Estas alternativas são
tratamentos não-medicamentosos, como: manter hábitos alimentares saudáveis,
com acompanhamento de um nutricionista, e se necessário, existe o auxílio da
suplementação nutricional.
Existe uma busca crescente por tratamentos alternativos e, perante isso,
vários estudos surgiram testando e analisando intervenções não farmacológicas no
tratamento da síndrome de ovários policísticos (PUNDIR, 2018).
Dentre as intervenções, destacam-se: dietas com controle de
macronutrientes e de carga glicêmica.
A redução de carboidratos na dieta está associada a melhora de fatores de
riscos coronarianianos. Um interesse por dietas para redução de peso que visam à
modificação do perfil desse macronutriente no tratamento de mulheres com SOP
vem crescendo, tais dietas acarretam em redução efetiva de peso, pois promovem
uma maior saciedade por conta do consumo de proteínas aumentado, se
comparada a outros macronutrientes (SANTOS et al, 2019).
Dietas cetogênicas se caracterizam pela redução do consumo de
carboidratos (geralmente, para menos de 50 g/dia) e um aumento relativo das
quantidades de proteína e gordura consumidas (SANTOS et al, 2019).
A insulina ativa enzimas-chaves nas vias, que por sua vez guardam energia
que é derivada dos carboidratos. Quando há restrição no consumo desse
macronutriente, o nível desse hormônio é diminuído, reduzindo a lipogênese e por
consequência o acúmulo de gordura (SANTOS et al, 2019).
Em alguns dias praticando essa dieta com baixo consumo de carboidratos
e/ou jejum (abaixo de 50 g/dia), as reservas de glicose ficam insuficientes para
oxidar normalmente a gordura através do fornecimento de oxaloacetato no ciclo de
5
Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v3,
2021/02
ISSN 2178-6925

Krebs ("queima das gorduras"), e também no fornecimento de glicose ao sistema


nervoso central (SNC) (SANTOS et al, 2019).
Passado algum tempo, o sistema nervoso central precisa encontrar alguma
fonte alternativa de energia, que não seja a glicose. De acordo com Santos (2019),
essa baixa ingestão de carboidratos aumenta à produção dos nivéis de corpos
cetônicos (acetoacetato, ácido β-hidroxibutírico e acetona) – também chamado
cetose, que ocorre, principalmente no fígado. Dietas como esta auxiliam em um perca
efetiva de peso, aliado a sensação de saciedade promovida pelasdas proteínas, se
comparadas a carboidratos e lipídios (SANTOS et al, 2019).
A dieta do mediterrâneo (DM) tem como característica um consumo elevado
de alimentos de origem vegetal, como: cereais integrais, hortaliças, frutas secas e
frescas, oleaginosas, leguminosas, temperos feitos com plantas aromáticas e
especiarias, sendo estes minimamente processados, de acordo com a
sazonalidade da região (BLASI et al, 2019).
A principal fonte de gordura é o azeite, que é muito consumido em todos os
países do mediterrâneo. A dieta também tem como característica a diminuição do
consumo de carnes vermelhas, consequentemente reduzindo a ingesta de ácidos
graxos saturados (FEOLI et al, 2018).
Outras fontes de proteína animal são consumidas frequentemente, como:
peixes, aves, ovos, leite e derivados, aumentando assim a ingestão de ácidos
graxos poli-insaturados, como o ômega 3, que está presente principalmente nos
peixes (FEOLI et al, 2018).
Assim a DM proporciona uma elevada ingestão de carboidratos complexos,
gorduras monoinsaturadas, fibras, vitaminas e antioxidantes, que são nutrientes
com características relevantes na melhora da saúde, e previnem
consideravelmente doenças cardiovasculares (BLASI et al, 2019).
Um estudo com amplo número de pacientes com resistência insulínica (RI) e
síndrome metabólica (SM) orientou os participantes à fazer uso desta dieta por 2
anos. Os pacientes que seguiram a DM tiveram perca significante de peso, maior
sensibilidade insulínica, e ainda menores níveis de infecção do endotélio vascular,
em vista dos que permaneceram na dieta regular. Posteriormente 50 entre 90 dos
pacientes do estudo, que mantiveram a dieta mediterrânea, saíram da classificação
6
Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v3,
2021/02
ISSN 2178-6925

de síndrome metabólica (SM) (SANTOS et al, 2019).

Uma dieta rica em fibras reduz os níveis de estrogênio em mulheres na pós-


menopausa, enquanto uma alimentação com baixo teor de fibras, pode elevar as
concentrações de estrogênio e androgênio circulantes(SANTOS et al, 2019). Este
fato é relevante para pessoas portadoras de SOP, visto que, observa-se uma
elevação nas concentrações de hormônio androgênio.
Existem ainda, evidências de que uma alimentação rica nesse nutriente,
pode desempenhar um papel fundamental na regulação da circulação de
concentrações de insulina no organismo, pois as fibras diminuem a secreção da
insulina, por ter absorção lenta após ingesta (SAVARIS et al, 2011).
Hipóteses de estudos epidemiológicos apontam que o consumo de frutas e
vegetais, como em dietas com baixo teor de gordura e alto consumo de fibras,
induzem na redução de riscos de doenças crônicas. Demonstrando ainda eficiência
em reduzir o estresse oxidativo, pela ação dos antioxidantes (SANTOS et al, 2019).
De acordo com o conceito de alimentação saudável, sabe-se que um
alimento específico ou grupo alimentar isolado, não é suficiente para fornecer todos
os nutrientes de uma alimentação adequada, e por consequência não é suficiente
para manter a saúde (BRASIL, 2008).
A dieta quando balanceada e variada, evita deficiências nutricionais e
resguarda contra as infecções, por ser rica em nutrientes que melhoram a
imunidade. Além de contribuir na prevenção de doenças crônicas não
transmissíveis (DCNT), como, diabetes, hipertensão, acidente vascular cerebral e
doenças cardíacas (BRASIL, 2008).
Um planejamento dietético efetivo deve ser elaborado buscando contemplar
todos os nutrientes e suas respectivas recomendações individuais, afim de
promover um equilíbrio fisiológico, buscando compensar de forma eficiente as
desordens metabólicas causadas por alterações endócrinas e flutuações hormonais
(GIACOMINI, 2006).
Dietas com níveis de macronutrientes balanceados (lipídios 30%, proteínas
15% e carboidratos 55% em média), e com um aporte calórico restrito, são
recomendadas na maioria dos países (dieta padrão). Neste sentido, o peso perdido
7
Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v3,
2021/02
ISSN 2178-6925

é mantido por mais tempo, além de obter uma maior tolerância quando um padrão
dietético de baixos níveis de carboidratos e/ou gorduras é adotado por períodos
maiores, mantendo assim níveis regulares de energia. Esse tipo de dieta pode
trazer efeitos benéficos as portadoras de SOP como perda de peso corporal
gradual, controle da glicose e resposta insulínica (SANTOS et al, 2019).
Tratamentos não farmacológicos surgem como alternativa para diversas
doenças crônicas. Vários estudos têm relacionado os efeitos positivos da
suplementação de nutrientes com respostas metabólicas (DASTORANI et al, 2018).
Jamilian et al. (2018), desenvolveu um estudo com mulheres portadoras de
SOP, candidatas à fertilização in vitro (FIV), utilizando suplementação de 200
μg/dia de picolinato de cromo por 8 semanas, com objetivo de analisar o controle
glicêmico, marcadores de risco cardio-metabólico e biomarcadores de estresse
oxidativo. Como resultado, houve uma considerável redução da glicose sanguínea
de jejum e dos níveis de insulina no sangue, além de um significante aumento
quantitativo de sensibilidade à insulina. Os resultados da suplementação de cromo
apresentaram efeitos benéficos no controle glicêmico, em biomarcadores de risco
cardio-metabólico e no estresse oxidativo de mulheres com SOP.
Outro estudo demonstrou os efeitos benéficos da suplementação de 50.000
UI de vitamina D por 8 semanas em mulheres com SOP. Os resultados foram:
melhora do metabolismo da insulina e alguns marcadores do perfil lipídico entre
mulheres inférteis diagnosticadas com SOP. Foi relatado existir uma associação
entre os níveis séricos de vitamina D e a função reprodutiva. A suplementação de
vitamina D tem sido recomendada como complemento terapêutico para a disfunção
ovulatória e distúrbios metabólicos em mulheres com SOP, visando uma melhora
na fisiologia dos ovários (DASTORANI et al, 2018).
Além da resistência à insulina e da deficiência de vitamina D, o aumento da
gordura visceral é comum entre as mulheres com SOP. Dastorani et al (2018),
explica que algumas mulheres com SOP têm maior prevalência de
adiposidade central, e que o tecido adiposo desempenha um papel importante no
desenvolvimento e manutenção da síndrome.
Seyyed Abootorabia et al. (2018), realizaram um estudo dividindo os
pacientes em dois grupos, onde o primeiro grupo suplementava vitamina D,
8
Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v3,
2021/02
ISSN 2178-6925

enquanto o outro tomava placebo. Foi constatado o aumento dos níveis circulantes
de adiponectina no grupo da vitamina D, em comparação ao grupo do placebo, o
que é considerado um achado importante apontado pelos autores deste estudo. A
adiponectina circulante é um fator anti-inflamatório expresso especificamente nas
células adiposas humanas, que desempenha um papel importante na sensibilidade
à insulina e controle inflamatório, melhorando assim a sintomatologia da SOP.
Estudiosos relatam ainda que indivíduos com SOP possuem níveis mais
altos de proteína Creativa (PCR-us) e, que tais níveis aumentados foram
associados com maior volume de massa gorda, hiperinsulinemia e resistência à
insulina (MAKTABI et al, 2018).
Pensando nisso, avaliou-se os efeitos da suplementação de magnésio,
zinco, cálcio e vitamina D nos perfis hormonais, biomarcadores de inflamação e
estresse oxidativo em mulheres com SOP. Após os resultados, os autores
afirmaram que a co-suplementação de 100 mg de magnésio, 4 mg de zinco, 400
mg de cálcio e 200 UI de vitamina D, duas vezes ao dia, durante 12 semanas,
resultou em diminuições substanciais no hirsutismo (crescimento anormal de
pelos), e assim, causou efeitos benéficos no perfil hormonal, biomarcadores de
inflamação e estresse oxidativo (MAKTABI et al, 2018).
Foram feitos testes sobre os efeitos da suplementação conjunta de 250 mg
de óxido de magnésio, mais 220 mg de sulfato de zinco, 2 vezes ao dia por 12
semanas, nos biomarcadores de inflamação em mulheres com SOP. Os autores
relataram que o magnésio diminui o estresse oxidativo pela redução da produção
de espécies reativas de oxigênio, e do aumento da atividade da glutationa-
peroxidase, e o zinco contribui com papel antioxidante, devido a sua capacidade
de competir com ferro e cobre, pelos locais de ligação na membrana celular. Os
íons de ferro e cobre aceleram a produção de peróxidos lipídicos e, assim, a
substituição desses por zinco na membrana plasmática pode inibir os peróxidos
lipídicos em condições de resistência à insulina (EBRAHIMI et al, 2018).
Há atualmente, um crescente aumento dos estudos sobre o uso de
probióticos em pacientes com doenças metabólicas. Diante disto, foram realizados
estudos em mulheres com Síndrome de Ovários Policísticos, administrando
probióticos mais selênio, e probióticos mais vitamina D, por 12 semanas. Nos dois
9
Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v3,
2021/02
ISSN 2178-6925

casos objetivou-se avaliar os parâmetros de estresse, ansiedade e depressão,


biomarcadores de inflamação e estresse oxidativo nas mesmas (JAMILIAN, et al.,
2018).
Concluíram respectivamente que tanto o uso de probiótico com selênio,
como combinado com calecalciferol (Vitamina B3), diminuíram ansiedade e
estresse, além de induzir melhora aos biomarcadores de inflamação e ao estresse
oxidativo (OSTADMOHAMMADI et al, 2019).
Orientações recentes baseadas em evidências internacionais sobre SOP,
enfatizam não somente a importância da dieta, como a da atividade física que é
aliada em reduzir sintomas, e atua de forma preventiva nas complicações
metabólicas ligadas à síndrome (LIN et al, 2019).
A mudança no estilo de vida e inclusão de exercícios físicos é sugerida para
portadoras de SOP, tendo em vista que a prática diminui a resistência insulínica,
aprimorando o metabolismo e as funções reprodutivas, proporcionando ainda
benefícios a função hormonal e ao tônus muscular. Perante isso, pesquisas
sugerem adotar esquemas de exercícios incluindo treinos aeróbicos e de força
(CONTE et al, 2015).
Treinos de força melhoram a aptidão, a composição corporal, ovulação e
ciclo menstrual, regulando índices de insulina, além de auxiliar na autoestima e
depressão, trazendo mais qualidade de vida. Sugere-se que os treinos de
resistência podem melhorar funções reprodutivas, diminuir a gordura visceral e
aumentar massa magra, porém não apresenta mudança metabólica nessas
mulheres (KOGURE et al, 2016).
Em 16 semanas praticando treinos de resistência, verificou-se diminuição de
circunferência abdominal e gordura corporal, tanto nas mulheres portadoras da
síndrome, quanto nas que faziam parte do grupo controle (GC) sem SOP. O estudo
demonstrou melhorias no perfil hormonal nas mulheres com SOP, sendo
considerado uma forma de tratamento para a síndrome (KOGURE et al, 2015).
Um estudo realizado por Jedel et al (2011) com treino aeróbico constatou
diminuição adiposa corporal e central, redução do índice de massa gorda, além de
benefícios no ciclo menstrual e hormonal.
Sugerindo que, tanto os treinos de força, quanto os aeróbicos são eficientes
10
Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v3,
2021/02
ISSN 2178-6925

para fomentar efeitos satisfatórios em fatores como composição corporal,


hormonais, e metabólicos na SOP (KOGURE et al, 2015).

3. Considerações Finais

Diante do estudo exposto, pode-se concluir que a nutrição está intimamente


relacionada ao tratamento da SOP, trazendo melhora considerável à qualidade de
vida de mulheres portadoras da síndrome, e atuando de forma a combater
obesidade, diabetes melittus tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial,
esteatose hepática, entre outras comorbidades associadas a síndrome de ovários
policísticos.
A diversidade de estratégias nutricionais que podem ser usadas como
aliadas no tratamento da síndrome, apresentando apenas um componente-chave: a
ingestão calórica reduzida substancialmente, sendo assim, a perda de peso
resultará de uma diminuição da ingestão calórica e/ou aumento do gasto de
energia. Possibilitando ao profissional nutricionista variar alternativas, além de
adaptar a alimentação que melhor se encaixa a cada paciente.
Além disso, a relevância da suplementação de micronutrientes como
picolinato de cromo, zinco, vitamina D, magnésio, probióticos e selênio, que se
apresentaram benéficos ao mel ho ra r o perfil hormonal, disfunções metabólicas,
inflamações e disfunção endotelial, auxiliando ainda nos índices de depressão,
ansiedade e estresse.
Observa-se também que os exercícios físicos, tanto de força como aeróbicos
contribuem para a redução de circunferência abdominal, diminuição do percentual
de gordura corporal, regulação das concentrações de globulina de ligação dos
hormônios sexuais e glicemia, além de auxiliar na saúde mental dessas mulheres.
Por fim, o perfil nutricional mostrou-se um fator primordial para tratamento da
síndrome. Manter uma rotina alimentar saudável, auxiliará na qualidade de vida
diminuindo ou até mesmo descartando os sintomas da síndrome de ovários
policísticos.

11
Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v3,
2021/02
ISSN 2178-6925

Ainda existe a necessidade de estudos e investigações mais aprofundadas,


a fim de auxiliar na descoberta de novos e efetivos tratamentos para a SOP,
diversificando seu manejo
Referências

AZEVEDO. George Dantas de, et al. Modificações do estilo de vida na


síndrome dos ovários policísticos: papel do exercício físico e importância da
abordagem multidisciplinar. Grupo de Pesquisa Saúde da Mulher da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Programa de Pós-
graduação em Ciências da Saúde e Departamento de Morfologia da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. 2008

AZZIZ, R.; et al. PCOS Society criteria for the polycystic ovary syndrome: the
complete task force report. Fertil Steril. 2009.

BLASI N., et al. MM.Comparación de la calidad de la dieta entre niños pequeños y


adolescentes en la cuenca mediterránea y la influencia de los hábitos de vida. Nutr
Hosp. 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Guia alimentar


para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável / Ministério
da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde – Brasília: Ministério da Saúde, 2008.

CARMO RS PARDINI DP KATER CE. Síndrome dos Ovários Policísticos,


Síndrome Metabólica, Risco Cardiovascular e o Papel dos Agentes
Sensibilizadores da Insulina. Arq Bras Endocrinol Metabvol 50 nº 2 Abril 2013.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abem/v50n2/29311.pdf . Acessado em:
19/05/2021.

CHITTENDE BG, et al. Sindrome do Ovário Policistico e o risco de câncer


ginecológico: uma revisão sistemática. Reprod. Biomed Online. 2009

12
Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v3,
2021/02
ISSN 2178-6925

CONTE, F. et al. Mental health and physical activity in women with polycystic ovary
syndrome: a brief review. Sports Medicine, v. 45, n. 4, p. 497- 504, 2015

DASTORANI, M. et al. The effects of vitamin D supplementation on metabolic


profiles and gene expression of insulin and lipid metabolism in infertile polycystic
ovary syndrome candidates for in vitro fertilization. Reproductive Biology and
Endocrinology, v. 16, n. 1,p. 94, 2018.

DIAMANTI-KANDARAKIS E. Síndrome do ovário policístico: fisiopatologia,


aspectos moleculares e implicações clínicas. Revisões de especialistas em
Medicina Molecular, 2008.

EBRAHIMI, F. et al. The effects of magnesium and zinc co-supplementation on


biomarkersof inflammation and oxidative stress, and gene expression related to
inflammation in polycystic ovary syndrome: a randomized controlled clinical trial.
Biological trace elementresearch, v. 184, 2018.

FEOLI, A., RIBEIRO, et all, A. Melhora do estilo de vida reduz o índice de Castelli
em indivíduos com síndrome metabólica. Saúde e Pesquisa. 2018.

GIACOMINI, et al. Reposição Hormonal:vantagens e desvantagens. Semina:


Ciências Biológicas e da Saúde, v. 27, n. 1, p. 71-92, 2006. Disponível
em:http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/3530. Acesso
em: 14 de abril 2021.

GREENWOOD, E. A. et al. Vigorous exercise is associated with superior metabolic


profiles in polycystic ovary syndrome independent of total exercise expenditure.
Fertil Steril, v. 105. 2016.

JAMILIAN, M. et al. The effects of probiotic and selenium co-supplementation on


parameters of mental health, hormonal profiles, and biomarkers of inflammation and

13
Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v3,
2021/02
ISSN 2178-6925

oxidative stress in women with polycystic ovary syndrome. Journal of ovarian


research,v. 11, n. 1, p. 80, 2018.

JAMILIAN, M. et al. The influences of chromium supplementation on glycemic


control, markers of cardio-metabolic risk, and oxidative stress in infertile polycystic
ovary syndromewomen candidate for in vitro fertilization: a randomized, double-
blind, placebo-controlled trial. Biological trace element research, v. 185, 2018.

_______. The influences of vitamin D and omega-3 co-supplementation onclinical,


metabolic and genetic parameters in women with polycystic ovary syndrome.
Journal of affective disorders, v. 238, p. 32-38, 2018.

JANUSZEWSKI, M., ISSAT, T., & JAKIMIUK, A., SANTOR-ZACZYNSKA, M.,


JAKIMIUK, A. Metabolic and hormonal effects of a combined Myo-inositol and D-
chiro-inositol therapy on patients with polycystic ovary syndrome (PCOS).
Ginekologia Polska, v. 90, p. 7-10, jan, 2019. Disponível em:
https://doi.org/10.5603/GP.2019.0002. Acesso em: 14 de abril 2021.

JEDEL, E. et al. Impact of electro-acupuncture and physical exercise on


hyperandrogenism and oligo/amenorrhea in women with polycystic ovary syndrome:
a randomized controlled trial. Am J Physiol Endocrinol Metab, v. 300, n. 1, 2011.
KARAMALI, M. et al. Effects of probiotic supplementation on hormonal profiles,
biomarkersof inflammation and oxidative stress in women with polycystic ovary
syndrome: a randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Archives of Iranian
medicine, v. 21, n.1, 2018.

KOGURE, G. S. et al. Women with polycystic ovary syndrome have greater muscle
strength irrespective of body composition. Gynecol Endocrinol, v. 31, n. 3, 2016.

14
Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v3,
2021/02
ISSN 2178-6925

LIN, A. et al. Dietary and Physical Activity Behaviors in Women with Polycystic
Ovary Syndrome per the New International Evidence-Based Guideline. Nutrients,
v. 11, n. 11, 2019

MAKTABI M., Jamilian, M. & Asemi, Z. Magnesium-Zinc-Calcium-Vitamin D Co-


supplementation Improves Hormonal Profiles, Biomarkers of Inflammation and
Oxidative Stress in Women with Polycystic Ovary Syndrome: a Randomized,
Double-Blind, Placebo-Controlled Trial. Biol Trace Elem Res. 2018.
Disponível em: https://doi.org/10.1007/s12011-017-1085-0. Acesso em: 24 de abril
de 2021.

MARTINS, M. A. et al. Clínica médica, volume 1: atuação da clínica médica,


sinais e sintomas de natureza sistêmica, medicina preventiva, saúde da
mulher, envelhecimento e geriatria, medicina laboratorial na prática médica.
Barueri, SP: Manole, 2009.

MESSINIS IE, Messini CI, Anifandis G, Dafopoulos K. Polycystic ovaries and


obesity. Best Pract Res Clin Obstet Gynaecol. 2015.

MOTTA AB. The role of obesity in the development of polycystic ovary syndrome.
Curr Pharm Des. 2012.

NASRI, K. et al. The effects of synbiotic supplementation on hormonal status,


biomarkers of inflammation and oxidative stress in subjects with polycystic ovary
syndrome: a randomized, double-blind, placebo-controlled trial. BMC Endocrine
Disorders, v. 18, 2018.

OSTADMOHAMMADI, V.; JAMILIAN, M.; BAHMANI, F.; ...& ASEMI, Z. Vitamin D


and probiotic co-supplementation affects mental health, hormonal, inflammatory and
oxidative stress parameters in women with polycystic ovary syndrome. Journal of
ovarian research, v. 12, 2019.

15
Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v3,
2021/02
ISSN 2178-6925

PERICLEOUS, P. et al. Can resistance training improve the symptoms of polycystic


ovary syndrome. BMJ open sport & exercise medicine, v. 4, n. 1, 2018.

PONTOS. A. Filho BSA. Síndrome do ovário policísticos diagnósticos,


tratamento e repercussões ao longo da vida. Botucatu: universidade Estatual
Paulista 2016. Disponível em:
http://www.hc.fmb.unesp.br/hc_site/sites/default/files/u118/Ebook-SOP.pdf Acesso
em: 18/04/2021.

DE AMORIM RODRIGUES, Larice et al. MEDICAMENTOS GENÉRICOS NOS


ÚLTIMOS 20 ANOS E A PERCEPÇÃO DOS CONSUMIDORES. Revista
Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v. 1, p. 01, 2020.

PUNDIR, J. et al. Overview of systematic reviews of non-pharmacological


interventions in women with polycystic ovary syndrome. Human Reproduction
Update, v. 25. 2019. DE OLIVEIRA, Grazielle Alves, et al. ISOTRETINOÍNA NO
TRATAMENTO DA ACNE: RISCOS E BENEFÍCIOS. Revista Multidisciplinar do
Nordeste Mineiro, 2020, 1: 01.

RAHMANI, Elham et al. The effects of coenzyme Q10 supplementation on gene


expression related to insulin, lipid and inflammation in patients with polycystic ovary
syndrome. Gynecological Endocrinology, v. 34, 2018.

ROCHA, M.P.; MARCONDES, J.A.; BARCELLOS, C.R.; HAYASHIDA, S.A.; CURI,


D.D.; FONSECA, A.M. da et al. Dyslipidemia in women with polycystic ovary
syndrome: incidence, pattern and predictors. Gynecol Endocrinol. 2011.

ROTTERDAM ESHRE/ASRM‐SPONSORED PCOS CONSENSUS WORKSHOP


GROUP. Revised 2003 consensus on diagnostic criteria and long‐term health risks
related to polycystic ovary syndrome (PCOS). Human reproduction, v. 19. 2004.
16
Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v3,
2021/02
ISSN 2178-6925

SANTOS R., ÁLVARES A. Revisão de literatura sobre a síndrome do ovário


policístico. Rev Inic Cient Ext. 2018.

SANTOS, T. et al. Aspectos nutricionais e manejo alimentarem mulheres com


síndrome dos ovários policísticos. Revista Saúde em Foco – Edição nº 11 – 2019.

SASAKI A, Y EMI, MATSUDA M et al. Rigidez arterial aumentada em mulheres


levemente hipertensas com síndrome dos ovários policísticos. J Obstet Gynaecol
Res. 2011.

SAVARIS, R.F.; GROLL, J.M; YOUNGO, S.L.; DEMAYO, F.J.; JEONG, J.W.;
HAMILTON, A.E. et al. Progesterone resistance in PCOS endometrium: a micro-
array analysis in clomipheme citrate-treated and artificial menstrual cycles. J Clin
Endricrinol Metab. 2011.

SCOTT, D. et al. Exploring factors related to changes in body composition, insulin


sensitivity and aerobic capacity in response to a 12-week exercise intervention in
overweight and obese women with and without polycystic ovary syndrome. PLoS
One, v. 12, n. 8, 2017.

SEYYED ABOOTORABI, M. et al. The effect of vitamin D supplementation on


insulin resistance, visceral fat and adiponectin in vitamin D deficient women with
polycystic ovary syndrome: a randomized placebo-controlled trial. Gynecological
Endocrinology, v. 34, n.6, 2018.

17
Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v3,
2021/02
ISSN 2178-6925

18
Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v3,
2021/02
ISSN 2178-6925

19
Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v3,
2021/02
ISSN 2178-6925

20

Você também pode gostar